62
REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL COMANDO DA AERONÁUTICA COMANDO DA AERONÁUTICA COMANDO DA AERONÁUTICA COMANDO DA AERONÁUTICA DEPARTAMENTO DE AVIAÇÃO CIVIL DEPARTAMENTO DE AVIAÇÃO CIVIL DEPARTAMENTO DE AVIAÇÃO CIVIL DEPARTAMENTO DE AVIAÇÃO CIVIL SUBDEPARTAMENTO DE INFRA SUBDEPARTAMENTO DE INFRA SUBDEPARTAMENTO DE INFRA SUBDEPARTAMENTO DE INFRA-ESTRUTURA ESTRUTURA ESTRUTURA ESTRUTURA INSTRUÇÃO DE AVIAÇÃO CIVIL INSTRUÇÃO DE AVIAÇÃO CIVIL INSTRUÇÃO DE AVIAÇÃO CIVIL INSTRUÇÃO DE AVIAÇÃO CIVIL IAC 153 IAC 153 IAC 153 IAC 153-1001 1001 1001 1001 NORMAS PARA O TRANSPORTE DE ARTIGOS PERIGOSOS EM AERONAVES CIVIS 2005 2005 2005 2005

IAC 153- IAC 153 ---10011001§ão... · Documento 8973, 6ªedição da OACI – Manual de Segurança para Proteção da Aviação Civil contra Atos de Interferência Ilícita, de

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: IAC 153- IAC 153 ---10011001§ão... · Documento 8973, 6ªedição da OACI – Manual de Segurança para Proteção da Aviação Civil contra Atos de Interferência Ilícita, de

REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASILREPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASILREPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASILREPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL

COMANDO DA AERONÁUTICACOMANDO DA AERONÁUTICACOMANDO DA AERONÁUTICACOMANDO DA AERONÁUTICA

DEPARTAMENTO DE AVIAÇÃO CIVILDEPARTAMENTO DE AVIAÇÃO CIVILDEPARTAMENTO DE AVIAÇÃO CIVILDEPARTAMENTO DE AVIAÇÃO CIVIL

SUBDEPARTAMENTO DE INFRASUBDEPARTAMENTO DE INFRASUBDEPARTAMENTO DE INFRASUBDEPARTAMENTO DE INFRA----ESTRUTURAESTRUTURAESTRUTURAESTRUTURA

INSTRUÇÃO DE AVIAÇÃO CIVILINSTRUÇÃO DE AVIAÇÃO CIVILINSTRUÇÃO DE AVIAÇÃO CIVILINSTRUÇÃO DE AVIAÇÃO CIVIL

IAC 153IAC 153IAC 153IAC 153----1001100110011001

NORMAS PARA O TRANSPORTE DE ARTIGOS

PERIGOSOS EM AERONAVES CIVIS

2005200520052005

Page 2: IAC 153- IAC 153 ---10011001§ão... · Documento 8973, 6ªedição da OACI – Manual de Segurança para Proteção da Aviação Civil contra Atos de Interferência Ilícita, de

2005 IAC 153-1001

I

SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL DEPARTAMENTO DE AVIAÇÃO CIVIL

PORTARIA DAC No 703/DGAC, DE 22 DE JULHO DE 2005.

Aprova a Instrução de Aviação Civil (IAC) que trata do transporte de artigos perigosos em aeronaves civis.

O DIRETOR-GERAL DO DEPARTAMENTO DE AVIAÇÃO CIVIL, com base nos artigos 18 e 19 da Lei Complementar No 97, de 9 de junho de 1999, e nos artigos 1º, 2º e 12 da Lei No 7.565 (Código Brasileiro de Aeronáutica), de 19 de dezembro de 1986; no uso das atribuições que lhe conferem o Decreto No 65.144, de 12 de setembro de 1969, que institui o Sistema de Aviação Civil, e o inciso II do art. 5º, do Cap. II, do Regulamento do Departamento de Aviação Civil, aprovado pela Portaria Nº 30/GM-3, de 20 de janeiro de 1998; e tendo em vista as Normas e Recomendações constantes dos Anexos à Convenção sobre Aviação Civil Internacional, promulgada pelo Decreto Nº 21.713, de 27 de agosto de 1946, resolve: Art. 1o Efetivar a IAC abaixo discriminada: IAC – 153-1001. Título: Normas para o Transporte de Artigos Perigosos em Aeronaves Civis Art. 2o Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação no Diário Oficial da União. Art. 3 o Revogam-se a IAC 1603A, de 21 de dezembro de 2001 e respectiva Portaria nº 1577/DGAC, de 13 novembro de 2001.

Maj Brig Ar JORGE GODINHO BARRETO NERY

Diretor Geral do DAC

PUBLICADA NO DIÁRIO OFICIAL DA UNIÃO Nº 142, S/1, P.8, DE 26 DE JULHO DE 2005.

Page 3: IAC 153- IAC 153 ---10011001§ão... · Documento 8973, 6ªedição da OACI – Manual de Segurança para Proteção da Aviação Civil contra Atos de Interferência Ilícita, de

2005 IAC 153-1001

II

SUMÁRIO

PORTARIA DE APROVAÇÃO .................................................................................................... I

SUMÁRIO...................................................................................................................................... II

INTRODUÇÃO.............................................................................................................................IV

SIGLAS E ABREVIATURAS .......................................................................................................V

CONTROLE DE EMENDAS .................................................................................................... VII

1 DISPOSIÇÕES PRELIMINARES ............................................................................................1

1.1 FINALIDADE ...........................................................................................................................1

1.2 FUNDAMENTO .......................................................................................................................1

1.3 APROVAÇÃO ..........................................................................................................................1

1.4 DISTRIBUIÇÃO .......................................................................................................................2

1.5 CORRELAÇÕES ......................................................................................................................2

1.6 CANCELAMENTO ..................................................................................................................2

2 DEFINIÇÕES ............................................................................................................................3

2.1 CONSIDERAÇÕES ..................................................................................................................3

2.2 RELAÇÃO DAS DEFINIÇÕES ADOTADAS .......................................................................3

3 DISPOSIÇÕES GERAIS.........................................................................................................10

4 PROCEDIMENTOS PARA O TRANSPORTE AÉREO DE ARTIGOS PERIGOSOS........12

5 RESPONSABILIDADES........................................................................................................14

6 MANUSEIO, MOVIMENTAÇÃO, ARMAZENAGEM E ENTREGA DOS ARTIGOS PERIGOSOS .........................................................................................................16

7 SEGURANÇA.........................................................................................................................17

8 FORMAÇÃO E ADESTRAMENTO DE PESSOAL.............................................................21

9 ORGÃO NORMATIZADOR E HOMOLOGADOR DE EMBALAGEM NO BRASIL.......24

Page 4: IAC 153- IAC 153 ---10011001§ão... · Documento 8973, 6ªedição da OACI – Manual de Segurança para Proteção da Aviação Civil contra Atos de Interferência Ilícita, de

2005 IAC 153-1001

III

10 PROCEDIMENTOS DE EMERGÊNCIA PARA INCIDENTES COM ARTIGOS PERIGOSOS............................................................................................................................25

11 PROCEDIMENTOS DE EMERGÊNCIA PARA INCIDENTES COM ARTIGOS PERIGOSOS EM TERRA ......................................................................................................28

12 PASSAGEIRO OU TRIPULANTE TRANSPORTANDO ARTIGO PERIGOSO ................34

13 EMBALAGEM PARA TRANSPORTE DE ARTIGOS PERIGOSOS..................................37

14 DOCUMENTAÇÃO DA EMBALAGEM PARA O TRANSPORTE DE ARTIGOS PERIGOSOS............................................................................................................................47

15 DISPOSIÇÕES FINAIS ..........................................................................................................48

ANEXO 1 - DECLARAÇÃO DO EMBARCADOR PARA ARTIGOS PERIGOSOS DOMÉSTICO....................................................................................................A-1

ANEXO 1-1 - DECLARAÇÃO DO EMBARCADOR PARA ARTIGOS PERIGOSOS INTERNACIONAL....................................................................................... A-1-1

ANEXO 2 - ITENS PROIBIDOS COMO BAGAGEM DE MÃO, ACOMPANHADA E DESACOMPANHADA ....................................................................................A2

ANEXO 3 - RELATÓRIO DE INCIDENTE COM CARGA PERIGOSA............................A3

ANEXO 3-1 INSTRUÇÕES DE PREENCHIMENTO........................................... ..........A3-1

ANEXO 4 - TABELA DE SEGREGAÇÃO DE EMBALAGENS DA OACI E IATA...... A4

Page 5: IAC 153- IAC 153 ---10011001§ão... · Documento 8973, 6ªedição da OACI – Manual de Segurança para Proteção da Aviação Civil contra Atos de Interferência Ilícita, de

2005 IAC 153-1001

IV

INTRODUÇÃO

As publicações do DAC têm por finalidade instruir e informar ao público em geral e aos integrantes do Sistema de Aviação Civil, sobre as normas e os assuntos relacionados às atividades da Aviação Civil.

Esta Instrução de Aviação Civil (IAC) trata das normas para o transporte aéreo sem risco de artigos perigosos.

Em cumprimento à Legislação Aeronáutica do País e normas estabelecidas pela Organização de Aviação Civil Internacional (OACI), em particular do Anexo 18 - Transporte sem Risco de Artigos Perigosos por Via Aérea, e seus documentos complementares, bem como o que preceitua o Regulamento de Artigos Perigosos da IATA, o DAC emite a presente Instrução de Aviação Civil (IAC), para orientar quanto aos procedimentos a serem adotados no transporte aéreo de artigos perigosos em território brasileiro, visando a sua padronização e agilização.

Na presente IAC a palavra “deve” é utilizada para indicar um requisito obrigatório. As palavras, “deveria” e “pode”, são utilizadas para indicar um requisito não obrigatório.

No transporte doméstico de artigos perigosos este Departamento autoriza que toda a documentação que acompanha o embarque seja emitida em português, exceto o nome do produto que deve ser escrito em inglês.

Para os artigos perigosos que necessitam de autorização para transporte por via aérea, a solicitação deve ser encaminhada ao Diretor Geral do Departamento de Aviação Civil, no prazo mínimo de 72 (setenta e duas) horas antes do embarque previsto.

Page 6: IAC 153- IAC 153 ---10011001§ão... · Documento 8973, 6ªedição da OACI – Manual de Segurança para Proteção da Aviação Civil contra Atos de Interferência Ilícita, de

2005 IAC 153-1001

V

SIGLAS E ABREVIATURAS

AAL Administração Aeroportuária Local

AAS Administração Aeroportuária Sede

AVSEC Segurança da Aviação Civil Contra Atos de Interferência Ilícita

CBA Código Brasileiro de Aeronáutica

CMTAER Comandante da Aeronáutica

CNEN Comissão Nacional de Energia Nuclear

COE Centro de Operações de Emergência

CONSAC Comissão Nacional de Segurança da Aviação Civil

DAC Departamento de Aviação Civil

DGAC Diretor-Geral de Aviação Civil

DOC Documento da OACI associado a Anexo Técnico

DOV Despachante Operacional de Vôo

ECT Empresa dos Correios e Telégrafos

IAC Instrução de Aviação Civil

IATA Associação Internacional do Transporte Aéreo

MCP Manual de Cargas Perigosas

Medidas AVSEC Medidas de Segurança da Aviação Civil

NOTOC Notificação ao Comandante

OACI Organização de Aviação Civil Internacional

PNAVSEC Programa Nacional de Segurança da Aviação Civil

PSA Programa de Segurança de Aeroportuária

PSEA Programa de Segurança de Empresa Aérea

PSACA Plano de Segurança da Carga para os Agentes de Carga Aérea

Page 7: IAC 153- IAC 153 ---10011001§ão... · Documento 8973, 6ªedição da OACI – Manual de Segurança para Proteção da Aviação Civil contra Atos de Interferência Ilícita, de

2005 IAC 153-1001

VI

R X Raios X

SAC Seção de Aviação Civil

SERAC Serviço Regional de Aviação Civil

SIE Subdepartamento de Infra-Estrutura

SRF Secretaria da Receita Federal

TECA Terminal de Carga Aérea

Page 8: IAC 153- IAC 153 ---10011001§ão... · Documento 8973, 6ªedição da OACI – Manual de Segurança para Proteção da Aviação Civil contra Atos de Interferência Ilícita, de

2005 IAC 153-1001

VII

Controle de Emendas

Emenda Emenda

No Ano

Data da

Inserção

Inserida

Por No Ano

Data da Inserção

Inserida

Por

01 33

02 34

03 35

04 36

05 37

06 38

07 39

08 40

09 41

10 42

11 43

12 44

13 45

14 46

15 47

16 48

17 49

18 50

19 51

20 52

21 53

22 54

23 55

24 56

25 57

26 58

27 59

28 60

29 61

Page 9: IAC 153- IAC 153 ---10011001§ão... · Documento 8973, 6ªedição da OACI – Manual de Segurança para Proteção da Aviação Civil contra Atos de Interferência Ilícita, de

2005 IAC 153-1001

1

1 DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

1.1 FINALIDADE

Estabelecer normas e condições para transporte, manuseio, armazenamento, identificação, etiquetagem, e embalagem de artigos perigosos em território brasileiro.

1.2 FUNDAMENTO

Constituição da República Federativa do Brasil, de 1988.

Lei Complementar Nº 97, de 9 de junho de 1997, que dispõe sobre as normas gerais para a organização, o preparo e o emprego das Forças Armadas.

Lei Nº 7.565, de 19 de dezembro de 1986 - Código Brasileiro de Aeronáutica.

Decreto Nº 21.713, de 27 de agosto de 1946, relativo à Convenção de Chicago, sobre Aviação Civil Internacional, e seus Anexos, em especial os Anexos 17 e 18.

Decreto Nº 65.144, de 12 de setembro de 1969, que institui o Sistema de Aviação Civil.

Decreto Nº 72.383, de 20 de junho de 1973, relativo à Convenção de Montreal de 1971, sobre a repressão aos atos contra a segurança da aviação civil.

Decreto Nº 72.753, de 6 de setembro de 1973, que cria a Comissão Nacional de Segurança da Aviação Civil (CONSAC).

Decreto Nº 2.134, de 24 de janeiro de 1997, que regulamenta o Art. 23 da Lei Nº 8.159, de 8 de janeiro de 1991, que dispõe sobre a categoria dos documentos públicos sigilosos e o acesso a eles, e dá outras providências.

Portaria R-528/GC5, de 24 de setembro de 2003, que aprova a ICA 58–53 que institui o Programa Nacional de Segurança da Aviação Civil (PNAVSEC).

Portaria Nº 419A/GM5, de 9 de junho de 1999, que aprova e estabelece instruções reguladoras para os procedimentos e condições para elaboração dos planos destinados a garantir a segurança das operações com carga aérea.

Portaria Nº 271E/SPL, de 1 de julho de 1998, que aprova e estabelece procedimentos para o transporte de carga perigosa.

Portaria Nº 749B/DGAC, de 25 de junho de 2002, que expede instruções para funcionamento de agências de carga aérea.

Portaria Nº 355A/DGAC, de 27 de outubro de 2003, que aprova as instruções reguladoras para autorização de funcionamento de entidades de ensino para o trato da carga aérea e credenciamento de cursos.

IAC Nº 1604, de 16 de abril de 1998, que estabelece normas para o transporte de produtos controlados em aeronaves civis.

1.3 APROVAÇÃO

Aprovada pela Portaria Nº 703/DGAC, de 22 de julho de 2005.

Page 10: IAC 153- IAC 153 ---10011001§ão... · Documento 8973, 6ªedição da OACI – Manual de Segurança para Proteção da Aviação Civil contra Atos de Interferência Ilícita, de

2005 IAC 153-1001

2

1.4 DISTRIBUIÇÃO

A – D – IA – IN – AS – SR – EA – EN – TA – X - INTERNET

1.5 CORRELAÇÕES

Anexo 18 – Convenção de Chicago sobre Aviação Civil Internacional – Regula o Transporte sem Risco de Artigos Perigosos.

Documento 9284-AN/905, da OACI – Instruções Técnicas para o Transporte sem Riscos de Mercadorias Perigosas por Via Aérea.

Anexo 13 – Convenção de Chicago sobre Aviação Civil Internacional – Investigação de Acidentes e Incidentes de Aviação.

Anexo 17 – Convenção de Chicago sobre Aviação Civil Internacional – Segurança.

Documento 8973, 6ªedição da OACI – Manual de Segurança para Proteção da Aviação Civil contra Atos de Interferência Ilícita, de abril de 2002.

1.6 CANCELAMENTO

IAC 1603A, de 21 de dezembro de 2001.

Page 11: IAC 153- IAC 153 ---10011001§ão... · Documento 8973, 6ªedição da OACI – Manual de Segurança para Proteção da Aviação Civil contra Atos de Interferência Ilícita, de

2005 IAC 153-1001

3

2 DEFINIÇÕES

2.1 CONSIDERAÇÕES

2.1.1 As definições apresentadas a seguir são transcritas da Legislação vigente, destinando-se a facilitar o entendimento das orientações estabelecidas nesta Instrução de Aviação Civil.

