20
FESTIVAL LITERÁRIO DE MACAU | TATIANA LAGES AGÊNCIA COMERCIAL PICO 28721006 PUB ONDJAKI O INSTINTO DE “ENGRAVIDAR O FUTURO” DIRECTOR CARLOS MORAIS JOSÉ WWW.HOJEMACAU.COM.MO MOP$10 TERÇA-FEIRA 31 DE MARÇO DE 2015 ANO XIV Nº 3302 hojemacau Verde pálido AMBIENTE VEÍCULOS ECOLÓGICOS AUMENTAM 20% Os números dos veículos amigos do ambiente continuam longe do desejável apesar do aumento de 20% face ao ano passado. Na verdade, em Janeiro deste ano havia mais de 240 mil veículos a circular nas ruas de Macau e, destes, só 21 mil eram ecológicos, o que corresponde a uma taxa de apenas 8,7%. O Governo alinha pelo mesmo diapasão e dos cerca de 3700 veículos usados pelos serviços públicos somente 101 são eléctricos. Apesar das muitas críticas à importação de não-residentes, o Secretário para a Economia e Finanças, Lionel Leong, realçou o contri- buto destes para a sociedade e promete maior flexibilidade para a sua contratação. PÁGINAS 4-5 LAG 2015 Prós e contras da importação de TNR ENTREVISTA CENTRAIS Brasil já mora no novo banco asiático. Estados Unidos cada vez mais isolados CHINA PÁGINA 13 GRANDE PLANO PÁGINA 3

Hoje Macau 31 MAR 2015 #3302

Embed Size (px)

DESCRIPTION

Hoje Macau N.º3302 de 31 de Março de 2015

Citation preview

Page 1: Hoje Macau 31 MAR 2015 #3302

fest

ival

lit

erár

io d

e m

acau

| ta

tian

a la

ges

agência comercial Pico • 28721006

pub

ondjaki

o instinto de “engravidaro futuro”

director carlos morais josé www.hojemacau.com.mo Mop$10 t e r ç a - f e i r a 3 1 d e m a r ç o d e 2 0 1 5 • a n o X i v • n º 3 3 0 2

hojemacau

Verde pálido

ambienteVeículos ecológicos aumentam 20%

Os números dos veículos amigos do ambientecontinuam longe do desejável apesar do aumento de 20%

face ao ano passado. Na verdade, em Janeiro deste ano haviamais de 240 mil veículos a circular nas ruas de Macau

e, destes, só 21 mil eram ecológicos, o que correspondea uma taxa de apenas 8,7%. O Governo alinha pelo mesmodiapasão e dos cerca de 3700 veículos usados pelos serviços

públicos somente 101 são eléctricos.

Apesar das muitas críticas à importação de não-residentes, o Secretário para a Economia e Finanças, Lionel Leong, realçou o contri-buto destes para a sociedade e promete maior flexibilidade para a sua contratação.

páginas 4-5

lag 2015 prós e contrasda importação de tnR

entrevista centrais

Brasil já mora no novo banco asiático.Estados Unidos cada vez mais isolados

china página 13

grande plano página 3

Page 2: Hoje Macau 31 MAR 2015 #3302

2 hoje macau terça-feira 31.3.2015

‘‘édi toon t em

macau

horah

por Carlos Morais José

www.hojemacau.

com.mo

hojeglobalw w w. h o j e m a c a u . c o m . m of a c e b o o k / h o j e m a c a ut w i t t e r / h o j e m a c a u

l i g u e - s e • pa r t i l h e • v i c i e - s ePropriedade Fábrica de Notícias, Lda Director Carlos Morais José Editores Joana Freitas; José C. Mendes Redacção Andreia Sofia Silva; Filipa Araújo; Flora Fong; Leonor Sá Machado Colaboradores António Falcão; António Graça de Abreu; Gonçalo Lobo Pinheiro; José Simões Morais; Maria João Belchior (Pequim); Michel Reis; Rui Cascais; Sérgio Fonseca Colunistas António Conceição Júnior; Arnaldo Gonçalves; David Chan; Fernando Vinhais Guedes; Isabel Castro; Jorge Rodrigues Simão; Leocardo; Paul Chan Wai Chi; Paula Bicho Cartoonista Steph Grafismo Edite Ribeiro(estagiária); Paulo Borges Ilustração Rui Rasquinho Agências Lusa; Xinhua Fotografia Hoje Macau; Lusa; GCS; Xinhua Secretária de redacção e Publicidade Madalena da Silva ([email protected]) Assistente de marketing Vincent Vong Impressão Tipografia Welfare Morada Calçada de Santo Agostinho, n.º 19, Centro Comercial Nam Yue, 6.º andar A, Macau Telefone 28752401 Fax 28752405 e-mail [email protected] Sítio www.hojemacau.com.mo

diárioDE

boRDo

O Governo e as montanhas

Para fugir à vocação imobilista de Francis Tam, Lionel Leong tem muita montanha para esca-lar pois a sociedade local está mal preparada para empreendedorismos. E a questão não é técnica mas, se quisermos, emocional: a luta pelas van-tagens sectoriais raramente permite a elaboração de planos de conjunto, na medida em que estes interferem sempre com um qualquer interesse ou poder instalado ou por instalar. Cada medida do Governo parece ter de conter um suplemento “fantasma” que, de algum modo, compense quem se queixa ou se declare prejudicado. Essa pulverização de interesses, expressa nas centenas de associações presentes no terreno,

ainda que talvez federadas, torna espinhosa a missão de quem pretende planear para o médio e o longo prazo. Quer falemos de pequenas e médias empresas, quer consideremos o reordenamento dos bairros antigos, em qualquer situação as intermináveis consultas e estudos, parecem ser instrumentos de forças que ou são de bloqueio ou meramente exigem algo pela sua anuência. Diz-nos a experiência que muitas vezes não são exactamente os interesses gerais dos cidadãos que estão realmente em causa, embora surjam como preferida bandeira, devido à rapidez com que são consequentemente esquecidos, mas uma compen-sação pessoal ou familiar.

Quinze anos depois da transferência de soberania, Macau chegou a um ponto do seu crescimento como cidade internacional, capital mundial do Jogo, que tem forçosamente de se modernizar. O que significa que muitas das práticas que até agora vigoravam serão exterminadas e substituídas por outras, mais de acordo com os tempos e as necessidades actuais dos cidadãos. Não se trata de política, de ideologias, mas de um normal acompanhar dos tempos. Conduzir esta mudança é claramente o dever do actual Governo. Ainda que pelo caminho encontre muitas montanhas, cheias de obstáculos “naturais” e “sobrenaturais”, terá de encontrar meio de as ultrapassar. “Há situações em

que os nossos alunos [de Administração Pública] têm mais formação que os seus superiores”Émilie Tran• Coordenadora do Curso de Estudos Governamentais da USJ

“Tenho, sinceramente, algumas dúvidas se nós – Macau e Governo – temos internamente capacidade para, atempadamente, apresentar projectos legislativos, sobretudo os que envolvem alguma tecnicidade”leonel alves• Deputado

“Os escritores costumam ser muito castigadores, autocríticos, queremos ser perfeitos”João Tordo• Escritor

“Há sempre uma parte que critica os TNR, mas uma outra parte que gosta de importar. Pergunto se o Secretário considera que 160 mil TNR é demasiado?”

au Kam san, deputado, sobre a importação de Tnr | P. 4

EPA/

YONH

AP S

OUTH

KOR

EA

VEíCuloS AnFíbIoS blindados marcham na direcção de uma praia, no meio de uma cortina de fumo. Esta actividade é um exercício conjunto dos exércitos sul-coreano e americano, que atracaram na costa de Pohang, na Coreia do Sul.

Page 3: Hoje Macau 31 MAR 2015 #3302

tiag

o al

cânt

ara

hoje macau terça-feira 31.3.2015 3grande plano

Leonor Sá [email protected]

a Direcção dos Servi-ços para a Protecção Ambiental (DSPA) ga-rantiu, numa resposta

dada ao HM, que o número de veículos ecológicos em circulação aumentou 20%. De acordo com a entidade, existem, agora, quase 21 mil carros e motas deste género.

Os valores, sublinha a DSPA, baseiam-se na lista de carros re-centemente comprados e indicam uma subida desde o ano passado. Isto deve-se, de acordo com a en-tidade, às medidas implementadas recentemente, como são o imposto para os veículos motorizados e a oferta de benefícios fiscais para novos automóveis mais ecológi-cos e que poluam menos.

“Desde a aplicação das respec-tivas medidas em Março de 2013, primeiro mês da implementação das medidas, e até ao ano de 2014, os novos eco-veículos ligeiros registados subiram de 40% para cerca de 60% do número total de novos veículos ligeiros registados, comprovando que as medidas pro-duzem um certo efeito favorável”, sublinhou a DSPA.

“[A DSPA] oferece benefícios fiscais aos adquirentes dos novos automóveis que reúnam os requisitos das Normas Ecológicas de Emissãode Gases Poluentes”

21mil carros e motas ecológicos em circulação

As viaturas amigas do ambiente em circulação em Macau aumentaram 20% de Março de 2013 até 2014. O Governo garante ter como prioridade a protecção ambiental e tem, na sua frota, cerca de uma centena de veículos pró-ambiente. Ainda que os números tenham aumentado, a percentagem de viaturas ecológicas face ao total dos veículos em circulação é de menos de 10%

Viaturas ecológicas Número de veículos aumeNta 20%. GoverNo tem cem

Maus escapes, boas medidas

De entre os dados fornecidos, estão 86 motas movidas a electri-cidade, 20 autocarros movidos a gás natural e 20926 automóveis ligeiros que usam diversas formas de combustível, incluindo gasolina sem chumbo e electricidade.

“Todos aqueles que usam gasolina [sem chumbo] cumprem as normas Euro 4, estabelecidas pela União Europeia”, assegurou ainda uma porta-voz da Direcção de Serviços para os Assuntos de Tráfego (DSAT).

A subir Ainda que o número de veículos ecológicos a funcionar em Macau seja de apenas 8,7% do número total de veículos que circulam no território – à data de Janeiro deste ano eram acima de 241 mil – pare-ce haver uma tendência crescente para preferir carros ecológicos a automóveis poluentes.

Uma das medidas para incenti-var a compra dos mesmos, tal como

avançou a DSPA, acontece ao nível fiscal. “[A DSPA] oferece bene-fícios fiscais aos adquirentes dos novos automóveis que reúnam os requisitos das Normas Ecológicas de Emissão de Gases Poluentes”, disse a entidade ao HM.

Tudo isto, refere a DSPA, encontra-se inscrito no Planea-mento da Protecção Ambiental de Macau 2010-2020. Entre as medi-

8,7%do número total de veículos em circulação

das de preservação do ambiente estão a alteração dos impostos de importação e de benefícios fiscais para quem opte por automóveis ecológicos.

A DSPA adiantou ainda que o regime de inspecção de veículos actualmente em vigor está ainda a ser “aperfeiçoado”, a par com a implementação de um plano de apoio financeiro destinado a po-tenciar a eliminação de “veículos altamente poluentes”.

FAz o que eu FAço...A resposta da DSPA frisa o facto das políticas de preservação serem primeiramente implementadas ao nível destes serviços antes de passarem a ser obrigatórias para a restante população.

“O Governo da RAEM actua em primeiro lugar e a título expe-rimental, adequando as caracte-rísticas gerais para a aquisição de veículos pelos serviços públicos”, referiu o organismo.

De acordo com a DSAT, o Go-verno tem actualmente em circulação 101 veículos eléctricos, dos quais 27 são automóveis ligeiros híbridos e eléctricos, 64 são alimentados a gasolina sem chumbo e os restantes pertencem à classe dos motociclos. De acordo com o número dois da Nova Esperança, Leong Veng Chai, os serviços públicos da RAEM fazem uso de mais de 3700 veículos, o que faz com que apenas 2,72% destes sejam amigos do ambiente.

A resposta de ambas as entidades ao HM surge na sequência de uma interpelação do deputado, que ques-tionava a DSPA sobre o número de automóveis ecológicos pertencentes ao Governo e que actualmente circu-lam nas ruas de Macau.

Page 4: Hoje Macau 31 MAR 2015 #3302

4 hoje macau terça-feira 31.3.2015lag 2015Jovens empresáriosMais de 400 projectos aceites

UM dos pontos menciona-dos pelo Secretário para a

Economia e Finanças, Lionel Leong, como um dos objectivos de trabalho para a sua pasta este ano é continuar com a prestação de assistência aos jovens na cria-ção do seu negócio. O Secretário garantiu que, apesar de nem todos os jovens estarem vocacionados para o empreendedorismo, o Governo pretende reforçar o seu apoio de forma mais organizada.

De acordo com Sou Tim Peng, director dos Serviços de Econo-mia, foram recebidos 643 pedidos de adesão ao Plano de Apoio a Jovens Empreendedores, lançado pelo Executivo, sendo que “410 projectos foram autorizados”, o que equivale à distribuição de mais de 90 milhões de patacas. O responsável explica que a maioria dos projectos se prende com ven-das a grosso e retalho e imóveis. Lionel Leong defende, contudo, que antes dos jovens se candida-tarem aos apoios disponibilizados pelo Governo devem ser alvo de formação para que saibam efec-tivamente quais os documentos necessários, mas principalmente os riscos que correm ao nível de sucesso ou não. “Mediante a concretização da criação do centro de incubação de negócios para os jovens, serão proporcionadas aos mesmos assistências no tratamento das formalidades administrativas inerentes à criação de negócios [e] providenciando-lhes espaços”, esclareceu.

Também nos projectos de cooperação com outras regiões, afirmou o Secretário, será re-forçada a comunicação com as entidades competentes em “prol dos jovens empreendedores locais interessados em criar os seus negócios”.

C OMO se esperava, Lionel Leong, Secretário para a Economia e Finanças, não

deixou de lado o Jogo como personagem principal das Linhas de Acção Governativa (LAG) para a sua tutela, da Economia e Finanças. Naquele que foi o seu primeiro dia de apresentação das prioridades do seu mandato, Lio-nel Leong afirmou que irá “acom-panhar, de perto, o processo de ajustamento da indústria do Jogo”, esforçando-se por “assegurar a estabilidade do desenvolvimento

Viva MacauGoverno continuaà espera de sentença O Governo continua à espera da sentença do tribunal face ao empréstimo de 200 milhões de patacas à companhia aérea Viva Macau, que entrou em falência, deixando dívidas. Ontem, Lionel Leong voltou a afirmar que, depois de perceber que a Viva Macau não conseguia pagar a dívida, o caso foi levado a tribunal e que ainda se aguarda pela sentença. O Secretário, respondendo a uma questão do deputado José Pereira Coutinho - que colocou em causa a demora no processo -, disse apenas que são os advogados que estão a tratar de todo o processo e que está-se a tentar recuperar o património da companhia.

