ICMS TEORIA E PRÁTICA - MBA

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ICMS TEORIA E PRTICAAutor: Jlio Csar Zanluca

Introduo Siglas Utilizadas Origem do ICMS Aspectos Constitucionais No Cumulatividade Iseno ou No Incidncia Vedao do Crdito Seletividade Alquotas Mnimas e Mximas Alquotas Internas - Piso Alquotas Consumidor Diferencial de Alquotas Incidncia sobre Importao e Servios no Alcanados pelo ISS No Incidncia - Exportao No Incidncia Petrleo, Energia Eltrica, Ouro e Radiodifuso IPI No Incluso na Base de Clculo Regulamentao Complementar Subordinao Constituio Lei Kandir Conflito Lei Complementar x Legislao Estadual do ICMS Iseno ou Benefcio Condicionada a Convnio e Edio de Lei Estadual Incidncias No Incidncias Contribuinte Fato Gerador Base de Clculo Substituio Tributria Local da Prestao ou da Operao Mercadorias ou Bens Servios de Transporte Servios de Comunicao Oneroso Servios Prestados ou Iniciados no Exterior No Cumulatividade do Imposto Vedao de Crdito Estorno de Crdito Prescrio do Crdito Liquidao das Obrigaes Saldos Credores Acumulados Formas Diferenciadas de Apurao A Guerra Fiscal So Paulo publica sua Lista Negra Contribuinte Pagando o Pato Convnios Internos CONFAZ 1

COTEPE SINIEF Cadastro de Contribuintes CNAE-Fiscal Inscrio Centralizada Cdigo Fiscal de Operaes e Prestaes CFOP Cdigo de Situao Tributria - CST Documentos Fiscais Caractersticas dos Documentos Fiscais Documento Inidneo Permisses Indicaes de Iseno, Imunidade, No Incidncia, Diferimento ou Suspenso Numerao e Indicao dos Documentos Fiscais Srie nica Nota Fiscal a Consumidor ECF Nota Fiscal de Produtor Nota Fiscal de Servio de Transporte Nota Fiscal de Servio de Transporte Ferrovirio Nota Fiscal Eletrnica Conhecimento de Transporte Rodovirio de Cargas - CTRC Conhecimento de Transporte Aquavirio de Cargas Conhecimento de Transporte Aerovirio de Cargas Conhecimento de Transporte Ferrovirio de Cargas Ordem de Coleta de Carga Retorno de Mercadoria no Entregue Conhecimento de Transporte Eletrnico CT-E - e Documento Auxiliar do Conhecimento de Transporte Eletrnico - DACTE Bilhete de Passagem Rodovirio Bilhete de Passagem Aquavirio Bilhete de Passagem Aerovirio Bilhete de Passagem Ferrovirio Nota Fiscal Emisso pela Entrada Cancelamento do Documento Fiscal Exigncia pelo Adquirente e Transportadores Autorizao de Impresso de Documentos Fiscais Obrigatoriedade de Emisso de Nota Fiscal Momento de Emisso da Nota Fiscal Sada a Depsito Fechado do Prprio Contribuinte Retorno ao Estabelecimento Depositante Sada de Depsito Fechado Sada para Depsito em Armazm Fechado Mesmo Estado Retorno ao Estabelecimento Depositante Sada de Mercadorias Depositadas em Armazm Geral Mesmo Estado Sada de Mercadorias Depositadas em Armazm Geral Outro Estado Vendas Ordem ou para Entrega Futura Industrializao por Encomenda Redespacho de Cargas Despacho de Transporte 2

Resumo de Movimento Dirio Transbordo Remessa para Formao de Lotes em Recintos Alfandegados Exportao Direta com Entrega em Pas Diverso Consignao Mercantil Partes e Peas Substitudas em Virtude de Garantia Demonstrao e Mostrurio Carta de Correo Livros Fiscais Registro de Entradas Registro de Sadas Registro de Controle da Produo e Estoque Registro de Impresso de Documentos Fiscais Registro de Utilizao de Documentos Fiscais e Termos de Ocorrncias Registro de Inventrio Registro de Apurao do ICMS Fiscalizao de Livros e Documentos Fiscais Guia de Informao e Apurao do ICMS Emisso de Livros e Documentos por Sistema Eletrnico Amplitude Autorizao Condies Contribuinte do IPI Arquivo Magntico Nota Fiscal Impossibilidade Tcnica de Emisso por Processamento de Dados Local de Emisso Vias de Documento Fiscal Formulrios Mais de um Estabelecimento no Estado Autorizao de Impresso Escriturao Fiscal Escriturao Fiscal Digital - EFD Autenticao Escriturao Mensal ou em Perodos Inferiores Registro do Controle da Produo e do Estoque Utilizao de Cdigos Fiscalizao Emisso de Registros Exerccio de Apurao Denncia Espontnea Smulas do STF e STJ Alquotas Tabela Resumo de Alquotas Interestaduais Alquota - Prestao de Transporte Areo Interestadual de Passageiro, Carga e 3

Mala Postal ICMS Base de Clculo Incluso do IPI Crdito do Ativo Permanente a Partir de 01.01.2001 Controle de Crdito do ICMS do Ativo Permanente CIAP CIAP Modelo C CIAP Modelo D Restries dos Crditos Materiais de Uso e Consumo Energia Eltrica Servios de Comunicao Restries de Crditos de Estados que Concedem Incentivos Fiscais Fornecimento de Materiais e Prestao de Servios ICMS e IPI Recuperveis - Contabilizao Crdito Presumido - Transportes Drawback SIGLAS UTILIZADAS ADIN: Ao Direta de Inconstitucionalidade CCICMS: Cadastro de Contribuintes do ICMS CF: Constituio Federal do Brasil de 1988 CIAP: Controle de Crdito de ICMS do Ativo Permanente CNPJ: Cadastro Nacional de Pessoa Jurdica COFINS: Contribuio Social para o Financiamento da Seguridade Social (Lei Complementar 70/1991) CONFAZ: Conselho Nacional de Poltica Fazendria COTEPE: Comisso Tcnica Permanente do ICMS CPMF: Contribuio Provisria sobre Movimentao Financeira (Lei 9.311/1996) CSL ou CSLL: Contribuio Social sobre o Lucro Lquido (Lei 7.689/1988) CTN: Cdigo Tributrio Nacional (Lei 5.172/1966) CTRC: Conhecimento de Transporte Rodovirio de Cargas DANFE: Documento Auxiliar da NF-e DF: Distrito Federal DOU: Dirio Oficial da Unio EC: Emenda Constitucional ICM: Imposto sobre Circulao de Mercadorias, antecessor do ICMS ICMS: Imposto sobre Circulao de Mercadorias e Prestao de Servios (Lei Complementar 87/1996) GPS: Guia da Previdncia Social IN: Instruo Normativa INSS: Instituto Nacional de Seguridade Social IPI: Imposto sobre Produtos Industrializados IR: Imposto de Renda IRF: Imposto de Renda na Fonte IRPF: Imposto de Renda Pessoa Fsica IRPJ: Imposto de Renda Pessoa Jurdica ISS: Imposto sobre Servios (Lei Complementar 116/2003) LC: Lei Complementar MDIC: Ministrio do Desenvolvimento, Indstria e Comrcio Exterior NF: Nota Fiscal NF-e: Nota Fiscal Eletrnica 4

PIS: Programa de Integrao Social (Lei Complementar 7/70) RIPI: Regulamento do Imposto sobre Produtos Industrializados (Decreto 4.544/2002) RIR/99: Regulamento do Imposto de Renda (Decreto 3.000/1999) RPS: Regulamento da Previdncia Social (Decreto 3.048/1999) RUDFTO: Registro de Utilizao de Documentos Fiscais e Termos de Ocorrncia SINIEF: Sistema Nacional Integrado de Informaes Econmico-Fiscais SRF: Secretaria da Receita Federal STF: Supremo Tribunal Federal STJ: Superior Tribunal de Justia TJLP: Taxa de Juros a Longo Prazo ORIGEM DO ICMS IVC Imposto sobre Vendas e Consignaes Da Constituio de 1934 surgiu o IVC Imposto sobre Vendas e Consignaes. O IVC possua natureza mercantil, onde cada venda era tida como um fato gerador distinto, incidindo em todas as fases de circulao, do produtor at o consumidor. Era, portanto um imposto com incidncia em cascata. Sendo assim, em cada uma das sucessivas vendas de uma mesma mercadoria, a comear do produtor at o consumidor final, o IVC era exigido, repetidamente sobre a Base de Clculo integral (preo da mercadoria). ICM Imposto sobre Circulao de Mercadorias Pela Emenda Constitucional 18, de 01 de dezembro de 1965, surge o ICM Imposto sobre Circulao de Mercadorias, substituindo o IVC. A inovao do ICM advm de que, diferentemente do IVC, no apresenta as caractersticas de cumulatividade, prprias dos impostos em em cascata. O pagamento do ICM era feito sobre o valor agregado, isto , a diferena maior entre o valor da operao tributada e o da operao anterior. Surgimento do ICMS Atravs da Constituio Federal de 1988, o atual sistema tributrio nacional entrou em vigor em 1 de maro de 1989, extinguindo os impostos especiais, de incidncia nica, de competncia federal. Os trs impostos nicos federais sobre: 1) 2) 3) combustveis e lubrificantes lquidos e gasosos; energia eltrica; e minerais do Pas,

desapareceram ao impacto da Constituio Federal de 1988. Houve a incorporao dos aludidos produtos ao campo de incidncia do ICMS, uma vez que tais bens so mercadorias suscetveis de circulao. J o art. 155, I, b, da C.F./88 (na redao da EC n 3/93), ao estabelecer o campo de incidncia do ICMS, nele incluiu as prestaes de servios de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicao. Tal fato se deu em virtude da retirada da esfera de competncia tributria da Unio, dos impostos sobre servios de transportes e de comunicao, pela Assemblia Nacional Constituinte. 5

ASPECTOS CONSTITUCIONAIS CONSTITUIO A NORMA TRIBUTRIA MXIMA De acordo com o artigo 5, inciso II, da Constituio Federal, ningum pode ser obrigado a fazer ou a deixar de fazer alguma coisa, seno em virtude da lei. Do ponto de vista tributrio, a nossa Carta Magna estabelece, no inciso 1 do artigo 150, que nenhum tributo ser exigido ou aumentado sem que a lei o estabelea. A lei, como um processo legislativo, deve ser compreendida no seu sentido amplo, ou seja, envolvendo desde a Constituio Federal, emendas constitucionais, leis complementares, leis ordinrias, leis delegadas, medidas provisrias, decretos legislativos at as resolues. A Constituio Federal a fonte primeira do Direito Tributrio, submetendo todas as demais normas jurdicas. A Constituio Federal atribui a competncia tributria, impondo limitaes ao poder de tributar. As Emendas Constitucionais so atos que se incorporam prpria Constituio Federal, em razo de introduzirem modificaes em seu texto. ICMS NA CONSTITUIO FEDERAL O ICMS (imposto sobre operaes relativas circulao de mercadorias e sobre prestaes de servios de transporte interestadual, intermunicipal e de comunicao) de competncia dos Estados e do Distrito Federal. Sua base constitucional o artigo 155, a seguir reproduzido: Artigo 155 - Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre: I -...................................................................... .. II - operaes relativas circulao de mercadorias e sobre prestaes de servios de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicao, ainda que as operaes e as prestaes se iniciem no exterior; (Redao dada pela Emenda Constitucional n 3/93 DOU de 18.03.1993.) A Constituio Federal determina, ainda, no artigo 155, 2, as diversas caractersticas do ICMS, nem sempre respeitadas pelos entes federados, mas que passamos a apresentar a seguir. NO CUMULATIVIDADE O ICMS ser no-cumulativo, compensando-se o que for devido em cada operao relativa circulao de mercadorias ou prestao de servios com o montante cobrado nas anteriores pelo mesmo ou outro Estado ou pelo Distrito Federal. Este sistema conhecido como dbito x crdito, onde abate-se do montante devido 6