2.1.2 Peculiaridades não contempladas por estas definições, mas que necessitem ser conceituadas para facilidade de entendimento e utilização podem ser adicionadas, desde que não comprometam ou contrariem os conceitos já estabelecidos nesta Instrução e na Regulamentação correlata.

2.2 RELAÇÃO DAS DEFINIÇÕES ADOTADAS

2.2.1 ACIDENTES IMPUTÁVEIS A ARTIGOS PERIGOSOS

Toda ocorrência associada e/ou relacionada com o transporte de artigos perigosos, por via aérea, que resulte em vítimas fatais ou danos maiores à propriedade.

2.2.2 ADMINISTRAÇÃO AEROPORTUÁRIA LOCAL

Órgão ou empresa responsável pela operação de um aeroporto, com estrutura organizacional definida e dedicada à gestão deste aeroporto.

2.2.3 ADMINISTRAÇÃO AEROPORTUÁRIA SEDE

Estrutura organizacional responsável pela administração, operação, manutenção e exploração de um sistema de aeroportos.

2.2.4 AERONAVE

Aparelho manobrável em vôo, que se sustenta e circula no espaço aéreo, mediante reações aerodinâmicas, sendo capaz de transportar pessoas e/ou coisas.

2.2.5 AEROPORTO

Aeródromo público dotado de instalações e facilidades para apoio de operações de aeronaves, embarque e desembarque de pessoas e/ou coisas.

2.2.6 AGENTE DE CARGA AÉREA AUTORIZADO

Pessoa jurídica, devidamente autorizada pelo Departamento de Aviação Civil, que na qualidade de comissionaria, agencia contratação de transportes de cargas. Atua por conta e em nome do Transportador, sendo responsável perante o remetente e destinatário pela perfeita execução do transporte e seu embarque no nível de facilitação.

2.2.7 ÁREA ALFANDEGADA

Locais ou recintos alfandegados, estabelecidos pela autoridade aduaneira, na zona primária, destinados às atividades da Receita Federal, para fins de fiscalização aduaneira.

2.2.8 ÁREA DE CARGA

Todos os espaços e instalações destinados ao processamento de carga aérea, incluindo pátios de aeronaves, terminais de carga e armazéns, estacionamento de veículos e vias de acesso adjacentes.

2.2.9 ARMAZÉM AEROPORTUÁRIO

Instalação do aeroporto destinada à armazenagem de carga aérea.

Page 12: IAC 153- IAC 153 ---10011001§ão... · Documento 8973, 6ªedição da OACI – Manual de Segurança para Proteção da Aviação Civil contra Atos de Interferência Ilícita, de

2005 IAC 153-1001

4

2.2.10 ARTIGO PERIGOSO

Artigo ou substância que, quando transportado por via aérea, pode constituir-se em risco à saúde, à segurança, à propriedade e ao meio ambiente.

2.2.11 ATO DE INTERFERÊNCIA ILÍCITA CONTRA A AVIAÇÃO CIVIL

Ato ou atentado que coloca em risco a segurança da aviação civil e o transporte aéreo, a saber:

a) Apoderamento ilícito de aeronave em vôo;

b) Apoderamento ilícito de aeronave no solo;

c) Manter refém a bordo de aeronaves ou nos aeródromos;

d) Invasão de aeronave, de um aeroporto ou dependências de uma instalação aeronáutica;

e) Introdução de arma, artefato ou artigo perigoso, com intenções criminosas, a bordo de uma aeronave ou em aeroporto; e

f) Comunicação de informação falsa que coloque em risco a segurança de uma aeronave em vôo ou no solo, dos passageiros, tripulação, pessoal de terra ou público em geral, no aeroporto ou nas dependências de uma instalação de navegação aérea.

2.2.12 BAGAGEM DESACOMPANHADA

Bagagem despachada como carga, podendo ou não ser levada na mesma aeronave com a pessoa à qual pertença.

2.2.13 CARGA CONHECIDA

Envio de carga aérea por parte de um expedidor conhecido ou de um agente de carga aérea autorizado.

2.2.14 CARGA DESCONHECIDA

A carga aérea que ainda não tenha sido submetida às medidas de segurança contra atos de interferência ilícita

2.2.15 CARGA DE TRANSBORDO

A carga proveniente ou não do exterior, transportada por via aérea, cujo prosseguimento para o destino final se dará por essa mesma via.

2.2.16 CARGA EM TRÂNSITO

A carga transportada por via aérea, com passagem pelo TECA ou zona primária, cujo transporte prosseguirá por essa mesma via ou não, para outro aeroporto.

2.2.17 CENTRO DE OPERAÇÕES DE EMERGÊNCIA (COE)

Setor de segurança aeroportuária que, em situações de emergência, permite o gerenciamento de crises, incluindo aquelas decorrentes de atos de interferência ilícita contra a aviação civil.

Page 13: IAC 153- IAC 153 ---10011001§ão... · Documento 8973, 6ªedição da OACI – Manual de Segurança para Proteção da Aviação Civil contra Atos de Interferência Ilícita, de

2005 IAC 153-1001

5

2.2.18 CONHECIMENTO AÉREO

Documento legal que estabelece o contrato entre o expedidor de carga e o transportador, para a prestação de serviço aéreo.

2.2.19 CONTROLE DE SEGURANÇA

Meios para evitar que sejam introduzidos armas, explosivos ou outros artigos proibidos ou perigosos que possam ser utilizados para cometer atos de interferência ilícita.

2.2.20 CREDENCIAL AEROPORTUÁRIA

Crachá ou cartão de identificação de pessoas, veículos e equipamentos, expedido pela Administração Aeroportuária, de uso ostensivo e obrigatório nos aeroportos.

2.2.21 CREDENCIAL OFICIAL

Crachá ou cartão de identificação de funcionários, veículos e equipamentos de órgãos governamentais, que possam ingressar nas Áreas Restritas de Segurança (ARS), no exercício de atividades funcionais, necessárias à operação do aeroporto ou à fiscalização, previamente estabelecidas nos Programas de Segurança Aeroportuária (PSA).

2.2.22 DESPACHANTE OPERACIONAL DE VÔO

Responsável em elaborar as informações operacionais para plano de vôo.

2.2.23 EMENDA

Alteração de conteúdo de um Programa, aprovada pela Autoridade Aeronáutica.

2.2.24 EMPRESA AÉREA

Empresa constituída que explora ou se propõe a explorar aeronaves para prestação dos serviços públicos de transporte aéreo regular ou não-regular.

2.2.25 EMPRESA DE SERVIÇOS AUXILIARES DE TRANSPORTE AÉREO

Empresa constituída que realiza serviços de apoio destinados à operação de aeronaves e à proteção da aviação civil contra atos de interferência ilícita.

2.2.26 EQUIPAMENTO DE SEGURANÇA

Dispositivo de natureza especializada para uso individual ou como parte de um sistema, na detecção de armas, substâncias, objetos ou dispositivos perigosos e/ou proibidos, que possam ser utilizados para cometer um ato de interferência ilícita.

2.2.27 EQUIPAMENTO DE TERRA (EQUIPAMENTO DE RAMPA)

Equipamento especial para manutenção, reparos e serviços de uma aeronave no solo, incluindo os de teste, verificação, manipulação de carga e os utilizados para embarque e desembarque de passageiros.

2.2.28 EXPEDIDOR CONHECIDO

Agente ou expedidor de carga ou qualquer outra entidade, que mantém relações comerciais com uma empresa aérea e proporciona controle de segurança aceitas pela Autoridade Aeronáutica com relação à carga, às encomendas por mensageiros e expressas ou por correio.

Page 14: IAC 153- IAC 153 ---10011001§ão... · Documento 8973, 6ªedição da OACI – Manual de Segurança para Proteção da Aviação Civil contra Atos de Interferência Ilícita, de

2005 IAC 153-1001

6

2.2.29 EXPEDIDOR DESCONHECIDO

Pessoa física ou jurídica, não autorizada pela Autoridade Aeronáutica, que entrega carga ou outras remessas para uma empresa aérea, uma agência de carga conhecida ou um agente postal.

2.2.30 GERENTE DE SEGURANÇA AEROPORTUÁRIA

Pessoa designada pela Administração Aeroportuária qualificada em segurança da aviação civil, responsável em cada aeroporto, pela coordenação e implementação de suas medidas e controles de segurança, de acordo com os requisitos estabelecidos no Programa Nacional de Segurança da Aviação Civil (PNAVSEC) e nas instruções do Departamento de Aviação Civil (DAC).

2.2.31 INCIDENTES IMPUTÁVEIS A ARTIGOS PERIGOSOS

Toda ocorrência atribuída ao transporte aéreo de artigos perigosos, não necessariamente a bordo de uma aeronave, que ocasione lesão a um indivíduo, danos à propriedade, incêndio, ruptura, derramamento, fugas de fluídos, radiação e qualquer outra manifestação que ocasione vulnerabilidade à integridade da embalagem. Um artigo perigoso dentro da aeronave pode constituir um incidente aeronáutico conforme especifica o Anexo 13 da Convenção de Chicago sobre Aviação Civil.

2.2.32 INSPEÇÃO DE SEGURANÇA DA AVIAÇÃO CIVIL

Aplicação de meios técnicos ou de outro tipo, com a finalidade de identificar e/ou detectar armas, explosivos ou outros artigos perigosos que possam ser utilizados para cometer ato de interferência ilícita.

2.2.33 INSPEÇÃO AEROPORTUÁRIA

Atividade conduzida por Inspetor de Aviação Civil, a serviço do Departamento de Aviação Civil (DAC), com a finalidade de fiscalizar a implementação das normas e instruções do Sistema de Aviação Civil nos aeroportos.

2.2.34 INSPETOR DE AVIAÇÃO CIVIL

Pessoa credenciada pela Autoridade Aeronáutica para o exercício de fiscalização das atividades da aviação civil.

2.2.35 INSPETOR DE CARGA PERIGOSA

Pessoa credenciada pela Autoridade Aeronáutica para o exercício de fiscalização de carga perigosa em aeródromos, aeronaves, terminais alfandegados, empresas aéreas e agentes de cargas autorizados.

2.2.36 MALA POSTAL

Volume contendo correspondência e outros objetos confiados pelas administrações postais a uma empresa aérea, para entrega a outras administrações postais.

2.2.37 MALOTE

Volume não enquadrado como mala postal, contendo documentos e outros itens, confiado à empresa aérea para entrega a diferentes destinatários.

Page 15: IAC 153- IAC 153 ---10011001§ão... · Documento 8973, 6ªedição da OACI – Manual de Segurança para Proteção da Aviação Civil contra Atos de Interferência Ilícita, de

2005 IAC 153-1001

7

2.2.38 MANUSEIO DE CARGA PERIGOSA

Atividade de transbordo, armazenagem, carregamento, embalagem, consolidação, desconsolidação, recebimento ou expedição de carga perigosa.

2.2.39 MATERIAL CONTROLADO

Artigo ou substância cujo transporte por via aérea depende de autorização legal de órgão competente, mesmo que não seja considerado material perigoso.

2.2.40 MATERIAL PROIBIDO

Todo e qualquer artigo que representa risco aparente para segurança, quando transportados por aeronaves civis.

2.2.41 OPERADOR DE TRANSPORTE AÉREO

Pessoa jurídica (organização ou empresa) que explora, ou se propõe a explorar, aeronaves para a prestação de serviços aéreos.

2.2.42 PROGRAMA DE SEGURANÇA AEROPORTUÁRIA (PSA)

Programa de cunho reservado elaborado pela Administração Aeroportuária, de conformidade com o modelo estabelecido no Programa Nacional de Segurança da Aviação Civil (PNAVSEC), aprovado pelo Departamento de Aviação Civil (DAC), que define as responsabilidades de seus empregados, bem como a coordenação entre os órgãos e entidades envolvidas e as ações e medidas de segurança a serem empreendidas no aeroporto, para proteger a aviação civil contra atos de interferência ilícita.

2.2.43 PROGRAMA DE SEGURANÇA DE EMPRESA AÉREA (PSEA)

Programa de cunho reservado elaborado pela empresa aérea, de conformidade com o modelo estabelecido pelo Programa Nacional de Segurança da Aviação Civil (PNAVSEC) aprovado pelo Departamento de Aviação Civil (DAC), que define as diretrizes, as instruções gerais, atribuições e responsabilidades dos seus empregados, em especial das tripulações, bem como, em seus apêndices, os procedimentos específicos de segurança, aplicáveis a cada aeroporto no qual possua operação regular, para proteger a aviação civil contra atos de interferência ilícita.

2.2.44 SEGURANÇA DA AVIAÇÃO CIVIL

Combinação de medidas, de recursos humanos e materiais, destinados a proteger a aviação civil contra atos de interferência ilícita.

2.2.45 SERVIÇOS AÉREOS PÚBLICOS

Abrangem os serviços aéreos especializados (aerolevantamento, assistência médica e sanitária, aviação agrícola, demonstração acrobática, publicidade e prospecção) e de transporte aéreo público de passageiros, carga ou mala postal, regular ou não-regular, doméstico ou internacional, mediante remuneração.

2.2.46 SERVIÇOS DE “COURIER”

Sistema de coleta e entrega rápida de encomendas e correspondência, por intermédio de agente não autorizado pelo Departamento de Aviação Civil (DAC), que utiliza o serviço de transporte aéreo.

Page 16: IAC 153- IAC 153 ---10011001§ão... · Documento 8973, 6ªedição da OACI – Manual de Segurança para Proteção da Aviação Civil contra Atos de Interferência Ilícita, de

2005 IAC 153-1001

8

2.2.47 SITUAÇÃO DE SEGURANÇA DE AEROPORTO

Situação que permite determinar as ameaças potenciais e as medidas de segurança a que um aeroporto deve ser submetido, levando-se em consideração suas características físicas e operacionais, localização geográfica, classificação para fins de tráfego aéreo, categoria e dimensão da aeronave que opera, tipo de tráfego que serve (internacional ou doméstico), volume de tráfego e grau de vulnerabilidade das instalações, bem como outras características relevantes.

2.2.48 SITUAÇÃO NORMAL

Situação na qual não há indícios de ocorrência de atos de interferência ilícita contra a aviação civil, nem de anormalidades facilitadoras desses atos.

2.2.49 SITUAÇÃO SOB AMEAÇA

Situação em que há indícios de ocorrência de atos de interferência ilícita contra a aviação civil, ou de anormalidade facilitadora desses atos.

2.2.50 SUPERVISOR DE SEGURANÇA AEROPORTUÁRIA

Pessoa devidamente qualificada, designada pela Administração Aeroportuária, para supervisionar as atividades relacionadas com a segurança da aviação civil, durante o período de operação do aeroporto.

2.2.51 SUPERVISOR DE SEGURANÇA DE EMPRESA AÉREA

Pessoa devidamente qualificada, designada pela empresa aérea, para supervisionar, no aeroporto, as atividades relacionadas com a segurança da aviação civil, durante o período de operação da empresa.

2.2.52 TERMINAL DE CARGA AÉREA

Instalação aeroportuária dotada de facilidades para armazenagem e processamento de carga e onde ela é transferida de uma aeronave para um transporte de superfície, ou deste para aquela, bem como para outra aeronave.

2.2.53 VERIFICAÇÃO DE ANTECEDENTES

Verificação da identidade e experiência prévia de um indivíduo, incluindo seu histórico criminal, quando necessário, como forma de avaliar sua aptidão para ingressar em áreas restritas de segurança do aeroporto, sem acompanhante.

2.2.54 VERIFICAÇÃO DE SEGURANÇA DA AERONAVE (VARREDURA)

Inspeção da aeronave para busca e detecção de armas, artefatos explosivos, substâncias nocivas ou outros dispositivos que possam ser utilizados para cometer atos de interferência ilícita contra a aviação civil.

2.2.55 VIGILANTE

Pessoa contratada por empresa especializada em vigilância ou transporte de valores ou estabelecimento financeiro, habilitada e adequadamente preparada para impedir ou inibir ação criminosa, de acordo com a Regulamentação do Departamento de Polícia Federal.

Page 17: IAC 153- IAC 153 ---10011001§ão... · Documento 8973, 6ªedição da OACI – Manual de Segurança para Proteção da Aviação Civil contra Atos de Interferência Ilícita, de

2005 IAC 153-1001

9

2.2.56 ZONA PRIMÁRIA

Área demarcada pela autoridade aduaneira local, abrangendo pátios, armazéns, terminais e outros locais reservados para guarda ou movimentação de mercadorias destinadas à importação ou à exportação, bem como a área determinada para verificação de bagagens.