Jogo Revisão de contRatos com “Responsabilidade social”

Fichas que valem vidasde outros sectores, bem como da economia geral”.

É o próprio sector do Jogo que deve ter uma função de “impulsionador” na promoção do desenvolvimento dos outros sectores. Lionel Leong afirmou que as operadoras terão que ter um papel de produtoras de pro-

jectos “com componentes não associados ao Jogo”, sendo que, para garantir que isto realmente irá acontecer, o Secretário clari-ficou que o Governo vai proceder “à fiscalização da situação sobre o cumprimento por parte das operadoras do Jogo” de respon-sabilidades sociais, algo que terá

peso na revisão intercalar dos contratos com as operadoras.

Lionel Leong diz que vão ser tidos em conta “os investimentos [das operadoras] em áreas além do Jogo, exigindo ainda que sejam apresentadas, no corrente ano, as respectivas informações”.

Está ainda idealizado um estu-

tnR DePutaDOS PeDeM COrteS, SeCretáriO aDMite neCeSSiDaDe

a valia mais contRoveRsa

As PME vão ter mais facilidades na importação de TNR, anunciou ontem o Secretário para a Economia e Finanças. Na apresentação das LAG, diversas foram as críticas contra os TNR – sendo que foi pedida a proibição da sua importação -, mas o Governo admitiu que estes são necessários

Fil ipa araújo [email protected]

a deputada Ella Lei pe- diu ontem, na apre-sentação das Linhas de Acção Governativa

para a Economia e Finanças, que fosse proibida por completo a importação de trabalhadores não--residentes (TNR) por determinado período de tempo. À deputada, juntaram-se outros deputados, como o prós-democratas Ng Kuok Cheong, que pediu um corte também na contratação de TNR pelas concessionárias de jogo, e Au Kam San.

“Há sempre uma parte que cri-tica os TNR, mas uma outra parte que gosta de importar. Pergunto se o Secretário considera que 160 mil TNR é demasiado?”, questio-

nou Au Kam San. O democrata considera ainda que é necessária a existência de números concretos de quantos TNR são necessários e para que sectores.

“A importação está a afectar a distribuição dos recursos sociais, Macau é pequena e muitas vezes a solução para os problemas é im-portar, mas o que acontece é que quando as empresas conseguem as quotas e importar trabalhadores deixam de se preocupar com as condições e isso vai influenciar a vida da população. É preciso saber quantos trabalhadores faltam e para que sectores são necessários. Como se justifica que efectivamente fal-tam trabalhadores?”, argumentava o deputado.

Também a deputada Ella Lei, eleita directamente, colocou em causa a distribuição justa de rendi-

“É preciso saber quantos trabalhadores faltam e para que sectores são necessários. Como se justifica que efectivamente faltam trabalhadores?”au Kam san deputado

gcs

Page 5: Hoje Macau 31 MAR 2015 #3302

5 lag2015hoje macau terça-feira 31.3.2015

O Governo vai apresentar as alterações aos orça-mentos para aprovação

na Assembleia Legislativa (AL). Isso mesmo anunciou ontem Lio-nel Leong, durante a apresentação das LAG para a tutela da Econo-mia e Finanças, que admitiu que a actual Lei de Bases do Orçamento deixa muito a desejar e uma revisão do diploma deve entrar em processo legislativo este ano.

“A Lei de Bases do Orçamento passou por várias revisões, sinal que nem a sociedade acha que está a ser adequada com o actual de-senvolvimento. Por isso, é claro, merece um melhoramento”, co-meçou por informar o Secretário.

Lionel Leong avançou que se-rão levadas a cabo auscultações ao sector sobre o documento revisto e, posteriormente, será iniciada uma consulta pública. “Vamos

do sobre a viabilidade de exigir às concessionárias do Jogo o objecti-vo de “dar preferência à aquisição de produtos fabricados na RAEM”. Outros estudos, como tem sido registo do Governo, estão em curso ou em cima da mesa, tais como, o estudo de viabilidade de concessão às empresas que exploram activi-dades emergentes de benefícios de redução ou isenção fiscais.

MICE na MIraMas nem só com o Jogo se preocupa o Secretário. Como segundo ponto de

referência, Lionel Leong mostrou ser essencial a aposta no desenvolvimen-to dos sectores que não sejam este, tais como o sector das convenções e exposições, considerando-os “uma das indústrias mais importante no quadro da promoção da diversifica-ção” da economia.

A reconversão e a valorização industrial surgem também no ce-nário, tendo o Secretário avançado que serão lançados estudos sobre o reposicionamento das indústrias de Macau.

Classificando as PME de “im-

portante força para a promoção da diversificação”, Lionel Leong afirmou ainda que algumas destas empresas são neste momento alvo de diversos problemas devido ao aumento dos custos de exploração e à falta de recursos humanos. Os preços elevados das rendas foram também um dos exemplos mencio-nados pelos deputados presentes, tais como Zheng Anting e Au Kam San, que também defendeu que “muitas empresas fecham” devido a este problema.

Sem negar a importância no

apoio às PME, o Secretário res-pondeu aos deputados, explicando que o Governo vai avançar com políticas de facilitação para este tipo de empresas. Uma delas é diminuir o trabalho burocrático que muitas vezes as PME são obrigadas a ultrapassar.

“Muitas destas empresas são empresas familiares, em que são os pais, mãe e pai, ou o pai e o filho que trabalham, portanto ter que ir a estes serviços públicos, muitas vezes a vários deles, pode colocar em causa o bom funcionamento da

empresa”, explicou o Secretário. Por isso, confirmou, o Governo está a estudar a melhor solução para mi-nimizar estas movimentações, que poderá passar, diz, por uma sim-plificação dos serviços públicos. “Os empresários podem entregar os documentos apenas num serviço público e depois, internamente, os serviços comunicam entre si”.

Outra das soluções apresentadas passa pela deslocação dos próprios serviços públicos às empresas, permitindo a não perturbação do funcionamento das mesmas. - F.a.

OrçamentO Lei de Bases vai OBrigar a cOntas intercaLares

Mais rigor e transparência

“As PME precisam de recursos humanos para ajudar a fazer o seu negócio, os TNR permitem suprir a falta de recursos humanos para estas empresas. Temos que alargar a rede de recursos humanos”LiOneL LeOng secretáriopara a economia e Finanças

mentos entre TNR e trabalhadores locais, sugerindo mesmo uma solução radical.

“O Governo não deve limitar-se a fazer sair [de Macau] os TNR, mas sim através de outras medidas de iniciativa própria do Governo, de parar a importação de TNR, nomea-damente estipular a não importação durante ‘x’ anos depois da primeira importação”, salientou.

Ng Kuok Cheong pedia a redu-ção de 20% nos TNR contratados pelas operadoras de jogo, como forma, defendeu, “de reservar vagas para os locais”.

IMprEsCIndívEIs Por seu lado, o deputado Fong Chi Keong assumiu que a realidade é inegável: há falta de recursos humanos e o próprio, enquanto em-presário do sector imobiliário, diz sentir isso. Também o Secretário saiu em defesa destes trabalhadores com uma resposta clara.

“Não podemos omitir o con-tributo que os TNR deram ao desenvolvimento da RAEM”, começou por defender, apaziguan-do a questão da distribuição dos rendimentos. Para o Secretário, a população local não tem sido preju-dicada relativamente à distribuição de rendimentos. Em termos esta-tísticos, diz Lionel Leong, “menos de 11% ganha menos de seis mil patacas, 13,6% auferem entre seis mil a 11 mil patacas e até 59 mil estão 8% da população”.

Com isto, garante Lionel Leong, “a população tem vindo a

“O Governo não deve limitar-se a fazer sair [de Macau] os TNR, mas sim através de outras medidas de iniciativa própria do Governo, de parar a importação de TNR”eLLa Lei deputada

participar no desenvolvimento da economia e a partilhar o sucesso dos frutos do desenvolvimento económico” e os TNR não tiram lugar aos locais.

pME CoM vantagEnsTanto é assim, que o Secretário anunciou ontem que as PME vão ter mais flexibilidade na importa-ção da mão-de-obra estrangeira. Lionel Leong contou que, durante uma das suas visitas à população, travou contacto com uma empre-sária que lhe disse “não precisar de dinheiro, mas sim de mão-de--obra”, referindo-se aos apoios do Governo. O Secretário ouviu.

“Temos que fazer um suporte multidimensional, não só de di-nheiro mas também de recursos humanos, é preciso agir em várias vertentes. As PME precisam de recursos humanos para ajudar a fazer o seu negócio, os TNR per-mitem suprir a falta de recursos humanos para estas empresas. Temos que alargar a rede de re-cursos humanos”, explicou Lionel Leong, acrescentando que vão ser “acelerados os procedimentos respeitantes ao tratamento dos pedidos de contratação de trabalha-dores não residentes formulados por empresas de micro, pequena e média dimensão”.

tentar que o processo legislativo se inicie em 2015”, garantiu o Secretário.

As alterações são claras: a nova revisão, “articulada com o previsto nos princípios consa-grados na Lei Básica”, pretende assegurar o poder de fiscalização da AL, de forma a levar o Governo a tomar “maior prudência nas despesas, respeitando os limites das receitas”.

A revisão do orçamento será ainda composta por uma maior dimensão das informações, “dis-poníveis para o Governo Central, assumindo assim o Governo de Macau a sua responsabilidade”.

MaIor aCErtoEsta nova revisão, esclareceu Lionel Leong, vai permitir a exis-tência de uma lei mais rigorosa quanto à aplicação do dinheiro

público. Por exemplo, apesar de ainda não existir um limite no orçamento, caso este ultrapasse o valor estipulado inicialmente é alvo de uma revisão, que tem, contudo, que ser votada pela AL. O anúncio corresponde a diversos pedidos dos deputados.

Mas, mais ainda, Lionel Leong assegura também que as verbas destinadas a um determi-nado departamento ou obra não podem passar para outros.

“O PIDDA não vai conceder qualquer mobilização das ver-bas para diferentes sectores, por exemplo, as despesas de pessoal não poderão ser aplicadas para aquisição de bens”, avançou o Secretário.

Relativamente às “grandes obras, objecto de grandes mon-tantes”, o Governo assegura que vai realizar uma distribuição or-çamental por nível de projecto, ou seja, tendo em conta o orçamento geral de cada projecto e as suas finalidades e também alocações específicas nesse projecto.

O Secretário esclarece ainda que o Governo só poderá ultrapas-sar o máximo de 3% do orçamento geral, em caso de “situações urgentes ou imprevistas”, sendo que, os serviços públicos “não poderão aplicar outras despesas que não estejam autorizadas”.

Os mapas orçamentais serão alvo também de uma uniformiza-ção para um melhor acesso as to-das as informações do orçamento e o Executivo vai ter de prestar contas na AL, não só no final do ano financeiro, mas “no final de Julho” de cada ano.

“O Governo terá que relatar à AL a situação do orçamento, assim como as finanças, para uma maior transparência”, concluiu Lionel Leong, acrescentando que também as instituições autóno-mas financeiras, como o Fundo de Segurança Social ou os Correios de Macau, por exemplo, terão de apresentar as suas contas frente aos deputados. - F.a.

Page 6: Hoje Macau 31 MAR 2015 #3302

6 hoje macau terça-feira 31.3.2015política

Flora [email protected]

o presidente da Associa-ção dos Técnicos da Administração Públi-ca de Macau, Kun Sai

Hoi, considera não ser necessário incluir a educação patriótica nos cursos de formação para funcio-nários públicos, defendendo antes o reforço de toda a formação nas diversas áreas, incluindo as actuais

C Hoi Chi U, professor da área de Educação da Universi-dade Cidade de Macau, e o

ex-deputado e docente Paul Chan Wai Chi sugeriram que se peça à Direcção dos Serviços de Educa-ção e Juventude (DSEJ) para pu-blicar um documento onde sejam descritos os conteúdos didácticos a integrar na disciplina de Educa-ção Cívica. isto tudo para que os jovens estudantes não sofram uma “lavagem cerebral”.

A sugestão destes dois pro-fessores surge depois de vários deputados à Assembleia Popular Nacional (APN) terem recente-mente mostrado vontade que a DSEJ cooperasse com o depar-tamento de Educação Nacional da República Popular da China na elaboração destas matérias. No passado domingo, o grupo

Juventude Dinâmica de Macau organizou um encontro junto à Assembleia Legislativa com o intuito de discutir este mesmo assunto.

HumanidadesAo Jornal Cheng Pou, Choi Chi U explicou que deveria ser criado um grupo especializado na discussão do conteúdo das matérias leccionadas nesta disciplina. o colectivo deveria ser constituído por residentes locais, diz, mas Choi vai mais longe: o académico propõe que a DSEJ fique responsável pela publicação deste conteúdo, de forma a garantir o valor da educação local.

“A base de educação é a humanidade, a seguir vem a moral e só depois a educação

cívica. Uma das causas de preocupação do público sobre a educação cívica é que o inte-rior da China frise a educação ideológica e tendência políticas, provocando o desaparecimento dos valores moral e de humani-dade”, referiu.

o ex-deputado Paul Chan Wai Chi também alertou para o facto da região estar a incutir valores patrióticos nos jovens de forma inconsciente, através de publicidades televisivas que afirmar que “a prosperidade e força do país natal são o nosso orgulho”. irónico, Chan Wai Chi sugere mesmo que seja criado o slogan “a corrupção do país é nossa vergonha”, fazendo com que os residentes compreendam “alguns males” do país. - F.F.

DSAMA Subdirector e chefede departamento foram substituídos

Educação cívica dSEJ inStada a publicar contEúdoS

Pela liberdade de pensamento

RAiMUNDo do Rosário já deu ordens para que Vong Kam

Fa, subdirector da Direcção dos Serviços Marítimos e da Água (DSAMA) seja substituído devido ao envolvimento num alegado crime de corrupção passiva. o mesmo vai acontecer ao chefe de um dos departamentos, também apontado como suspeito de corrup-

ção passiva para acto ilícito pelo Comissariado Contra a Corrupção (CCAC).

Num comunicado enviado na noite de domingo, o Secretário para as obras Públicas e Transportes confirma que os dois funcionários da DSAMA envolvidos naquele que será o mais recente caso de corrupção em Macau são o subdi-rector e um chefe de departamento.

“Pretendo preencher, o mais breve possível, os cargos dos funcionários da DSAMA suspeitos de estarem envolvidos num caso de corrupção, presentemente sob investigação pelo CCAC”, frisou Raimundo do Rosário citado em comunicado. “A directora da DSAMA irá preencher os lugares suspensos o mais breve possível, a fim de diminuir, ao máximo, o impacto causado nos serviços em questão.”

o caso está, agora, em tribunal.