pelo contribuinte o valor pago por este em etapas anteriores, em suas compras de bens ou servios j tributados pelo imposto. Para maiores detalhes, acesse o tpico No Cumulatividade do Imposto. ISENO OU NO INCIDNCIA VEDAO DE CRDITO A iseno ou no-incidncia, salvo determinao em contrrio da legislao: a) no implicar crdito para compensao com o montante devido nas operaes ou prestaes seguintes; b) acarretar a anulao do crdito relativo s operaes anteriores. Este e outros princpios constitucionais visam dar coerncia ao trato tributrio do ICMS entre diferentes Estados, nem sempre respeitados pelos entes federativos, da surgindo as famosas guerras fiscais. SELETIVIDADE O ICMS poder ser seletivo, em funo da essencialidade das mercadorias e dos servios. Esta seletividade aplicada tributando-se com alquotas diferentes mercadorias diferentes. Dependendo do Estado, bebidas, fumos, iates, energia eltrica e comunicaes so oneradas pelo ICMS com alquota superior aplicvel s demais mercadorias e servios (entre 25% a 33% para as mercadorias e servios citados, e 17% a 18% para outras mercadorias e servios). O Estado de So Paulo, por exemplo, onera o consumo de energia eltrica com alquotas variveis de acordo com o tipo de consumidor (residencial, agricultor etc. seletivamente), e tambm de acordo com a quantidade de energia eltrica consumida (12% at 200 kWh; 25% para consumo superior a 200 kWh - progressivamente). ALQUOTAS MNIMAS E MXIMAS Resoluo do Senado Federal, de iniciativa do Presidente da Repblica ou de um tero dos Senadores, aprovada pela maioria absoluta de seus membros, estabelecer as alquotas aplicveis s operaes e prestaes, interestaduais e de exportao. facultado ao Senado Federal: a) estabelecer alquotas mnimas nas operaes internas, mediante resoluo de iniciativa de um tero e aprovada pela maioria absoluta de seus membros; b) fixar alquotas mximas nas mesmas operaes para resolver conflito especfico que envolva interesse de Estados, mediante resoluo de iniciativa da maioria absoluta e aprovada por dois teros de seus membros. Para maiores detalhes sobre a fixao de alquotas, acesse o tpico Alquotas, nesta obra. ALQUOTAS INTERNAS - PISO 7

Salvo deliberao em contrrio dos Estados e do Distrito Federal nos termos do disposto no inciso XII, "g", art. 155 da CF (que trata da necessidade de Lei Complementar para regular a forma como, mediante deliberao dos Estados e do Distrito Federal, isenes, incentivos e benefcios fiscais sero concedidos e revogados) as alquotas internas do ICMS no podero ser inferiores s previstas para as operaes interestaduais. ALQUOTAS CONSUMIDOR Em relao s operaes e prestaes que destinem bens e servios a consumidor final localizado em outro Estado, adotar-se-: a) a alquota interestadual, quando o destinatrio for contribuinte do imposto; b) a alquota interna, quando o destinatrio no for contribuinte dele. DIFERENCIAL DE ALQUOTAS Na hiptese de aplicao da alquota interestadual, quando o destinatrio for contribuinte do imposto, caber ao Estado da localizao do destinatrio o imposto correspondente diferena entre a alquota interna e interestadual. Assim, quando da aquisio, por parte de contribuintes do imposto, de mercadorias para consumo prprio, dever este recolher, quando da entrada da mercadoria no Estado de destino, o ICMS pela diferena entre a alquota interna do Estado de destino e a alquota interestadual do Estado de origem, chamando-se esta diferena, neste caso, como diferencial de alquotas. Exemplo: Determinado contribuinte A do ICMS recebeu mercadorias para consumo, oriundos de outro estado da federao, no valor de R$ 1.000,00 sendo o ICMS destacado em nota fiscal de R$ 120,00. A alquota interna do ICMS no estado que se localiza o contribuinte A de 18%. Portanto, teremos os seguintes clculos relativamente ao diferencial do ICMS: 1. Valor do ICMS na operao interestadual: R$ 120,00 2. Valor do ICMS pela alquota interna no Estado de localizao do contribuinte A: R$ 1.000,00 x 18% = R$ 180,00 3. Diferencial de ICMS (2 1) = R$ 180,00 menos R$ 120,00 = R$ 60,00. INCIDNCIA SOBRE IMPORTAO E SERVIOS NO ALCANADOS PELO ISS O ICMS incidir tambm: a) sobre a entrada de bem ou mercadoria importados do exterior por pessoa fsica ou jurdica, ainda que no seja contribuinte habitual do imposto, qualquer que seja a sua finalidade, assim como sobre o servio prestado no exterior, cabendo o imposto ao Estado onde estiver situado o domiclio ou o estabelecimento do destinatrio da mercadoria, bem ou servio;

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b) sobre o valor total da operao, quando mercadorias forem fornecidas com servios no compreendidos na competncia tributria dos Municpios. Alguns conflitos surgiram sobre a aplicao dos dispositivos constitucionais, tendo o STJ expedido as seguintes smulas relativamente ao ICMS-Importao e do conflito tributrio com o ISS: Smula 155 STJ O ICMS incide na importao de aeronave, por pessoa fsica, para uso prprio. Smula 156 STJ A prestao de servio de composio grfica, personalizada e sob encomenda, ainda que envolva fornecimento de mercadorias, est sujeita, apenas, ao ISS. Smula 163 STJ O fornecimento de mercadorias com a simultnea prestao de servios em bares, restaurantes e estabelecimentos similares constitui fato gerador do ICMS a incidir sobre o valor total da operao. NO INCIDNCIA EXPORTAO O ICMS no incidir sobre operaes que destinem mercadorias para o exterior, nem sobre servios prestados a destinatrios no exterior, assegurada a manuteno e o aproveitamento do montante do imposto cobrado nas operaes e prestaes anteriores. NO INCIDNCIA PETRLEO, ENERGIA ELTRICA, OURO E RADIODIFUSO Tambm no incide ICMS sobre: 1. operaes que destinem a outros Estados petrleo, inclusive lubrificantes, combustveis lquidos e gasosos dele derivados, e energia eltrica; 2. sobre o ouro, nas hipteses definidas no art. 153, 5 da CF (quando definido em lei como ativo financeiro ou instrumento cambial); 3. nas prestaes de servio de comunicao nas modalidades de radiodifuso sonora e de sons e imagens de recepo livre e gratuita. IPI NO INCLUSO NA BASE DE CLCULO No compreender, na base de clculo do ICMS, o montante do imposto sobre produtos industrializados, quando a operao, realizada entre contribuintes e relativa a produto destinado industrializao ou comercializao, configure fato gerador dos dois impostos. REGULAMENTAO COMPLEMENTAR SUBORDINAO CONSTITUIO A Lei Complementar imposta pela CF, tendo por finalidade, dentre outras (Art. 146, CF): I dispor sobre conflitos de competncia, em matria tributria entre a Unio, os Estados, o Distrito Federal e os Municpios; 9

II regular as limitaes constitucionais ao poder de tributar; III estabelecer normas gerais em matria de legislao tributria, especialmente sobre: a) definio de tributos e de suas espcies, bem como, em relao aos impostos discriminados nesta Constituio, a dos respectivos fatos geradores, bases de clculo e contribuintes; b) obrigao, lanamento, crdito, prescrio e decadncia tributrios; c) adequado tratamento tributrio ao ato cooperativo praticado pelas sociedades cooperativas. Como o prprio nome diz, compete lei complementar a atribuio de, to-somente, complementar os dispositivos e princpios contidos no texto constitucional, sem alterlos, mas apenas explicitando-os e/ou normatizando-os. Tem aplicao em mbito nacional. Na verdade, a lei complementar uma norma de integrao entre os princpios gerais da Constituio Federal e os comandos de aplicao da legislao ordinria (infraconstitucional). Hierarquicamente, a lei complementar est acima da lei ordinria e abaixo da Constituio (Lei Maior). A prpria CF, em seu artigo 155, inciso XII, determinou a necessidade de regulamentao do ICMS, nestes termos: XII - cabe lei complementar: a) definir seus contribuintes; b) dispor sobre substituio tributria; c) disciplinar o regime de compensao do imposto; d) fixar, para efeito de sua cobrana e definio do estabelecimento responsvel, o local das operaes relativas circulao de mercadorias e das prestaes de servios; e) excluir da incidncia do imposto, nas exportaes para o exterior, servios e outros produtos alm dos mencionados no inciso X, "a"; f) prever casos de manuteno de crdito, relativamente remessa para outro Estado e exportao para o exterior, de servios e de mercadorias; g) regular a forma como, mediante deliberao dos Estados e do Distrito Federal, isenes, incentivos e benefcios fiscais sero concedidos e revogados. LEI KANDIR A atual regulamentao constitucional do ICMS est prevista na Lei Complementar 87/1996 (a chamada Lei Kandir). Esta LC foi alterada posteriormente por vrias outras Leis Complementares, como a 92/97, 99/99, 102/2000, 114/2002, 120/2005 e 122/2006. CONFLITO LEIS COMPLENTARES X REGULAMENTAO ESTADUAL DO 10

ICMS Hierarquicamente, todas as normas estaduais (sejam leis, decretos ou atos normativos), devem subordinar-se LC 87/1996 e suas alteraes posteriores. Qualquer norma que estiver em conflito com tais Leis Complementares ilegal, pois no pode uma regulamentao de um ente federado conflitar com a prpria norma federativa que lhe superior. Temos, nas regulamentaes estaduais do ICMS, vrios conflitos legais entre tais regulamentaes e as normas superiores, como, por exemplo, vedaes de crditos e atribuio de fato gerador que no esto previstas nas Leis Complementares. O contribuinte, ao se deparar com tais ilegalidades, deve procurar avaliar seus efeitos financeiros (maior custo tributrio) sobre si prprio, e adotar a medida legal que julgar pertinente, como, por exemplo, mandato de segurana visando elidir o pagamento de imposto sobre uma operao tributada pela norma estadual quando a LC no a alcana a mesma. ISENO OU BENEFCIO CONDICIONADA A CONVNIO E EDIO DE LEI ESTADUAL No af de proporcionar benesses a contribuintes, alguns Estados extrapolam os limites legais e concedem isenes ou benefcios fiscais, na rea do ICMS. Os entes federativos devem ater-se s restries fixadas pela Lei Complementar 24/75, recepcionada pela Constituio Federal de 1988 - art. 155, pargrafo 2 inciso XII, letra "g". A LC 24/75 clara ao exigir que as isenes do ICMS sero concedidas ou revogadas nos termos de convnios celebrados e ratificados pelos Estados e pelo Distrito Federal. Para detalhamentos sobre Convnios, veja o tpico respectivo. Aps a edio do Convnio, este deve ser aprovado pela Assemblia Legislativa do respectivo Estado, antes de entrar em vigor no mesmo. Ato de governador de Estado que, mediante decreto, concede benefcio tributrio passvel de nulidade. Em processo Resp 556.287, a Segunda Turma do Superior Tribunal de Justia (STJ) sentenciou contra o Estado do Rio Grande do Norte, porque este no se ateve norma legal para criar remisso de ICMS. A ministra Eliana Calmon, relatora do processo, observou que o poder de isentar da mesma categoria do poder de tributar, sofrendo ambos de limitaes cujas razes esto na Constituio, sendo a primeira delas o princpio da legalidade, proclamado de forma expressa no artigo 97 do CTN, o qual estabelece, no inciso VI, que s lei dado estabelecer a hiptese de excluso do crdito tributrio. O governador daquele Estado concedeu iseno do ICMS COSERN, mediante simples Decreto do Executivo. Para a ministra, no tem respaldo legal o argumento do Estado de que, se o convnio pode autorizar a concesso de favores fiscais pelos Estados-membros, pode o decreto do governador conferir o mesmo benefcio.