Page 18: IAC 153- IAC 153 ---10011001§ão... · Documento 8973, 6ªedição da OACI – Manual de Segurança para Proteção da Aviação Civil contra Atos de Interferência Ilícita, de

2005 IAC 153-1001

10

3. DISPOSIÇÕES GERAIS

3.1 O transporte de artigos perigosos em aeronaves civis brasileiras ou estrangeiras que escalem em território brasileiro, bem como embalagem, identificação, carregamento e armazenamento desses artigos, ficam condicionados aos cuidados e restrições previstas no Doc. 9284-AN/905 “Instruções Técnicas para o Transporte sem Riscos de Mercadorias Perigosas por Via Aérea” da OACI.

3.2 Consideram-se artigos perigosos, de acordo com Doc. 9284-AN/905 da OACI:

a) Classe 1 – Explosivos;

b) Classe 2 – Gases comprimidos, liquefeitos, dissolvidos sob pressão ou refrigerados a baixas temperaturas;

c) Classe 3 – Líquidos inflamáveis;

d) Classe 4 – Sólidos inflamáveis, substâncias sujeitas a combustão espontânea e substâncias que, em contato com a água, produzam gases inflamáveis;

e) Classe 5 – Substâncias oxidantes e peróxidos orgânicos;

f) Classe 6 – Substâncias venenosas (tóxicas) e infecciosas;

g) Classe 7 – Material radioativo;

h) Classe 8 – Substâncias corrosivas; e

i) Classe 9 – Artigos perigosos diversos.

3.3 De acordo com as instruções contidas no Doc. 9284-AN/905 da OACI, é PROIBIDO o transporte em aeronaves, dos artigos abaixo relacionados sob quaisquer circunstâncias:

a) Explosivos que se inflamem ou se decomponham quando sujeitos a uma temperatura de 75ºC por 48 horas;

b) Explosivos contendo sais de clorato ou amônia;

c) Explosivos contendo mistura de clorato com fósforo;

d) Explosivos sólidos classificados como muito sensíveis a choques mecânicos;

e) Explosivos líquidos classificados como moderadamente sensíveis a choques mecânicos;

f) Qualquer substância sujeita a produzir calor ou gás sob condições normalmente encontradas no transporte aéreo;

g) Líquido radioativo e/ou pirofosfórico;

h) Sólidos inflamáveis e peróxidos orgânicos, tendo, quando testados, propriedades explosivas, e que sejam embalados de tal maneira que o procedimento de classificação exija o uso de um rótulo com a identificação “EXPLOSIVO”, como rótulo complementar de risco; e

i) Artigos ou substâncias que tenham periculosidade de explosão em massa.

Page 19: IAC 153- IAC 153 ---10011001§ão... · Documento 8973, 6ªedição da OACI – Manual de Segurança para Proteção da Aviação Civil contra Atos de Interferência Ilícita, de

2005 IAC 153-1001

11

3.4 Deve-se notar que é muito difícil listar todos os artigos perigosos que são proibidos em aeronaves sob quaisquer circunstâncias. Por isso, é essencial que cuidados apropriados sejam exercidos para assegurar que tais artigos não sejam oferecidos para o transporte. Faz-se necessário observar a lista de artigos proibidos em aeronaves sob quaisquer circunstâncias, constante na tabela 3-1, colunas 2 e 3 do Doc. 9284-AN/905da OACI.

3.5 Na Classe 9 estão as substâncias que, durante o transporte aéreo, apresentem perigo não incluído nas outras classes. Nela também está inserido material magnético que, quando embalado para o transporte aéreo, produza um campo magnético de 0,159 A/M ou mais a uma distância de 2,1m de qualquer ponto da superfície da embalagem; inclui-se, também, qualquer material que tenha propriedades anestésicas nocivas ou outras propriedades similares que possam causar profundas irritações/desconforto a qualquer membro da tripulação, a ponto de impedir a correta execução de suas funções.

3.6 Os artigos perigosos não podem ser transportados em aeronaves civis como carga ou bagagem, sem o prévio conhecimento do transportador e sem a necessária documentação exigida para o transporte.

3.7 Ficam excetuados das restrições o combustível e o óleo lubrificante transportados em reservatórios próprios das aeronaves; equipamentos e materiais necessários à segurança da aeronave; materiais transportados em hoppers (funil de carga) ou em reservatórios especiais da aeronave, destinados a semeadura; fertilizantes ou compostos a serem lançados para o combate de pragas, em líquido ou em pó.

3.8 Os materiais radioativos não poderão ser transportados em aeronaves civis sem a competente autorização da Comissão Nacional de Energia Nuclear - CNEN, atendidos os regulamentos que dispõem sobre o assunto.

3.9 Ficam isentos de autorização os materiais radioativos para uso médico.

3.10 As munições com cargas explosivas ou incendiárias são totalmente PROIBIDAS para o transporte aéreo.

Page 20: IAC 153- IAC 153 ---10011001§ão... · Documento 8973, 6ªedição da OACI – Manual de Segurança para Proteção da Aviação Civil contra Atos de Interferência Ilícita, de

2005 IAC 153-1001

12

4. PROCEDIMENTOS PARA O TRANSPORTE AÉREO DE ARTIGOS PERIGOSOS

4.1 Compete ao operador de transporte aéreo autorizar o transporte de artigos perigosos, em aeronaves próprias ou que explore, observadas as proibições e limitações impostas por esta IAC e pelo Doc. 9284-AN/905 da OACI.

4.2 Os artigos perigosos, quando apresentados para o transporte em aeronaves civis, deverão ser declarados por suas nomenclaturas técnicas, de acordo com o Doc. 9284-AN/905 da OACI e Regulamentação de artigos perigosos da IATA, discriminando seus componentes químicos, quando for o caso, não sendo aceitos nomes comerciais.

4.3 O operador de transporte aéreo deverá exigir do expedidor providências quanto à entrega de duas vias da "Declaração do Expedidor para Artigos Perigosos", devidamente preenchidas. (Anexo 01).

4.4 O operador de transporte aéreo deverá preencher o conhecimento aéreo ou exigir do expedidor, quando este for Agente de Carga Aérea, o seu preenchimento de acordo com os artigos 235, 236 e 241 do CBAER.

4.5 Por ocasião da aquisição do bilhete e no momento do procedimento de embarque, o passageiro deverá ser notificado, de forma verbal e através de folder demonstrativo, pelo operador de transporte aéreo sobre os artigos proibidos de serem levados na bagagem de mão, despachada ou desacompanhada (Anexo 02).

4.6 O operador de transporte aéreo, sempre que necessário, deverá exigir do passageiro uma declaração por escrito do conteúdo da bagagem, visando preservar a segurança da aeronave, tripulantes e passageiros.

4.7 Com a finalidade de melhor orientar os passageiros sobre os artigos perigosos que podem ou não ser transportados como bagagem, as Empresas Aérea deverão providenciar a inserção, em seus bilhetes de passagem, das instruções contidas no Anexo 02 desta IAC.

4.8 O operador de transporte aéreo deverá possuir controle próprio para os artigos perigosos expedidos, do qual constarão: número do vôo; data de saída; aeroporto de destino; identificação do produto e quantidade de volumes.

4.9 Para embarque de qualquer tipo de Carga Perigosa é obrigatória a utilização da NOTOC (Notificação ao Comandante).

4.10 O Expedidor deverá certificar-se, com antecedência, de que os artigos perigosos podem ser transportados por via aérea, e quais os requisitos necessários para esse transporte, devendo cumprir, no que for aplicável, todas as exigências contidas no Doc. 9284-AN/905 da OACI e Regulamentação de artigos perigosos da IATA.

4.11 O Expedidor deverá apresentar ao operador de transporte aéreo a documentação necessária para o transporte de artigos perigosos, para que este possa preencher o conhecimento aéreo. No caso de Agente de Carga Aérea, este, além dos documentos citados, entregará ao operador de transporte aéreo o conhecimento aéreo, em 3 (três) vias, conforme previsto no Art. 235 do CBAER.

4.12 O Expedidor deverá providenciar o transporte terrestre do artigo perigoso, conforme previsto nas Resoluções ANTT Nº 420, de 12 Fev. 04 e ANTT Nº 701, de 25 Ago. de 04.

Page 21: IAC 153- IAC 153 ---10011001§ão... · Documento 8973, 6ªedição da OACI – Manual de Segurança para Proteção da Aviação Civil contra Atos de Interferência Ilícita, de

2005 IAC 153-1001

13

4.13 O DOV (Despachante Operacional de Vôo) da Empresa Aérea terá que incluir no Manifesto de Vôo o tipo de carga a ser transportada e qual a sua posição na aeronave.

Page 22: IAC 153- IAC 153 ---10011001§ão... · Documento 8973, 6ªedição da OACI – Manual de Segurança para Proteção da Aviação Civil contra Atos de Interferência Ilícita, de

2005 IAC 153-1001

14

5 RESPONSABILIDADES

5.1 Transgressões às normas estabelecidas nesta IAC, que se configurarem como atentado à segurança dos passageiros, do pessoal envolvido no processo de carregamento e descarregamento da aeronave, bem como da aeronave em si, submeterá os responsáveis às penas previstas no art. 261 do Código Penal, sendo o processo iniciado no Departamento de Aviação Civil (DAC) e remetido para a Procuradoria Geral da República para as demais providências julgadas cabíveis por aquele órgão.

5.2 O proprietário ou o comandante da aeronave que transportar artigos perigosos sem a documentação necessária ficará sujeito às penalidades previstas no CBAER, podendo ter a aeronave interditada.

5.3 O expedidor responde pela exatidão das indicações e declarações constantes do conhecimento aéreo e pelos danos que, em conseqüência de suas declarações irregulares, inexatas ou incompletas, vier a causar ao transportador ou a terceiros.

5.4 No caso de transporte aéreo internacional, o operador de transporte aéreo deverá cumprir a Regulamentação específica de cada país que irá sobrevoar e/ou pousar, devendo observar o previsto no Doc. 9284-AN/905 da OACI e Regulamentação de artigos perigosos da IATA.

5.5 A autorização para embarque não exime o operador de transporte aéreo da co-responsabilidade de verificar se o artigo perigoso pode ser transportado por via aérea. Presume-se que, ao aceitar a carga, o operador de transporte aéreo estará cumprindo fielmente estas instruções.

5.6 A Administração Aeroportuária Local e o operador de transporte aéreo deverão possuir, em sua biblioteca, um exemplar físico atualizado das Instruções Técnicas para o Transporte sem Risco de Artigos Perigosos por Via Aérea (Doc. 9284-AN/905) da OACI e/ou a Regulamentação de Artigos Perigosos da IATA.

5.7 A Administração Aeroportuária Local deverá exigir do operador de transporte aéreo a Declaração do Expedidor e o Conhecimento Aéreo para aceitação da carga perigosa, tanto na importação quanto na exportação.

5.8 RESPONSABILIDADES ESPECÍFICAS DO EXPEDIDOR

5.8.1 Certificar-se que os artigos ou substâncias não estão proibidos para o transporte aéreo.

5.8.2 Identificar o artigo perigoso através de um número de quatro dígitos fornecido pelas Nações Unidas ou do nome apropriado para transporte;

5.8.3 Classificar o artigo perigoso dentro de uma das 9 (nove) classes de perigo estipuladas pelo Comitê de Peritos das Nações Unidas;

5.8.4 Embalar o artigo perigoso utilizando as embalagens definidas pela Instrução de Embalagem associada ao mesmo;

5.8.5 Marcar as embalagens com todas as marcações previstas na Regulamentação de artigos perigosos;

5.8.6 Etiquetar as embalagens com as etiquetas de risco (equivalentes as nove classes de perigo) e com as etiquetas de manuseio conforme Regulamentação de artigos perigosos;

Page 23: IAC 153- IAC 153 ---10011001§ão... · Documento 8973, 6ªedição da OACI – Manual de Segurança para Proteção da Aviação Civil contra Atos de Interferência Ilícita, de

2005 IAC 153-1001

15

5.8.7 Documentar o embarque com a Declaração do Expedidor de artigos perigosos.

5.9 RESPONSABILIDADES ESPECÍFICAS DOS OPERADORES DE TRANSPORTE AÉREO

5.9.1 Aceitar a carga perigosa, dentro das especificações da Regulamentação de artigos perigosos, e preparar uma lista de verificação para servir-lhe de ajuda nessa aceitação.

5.9.2 Armazenar a carga perigosa em área pré-definida e delimitada, incluindo os dizeres “ARTIGOS PERIGOSOS”. Esta área deve conter um quadro com as etiquetas de risco e manuseio e a Tabela de Segregação de Artigos Perigosos, que devem estar atualizados de acordo com o Doc. 9284-AN/905 da OACI e Regulamentação de artigos perigosos da IATA.

5.9.3 Carregar a aeronave obedecendo a Tabela de Segregação de Artigos Perigosos.

5.9.4 Inspecionar os carregamentos e descarregamentos nos terminais de carga aérea.

5.9.5 Prover as informações necessárias ao vôo e ao pessoal de terra.

5.9.6 Responder às emergências necessárias no caso de incidentes/acidentes com artigos perigosos, tanto em vôo, como dentro do terminal de carga aérea.

5.9.7 Reter os dados para atendimento à fiscalização do DAC.

5.9.8 Treinar todos os envolvidos no processo do transporte aéreo de artigos perigosos.

Page 24: IAC 153- IAC 153 ---10011001§ão... · Documento 8973, 6ªedição da OACI – Manual de Segurança para Proteção da Aviação Civil contra Atos de Interferência Ilícita, de

2005 IAC 153-1001

16

6 MANUSEIO, MOVIMENTAÇÃO, ARMAZENAGEM E ENTREGA DOS ARTIGOS PERIGOSOS.

6.1 As pessoas jurídicas operadoras de armazém localizado no Terminal de Carga Aérea do aeroporto, e as que executam exclusivamente serviço de movimentação e manuseio de cargas, deverão baixar instruções quanto ao recebimento, manuseio, movimentação e armazenagem de artigos perigosos, tomando como referência as instruções contidas no Capítulo II do Doc. 9284-AN/905 da OACI e na Seção 9 da Regulamentação da IATA.

6.2 Os armazéns deverão possuir o Doc. 9284-AN/905 da OACI e/ou a Regulamentação de Artigos Perigosos da IATA atualizados.

6.3 Os armazéns deverão possuir áreas especiais para estocagem de artigos perigosos, de modo a facilitar o isolamento da área e a fácil remoção dos produtos, bem como o livre acesso de viaturas do Serviço de Salvamento e Contra Incêndio, em caso de sinistro.

6.4 Os armazéns deverão possuir, em local visível, quadro demonstrativo das etiquetas de risco e de manuseio de artigos perigosos nas áreas de recebimento e liberação de cargas, bem como a tabela de segregação de artigos perigosos, ambos atualizados de acordo com a Regulamentação.

6.5 Os armazéns deverão possuir, nas áreas para armazenagem de produtos perigosos, quadro demonstrativo das etiquetas de risco e de manuseio de artigos perigosos e tabela de segregação de artigos perigosos, ambos atualizados de acordo com a Regulamentação.

6.6 Os armazéns deverão possuir extintores de incêndio adequados, carregados com agente extintor, em número suficiente à neutralização de eventual foco de incêndio e com o serviço de manutenção e recarga dentro do período de validade (6 – seis meses), de acordo com a NBR 10720, de Ago 1989, da ABNT.

6.7 Os operadores de armazéns deverão manter, em local de fácil acesso, caixa de primeiros socorros, uma fonte de água ou algum tipo de neutralizante para uma rápida descontaminação de pessoas, em caso de acidente ou incidente com artigos perigosos.

6.8 Os operadores de armazéns, que forem depositários de mercadorias sob controle aduaneiro, deverão observar para que nos setores de recebimento e liberação de cargas existam funcionários treinados em identificação de artigos perigosos, de modo a evitar acidente ou incidente com pessoas.

Page 25: IAC 153- IAC 153 ---10011001§ão... · Documento 8973, 6ªedição da OACI – Manual de Segurança para Proteção da Aviação Civil contra Atos de Interferência Ilícita, de

2005 IAC 153-1001

17

7 SEGURANÇA

7.1 As pessoas jurídicas envolvidas deverão reportar ao DAC discrepância encontrada em produtos controlados ou artigos perigosos que não estejam de acordo com as normas estabelecidas por esta IAC e pelo Doc. 9284-AN/905 da OACI.

7.2 A discrepância será registrada no Relatório de Incidente com Artigos Perigosos (Anexo 03), que será preenchido em 3 vias, com o seguinte destino:

a) A primeira via será encaminhada à SAC do aeroporto, que a enviará, através do SERAC, à Divisão de Carga Aérea do DAC (IE-6), para as devidas providências.

b) A segunda via será encaminhada à pessoa jurídica que entregou o artigo perigoso.

c) A terceira via ficará em poder da pessoa jurídica que registrou a ocorrência.

7.3 Os operadores de armazém deverão orientar seus empregados que manuseiam artigos perigosos, quanto ao uso de equipamento de proteção individual.

7.4 O Serviço de Emergência Médica do aeroporto deverá estar preparado para o atendimento de pessoas contaminadas por produtos nocivos à saúde.