“Se não se obrigar os funcionários públicos a compreenderem as Linhas de Acção Governativa (LAG), a verdade é que a maioria não vai compreender quais as medidas e políticas que o Governo está a implementar”Kun Sai Hoi presidente da associação dos técnicosda administração pública de Macau

o presidente da Associação dos Técnicos de Administração Pública considera que é mais importar formar os trabalhadores do sector sobre as políticas do Governo do que apostar na educação patriótica, como anunciou o Governo nas LAG. A posição é contrária à da Associação dos Trabalhadores da Função Pública de origem Chinesa

políticas do Governo e a cooperação com o continente. o responsável diverge, assim, da Associação dos Trabalhadores da Função Pública de origem Chinesa, que disse ontem ao jornal Ponto Final concordar com a ideia do Governo.

“Se não se obrigar os funcio-nários públicos a compreenderem as Linhas de Acção Governativa (LAG), a verdade é que a maioria deles não vai compreender quais as medidas e políticas que o Governo está a implementar”, defendeu Kun Sai Hoi, em declarações ao HM.

o presidente alertou ainda para que, quando o Governo quiser con-solidar a formação desses mesmos funcionários, assegure que os cur-sos são dados por “docentes com qualidade”, para além de disponi-bilizar horários compatíveis para todos os funcionários.

Já da parte da Associação dos Trabalhadores da Função Pública de origem Chinesa, o secretário-geral, Lei Kwong Weng, considera que a introdução deste ensino é positiva uma vez que na sociedade há “jovens que se sentem mais cidadãos de Macau do que chineses”, pelo que “é natural” que o Governo queira reforçar o sentido de pertença ao país, disse ao Ponto Final, ainda que admita que os funcionários tenham capacidades suficientes.

maior proFissionalismoRecorde-se que o director dos Ser-viços de Administração e Função

Pública (SAFP), Kou Peng Kuan, revelou, em resposta a questões colocadas pelo deputado Cheang Chi Keong na Assembleia Legis-lativa (AL) na semana passada, que o Governo pretende integrar elementos de educação patriótica

Função pública Educação patriótica não é fundamEntal, dizEm associaçõEs

o que é local é melhor

e a situação económica do interior da China para a formação jurídica aos funcionários públicos.

Kun Sai Hoi confessa que é preciso reforçar a actual formação de funcionários públicos, coordenada por docentes mais profissionais, já

que a evolução nas carreiras também depende da conclusão de certos cur-sos. Contudo, o responsável lembra que os conteúdos sobre economia e educação patriótica já existem nos actuais cursos, devendo-se, pelo contrário, consolidar “uma formação mais completa”.

“Sabemos que todos os técnicos superiores e os titulares dos cargos mais altos da Função Pública de-vem estudar na Academia de Go-vernação Chinesa (Chinese Acade-my of Governance), enquanto que outros também precisam de estudar no instituto de Administração Pú-blica de Guangdong (Guangdong institute of Public Administration), cujos conteúdos já incidem sobre educação patriótica e a situação económica. Além disso, os SAFP também disponibilizam formação sobre a Lei Básica”, disse ao HM.

Mesmo assim, Kun Sai Hoi concorda que a formação base deva incidir sobre o panorama do interior da China, sendo que esses conteúdos devem ser leccionados em cooperação com a região.

“Como Macau está incluída em diversos planos, como a Rota Ma-rítima da Seda do século XXi, os funcionários podem aprender mais sobre essas políticas”, defendeu.

o HM tentou contactar com a Associação dos Trabalhadores da Função Pública de Macau, mas o presidente, José Pereira Coutinho, não esteve disponível por se en-contrar na AL.

gcs

Page 7: Hoje Macau 31 MAR 2015 #3302

7sociedadehoje macau terça-feira 31.3.2015

Flora [email protected]

o presidente da Associa-ção de Saúde Pública de Macau, Tong Ka Io, e a deputada Wong

Kit Cheng são as novas vozes que discordam da obrigatoriedade de mais exames e estágios para que os enfermeiros locais entrem no exer-cício de funções. Ambos justificam a sua opinião com a suspeita de que esta medida facilita a importação de trabalhadores não residentes (TNR). Outro dos argumentos é o facto da exigência de um exame e um estágio vir a baixar a moral dos jovens que pretendem trabalhar no sector.

O Regime Legal da Qualifica-ção e Inscrição para o Exercício de Actividade dos Profissionais de Saúde sugere que os jovens recém formados em Enfermaria sejam obrigados a fazer um exame pú-blico, juntamente com seis meses de estágio como forma de ganhar a qualificação profissional depois da conclusão da licenciatura. Segundo o Jornal do Cidadão, a medida causou insatisfação entre os estudantes de dois institutos de enfermagem do território - Kiang Wu e Instituto Politécnico de Macau (IPM) - devido ao facto dos cursos já serem reconhecidos pelo Gabinete de Apoio ao Ensino Superior (GAES) e terem meio ano de estágio obrigatório integrado no curso.

Em prol dos locaisTong Ka Io refere que a classi-ficação de enfermeiros facilita a importação de TNR, conside-rando que as equipas médicas do território deverão ser constituídas por residentes locais através da formação igualmente na região. O presidente da associação apontou que o longo tempo de estágio de estudantes enfermeiros é uma característica da profissão, dis-cordando da necessidade de mais formas de avaliação para além das já estipuladas.

O responsável não acha que os graduados necessitem de fazer mais estágios e exames e, além disso, quer saber qual a justifica-ção para a implementação desta medida.

Vistos DSI não consegue isenção para Estados Unidos e Canadá

Desta vez foram o presidente de uma associação local e a deputada Wong Kit Cheng que se mostraram contra a criação de critérios mais exigentes para a entrada no mercado de enfermeiros licenciados na região. A desmotivação dos jovens é um dos argumentos

Saúde AssociAções contrA exAmes pArA enfermeiros

ainda mais avaliações?“Pelas informações emitidas pelos Serviços de Saúde (SS), o regime parece facilitar a importação de TNR. Ao longo do tempo, o Governo quis consolidar a formação de profissionais para aumentar a mão de obra, mas se a situação é tão má que é preciso recrutar TNR, o Governo deve comunicarbastante como sector para chegara um consenso”Tong Ka Io Presidenteda associação de SaúdePública de Macau

“É mais prático avaliar o nível do curso de licenciatura através de taxa de empregabilidade, qualidade de emprego e a capacidade de desenvolvimentoda profissionala longo tempodo que atravésde um exame”Wong KIT Cheng deputada

“Pelas informações emitidas pelos Serviços de Saúde (SS), o regime parece facilitar a importa-ção de TNR. Ao longo do tempo, o

Governo quis consolidar a forma-ção de profissionais para aumentar a mão de obra, mas se a situação é tão má que é preciso recrutar

TNR, o Governo deve comunicar bastante com o sector para chegar a um consenso”, disse.

Tong acrescentou que não se opõe à importação de profissio-nais não residentes para a área da saúde, mas esta tendência deve ser limitada à contratação de técnicos superiores, uma vez que conside-ra que a equipa médica deve ser essencialmente constituída por residentes locais.

Também a deputada Wong Kit Cheng considera que não deve haver um “duplo critério de avaliação” para graduados de en-fermagem. Wong mostrou-se preo-cupada com o facto destas novas exigências de entrada na profissão poderem vir a dificultar o trabalhos dos enfermeiros, podendo afectar a vontade de dedicação de jovens para o sector.

“É mais prático avaliar o nível do curso de licenciatura através de taxa de empregabilidade, qualida-de de emprego e a capacidade de desenvolvimento da profissional a longo tempo do que através de um exame”, justificou.

A proposta do regime su-gere ainda que, em situação de explicação razoável e falta de profissionais de saúde com qua-lificação especial no sistema de saúde do território, os SS possam vir a conceder licenças limitadas para profissionais estrangeiros. No entanto, esses não precisarão de obter credenciação de Macau. Wong considera que, ao intro-duzir enfermeiros estrangeiros no sistema local, será necessário que estes passem por uma etapa de avaliação e sejam testados de acordo com os mesmos critérios de quem estudou no território.

A também vice-presidente da Associação Promotora de Enfer-magem de Macau conversou com o director dos SS, Lei Chin Ion, deixando algumas sugestões. Entre elas estão a eventual adopção do regime de qualificação em vigor nas regiões vizinhas como são Hong Kong ou Singapura.

“Quando os enfermeiros de Hong Kong e Singapura se for-mam em instituições locais, são isentados de exames e só quando obtêm a licenciatura numa ins-tituição privada é que precisam de fazer mais exames”, referiu a deputada. Wong Kit Cheng lembra ainda que o objectivo do regime deve ser aumentar a qualidade dos serviços ofere-cidos pelos recursos humanos de saúde e não implementar

medidas de entrada no mercado de trabalho mais rigorosas, de modo a dificultar a vida de quem quer trabalhar. Assim, a deputada pediu que o referido regime fosse implementado apenas depois de ter o consenso geral da população local.

A Direcção dos serviços de identificação (Dsi) ainda não conseguiu a isenção de vistos para cidadãos com passaporte da rAem que queiram ir para os eUA e o canadá. isso mesmo admitiu a Ao ieong U, directora do organismo, que diz não ter conseguido a negociação, devido à recusa dos países em questão. Apesar dos detentores do passaporte da rAem terem isenção de visto para mais

de 114 países ou regiões, a directora da Dsi explicou, no canal chinês da rádio macau, que os eUA responderam que “actualmente, a rAem não consta do programa de isenção de Vistos norte-americanos” e que ainda que a taxa de rejeição de vistos para passaportes da rAem foi menor de 3% nos eUA, sendo menor de 4% no canadá, pelo que “não corresponde à solicitação de isenção de vistos”.

Page 8: Hoje Macau 31 MAR 2015 #3302

8 publicidade hoje macau terça-feira 31.3.2015

Page 9: Hoje Macau 31 MAR 2015 #3302

9 sociedadehoje macau terça-feira 31.3.2015

AndreiA SofiA [email protected]

E m 2016 celebram-se os 90 anos sobre a morte de Camilo Pes-sanha, data que será

assinalada na quinta edição do Festival Rota das Letras. A garantia foi dada ao Hm por Hélder Beja, sub-director do Festival, que faz ainda um balanço positivo da edição que terminou este domingo.

“Vamos fazer uma série de eventos à volta de Camilo Pessanha, que passarão por sessões literárias mas que se estenderão a outras expressões artísticas”, disse o respon-sável, que levantou ainda mais a ponta do véu quanto a outras novidades que o pú-blico poderá ver em cartaz. “A literatura infantil e juvenil vão manter-se a cada ano, a partir de agora, como uma parte do programa que não queremos que desapareça, tendo em conta as ligações com as es-colas e universidades”, disse Hélder Beja, lembrando que a organização pretende também trazer nomes da literatura in-ternacional, além dos nomes lusófonos e chineses que têm passado por macau.

“A ideia é que, sempre que sempre que possível, e espero que o seja já no próximo ano, tenhamos um ou dois nomes de referência do panorama inter-nacional. Do mundo anglófono, francófono ou também latino--americano. A ideia é tentar trazer sempre escritores de qualidade mas também aque-les que tenham uma relação especial com a Ásia.”

Uma coisa é certa: o festi-val vai continuar a pautar-se não apenas por sessões com

Rota das LetRas Camilo Pessanha vai ser lembrado em 2016

Poesia lusa vem ao festivalNo final de mais uma edição do festival literário Rota das Letras,as expectativas foram mais que superadas. Hélder Beja, sub-directordo evento, diz que foi a edição com mais público de sempre. Para o anohá mais, com Camilo Pessanha e autores internacionais em destaque

“Vamos fazeruma série de eventos à volta de Camilo Pessanha, que passarão por sessões literárias masque se estenderão a outras expressões artísticas”

“A ideia é que, sempre que sempre que possível, e espero que o seja já no próximo ano, tenhamos um ou dois nomes de referência do panorama internacional”

CEM registou lucros líquidos de 608 milhões de patacasdeu-se ontem a assembleia-geral anual da Companhia de electricidade de macau (Cem), tendo sido aprovado o relatório anual de 2014. Contas feitas, a empresa fechou o ano com lucros líquidos na ordem das 608 milhões de patacas, aponta um comunicado oficial. Já os investimentos foram de 743 milhões de patacas, sendo que 539 milhões foram investidos na melhoria e expansão da rede de transporte e distribuição de energia. Quanto ao consumo de electricidade, registou um aumento de 6% em relação a 2013, tendo o preço médio registado um aumento de 3,6% face ao mesmo ano, apesar da queda dos preços do petróleo. a valorização da moeda chinesa fez com que os preços de importação da electricidade aumentassem 1,6%. apesar disso, a Cem afirma que “continuou a manter as tarifas estáveis e a oferecer descontos entre os 18 e 22% para todos os clientes do grupo tarifário a”. esses clientes representam 99% do total e são, sobretudo, clientes residenciais e Pme. o subsídio atribuído foi de 142 milhões de patacas.

Directora da Pousada de Mong Há premiada pela PATAa directora da Pousada de mong há, helena lo, venceu o prémio Face do Futuro 2015, galardão entregue pela associação de viagens da Ásia-Pacífico (PaTa). o hotel-escola – pertencente ao instituto de Formação Turística (iFT) – foi apontado por mario hardy, Ceo da PaTa, como sendo uma “contribuição para o desenvolvimento sustentável das viagens e do turismo”. além disso, lo foi também convidada para integrar a administração da associação como membro exterior e observador. a premiada nasceu em macau e em 2002 completou a sua licenciatura no iFT em Gestão Turística. depois do curso, helena lo começou a trabalhar na pousada para, em 2012, finalmente a gerir.

PME Empresas locais com lojas no Hotel Broadwayo grupo Galaxy estabeleceu uma parceria com uma série de pequenas e médias empresas (Pme) locais, no sentido destas venderem os seus produtos – alimentares e de retalho – no novo hotel broadway macau. o novo espaço do grupo Galaxy deverá ser inaugurado a 27 de maio e o projecto teve um investimento de mais de cinco mil milhões de dólares de hong Kong. “o grupo Galaxy entertainment convidou Pme locais dos sectores de retalho e comidas e bebidas a abrirem lojas no broadway macau”, explica a empresa em comunicado. o anúncio teve lugar na passada sexta-feira, quando estiveram presentes 20 empresas participantes. o vice-presidente do grupo Galaxy entertainment, Francis lui, referiu mesmo que esta opção foi tomada para tentar “reter as características tradicionais de macau” de há dez ou 20 anos. a empresa compromete-se a dar a estas Pme todo o apoio de que estas precisem em termos logísticos.

