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Edição 2014/1 Ano 5 - N. 12 IERGS - Instituto Educacional do Rio Grande do Sul BUSINESS TALENTO X FORÇA DE VONTADE O que parece mais propício: investir na força de vontade ou confiar no talento? Pág 08, 09 e 10 As mídias sociais evoluíram “Não desperdice esse potencial” Pág 11 Internet Um risco à segurança empresarial Pág 12 De olho em você “Qualificação profissional pode ser o passaporte para o mundoPág 13

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O que vale mais? Talento ou força de vontade? Confira na revista Informação Business do IERGS/UNIASSELVI

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Edição 2014/1Ano 5 - N. 12IERGS - InstitutoEducacional doRio Grande do Sul

BU

SIN

ES

S

TALENTOX

FORÇA DEVONTADE

O que parece mais propício: investir na força devontade ou confi ar no talento?

Pág 08, 09 e 10As mídias sociais

evoluíram “Não desperdice esse potencial”

Pág 11

InternetUm risco à segurança empresarial

Pág 12

De olho em você “Qualifi cação profi ssional pode ser

o passaporte para o mundo”

Pág 13

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04 | Entrevista

05 | O Perfil da Inovação

07 | Mercado educação: realidade

ou história?

08 | Talento X Força de Vontade

11 | As Mídias Sociais Evoluíram

12 | Internet:um risco à segurança empresarial

13 | De Olho em Você

14 | Notas

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índice

Editorial

04 | Entrevista

05 | O Perfil da Inovação

07 | Mercado educação: realidade

ou história?

08 | Talento X Força de Vontade

11 | As Mídias Sociais Evoluíram

12 | Internet:um risco à segurança empresarial

13 | De Olho em Você

14 | Notas

As pessoas mudam e o mercado muda com elas. É dessa forma que novos e antigos ges-tores enfrentam desafios bem específicos no dinâmico mundo dos negócios. Nos deparamos com as constantes responsabilidades e com os conceitos de liderança, planejamento e investimento, que insistem em se renovar.

O que parece mais propí-cio: investir na força de vontade ou confiar no talento? São essas questões que o IERGS levanta na nova edição da Revista Informa-ção. Há uma competição feroz no mundo e as barreiras políticas, geográficas e de logística já são totalmente transponíveis. Certa

mente, a concorrência não perde-rá tempo.

Em um panorama globa-lizado, novas ideias surgem a todo instante e devem ser acompanha-das com atenção. Mesmo com a ascensão da tecnologia, o capital humano é o grande diferencial do século. Aproveite.

Para sobreviver no uni-verso dos negócios é dever bási-co ter qualidade e competência. Afinal de contas, o mercado de trabalho também não escapa aos ventos da mudança.

Boa leitura.

EXPEDIENTERevista Informação Business

IERGS – Instituto Educacional do Rio Grande do Sul

Diretoria Geral: Saul HoegenDiretoria de Pós-Graduação:

Silvana HoegenJornalista: Jonas Amar (MTB/RS

14.065)Arte : Guilherme Vargas

Mídia: Diogo Luz PintoMarketing: Danielle Siqueira

[email protected]

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InformAção | Business InformAção |

ENtrevista

Sandro Roncato tem 38 anos e está entre os gran-des nomes de empresários do ramo artístico no Brasil. A carreira iniciada no RS o levou a São Paulo e à sua própria agência de carrei-ra, responsáveis por ban-das de renome nacional.

Como iniciou o investimento na carreira?Comecei a investir no ramo artístico em 2004, quando abri a primeira pro-dutora de shows. Os trabalhos iniciais foram com eventos corporativos, mas, em 2007, passei a atuar diretamente como gerenciador de carreira artística.

A transição para o ramo artístico foi automática ou uma estratégia de mercado?Foi automático porque o mercado pas-sou a absorver o trabalho. Comecei como músico aos 16 anos em Porto Ale-gre. Depois fui convidado por amigos a trabalhar como roadie (montagem de equipamentos), quando conheci várias pessoas ligadas ao mercado musical gaúcho. Fiz muitos eventos como dire-tor de palco no Rio Grande do Sul e, a partir de 2000, comecei a fazer a pro-dução de pequenos artistas e eventos para cidades do interior.

Quantos artistas já foram geren-ciados por você?Trabalhei diretamente com muitos ar-tistas, desde o início. Entre eles JahMai, Maria do Relento, Cidadão Quem, Nei Van Sória, Hard Working Band, Ne-nhum de Nós e Papas da Língua, com quem fi quei por dez anos. Atualmente trabalho com a banda Nego Joe, Sergi-nho Moah e Eleven All, que são artistas ligados diretamente ao escritório. Mas também represento outros artistas no RS, como Wilson Sideral, Armandinho e Joel Carlo.