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"Ocorre que o convnio no capaz de conceder ou retirar favor de ningum, porque o ato que determina efetivamente a outorga o decreto legislativo pela qual aprovado o convnio. Alis, unnime a doutrina em dizer que os convnios so uma fase peculiar do processo legislativo, em matria de iseno do ICMS. Dentro desse enfoque, no se h de comparar decreto do governador, com convnio aprovado por decreto legislativo", concluiu a relatora. INCIDNCIAS O ICMS incide sobre: I operaes relativas circulao de mercadorias, inclusive o fornecimento de alimentao e bebidas em bares, restaurantes e estabelecimentos similares; II prestaes de servios de transporte interestadual e intermunicipal, por qualquer via, de pessoas, bens, mercadorias ou valores; III prestaes onerosas de servios de comunicao, por qualquer meio, inclusive a gerao, a emisso, a recepo, a transmisso, a retransmisso, a repetio e a ampliao de comunicao de qualquer natureza; IV fornecimento de mercadorias com prestao de servios no compreendidos na competncia tributria dos Municpios; V fornecimento de mercadorias com prestao de servios sujeitos ao imposto sobre servios, de competncia dos Municpios, quando a lei complementar aplicvel expressamente o sujeitar incidncia do imposto estadual. VI sobre a entrada de mercadoria ou bem importados do exterior, por pessoa fsica ou jurdica, ainda que no seja contribuinte habitual do imposto, qualquer que seja a sua finalidade; VII sobre o servio prestado no exterior ou cuja prestao se tenha iniciado no exterior; VIII sobre a entrada, no territrio do Estado destinatrio, de petrleo, inclusive lubrificantes e combustveis lquidos e gasosos dele derivados, e de energia eltrica, quando no destinados comercializao ou industrializao, decorrentes de operaes interestaduais, cabendo o imposto ao Estado onde estiver localizado o adquirente. NO INCIDNCIAS O imposto no incide sobre: I operaes com livros, jornais, peridicos e o papel destinado a sua impresso; II operaes e prestaes que destinem ao exterior mercadorias, inclusive produtos primrios e produtos industrializados semi-elaborados, ou servios; III operaes interestaduais relativas a energia eltrica e petrleo, inclusive lubrificantes e combustveis lquidos e gasosos dele derivados, quando destinados industrializao ou comercializao; IV operaes com ouro, quando definido em lei como ativo financeiro ou instrumento 12

cambial; V operaes relativas a mercadorias que tenham sido ou que se destinem a ser utilizadas na prestao, pelo prprio autor da sada, de servio de qualquer natureza definido em lei complementar como sujeito ao imposto sobre servios, de competncia dos Municpios, ressalvadas as hipteses previstas na mesma lei complementar; VI operaes de qualquer natureza de que decorra a transferncia de propriedade de estabelecimento industrial, comercial ou de outra espcie; VII operaes decorrentes de alienao fiduciria em garantia, inclusive a operao efetuada pelo credor em decorrncia do inadimplemento do devedor; VIII operaes de arrendamento mercantil, no compreendida a venda do bem arrendado ao arrendatrio; IX operaes de qualquer natureza de que decorra a transferncia de bens mveis salvados de sinistro para companhias seguradoras. EQUIPARAO A EXPORTAES Equipara-se s exportaes, para fins de no incidncia, a sada de mercadoria realizada com o fim especfico de exportao para o exterior, destinada a: a) empresa comercial exportadora, inclusive tradings ou outro estabelecimento da mesma empresa; b) armazm alfandegado ou entreposto aduaneiro. CONTRIBUINTE Contribuinte qualquer pessoa, fsica ou jurdica, que realize, com habitualidade ou em volume que caracterize intuito comercial, operaes de circulao de mercadoria ou prestaes de servios de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicao, ainda que as operaes e as prestaes se iniciem no exterior. tambm contribuinte a pessoa fsica ou jurdica que, mesmo sem habitualidade ou intuito comercial: I importe mercadorias ou bens do exterior, qualquer que seja a sua finalidade; II seja destinatria de servio prestado no exterior ou cuja prestao se tenha iniciado no exterior, III adquira em licitao mercadorias ou bens apreendidos ou abandonados; IV adquira lubrificantes e combustveis lquidos e gasosos derivados de petrleo e energia eltrica oriundos de outro Estado, quando no destinados comercializao ou industrializao. FATO GERADOR Considera-se ocorrido o fato gerador do ICMS no momento: I - da sada de mercadoria de estabelecimento de contribuinte, ainda que para outro 13

estabelecimento do mesmo titular; II - do fornecimento de alimentao, bebidas e outras mercadorias por qualquer estabelecimento; III - da transmisso a terceiro de mercadoria depositada em armazm geral ou em depsito fechado, no Estado do transmitente; IV - da transmisso de propriedade de mercadoria, ou de ttulo que a represente, quando a mercadoria no tiver transitado pelo estabelecimento transmitente; V - do incio da prestao de servios de transporte interestadual e intermunicipal, de qualquer natureza; VI - do ato final do transporte iniciado no exterior; VII - das prestaes onerosas de servios de comunicao, feita por qualquer meio, inclusive a gerao, a emisso, a recepo, a transmisso, a retransmisso, a repetio e a ampliao de comunicao de qualquer natureza; Nota: quando o servio for prestado mediante pagamento em ficha, carto ou assemelhados, considera-se ocorrido o fato gerador do imposto quando do fornecimento desses instrumentos ao usurio. VIII - do fornecimento de mercadoria com prestao de servios: a) no compreendidos na competncia tributria dos Municpios; b) compreendidos na competncia tributria dos Municpios e com indicao expressa de incidncia do imposto de competncia estadual, como definido na lei complementar aplicvel; IX do desembarao aduaneiro de mercadorias ou bens importados do exterior; Notas: 1. Aps o desembarao aduaneiro, a entrega, pelo depositrio, de mercadoria ou bem importados do exterior dever ser autorizada pelo rgo responsvel pelo seu desembarao, que somente se far mediante a exibio do comprovante de pagamento do imposto incidente no ato do despacho aduaneiro, salvo disposio em contrrio. 2. Na hiptese de entrega de mercadoria ou bem importados do exterior antes do desembarao aduaneiro, considera-se ocorrido o fato gerador neste momento, devendo a autoridade responsvel, salvo disposio em contrrio, exigir a comprovao do pagamento do imposto. X - do recebimento, pelo destinatrio, de servio prestado no exterior; XI da aquisio em licitao pblica de mercadorias ou bens importados do exterior e apreendidos ou abandonados; XII da entrada no territrio do Estado de lubrificantes e combustveis lquidos e gasosos derivados de petrleo e energia eltrica oriundos de outro Estado, quando no destinados comercializao ou industrializao; 14

XIII - da utilizao, por contribuinte, de servio cuja prestao se tenha iniciado em outro Estado e no esteja vinculada a operao ou prestao subseqente. BASE DE CLCULO A base de clculo do ICMS : 1 - na sada de mercadoria prevista nos itens I, III e IV anteriores, o valor da operao; 2 - na hiptese do item II anterior, o valor da operao, compreendendo mercadoria e servio; 3 - na prestao de servio de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicao, o preo do servio; 4 - no do fornecimento de mercadoria com prestao de servios; a) o valor da operao, na hiptese de servios no compreendidos na competncia tributria dos Municpios; b) o preo corrente da mercadoria fornecida ou empregada, na hiptese de servios compreendidos na competncia tributria dos Municpios e com indicao expressa de incidncia do imposto de competncia estadual, como definido na lei complementar aplicvel; 5 - na hiptese de importao de bens ou mercadorias, a soma das seguintes parcelas: a) o valor da mercadoria ou bem constante dos documentos de importao; b) imposto de importao; c) imposto sobre produtos industrializados; d) imposto sobre operaes de cmbio; e) quaisquer outros impostos, taxas, contribuies e despesas aduaneiras; Notas: 1. O preo de importao expresso em moeda estrangeira ser convertido em moeda nacional pela mesma taxa de cmbio utilizada no clculo do imposto de importao, sem qualquer acrscimo ou devoluo posterior se houver variao da taxa de cmbio at o pagamento efetivo do preo. 2. O valor fixado pela autoridade aduaneira para base de clculo do imposto de importao, nos termos da lei aplicvel, substituir o preo declarado. 6 - na hiptese de servio prestado no exterior, o valor da prestao do servio, acrescido, se for o caso, de todos os encargos relacionados com a sua utilizao; 7 - no caso da aquisio em licitao pblica de mercadorias ou bens importados do exterior e apreendidos ou abandonados, o valor da operao acrescido do valor dos impostos de importao e sobre produtos industrializados e de todas as despesas cobradas ou debitadas ao adquirente;

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8 - na hiptese da entrada no territrio do Estado de lubrificantes e combustveis lquidos e gasosos derivados de petrleo e energia eltrica oriundos de outro Estado, quando no destinados comercializao ou industrializao, o valor da operao de que decorrer a entrada; 9 - na hiptese da utilizao, por contribuinte, de servio cuja prestao se tenha iniciado em outro Estado e no esteja vinculada a operao ou prestao subseqente, o valor da prestao no Estado de origem. SEGUROS, FRETES E OUTRAS DESPESAS ACESSRIAS Integra a base de clculo do ICMS, inclusive na hiptese de importao: I - o montante do prprio imposto, constituindo o respectivo destaque mera indicao para fins de controle; II - o valor correspondente a: a) seguros, juros e demais importncias pagas, recebidas ou debitadas, bem como descontos concedidos sob condio; b) frete, caso o transporte seja efetuado pelo prprio remetente ou por sua conta e ordem e seja cobrado em separado. SUBSTITUIO TRIBUTRIA Lei estadual poder atribuir a contribuinte do imposto ou a depositrio a qualquer ttulo a responsabilidade pelo seu pagamento, hiptese em que assumir a condio de substituto tributrio. Assim temos na legislao 2 modalidades de contribuintes: 1) Contribuinte Substituto: aquele eleito para efetuar a reteno e/ou recolhimento do ICMS; 2) Contribuinte Substitudo: aquele que, nas operaes ou prestaes antecedentes ou concomitantes beneficiado pelo diferimento do imposto e nas operaes ou prestaes subseqentes sofre a reteno. A responsabilidade poder ser atribuda em relao ao imposto incidente sobre uma ou mais operaes ou prestaes, sejam antecedentes, concomitantes ou subseqentes, inclusive ao valor decorrente da diferena entre alquotas interna e interestadual nas operaes e prestaes que destinem bens e servios a consumidor final localizado em outro Estado, que seja contribuinte do imposto. A atribuio de responsabilidade dar-se- em relao a mercadorias, bens ou servios previstos em lei de cada Estado. Dependncia de Convnio e Aplicao A adoo do regime de substituio tributria em operaes interestaduais depender de acordo especfico celebrado pelos Estados interessados. O contribuinte substituto para clculo e recolhimento do ICMS da substituio tributria observar as normas da legislao da unidade da Federao de destino da mercadoria. 16