Violência doméstica aumenta 47% em 2014no ano passado, 419 pessoas foram alvo de violência doméstica, o que representa um aumento de 47% em relação a 2013, de acordo com dados da polícia, citados ontem pelo jornal Ponto Final. a maioria das vítimas identificadas pelas autoridades é mulher: 277 ou 66%. os homens surgem em segundo lugar, com 132 casos ou 31% do total, seguidos dos abusos contra menores, que envolveram dez crianças.

os escritores, com o público e as escolas, mas também por concertos, apresentações de livros e cinema. “Em termos de conceito, acho que não é preciso mexer muito, é isto. Encontrámos a fórmula, em termos de espectáculo e do

número de sessões, perceber até onde podíamos ir. O fes-tival vai manter sempre esta matriz de estabelecer um encontro entre os mundos lusófono e chinês e queremos que o festival se internaciona-lize”, disse Hélder Beja.

Mais que positivoOlhando para aquilo que se fez nas últimas semanas, o balanço é mais que positivo. “Em termos de público foi o festival que atraiu mais pessoas e isso deve--se à localização, o lugar que nos parece o ideal para fazer o festival, e gostava muito que o festival continuasse no edifício do antigo tribunal”, apontou.

O Rota das Letras teve também maior eco em Hong Kong. “Este ano tivemos bas-tante mais visitantes de Hong Kong para as sessões literárias.

Isso devido ao facto de termos alguns escritores de Hong Kong, mas também devido a um esforço por comunicar lá e tivemos bastante cobertura noticiosa e isso fez com que o festival fosse bastante falado fora de macau.”

Em macau, a adesão tam-bém foi maior face aos anos anteriores. “Foi o ano que tivemos mais público da co-munidade chinesa. Tivemos uma última sessão que esteve completamente cheia e diria que 60 a 70% da audiência era chinesa. O festival nasceu no seio de uma empresa de matriz portuguesa mas nunca foi um festival virado para a comunida-de portuguesa. Fizemos sempre um esforço em comunicar nas duas áreas e acho que há um esforço ainda a fazer nessa área, mas destacando as escolas, e este foi o ano em que mais trabalhámos com as escolas oficiais, tivemos sessões com mais de 200 alunos, acho que estamos no caminho certo”, concluiu Hélder Beja.

Page 10: Hoje Macau 31 MAR 2015 #3302

hoje

mac

au

10 entrevista hoje macau terça-feira 31.3.2015

À venda na Livraria Portuguesa

R u a d e S . d o m i n g o S 1 6 - 1 8 • T e l : + 8 5 3 2 8 5 6 6 4 4 2 | 2 8 5 1 5 9 1 5 • F a x : + 8 5 3 2 8 3 7 8 0 1 4 • m a i l @ l i v R a R i a p o R T u g u e S a . n e T

oS RapazeS doS TanqueS • alfredo Cunha, adelino gomesHistórias na primeira pessoa dos cavaleiros que em 1974 derrubaram a ditadura.Nos 40 anos do 25 de Abril, este álbum recolhe as fotografias históricas que Alfredo Cunha registou nesse dia e junta-lhes uma reportagem de Adelino Gomes com alguns dos homens, então jovens soldados, cujos rostos essas fotos fixaram para sempre.

25 de abRil - múSica e RepoRTagem (2cd) • vários autoresUm CD duplo que reúne as músicas mais emble-máticas e reportagens radiofónicas do dia 25 de Abril de 1974.

A maioria não conhece Ndalu de Almeida, mas o nome Ondjaki não é certamente desconhecido, pelo menos para quem segue de perto a literatura contemporânea escrita em Língua Portuguesa. Vencedor do Prémio Saramagoem 2013, assume-se como alguém que conta histórias sobre pessoas. Nascido em Luanda, Ondjaki acaba por verter grande parte das suas vivênciaspara o papel

Ondjaki escritor

“Só tenho intimidade com a língua que é a minha”Leonor Sá [email protected]

É natural de Luanda e parte da sua escrita tem reflexos do conflito bélico que teve lugar em Angola. Há alguma coisa que defina a escrita em tempos de crise? Penso que escrever nessa al-tura [da guerra civil] definiu muito toda a escrita angolana. Esta acabou e é quase a tercei-ra, mas já houve guerra contra a presença colonial, contra a ocupação sul-africana, entre nós... Penso que sim, que a guerra trouxe outros con-textos, outras prioridades. A literatura, que se alimenta sempre de quotidianos, pas-sou também por isso. Isso é muito presente na literatura angolana e acho que nem tinha como não ser.

Assim sendo, é inevitável que esteja também presente naquilo que escreve...Cresci em Luanda e lá apa-nhávamos restos e restinhos de guerra, não era a guerra em si, apenas algumas con-sequências disso. Acho que não está presente, mas sim, tem ecos de uma certa guerra, mas não escrevo muito sobre a guerra. Custa-me um bocado porque não gosto de falar à toa e acho que é delicado falar sobre a guerra, a não ser que se esteja literariamente muito empenhado.

Numa das sessões do Fes-tival Rota das Escolas, na Escola Portuguesa, disse que é uma pessoa de pes-soas e que conta histórias de pessoas... O que é que o atrai tanto nesta questão e para escrever sobre isto?É isso que me atrai no mundo. Há pessoas que são muito ligadas à História, outras gos-tam de descrever factos, são

pessoas para quem a literatura vive de factos e configurações concretas... Eu gosto das pessoas e que elas estejam nos meus contos. Mesmo no dia-a-dia, quando não estou a escrever, é isso que eu faço.

Olho para as pessoas e às vezes algumas delas chegam aos contos. Não sei se isto é universal, se toda a literatura será sobre pessoas. Eu, pelo menos, gostava que a minha fosse.

Numa entrevista que deu recentemente, referiu que gostava bastante do livro enquanto objecto carregado de conteúdo. Como é que acontece a passagem da me-mória até ao livro enquanto isso mesmo? Acredito que seja um encontro entre a urgência, a circuns-tância, a vontade, o desejo e a capacidade de articulação de cada escritor. É por isso

mesmo que há urgências que se transformam em poemas curtos, outros em romances longos e algumas que podem estar numa crónica ou num ensaio. Nós, como seres humanos, talvez tenhamos a tendência e o instinto de registar para deixar ficar, para engravidar o futuro. A expressão não é minha, mas acredito que isto aconteça, o “engravidar o futuro”. Aliás, até acho que engravidamos o presente. Acho que o medo de esquecer é uma tendência humana. Ou escrevemos, ou contamos, ou filmamos... Estamos sempre a registar.

A questão da memória. É preciso tê-la para contar histórias, mas acredita que é preciso ter vivido muito para ter muitas memórias e contar muitas coisas?As memórias nem sempre estão relacionadas com a questão quantificável de ter vivido muito. Está mais rela-cionado com a intensidade, no sentido de que há memórias mais intensas que podem servir à literatura, mas julgo que é sobretudo a capacidade de escolher quais as memórias

que podem tornar-se literatu-ra. Qualquer cidadão, inde-pendentemente da sua idade, tem memórias e histórias. É essa selecção – que pode ser afectiva ou intelectual, ou ambas – que poderá dar origem a uma história ou um livro? Será quem viveu mais tem inevitavelmente melhores histórias? Não. Mas quem

“Eu gosto das pessoas e que elas estejam nos meus contos. Mesmono dia-a-dia,quando nãoestou a escrever,é isso que faço”

“Nós, como seres humanos, talvez tenhamos a tendência e o instinto de registar para deixar ficar, para engravidar o futuro. A expressão não é minha, mas acredito queisto aconteça,o “engravidaro futuro”

Page 11: Hoje Macau 31 MAR 2015 #3302

11 entrevistahoje macau terça-feira 31.3.2015

pub

Ondjaki escritor

“Só tenho intimidade com a língua que é a minha”

“Escrever é perigoso, mas vamos sobrevivendo”

viveu mais tem mais por onde escolher? Eventualmente sim, mas talvez não sejam melhores.

As suas histórias misturam muito realidade com fic-ção. A base é muitas vezes real, mas depois junta-lhe ficção... Como é que essa mistura acontece e qual a razão para isso?A literatura de prosa, sejam romances ou contos, tem necessariamente que mis-turar realidades com ficção. Mesmo aqueles autores que dizem que os seus livros não têm nada de realidade e são “pura ficção”... Como é que isso pode acontecer se no dia em que ele estava a escrever esta tal “pura ficção”, por acaso estava mais triste ou mais alegre? Isso influenciou o rumo da sua própria escrita e integrou a realidade não no contexto, mas sim a da sua pele, do seu coração... Não sou eu, mas sim a literatura é feita de pontes entre a realidade e a ficção.

Fala muitas vezes na ques-tão da Lusofonia e de, por vezes, se considerar a

literatura “lusófona” como toda aquela que é escrita em Língua Portuguesa em to-dos os outros países, menos em Portugal. Numa outra intervenção, disse acreditar no conceito de “franco-re-cupération”. Poderá existir uma “luso-recuperação”?Hoje, e aqui em Macau, não tenho mais paciência para falar da Lusofonia. Já tenho falado muito...

A minha questão passaria precisamente pela ideia de que se banalizou o conceito de Lusofonia e da literatura escrita em Língua Portu-guesa. É banalizada, mas não é tratada. E não é tratada, mas não é esquecida. Por sua vez, não é esquecida porque se fala nisso, mas fala-se numa coisa que depois não existe.

Falando do futuro. Quais os novos projectos para os próximos tempos?O meu projecto para este ano é descansar, ou seja, tentar viajar menos e ter menos participações. Mas este ano, entre Maio e Junho, vai sair um novo livro, que é um pro-jecto poético de quatro autores em conjunto: dois angolanos, um brasileiro e um português e eu participo também. Isso vai ser basicamente aquilo que vou publicar este ano. São uma espécie de entradas de dicionários “afectivas” em torno das palavras e cada autor vai tratá-las como entender. De resto, estou já com ideias para livros na cabeça, como sempre.

Frisa várias vezes que gosta mesmo é de “contar histó-rias”. Já pensou em gravar um áudio-livro?Nunca pensei nisso, mas há países onde as pessoas usam muito. Uma vez pediram-me para gravar um conto e eu dei o contacto de uns amigos meus que são actores e ficou

muito bem. Talvez seja uma boa ideia. Não eu, mas talvez um grupo de actores ler um livro meu.

Para si, escrever será sem-pre em Português...Para mim sim. Às vezes tenho pequenas coisas que tenho guardadas e que faço origi-nalmente em inglês ou em espanhol, mas é justamente uma espécie de exercício de “ser outro”. Tive uma conferência que teve que ser falada em inglês. Aí, disse tudo aquilo que queria dizer, mas não como eu queria dizer. Isto aflige-me muito, porque trabalho muito na maneira como se diz e não necessaria-mente com aquilo que digo. Gosto muito quando o estilo [de escrita ]se transforma em conteúdo. E às vezes torna-se.

A Língua Portuguesa aca-ba por ser a sua língua de expressão...Só consigo fazê-lo em Por-tuguês, porque só tenho as ferramentas e a intimidade com a língua que é a minha. Nunca conseguirei ter com as outras, porque a intimidade com a língua ganha-se em criança.

Ganhar o prémio Saramago traduz-se no reconhecimen-to do seu esforço e trabalho?É reconhecimento, mas prin-cipalmente a honra de ver um livro meu associado ao nome de José Saramago com este prémio. Foi bom porque foi uma espécie de carinho, por-que custou-me muito escrever e terminar este livro. Estava exausto quando o acabei e depois de o ter publicado. Exausto internamente e não só intelectualmente, mas mais um esgotamento afectivo. Fiquei muito vazio quando acabei de escrever aquele li-vro e muito insatisfeito. Se se está vazio e satisfeito, aguen-tamos, mas se estamos vazios e insatisfeitos... Foi muito difícil. Escrever é perigoso, mas vamos sobrevivendo.

“Gosto muito quando o estilo [de escrita ] se transforma em conteúdo. E às vezes torna-se”

Page 12: Hoje Macau 31 MAR 2015 #3302

12 publicidade hoje macau terça-feira 31.3.2015

MANDADO DE NOTIFICAÇÃO N.°112/AI/2015-----Atendendo à gravidade para o interesse público e não sendo possível proceder à respectiva notificação pessoal, pelo presente notifique-se o infractor TUNG, Ah Choi, portador do Hong Kong Permanent Identity Card n.° D3360xxx, que na sequência do Auto de Notícia n.° 15/DI-AI/2014, levantado pela DST a 25.01.2014, e por despacho da signatária de 17.03.2015, exarado no Relatório n.° 142/DI/2015, de 02.03.2015, em conformidade com o disposto no n.° 1 do artigo 14.° da Lei n.° 3/2010, lhe foi desencadeado procedimento sancionatório, suspeita de controlar a fracção autónoma situada na Praceta de Um de Outubro n.os 119-131-B, Edf. I Keng 6.° andar H.----------------------------------------------------------------------------------------------------------------No mesmo despacho foi determinado, que deve, no prazo de 10 dias, contado a partir da presente publicação, apresentar, querendo, a sua defesa por escrito sobre a matéria constante daquele auto de notícia, oferecendo nessa altura todos os meios de prova admitidos em direito não sendo admitida apresentação de defesa ou de provas fora do prazo conforme o disposto no n.° 2 do artigo 14.° da Lei n.° 3/2010.----------------------------------------------------------------------------------------------------------------A matéria constante daquele auto de notícia constitui infracção ao artigo 2.° da Lei n.° 3/2010, punível nos termos do n.° 1 do artigo 10.° do mesmo diploma. ------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------O processo administrativo pode ser consultado, dentro das horas normais de expediente, no Departamento de Licenciamento e Inspecção desta Direcção de Serviços, sito na Alameda Dr. Carlos d’Assumpção n.os 335-341, Edifício “Centro Hotline”, 18.° andar, Macau. ---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------Direcção dos Serviços de Turismo, aos 17 de Março de 2015.