Quais são as principais competên-cias para um empresário nessa in-dústria?Ter conhecimento. É preciso saber onde o estilo do artista tem mais aber-tura e conhecer o mercado. Saber so-bre outras áreas é fundamental, além do artístico, o conhecimento jurídico e administrativo é essencial.

É um tipo de área fácil de atuar?A rotina do empresário consiste no tra-balho do dia a dia, criando oportunida-des, parcerias e propostas para futuros shows e eventos. Difi cilmente alguém dessa área viaja junto com o artista, por exemplo, pois o show é o resultado fi -nal de uma negociação. Quando o show acontece, provavelmente o empresário já está com muitas outras oportunida-des em andamento.

Certamente é um mercado de altos e baixos. É preciso estar preparado para essa realidade?Falta certa visibilidade para o que consi-deramos música de verdade. Não temos um apoio tão intenso como antigamen-te e os estilos muito populares tomaram conta do mercado. Investimento é so-mente uma das ferramentas para que você consiga mostrar a sua música ao público, considerando a necessidade de desenvolver um trabalho bom, bem gravado e bem produzido. Depois disso, vem o trabalho de divulgação e parce-rias. Mesmo assim, não há garantias.

Quais as grandes difi culdades na carreira?Creio que seja no início mesmo. Quando tu encontras um produto que realmente acredita, toda a dedicação vale à pena. É preciso que cada dia faça você acordar com vontade de colocar o produto para frente.

Um momento importante dacarreira?Certamente foi ver a banda ‘Nego Joe’ com duas músicas em novelas da Rede Globo e reconhecida nacionalmente e isso com pouco tempo de carreira, mais ou menos cinco anos de estrada.

SandroRoncato

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O PERFIL DA

INOVAÇÃOJovens trabalham para incluir suas ideias no mapa das empresas com alto potencial de crescimento. Na falta de dinheiro, eles têm o essencial: capital humano

Nos anos 80, um grupo de jo-vens inovadores do Vale do Silício co-meçou a transformar suas ideias em milhões de dólares nos Estados Unidos. Desde então, outros seguidores tentam repetir a fórmula pelo mundo. Geral-mente subsidiados por universidades, polos de tecnologia vêm se espalhan-do no Brasil, a fi m de concentrar esses jovens empreendedores e fomentar a inovação tecnológica. Em Alagoas, São Paulo, Minas Gerais e também no Rio Grande do Sul se multiplicam a criação de startups, cheias de qualifi cação, téc-nica e boas ideias.

Carlos Hoffmann é um desses empresários visionários. Formado em ciências da computação, há cinco anos o fundador da Polis Tecnologia iniciou sua própria startup na incubadora da Tecnosinos, na cidade de São Leopoldo, no Vale do Rio dos Sinos.

- Nosso objetivo sempre foi o de ser uma fornecedora de soluções com-pletas em softwares, mas precisávamos de outras experiências com serviços de interação, gestão e administração. A incubação é importante por isso, por causa da relação com outras empresas inovadoras e que estão baseadas nos

mesmos conceitos fi losófi cos - garante Hoffmann.

O mesmo parque já reuniu de-zenas de novas empresas em mais de dez anos de criação, oferecendo infraes-trutura e conhecimento para otimizar os investimentos iniciais das startups. Nesses ambientes, as empresas inician-tes pagam menos por aluguel, telefone, Internet e ainda desfrutam de espaços comuns, como laboratórios, sala de reu-niões e refeitórios, além de palestras e workshops.

A participação do governo para estimular iniciativas inovadoras como essas é de extrema importância. Foi a partir de um edital da Agência Brasi-leira de Inovação (Finep), que nasceu a GetWay Tecnologia. A startup gaúcha atua com big data (armazenamento e interpretação de grandes volumes de informação) e hoje é uma das grandes

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A perspectiva é positiva e balanços mostram que arriscar na educação tem perigo reduzido

DÊ O START

1 Se você tem um projeto procure ajuda. O caminho mais usual é o

das incubadoras.

2 Existem várias outras entidades de apoio, como Anjos do Brasil, Ashoka, Amprotech, Artemisa,

Brasil Junior, Endeavor e Sebrae.

3 Caso já tenha um produto e quer melhorar o negócio, o caminho é contatar uma aceleradora. Nesse

caso, empresas privadas são maio-ria: WOW e Microsoft,

por exemplo.