Exemplo: Empresa situada no estado do PR, remetendo mercadorias sujeitas substituio tributria para SP, dever observar s disposies da legislao paulista, no que se refere alquota, base de clculo, margem de valor agregado e demais normas aplicveis ao recolhimento do ICMS da substituio tributria. Base de Clculo A base de clculo, para fins de substituio tributria, ser: I - em relao s operaes ou prestaes antecedentes ou concomitantes, o valor da operao ou prestao praticado pelo contribuinte substitudo; II - em relao s operaes ou prestaes subseqentes, obtida pelo somatrio das parcelas seguintes: a) o valor da operao ou prestao prpria realizada pelo substituto tributrio ou pelo substitudo intermedirio; b) o montante dos valores de seguro, de frete e de outros encargos cobrados ou transferveis aos adquirentes ou tomadores de servio; c) a margem de valor agregado, inclusive lucro, relativa s operaes ou prestaes subseqentes. Tratando-se de mercadoria ou servio cujo preo final a consumidor, nico ou mximo, seja fixado por rgo pblico competente, a base de clculo do imposto, para fins de substituio tributria, o referido preo por ele estabelecido. Existindo preo final a consumidor sugerido pelo fabricante ou importador, poder a lei estabelecer como base de clculo este preo. Valor do ICMS Substituto O imposto a ser pago por substituio tributria corresponder diferena entre o valor resultante da aplicao da alquota prevista para as operaes ou prestaes internas do Estado de destino sobre a respectiva base de clculo e o valor do imposto devido pela operao ou prestao prpria do substituto. Este valor ser somado na fatura/duplicata. Portanto, trata-se de um valor a ser cobrado do adquirente, junto com o valor das mercadorias ou servios faturados. Exemplo: Valor das mercadorias: R$ 1.000,00 Valor do ICMS substituto: R$ 240,00 Valor total da fatura: R$ 1.240,00 Tributao nica Em relao s operaes subseqentes, em razo da sistemtica substitutiva do ICMS, as posteriores operaes e prestaes internas realizadas pelos contribuintes substitudos 17

no mais tero recolhimento do ICMS, encerrando-se o ciclo de tributao. Tambm no cabe restituio ou cobrana complementar do imposto quando a operao ou a prestao subseqente cobrana do ICMS se realizar com valor inferior ou superior quele estabelecido desde que a operao seja realizado dentro do prprio estado do contribuinte substitudo. Observe que, se a mercadoria for objeto de nova sada interestadual, haver necessidade de calcular novamente o ICMS substituio - desde que o Estado destinatrio das mercadorias exija tal procedimento. ESPCIES DE SUBSTITUIO TRIBUTRIA NO ICMS 1 Sobre Mercadorias 1.1 Operaes anteriores Nesta hiptese de substituio tributria, a legislao atribui a determinado contribuinte a responsabilidade pelo pagamento do ICMS em relao s operaes anteriores. Nesta espcie se encontra o diferimento do lanamento do imposto. 1.2 Operaes subsequentes A ST em relao s operaes subsequentes caracteriza-se pela atribuio a determinado contribuinte (normalmente o primeiro na cadeia de comercializao, o fabricante ou importador) pelo pagamento do valor do ICMS incidente nas subsequentes operaes com a mercadoria, at sua sada destinada a consumidor ou usurio final (art. 6, pargrafo 1, da Lei Complementar 87/1996). 1.2 Operaes concomitantes Esta espcie de Substituio Tributria caracteriza-se pela atribuio da responsabilidade pelo pagamento do imposto a outro contribuinte, e no quele que esteja realizando a operao ou prestao de servio, concomitantemente ocorrncia do fato gerador. Nesta espcie se encontra a Substituio Tributria dos servios de transportes de cargas. 2 Sobre servio de transportes O ICMS sobre o servio de transporte devido ao local do incio da prestao. Considerando este fato, as Unidades da Federao, por intermdio do Convnio ICMS n 25/90, estabeleceram que, por ocasio da prestao de servio de transporte de carga por transportador autnomo ou por empresa transportadora de outra Unidade da Federao no inscrita no cadastro de contribuintes do Estado de incio da prestao, a responsabilidade pelo pagamento do ICMS devido poder ser atribuda : a) ao alienante ou remetente da mercadoria, exceto se produtor rural ou microempresa, quando contribuinte do ICMS; b) ao destinatrio da mercadoria, exceto se produtor rural ou microempresa, quando contribuinte do ICMS, na prestao interna; c) ao depositrio da mercadoria a qualquer ttulo, na sada da mercadoria ou bem depositado por pessoa fsica ou jurdica. 18

CONTRIBUINTES Contribuinte Substituto o responsvel pela reteno e recolhimento do imposto incidente em operaes ou prestaes antecedentes, concomitantes ou subsequentes, inclusive do valor decorrente da diferena entre as alquotas interna e interestadual nas operaes e prestaes de destinem mercadorias e servios a consumidor final. Em regra geral ser o fabricante ou importador no que se refere s operaes subsequentes . Contribuinte Substitudo aquele que tem o imposto devido relativo s operaes e prestaes de servios pago pelo contribuinte substituto. RESPONSVEL O contribuinte que receber, de dentro ou de fora do Estado, mercadoria sujeita substituio tributria, sem que tenha sido feita a reteno total na operao anterior, fica solidariamente responsvel pelo recolhimento do imposto que deveria ter sido retido. Na hiptese de responsabilidade tributria em relao s operaes ou prestaes antecedentes, o imposto devido pelas referidas operaes ou prestaes ser pago pelo responsvel quando: a) b) da entrada ou recebimento da mercadoria ou servio; da sada subsequente por ele promovida, ainda que isenta ou no-tributada;

c) ocorrer qualquer sada ou evento que impossibilite a ocorrncia do fato determinante do pagamento do imposto. NOTA FISCAL A nota fiscal emitida pelo contribuinte substituto conter, alm das indicaes exigidas pela legislao, o valor que serviu de base de clculo para a reteno e o valor do imposto retido. A falta dessas informaes implica exigncia do imposto nos termos que dispuser a legislao da Unidade Federada de destino. Restituio assegurado ao contribuinte substitudo o direito restituio do valor do imposto pago por fora da substituio tributria, correspondente ao fato gerador presumido que no se realizar. Formulado o pedido de restituio e no havendo deliberao no prazo de noventa dias, o contribuinte substitudo poder se creditar, em sua escrita fiscal, do valor objeto do pedido, devidamente atualizado segundo os mesmos critrios aplicveis ao tributo. Havendo deciso contrria irrecorrvel, o contribuinte substitudo, no prazo de quinze dias da respectiva notificao, proceder ao estorno dos crditos lanados, tambm devidamente atualizados, com o pagamento dos acrscimos legais cabveis. Exemplo de Clculo: 19

Determinada empresa vende mercadorias sujeitas substituio tributria do ICMS, no valor de R$ 1.000,00, para atacadista situado em outro estado da federao. O preo de venda, fixado a varejo, para o lote das mercadorias, de R$ 2.000,00. A Lei estadual da unidade de federao de destino das mercadorias fixa a base de clculo como o preo final sugerido a consumidor pelo fabricante. A alquota interestadual de 12%. A alquota interna do estado destinatrio das mercadorias 18%. Teremos ento: 1. Base de clculo da substituio tributria: R$ 2.000,00 2. ICMS total = alquota interna x base de clculo = 18% x R$ 2.000,00 = R$ 360,00. 3. ICMS j destacado em nota fiscal pelo vendedor = R$ 1.000,00 x 12% = R$ 120,00. 4. (2 - 3) = ICMS substituto a cobrar do adquirente-atacadista = R$ 360,00 R$ 120,00 = R$ 240,00. Base: artigos 6 a 10 da LC 87/1996. Operaes Interestaduais j Tributadas Anteriormente Nas operaes interestaduais entre contribuintes do ICMS com mercadorias j alcanadas pela substituio tributria, o contribuinte que der a nova sada interestadual ter direito ao ressarcimento do imposto retido na operao anterior, devendo, para tanto, emitir uma nota fiscal exclusiva para esse fim, em nome do estabelecimento fornecedor que tenha retido originalmente o imposto. A nota fiscal emitida para fim de ressarcimento dever ser visada pelo rgo fazendrio em cuja circunscrio localiza-se o contribuinte substitudo, acompanhada de relao discriminando as operaes interestaduais. A critrio do fisco de cada unidade federada, a referida relao poder ser exigida em meio magntico. O estabelecimento fornecedor, de posse da nota fiscal, poder deduzir o valor do imposto retido, do prximo recolhimento unidade federada do contribuinte que tiver direito ao ressarcimento. Ou seja, na prxima operao, o valor a ser retido do contribuinte a ser ressarcido ser deduzido daquela parcela anteriormente retida. FORMA DE RECOLHIMENTO DO IMPOSTO O imposto retido pelo contribuinte substituto dever ser recolhido por meio da Guia Nacional de Recolhimento de Tributos Estaduais - GNRE, em agncia do banco oficial da Unidade Federada destinatria, ou na sua falta, em agncia de qualquer banco oficial signatrio do Convnio patrocinado pela Associao Brasileira dos Bancos Comerciais Estaduais - ASBACE, localizada na praa do estabelecimento remetente, em conta especial, a crdito do Governo em cujo territrio se encontra estabelecido o adquirente das mercadorias, ou, ainda, na falta deste, em agncia de banco credenciado pela Unidade Federada interessada. Dever ser utilizada GNRE especifica para cada Convnio ou Protocolo, sempre que o 20

contribuinte substituto operar com mercadorias sujeitas ao regime de substituio tributria regido por normas diversas. O contribuinte substituto para clculo e recolhimento do ICMS da substituio tributria observar as normas da legislao da unidade da Federao de destino da mercadoria. ENVIO DE INFORMAES O estabelecimento que efetuar reteno do imposto remeter Secretaria de Fazenda, Finanas ou Tributao das unidades da Federao de destino, mensalmente: a) arquivo magntico com registro fiscal das operaes interestaduais efetuadas no ms anterior, ou com seus registros totalizadores zerados, no caso de no terem sido efetuadas operaes no perodo, inclusive daquelas no alcanadas pelo regime de substituio tributria, em conformidade com a clusula oitava do Convnio ICMS 57/95, at o dia 15 (quinze) do ms subseqente ao da realizao das operaes; b) Guia Nacional de Informao e Apurao do ICMS - Substituio Tributria (GIAST), em conformidade com o pargrafo nico da clusula oitava e clusula dcima do Ajuste SINIEF 04/93. O arquivo magntico acima substitui o exigido pela clusula oitava do Convnio ICMS 57/95, desde que inclua todas as operaes citadas, mesmo que no realizadas sob o regime de substituio tributria. Bases legais: CF, art. 150, 7, LC 87/1996, Convnio ICMS 81/1993. LOCAL DA OPERAO OU DA PRESTAO imprescindvel que o local da operao ou da prestao estejam corretamente determinados, para que o imposto seja atribudo ao Estado onde tal local ocorra. Temos ento, para os efeitos da cobrana do imposto e definio do estabelecimento responsvel, a atribuio do local da seguinte forma: MERCADORIAS OU BENS Tratando-se de mercadoria ou bem o local da operao ser: o do estabelecimento onde se encontre, no momento da ocorrncia do fato gerador; onde se encontre, quando em situao irregular pela falta de documentao fiscal ou quando acompanhado de documentao inidnea, como dispuser a legislao tributria; o do estabelecimento que transfira a propriedade, ou o ttulo que a represente, de mercadoria por ele adquirida no Pas e que por ele no tenha transitado; importado do exterior, a do estabelecimento onde ocorrer a entrada fsica; importado do exterior, o do domiclio do adquirente, quando no estabelecido;

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aquele onde seja realizada a licitao, no caso de arrematao de mercadoria ou bem importados do exterior e apreendidos ou abandonados; o do Estado onde estiver localizado o adquirente, inclusive consumidor final, nas operaes interestaduais com energia eltrica e petrleo, lubrificantes e combustveis dele derivados, quando no destinados industrializao ou comercializao; o do Estado de onde o ouro tenha sido extrado, quando no considerado como ativo financeiro ou instrumento cambial; o de desembarque do produto, na hiptese de captura de peixes, crustceos e moluscos. SERVIOS DE TRANSPORTE

Tratando-se de prestao de servio de transporte, o local da prestao ser: onde tenha incio a prestao;

onde se encontre o transportador, quando em situao irregular pela falta de documentao fiscal ou quando acompanhada de documentao inidnea, como dispuser a legislao tributria; o do estabelecimento destinatrio do servio, na hiptese da utilizao, por contribuinte, de servio cuja prestao se tenha iniciado em outro Estado e no esteja vinculada a operao ou prestao subseqente. SERVIO DE COMUNICAO ONEROSO