A Directora dos Serviços,Maria Helena de Senna Fernandes

MANDADO DE NOTIFICAÇÃO N.°122/AI/2015-----Atendendo à gravidade para o interesse público e não sendo possível proceder à respectiva notificação pessoal, pelo presente notifique-se o infractor 楊智超, portador do Bilhete de Identidade de Residente Permanente da RAEM n.° 74146xxx, que na sequência do Auto de Notícia n.° 64/DI-AI/2013, levantado pela DST a 19.06.2013, e por despacho da signatária de 18.03.2015, exarado no Relatório n.° 140/DI/2015, de 02.03.2015, em conformidade com o disposto no n.° 1 do artigo 14.° da Lei n.° 3/2010, lhe foi desencadeado procedimento sancionatório por suspeita de controlar a fracção autónoma situada na Rua de Nagasaki, n.° 80, Edf. Kam Fung Tai Ha - Kam Fung, Bloco 1, 4.° andar E onde se prestava alojamento ilegal.----------------------------------------------------------------No mesmo despacho foi determinado, que deve, no prazo de 10 dias, contado a partir da presente publicação, apresentar, querendo, a sua defesa por escrito sobre a matéria constante daquele auto de notícia, oferecendo nessa altura todos os meios de prova admitidos em direito não sendo admitida apresentação de defesa ou de provas fora do prazo conforme o disposto no n.° 2 do artigo 14.° da Lei n.° 3/2010.-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------A matéria constante daquele auto de notícia constitui infracção ao artigo 2.° da Lei n.° 3/2010, punível nos termos do n.° 1 do artigo 10.° do mesmo diploma.------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------O processo administrativo pode ser consultado, dentro das horas normais de expediente, no Departamento de Licenciamento e Inspecção desta Direcção de Serviços, sito na Alameda Dr. Carlos d’Assumpção n.os 335-341, Edifício “Centro Hotline”, 18.° andar, Macau.------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------Direcção dos Serviços de Turismo, aos 18 de Março de 2015.

A Directora dos Serviços, Maria Helena de Senna Fernandes

MANDADO DE NOTIFICAÇÃO N.°134/AI/2015-----Atendendo à gravidade para o interesse público e não sendo possível proceder à respectiva notificação pessoal, pelo presente notifique-se o infractor 賴鐵, portador do passaporte da R.P.C. n.° G52830xxx, que na sequência do Auto de Notícia n.° 48/DI-AI/2013, levantado pela DST a 08.05.2013, e por despacho da signatária de 17.03.2015, exarado no Relatório n.° 154/DI/2015, de 02.03.2015, em conformidade com o disposto no n.° 1 do artigo 14.° da Lei n.° 3/2010, lhe foi desencadeado procedimento sancionatório por suspeita de prestação de alojamento ilegal na fracção autónoma situada na Rua Cidade do Coimbra N.° 416, Jardim Brilhantismo, 9.° andar AA. -------No mesmo despacho foi determinado, que deve, no prazo de 10 dias, contado a partir da presente publicação, apresentar, querendo, a sua defesa por escrito sobre a matéria constante daquele auto de notícia, oferecendo nessa altura todos os meios de prova admitidos em direito não sendo admitida apresentação de defesa ou de provas fora do prazo conforme o disposto no n.° 2 do artigo 14.° da Lei n.° 3/2010. ---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------A matéria constante daquele auto de notícia constitui infracção ao artigo 2.° da Lei n.° 3/2010, punível nos termos do n.° 1 do artigo 10.° do mesmo diploma.----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------O processo administrativo pode ser consultado, dentro das horas normais de expediente, no Departamento de Licenciamento e Inspecção desta Direcção de Serviços, sito na Alameda Dr. Carlos d’Assumpção n.os 335-341, Edifício “Centro Hotline”, 18.° andar, Macau. ---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------Direcção dos Serviços de Turismo, aos 17 de Março de 2015.

A Directora dos Serviços,Maria Helena de Senna Fernandes

MANDADO DE NOTIFICAÇÃO N.°166/AI/2015-----Atendendo à gravidade para o interesse público e não sendo possível proceder à respectiva notificação pessoal, pelo presente notifique-se o infractor 何兵鋒, portador do passaporte da R.P.C. n.° E03729xxx, que na sequência do Auto de Notícia n.° 114/DI-AI/2013, levantado pela DST a 07.10.2013, e por despacho da signatária de 18.03.2015, exarado no Relatório n.° 182/DI/2015, de 02.03.2015, em conformidade com o disposto no n.° 1 do artigo 14.° da Lei n.° 3/2010, lhe foi desencadeado procedimento sancionatório por suspeita de controlar a fracção autónoma situada na Rua Cidade de Santarém, n.° 416, Edifício “HOT LINE”, 15.° andar AA onde se prestava alojamento ilegal. -------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------No mesmo despacho foi determinado, que deve, no prazo de 10 dias, contado a partir da presente publicação, apresentar, querendo, a sua defesa por escrito sobre a matéria constante daquele auto de notícia, oferecendo nessa altura todos os meios de prova admitidos em direito não sendo admitida apresentação de defesa ou de provas fora do prazo conforme o disposto no n.° 2 do artigo 14.° da Lei n.° 3/2010.------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------A matéria constante daquele auto de notícia constitui infracção ao artigo 2.° da Lei n.° 3/2010, punível nos termos do n.° 1 do artigo 10.° do mesmo diploma. ------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------O processo administrativo pode ser consultado, dentro das horas normais de expediente, no Departamento de Licenciamento e Inspecção desta Direcção de Serviços, sito na Alameda Dr. Carlos d’Assumpção n.os 335-341, Edifício “Centro Hotline”, 18.° andar, Macau. ---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------Direcção dos Serviços de Turismo, aos 18 de Março de 2015.

A Directora dos Serviços,Maria Helena de Senna Fernandes

MANDADO DE NOTIFICAÇÃO N.° 185/AI/2015-----Atendendo à gravidade para o interesse público e não sendo possível proceder à respectiva notificação pessoal, pelo presente notifique-se o infractor 李新勝, portador do Hong Kong Identity Card n.° P3663xxx, que na sequência do Auto de Notícia n.° 13/DI-AI/2013 levantado pela DST a 29.01.2013, e por despacho da signatária de 19.03.2015, exarado no Relatório n.° 210/DI/2015, de 02.03.2015, nos termos do n.° 1 do artigo 10.° e do n.° 1 do artigo 15.°, ambos da Lei n.° 3/2010, lhe foi determinada a aplicação de uma multa de $200.000,00 (duzentas mil patacas) por controlar a fracção autónoma situada na Rua de Kunmin n.° 92, Edf. Phoenix Garden, 6.° andar C onde se prestava alojamento ilegal. ------------------O pagamento voluntário da multa deve ser efectuado no Departamento de Licenciamento e Inspecção destes Serviços, no prazo de 10 dias, contado a partir da presente publicação, de acordo com o disposto no n.° 1 do artigo 16.° da Lei n.° 3/2010, findo o qual será cobrada coercivamente através da Repartição de Execuções Fiscais, nos termos do n.° 2 do artigo 16.° do mesmo diploma. -----------------------------------------------------------Da presente decisão cabe recurso contencioso para o Tribunal Administrativo conforme o disposto no artigo 20.° da Lei n.° 3/2010, a interpor no prazo de 60 dias, conforme o disposto na alínea b) do n.° 2 do artigo 25.° do Código do Processo Administrativo Contencioso, aprovado pelo Decreto-Lei n.° 110/99/M, de 13 de Dezembro. ---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------Desta decisão pode o infractor, querendo, reclamar para o autor do acto, no prazo de 15 dias, sem efeito suspensivo, conforme o disposto no n.° 1 do artigo 148.°, artigo 149.° e n.° 2 do artigo 150.°, todos do Código do Procedimento Administrativo, aprovado pelo Decreto-Lei n.° 57/99/M, de 11 de Outubro.--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------Há lugar à execução imediata da decisão caso esta não seja impugnada. ----------------------------------------------------------------------------------------O processo administrativo pode ser consultado, dentro das horas normais de expediente, no Departamento de Licenciamento e Inspecção desta Direcção de Serviços, sito na Alameda Dr. Carlos d’Assumpção n.os 335-341, Edifício “Centro Hotline”, 18.° andar, Macau. -----------------------------Direcção dos Serviços de Turismo, aos 19 de Março de 2015.

A Directora dos Serviços,Maria Helena de Senna Fernandes

MANDADO DE NOTIFICAÇÃO N.° 195/AI/2015-----Atendendo à gravidade para o interesse público e não sendo possível proceder à respectiva notificação pessoal, pelo presente notifique-se o infractor 王開紅, portador do passaporte da RPC n.° E01853xxx, que na sequência do Auto de Notícia n.° 27/DI-AI/2013 levantado pela DST a 07.03.2013, e por despacho da signatária de 19.03.2015, exarado no Relatório n.° 226/DI/2015, de 02.03.2015, nos termos do n.° 1 do artigo 10.° e do n.° 1 do artigo 15.°, ambos da Lei n.° 3/2010, lhe foi determinada a aplicação de uma multa de $200.000,00 (duzentas mil patacas) por prestação de alojamento ilegal na fracção autónoma situada na Avenida de D. João IV N.° 3, Edf. Lei Kou, 22.° andar A. ----------------------------------O pagamento voluntário da multa deve ser efectuado no Departamento de Licenciamento e Inspecção destes Serviços, no prazo de 10 dias, contado a partir da presente publicação, de acordo com o disposto no n.° 1 do artigo 16.° da Lei n.° 3/2010, findo o qual será cobrada coercivamen-te através da Repartição de Execuções Fiscais, nos termos do n.° 2 do artigo 16.° do mesmo diploma. --------------------------------------------------------Da presente decisão cabe recurso contencioso para o Tribunal Administrativo conforme o disposto no artigo 20.° da Lei n.° 3/2010, a interpor no prazo de 60 dias, conforme o disposto na alínea b) do n.° 2 do artigo 25.° do Código do Processo Administrativo Contencioso, aprovado pelo Decreto-Lei n.° 110/99/M, de 13 de Dezembro. ---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------Desta decisão pode o infractor, querendo, reclamar para o autor do acto, no prazo de 15 dias, sem efeito suspensivo, conforme o disposto no n.° 1 do artigo 148.°, artigo 149.° e n.° 2 do artigo 150.°, todos do Código do Procedimento Administrativo, aprovado pelo Decreto-Lei n.° 57/99/M, de 11 de Outubro.--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------Há lugar à execução imediata da decisão caso esta não seja impugnada. ----------------------------------------------------------------------------------------O processo administrativo pode ser consultado, dentro das horas normais de expediente, no Departamento de Licenciamento e Inspecção desta Direcção de Serviços, sito na Alameda Dr. Carlos d’Assumpção n.os 335-341, Edifício “Centro Hotline”, 18.° andar, Macau. -----------------------------Direcção dos Serviços de Turismo, aos 19 de Março de 2015.

A Directora dos Serviços,Maria Helena de Senna Fernandes

MANDADO DE NOTIFICAÇÃO N.° 196/AI/2015-----Atendendo à gravidade para o interesse público e não sendo possível proceder à respectiva notificação pessoal, pelo presente notifique-se o infractor 王開紅, portador do passaporte da R.P.C. n.° E01853xxx, que, na sequência do Auto de Notícia n.° 27.1/DI-AI/2013 levantado pela DST a 07.03.2013, e por despacho da signatária de 19.03.2015, exarado no Relatório n.° 227/DI/2015, de 02.03.2015, em conformidade com o disposto no n.° 2 do artigo 10.° da Lei n.° 3/2010, lhe foi determinada a aplicação de uma multa de $20.000,00 (vinte mil patacas) por angariar pessoas com vista ao seu alojamento ilegal na fracção autónoma situada na Avenida de D. João IV n.° 3, Edf. Lei Kou, 22.° andar A. -----------------------------------O pagamento voluntário da multa deve ser efectuado no Departamento de Licenciamento e Inspecção destes Serviços, no prazo de 10 dias, contado a partir da presente publicação, de acordo com o disposto n.° 1 do artigo 16.° da Lei n.° 3/2010, findo o qual será cobrada coercivamente através da Repartição de Execuções Fiscais, nos termos do n.° 2 do artigo 16.° do mesmo diploma. -----------------------------------------------------------Da presente decisão cabe recurso contencioso para o Tribunal Administrativo conforme disposto no artigo 20.° da Lei n.° 3/2010, a interpor no prazo de 60 dias, conforme disposto na alínea b) do n.° 2 do artigo 25.° do Código do Processo Administrativo Contencioso, aprovado pelo Decreto-Lei n.° 110/99/M, de 13 de Dezembro.---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------Desta decisão pode o infractor, querendo, reclamar para o autor do acto, no prazo de 15 dias, sem efeito suspensivo, conforme o disposto no n.° 1 do artigo 148.°, artigo 149.° e n.° 2 do artigo 150.°, todos do Código do Procedimento Administrativo, aprovado pelo Decreto-Lei n.° 57/99/M, de 11 de Outubro.-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------Há lugar à execução imediata da decisão caso esta não seja impugnada.---------------------------------------------------------------------------------------O processo administrativo pode ser consultado, dentro das horas normais de expediente, no Departamento de Licenciamento e Inspecção desta Direcção de Serviços, sito na Alameda Dr. Carlos d’Assumpção n.os 335-341, Edifício “Centro Hotline”, 18.° andar, Macau. -----------------------------Direcção dos Serviços de Turismo, aos 19 de Março de 2015.

A Directora dos Serviços,Maria Helena de Senna Fernandes

MANDADO DE NOTIFICAÇÃO N.° 203/AI/2015-----Atendendo à gravidade para o interesse público e não sendo possível proceder à respectiva notificação pessoal, pelo presente notifique-se a infractora 王海艷, (portadora do salvo-conduto para deslocação a Hong Kong e Macau da R.P.C. n.° W48141xxx), que na sequência do Auto de Notícia n.° 44/DI-AI/2013 levantado pela DST a 28.04.2013, e por despacho da signatária de 19.03.2015, exarado no Relatório n.° 235/DI/2015, de 03.03.2015, nos termos do n.° 1 do artigo 10.° e do n.° 1 do artigo 15.°, ambos da Lei n.° 3/2010, lhe foi determinada a aplicação de uma multa de $200.000,00 (duzentas mil patacas) por prestação de alojamento ilegal na fracção autónoma situada na Luis Gonzaga Gomes n.os 78-B-96, Edf. Lei Kai, 14.° andar C.---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------O pagamento voluntário da multa deve ser efectuado no Departamento de Licenciamento e Inspecção destes Serviços, no prazo de 10 dias, contado a partir da presente publicação, de acordo com o disposto no n.° 1 do artigo 16.° da Lei n.° 3/2010, findo o qual será cobrada coercivamente através da Repartição de Execuções Fiscais, nos termos do n.° 2 do artigo 16.° do mesmo diploma. ------------------------------------------------------------------------------Da presente decisão cabe recurso contencioso para o Tribunal Administrativo conforme o disposto no artigo 20.° da Lei n.° 3/2010, a interpor no prazo de 60 dias, conforme o disposto na alínea b) do n.° 2 do artigo 25.° do Código do Processo Administrativo Contencioso, aprovado pelo Decreto-Lei n.° 110/99/M, de 13 de Dezembro. -------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------Desta decisão pode o infractor, querendo, reclamar para o autor do acto, no prazo de 15 dias, sem efeito suspensivo, conforme o disposto no n.° 1 do artigo 148.°, artigo 149.° e n.° 2 do artigo 150.°, todos do Código do Procedimento Administrativo, aprovado pelo Decreto-Lei n.° 57/99/M, de 11 de Outubro.--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------Há lugar à execução imediata da decisão caso esta não seja impugnada.-----O processo administrativo pode ser consultado, dentro das horas normais de expediente, no Departamento de Licenciamento e Inspecção desta Direcção de Serviços, sito na Alameda Dr. Carlos d’Assumpção n.os 335-341, Edifício “Centro Hotline”, 18.° andar, Macau. -----------------------------------Direcção dos Serviços de Turismo, aos 19 de Março de 2015.