4 Financiamento público pode ser o grande investimento que sua

ideia precisa. O governo oferece incentivo através do programa

Startup Brasil.

referências do mercado. Entre suas con-quistas, está o prêmio de empresa mais inovadora da América Latina, em con-curso promovido pela IBM.

Fundador da GetWay, Guilher-me Masseroni diz que a empresa ga-nhou nova dimensão com o aporte de investidores de peso. Para o técnico, isso trouxe a credibilidade necessária para conquistar novos clientes.

- Via de regra, os empresários querem apostar em negócios que te-nham real potencial de faturamento, e uma startup é uma hipótese de negócio - conta Masseroni.

A Associação Brasileira de Star-tups já estima em dez mil o número de empresas ativas no país atualmente. Vocação para inovar o Rio Grande do Sul tem, mas outros estados a busca por parceiros de fora parece ser mais espon-tânea. O diagnóstico é de Diego Remus, sócio da Startupi, empresa que atua na promoção da interação entre projetos inovadores e investidores potenciais.

- Às vezes, mesmo uma boa ideia pode não emplacar. Se o mercado não conseguir assimilar a proposta, o

negócio falha. Já vi projetos bons não funcionaram em Porto Alegre e darem certo em outros lugares - explica Remus.

Uma boa ideia precisa de qua-lifi cação técnica, mas também de apor-te fi nanceiro. As incubadoras atuam agindo como aceleradoras no processo de amadurecimento das jovens empre-sas. Assim, cria-se o ambiente favorável para dar continuidade aos negócios, em uma mistura equilibrada de capital hu-mano e dinheiro.

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Mercado educação:realidade ou história?

A perspectiva é positiva e balanços mostram que arriscar na educação tem perigo reduzido

A consolidação do mercado de educação certamente é uma realidade no Brasil e sequer completou dez anos. Passamos do estágio inicial de abertura de empresas e, em cinco anos, já vemos o mercado crescer com grandes redes se formando.

Segundo analistas, a atual etapa é chamada de “foco”, caracterizada pelas grandes fusões. Somente no começo de 2010, a multinacional Kroton passou a controlar no País as redes de universi-dade Unopar e Uniasselvi. Aquisições também aconteceram no grupo Abril e em outras instituições ligadas ao ensino fundamental e médio, além do ensino de línguas.

Essas meganegociações inaugu-ram um setor fortemente consolidado. Na bolsa de valores, a educação tende a ser uma opção bastante viável a investi-dores. Especialistas dizem que as ações dessas companhias ainda não estão pre-cifi cadas, o que faz com que os resulta-dos comecem a elevar a expectativa do mercado em relação ao setor.Tudo isso mostra que o setor de edu-cação no Brasil tem, pelo menos, mais cinco anos de puro crescimento. E a fa-tia que mais se benefi cia é a do Ensino Superior.

- As companhias de ensino co-meçaram a ganhar força nos últimos anos, após o início de programas como

o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), Educa Mais Brasil e ProUni – de-fende o analista Mário Bernardes, Ban-co do Brasil Investimentos.

Aos 27 anos, Ricardo Figueiró Cruz tem aproveitado o momento aque-cido na educação nacional. Formado em Processos Gerenciais e Administração, pela faculdade IERGS/UNIASSELVI, ele dá andamento na sua primeira especia-lização de Gestão e Tutoria, e em outra graduação, a de licenciatura em Histó-ria. Para o futuro professor, o mercado da educação estimula os novos estudan-tes e trás melhores perspectivas profi s-sionais.

- É importante saber que a edu-cação está crescendo. Isto representa a valorização do mercado e parece contri-buir com uma política de qualifi cação e reconhecimento do profi ssional do ma-gistério – aponta o estudante.

Cruz faz parte de uma estatís-tica bastante positiva, de acordo com o senso do Ministério da Educação. O to-tal de alunos matriculados na educação superior brasileira ultrapassou a marca dos sete milhões e 200 mil, no balanço de 2013. Somente as instituições parti-culares foram responsáveis por 73% do total de matrículas, movimentando um setor que é positivo para toda a socieda-de brasileira.

SENSO DAEDUCAÇÃO 2013

7.037.688Total de estudantesno ensino superior

1,08 milhãode estudantes na

Rede Federal de Ensino(crescimento de 5,3%)

31.866 cursos oferecidos

2.416 instituições de ensino

TecnológicosAumento de 8,5%

BachareladoAumento de 4,6%

LicenciaturaAumento de 0,8%

Cursos EADRepresentam 15% do total

de matrículas na graduação

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TALENTOX

FORÇA DE VONTADE

As qualidades natas certamente são valiosas e relacionadas a episódios de

sucesso. Contudo, se não forem exploradas à base de novos desafi os, o

talento pode se tornar limitação

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Se o talento é uma faculdade natu-ral que poucos possuem, há quem defenda que ele pode ser desenvol-

vido pouco a pouco, com tempo e persis-tência. Certo ou errado, esforçar-se é tão necessário para manter, quanto ampliar uma aptidão pessoal.