Tratando-se de prestao onerosa de servio de comunicao, o local de prestao ser: o da prestao do servio de radiodifuso sonora e de som e imagem, assim entendido o da gerao, emisso, transmisso e retransmisso, repetio, ampliao e recepo; o do estabelecimento da concessionria ou da permissionria que fornea ficha, carto, ou assemelhados com que o servio pago; o do estabelecimento destinatrio do servio, na hiptese da utilizao, por contribuinte, de servio cuja prestao se tenha iniciado em outro Estado e no esteja vinculada a operao ou prestao subseqente; o do estabelecimento ou domiclio do tomador do servio, quando prestado por meio de satlite; onde seja cobrado o servio, nos demais casos. SERVIOS PRESTADOS OU INICIADOS NO EXTERIOR Tratando-se de servios prestados ou iniciados no exterior, o local da prestao o do estabelecimento ou do domiclio do destinatrio. NO CUMULATIVIDADE DO IMPOSTO 22

O imposto no-cumulativo, compensando-se o que for devido em cada operao relativa circulao de mercadorias ou prestao de servios de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicao com o montante cobrado nas anteriores pelo mesmo ou por outro Estado. assegurado ao sujeito passivo o direito de creditar-se do imposto anteriormente cobrado em operaes de que tenha resultado a entrada de mercadoria, real ou simblica, no estabelecimento, inclusive a destinada ao seu uso ou consumo ou ao ativo permanente, ou o recebimento de servios de transporte interestadual e intermunicipal ou de comunicao (art. 20 da Lei Complementar 87/96). Exemplo: Total do ICMS devido pelo sujeito passivo: R$ 50.000,00 Valor do imposto anteriormente cobrado, decorrentes de entradas de mercadorias R$ 10.000,00. Valor do ICMS a pagar: R$ 50.000,00 R$ 10.000,00 = R$ 40.000,00 VEDAO DE CRDITO No do direito a crdito as entradas de mercadorias ou utilizao de servios resultantes de operaes ou prestaes isentas ou no tributadas, ou que se refiram a mercadorias ou servios alheios atividade do estabelecimento. Salvo prova em contrrio, presumem-se alheios atividade do estabelecimento os veculos de transporte pessoal. vedado o crdito relativo mercadoria entrada no estabelecimento ou a prestao de servios a ele feita: I para integrao ou consumo em processo de industrializao ou produo rural, quando a sada do produto resultante no for tributada ou estiver isenta do imposto, exceto se tratar-se de sada para o exterior; II para comercializao ou prestao de servio, quando a sada ou a prestao subseqente no forem tributadas ou estiverem isentas do imposto, exceto as destinadas ao exterior. Veja tambm o tpico ICMS Restries aos Crditos. ESTORNO DE CRDITO O sujeito passivo dever efetuar o estorno do imposto de que se tiver creditado sempre que o servio tomado ou a mercadoria entrada no estabelecimento: I for objeto de sada ou prestao de servio no tributada ou isenta, sendo esta circunstncia imprevisvel na data da entrada da mercadoria ou da utilizao do servio; II for integrada ou consumida em processo de industrializao, quando a sada do produto resultante no for tributada ou estiver isenta do imposto; III vier a ser utilizada em fim alheio atividade do estabelecimento; IV vier a perecer, deteriorar-se ou extraviar-se. 23

NO APLICAO DE ESTORNO At 31.12.2005, no se estornam crditos referentes a mercadorias e servios que venham a ser objeto de operaes ou prestaes destinadas ao exterior. E, a partir de 01.01.2006, por fora da LC 120/2005, no se estornam crditos referentes a mercadorias e servios que venham a ser objeto de operaes ou prestaes destinadas ao exterior ou de operaes com o papel destinado impresso de livros, jornais e peridicos. PRESCRIO DO CRDITO O direito de utilizar o crdito extingue-se depois de decorridos cinco anos contados da data de emisso do documento (pargrafo nico do art. 23 da LC 87/96). Exemplo: A nota fiscal de aquisio das mercadorias foi emitida em 16.11.2001. Na ocasio, por um lapso da escrita fiscal do adquirente, a mesma no foi lanada no registro de entradas, e por conseguinte, no foi creditado o ICMS respectivo. Se, at 16.11.2006 (5 anos passados da emisso da nota fiscal) o adquirente no efetuar o lanamento de crdito extemporneo, o respectivo direito deixar de existir. LIQUIDAO DAS OBRIGAES As obrigaes consideram-se liquidadas por compensao at o montante dos crditos escriturados no mesmo perodo mais o saldo credor de perodos ou perodos anteriores, se for o caso. Exemplo: Contribuinte apurou dbito total de ICMS no perodo de R$ 100.000,00. Tinha um saldo credor acumulado, do perodo anterior, de R$ 10.000,00. No perodo de apurao, teve R$ 50.000,00 de crditos. A liquidao ocorrer no valor de: Dbito Total no Perodo de Apurao Saldo Credor do Perodo Anterior Crditos do Perodo de Apurao Saldo do ICMS R$ 100.000,00 R$ 10.000,00 R$ 50.000,00 R$ 40.000,00

Se o montante dos crditos superar os dos dbitos, a diferena ser transportada para o perodo seguinte. SALDOS CREDORES ACUMULADOS Saldos credores acumulados por estabelecimentos que realizem operaes e prestaes de exportaes para o exterior podem ser, na proporo que estas sadas representem do total das sadas realizadas pelo estabelecimento: I - imputados pelo sujeito passivo a qualquer estabelecimento seu no Estado; II - havendo saldo remanescente, transferidos pelo sujeito passivo a outros 24

contribuintes do mesmo Estado, mediante a emisso pela autoridade competente de documento que reconhea o crdito. Base: art. 25, 1 da LC 87/1996. VEDAO DE TRANSFERNCIAS Em decorrncia da briga entre Governo Federal e Governos Estaduais, pelo repasse das perdas de arrecadao decorrentes da desonerao das exportaes, os ltimos resolveram no autorizar novas transferncias de crditos de ICMS acumulados em decorrncia da desonerao das exportaes, a partir de 26.10.2005, mediante a publicao do malfadado Protocolo ICMS 30/2005. Lamentvel, em todos os aspectos, a atitude dos governos envolvidos. Demonstra a falta de sensibilidade na gesto pblica para o desenvolvimento e crescimento de nossa economia exportadora, que tantos empregos gera e traz tantas divisas para o pas. Os governos voltaram sensatez, e em 23.12.2005 foi publicado no DOU o Protocolo CONFAZ 40/2005, revogando a restrio. Entretanto, temos conhecimento que vrios estados esto aplicando limites s transferncias. Aos contribuintes lesados s resta a alternativa de recorrer ao judicirio, buscando resguardar seus direitos lquidos e certos, previstos no art. 25, 1 da LC 87/1996. FORMAS DIFERENCIADAS DE APURAO Em substituio ao regime de apurao genrico por perodo, a lei estadual poder estabelecer em relao ao ICMS: I - que o cotejo entre crditos e dbitos se faa por mercadoria ou servio dentro de determinado perodo; II - que o cotejo entre crditos e dbitos se faa por mercadoria ou servio em cada operao; III - que, em funo do porte ou da atividade do estabelecimento, o imposto seja pago em parcelas peridicas e calculado por estimativa, para um determinado perodo, assegurado ao sujeito passivo o direito de impugn-la e instaurar processo contraditrio. Na hiptese do item III, ao fim do perodo, ser feito o ajuste com base na escriturao regular do contribuinte, que pagar a diferena apurada, se positiva; caso contrrio, a diferena ser compensada com o pagamento referente ao perodo ou perodos imediatamente seguintes. A incluso de estabelecimento no regime de que trata o item III no dispensa o sujeito passivo do cumprimento de obrigaes acessrias. Base: art. 26 da LC 87/1996. A GUERRA FISCAL Vrios Estados, no af de atrair investimentos, produzem uma legislao de incentivo, tendo como base determinados benefcios, especialmente na rea do ICMS. Obviamente que no se deve repudiar tais esforos, mas, aguados pela politicagem e 25

pela m gesto de recursos pblicos tais aes tem resultado num efeito pernicioso chamado vulgarmente de guerra fiscal. Trata-se de uma disputa predatria, a qualquer custo, pelos investimentos privados, entre os Estados da federao. O nvel da guerra est to baixo que os Estados do Cear, Minas Gerais, Paran, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e So Paulo, representados pelos seus respectivos Secretrios da Fazenda, Finanas, Receita ou Tributao, celebraram o Protocolo ICMS 19/2004 publicado em 12.04.2004. Referido instrumento dispe sobre a vedao da apropriao de crdito do ICMS nas entradas decorrentes de operaes interestaduais, de mercadorias cujos remetentes estejam beneficiados com incentivos fiscais concedidos em desacordo com a legislao de regncia do imposto. O Protocolo estabelece que o crdito do ICMS correspondente entrada de mercadoria ou recebimento de servio em estabelecimento localizado nesses estados, remetida, a qualquer ttulo, ou prestada por contribuinte que se beneficie de incentivos concedidos nas atividades comerciais e de prestao de servios em desacordo com a Lei Complementar 24/1975, somente ser admitido at o montante em que o imposto tenha sido efetivamente cobrado pela unidade da federao de origem. Ou seja: a fiscalizao dos estados poder desqualificar os crditos do ICMS, a um contribuinte situado em seu territrio, porque houve incentivo fiscal concedido a outro contribuinte, em outro estado! Onde est a segurana jurdica em nosso pas? Que descalabro mais os entes tributantes faro sobre os contribuintes? A ttulo de esclarecimento ao destinatrio ou tomador, conforme o caso, a fiscalizao poder informar no documento fiscal que acobertar a operao ou a prestao, a vedao ao creditamento do imposto relativo operao ou prestao e/ou a parcela que este est autorizado a se creditar ou a deduzir. A falta da informao no documento da operao ou prestao, entretanto, no autoriza o destinatrio a se creditar do ICMS destacado em desacordo com os preceitos do Protocolo. um verdadeiro absurdo, tpico de legislao autoritria. Onde esto os direitos do contribuinte? Quem defender a legitimidade neste pas? At onde o terrorismo fiscal ir comprometer nosso crescimento econmico? As unidades signatrias do presente protocolo obrigam-se mutuamente, ainda, a disponibilizar informaes sobre os contribuintes envolvidos e as operaes ou prestaes interestaduais nas situaes nele definidas. O Protocolo entrou em vigor em 12 de abril de 2004 e ter vigncia por prazo indeterminado, podendo ser denunciado por qualquer das partes signatrias, desde que as outras sejam cientificadas com antecedncia mnima de 60 (sessenta) dias. Diante da gritaria geral, referido Protocolo foi tornado sem efeito pelo Despacho 02/2004 do CONFAZ. Entretanto, as bases da restrio continuam vlidas, pois sua origem a Lei Complementar 24/1975, recepcionada pela Constituio Federal de 1988 - art. 155, pargrafo 2 inciso XII, letra "g". Nesta obra, no estou questionando a validade ou no da restrio do crdito, mas da punio sofrida por aquele que, sem cincia, adquire mercadorias em outro estado, sem 26

dar-se conta de que existe empecilhos ao crdito do ICMS. Assim, um determinado contribuinte pode sofrer penas de "sonegador", por se creditar de algo que acreditava ser legtimo! dever do estado (e no do contribuinte) controlar tais abusos, fazendo a necessria publicidade para que inocentes no venham ser vtimas da guerra fiscal. Resta um apelo s autoridades dos estados signatrios: tenham mais respeito aos seus contribuintes e procurem legislar com mais justia! Se querem acabar com a guerra fiscal, acertem os ponteiros entre si, mas no joguem a culpa sob as costas dos contribuintes! So Paulo publica a sua Lista Negra O Estado de S.Paulo, visando coibir a tomada de crdito pelos contribuintes, atravs do Comunicado CAT 36/2004, por entender que a guerra fiscal o estava prejudicando, restringiu o aproveitamento de crdito do ICMS ao montante efetivamente cobrado, descontados os incentivos fiscais concedidos pelos Estados de origem. A Lista Negra paulista inclui os seguintes incentivos e benefcios de outros Estados: MINAS GERAIS Programas que instituem benefcios de carter geral ou destinados a determinados setores econmicos. Financiamentos vinculados ao ICMS - ADIN n 2561-9. PARAN Produtos de informtica; Produtos do abate de aves, gado, coelho; Insumos para a fabricao - ADIN n 2155-9 e crdito outorgado de 7% para abate de aves, gado bovino, bubalino ou suno, industrializao de pescados. Crdito em operaes interestaduais com bobinas e tiras de ao, produtos de informtica e automao; Reduo de base de clculo em operaes interestaduais com farinha de trigo - ADIN n 2548-1. RIO DE JANEIRO Indstria e Agroindstria - ADIN n 1179-1. BAHIA Cobre e derivados do cobre - ADIN n 2157-5 e Produtos de informtica eletrnica e telecomunicao - ADIN n.2156-7. DISTRITO FEDERAL Atacadistas e Distribuidores; Empreendimentos do PRO-DF - Financiamento de 70% do ICMS - ADIN n 2440-0 e 2543-0. GOIS Programas de concesso de incentivos fiscais e financeiros denominados Fomentar ou Produzir e todos os demais programas deles decorrentes - ADIN 2441-8. MATO GROSSO DO SUL 27