7.5 No caso de acidente com material radioativo, o transportador e/ou operador de armazém deverão informar a ocorrência à administração do aeroporto, para acionamento da seguinte entidade.

Instituto de Radioproteção e Dosimetria

CNEN - Comissão Nacional de Energia Nuclear

Setor de Emergência de Radioativo

Av. Salvador Alende, S/Nº

CEP.: 22780-160 - Barra da Tijuca - Rio de Janeiro

Tel: (21) 3411 8220 / 2442 2539

Fax: (21) 2442 2548

Celular 24H: 9982 1861

7.6 Toda pessoa jurídica que trate com material radioativo deve estabelecer normas de segurança, para o caso de acidente ou incidente.

7.7 A Seção Contra Incêndio – SCI do aeroporto deverá estar familiarizada com os diferentes tipos de artigos perigosos, armazenados ou que sejam movimentados nos armazéns situados no TECA, para prevenção, detecção, controle e combate a sinistros.

7.8 O operador de transporte aéreo, após a decolagem da aeronave transportando produtos controlados e/ou artigos perigosos, notificará seus representantes nos aeroportos de trânsito e destino quanto à quantidade, tipo e localização dos produtos existentes a bordo.

7.9 Na hipótese de acidentes com aeronave transportando produtos controlados e/ou artigos perigosos, o operador de transporte aéreo notificará de imediato à administração do aeroporto de saída ou do aeroporto onde ocorreu o acidente, quanto à quantidade, tipo e localização dos produtos existentes a bordo, objetivando orientar e facilitar os trabalhos do Serviço Contra Incêndio do aeroporto.

Page 26: IAC 153- IAC 153 ---10011001§ão... · Documento 8973, 6ªedição da OACI – Manual de Segurança para Proteção da Aviação Civil contra Atos de Interferência Ilícita, de

2005 IAC 153-1001

18

7.10 Caso o acidente ocorra fora do aeroporto, o operador de transporte aéreo notificará o Serviço de Busca e Salvamento do aeroporto mais próximo, fornecendo as informações necessárias.

7.11 SEGURANÇA DOS ARTIGOS PERIGOSOS

7.11.1 Este item é dirigido às responsabilidades sobre segurança dos operadores de transporte aéreo, expedidores e outras pessoas envolvidas no transporte de artigos perigosos a bordo de uma aeronave. É necessário notar que o Anexo 17 proporciona amplos requisitos para a implantação de medidas de segurança por parte dos Estados, com a finalidade de prevenir os Atos de Interferência Ilícita na Aviação Civil ou quando tais interferências tenham sido já cometidas. Adicionalmente o Manual de Segurança para a Salvaguarda da Aviação Civil contra atos de Interferência Ilícita (Doc. 8973 - Reservado), dedica-se totalmente aos procedimentos e mostra os aspectos concernentes à segurança da aviação, e destina-se a assessorar os Estados na implementação de seus respectivos Programas Nacionais de Segurança para a Aviação Civil.

7.11.2 Todas as pessoas comprometidas no transporte de artigos perigosos devem considerar os requisitos de segurança, de acordo com o nível de suas responsabilidades.

7.11.3 Os artigos perigosos devem ser oferecidos aos operadores, para transporte, depois de identificados apropriadamente.

7.11.4 O treinamento, além dos aspectos ligados à filosofia geral, limitações, etiquetagem e marcação, detecção de artigos perigosos não declarados, disposições para os passageiros e tripulação e procedimentos de emergência, deve incluir os elementos de conscientização, relacionados à segurança.

7.11.5 O treinamento de conscientização sobre segurança deve fazer notar a natureza dos riscos de segurança, a forma de reconhecer tais riscos, os métodos para reduzí-los e as ações que devem ser tomadas no caso da segurança ter sido violada. Deve também incluir a conscientização quanto aos planos de segurança em nível de responsabilidades individuais e seu papel na implementação dos planos de segurança.

7.11.6 O treinamento deve ser outorgado ou verificado no momento de empregar uma pessoa numa posição que envolva o transporte de artigos perigosos. O treinamento subsequente deve ter lugar nos 24 meses seguintes ao treinamento prévio, com o fim de se assegurar que os conhecimentos estejam vigentes.

7.11.7 Os arquivos de todos os treinamentos de segurança ministrados devem ser mantidos pelo empregador, e pô-los à disposição do empregado quando for requerido.

7.11.8 Os operadores de transporte aéreo, expedidores e outras pessoas envolvidas no transporte de artigos perigosos de alta consequência (ver 7.11.10 desta IAC) devem adotar, implementar e cumprir um plano de segurança que inclua, ao menos, os elementos especificados em 7.11.9.

7.11.9 Como mínimo, o plano de segurança deve compreender os seguintes elementos:

a) Atribuições específicas das responsabilidades de segurança às pessoas competentes e qualificadas com a autoridade para cumprir com as suas responsabilidades;

b) Arquivos dos artigos perigosos ou tipos de artigos perigosos transportados.

Page 27: IAC 153- IAC 153 ---10011001§ão... · Documento 8973, 6ªedição da OACI – Manual de Segurança para Proteção da Aviação Civil contra Atos de Interferência Ilícita, de

2005 IAC 153-1001

19

c) Revisão das operações vigentes e avaliação das vulnerabilidades, incluindo o armazenamento temporário, no trânsito das transferências intermodais;

d) Estabelecimento claro de medidas, incluindo as políticas de treinamento (resposta de altas ameaças, verificação de empregados novos, etc.), práticas de operação (por exemplo, acesso aos artigos perigosos durante o armazenamento temporário nas proximidades da infra-estrutura vulnerável, etc.), equipamento e recursos que serão utilizados para reduzir os riscos da segurança.

e) Procedimentos efetivos e atualizados para o reporte e tratamento das ameaças, violações e incidentes relacionados com a segurança;

f) Procedimentos de avaliação e teste dos planos de segurança e procedimentos para as revisões periódicas e atualizações dos planos;

g) Medidas para assegurar a proteção da informação em relação ao transporte, contida no plano; e

h) Medidas para assegurar que a proteção da distribuição da documentação de transporte tenha sido limitada o máximo possível.

Nota: Os operadores de transporte aéreo, expedidores e outros com responsabilidades em relação à segurança e proteção do transporte de artigos perigosos devem cooperar entre si e com as autoridades apropriadas, para trocar informações sobre as ameaça, aplicar as medidas apropriadas de segurança e responder aos incidentes relacionados com a segurança.

7.11.10 Artigos perigosos de alta consequência são aqueles que, potencialmente, podem ser utilizados em um incidente terrorista, e que podem, como resultado, produzir sérias conseqüências, tais como: acidentes ou destruição em massa. A lista a seguir é um indicativo de artigos perigosos de alta consequência:

a) Classe 1, Explosivos da Divisão 1.1;

b) Classe 1, Explosivos da Divisão 1.2;

c) Classe 1, Explosivos da Divisão 1.3 Grupo de Compatibilidade C;

d) Divisão 2.3 – gases tóxicos (excluindo os aerossóis);

e) Divisão 6.1, substâncias do Grupo de Embalagem I, exceto quando são transportadas sob o previsto para artigos perigosos em quantidades isentas.

f) Divisão 6.2 – substâncias infecciosas da Categoria A;

g) Classe 7 – materiais radioativos em quantidades superiores a 3 000 A1 (em forma especial) ou 3 000 A2 conforme seja aplicado em embalagens do Tipo B e Tipo C.

Nota: Quando as autoridades nacionais emitem alguma dispensa, devem-se considerar todas as disposições deste item.

7.12 REPORTE DE ACIDENTE OU INCIDENTE GRAVE

7.12.1 A Administração Aeroportuária Local deve repassar à Autoridade Aeronáutica, no prazo máximo de 24 horas, o registro de incidente. Para o caso de incidentes graves e/ou acidentes, a Administração Aeroportuária Local deve contactar a Autoridade Aeronáutica imediatamente.

Page 28: IAC 153- IAC 153 ---10011001§ão... · Documento 8973, 6ªedição da OACI – Manual de Segurança para Proteção da Aviação Civil contra Atos de Interferência Ilícita, de

2005 IAC 153-1001

20

7.12.2 No caso de incidente grave e/ou acidente ocorrido com artigo perigoso em aeronave estrangeira, fica o Estado, através da Autoridade competente, obrigado a notificar o país de bandeira.

7.12.3 O Estado encaminhará a ocorrência, bem como os laudos, à Secretaria do Comitê de Peritos da OACI, para registro e divulgação entre os países membros.

Page 29: IAC 153- IAC 153 ---10011001§ão... · Documento 8973, 6ªedição da OACI – Manual de Segurança para Proteção da Aviação Civil contra Atos de Interferência Ilícita, de

2005 IAC 153-1001

21

8 FORMAÇÃO E ADESTRAMENTO DE PESSOAL

8.1 As pessoas jurídicas envolvidas com expedição, transporte, manuseio, movimentação e armazenagem de artigos perigosos deverão possuir empregados habilitados no trato com artigos perigosos, devendo ter o certificado do curso de carga perigosa e reciclar-se a cada 2 (dois) anos.

8.2 Toda pessoa, física ou jurídica, que tenha interesse em montar escola de treinamento e formação, com base na Regulamentação de carga perigosa, deverá se encaminhar a Divisão de Carga Aérea do Subdepartamento de Infra-estrutura do Departamento de Aviação Civil, no seguinte endereço.

Rua Santa Luzia, 651, 8º Andar, Sala 810

CEP: 20030-040 - Centro - Rio de Janeiro

Tel: (0xx21) 2533 3442; 3814 6829

Fax: (0xx21) 3814 6832

Internet: www.dac.gov.br

e-mail: [email protected]

Page 30: IAC 153- IAC 153 ---10011001§ão... · Documento 8973, 6ªedição da OACI – Manual de Segurança para Proteção da Aviação Civil contra Atos de Interferência Ilícita, de

2005 IAC 153-1001

22

8.3 Conteúdo Mínimo de Curso de Instrução

Categoria dos Envolvidos Veja chave abaixo

Expedidor e

Embalador

Expedidor de Carga

Aérea

Operadores e Agentes de Manipulação em Terra

Inspetores de

Segurança

Aspectos do Transporte de Artigos Perigosos por via aérea que devem ser observados por todos os

envolvidos

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12

Critérios Gerais X X X X X X X X X X X X Limitações X X X X X X X X X Requisitos Gerais para os Expedidores

X X X

Classificação X X X X Lista de artigos perigosos

X X X X X

Condições Gerais de embalagens

X X X X

Etiquetagem e marcações

X X X X X X X X X X X X

Declaração do Expedidor e documentação pertinente

X X X X X

Procedimentos de aceitação

X

Reconhecimento dos Artigos Perigosos não declarados

X X X X X X X X X X X X

Procedimentos de Armazenamento e carregamento

X X X X

Notificação ao Comandante

X X X

Disposições relativas aos passageiros e tripulantes

X X X X X X X X X X X X

Procedimentos de emergência

X X X X X X X X X X X X

Obs: Capítulo 1, Tabela 1.5.A da IATA

Page 31: IAC 153- IAC 153 ---10011001§ão... · Documento 8973, 6ªedição da OACI – Manual de Segurança para Proteção da Aviação Civil contra Atos de Interferência Ilícita, de

2005 IAC 153-1001

23

CHAVE

1 Expedidores e pessoas que assumem as responsabilidades dos expedidores, incluindo o pessoal dos operadores de transporte aéreo que atuam como expedidor, pessoal dos operadores de transporte aéreo que preparam os artigos perigosos como materiais da empresa aérea (COMAT).

2 Embaladores.

3 Pessoal de rampa envolvido no processamento de artigos perigosos.

4 Pessoal de rampa envolvido no processamento da carga (exceto carga perigosa).

5 Pessoal de rampa envolvido na manipulação, armazenagem e capatazia da carga.

6 Pessoal dos operadores e agentes de manipulação em terra que aceitam artigos perigosos.

7 Pessoal dos operadores e agentes de manipulação em terra que aceitam carga (exceto de artigos perigosos).

8 Pessoal dos operadores e agentes de manipulação em terra, responsáveis pelo manuseio, armazenagem e capatazia da carga e bagagem.

9 Pessoal de atendimento à passageiros.

10 Membros da tripulação de vôo e planejadores de carregamento.

11 Membros da tripulação (exceto a tripulação de vôo).

12 Pessoal da Segurança encarregado na inspeção dos passageiros e de suas bagagens e da carga.

Page 32: IAC 153- IAC 153 ---10011001§ão... · Documento 8973, 6ªedição da OACI – Manual de Segurança para Proteção da Aviação Civil contra Atos de Interferência Ilícita, de

2005 IAC 153-1001

24

9 ÓRGÃO NORMATIZADOR E HOMOLOGADOR DE EMBALAGEM NO BRASIL

9.1 De acordo com a Portaria Nº 453/GM5, de 02 Ago 91, publicada em Diário Oficial da União de nº 149, de 05 de agosto de 1991, seção 1, páginas 15659 e 15660, todas as empresas produtoras de embalagens para o transporte de carga perigosa por via aérea deverão solicitar sua homologação ao CENTRO TÉCNICO AEROESPACIAL - CTA, no seguinte endereço.

Praça Mal. Eduardo Gomes, 50 - Vila das Acácias

São José dos Campos - SP - 12231-970

Tel: (012) 3947 5183

Fax: (012) 3941 4766

Page 33: IAC 153- IAC 153 ---10011001§ão... · Documento 8973, 6ªedição da OACI – Manual de Segurança para Proteção da Aviação Civil contra Atos de Interferência Ilícita, de

2005 IAC 153-1001

25

10 PROCEDIMENTOS DE EMERGÊNCIA PARA INCIDENTES COM ARTIGOS PERIGOSOS POR VIA AÉREA

10.1 Os procedimentos de respostas às emergências para aeronaves que se apresentam na Tabela 01, são destinados a orientar os membros da tripulação, quando no advento de um incidente durante o vôo, relacionado a volume(s) que contenham artigos perigosos.

10.2 Uma vez identificado o volume, a tripulação deverá encontrar a entrada correspondente na NOTOC. Nesta, deverá constar a chave correspondente ao procedimento aplicável, bem como deverão constar as listas de verificação para o caso de incidentes relacionados com carga perigosa, de acordo com a seção 3, itens 3.1 e 3.2 do Documento 9481 da OACI.

10.3 A chave de procedimento assinalada a um artigo perigoso, consta de um número de 1 à 10 e uma ou duas letras (chave alfabética). Ao consultar a tabela de procedimentos às resposta de emergências, cada número de procedimento leva a uma relação de informações relativas ao risco que envolve o produto, traz orientações sobre as medidas que devem ser adotadas. A chave alfabética, que se indica por separado na tabela de procedimentos, informa se há outros riscos possíveis da substância. Em alguns casos, a orientação vinda do número de procedimento, pode-se completar com a informação proporcionada pela chave alfabética.