Mas onde terminaria o talento e começaria a força de vontade? Para An-drea Mazarem, psicóloga especializada em recursos humanos, a questão é exa-tamente ao contrário. Segundo a profes-sora convidada dos cursos de Pós-Gra-duação do IERGS/UNIASSELVI, a força de vontade, assim como a determinação e o autoconhecimento, é essencial para desenvolver grandes talentos.

- É a diversidade de potenciali-dades que agrega valor e contribui para o alcance dos resultados. Talentos com-plementares acabam sendo diferenciais competitivos que sustentam as compe-tências organizacionais – destaca a pro-fessora Andrea.

O grupo gaúcho Vonpar S/A fo-menta todo um planejamento interno específico para o desenvolvimento de pessoas. O setor apoia seus líderes na gestão, processos e estrutura de políticas locais. Inclusive para o aperfeiçoamento de novos talentos, a companhia oportu-niza estágios, o Programa Aprendizes e o Projeto Pescar, que atua na formação de jovens com ênfase em atendimento ao cliente e vendas.

Gerente de Desenvolvimento de Recursos Humanos da Vonpar S/A, Roberta Schaurich destaca que o auto-conhecimento e a maturidade profissio-nal oferecida pela empresa já formou cerca de 200 jovens desde 2003. Somen-te no Projeto Pescar, a empregabilidade teria atingido a média de 70% na com-panhia.

- Nosso papel é o de oferecer suporte, ferramentas e programas que ajudem no desenvolvimento dos nos-sos colaboradores. Já o aprendizado de adultos ocorre de forma mais intensa na prática, portanto, é fundamental a atua-ção dos líderes. Eles agem na formação,

no acompanhamento e, principalmen-te, no feedback e proposição de desafios e metas que sejam adequadas para que tenhamos pessoas preparadas e engaja-das – menciona Roberta.

Fundada em 1948, a franque-ada da multinacional Coca-Cola soma mais de quatro mil colaboradores, deli-mitados nas fábricas das cidades de Santo Ângelo e Porto Alegre (Rio Grande do Sul) e em Antônio Carlos (Santa Catarina). So-mam-se à estrutura da empresa outros cinco centros de distribuição em Blumenau, Joinvil-le e Chapecó (SC) e Far-roupilha e Pelotas (RS). Dentro desse universo de trabalha-dores, os programas de captação de talentos são fundamentais para a manutenção e qualificação das equipes. Iniciativas como estas inves-tem em práticas sociais importantes, promovendo competências e desco-brindo grandes talentos em potencial. - Nós atua-mos fortemente no desenvolvimento das nossas lideranças. Oferecemos subsídios para a formação supe-rior, pós-graduação, cursos técnicos e car-teira de habilitação, tudo para alavancar a carreira de nossos ta-lentos - destaca a RH do Grupo Vonpar. A preocupa-ção com a qualificação deixa marcas também na sociedade. A Vonpar disponibiliza o programa “Coletivo Coca-Cola”, que ca-pacita jovens para o mercado do varejo, através de aulas sobre organização de pontos de venda, estratégias de marke-ting e merchandising. Entre as comu-

Roberta Schaurich,Grupo Vonpar S/A

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As mídias sociais evoluíramnão desperdice esse potencial

nidades benefi ciadas, algumas são de Porto Alegre, Novo Hamburgo, Canoas e São Leopoldo, além de Florianópolis, em Santa Catarina.

Para a psicóloga Andrea Maza-rem, programas de captação são ações positivas, pois ajudam a diagnosticar talentos nas empresas, e também refor-çam a identidade profi ssional dos pró-prios colaboradores. - Por causa de iniciativas como estas, as empresas investem em práti-cas sociais importantes, desenvolvem competências particulares e descobrem grandes potenciais. Muitas pessoas que conquistaram a oportunidade de mos-trar e melhorar os seus talentos, hoje, contribuem signifi cativamente para o crescimento das organizações – reforça a psicóloga.

O investimento no capital hu-mano tende a ser respondido com enga-jamento e motivação, o que melhora o resultado das atividades. Com energia e

RAIO-XO talento existe, mas pode preju-dicar. Chegar onde se quer depen-de mais de cada um do que das qualidades com que se nasce.