Setor industrial - Programa de concesso de incentivos fiscais e financeiros denominado PROAO e todos os programas dele decorrentes - ADIN n 2439-6. Em relao aos demais incentivos, o Comunicado CAT n 36/2004 no seu anexo II, exemplifica os benefcios fiscais dos Estados que no foram autorizados por convnio e que esto sujeitos glosa de crditos fiscais do ICMS: - AMAZONAS - Programa Geral de Incentivos Fiscais - Poltica Estadual de Incentivos Fiscais e Extrafiscais - Financiamento, renncias fiscais e crditos presumidos de at 100% do valor do imposto devido, concedidos por produto e regio do Estado; - BAHIA - Atacadistas: a) de leite e seus derivados (Crdito presumido de 16,667% do valor do imposto incidente nas operaes interestaduais); b) de farinhas, amidos e fculas (crdito presumido de 16,667% do valor do imposto incidente nas operaes interestaduais); c) de frutas, verduras, razes, tubrculos, hortalias e legumes frescos (crdito presumido de 16,667% do valor do imposto incidente nas operaes interestaduais); d) de aves vivas e ovos (crdito presumido de 16,667% do valor do imposto incidente nas operaes interestaduais); e) de carnes e produtos de carnes (Crdito presumido de 16,667% do valor do imposto incidente nas operaes interestaduais); f) de pescados e frutos do mar (crdito presumido de 16,667% do valor do imposto incidente nas operaes interestaduais); g) de massas alimentcias em geral (crdito presumido de 16,667% do valor do imposto incidente nas operaes interestaduais); h) de outros produtos alimentcios (crdito presumido de 16,667% do valor do imposto incidente nas operaes interestaduais); i) de mquinas, aparelhos e equipamentos eltricos de uso pessoal e domstico (crdito presumido de 16,667% do valor do imposto incidente nas operaes interestaduais); j) de aparelhos eletrnicos de uso pessoal e domstico (crdito presumido de 16,667% do valor do imposto incidente nas operaes interestaduais); k) de produtos de higiene pessoal (crdito presumido de 16,667% do valor do imposto incidente nas operaes interestaduais); l) de Cosmticos e produtos de perfumaria (crdito presumido de 16,667% do valor do imposto incidente nas operaes interestaduais at 28/05/2003); m) de produtos de higiene, limpeza e conservao domiciliar (crdito presumido de 16,667% do valor do imposto incidente nas operaes interestaduais); n) de produtos de higiene, limpeza e conservao domiciliar, com atividade de fracionamento e acondicionamento associada (crdito presumido de 16,667% do valor do imposto incidente nas operaes interestaduais); 28

o) de artigos de escritrio e papelaria; papel, papelo e seus artefatos (crdito presumido de 16,667% do valor do imposto incidente nas operaes interestaduais); p) de mveis (crdito presumido de 16,667% do valor do imposto incidente nas operaes interestaduais); q) de embalagens (crdito presumido de 16,667% do valor do imposto incidente nas operaes interestaduais); r) de equipamentos de informtica e comunicao (crdito presumido de 16,667% do valor do imposto incidente nas operaes interestaduais) s) de mercadoria em geral sem predominncia de artigos para uso na agropecuria (crdito presumido de 16,667% do valor do imposto incidente nas operaes interestaduais); - Componentes, partes e peas destinados fabricao de produtos de informtica, eletrnica e telecomunicaes importados-crdito presumido de 70,834% do valor do ICMS incidente nas sadas interestaduais; - Artigos esportivos importados - crdito presumido de 55% do valor do ICMS incidente nas sadas interestaduais. - DISTRITO FEDERAL - Atacadista ou distribuidor: a) de biscoitos do tipo gua e Sal, Cream Craker, Maisena e Maria; caf torrado e modo; creme vegetal; margarina; halvarina; polvilho; acar refinado e cristal; alho; arroz; leite tipo C; leite em p; macarro tipo comum; farinha de mandioca; feijo; leo de soja; extrato de tomate, concentrado ou simples concentrado; po francs de 50g; sal de cozinha; fub de milho; rapadura; gua sanitria; papel higinico; sabonete, exceto os glicerinados, hidratante ou adicionados de leos especiais; sabo em barra. (crdito presumido de 11% sobre o montante das operaes interestaduais); b) de animais vivos das espcies: bovinos, bufalinos, caprinos, coelhos, ovinos, rs, sunos, aves, bem como as carnes, os produtos e os subprodutos comestveis resultantes do abate desses animais, e pescado. (crdito presumido de 10% sobre o montante das operaes interestaduais) Obs.: para carnes, pescados e seus derivados, no perodo de 23/06/99 a 19/12/99, crdito presumido de 11%; c) de bebidas no sujeitas ao regime de substituio tributria. (crdito presumido de 9,5% sobre o montante das operaes interestaduais); d) ou distribuidor de mercadorias sujeitas ao regime de substituio tributria (crdito presumido de 9,5% sobre o montante das operaes interestaduais); e) de produtos farmacuticos constantes do Convnio ICMS 76/94. (crdito presumido de 10% sobre o montante das operaes interestaduais); f) de outros produtos de higiene e limpeza no enquadrados no subitem "e" acima (crdito presumido de 9,5% sobre o montante das operaes interestaduais); g) de outros produtos do gnero alimentcio, exceto carnes, pescados e seus derivados 29

(crdito presumido de 10,5% sobre o montante das operaes interestaduais); h) de mveis e mobilirio mdico cirrgico (crdito presumido de 9,5% sobre o montante das operaes interestaduais) i) de vesturio e seus acessrios (crdito presumido de 9,5% sobre o montante das operaes interestaduais); j) de artigos de papelaria (crdito presumido de 9,5% sobre o montante das operaes interestaduais); k) de produtos de perfumaria e cosmticos (crdito presumido de 9,5% sobre o montante das operaes interestaduais); l) de material de construo (crdito presumido de 11% sobre o montante das operaes interestaduais); m) de papel - cdigos NBM-SH 4802, 4804, 4807, 4809, 4810, 4811, 4817 e 4823, (crdito presumido de 10,5% sobre o montante das operaes interestaduais); n) de produtos da indstria de informtica e automao e suporte fsico e programa de computadores, quando no seja elaborado sob encomenda, exceto jogos (crdito presumido de 11% sobre o montante das operaes interestaduais); e, o) de outras mercadorias no relacionadas nos acima (crdito presumido de 9,5% sobre o montante das operaes interestaduais). - ESPRITO SANTO - Qualquer mercadoria, exceto caf, energia eltrica, lubrificantes, combustveis, mercadorias para consumidor final e aquelas sujeitas substituio tributria promovidas por estabelecimento comercial atacadista estabelecido no estado. (crdito presumido de 11% do valor da operao nas sadas interestaduais); - GOIS - Estabelecimento de comrcio atacadista que destine mercadoria para comercializao, produo ou industrializao (crdito presumido, no perodo de 21/11/94 a 31/07/2000, de 2%, e a partir de 01/08/2000 de 3%); - MATO GROSSO DO SUL - Mercadoria recebida de estabelecimento atacadista (CAE 40.100, 40.130, 40.410, 40.804, 40.902 e 41.070 (crdito presumido de 2%) Obs.: Dependente de autorizao, que pode excluir determinada mercadoria; - PERNAMBUCO : a) Comrcio atacadista de produtos importados - (crdito presumido de 47,5% a 52,5%); b) Central de distribuio - (crdito presumido de 3% a 8%); c) Produtos alimentcios, de limpeza, de higiene e bebidas (crdito presumido de 3,25% a 19,25% aplicveis sobre o valor de aquisio dos produtos por estabelecimento atacadista pernambucano); - RIO DE JANEIRO: a) Tecidos, calados, bolsas, lingerie, roupas em geral e bijuterias (crdito presumido de 10% do ICMS incidente nas vendas decorrentes do lanamento de novas colees s 30

indstrias de fiao e tecelagem e do setor de moda e confeces - de 22/09/2000 a 31/12/2002); b) Atacadistas e Centrais de Distribuio - Rio Logstica (crdito presumido de 2% sobre o valor das vendas interestaduais realizadas pelas empresas beneficirias - Crdito presumido de 2% sobre o valor das entradas interestaduais a ttulo de compra ou transferncia); c) Importadores - Rio Portos - Financiamento vinculado ao ICMS - at 9% do valor da importao (Lei n. 4.184/03) e Termo de Acordo de Regime Especial; d) Geral - Fundo de Desenvolvimento Econmico e Social - FUNDES Financiamento vinculado ao ICMS (Lei n. 2.823/97, Decreto 23.012/97) e Termo de Aprovao de Ingresso no Programa); e) Geral - Programa de Atrao de Estruturantes - RIO INVEST Financiamento vinculado ao ICMS (Decreto n. 23.012/97) e Termo de Aprovao de Ingresso no Programa; f) Petrleo e Derivados - Programa Setorial de Desenvolvimento da Indstria do Petrleo no estado do Rio de Janeiro - RIOPETRLEO Financiamento vinculado ao ICMS (Decreto n. 24.270/98) e Termo de Aprovao de Ingresso no Programa; g) Plstico e Resinas Plsticas - Programa de Desenvolvimento da Indstria de Transformao de Resinas Petroqumicas - RIOPLAST Financiamento vinculado ao ICMS (Decreto n. 24.584/98) e Termo de Aprovao de Ingresso no Programa; h) Frmacos e Qumicos - Programa Setorial de Desenvolvimento da Indstria Qumica do Estado do Rio de Janeiro - RIOFRMACOS Financiamento vinculado ao ICMS (Decreto n. 24.857/98) e Termo de Aprovao de Ingresso no Programa; i) Autopeas e Navipeas - Programa de desenvolvimento dos Setores de Autopeas e Navipeas do Estado do Rio de Janeiro - RIOPEAS Financiamento vinculado ao ICMS (Decreto n. 24.858/98) e Termo de Aprovao de Ingresso no Programa; j) Txteis - Programa de Desenvolvimento dos setores Txtil e de Confeces no Estado do Rio de Janeiro Financiamento vinculado ao ICMS (Decreto n. 24.863/98) e Termo de Aprovao de Ingresso no Programa; k) Telecomunicaes e Eletro Eletrnicos - Programa de Desenvolvimento do setor Eletro-Eletrnico e de Telecomunicaes - RIOTELECOM Financiamento vinculado ao ICMS (Decreto n. 24.862/98) e Termo de Aprovao de Ingresso no Programa; l) Geral - Programa Bsico de Fomento Atividade Industrial no Estado do Rio de Janeiro - Pr-Indstria Financiamento vinculado ao ICMS; m) Geral - Programa de Desenvolvimento Industrial das Regies Norte e Noroeste Fluminenses; n) Programa de Desenvolvimento do Setor de Empresas Emergentes no Estado do Rio de Janeiro - RIO EMPRESA EMERGENTE; o) Industrial, distribuidor ou atacadista de perfume e gua de colnia de qualquer tipo, desodorante, talco, cosmtico e produto de toucador (Anexo nico do Decreto n. 31