A Directora dos Serviços,Maria Helena de Senna Fernandes

Page 13: Hoje Macau 31 MAR 2015 #3302

pub

13chinahoje macau terça-feira 31.3.2015

MANDADO DE NOTIFICAÇÃO N.° 208/AI/2015-----Atendendo à gravidade para o interesse público e não sendo possível proceder à respectiva notificação pessoal, pelo presente notifique-se a infractora CHEN XUYING, portadora do Salvo-Conduto de Dupla Viagem da RPC n.° W56945xxx, que na sequência do Auto de Notícia n.° 113/DI-AI/2012 levantado pela DST a 25.10.2012, e por despacho da signatária de 19.03.2015, exarado no Relatório n.° 238/DI/2015, de 04.03.2015, nos termos do n.° 1 do artigo 10.° e do n.° 1 do artigo 15.°, ambos da Lei n.° 3/2010, lhe foi determinada a aplicação de uma multa de $200.000,00 (duzentas mil patacas) por controlar a fracção autónoma situada na Rua de Xangai n.° 75-D, Edf. I Keng Fa Un, I Pou Kok, 9.° andar J, Macau onde se prestava alojamento ilegal. ---------------------------O pagamento voluntário da multa deve ser efectuado no Departamento de Licenciamento e Inspecção destes Serviços, no prazo de 10 dias, contado a partir da presente publicação, de acordo com o disposto no n.° 1 do artigo 16.° da Lei n.° 3/2010, findo o qual será cobrada coercivamente através da Repartição de Execuções Fiscais, nos termos do n.° 2 do artigo 16.° do mesmo diploma. -----------------------------------------------------------------------------------------Da presente decisão cabe recurso contencioso para o Tribunal Administrativo conforme o disposto no artigo 20.° da Lei n.° 3/2010, a interpor no prazo de 60 dias, conforme o disposto na alínea b) do n.° 2 do artigo 25.° do Código do Processo Administrativo Contencioso, aprovado pelo Decreto-Lei n.° 110/99/M, de 13 de Dezembro. --------------------------------------------------------------Desta decisão pode o infractor, querendo, reclamar para o autor do acto, no prazo de 15 dias, sem efeito suspensivo, conforme o disposto no n.° 1 do artigo 148.°, artigo 149.° e n.° 2 do artigo 150.°, todos do Código do Procedimento Administrativo, aprovado pelo Decreto-Lei n.° 57/99/M, de 11 de Outubro.---------------------------------------------------------------------------------------Há lugar à execução imediata da decisão caso esta não seja impugnada. --------O processo administrativo pode ser consultado, dentro das horas normais de expediente, no Departamento de Licenciamento e Inspecção desta Direcção de Serviços, sito na Alameda Dr. Carlos d’Assumpção n.os 335-341, Edifício “Centro Hotline”, 18.° andar, Macau. -------------------------------------------------------Direcção dos Serviços de Turismo, aos 19 de Março de 2015.

A Directora dos Serviços,Maria Helena de Senna Fernandes

M ais quatro paí- ses, entre os quais o Brasil, anunciaram no

fim de semana a adesão ao Banco Asiático de Investi-mento em infra-estruturas (aiiB) proposto pela China, elevando para 42 o número de fundadores da nova instituição financeira internacional.

Das grandes economias mundiais, apenas os Estados Unidos, Japão e Canadá ainda não declararam a sua intenção de integrar o AIIB, assinalou ontem o jornal China Daily.

Numa conversa telefóni-ca com o homologo chinês, o ministro dos Negócios Es-trangeiros brasileiro, Mauro Vieira, disse que “o Brasil quer ser membro fundador do AIIB” e “desempenhar o seu papel na cena financeira internacional”, referiu a Rá-dio Internacional da China.

AplAusos de pequimA China saudou a decisão do Brasil, que “aumenta a diversidade” do novo ban-co e evidencia “a relação estratégica entre os dois países”, indicou a mesma fonte, citando o ministro dos Negócios Estrangeiros chinês, Wang Yi.

Dinamarca, Holanda e Rússia também anunciaram a adesão ao AIIB no domin-go, um dia depois de a Coreia do Sul, Turquia e Geórgia terem feito o mesmo.

Lançado em Outubro passado em Pequim por 21 países, todos asiáticos, o AIIB foi visto por analistas ocidentais como um desafio à actual ordem financeira in-ternacional, dominada pelos Estados Unidos e a Europa, e uma tentativa de criar um alternativa chinesa ao FMI e ao Banco Mundial.

No último mês, seis países europeus (alemanha, França, Itália, Luxemburgo, Reino Unido e Suíça) mani-festaram-se interessados em aderir ao AIIB.

Até domingo passado, 42 países já tinham aderido ou pedido para aderir ao AIIB como membros fundadores, anunciou o ministério das Finanças chinês.

“Os Estados Unidos estão a ficar cada vez mais isolados e deviam rever a sua postura sobre esta ques-tão”, afirmou um académico britânico, Martin Jacques, num debate em Hainan, sul da China.

RecupeRAR AtRAsoO novo banco, que será formalmente estabelecido

Cinco dirigentes investigados por corrupção

CINCO dirigentes chi- neses estão a ser in-

vestigados por suspeitas de terem aceitado subor-nos, anunciou ontem a Procuradoria Suprema Popular, citada pela agên-cia oficial Xinhua.

Cui Lifu, antigo vice--director do departamen-to de recursos humanos e segurança social da província de Jilin, foi detido e está a ser investi-gado por corrupção pela procuradoria municipal de Changchun.

Por sua vez, a pro-curadoria municipal de Wuhan, na província de Hubei, está a investigar Lin Guosheng, antigo líder da federação das associações de ope-rários de Wuhan do Partido Comunista, por suspeitas de ter aceita-do subornos. Lin está sujeito a “medidas de coacção”, incluindo convocação forçada, fiança, vigilância resi-dencial e detenção, de acordo com o código de processo penal da China.

Outros três antigos dirigentes na província de Guangdong estão também sob investi-gação e “medidas de coação” pela procu-radoria provincial de Guangdong, por sus-peitas de que aceitaram subornos.

Os três homens são Huang Jianjun, antigo chefe do Partido na eléc-trica “Guangdong Grid Co. Ltd”, Cai Guangliao, antigo vice-chefe do Partido no departamento de segurança pública e general do exército, e Liang Yimin, antigo che-fe do Partido da cidade de Maoming.

A nova instituição financeira recebeu a adesão de mais quatro países. EUA e Japão cada vez mais isolados

Brasil adere ao novo Banco asiático

Venham mais quatro

O AIIB “é uma iniciativa aberta à participação de todos os países” e irá “promover a complementaridade e coordenação com outras instituições financeiras multinacionais como o Banco Asiático de Desenvolvimento (ADB) e o Banco Mundial”Xi Jinping presidente chinês

este ano, com sede na capital chinesa e um capital inicial de 50.000 milhões de dóla-res, visa “mobilizar fundos para preencher o atraso da Asia-Pacifico na área das infra-estruturas”.

Estatísticas citadas na imprensa chinesa indicam que nesta década, a Ásia--Pacífico precisará de in-vestir 8.000.000.000.000

de dólares (8 biliões) para melhorar as suas infra--estruturas.

O AIIB “é uma iniciati-va aberta à participação de todos os países” e irá “pro-mover a complementaridade e coordenação com outras instituições financeiras mul-tinacionais como o Banco Asiático de Desenvolvi-mento (aDB) e o Banco Mundial”, disse o Presidente chinês, Xi Jinping.

Segundo um editorial publicado na semana passa-da por um jornal do Partido Comunista Chinês, “o AIIB não irá competir com o Ban-co Mundial ou o FMI, nem irá subverter a actual ordem internacional”.

“O espírito do AIIB é diversidade e justiça. As relações internacionais estão a entrar num era de democra-cia. Isso significa que a busca da hegemonia, por parte de uma potência actual ou de uma potência em ascensão, é um caminho errado”, pro-clamou o editorial.

Bangladesh, Birmânia, Brunei, Cambodja, Caza-quistão, China, Filipinas, Índia, Indonésia, Kuwait, Laos, Malásia, Mongólia, Nepal, Omã, Paquistão, Qatar, singapura, sri Lanka, Tailândia, Uzbequistão e Vietname foram os primei-ros proponentes do Banco Asiático de Investimento em Infra-estruturas.

Page 14: Hoje Macau 31 MAR 2015 #3302

14 hoje macau terça-feira 31.3.2015

harte

s, l

etra

s e

idei

as a revolta do emir Pedro Lystmann

The cure for boredom is curiosity. There is no cure for curiosity. (Dorothy Parker).

N o Cinnebar, sito no Hotel Wynn (assim como no bar Cristal, no Hotel Wynn Encore), servem-se, para

além de outras misturas que o bebente possa desejar, um grupo de coloridas 11 mixórdias da casa com bases alcoólicas diferentes. 3 com base alcoólica de vodka, 2 com base de gin, 2 com base de tequilha, 1 com whiskey, 1 de sake, 1 de Grand Marnier e 1 com prosecco. Não havendo fartura há diversidade, e no seu consumo o cliente encontra-rá aliados que combatam algumas das desvantagens do seu patrocínio.

Fiesta Fatale (tequilha, Grand Mar-nier, sweet and sour, maracujá, mala-gueta tailandesa e xarope com 5 sabo-res). Uma típica mistura com base de tequilha e uma fruta (maracujá). o que o apimenta é a adição da malagueta. É um pouco aborrecido enquanto os cap-sicums não começam a actuar e a torná--lo um pouco mais excitante. Deve, as-sim, esperar-se que atinja devidamente a sua expressão máxima. Pode fazer-se pedindo ao mesmo tempo outra bebida que se consumirá primeiro.

Serve-se em copos de Martini – o que para alguns será uma utilização ado-lescente de um vaso sério, para outros uma presunção e, para muitos, apenas mais um cocktail com álcool e fruta servido num copo de Martini. Não de-vemos substimar nunca as vantagens da ignorância. Pode substituir-se a tequilha por vodka (não sei se tem outro nome nem se é mais fatal) mas a tequilha pa-rece-me muito apropriada. Avisa-se que este é um daqueles preparados que pode excitar Le Diable au Corps.

o Sinatra Smash (whiskey, sweet and sour, xarope com sabor a baunilha, amo-ra preta, crème de cassis) é um bom pre-parado, muito saboroso. Consegue (não tão bem como o Manhattan, o melhor cocktail com base de whiskey existen-te - dificilmente se consegue, contudo, arranjar whiskey de centeio) dar a perce-ber apenas um pouco do whiskey que lhe serve de base. Não é difícil isolá-lo mas este não se sobrepõe de modo agressi-vo, como acontece com tantas misturas à base de bourbon ou whiskey do Ten-nessee. o nome é atraente e faz lembrar as orelhas do famoso cantor de charme, ao mesmo tempo que nele permanece, constante, uma incontornável impressão

CoCktails no Cinnebar, Wynn

Macau não teM uM carácter suficienteMente tropical, preso nuMa latitude de 23 graus, que perMita o consuMo destas bebidas Meio infantis de Modo Mais pertinente. estas coisas bebeM-se eM casa, coM priMos e tios solteiros e lúbricos que se proMoveM coMo especialistas dos trópicos

norte-americana, porventura o grande país dos cocktails.

Não devemos esquecer que, se o ad-vento do cocktail data, pelo menos, do século XVIII (há receitas dessa altura), o período da proibição criou, nos E.U.A., uma necessidade de disfarce que aguçou o engenho na mistura. Grande parte das be-bidas que os norte-americanos usam são de origem europeia, como os vermutes, os licores, o whisky escocês, o vodka ou o gin, mas o whiskey, de Kentucky ou do Tennessee, é indissociável de um “sabor americano”. A outra grande base alcoó-lica, a tequilha, tem uma origem, como sabemos bem, mais meridional.

o Ginger Lemongrass Margarita (tequilha, Cointreau, lima, gengibre e erva-limão) é uma das poucas bebidas que promove uma deslocação, a única deste conjunto que atinge um ponto perfeito. Tem fun-cionado como pretexto de uma desloca-ção sazonal cujos contornos aqui se não desvendam, mas cujo cerimonial se pra-tica em torno da sua perfeita combinação exótica (apenas o Cointreau não o é). Serve-se num old-fashioned (copo), enche a boca e é o meu cocktail preferido de en-tre os que se oferecem nas albergarias do Senhor Wynn. Não é preciso muita ima-ginação para se perceber a certeza da sua mecânica. Atrevo-me a dizer que todas as Margaritas deviam ser feitas assim.

o Thai Pearl (tangerina tailandesa, li-chia e osmanthus, sweet and sour, Grand Marnier e espumante) é um pouco irritan-te para quem as seduções tropicais vêm já mais acompanhadas de certezas que de surpresas, mas é um dos melhores desta lista. Não se tem aqui falado muito de

cocktails com espumantes ou champagne mas, com a aproximação dos extremos estivais, será útil começar a pensar neles mais a sério.

o Yasmine (gin, limoncello, jasmim, sweet and sour) não é inovador mas tor-na-se familiar. o primeiro contacto não cria entusiasmos. Após o terceiro impõe--se decidir se queremos ou não continuar a patrocinar a sua subtil insinuação. Isto acontece com os cocktails florais mas posso estar apenas a confessar uma fra-queza pessoal.

o Sake Infusion (sake, vodka, manga, xarope de lichia, ananás, licor de lichia), o Sex on the Beach (vodka, licor de pêssego, sumo de laranja fresco, sumo de ananás) e o Berry Infusion (vodka, licor de pêssego,

morangos, mirtilo, ananás) perpetuam uma tendência contemporânea exagera-da para os cocktails com fruta que causa uma certa irritação e se não descobre nos bons cocktails ou naqueles em que ela é de utilização mínima ou inexistente, como no Martini Seco ou no Negroni. Nestes, algumas das suas partes são de-masiadamente conspícuas, como um ar-rogante que monopoliza a conversa num jantar de cerimónia.