Page 34: IAC 153- IAC 153 ---10011001§ão... · Documento 8973, 6ªedição da OACI – Manual de Segurança para Proteção da Aviação Civil contra Atos de Interferência Ilícita, de

2005 IAC 153-1001

26

Tabela 01. Procedimentos de respostas às emergências para aeronaves

1. Siga os Procedimentos de emergência apropriados na aeronave

2. Considere o pouso tão logo seja praticável

3. Use os Códigos da Tabela abaixo

Número do procedimento

Risco intrínseco

Risco para aeronave

Risco para os ocupantes

Procedimento em caso de perda ou vazamento

Procedimento para extinção de incêndios

Outras considerações

1 Explosão que pode provocar falhas estruturais

Incêndio ou explosão

O que indica a chave alfabética

Uso de 100% de oxigênio; não fumar

Todos os agentes de acordo com a viabilidade; uso do procedimento padrão contra incêndio

Possível perda abrupta de pressurização

2 Gás não-inflamável; a pressão pode provocar riscos em caso de incêndio

Mínimo O que indica a chave alfabética

Uso de 100% de oxigênio; estabelecer e manter uma ventilação máxima das chaves alfabéticas “A”, “I” ou “P”

Todos os agentes de acordo com a viabilidade; uso do procedimento padrão contra incêndio

Possível perda abrupta de pressurização

3 Líquido ou Sólido Inflamável

Incêndio ou explosão

Fumaça, emanação e calor, e como indicado na chave alfabética

Uso de 100% de oxigênio; estabelecer e manter uma ventilação máxima; não fumar; mínimo de eletricidade

Todos os agentes de acordo com a viabilidade; sem água no caso da chave alfabética “W”

Possível perda abrupta de pressurização

4 Combustão espontânea ou pirofórica quando exposta ao ar

Incêndio e/ou explosão

Fumaça, emanação e calor, e como indicado na chave alfabética

Uso de 100% de oxigênio; estabelecer e manter uma ventilação máxima

Todos os agentes de acordo com a viabilidade; sem água no caso da chave alfabética “W”

Possível perda abrupta de pressurização; mínimo de eletricidade se chave alfabética “F” ou “H”

5 Oxidante, pode inflamar outros materiais, pode explodir no calor de um incêndio

Incêndio e/ou explosão, possível dano de corrosão

Irritação nos olhos nariz e garganta; lesões em contato com a pele

Uso de 100% de oxigênio; estabelecer e manter uma ventilação máxima

Todos os agentes de acordo com a viabilidade; sem água no caso da chave alfabética “W”

Possível perda abrupta de pressurização

Page 35: IAC 153- IAC 153 ---10011001§ão... · Documento 8973, 6ªedição da OACI – Manual de Segurança para Proteção da Aviação Civil contra Atos de Interferência Ilícita, de

2005 IAC 153-1001

27

6 Tóxico, pode ser fatal se inalado, ingerido, ou absorvido pela pele

Contaminação com sólido ou líquido tóxico

Toxidade aguda. Os efeitos podem ser tardios

Uso de 100% de oxigênio; estabelecer e manter uma ventilação máxima; não tocar sem luvas

Todos os agentes de acordo com a viabilidade; sem água no caso da chave alfabética “W”

Possível perda abrupta de pressurização; mínimo de eletricidade se chave alfabética “F” ou “H”

7 Radiação procedente de volumes quebrados ou avariados

Contaminação por vazamento de material radiativo

Exposição à radiação, e contaminação

Não mover as embalagens; evitar contato

Todos os agentes de acordo com a viabilidade

Chamar por uma pessoa qualificada na aeronave

8 Corrosivo, vapores incapacitantes se inalados ou em contato com a pele

Possível risco de corrosão

Irritação nos olhos nariz e garganta

Uso de 100% de oxigênio; estabelecer e manter uma ventilação máxima; não tocar sem luvas

Todos os agentes de acordo com a viabilidade; sem água no caso da chave alfabética “W”

Possível perda abrupta de pressurização; mínimo de eletricidade se chave alfabética “F” ou “H”

9 Nenhum risco geral inerente

Como indicado pela chave alfabética

Como indicado pela chave alfabética

Uso de 100% de oxigênio; estabelecer e manter uma ventilação máxima se chave alfabética “A”

Todos os agentes de acordo com a viabilidade; sem água no caso da chave alfabética “W”

Nenhum

10 Gás Inflamável, alto risco de combustão se houver uma fonte de ignição

Incêndio e/ou explosão

Fumaça, emanação e calor, e como indicado na chave alfabética

Uso de 100% de oxigênio; estabelecer e manter uma ventilação máxima; não fumar; mínimo de eletricidade

Todos os agentes de acordo com a viabilidade

Possível perda abrupta de pressurização

CHAVE ALFABÉTICA

RISCO ADICIONAL CHAVE ALFABÉTICA

RISCO ADICIONAL

A Anestésico M Material Magnetizado

C Corrosivo N Nocivo

E Explosivo P Tóxico

F Inflamável S Combustão espontânea

H Alta Combustão W Se Molhado emite gases tóxicos ou inflamáveis

I Irritante / Produz lágrimas

X Oxidante

L Outro risco menor ou nenhum

Obs.: Tabela 4.1 do Documento 9841/AN 928 da OACI

Page 36: IAC 153- IAC 153 ---10011001§ão... · Documento 8973, 6ªedição da OACI – Manual de Segurança para Proteção da Aviação Civil contra Atos de Interferência Ilícita, de

2005 IAC 153-1001

28

11. PROCEDIMENTOS DE EMERGÊNCIA PARA INCIDENTES COM ARTIGOS PERIGOSOS EM TERRA

11.1 CLASSE 1 – EXPLOSIVOS

11.1.1 Não permitir o fumo ou acendimento de chamas. Pequeno risco imediato para a saúde.

11.2 CLASSE 2 – GASES

11.2.1 Não permitir o fumo ou acendimento de chamas.

11.2.2 Usar roupas protetoras contra líquidos criogênicos ou gases venenosos.

11.2.3 Evitar o manuseio brusco de cilindros, pois poderá agravar a situação.

11.2.4 No caso de fogo pequeno todos os extintores são aceitáveis, porém, o BCF é o mais eficaz contra pequenas chamas que escapam.

11.2.5 No caso de fogo grande usar borrifo ou neblina de água.

11.2.6 No caso de primeiros socorros:

a) Remover a vítima para local fresco;

b) Remover as roupas contaminadas;

c) Se a respiração estiver difícil, ministrar oxigênio;

d) Manter a vítima quieta e manter a temperatura normal do corpo; e

e) Cuidar de quaisquer ferimentos.

11.3 CLASSE 3 – LÍQUIDOS INFLAMÁVEIS

11.3.1 Não permitir o fumo ou acendimento de chamas.

11.3.2 Usar o borrifador de água para reduzir os vapores.

11.3.3 No caso de fogo pequeno usar pó químico, BCF, CO2 espuma ou borrifo de água.

11.3.4 No caso de fogo grande usar espuma, borrifo ou neblina com água, quando exeqüível resfriar os conteineres expostos ao fogo, com água. Evitar que o líquido inflamável se espalhe.

11.3.5 No caso de derrames ou vazamentos pequenos, cobrir com areia ou outro material não combustível e depois lavar.

11.3.6 No caso de derrames ou vazamentos grandes, construir represa por fora do derrame e depois remover.

11.3.7 No caso de primeiros socorros:

a) Remover a vítima para local fresco;

b) Se não estiver respirando, aplicar respiração artificial;

c) Se a respiração estiver difícil, ministrar oxigênio;

d) Remover e isolar roupas contaminadas;

e) Caso haja contato com o material, lave a pele e os olhos com água corrente por pelo menos 15 minutos; e

f) Cuidar de quaisquer ferimentos.

Page 37: IAC 153- IAC 153 ---10011001§ão... · Documento 8973, 6ªedição da OACI – Manual de Segurança para Proteção da Aviação Civil contra Atos de Interferência Ilícita, de

2005 IAC 153-1001

29

11.4 CLASSE 4 – SÓLIDOS INFLAMÁVEIS

11.4.1 Não permitir o fumo ou acendimento de chamas.

11.4.2 Não tocar no material derramado.

11.4.3 Não usar água em substâncias rotuladas como perigosas quando molhadas.

11.4.4 No caso de fogo pequeno usar pó químico, areia, espuma, BCF, CO2, borrifo de água.

11.4.5 No caso de fogo grande usar borrifo de água, neblina ou espuma. Quando exeqüível resfriar os containeres expostos ao fogo, com água. Usar areia seca em magnésio incendiado, nunca a água.

11.4.6 No caso de derrames ou vazamentos pequenos recolher em conteineres secos, remover os conteineres e depois lavar a área com água.

11.4.7 No caso de derrames ou vazamentos grandes, construir represa por fora do derrame e depois remover. Quando for substância perigosa quando molhada, cobrir com areia seca, ou outro material não-combustível seco.

11.4.8 No caso de primeiros socorros:

a) Remover a vítima para local fresco;

b) Se a respiração estiver difícil, ministrar oxigênio;

c) Caso haja contato com o material, lave a pele e os olhos com água corrente por, pelo menos, 15 minutos; e

d) Remover e isolar as roupas contaminadas.

11.5 CLASSE 5 – SUBSTÂNCIAS OXIDANTES E PERÓXIDOS ORGÂNICOS

11.5.1 Não permitir o fumo ou acendimento de chamas.

11.5.2 Usar o borrifador de água para reduzir os vapores.

11.5.3 No caso de fogo pequeno usar pó químico, BCF, CO2, espuma ou borrifo de água.

11.5.4 No caso de fogo grande usar espuma, borrifo ou neblina de água. Quando exeqüível, resfriar conteineres expostos ao fogo, com água, Evite espalhar o líquido inflamável.

11.5.5 No caso de derrames ou vazamentos pequenos, cobrir com areia ou outro material não-combustível e depois lavar a área com água.

11.5.6 No caso de derrames ou vazamentos grandes, construir represa por fora do derrame e depois remover.

11.5.7 No caso de primeiros socorros:

a) Remover a vítima para local fresco;

b) Se não estiver respirando, aplicar respiração artificial;

c) Se a respiração estiver difícil, ministrar oxigênio;

d) Caso haja contato com o material, lave a pele e os olhos com água corrente, por pelo menos, 15 minutos; e

e) Remover e isolar as roupas contaminadas.

11.6 CLASSE 6 – SUBSTÂNCIAS TÓXICAS (VENENOSAS) E INFECCIOSAS

Page 38: IAC 153- IAC 153 ---10011001§ão... · Documento 8973, 6ªedição da OACI – Manual de Segurança para Proteção da Aviação Civil contra Atos de Interferência Ilícita, de

2005 IAC 153-1001

30

11.6.1 Divisão 6.1 – Substâncias Tóxicas (Venenosas)

11.6.1.1 Não tocar no material derramado.

11.6.1.2 Usar o borrifador de água para reduzir os vapores e a poeira em suspensão.

11.6.1.3 No caso de fogo pequeno usar pó químico, BCF, CO2, espuma ou borrifo de água.

11.6.1.4 No caso de fogo grande usar borrifo de água, neblina ou espuma.

11.6.1.5 No caso de derrames ou vazamentos pequenos, cobrir com areia ou outro material não-combustível, depois lavar com água.

11.6.1.6 No caso de derrames ou vazamentos grandes, construir represa por fora do derrame e depois remover.

11.6.1.7 No caso de primeiros socorros:

a) Remover as pessoas afetadas para local fresco;

b) Chamar o atendimento médico de emergência;

c) Se não estiver respirando, aplicar respiração artificial;

d) Se estiver respirando com dificuldade, ministrar oxigênio;

e) Caso haja contato com o material, lavar a pele e os olhos com água corrente por, pelo menos, 15 minutos;

f) Remover e isolar a roupa contaminada; e

g) Manter a vítima sob observação, pois os efeitos podem levar algum tempo para se manifestar.

11.6.2 DIVISÃO 6.2 – SUBSTÂNCIAS INFECCIOSAS

11.6.2.1 Quando qualquer pessoa, responsável pelo transporte ou abertura de embalagens de substâncias infecciosas, perceber que ela se encontra avariada ou vazando deve:

a) Evitar o manuseio da embalagem ou reduzi-lo ao mínimo;

b) Inspecionar as embalagens adjacentes, para verificar se foram contaminadas, e separar as que possam ter sido contaminadas;

c) Informar à autoridade de Saúde Pública ou veterinária apropriada e fornecer informação para os aeródromos de trânsito, em que pessoas possam ter sido expostas ao perigo de contaminação; e

d) Notificar ao remetente e ao destinatário.

11.7 CLASSE 7 – MATERIAL RADIOATIVO

11.7.1 Quando for evidente ou se suspeitar que uma embalagem de material radioativo esteja avariada ou vazando, deve-se observar os itens abaixo:

a) Restringir o acesso à embalagem imediatamente;

b) Só entrar na área do vazamento para salvar vidas humanas; limitar a permanência pelo menor tempo possível no local;

c) Buscar, logo que possível, uma pessoa qualificada para assessorar na verificação da amplitude da contaminação e o resultante nível de radiação nas embalagens,

Page 39: IAC 153- IAC 153 ---10011001§ão... · Documento 8973, 6ªedição da OACI – Manual de Segurança para Proteção da Aviação Civil contra Atos de Interferência Ilícita, de

2005 IAC 153-1001

31

aeronave, equipamentos de bordo e todos os outros materiais transportados pela aeronave;

d) Seguir os procedimentos adicionais, de acordo com as instruções da autoridade competente apropriada (CNEN), a fim de minimizar as conseqüências da avaria ou vazamento;

e) Notificar a autoridade nacional apropriada (CNEN) para assegurar a verificação das áreas adjacentes de carga e descarga quanto à contaminação; e

f) As embalagens que estejam vazando substâncias radioativas, em excesso ao limite permitido nas condições normais de transporte, só podem ser removidas sob supervisão, e não podem ser remetidas antes de serem reparadas ou recondicionadas e descontaminadas.

11.7.2 No caso de primeiros socorros:

a) Chamar o atendimento médico de emergência;

b) Se não afetar o ferimento, remover e isolar as roupas contaminadas; enrolar a vítima em um cobertor antes de transportar;

c) Se não houver ferimentos, dar banho na vítima com água e sabão;

d) Avisar ao atendimento médico que a vítima pode ter sido exposta à radiação; e

e) Com exceção do ferido, deter as pessoas e equipamentos expostos à radiação até receber instruções ou a chegada da autoridade nacional competente (CNEN);

11.7.3 As aeronaves e seus equipamentos, usados rotineiramente no transporte de material radioativo, devem ser checados periodicamente para determinar o nível de contaminação. A freqüência destes cheques será determinada pela probabilidade de contaminação e a quantidade de material radioativo transportado.

11.7.4 Qualquer aeronave que tenha uma “contaminação não-fixa”, maior do que os limites especificados na Tabela 9.4.A (Doc. 9284 AN 905 da OACI e Regulamentação de Artigos Perigosos da IATA), ou uma “contaminação fixa” maior que 5µSv/h (0.5 mrem/h), deve ser retirada de serviço e não retornar até que a contaminação não-fixa ou a radiação retorne aos níveis aceitáveis.

11.8 CLASSE 8 – CORROSIVOS

11.8.1 Não tocar no material derramado.

11.8.2 No caso de fogo, alguns destes materiais podem reagir violentamente com a água.

11.8.3 No caso de fogo pequeno, cobrir com areia ou outro material não-combustível depois lavar com água.

11.8.4 No caso de fogo grande, construir represa por fora do derrame e depois remover.

11.8.5 No caso de primeiros socorros:

a) Remover a vítima para local fresco;

b) Se estiver respirando com dificuldade, ministrar oxigênio;

c) Remover e isolar as roupas contaminadas;

Page 40: IAC 153- IAC 153 ---10011001§ão... · Documento 8973, 6ªedição da OACI – Manual de Segurança para Proteção da Aviação Civil contra Atos de Interferência Ilícita, de

2005 IAC 153-1001

32

d) Caso haja contato com o material, lavar a pele e os olhos com água corrente por pelo menos 15 minutos.

11.9 CLASSE 9 – MATERIAIS PERIGOSOS DIVERSOS (MISCELÂNEA)

11.9.1 Os riscos potenciais estão ligados unicamente a cada tipo. Alguns deles estão abaixo.

11.9.1.1 Fertilizante de nitrato de amônia (ammonium nétrate fert), quando misturados aos combustíveis de hidrocarbonetos, como o querosene, podem reagir explosivamente. Entretanto, necessitam normalmente de outro explosivo para a ignição. Ver a Classe 1 – Explosivos;

11.9.1.2 Amianto (asbestos) – todos os tipos. Fibras minerais finas podem se alojar nos pulmões e causar doenças;

11.9.1.3 No caso de primeiros socorros:

a) Isolar as áreas de risco;

b) Usar aparelho de respiração autônomo ou máscara de filtro.

c) Produtos de consumo a varejo (consumer commodity). Podem conter líquidos inflamáveis (Classe 3), aerossóis (Classe 2) ou substâncias tóxicas (Divisão 6. 1). Tratar de acordo com a Classe;

11.9.1.4 Dióxido de carbono, sólido (gelo seco). A temperatura aproximada é de - 80º C e pode causar sérios danos à pele, pelo congelamento. O gelo seco se “evapora” formando um gás pesado, inodoro e invisível que, ao deslocar no ar, pode causar o sufocamento em pessoas ou animais.

11.9.1.5 No caso de primeiros socorros:

a) Evitar o manuseio;

b) Usar aparelho de respiração autônomo e roupas protetoras;

c) Recomendar a ventilação de áreas confinadas;

d) Remover as vítimas para o ar fresco.

11.9.1.6 Balsas e coletes salva-vidas. Contém garrafas de gás comprimido e, se acidentalmente acionadas, podem exercer grandes forças na aeronave e outras estruturas. Tomar cuidado para que estes equipamentos não inflarem acidentalmente ou as garrafas não explodam.

11.9.1.7 Conjunto de rodas pneumáticas. São, normalmente, pressurizadas e podem explodir, especialmente sob a ação do calor e chamas. Tratar como os gases comprimidos (Classe 2).

11.9.1.8 Material magnético. Pode afetar os equipamentos de navegação e a quantidade produz efeito cumulativo, mas não apresenta perigo significativo nas condições de emergência aqui discutidas.

11.9.1.9 Motores de combustão interna / veículos movidos a baterias. Podem conter combustível - tratar como líquidos inflamáveis (Classe 3). Também pode conter baterias que podem vazar ou derramar o eletrólito. Deve ser tratado como corrosivos (Classe 8). Prevenir-se de que as baterias possam entrar em curto-circuito e causar a ignição de gases inflamáveis ou vapores.