35.418/04) Crdito presumido de 4% sobre o valor da operao interestadual; - RIO GRANDE DO NORTE - Alimentos, bebidas alcolicas e artigos de armarinho (crdito presumido de 3% a 5% sobre as aquisies interestaduais e de 1% a 3% sobre as sadas interestaduais); - TOCANTINS - Comrcio atacadista (Crdito presumido de 11% e de 2%) Obs.: no se aplica s mercadorias sujeitas substituio tributria. O Contribuinte Pagando o Pato Portanto, observa-se que, pelo comportamento lesivo entre os Estados, quem pagar o pato ser o prprio contribuinte, j que este corre o risco de ter um crdito glosado, conhecendo ou no a situao tributria de outro estado, sendo punido pela irresponsabilidade poltica e administrativa de terceiros. Cabe a cada contribuinte, isoladamente, verificar as situaes em que prejudicado pela guerra fiscal e efetuar as aes administrativas e jurdicas cabveis para a defesa de seus direitos. CONVNIOS INTERNOS Nos termos do artigo 100, inciso IV, do CTN, os convnios que entre si celebrem a Unio, os Estados, o Distrito Federal e os Municpios, so normas complementares das leis, dos tratados e das convenes internacionais e dos decretos. Uma vez firmado um Convnio entre 2 ou mais Estados ou DF, o mesmo dever ser, ratificado (ou no) pelas respectivas Assemblias Estaduais. S aps aprovados legislativamente, os convnios passam a ter eficcia, pois o Poder Legislativo de cada Estado e do Distrito Federal que, ratificando o Convnio, o estabelecem como vlido naquele Estado ou DF. O leitor pode acompanhar a edio de Convnios, diretamente no site do Confaz Conselho Nacional de Poltica Fazendria - http://www.fazenda.gov.br/confaz. CONFAZ de responsabilidade do CONFAZ - Conselho Nacional de Poltica Fazendria promover a celebrao de convnios, para efeito de concesso ou revogao de isenes, incentivos e benefcios fiscais do imposto. O Conselho constitudo por representante de cada Estado e Distrito Federal e um representante do Governo Federal. O Conselho pode, em assunto tcnico, delegar, expressamente, competncia Comisso Tcnica Permanente do ICMS - COTEPE/ICMS para decidir, exceto sobre deliberao para concesso e revogao de isenes, incentivos e benefcios fiscais. COTEPE A Comisso Tcnica Permanente do Imposto sobre Operaes Relativas Circulao de Mercadorias e sobre Prestaes de Servios de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicao - COTEPE/ICMS, com sede no Distrito Federal, tem por finalidade realizar os trabalhos relacionados com a poltica e a administrao do ICMS, visando ao estabelecimento de medidas uniformes e harmnicas no tratamento 32

do referido imposto em todo o territrio nacional, bem como desincumbir-se de outros encargos atribudos pelo Conselho Nacional de Poltica Fazendria - CONFAZ. Compete COTEPE/ICMS: I - opinar sobre questes tributrias relacionadas com o ICMS; II - opinar sobre questes relacionadas com a aplicao das normas previstas no Sistema Nacional Integrado de Informaes Econmico-Fiscais - SINIEF; III - assessorar o Ministro de Estado da Fazenda e os Secretrios de Fazenda, Finanas ou Tributao dos Estados e do Distrito Federal em assuntos e diretrizes bsicas sobre a poltica do ICMS; IV - orientar as Secretarias de Fazenda, Finanas ou Tributao dos Estados e do Distrito Federal na aplicao de medidas previstas em Convnios, Protocolos e Ajustes SINIEF; V - promover estudos com vistas ao aperfeioamento do Sistema Tributrio Nacional como mecanismo de desenvolvimento econmico e social, nos aspectos de inter-relao da tributao federal e da estadual; VI - propor medidas visando uniformizao e simplificao de procedimentos na administrao do ICMS; VII - propor medidas de padronizao de processamento das informaes relativas ao ICMS; VIII - promover permuta de informaes de natureza econmico-fiscal entre as unidades federadas; IX - propor medidas que visem simplificao do cumprimento das obrigaes por parte dos contribuintes; X - acompanhar o desenvolvimento da poltica do ICMS junto aos Estados e Distrito Federal; XI - apreciar as proposies de Convnios, Ajustes SINIEF e outros atos a serem submetidos ao CONFAZ; XII - executar os servios de apoio tcnico ao CONFAZ; XIII - apreciar, formalmente, os Protocolos firmados entre os Estados e o Distrito Federal, pertinentes ou relacionados ao ICMS; XIV - apreciar e deliberar sobre pareceres relacionados com homologao para uso de equipamentos emissores de documentos fiscais; XV - criar e extinguir Grupos e Subgrupos de Trabalho; XVI - executar outros encargos atribudos pelo CONFAZ. SISTEMA NACIONAL INTEGRADO DE INFORMAES ECONMICO-FISCAIS SINIEF O SINIEF foi criado atravs do Convnio CONFAZ S/N de 15.12.1970 (D.O.U.: 18.02.1971). O SINIEF tem como objetivos: 1 - a obteno e permuta de informaes de natureza econmica e fiscal entre os signatrios; 33

2 - a simplificao do cumprimento das obrigaes por parte dos contribuintes. UNIFORMIZAO Para implantao do sistema SINIEF, sero adotadas as seguintes medidas: I - definio dos dados bsicos dos respectivos Cadastros de Contribuintes; II - instituio do Cdigo Nacional de Atividades Econmicas; III - instituio do cdigo de classificao das situaes tributrias, operaes e prestaes; IV - unificao dos documentos e livros fiscais; V - instituio da guia de informao e apurao do imposto; VI - instituio de relao referente s sadas de mercadorias. CADASTRO DE CONTRIBUINTES As unidades da Federao mantero cadastro de contribuintes que conter, no mnimo, os seguintes elementos bsicos: I - nmero de inscrio estadual; II - nmero de inscrio no Cadastro Nacional de Pessoas Jurdicas (CNPJ); III - firma ou razo social; IV - endereo, composto, no mnimo, de: a) Rua e nmero; b) Distrito ou subdistrito; c) Municpio; d) Unidade da Federao; V - Cdigo de Atividades Econmicas. CNAE-Fiscal CLASSIFICAO NACIONAL DE ATIVIDADES ECONMICAS FISCAL As unidades federadas adotaro os cdigos de atividades econmicas que compem a Classificao Nacional de Atividades Econmicas - Fiscal - CNAE - Fiscal, constituda pela Classificao Nacional de Atividades Econmicas - CNAE, aprovada por resoluo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica - IBGE e da Comisso Nacional de Classificao - CONCLA. Para consulta do CNAE-Fiscal, na internet, o endereo http://www.cnae.ibge.gov.br. INSCRIO CENTRALIZADA As empresas prestadoras de servio de transporte rodovirio intermunicipal, interestadual e internacional, de passageiros, podero, a critrio do Fisco estadual, manter uma nica inscrio em cada unidade da Federao, desde que: I - no campo observaes ou no verso da AIDF sejam indicados os locais, mesmo que atravs de cdigos, em que sero emitidos os Bilhetes de Passagem Rodovirio; II - o estabelecimento mantenha controle de distribuio dos documentos citados no inciso anterior para os diversos locais de emisso; 34

III - o estabelecimento inscrito centralize os registros e as informaes fiscais e mantenha disposio do Fisco estadual, os documentos relativos a todos os locais envolvidos. Base: artigo 65 do Convnio SINIEF 6/1989. CDIGO FISCAL DE OPERAES E PRESTAES CFOP E CDIGO DE SITUAO TRIBUTRIA - CST O Cdigo Fiscal de Operaes e Prestaes - CFOP e o Cdigo de Situao Tributria CST visam aglutinar em grupos homogneos nos documentos e livros fiscais, nas guias de informao e em todas as anlises de dados, as operaes e prestaes realizadas pelos contribuintes do IPI e ICMS. TABELA CFOP Veja, nesta obra, em arquivo prprio, os cdigos CFOP e respectivas aplicaes. TABELA CST O Cdigo de Situao Tributria composto de trs dgitos na forma ABB, onde o 1 dgito deve indicar a origem da mercadoria ou servio, com base na Tabela A e os 2 e 3 dgitos a tributao pelo ICMS, com base na Tabela B. Tabela A - Origem da Mercadoria 0 - Nacional 1 - Estrangeira - Importao direta 2 - Estrangeira - Adquirida no mercado interno Tabela B - Tributao pelo ICMS 00 - Tributada integralmente 10 - Tributada e com cobrana do ICMS por substituio tributria 20 - Com reduo de base de clculo 30 - Isenta ou no tributada e com cobrana do ICMS por substituio tributria 40 - Isenta 41 - No tributada 50 - Suspenso 51 - Diferimento 60 - ICMS cobrado anteriormente por substituio tributria 70 - Com reduo de base de clculo e cobrana do ICMS por substituio tributria 90 Outras 35

Bases: Ajustes SINIEF n 06/00, 03/94 e 6/2008. DOCUMENTOS FISCAIS De acordo com o Convnio CONFAZ s/n de 15.12.1970, com alteraes posteriores, os contribuintes do IPI e/ou ICMS emitiro, conforme as operaes que realizarem, os seguintes documentos fiscais: I - Nota Fiscal, modelos 1 ou 1-A; Nota: vedada a utilizao simultnea dos modelos 1 e 1-A, salvo quando adotadas sries distintas. II - Nota Fiscal de Venda a Consumidor, modelo 2; III - Cupom Fiscal emitido por equipamento Emissor de Cupom Fiscal (ECF); IV - Nota Fiscal de Produtor, modelo 4. CARACTERSTICAS DOS DOCUMENTOS FISCAIS Os documentos fiscais referidos devero ser extrados por decalque a carbono ou em papel carbonado, devendo ser preenchidos a mquina ou manuscritos a tinta ou a lpistinta, devendo ainda os seus dizeres e indicaes estar bem legveis, em todas as vias. DOCUMENTO INIDNEO considerado inidneo para todos os efeitos fiscais, fazendo prova apenas em favor do Fisco, o documento que: 1. omitir indicaes; 2. no seja o legalmente exigido para a respectiva operao; 3. no guarde as exigncias ou requisitos previstos neste Convnio; 4. contenha declaraes inexatas, esteja preenchido de forma ilegvel ou apresente emendas ou rasuras que lhe prejudiquem a clareza. PERMISSES Relativamente aos documentos fiscais permitido: 1. o acrscimo de indicaes necessrias ao controle de outros tributos federais e municipais, desde que atendidas as normas da legislao de cada tributo; 2. o acrscimo de indicaes de interesse do emitente, que no lhes prejudiquem a clareza; 3. a supresso dos campos referentes ao controle do Imposto sobre Produtos Industrializados, no caso de utilizao de documentos em operaes no sujeitas a esse tributo, exceto o campo "VALOR TOTAL DO IPI", do quadro "CLCULO DO IMPOSTO", hiptese em que nada ser anotado neste campo. 4. a alterao na disposio e no tamanho dos diversos campos, desde que no lhes prejudiquem a clareza e o objetivo. INDICAES DE ISENO, IMUNIDADE, NO INCIDNCIA, DIFERIMENTO OU SUSPENSO Quando a operao esteja beneficiada por iseno ou amparada por imunidade, no36