Não consigo, além disso, ver este tipo de misturas senão como cocktails de jar-dim, nunca como preparados sérios. As-sim sendo, serviriam melhor ao Cinnebar, que tem uma área exterior, ironicamente claustrofóbica, que ao Bar Cristal - onde estes cocktails também se praticam – cuja atmosfera é mais recolhida. Macau não tem um carácter suficientemente tropi-cal, preso numa latitude de 23 graus, que permita o consumo destas bebidas meio infantis de modo mais pertinente. Estas coisas bebem-se em casa, com primos e tios solteiros e lúbricos que se promovem como especialistas dos trópicos.

o Kamikaze (vodka, Cointreau, cordial de lima, sumo de lima fresco) aparece um pouco deslocado, uma vez que esta versão pouco acrescenta ao cocktail clássico com o mesmo nome (contudo, o que lhe acrescenta vinho branco é diferente).

o Magnolia (gin, sweet and sour, seg-mentos de toranja vermelha, xarope de magnólia) não experimentei mas não é difícil de entender a sua ideia - base de gin, uma acidez de fruta e uma doçura floral. Duvido que surpreenda.

o Peach and Lavender (pêssego e lavan-da, prosecco), cuja descrição não entusias-ma, não é particularmente animado. An-tes um cooler, bem mais generosos, mis-tura de vinhos e bebidas gaseificadas ou mesmo (não estou a brincar) misturas de vinho e cerveja, algumas delas deliciosas e inesperadamente agressivas.

Permitam-me um acrescento. A pá-gina dos mocktails propõe ao bebente um cooler à base de pepino (pepino, xarope de gengibre, sweet and sour e ginger ale) a que se junta com muito prazer uma base alcoólica pouco saborosa, como vodka ou tequilha, processo aconselhado pela ama-bilíssima gerente formosina do Cinnebar, a Senhora Lily. Esta sugestão exprime um gosto pessoal pelo uso do pepino, equi-valente ao gosto pela utilização ocasio-nal de um pézinho de hortelã-pimenta, muito propício como frescura contra os calores caprinos que se ameaçam.

Page 15: Hoje Macau 31 MAR 2015 #3302

15 artes, letras e ideiashoje macau terça-feira 31.3.2015

António GrAçA de Abreu

Poemas de du Fu

二月六夜春水生

門前小灘渾欲平

鸕鶿鸂鶒莫漫喜

吾與汝曹俱眼明

Inundação na Primavera

Sexto dia, segundo mês, com a noite, a cheia da Primavera,

de manhã, diante da porta do lar, as águas cobriram a restinga de areia.

Patos, corvos-marinhos incapazes de chapinar nas ondas,

quantos perigos, diante de nós, crescendo no rio!

閣夜

歲暮陰陽催短景

天涯霜雪霽寒宵

五更鼓角聲悲壯

三峽星河影動搖

野哭幾家聞戰伐

夷歌數處起漁樵

臥龍躍馬終黃土

人事依依漫寂寥

No pavilhão, à noite

Com o final do ano, escoam-se os dias e as noites,

neste recanto do império, depois da neve, o céu claro e frio.

Entre as Três Gargantas, as ondas espelham céu e terra,

no lusco-fusco do amanhecer, queixumes de tambores e ocarinas,

o fragor da batalha, ouve-se o choro das gentes distantes,

tristes, pescadores, lenhadores entoam estranhos cânticos.

Até Zhuge Liang e Gongsun Shu[1] se transformaram em poeira e pó,

para que serve lamentar os sofrimentos passados?

[1] Gongsun Shu (?-36) foi um general que se revoltou contra os poderes da dinastia Han e resolveu autoproclamar-se imperador de uma nova dinastia, com a capital em Baidicheng, no rio Yangtsé, ao lado da vilazinha onde Du Fu vivia. Gongsun Shu foi rapidamente derrotado e morto pelo exército imperial. Zhuge Liang, o honesto ministro do período dos Três Reinos (220-280), é um dos heróis de Du Fu e aparece frequentemente citado nos seus poemas.

Page 16: Hoje Macau 31 MAR 2015 #3302

16 publicidade hoje macau terça-feira 31.3.2015

ANÚNCIO

【N.º 17/2015】

Para os devidos efeitos vimos por este meio notificar o representante do agregado familiar da lista de candidatos a habitação social abaixo indicado, no uso da competência delegada pela alínea 1) do n.º 3 do Despacho n.º 06/IH/2015, publicado no Boletim Oficial da RAEM, n.º 7, II Série, de 18 de Fevereiro de 2015 e nos termos do n.º 2 do artigo 72.º do Código do Procedimento Administrativo, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 57/99/M, de 11 de Outubro:

Nome N.º do boletim de candidatura

IEONG KIN KUONG 31201304777

Após as verificações deste Instituto, notamos que o representante do agregado familiar de candidatos a habitação social acima mencionado prestou declaração inexacta para arrendar habitação, até à data do recebimento da chave. Neste acto recorreu uma infracção, nos termos do n.º 2 do artigo 6.º do Regulamento de Candidatura para Atribuição de Habitação Social, aprovado pelo Despacho do Chefe do Executivo n.º 296/2009. Este Instituto informou-o por meio de ofício, com o no 1501060118/DHS, datada de 7 de Janeiro de 2015, a solicitar ao interessado acima mencionado para apresentar por escrito a sua contestação pelo facto acima referido no prazo de 10 (dez) dias a contar da data de recepção do referido ofício, que fez a entrega da sua contestação, mas a mesma não foi aceite por este Instituto. Nos termos do n.º 2 do artigo 6.º do Regulamento de Candidatura para Atribuição de Habitação Social, aprovado pelo Despacho do Chefe do Executivo n.º 296/2009, assim como da decisão do despacho do Chefe do Departamento de Habitação Pública, exarado na Proposta n.º 0101/DHP/DHS/2015, a respectiva candidatura foi excluída da lista geral de espera por IH.

Caso queira contestar a respectiva decisão, nos termos das alínea b) do n.º 2 do artigo 145.º, n.º 1 do artigo 154.º, n.º 1 do artigo 155.º e n.º 1 do artigo 157.º do Código do Procedimento Adminstrativo, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 57/99/M, de 11 de Outubro, cabe recurso hierárquico necessário da respectiva decisão adminstrativa, ao Presidente deste Instituto, no prazo de 30(trinta) dias a contar da data de publicação do presente anúncio, o recurso hierárquico tem efeito suspensivo.

O Chefe do Departamento de Habitação Pública,

Chan Wa Keong27 de Março de 2015

ANÚNCIO[N.º 16/2015]

Para os devidos efeitos, vimos por este meio notificar os adquirentes seleccionados da lista com a ordenação dos candidatos abaixos mencionados:

N.º do boletim de candidatura Nome N.º do boletim

de candidatura Nome

81201300371 LAM KIN WA 81201306849 CHOI IAN KEONG

81201308637 NG MENG 81201305866 CHIO NGAI HONG

81201304917 LAMSANG KANLAYARAT 81201305333 LAI SAI HEONG

81201301453 TANG CHOI CHOI 81201310356 LEE SIO MENG

81201310935 CHOW FONG PENG 81201303631 LEI WAI FAN

81201305924 IAM SIO MENG 81201304164 KAM SAN KIO

81201311680 LEE YAU SHING 81201306720 YAU CHI WAI

81201307263 CHEUNG MOON FAI 81201304769 WONG KEI TIM

81201306334 HO LAI TSUN 81201308001 AU MAN KIT

81201313834 CHEUNG SUT MAN 81201302700 AO IEONG MAN

81201304495 WONG HANG PENG 81201308223 LIANG YAOFENG

81201313231 SOU LAI KUAN 81201301494 CHAO HO WAN

81201301262 CHAO CHAN UN 81201306042 SEAK SIO KENG

81201304612 LAW KA LEONG 81201300483 TOU CHON FONG

81201305774 SALVADOR LELITA ENERLAN 81201302830 KAN HON PIO

81201307121 CHAN WAI SAN 81201301261 CHOI KUAI SIN

81201304968 LEONG SENG CHAO 81201302578 LAM CHI LONG

81201314278 MUI JAMES 81201300829 WONG KAM FEI

81201311466 MAC EVALINA 81201303533 LEONG OI LAN

De acordo com os termos do artigo 27.º da Lei n.º 10/2011 (Lei da habitação económica), o Instituto de Habitação (IH) informa os adquirentes acima referidos, através de ofícios, para se dirigirem pessoalmente ao IH, sita na Travessa Norte do Patane, n.º 102, Ilha Verde, Macau (perto da Escola Primária Luso-Chinesa do Bairro Norte), no dia 24 de Abril de 2015, às horas fixadas nos respectivos ofícios, para escolha das fracções de habitação económica disponíveis de T1 do Edifício Ip Heng. Nesse momento, os adquirentes seleccionados acima mencionados devem apresentar os originais dos bilhetes de identidade de residente dos todos os elementos dos seus agregados familiares constantes nos boletins de candidatura. É necessário assinar os respectivos documentos, pelo que, devem estar presentes os elementos do agregado familiar que pretendem ser outorgantes da fracção de habitação económica, (incluindo o representante do agregado familiar que deve ser um dos outorgantes da fracção de habitação económica).

Na escolha das fracções, o IH verificará, de novo, os dados dos agregados familiares dos adquirentes seleccionados, caso os respectivos dados afectem os requisitos actuais para a compra das fracções ou a composição do agregado familiar, será suspenso imediatamente o procedimento de escolha das fracções.

De acordo com os termos da alínea 4) do artigo 28.º da Lei n.º 10/2011, caso os adquirentes seleccionados não compareçam na escolha das fracções sem motivo justificado, ou, comparecendo, não escolham qualquer fracção disponível, os adquirentes seleccionados serão excluídos do concurso.

No intuito de proporcionar os adquirentes seleccionados para terem mais conhecimentos sobre as informações das fracções de habitação económica disponíveis, o IH juntamente os ofícios enviará em anexo o catálogo com descrições das fracções para venda, tabela dos preços, rácio bonificado e informações sobre o horário de abertura e o local da visita da fracção de modelo. Caso os adquirentes seleccionados não tenham recebidos os ofícios remetidos pelo IH, até 7 dias antes da data fixada, poderão dirigir-se ao IH, sito na Travessa Norte do Patane n.º 102, Ilha Verde, Macau) ou consultar através do telefone n.º 2859 4875, durante o horário de expediente.

O Presidente,Ieong Kam Wa

26 de Marco de 2015

Page 17: Hoje Macau 31 MAR 2015 #3302

17(f)utilidadeshoje macau terça-feira 31.3.2015

tempo muito nublado min 21 max 26 hum 80 - 100% • euro 8.6 baht 0.2 yuan 1.2

João Corvo fonte da inveja

C i n e m aCineteatro

Sala 1cinderella [a]Filme de: Kenneth BranaghCom: Lily James, Richard Madden, Cate Blanchett14.30, 16.30, 19.30, 21.30

Sala 2the divergent SerieS: inSurgent [c]Filme de: Robert SchwenteCom: Shailene Woodley, Theo James, Kate Winslet14.30, 16.45, 21.30

the divergent SerieS: inSurgent [3d] [c]Filme de: Robert SchwenteCom: Shailene Woodley, Theo James, Kate Winslet19.15

Sala 3loSt and love [a](FaLado eM MandaRiM)(CoM Legenda eM ChinêS e ingLêS)Filme de: Peng SanyuanCom: andy Lau Tak-wah, Jing Boran, Sandra ng Kwan Yue14.30, 16.30, 21.30

run all night[c]Filme de: Jaume Collet-SerraCom: Liam neeson,Joel Kinnaman, Common ed harris19.30

O que fazer esta semana

ele não sabe nada de artes marciais mas, ainda assim, um dia é escolhido como sendo o Guerreiro Dragão, cuja missão é só salvar a sua cidade. ele é Po, conhecido como o Panda do Kung Fu e junta-se a cinco magníficos. Crianças ou adultos, é praticamente impossível não gostar deste filme de animação que, como tantos outros, faz rir mais do que alguns filmes de comédia. Com a voz de actores famosos, como Jackie Chan, angelina Jolie ou Seth Rogen, na versão inglesa, ou com José Raposo, Joaquim de almeida ou marco Horácio, na portuguesa, o ‘Kung Fu Panda’ vai fazê-lo rir do princípio ao fim. - Joana Freitas

kun fu pandaJohn StevenSon e mark oSborne (2008)

H o J e H á F i l m e

aconteceu hoJe 31 de MaRço

a torre eiffelinaugurada em paris• Projectado por Gustave Eiffel, o monumento de Paris, um ícone da França, foi inaugurado a 31 de Março de 1889. Neste dia, nasceu René descartes, morreram isaac newton e Jesse Owens. Extingue-se a Inquisição em Portugal e dissolve-se o Pacto de Varsóvia.A 31 de Março de 1889, é inaugurado o arco de entrada da Exposição Universal de 1889: a Torre Eiffel. Um dia histórico, a origem de um dos mais fascinantes monumentos em todo o mundo, projectado por um engenheiro francês, também criador da estátua da Liberdade.A Torre Eiffel é o edifício mais alto de Paris e o monumento pago mais visitado do mundo (mais de sete milhões de pessoas, todos os anos). Foi edificada para honrar o centenário da Revolução Francesa e tratava-se de uma estrutura temporária. No entanto, foi tomada a decisão de nunca a desmantelar.A torre de Gustave Eiffel transformou-se num ícone da França e é uma das estruturas mais reconhecidas, não apenas pela sua dimensão – longos 324 metros de altura –, mas pela arte que ostenta e simbolismo que entretanto adquiriu.Chegou a ter o título de estrutura mais alta do mundo. no entanto, em 1930 perde esse estatuto para o Chrysler Building, em Nova Iorque (EUA). A 31 de Março, recorda-se a inauguração do monumento que passou de provisório a eterno.Outros factos eternos são também assinalados a 31 de Março. em 1371, celebra-se o Tratado de alcoutim: d. Fernando e d. Henrique II de Castela comprometem-se a manter boas relações com o rei de França.Também neste dia, em 1821, extingue-se a Inquisição em Portugal. exactamente um ano mais tarde, dá-se o massacre de Quíos. A população daquela ilha grega é massacrada pelos turcos, depois de uma tentativa de rebelião.No Brasil, em 1964, dá-se um golpe militar que derruba o presi-dente João goulart. inicia-se então o regime militar do marechal Castello Branco, que duraria mais de duas décadas, até 1985.No dia 31 de Março de 1991, dissolve-se o Pacto de Varsóvia, uma aliança militar formada pelos países socialistas do leste europeu e pela União Soviética, a 14 de Maio de 1955.

amanhãMACAU INTERNATIONAl FIlM FESTIVAl – “TheeB” (JoRdânia)Centro Cultural de Macau, 19h30bilhetes a 60 patacas

Quinta-feiraMACAU INTERNATIONAl FIlM FESTIVAl – “CoRReCTion CLaSS” (RúSSia, aLeManha)Centro Cultural de Macau, 19h30bilhetes a 60 patacas

Sexta-feiraMACAU INTERNATIONAl FIlM FESTIVAl – “A ACUSAdA” (HOlANdA, SUéCIA)Centro Cultural de Macau, 21h30bilhetes a 60 patacas

CONCERTO dA ORQUESTRA SINFóNICA dE GOTEMBURGO Centro Cultural de Macau, 20h00bilhetes de 180 a 480 patacas

SábadoMACAU INTERNATIONAl FIlM FESTIVAl – “aTa” (China)Centro Cultural de Macau, 16h30bilhetes a 60 patacas

MACAU INTERNATIONAl FIlM FESTIVAl – “BOA NOITE MAMã” (ÁUSTRIA)Centro Cultural de Macau, 21h30bilhetes a 60 patacas

domingoMACAU INTERNATIONAl FIlM FESTIVAl – “SeM FRonTeiRaS” (iRão)Centro Cultural de Macau, 16h30bilhetes a 60 patacas

MACAU INTERNATIONAl FIlM FESTIVAl – “O QUE FAzEMOS NAS SOMBRAS” (NOVA zElâNdIA)Centro Cultural de Macau, 19h30bilhetes a 60 patacas

diariamenteExPOSIçãO “VAlQUíRIA”, de Joana VaSConCeLoS MgM Macauentrada livre

exPoSição “nihonga ConTeMPoRânea”,de aRLinda FRoTa Fundação Rui Cunhaentrada livre

exPoSição de SândaLo VeRMeLho (ATé 22/03)grande Praça, MgMentrada livre

O mais subtil veneno é o que nos faz morrer lentamente de prazer.