Page 41: IAC 153- IAC 153 ---10011001§ão... · Documento 8973, 6ªedição da OACI – Manual de Segurança para Proteção da Aviação Civil contra Atos de Interferência Ilícita, de

2005 IAC 153-1001

33

11.9.1.10 Hidrosulfito de zinco (e outros hidrosulfitos). Podem liberar gases venenosos e corrosivos sob a ação do calor. Tratar como gases (Classe 2) e/ou corrosivos (Classe 8), conforme apropriado.

Page 42: IAC 153- IAC 153 ---10011001§ão... · Documento 8973, 6ªedição da OACI – Manual de Segurança para Proteção da Aviação Civil contra Atos de Interferência Ilícita, de

2005 IAC 153-1001

34

12 PASSAGEIRO OU TRIPULANTE TRANSPORTANDO ARTIGO PERIGOSO

12.1 Artigos perigosos estão proibidos, como bagagem despachada ou de mão dos passageiros ou dos tripulantes ou consigo mesmo, com exceção do que se apresenta na relação abaixo:

a) Bebidas alcoólicas que não excedam a 70% de álcool em recipientes de menos de 5 litros, quando transportados por passageiros e tripulantes como bagagem de mão ou despachada;

b) Artigos medicinais não radioativos ou os artigos de toucador (incluindo os aerosóis) transportados como bagagem de mão ou despachada. A quantidade total líquida de todos os artigos referenciados transportados por um único indivíduo não poderá ser superior a 2kg ou 2L, não podendo a quantidade líquida de qualquer artigo individual ultrapassar 500g ou 500mL. As válvulas de descompressão desses aerosóis devem estar protegidas por uma cápsula ou outro meio adequado, para se evitar a liberação involuntária de seu conteúdo. Tais artigos incluem produtos como atomizadores, perfumes, colônias e medicamentos que contenham álcool;

c) Pequenas garrafas de dióxido de carbono gasoso utilizados por passageiros para acionamento de membros mecânicos. Podem ser transportadas garrafas de reposição, de tamanho similar, para garantir o adequado suprimento durante o tempo que durar a viagem;

d) Gelo seco em quantidades que não ultrapassem 2 kg, por passageiro quando utilizados para embalar produtos perecíveis em bagagem de mão, ou quando aprovado pelo transportador, em bagagem despachada, sempre que o volume permita o escape de dióxido de carbono;

e) Fósforos de segurança ou um isqueiro para uso de uma pessoa. Os isqueiros que contenham combustível líquido (que não seja gás líquido) sem absorção, o combustível e as cargas para isqueiros não estão permitidos como bagagem despachada e nem de mão.

f) Os marcapassos cardíacos, implantados cirurgicamente, que contenham materiais radioativos ou baterias de lítio; os produtos radiofarmacêuticos implantados no corpo de uma pessoa, como resultado de um tratamento médico;

g) Modeladores de cabelo que contenham gás hidrocarburado, somente um por passageiro ou membro da tripulação, na condição de que a tampa de segurança esteja bem colocada sobre o elemento calefador (estes modeladores não poderão ser utilizados em nenhum momento durante o vôo). Estão proibidas recargas de gás para os referidos modeladores, nem em bagagem de mão e nem em bagagem despachada;

h) Com a aprovação do operador de transporte aéreo ou dos operadores de transporte aéreo, garrafas pequenas de oxigênio gasoso ou ar para uso médico;

i) Com a aprovação do operador de transporte aéreo ou dos operadores de transporte aéreo, como bagagem despachada exclusivamente e embalada de forma segura, cartuchos para prática desportiva (ONU 0012 e ONU 0014 unicamente) - Divisão 1.4S em quantidades inferiores a 5kg por volume de passageiro, uso pessoal, excluindo munições com projéteis explosivos ou incendiários. Não se deve

Page 43: IAC 153- IAC 153 ---10011001§ão... · Documento 8973, 6ªedição da OACI – Manual de Segurança para Proteção da Aviação Civil contra Atos de Interferência Ilícita, de

2005 IAC 153-1001

35

embalar em um mesmo volume as quantidades permitidas a mais de uma pessoa.

j) Com a aprovação do operador de transporte aéreo ou dos operadores de transporte aéreo e somente como bagagem despachada, as cadeiras de roda ou outra ajuda motriz, equipadas com baterias antiderramáveis (instrução de embalagem 806 e disposição especial A67), sempre que a bateria seja desconectada, seus bornes estejam isolados para evitar curtos-circuitos acidentais e a bateria esteja fixada de modo seguro à cadeira de rodas ou outra ajuda motriz.

k) Com a autorização do operador de transporte aéreo ou dos operadores de transporte aéreo e somente como bagagem despachada, as cadeiras de roda ou outra ajuda motriz, equipadas com baterias derramáveis, na condição de que a cadeira de rodas possa ser carregada, acomodada, fixada e descarregada na posição vertical e que a bateria esteja desconectada, seus bornes estejam isolados contra curto-circuitose e a bateria fixada com ao equipamento. Caso a cadeira de rodas ou ajuda motriz não possa ser carregada, acomodada, fixada e nem descarregada na posição vertical a bateria deve ser desmontada. As baterias desmontadas devem ser transportadas em embalagens resistentes e rígidas da seguinte forma:

− Embalagens estanques, inalteráveis ao eletrólito da bateria e protegidas para impedir que se tombem, acomodando-as a pallets ou aos compartimentos de carga com meios de aprisionamento adequados tais como correias, peças ou dispositivos de fixação. Jamais devem ser acondicionadas presas aos demais volumes ou às bagagens.

− As baterias deverão estar protegidas contra curtos-circuitos, acondicionadas na posição vertical no interior da embalagem e envolvidas em material absorvente compatível e em quantidade suficiente para absorver a totalidade de seu conteúdo líquido, em caso de derrame.

− As embalagens deverão ser marcadas com a indicação: BATTERY, WET, WITH

WHEELCHAIR ou BATTERY, WET, WITH MOBILITY AID, e apresentar a etiqueta CORROSIVO e indicativa de posição (este lado para cima).

− O comandante da aeronave deverá ser informado do local em que se encontra a cadeira de rodas com bateria instalada ou embalada. É recomendável que os passageiros efetuem acordos prévios com cada transportador e que as baterias derramáveis levem, quando possível, tampões com orifícios de ventilação que impeçam o derrame.

l) Com a autorização do operador de transporte aéreo ou dos operadores de transporte aéreo e somente como bagagem de mão, um barômetro de mercúrio ou termômetro de mercúrio, transportado por um representante do serviço meteorológico governamental ou organismo oficial similar. O barômetro ou termômetro deverá estar acomodado em uma embalagem resistente com forro interior selado, ou em uma bolsa de material resistente, estanque e impermeável ao mercúrio, que impeça eventuais fugas, independente da posição de acomodação. O comandante deve ser informado.

m) Com a autorização do operador de transporte aéreo, não mais que dois pequenos cilindros de dióxido de carbono ou outro gás idêntico ao da Divisão 2.2 por pessoa, colocados em um colete salva-vidas auto inflável com, no máximo, 2 (dois) cartuchos para reposição.

Page 44: IAC 153- IAC 153 ---10011001§ão... · Documento 8973, 6ªedição da OACI – Manual de Segurança para Proteção da Aviação Civil contra Atos de Interferência Ilícita, de

2005 IAC 153-1001

36

n) Com a aprovação do operador de transporte aéreo, produtos que funcionam a pilha e que ativados acidentalmente possam produzir calor extremo ou incêndio, tais como lanternas submarinas e equipamentos de solda. Estes equipamentos só poderão ser transportados como bagagem de mão, e o elemento gerador de calor ou a fonte de energia tem que ser retirado do equipamento, para evitar o funcionamento acidental durante o transporte.

o) Um pequeno termômetro médico que contenha mercúrio, para uso pessoal e quando estiver acondicionado em uma embalagem de proteção.

p) Artigos eletrônicos de uso pessoal (relógios de pulso, calculadoras, câmaras, telefones celulares, computadores portáteis, vídeo-câmaras e outros) que contenham pilhas ou baterias de lítio ou de íons de lítio, para uso pessoal. As baterias sobressalentes devem ser individualmente protegidas para evitar curto-circuito e devem ser transportados na bagagem de mão. Além disso, nenhuma das baterias sobressalentes deve ultrapassar as seguintes quantidades:

− Para as baterias de lítio ou de liga de lítio, um conteúdo máximo de 2 gramos de lítio; ou

− Paras as baterias de íons de lítio, um conteúdo máximo equivalente de lítio, totalizando 8 gramos.

Nota: As baterias de íons de lítio com um conteúdo total equivalente de lítio entre 8 e 25 gramos podem ser transportados em bagagem de mão sempre que sigam protegidas individualmente para evitar curtos-circuitos e a quantidade se limite à duas baterias sobressalentes por pessoa.

12.2 Além do operador de transporte aéreo, toda organização ou empresa (como agentes de viagens) que participe do transporte aéreo de passageiros, deve proporcionar a estes, informações sobre os tipos de artigos perigosos que estão proibidos a bordo de aeronaves. Esta informação deve ser entregue, no mínimo, em forma de avisos (folders), em lugares onde haja movimento de passageiros.

12.3 Fica a cargo do operador de transporte aéreo ser mais restritiva do que qualquer limite descrito neste capítulo, devendo a restrição ser submetida ao órgão Regulador para adoção das medidas cabíveis.

Page 45: IAC 153- IAC 153 ---10011001§ão... · Documento 8973, 6ªedição da OACI – Manual de Segurança para Proteção da Aviação Civil contra Atos de Interferência Ilícita, de

2005 IAC 153-1001

37

13. EMBALAGEM PARA O TRANSPORTE DE ARTIGOS PERIGOSOS

13.1 RESPONSABILIDADES DO EXPEDIDOR

O expedidor é responsável por todos os aspectos da embalagem de artigos perigosos, em conformidade com o Doc. 9284 AN 905 da OACI e Regulamentação de artigos perigosos da IATA

13.1.1 Ao preparar cada embalagem de artigos perigosos o expedidor deve:

a) Cumprir com o conjunto de requisitos de embalagem adequado ao tipo que será utilizado;

b) Utilizar somente as embalagens permitidas pela instrução de embalagem especificada nas colunas 9 e 10 do Doc. 9284 AN 905 da OACI e colunas G, I e K do parágrafo 4.2 (páginas azuis) da Regulamentação da IATA;

c) Restringir para todas as embalagens a quantidade total por volume aos limites especificados nas colunas 10 e 12 da Tabela 3.1 do Doc. 9284 AN-905 e colunas H, J ou L do parágrafo 4.2 (páginas azuis) da Regulamentação da IATA, ou ao limite de desenho para o volume, aquele que for mais restritivo. Além disso, para embalagens combinadas, o limite de quantidade por embalagem interna não excederá os limites especificados na instrução de embalagem aplicável;

d) Reunir e garantir todos os componentes da embalagem exatamente da maneira prevista;

e) Certificar-se de que suas responsabilidades com relação à embalagem tenham sido cumpridas completamente quando o volume for entregue ao operador de transporte aéreo para envio;

f) Certificar que os produtos perigosos não estejam acondicionados em conteineres ou ULD – Unit Load Device (dispositivo unitário de carregamento). Esta regra não se aplica para os casos de conteineres que transportem materiais radioativos ou a um ULD que contenha gelo seco como elemento refrigerador para o produto transportado, nem a um ULD preparado de acordo com a instrução de embalagem 910 da OACI e IATA; e

g) Assegurar-se de invalidar todas as etiquetas e marcas de artigos perigosos não apropriados antes de voltar a utilizar a embalagem ou sobreembalagem autorizada.

13.2 SOBREEMBALAGEM

O expedidor deve assegurar-se, quando se utiliza uma sobreembalagem contendo volumes de artigos perigosos, que os seguintes aspectos devem ser atendidos:

a) A sobreembalagem não deve conter embalagens com diferentes substâncias que possam reagir perigosamente entre si, ou embalagens que requeiram segregação, conforme Tabela de Segregação de embalagens da OACI e IATA (Anexo 4);

b) Cada embalagem contida em uma sobreembalagem deve ser embalada, etiquetada e marcada adequadamente, e em todos os aspectos, ser preparada conforme indica o Doc. 9284 AN-905 e a Regulamentação de Artigos Perigosos da IATA.

c) A sobreembalagem não poderá conter embalagens com etiquetas SOMENTE AERONAVE CARGUEIRA, exceto quando:

Page 46: IAC 153- IAC 153 ---10011001§ão... · Documento 8973, 6ªedição da OACI – Manual de Segurança para Proteção da Aviação Civil contra Atos de Interferência Ilícita, de

2005 IAC 153-1001

38

− Somente uma embalagem esteja contida na sobreembalagem;

− Duas ou mais embalagens estejam contidas na sobreembalagem e as embalagens estejam acomodadas de tal forma que se permita uma perfeita visão e acesso a elas; e

− As embalagens contenham substâncias da classe 3 (grupo de embalagem III sem risco secundário), 6, 7 ou 9.

Nota: Com a finalidade de refrigerar, uma sobreembalagem pode conter dióxido de carbono sólido (gelo seco), sempre que a mesma alcance os requisitos da instrução de embalagem 904 do Doc. 9284 AN 905 da OACI e Regulamentação de Artigos Perigosos da IATA.

13.3 GRUPOS DE EMBALAGEM

Para os fins de Embalagem, os números do Grupo de Embalagem I, II e III são atribuídos aos Artigos Perigosos das Classes 3, 4, 5, 6, 8 e 9, de acordo com o grau relativo de perigo apresentado pelo artigo ou substância, como se segue:

a) Grupo de Embalagem I indica um alto grau de risco do conteúdo.

b) Grupo de Embalagem II indica um médio grau de risco do conteúdo.

c) Grupo de Embalagem III indica um baixo grau de risco do conteúdo.

13.3.1 Algumas substâncias da classe 9 e líquidos da Divisão 5.1 tem seus Grupos de Embalagens atribuídos mais pela experiência que pela aplicação de algum critério técnico. Estes Grupos de Embalagens aparecem listados na Tabela 3-1 do Doc. 9284 AN-905 e no parágrafo 4.2 (Páginas Azuis) da Regulamentação de Artigos Perigosos da IATA. Os critérios para os Grupos de Embalagens, das Classes e Divisões, são apresentados na Parte 4, 4-(i) do Doc. 9284 AN-905 e na seção de Classificação da Regulamentação da IATA.

13.3.2 Os requisitos gerais de Grupos de Embalagem, tanto da OACI quanto da IATA não são aplicáveis para materiais radioativos, Classe 7, devendo ser consultada a seção correspondente a este tipo de produto no Doc. 9284 AN-905 da OACI e na Regulamentação de Artigos Perigosos da IATA. No Brasil estas embalagens devem estar de acordo com a legislação da Comissão Nacional de Energia Nuclear – CNEN.

13.3.3 As especificações de embalagem homologada (UN - Nações Unidas), detalhadas nas instruções de embalagens, deverão cumprir com os ensaios de comportamento requeridos para o Grupo de Embalagem correspondente ao artigo ou substância, conforme apresentado na coluna 8, Tabela 3-1 do Doc. 9284 AN-905 e a coluna F do parágrafo 4.2 (páginas azuis) da Regulamentação de artigos perigosos da IATA.

13.4 QUALIDADE DA EMBALAGEM

13.4.1 Os artigos perigosos devem ser embalados em embalagens de boa qualidade, livres de sinais que evidenciem que sua integridade tenha sido comprometida. As embalagens deverão ser construídas e fechadas para prevenir vazamentos eventuais causados por variação da temperatura, umidade, pressão ou vibrações durante o vôo. A superfície da embalagem deve estar livre de resíduos de substâncias (embalagens novas ou reutilizadas), devendo-se tomar as precauções para evitar possíveis contaminações.

13.4.2 Os fabricantes e seus distribuidores devem prover informações relacionadas ao procedimento de embalagem (incluindo as instruções de fechamento para as embalagens

Page 47: IAC 153- IAC 153 ---10011001§ão... · Documento 8973, 6ªedição da OACI – Manual de Segurança para Proteção da Aviação Civil contra Atos de Interferência Ilícita, de

2005 IAC 153-1001

39

internas e recipientes) e qualquer outra informação que garanta a segurança do vôo.

13.5 REQUISITOS DE TESTES DE EMBALAGENS

13.5.1 As embalagens novas, remanufaturadas, reutilizadas ou recondicionadas, as quais estejam listadas na Tabela 6-2 e 6-3 do Doc. 9284 AN-905 e a Tabela 5.0.C Regulamentação de artigos perigosos da IATA, devem reunir os requisitos aplicáveis às especificações da embalagem e aos testes de comportamento, conforme a Regulamentação da OACI e IATA. As embalagens devem ser fabricadas e testadas sob um programa de controle de qualidade que satisfaça a autoridade nacional apropriada, para garantir que reúnam os requisitos aplicáveis. Antes de utilizadas e entregues para transporte, devem ser inspecionadas para garantir que se encontram livres de corrosão, contaminação ou outro dano qualquer. Qualquer embalagem apresentando sinais de que sua resistência tenha sua resistência diminuída, depois de uma comparação com os tipos de desenhos aprovados, não deve voltar a ser utilizada ou deve ser recondicionada de forma a ser capaz de suportar os testes para o desenho padrão.