incidncia, diferimento ou suspenso do recolhimento do ICMS, essa circunstncia ser mencionada no documento fiscal, indicando-se o dispositivo legal respectivo. NUMERAO E UTILIZAO DOS DOCUMENTOS FISCAIS Os documentos fiscais sero numerados em todas as vias, por espcie, em ordem crescente de 1 a 999.999 e enfeixados em blocos uniformes de 20 (vinte), no mnimo, e 50 (cinqenta), no mximo, podendo, em substituio aos blocos, tambm ser confeccionados em formulrios contnuos ou jogos soltos, observados os requisitos estabelecidos pela legislao especfica para a emisso dos correspondentes documentos. Atingido o nmero 999.999, a numerao dever ser recomeada com a mesma designao de srie e subsrie. Os blocos sero usados pela ordem de numerao dos documentos. Nenhum bloco ser utilizado sem que estejam simultaneamente em uso, ou j tenham sido usados, os de numerao inferior. Cada estabelecimento, seja matriz, filial, sucursal, agncia, depsito ou qualquer outro, ter talonrio prprio. Em relao aos produtos imunes de tributao, a emisso dos documentos poder ser dispensada, mediante prvia autorizao dos fiscos estadual e federal. Os estabelecimentos que emitam documentos fiscais por processo mecanizado ou datilogrfico, em equipamento que no utilize arquivo magntico ou equivalente, podero usar formulrios, contnuos ou em jogos soltos, numerados tipograficamente. Para maiores detalhes, acesse o tpico Emisso de Documentos por Processamento de Dados. SRIE NICA Na hiptese de emisso de documentos fiscais por processamento de dados, permitido o uso de jogos soltos ou formulrios contnuos para a emisso de Nota Fiscal de Venda a Consumidor, modelo 2, sem distino por subsrie, englobando operaes para as quais sejam exigidas subsries especiais, devendo constar a designao "NICA" aps a letra indicativa da srie. NOTA FISCAL A CONSUMIDOR A Nota Fiscal de Venda a Consumidor conter as seguintes indicaes: I - a denominao "Nota Fiscal de Venda a Consumidor"; II - o nmero de ordem, srie e subsrie e o nmero da via; III - a data da emisso; IV - o nome, o endereo e os nmeros de inscrio, estadual e no CNPJ, do estabelecimento emitente;

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V - a discriminao das mercadorias, quantidade, marca, tipo, modelo, espcie, qualidade e demais elementos que permitam sua perfeita identificao; VI - os valores, unitrio e total, das mercadorias e o valor total da operao; VII - o nome, o endereo e os nmeros de inscrio, estadual e no CNPJ, do impressor da nota, a data e a quantidade da impresso, o nmero de ordem da primeira e da ltima nota impressa e respectiva srie e subsrie, e o nmero da autorizao de impresso de documentos fiscais, quando exigida. As indicaes dos itens I, II, IV e VII sero impressas. Na Nota Fiscal de Venda a Consumidor, modelo 2: a) ser adotada a srie "D"; b) poder conter subsries com algarismo arbico, em ordem crescente, a partir de 1, impresso aps a letra indicativa da srie; c) podero ser utilizadas simultaneamente duas ou mais subsries; d) devero ser utilizados documentos de subsrie distinta sempre que forem realizadas operaes com produtos estrangeiros de importao prpria ou operaes com produtos estrangeiros adquiridos no mercado interno. A Nota Fiscal de Venda a Consumidor ser extrada, no mnimo, em 2 (duas) vias, sendo a 1 via entregue ao comprador e a 2 via presa ao bloco, para exibio ao Fisco. Impossibilidade de Emisso Nos casos fortuitos ou por motivo de fora maior, tais como falta de energia eltrica, quebra ou furto do equipamento, em que o contribuinte esteja impossibilitado de emitir pelo equipamento ECF o respectivo Cupom Fiscal ou a Nota Fiscal de Venda a Consumidor, modelo 2, em substituio aos mesmos, ser permitida a emisso por qualquer outro meio, inclusive o manual, da Nota Fiscal, modelo 1 ou 1-A, ou da Nota Fiscal de Venda a Consumidor, modelo 2, devendo ser anotado no livro Registro de Utilizao de Documentos Fiscais e Termos de Ocorrncia (RUDFTO), modelo 6: I - motivo e data da ocorrncia; II - nmeros, inicial e final, dos documentos fiscais emitidos. Bases: Ajuste SINIEF n 09/97, art. 50, 3 e artigos 51 e 52 do Convnio CONFAZ s/n de 15.12.1970. EQUIPAMENTO EMISSOR DE CUPOM FISCAL - ECF Os estabelecimentos que exeram a atividade de venda ou revenda de mercadorias ou bens, ou de prestao de servios em que o adquirente ou tomador seja pessoa fsica ou jurdica no contribuinte do imposto estadual, esto obrigados ao uso de equipamento emissor de Cupom Fiscal - ECF. Desobrigao O contribuinte, pessoa fsica ou jurdica, com receita bruta anual de at R$ 120.000,00 (cento e vinte mil reais), sem estabelecimento fixo ou permanente, portando o seu estoque de mercadorias, com ou sem utilizao de veculo, que exera atividade 38

comercial na condio de barraqueiro, ambulante, feirante, mascate, tenda e similares, poder ser desobrigado do uso de ECF pelas unidades federadas. Tambm no se aplica a utilizao obrigatria do ECF: I - s operaes: a) com veculos sujeitos a licenciamento por rgo oficial; b) realizadas fora do estabelecimento; c) realizadas por concessionrias ou permissionrias de servio pblico relacionadas com fornecimento de energia, fornecimento de gs canalizado e distribuio de gua; II - s prestaes de servios de transporte de carga e valores e de comunicaes. Integrao de Equipamento A utilizao, no recinto de atendimento ao pblico, de equipamento que possibilite o registro ou o processamento de dados relativos a operaes com mercadorias ou com a prestao de servios somente ser admitida quando integrar o ECF, de acordo com autorizao concedida pela repartio fiscal a que estiver vinculado o estabelecimento. O equipamento em uso, sem a autorizao ou que no satisfaa os requisitos desta, poder ser apreendido pela Secretaria da Receita Federal ou pela Secretaria de Fazenda, Finanas ou Tributao das unidades federadas, e utilizado como prova de infrao legislao tributria. Bases: Convnio ECF 01/1998 e alteraes posteriores. CUPOM FISCAL Nas operaes em que o adquirente seja pessoa natural ou jurdica no contribuinte do imposto estadual, ser emitido o Cupom Fiscal ou, no lugar deste, a Nota Fiscal de Venda a Consumidor, modelo 2, em ambos os casos, emitidos por equipamento Emissor de Cupom Fiscal (ECF). O Cupom Fiscal emitido por ECF deve obedecer ao disposto Convnio ECF 01/1998 e alteraes posteriores. Sem prejuzo da emisso do Cupom Fiscal: I - por exigncia de legislao federal, o contribuinte emitir Nota Fiscal, modelo 1 ou 1-A; II - por solicitao do adquirente, a critrio da unidade federada, poder o contribuinte emitir a Nota Fiscal de Venda a Consumidor, modelo 2, ou a Nota Fiscal, modelo 1 ou 1-A. Nas hipteses previstas acima, o contribuinte dever: I - anotar, nas vias do documento fiscal emitido, os nmeros de ordem do Cupom Fiscal e do ECF, este atribudo pelo estabelecimento; II - indicar na coluna "Observaes", do livro Registro de Sadas, apenas o nmero e a 39

srie do documento; III - anexar o Cupom Fiscal via fixa do documento emitido. Bases: Ajuste SINIEF n 10/99 e art. 50 do Convnio CONFAZ s/n de 15.12.1970. NOTA FISCAL DE PRODUTOR Os estabelecimentos de produtores agropecurios emitiro Nota Fiscal de Produtor, modelo 4: I - sempre que promoverem a sada de mercadorias; II - na transmisso da propriedade de mercadorias; III - sempre que, no estabelecimento, entrarem bens ou mercadorias, real ou simbolicamente; IV - em outras hipteses previstas na legislao. Na Nota Fiscal de Produtor, modelo 4: a) ser obrigatria a utilizao de sries distintas no caso de uso concomitante da Nota Fiscal de Produtor e da Nota Fiscal Fatura de Produtor ou, quando houver determinao por parte do Fisco, para separar as operaes de entrada das de sada; b) sem prejuzo do disposto no item anterior, poder ser permitida a utilizao de sries distintas, quando houver interesse por parte do contribuinte; c) as sries sero designadas por algarismos arbicos, em ordem crescente, a partir de 1, vedada a utilizao de subsrie. Nmero de Vias A Nota Fiscal de Produtor ser emitida com a seguinte quantidade de vias: I - nas operaes internas ou nas sadas para o exterior em que o embarque se processe na prpria unidade federada do emitente, em 3 (trs vias), que tero a seguinte destinao: a) a 1. via acompanhar a mercadoria no seu transporte e ser entregue, pelo transportador, ao destinatrio; b) a 2. via ficar presa ao bloco, para fins de controle do Fisco da unidade federada do emitente; c) a 3. via ter a destinao prevista na unidade da Federao do emitente; II - nas operaes interestaduais ou nas sadas para o exterior em que o embarque das mercadorias se processe em outra unidade federada, em 4 (quatro) vias, que tero a seguinte destinao: a) a 1. via acompanhar a mercadoria no seu transporte e ser entregue, pelo transportador, ao destinatrio; b) a 2. via ficar presa ao bloco, para fins de controle do Fisco da unidade federada do emitente;

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c) a 3. via acompanhar a mercadoria para fins de controle do Fisco na unidade federada de destino; d) a 4. via ter a destinao prevista na unidade da Federao do emitente. Base: Ajuste SINIEF n 09/97 e art. 58 a 60 do Convnio CONFAZ s/n de 15.12.1970. NOTA FISCAL DE SERVIO DE TRANSPORTE A Nota Fiscal de Servio de Transporte, modelo 7, ser utilizada: I - pelas agncias de viagem ou por quaisquer transportadores que executarem servios de transporte intermunicipal, interestadual e internacional de turistas e de outras pessoas, em veculos prprios ou afretados; Nota: considera-se veculo prprio, alm do que se achar registrado em nome da pessoa, aquele por ela operado em regime de locao ou qualquer outra forma. II - pelos transportadores de valores, para englobar, em relao a cada tomador de servio, as prestaes realizadas, desde que dentro do perodo de apurao do imposto; III - pelos transportadores ferrovirios de cargas, para englobar, em relao a cada tomador de servio, as prestaes executadas no perodo de apurao do imposto; IV - pelos transportadores de passageiros, para englobar, no final do perodo de apurao do imposto, os documentos de excesso de bagagem emitidos durante o ms; V pelos transportadores que executarem servios de transporte intermunicipal, interestadual ou internacional de bens ou mercadorias utilizando-se de outros meios ou formas, em relao aos quais no haja previso de documento fiscal especfico. A Nota Fiscal de Servio de Transporte ser emitida antes do inicio da prestao do servio. obrigatria a emisso de uma Nota Fiscal, por veculo, para cada viagem contratada. No transporte de pessoas com caracterstica de transporte metropolitano mediante contrato, poder ser postergada a emisso da Nota Fiscal de Servio de Transporte, at o final do perodo de apurao do imposto, desde que devidamente autorizado pelo fisco estadual. Na prestao interna de servio de transporte, a Nota Fiscal de Servio de Transporte ser emitida no mnimo em 3 (trs) vias, que tero a seguinte destinao: I - a 1 v