?

Page 18: Hoje Macau 31 MAR 2015 #3302

18 opinião hoje macau terça-feira 31.3.2015

A s próximas eleições legisla-tivas não são umas eleições quaisquer. Nelas está em risco o adquirido democrá-tico e social do nosso país. Permitam-me relembrar os traços essenciais deste argumento, embora ele já venha sido defendido há muito nesta crónica.

Em primeiro lugar, veremos certamente nos próximos meses que uma grande parte das elites e clientelas (são ambas as coisas) dos partidos do centro vão começar a clamar por um governo conjunto dos seus partidos — o chamado governo de “bloco central”. Exortarão a concretizar-se uma estabilida-de para europeu ver, como sempre, mas é revelador que o fazem à medida em que os seus partidos forem ficando mais fracos, pelo desânimo que a continuação de uma “política do mesmo” provoca na população. Quando chegarem as eleições, e logo após, vão suceder-se estas pressões.

Rui TavaResin Público

Estratégia em vez de táctica

Só se pode evitar o desastre com um pólo forte à esquerda que esteja pronto a governar

Ora, — este é o segundo ponto —, um futuro governo de bloco central é um perigo para o país. Vai amalgamar todos os partidos do sistema numa massa indistinta e sem alter-nativa, onde cada parte justificará e ocultará as fraquezas dos outros. O “bloco central” não vai transformar em força estratégica a fraqueza desses partidos acossados pela falta de perspectivas. Pelo contrário, são os partidos que vão contaminar o próprio regime com a sua fraqueza, pondo em risco a legitimidade da governação.

Há pior. Este PsD tem uma aspiração declarada de alterar a Constituição, que ficou ainda mais intensa depois deste mandato, e que não deixaria de impor na mesa de ne-

gociações para uma maioria de governo que muito provavelmente seria também a maioria suficiente para uma alteração constitucional.

Uma quarta premissa é que a própria na-tureza da governação mudou com esta crise. Os governos governam a nível nacional, mas a nível europeu (e, crucialmente, da zona euro) representam, negoceiam e até legislam em nosso nome. Na verdade, nós não vamos só eleger um governo — vamos também eleger a voz de Portugal no Conselho Europeu durante quatro anos. Queremos que esta seja uma voz submissa ou que Portugal tenha uma estratégia própria no tabuleiro europeu?

***

Perante este quadro, é crucial que a esquerda faça escolhas estratégicas e não, como de costume, manobras tácticas. O momento é de responsabilidade histórica, e bem identificado num manifesto recente no qual pontificam cinco historiadores — António Borges Coelho, Cláu-dio Torres, Fernando Rosas, Luís Reis Torgal e

Manuel Loff, por ordem alfabética — alguns deles politicamente ligados, ou próximos, ao PCP e do BE. Neste manifesto as coisas são postas com a crueza que têm: “as eleições esta-rão perdidas para todas as esquerdas se, depois de três anos de Troika, o nosso povo tiver pela frente trinta anos de empobrecimento”. Esta é a quinta premissa, e decisiva: ou fazemos algo para interromper a deriva ou cada vez menos teremos um país onde valha a pena viver.

“Resistir é pouco para salvar” o país, diz este “Manifesto para uma esquerda que responda por Portugal” (como dizíamos já no “Manifesto por uma esquerda livre”, há dois anos, e no Congresso Democrático das Alternativas, pouco depois). “As esquerdas não podem continuar a ser o que sempre foram”, concluem, e é certo.

Esperemos que o facto de o apelo vir agora de sectores mais próximos dos seus partidos leve o PCP e o BE a retirarem a forçosa consequência: a de que só se pode evitar o desastre com um pólo forte à esquer-da que esteja pronto a governar.

BBC,

dad

’s a

rmy

Page 19: Hoje Macau 31 MAR 2015 #3302

A entrada para o 33 em direcção à Taipa em hora de ponta é o sonho de muitos aspirantes a pugilistas. O treino começa antes de se entrar quando se corre para apanhar o veículo. Após esse aquecimento, começa o treino propriamente dito

19 opiniãohoje macau terça-feira 31.3.2015

C reio que todos os residentes de Macau já se depararam com a terrível situação que é tentar (saliento, tentar) apanhar o autocarro em hora de ponta. É o pesadelo de muitos mas, na minha opinião, um nicho de mercado por explorar.

Dentro do autocarro inicia-se uma sinfonia: pessoas a tossirem

e a pigarrearem violentamente, crianças a chorar e o ocasional grito de dor devido a um pé pisado. em relação a este último, creio ser seguro dizer que ninguém está imune. As pessoas vêem isto como um sofrimento, eu vejo como uma oportu-nidade. Vistam o fato de treino, calcem as luvas de boxe, equipem-se com uma dentadura e estão prontos para irem ao ginásio.

A entrada para o 33 em direcção à Taipa em hora de ponta é o sonho de muitos aspirantes a pugilistas. o treino começa antes de se entrar quando se corre para apanhar o veículo. Após esse aquecimento, começa o treino propriamente dito. Tem-se a oportunidade de, por um lado, criar resistência a ataques surpresas vindos dos outros combatentes e, por outro, de praticar-se os pontapés e a pontaria dos murros. o treino de agilidade e equilíbrio são auxiliados pelo próprio condutor e pelos pedestres, com as travagens bruscas, as curvas inesperadas e o comum quase-atropelamento. o pugilista bem sucedido aguenta todas estas situações com mestria, conseguindo manter-se em pé agarrado a tudo o que esteja à sua disposição e enfiando-se em zonas que só um contorcionista experiente conseguiria.

Claro que todo este exercício gera odores desagradáveis, altura em que os representantes de marcas de desodorizantes deviam entrar em acção. Uma ocasião de sonho para se testarem novos produtos e para se verificar as eficácia dos antigos. resolver-se-ia o mal-estar dos utentes e gerava-se lucro. Era publicidade à borla. Afinal, quem não sentiu o delicioso aroma a suor de construtor ou o cheiro floral a take-away chinês?

em suma, se muita gente se aperceber disto os ginásios da região vão à falência e o Venetian não vai ter mãos a medir para encher o ringue do Cotai Arena. Já vejo o título: “João, do autocarro 11 VS. Li Wei, do autocarro 12: um combate oferecido pela Nivea.”

Francisco Monteiro

João, do autocarro 11 VS. Li Wei, do autocarro 12

Um combate oferecido pela Niveam

arti

N sc

orse

se, r

agiN

g bU

ll

Page 20: Hoje Macau 31 MAR 2015 #3302

hoje macau terça-feira 31.3.2015pu

b

cartoon por Stephff

Secretaria da Segurançajá tem website activoO Gabinete do Secretário para a Segurança, Wong Sio Chak, já está em funcionamento desde ontem e pretende ser uma página virtual que permita um contacto mais estreito entre o Governo e a população. “Com [o website] pretendemos facultar à população o conhecimento dos diversos trabalhos da área de Segurança, para que a mesma compreenda melhor a concretização das políticas da segurança pública e acompanhe em permanência essas informações”, explica o Gabinete em comunicado. Todos os cidadãos poderão aceder através da ligação http://www.gss.gov.mo.

Bancos Depósito de moedas pode ser cobrado

Os bancos de Macau podem cobrar determinados valores aos residentes

por depósitos de moedas nas próprias contas bancárias. Isso mesmo confir-mou a Autoridade Monetária de Macau (AMCM) ao HM, depois do nosso jornal ter recebido uma queixa de um residente de Macau.

De acordo com a resposta da entidade, a lei obriga a que as moedas sejam aceites como pagamento, mas ninguém, nem mesmo os bancos, é obrigado a receber mais de uma centena de moedas.

“Nos termos do previsto no decreto [que define o sistema de emissão monetá-ria no território] ninguém pode ser obri-gado a receber, em qualquer pagamento, moeda metálica em número superior a cem unidades, independentemente do valor facial das unidades em causa”, começa por apontar a AMCM.

O pedido de esclarecimento do HM surge na sequência de uma queixa de um cidadão, que depositou cerca de 400 patacas em moedas na sua conta bancária, no Banco Nacional Ultramarino (BNU), tendo-lhe sido cobradas 40 patacas como taxa. Ao HM não foi possível perceber junto dos bancos se a taxa é sempre de 10% do valor depositado, ou se diferencia consoante o montante.

“Qual é a lógica de eu pagar para depositar dinheiro na minha própria conta, quando isto não acontece quando deposito notas?”, frisou o residente ao HM. “Então se eu depositar 101 patacas, tiram-me dez patacas e passo a ter 90. Nem sequer dá para levantar no multi-banco”, atira.

seja como for, esta cobrança de taxas não só é legal, como são os próprios bancos quem define quanto cobrar. “A cobrança de taxa por parte das institui-ções bancárias constitui uma decisão comercial das mesmas, quando o nú-mero de moedas a depositar por cliente exceder [as cem unidades]”, sublinha a AMCM. - J.F.

O regressado Pizzi e os estreantes An-dré André, Lucas João e Paulo Oli-

veira partilham todos o objec-tivo de ‘agarrar’ a oportunidade dada por Fernando santos e ganhar um lugar na selecção portuguesa de futebol.

“É uma satisfação enorme regressar. É fruto do meu tra-balho no Benfica e sinal que as coisas estão a sair bem”, afirmou Pizzi em conferência de impren-sa, no Estádio Nacional, antes do único treino que Portugal vai realizar para o particular frente a Cabo Verde, na terça-feira.

O médio dos ‘encarnados’ assumiu o desejo que continuar a ser chamado por Fernando santos e ganhar um lugar no lote de convocados para o Euro2016, caso Portugal se qualifique.

“sonho estar no Europeu, sei que ainda falta bastante tempo para isso, mas tenho esse objectivo”, referiu Pizzi.

EstrEiasPara o particular frente a Cabo Verde, o seleccionador

Pizzi e OS eSTreanTeS, TOdOS querem COnvenCer FernandO SanTOS

Por um lugar de sonhonacional chamou um total de 14 jogadores, a juntar à convocatória anterior para o encontro de domingo com a sérvia, em que aparece pela primeira vez os nomes de André André, Lucas João e Paulo Oliveira.

“É o concretizar de um so-nho e um motivo de orgulho. Estar aqui é momento marcante na minha carreira. A vida de um jogador é feita de momento e este é um momento muito bom”, referiu o defesa Paulo Oliveira, acrescentado que continua a ter a intenção de representar Portugal no próximo Europeu de sub-21.

Em destaque no Vitória de Guimarães, o médio André André recebeu a chamada de Fernando santos com “orgu-lho” e prometeu que vai fazer tudo para continuar a aparecer nas opções do seleccionador.

“Finalmente. Estou muito feliz. Chegou a altura e cabe--me agora agarrar a oportu-nidade. Quero aproveitar e desfrutar pela experiência”, afirmou o jogador de 25 anos,

filho de António André, antigo futebolista do FC Porto.

Lucas João, avançado do Nacional da Madeira, também falou em orgulho e admitiu que recebeu a notícia da sua chamada com alguma surpresa.

“Há uns meses atrás estava para ser emprestado, mas feliz-mente as pessoas no Nacional confiaram em mim e tem corrido tudo bem”, disse o ponta de lança, de 21 anos, que apesar de também ter nacionalidade angolana, só pensa em vestir a camisola das ‘quinas’.

“Foi em Portugal que nasci e é por Portugal que quero jo-gar”, frisou.

todos no JamorA selecção portuguesa de fu-tebol realizou ontem o único treino de preparação para o en-contro particular de terça-feira frente a Cabo Verde, já sem os jogadores utilizados frente à sérvia, excluindo José Fonte, e o dispensado Pepe.

No Estádio Nacional, em Oeiras, o seleccionador Fer-nando Santos vai ter à sua dis-

posição 23 jogadores, incluindo o guarda-redes Marafona, os defesas André Almeida, André Pinto, Paulo Oliveira e Tiago Pinto, os médios Pizzi, Danilo, André André, Adrien, e Bernar-do silva e os avançados Ukra, Rui Fonte, Lucas João e Ivan Cavaleiro, que se juntaram à selecção na noite de domingo.

Rui Patrício, Bosingwa, Ricardo Carvalho, Bruno Alves, Eliseu, Tiago, João Moutinho, Nani, Fábio Coen-trão, Cristiano Ronaldo e Danny, que foram titulares frente à Sérvia, e os suplentes utilizados Ricardo Quaresma e William Carvalho abando-naram a selecção, por estarem impedidos de alinhar face aos africanos, devido a regula-mentos da FIFA. José Fonte também não poderá actuar, mas manteve-se na selecção.

Esta terça-feira, Portugal defronta Cabo Verde, no Estádio António Coimbra da Mota, no Estoril, pelas 20:45, e as receitas do jogo reverterão a favor das vítimas da erupção do vulcão da ilha do Fogo. - Lusa