13.5.2 Não se deve utilizar materiais, tais como plásticos ou outros, que possam amolecer significativamente, se tornar quebradiços ou permeáveis, devido às temperaturas extremas submetidas durante o transporte, à ação química do conteúdo ou ao emprego de algum elemento refrigerante. O expedidor deve garantir que as embalagens sejam compatíveis com a substância a ser utilizada. Isto se aplica, em especial, à sua corrosividade, permeabilidade, envelhecimento prematuro e fragilidade.

13.5.3 O corpo e a tampa das embalagens serão construídos de forma que possam resistir satisfatoriamente aos efeitos da temperatura e das vibrações que possam ocorrer durante as condições normais de transporte. Os tampões, tampas de cortiça e outras tampas de fricção semelhante devem permanecer em seu lugar, bem apertados e fechar eficazmente através de meios apropriados. Estas tampas devem ser projetadas de forma a realizar o objetivo de vedar e permitir que, através de uma simples inspeção, se constate que está bem fechada.

13.6 TIPOS DE EMBALAGENS

13.6.1 O tipo de embalagem é indicado mediante um número arábico como se segue:

a) 1 - Tambor

b) 2 - Reservado (não utilizado atualmente)

c) 3 - Jerrican

d) 4 - Caixa

e) 5 - Saco

f) 6 - Embalagem Composta

Page 48: IAC 153- IAC 153 ---10011001§ão... · Documento 8973, 6ªedição da OACI – Manual de Segurança para Proteção da Aviação Civil contra Atos de Interferência Ilícita, de

2005 IAC 153-1001

40

13.6.2 O material de construção é indicado por letras maiúsculas como se segue:

a) A - Aço

b) B - Alumínio

c) C - Madeira natural

d) D - Compensado

e) F - Madeira reconstituída

f) G - Papelão

g) H - Material plástico

h) L - têxtil

i) M - Papel, multicapa

j) N - Metal - exceto aço ou alumínio

k) P - Vidro, porcelana ou louça (Não usado nesta Regulamentação)

13.7 MARCAÇÃO

O expedidor é responsável pelas marcas necessárias para cada embalagem e sobreembalagem que contenha artigos perigosos, conforme requisitos estabelecidos pelo Doc. 9284 AN 905 da OACI e Regulamentação de Artigos Perigosos da IATA. Os volumes devem ser de um tamanho que permita a fixação de todas as marcas necessárias.

13.7.1 Para cada um dos volumes e sobreembalagens que requeira ser marcado, o expedidor deve cumprir as seguintes responsabilidades específicas:

a) Comprovar que as marcas na embalagem ou sobreembalagem estejam colocadas na posição correta e cumprem com os requisitos do Doc. 9284 AN 905 da OACI e Regulamentação da IATA no que tange às especificações e qualidade;

b) Eliminar ou invalidar qualquer marca inadequada já existente no volume ou sobreembalagem;

c) Assegurar que cada embalagem única ou externa, empregada para artigos perigosos, utilize as marcações de acordo com o Doc. 9284 AN 905 da OACI e Regulamentação de Artigos Perigosos da IATA;

d) Aplicar qualquer nova marca apropriada no local correto e assegurar-se de que é de qualidade duradoura e de especificações corretas; e

e) Certificar-se de que suas responsabilidades no que tange às marcas tenham sido cumpridas completamente quando se apresentem às expedições para o transporte.

13.7.2 TIPOS DE MARCAS

As marcas para os volumes são de dois tipos. O primeiro tipo é para as embalagens homologadas e o segundo para as não homologadas e devem reunir os requisitos abaixo:

a) As marcas que identificam o desenho ou a especificação de uma embalagem,

Page 49: IAC 153- IAC 153 ---10011001§ão... · Documento 8973, 6ªedição da OACI – Manual de Segurança para Proteção da Aviação Civil contra Atos de Interferência Ilícita, de

2005 IAC 153-1001

41

independente de sua utilização para um embarque, isto é, independente de seu conteúdo, expedidor, consignatário, etc., devem reunir os requisitos de especificação de marcas para embalagens, de acordo com o Doc. 9284 AN 905 da OACI (Parte 6-2-1) e Regulamentação de Artigos Perigosos da IATA (DGR 6.0.4 a 6.0.5);

b) Para embalagens de quantidades limitadas (LTD QTY) não se requer marcas de especificação de embalagem; e

c) As marcas que identificam o uso de uma embalagem, para um embarque particular, por exemplo, indicação do conteúdo, expedidor, consignatário, etc., devem reunir os requerimentos pertinentes de marcas de emprego de embalagem especificado no Doc. 9284 AN 905 da OACI (Parte 6-2-1) e Regulamentação de Artigos Perigosos da IATA (DGR 7.1.5). A aplicação destas marcas é de responsabilidade exclusivamente responsabilidade do expedidor.

13.7.3 QUALIDADE E ESPECIFICAÇÃO DAS MARCAS

13.7.3.1 As marcas devem ser visíveis, legíveis e apostas de maneira que não fiquem ocultas ou apagadas por qualquer parte ou agregado feito à embalagem, nem tão pouco por outras marcas ou etiquetas da embalagem.

13.7.3.2 As marcas devem ser impressas ou marcadas de forma que se assegure sua permanência na embalagem. As marcas citadas no parágrafo anterior devem ser duradouras, impressas ou marcadas de outro modo, ou pregadas à superfície externa do volume ou sobreembalagem e exibidas sobre um fundo de cor que contraste com a cor da etiqueta.

13.7.3.3 O idioma a ser empregado é o inglês, além do idioma que possa ser requerido pelo país de origem.

13.7.4 MARCAS PARA SOBREEMBALAGEM

13.7.4.1 A sobreembalagem deve ser marcada com a palavra OVERPACK

(SOBREEMBALAGEM), o nome apropriado de expedição, o número ONU ou ID, a inscrição LIMITED QUANTITY (QUANTIDADE LIMITADA) quando aplicável, e outras marcas que deva levar a embalagem, conforme requerido no parágrafo Emprego de Marcas de Embalagem UN (seção Marcas e Etiquetas do Doc. 9284 AN 905 e Regulamento de Artigos Perigosos da IATA). Estas marcas devem ser claramente visíveis ou reproduzidas na superfície exterior da sobreembalagem.

13.7.4.2 As marcas de especificação das embalagens não necessitam ser reproduzidas na sobreembalagem. A marca da sobreembalagem é uma indicação de que os volumes contidos em seu interior cumprem as especificações prescritas, de acordo com o Doc. 9284 AN 905 e o e Regulamento de Artigos Perigosos da IATA.

13.7.5 USO DE MARCAS PARA EMBALAGENS (VOLUMES E EMBALAGENS DE RECUPERAÇÃO)

13.7.5.1 Cada volume que contenha artigos perigosos deve ser marcado, de forma duradoura e legível na parte externa do volume, com as seguintes informações:

a) Nome apropriado de expedição do artigo (acrescentando o nome técnico caso se aplique) e o correspondente número ONU ou ID precedido por estas letras;

b) O Nome e o Endereço do expedidor e consignatário;

Page 50: IAC 153- IAC 153 ---10011001§ão... · Documento 8973, 6ªedição da OACI – Manual de Segurança para Proteção da Aviação Civil contra Atos de Interferência Ilícita, de

2005 IAC 153-1001

42

c) Para explosivos da Classe 1, a quantidade líquida de explosivos e o peso bruto do volume;

d) Para a Divisão 6.2 o nome e o número do telefone de uma pessoa responsável pelo envio, disponível 24 (vinte e quatro) horas por dia.

e) Para gases líquidos refrigerados classe 2, instrução de embalagem 202, do Doc. 9284 AN 905 da OACI e Regulamentação de Artigos Perigosos da IATA, a posição correta do volume deve ser indicada de forma proeminente, mediante flechas ou etiquetas de orientação de volumes. A palavra KEEP UPRIGHT (manter o sentido para cima) deve ser colocada a intervalos de 120º ao redor da embalagem. O volume deve apresentar claramente a marcação da inscrição DO

NOT DROP – HANDLE WITH CARE (NÃO TOMBAR – MANUSEAR COM CUIDADO). Os volumes devem levar instruções a serem seguidas em caso de emergência, atraso na rota ou caso não seja retirado no destino.

f) Para dióxido de carbono sólido (gelo seco) o peso líquido desta substância contida dentro do volume.

13.7.5.2 Além destas exigências de marcação, se permite o uso de outras marcas estabelecidas através das regulamentações nacionais e internacionais de transporte, sempre que não gerem confusão com as estabelecidas pelo Doc. 9284 AN 905 da OACI e Regulamentação de artigos perigosos da IATA.

13.7.6 QUANTIDADES LIMITADAS.

13.7.6.1 Volumes de artigos perigosos que se enviem sob as disposições de quantidades limitadas devem apresentar a inscrição LIMITED QUANTITY (QUANTIDADE LIMITADA) ou LTD. QTY (QTD LTD).

13.7.7 MARCAS ADICIONAIS

13.7.7.1 Quando uma etiqueta de Orientação de Volumes indicativa de posição é fixada no volume ou sobreembalagem, as palavras THIS END UP e THIS SIDE UP devem aparecer na parte superior (tampa).

13.7.7.2 As marcas adicionais ou símbolos que indiquem precauções que se deva tomar no manuseio e armazenamento de um volume, por exemplo, um símbolo que representa um guarda-chuva e que indica que o volume deve ser mantido afastado da umidade, pode ser exibido se for necessário. É preferível a utilização de símbolos recomendados pela ISO – Intemational Standard Organization (Organização para a Padronização Internacional).

13.7.8 MARCAS PROIBIDAS

13.7.8.1 As setas a fim de indicar a orientação vertical correta de volume, não serão descoladas de um volume que contenha artigos perigosos em estado líquido.

13.8 ETIQUETAGEM

O expedidor é responsável pelas etiquetas necessárias para cada embalagem e sobreembalagem que contenham artigos perigosos, conforme requisitos estabelecidos pelo Doc. 9284 AN 905 da OACI e Regulamentação de Artigos Perigosos da IATA. Os volumes devem ser de um tamanho que permita a fixação de todas as etiquetas necessárias.

13.8.1 Para cada volume ou sobreembalagem que requeira ser etiquetado, o expedidor deve:

Page 51: IAC 153- IAC 153 ---10011001§ão... · Documento 8973, 6ªedição da OACI – Manual de Segurança para Proteção da Aviação Civil contra Atos de Interferência Ilícita, de

2005 IAC 153-1001

43

a) Eliminar ou invalidar toda etiqueta existente nos volumes ou sobreembalagens;

b) Utilizar somente etiquetas de boa qualidade e de especificação correta.

c) Inserir em toda etiqueta, de forma duradoura, toda informação adicional requerida;

d) Fixar as etiquetas adequadamente nas posições corretas da embalagem e de forma segura; e

e) Certificar-se que suas responsabilidades, com relação às etiquetas, tenham sido cumpridas em sua totalidade, quando se apresentar os volumes ou sobreembalagens para o transportador.

13.8.2 QUALIDADE E ESPECIFICAÇÕES DAS ETIQUETAS

13.8.2.1 Durabilidade

O material de cada etiqueta, a impressão e o adesivo utilizado, deve ser de durabilidade suficiente para resistir às condições normais de transporte e as intempéries sem que haja uma redução substancial da sua qualidade.

13.8.3 TIPOS DE ETIQUETAS

As etiquetas são de dois tipos:

a) As Etiquetas de Risco as quais são requeridas para a maioria dos artigos perigosos; e

b) As Etiquetas de Manuseio requeridas, ainda que individuais ou adicionais às etiquetas de risco para alguns artigos perigosos.

13.8.4 ESPECIFICAÇÕES DE ETIQUETA

13.8.4.1 Todas as etiquetas (risco e manuseio) utilizadas em volumes de artigos perigosos e as sobreembalagens que contenham artigos perigosos devem se adequar em forma, cor, formato, símbolo e texto, aos desenhos reproduzidos na subseção Especificações de Etiqueta do Doc. 9284 AN 905 da OACI e Regulamentação de Artigos Perigosos da IATA. As dimensões mínimas das etiquetas de risco devem ser de 100x100mm, disposta em um ângulo de 45º. As etiquetas de risco têm uma linha da mesma cor que o símbolo, com 5mm e impressa paralela à borda. Exceto as etiquetas das divisões 1.4, 1.5 e 1.6, a metade superior da etiqueta se destina ao símbolo gráfico e a metade inferior para os textos e o número de Classe ou Divisão e o grupo de compatibilidade, conforme indicado no Doc. 9284 AN 905 da OACI e Regulamentação de Artigos Perigosos da IATA.

13.8.4.2 Salvo que se especifique em contrário na Regulamentação, o texto que indica a natureza do risco poderá ser inserido na metade inferior da etiqueta ou etiquetas de risco, além do número de classe ou divisão ou do Grupo de Compatibilidade. Este texto deve se apresentar na língua inglesa, a menos que o país adote outro idioma. Em tais casos, deve-se apresentar também uma tradução ao inglês tendo ambos a mesma importância. As mesmas disposições de idiomas se aplicam às etiquetas de manuseio. Uma etiqueta pode conter informações de identificação de forma, incluindo o nome do seu fabricante, de maneira que a informação esteja impressa por fora da borda da linha sólida, em uma largura não superior a 10- pontos.

13.8.5 APLICAÇÃO DAS ETIQUETAS DE RISCO

Page 52: IAC 153- IAC 153 ---10011001§ão... · Documento 8973, 6ªedição da OACI – Manual de Segurança para Proteção da Aviação Civil contra Atos de Interferência Ilícita, de

2005 IAC 153-1001

44

13.8.5.1 As etiquetas de risco, aplicadas nas embalagens e sobreembalagens de artigos perigosos, são referenciadas na coluna 5 da Tabela 3-1 (páginas azuis), do Doc. 9284 AN 905 da OACI e coluna E do parágrafo 4.2 da Regulamentação de artigos perigosos da IATA. Para cada produto e substância relacionados se específica uma etiqueta de risco primário, e uma ou mais etiquetas de risco secundário (para aquelas que necessitarem).

13.8.5.2 As etiquetas que identificam o risco primário e secundário dos artigos perigosos devem levar o número da classe ou divisão, segundo o Doc. 9284 AN 905 da OACI e Regulamentação de Artigos Perigosos da IATA.

13.8.5.3 As substâncias da Classe 8 não necessitam apresentar uma etiqueta de risco secundário da Divisão 6.1 desde que sua toxidade derive somente do efeito destrutivo sobre os tecidos. As substâncias da Divisão 4.2 não necessitam apresentar etiqueta de risco secundário da Divisão 4.1, caso a substância seja também um sólido inflamável.

13.8.6 NÚMERO DA CLASSE DE RISCO

13.8.6.1 Para materiais da Classe 1 deve se atentar para o seguinte:

a) Volumes que requeiram etiquetas para explosivos das Divisões 1.2, 1.3, 1.4F, 1.5 e 1.6 (com poucas exceções) estão normalmente proibidas para transporte aéreo.

b) Os números ou letras da classe, divisão e grupo de compatibilidade devem ser inscritos na etiqueta.

13.8.6.2 Para os materiais da Classe 2 existem três etiquetas diferentes:

a) Uma etiqueta de cor vermelha para os gases inflamáveis Divisão 2.1;

b) Uma etiqueta de cor verde para gases não inflamáveis da Divisão 2.2; e

c) Uma etiqueta de cor branca para gases venenosos da Divisão 2.3.

13.8.6.3 Para os materiais da Classe 5:

a) O número da Divisão 5.1 e 5.2 correspondente, devem ser impressos no canto inferior da etiqueta; e

b) Os volumes que contenham peróxidos orgânicos que reúnam os critérios para a Classe 8, grupos de embalagem I e II, devem conter a etiqueta de risco secundário de corrosivo.

Nota: Muitos preparados de peróxidos orgânicos líquidos são inflamáveis, entretanto, não requerem etiquetas de risco secundário inflamável, uma vez que pela etiqueta de peróxido orgânico subentende-se que o produto é inflamável.

Page 53: IAC 153- IAC 153 ---10011001§ão... · Documento 8973, 6ªedição da OACI – Manual de Segurança para Proteção da Aviação Civil contra Atos de Interferência Ilícita, de

2005 IAC 153-1001

45

13.8.6.4 Para materiais da Classe 9, o volume deve levar a etiqueta correspondente (MISCELÂNEAS), conforme lista alfabética de artigos perigosos, de acordo com o Doc. 9284 AN 905 da OACI e a Regulamentação de Artigos Perigosos da IATA. Quando o volume contém material magnetizado, a etiqueta “MATERIAL MAGNETIZADO” deve substituir a etiqueta de risco “MISCELÂNEAS”.

13.8.7 ETIQUETAS DE MANUSEIO

13.8.7.1 A etiqueta “SOMENTE AERONAVE CARGUEIRA” deve ser utilizada em volumes que contenham produtos permitidos somente em aeronaves cargueiras. Quando o número da instrução de embalagem (colunas 9 e 11) e (colunas G e I) e a quantidade máxima permitida por volume (colunas 10 e 12) e (colunas H e J), do Doc. 9284 AN 905 da OACI e Regulamentação de Artigos Perigosos da IATA, respectivamente, são idênticas, tanto para aeronaves cargueiras como para aeronaves de passageiros, a mencionada etiqueta não deverá ser utilizada. Esta etiqueta não deve ser utilizada em volumes que tenham sido embalados de acordo com instruções para aeronaves de passageiros, ainda que estejam incluídos em uma mesma Declaração do Expedidor

que possua o texto “SOMENTE AERONAVE CARGUEIRA”, em razão de outros volumes que formem o embarque.

13.8.7.2 Deverão ser utilizadas as etiquetas de orientação do volume ou marcas de posição pré-impressas nas embalagens que reúnam as especificações ISO conforme apresenta o Doc. 9284 AN 905 da OACI e Regulamentação de Artigos Perigosos da IATA em embalagens combinadas ou sobreembalagens que contenham substâncias perigosas líquidas, excluindo volumes que contenham líquidos inflamáveis em embalagens interiores de 120 ml ou menos, substâncias infecciosas, em recipientes primários de até 50 ml ou materiais radioativos. As palavras Artigos Perigosos podem ser acrescentadas ao volume, abaixo da linha da etiqueta. As etiquetas devem estar fixadas ou impressas, no mínimo, em dois lados opostos, a fim de orientar a posição do volume, de modo que os fechamentos estejam sempre voltados para cima. Quando uma etiqueta de orientação do volume é afixada, os dizeres “THIS SIDE UP” (ESTE LADO PARA CIMA) ou “THIS WAY UP” (ESTA POSIÇÃO PARA CIMA) pode também ser mostrado na parte superior do volume ou sobreembalagem.

Nota: Outras marcas ou símbolos para indicar as precauções que convêm adotar para

Page 54: IAC 153- IAC 153 ---10011001§ão... · Documento 8973, 6ªedição da OACI – Manual de Segurança para Proteção da Aviação Civil contra Atos de Interferência Ilícita, de

2005 IAC 153-1001

46

manuseio e armazenamento, por exemplo, um símbolo que representa uma guarda-chuva poderá indicar que o volume deve ser mantido seco. É recomendável utilizar os símbolos indicados pela ISO.

13.8.8 FIXAÇÃO DAS ETIQUETAS

13.8.8.1 Todas as etiquetas devem ser impressas ou fixadas sobre as embalagens de forma que sejam visíveis e legíveis e não estejam ocultas por nenhuma parte da embalagem ou por outra etiqueta.

13.8.8.2 As etiquetas de risco devem ser fixadas ou impressas a 45º, ao redor do volume.

13.8.8.3 Cada etiqueta tem de ser fixada ou impressa sobre um fundo de cor que contraste ou que tenha os limites exteriores marcados através de uma linha contínua ou de traços.

13.8.8.4 As etiquetas não devem ser dobradas nem fixadas de forma que ocupem dois lados do volume. Se a superfície não admite etiquetas, estas podem ser colocadas mediante um dispositivo de porta-etiquetas, atado ao volume.

13.8.8.5 As etiquetas devem ser fixadas adjacentes às informações do consignatário e do expedidor. Quando se aplicar etiquetas de risco secundário, deverão estar fixadas adjacentes às de risco primário. Este procedimento é válido também nos casos de aplicação da etiqueta CARGO AIRCRAFT ONLY (SOMENTE AERONAVE CARGUEIRA).

13.8.8.6 O volume deve ser de tamanho tal que permita fixar todas as etiquetas necessárias.

13.8.8.7 Quando se requer etiquetas de orientação de volume “ESTE LADO PARA CIMA” devem ser utilizadas pelo menos duas dessas etiquetas. As etiquetas devem ser fixadas em lados opostos do volume, com as setas indicando a posição correta.

13.8.9 ETIQUETAS EM SOBREEMBALAGENS

13.8.9.1 As etiquetas requeridas em embalagens contidas dentro de uma sobreembalagem devem ser claramente visíveis ou reproduzidas sobre a parte exterior da sobreembalagem.

13.8.10 MANTER AFASTADO DO CALOR

13.8.10.1 As etiquetas KEEP AWAY FROM HEAT (MANTENHA AFASTADO DO CALOR) deve ser utilizada além da etiqueta de risco aplicável em volumes e sobreembalagem que contenham substâncias auto-reativas da Divisão 4.1 e 5.2 (Peróxidos Orgânicos – Disp. Esp. A20).

13.8.11 OUTROS TIPOS DE ETIQUETAS

13.8.11.1 Etiquetas requeridas por outras regulamentações de transporte nacional ou internacional, estão permitidas em adição às etiquetas requeridas por esta Regulamentação, sempre que não forem confundidas ou conflitem com as etiquetas prescritas por esta Regulamentação em razão da sua cor, desenho e formato.

Page 55: IAC 153- IAC 153 ---10011001§ão... · Documento 8973, 6ªedição da OACI – Manual de Segurança para Proteção da Aviação Civil contra Atos de Interferência Ilícita, de

2005 IAC 153-1001

47

14. DOCUMENTAÇÃO DA EMBALAGEM PARA O TRANSPORTE DE ARTIGOS PERIGOSOS

14.1 RESPONSABILIDADE ESPECÍFICA DO EXPEDIDOR

14.1.1 O expedidor é responsável pelo preenchimento de um formulário de declaração (Declaração do Expedidor de Artigos Perigosos) para todas as expedições que contenham artigos perigosos definidos ou classificados como tal no Doc. 9284 AN 905 da OACI e Regulamentação de artigos perigosos da IATA, a menos que a Declaração do Expedidor não seja requerida.

14.1.2 Responsabilidades do expedidor com respeito à documentação:

a) Utilizar o formulário adequado da maneira correta. (Ver Anexo 1 ou 1-1);

b) Completar o formulário de maneira exata e legível;

c) Certificar-se que o formulário está adequadamente assinado, quando se apresentar à expedição ao operador de transporte aéreo;

d) Certificar-se que o envio tenha sido preparado em conformidade com o Doc. 9284 AN 905 da OACI e Regulamentação de Artigos Perigosos da IATA;

Page 56: IAC 153- IAC 153 ---10011001§ão... · Documento 8973, 6ªedição da OACI – Manual de Segurança para Proteção da Aviação Civil contra Atos de Interferência Ilícita, de

2005 IAC 153-1001

48

15 DISPOSIÇÕES FINAIS

15.1 É da competência do Departamento de Aviação Civil a elaboração das normas que regulam os tipos de embalagem e as condições que devam ser satisfeitas para autorização do transporte de produtos, artigos e mercadorias em atendimento à segurança das aeronaves e de seus ocupantes.

15.2 Fica estabelecido que as bases das Empresas Aéreas Nacionais, tanto no exterior quanto no território nacional devem ser inspecionadas, quanto ao embarque de carga perigosa anualmente, sendo de competência do SIE inspecioná-las através da Divisão de Carga Aérea (IE-6).

15.3 Os casos não previstos deverão ser submetidos à apreciação do Exmo. Sr. Diretor-Geral do DAC.

Page 57: IAC 153- IAC 153 ---10011001§ão... · Documento 8973, 6ªedição da OACI – Manual de Segurança para Proteção da Aviação Civil contra Atos de Interferência Ilícita, de

2005 IAC 153-1001

A-1

ANEXO 1

Número do AWB

Número do Conhecimento Aéreo

Página de Páginas

995

AVISO

Aeroporto de Embarque

Aeroporto de Destino:

(veja sub-seção 8.1 da Regulamentação IATA para artigos perigosos)

N° UN Classe Instrução

ou ou de

ID Divisão emba-

(Risco Sub) lagem

Informações adicionais de manuseio

Declaro que o conteúdo deste embarqueestá descrito acima de

maneira correta e precisa pelo nome próprio para embarque, e está

classificado, embalado, marcado e etiquetado, e encontra-se em todos

os aspectos em condições apropriadas para o transporte de acordo

com as regulamentações governamentais internacionais e nacionais

aplicáveis. Eu declaro que todos os requerimentos aplicáveis ao

(veja aviso acima)

Referencia do embarcador (opcional)

Destinatário

DECLARAÇÃO DO EMBARCADOR PARA ARTIGOS PERIGOSOS

Embarcador

Duas cópias preenchidas e assinadas desta declaração

devem ser entregue ao transportador

DETALHES DE TRANSPORTE Falha em cumprir em todos os aspectos a regulamentação para

Este embarque está dentro dos Artigos perigosos será transgressão das leis em vigor e sujeita

limites prescriptos para: as penas legais.

(deletar o campo não aplicável)

AERONAVE DE PASSAGEIROS

E CARGA

SOMENTE AERONAVE CARGUEIRA

Tipo de embarque (deletar o campo não aplicável)

de embalagem Autorização

NÃO RADIATIVO RADIATIVO

NATUREZA E QUANTIDADE DE ARTIGOS PERIGOSOS

Identificação dos artigos perigosos

Quantidade e tipo

Nome para transporte

Acc lista de artigos perigosos

Grupo de

embalagem

Nome/Titulo do signatário

Assinatura

Local e data

transporte aéreo foram cumpridos.

Page 58: IAC 153- IAC 153 ---10011001§ão... · Documento 8973, 6ªedição da OACI – Manual de Segurança para Proteção da Aviação Civil contra Atos de Interferência Ilícita, de

2005 IAC 153-1001

A-1-1

ANEXO 1-1

Air Waybill No.

Air Waybill Number

Page of Pages

995

WARNING

Airport of Departure:

Airpot of Destination:

(see sub-Section 8.1 of IATA Dangerous Gods Regulation)

UN Class Packing

or or Inst

ID Division

(Sub Risk)

Additional Handling Information

I hereby declare that the contents of this consignment are fully and

accurately described above by the proper shipping name,and are

classified, packaged, marked and labelled/placarded, and are in all

respects in proper condition for transport according to applicable

International and National Governmental Regulations. I declare that

(see warning above)

Name/Title of Signatory

Signature

Place and Date

Proper Shipping Name Packing

Group

Identificação dos artigos perigosos

Quantity and type of

NON RADIOACTIVE RADIOACTIVE

NATURE AND QUANTITY OF DANGEROUS GOODS

Shipment type: (delete non-applicable)

Authorization

(delete non-applicable)

Passanger and Cargo Aircraft

Cargo Aircraft Only

This shipment is within the Dangerous Goods Regulations may be in breach of the

limitations prescribed for applicable law , subject to legal penalties .

must be handed to the operator

TRANSPORT DETAILS Failure to comply in all respects w ith the applicable

Consignee

SHIPPER´S DECLARATION FOR DANGEROUS GOODS

Shipper

Shipper´s Reference No (optional)

all of the applicable air transport requirements have been met.

Two complete and signed copies of this Declaration

Page 59: IAC 153- IAC 153 ---10011001§ão... · Documento 8973, 6ªedição da OACI – Manual de Segurança para Proteção da Aviação Civil contra Atos de Interferência Ilícita, de

2005 IAC 153-1001

A-2

ANEXO 2

ITENS PROIBIDOS COMO BAGAGEM DE MÃO, ACOMPANHADA E DESACOMPANHADA

A bagagem de mão e/ou despachada não poderá conter:

a - maletas e pastas de documentos equipadas com alarme;

b - explosivos, munições, material pirotécnico;

c - gases (inflamáveis, não inflamáveis e venenosos);

d - líquidos inflamáveis (tais como combustível para isqueiros);

e - sólidos inflamáveis (tais como fósforos e artigos de fácil ignição; substâncias capazes de combustão espontânea; substâncias que, em contato com a água, emitem gases inflamáveis);

f - materiais oxidantes (tais como pó de cal e peróxidos);

g - substâncias venenosas (tóxicas) e infecciosas;

h - materiais radioativos;

i - corrosivos (tais como mercúrio, ácidos, álcalis e baterias com líquido corrosivo); e

j - materiais magnetizados e artigos perigosos relacionados na Regulamentação de artigos perigosos da OACI, que estarão expostos nos balcões de check-in das Empresa Aéreas.

Nota: Os artigos medicinais ou de toalete não radioativos (inclusive aerosóis) podem ser levados por passageiros e tripulação. Também os aerosóis da Divisão 2.2 que não apresentam riscos secundários, para uso desportivo ou doméstico, somente como bagagem checada. A quantidade total líquida de todos esses artigos que leva cada pessoa não pode exceder 2 kg ou 2 L e a quantidade líquida de cada artigo não pode exceder 0,5 kg ou 0,5 L. O termo “medicinal ou artigos de toalete (incluindo aerosóis)” incluem artigos que contenham sprays para cabelos, perfumes, colônias e medicamentos contendo álcoois.

Page 60: IAC 153- IAC 153 ---10011001§ão... · Documento 8973, 6ªedição da OACI – Manual de Segurança para Proteção da Aviação Civil contra Atos de Interferência Ilícita, de

2005 IAC 153-1001

A-3

ANEXO 3

DEPARTAMENTO DE AVIAÇÃO CIVIL

RELATÓRIO DE INCIDENTE COM CARGA PERIGOSA

1. LOCAL: DATA:

2. DESTINATÁRIO:

3. Nº AWB: Nº TICKET:

4. Nº VÔO: REGISTRO ANV:

5. EXPEDIDOR:

6. CONSIGNATÁRIO:

7. QUANTIDADE VOLUME AWB:

8. QUANTID. VOL.CONTENDO CARGAS PERIGOSAS:

9. DECLARAÇÃO DE CARGAS PERIGOSAS (ANEXOS): SIM ( ) NÃO ( )

10. TIPO DE EMBALAGEM UTILIZADA. (SE POSSÍVEL FOTOS/DESENHOS):

11. DANOS PESSOAIS:

12. DANOS MATERIAIS:

13. RAZÕES DO INCIDENTE:

14. REGISTRO POLICIAL SIM ( ) NÃO ( )

15. AUTORIDADES LOCAIS INFORMADAS SIM ( ) NÃO ( )

16. EMISSOR TEL:

17. NOME ASSINATURA

1ª VIA DESTINATÁRIO - 2ª VIA DAC - 3ª VIA EMISSOR

Page 61: IAC 153- IAC 153 ---10011001§ão... · Documento 8973, 6ªedição da OACI – Manual de Segurança para Proteção da Aviação Civil contra Atos de Interferência Ilícita, de

2005 IAC 153-1001

A-3-1

INSTRUÇÕES DE PREENCHIMENTO

1. Local e data onde foi efetuado o incidente;

2. Pessoa jurídica a quem está sendo enviado o reporte;

3. Número do conhecimento e do ticket que acobertou a carga perigosa;

4. Número do vôo e registro da aeronave que transportou a carga perigosa;

5. Nome do expedidor registrado no conhecimento;

6. Nome do consignatário registrado no conhecimento;

7. Quantidade de volumes constantes no conhecimento;

8. Quantidade de volumes contendo cargas perigosas registradas no conhecimento;

9. Anexar cópia da declaração de cargas perigosas anexas ao conhecimento;

10. Tipo de embalagem de carga perigosa - descrever;

11. Informar se houve danos pessoais resultantes do incidente. Descrever a natureza dos ferimentos e a gravidade dos mesmos. Informar se houve feridos ou mortos;

12. Informar se houve danos materiais (instalações ou aeronaves). Descrever o alcance dos danos, se de natureza leve ou grave;

13. Descrever os motivos que concorreram para o incidente;

14. Informar se houve registro do incidente na Delegacia Policial mais próxima;

15. Informar se autoridades do aeroporto foram cientificadas sobre o incidente. Este registro justifica-se para incidente de natureza grave;

16. Nome da pessoa jurídica que reportou o incidente; e

17. Nome legível e assinatura de quem emitiu o reporte.

OBS.: Na falta de espaço para descrever um dos itens assinalados, utilizar o verso do documento para complementação dos dados.

Page 62: IAC 153- IAC 153 ---10011001§ão... · Documento 8973, 6ªedição da OACI – Manual de Segurança para Proteção da Aviação Civil contra Atos de Interferência Ilícita, de

2005 IAC 153-1001

A-4

ANEXO 4

TABELA DE SEGREGAÇÃO DE EMBALAGENS DA OACI E IATA

N 1 – ver Regulamentação de Artigos Perigosos da IATA (DGR 9.3.2.2)

N 2 – ver Regulamentação de Artigos Perigosos da IATA (DGR 9.3.2.2.4)

CLASSE

OU

DIVISÃO

1 2 3 4.2 4.3 5.1 5.2 8

1 N 1 X X X X X X X

2 N 2 - - - - - - -

3 X - - - - x - -

4.2 X - - - - X - -

4.3 X - - - - - X

5.1 X - X X - - - -

5.2 X - - - - - - -

8 X - - - X - - -