Nosso DNA nos faz seresdiferentes uns dos outros. Mesmo com talentos naturais, muitos não chegam a lugar nenhum sem mo-tivação.

A busca pela maximização dos re-sultados forma profi ssionais mais autônomos, aptos e com novas as-pirações particulares.

Além de todo o talento,ainda é preciso buscar qualidade de vida e estratégias para admi-nistrar a própria carreira.

vontade de aprender, fi ca mais fácil de-fi nir a meta de carreira e se tornar um grande talento, resultado de muita força de vontade.

Projeto Pescar,Grupo Vonpar S/A

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As mídias sociais evoluíramnão desperdice esse potencial

Pesquisas apontam que mais de 1 bilhão de pessoas no mundo utilizam redes sociais e o brasi-leiro é um dos que mais acessam. É preciso aceitar que elas são uma realidade necessária, mas com riscos altos

A Internet evoluiu. E muitos gestores buscam orientações sobre como utilizar as possibilidades que sur-giram com a rede mundial de computa-dores. Poderosas no relacionamento das empresas com seus clientes e consumi-dores, as mídias digitais tornaram-se ferramentas essenciais no mercado cor-porativo. Para o bem ou para o mal, as marcas estão lá. Contudo, algumas com-panhias ainda falham ao não defi nir po-líticas voltadas às novas plataformas de relacionamento.

- A mídia costumava existir através dos meios convencionais de co-municação. Hoje, tudo dever ser mais pró-ativo, mas antes, é preciso implan-tar uma cultura digital nas empresas, que as façam perceber que o cliente tem voz e que ele cobrará um posicionamen-to através das redes. – alerta Aline Nu-nes, analista e empresária da Agência DNA, de Porto Alegre.

Professora convidada do curso de Marketing Digital do IERGS/UNIASSEL-VI, Aline também defende que as redes sociais contribuíram para democrati-zar a publicidade mundial. Para ela, a pequena empresa ganhou o direito ao marketing digital, porém está sujeita aos mesmos erros e perigos que existem na rede.

Internet usam redes sociais. Quando se leva em conta os usuários de todas as idades, são 78% acessando algum tipo de rede social.

- Estamos falando de um meio que não só apresenta uma audiência massiva, como também com alta dedi-cação de horas do consumidor médio – garante Gabriel Borges, sócio da agência de comunicação Ampfy, que, ao lado da consultoria de pesquisa The Listening Agency, preparou um estudo de mais de 80 páginas chamado Brasil com “S de Social”.

- O brasileiro viciado em mídia social já virou um novo símbolo nacio-nal – destaca Borges.

Não haver uma política de mí-dias sociais é um dos erros mais comuns das empresas. Infelizmente, a esmaga-dora maioria das companhias não pos-sui uma diretriz sobre o assunto ou rele-ga a profi ssionais despreparados. Ao estabelecer regras on-line durante e fora o expediente, as empresas se edu-cam sobre problemas em potencial e também criam planos de contingência para quando algo der errado.

- Existem empresas que real-mente não precisam estar nas redes sociais. Mas as que estão precisam en-tender que a Internet é mais uma seção da empresa, que precisa investimento e planejamento adequado e profi ssional – relembra a professora Aline Nunes. Parte do trabalho de estar pre-sente na Internet é entender os benefí-cios da rede como forma produtiva de trabalho e não como perda de tempo. Conhecimento analítico também é fun-damental, já que a Internet proporciona uma infi nidade de dados mensuráveis, que podem ajudar a traçar estratégias de marketing e posicionamento, desde que trabalhados por profi ssionais.

Por outro lado, o público está aprendendo os benefícios da Internet. As redes sociais vêm funcionando para a resolução de problemas e as empresas

precisam se mostrar ágeis nesses casos. Há certa vulnerabilidade e exposição nas redes. Não responder ou dar satis-fações representa falta de agilidade e de preocupação com o usuário. Quem peca é toda a instituição.

- A comunicação não pode es-perar. As pessoas não esperam mais. É preciso que o perfi l da empresa seja voltado para uma cultura digital. Quem trabalha com a Internet precisa conhe-cerbem os processos internos, represen-tar a companhia e refl etir isso na rede – comenta a analista da DNA.

Uma pesquisa Ibope/YouPix de 2013 mostrou que 92% dos jovens consumidores do Brasil que acessam a

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Internetum risco à segurança empresarial

Os computadores das empresas são instrumentos de trabalho,mas é natural que as pessoas os utilizem para momentos de pausae descontração. O problema é o exagero e o risco que isso pode gerar à segurança de dados corporativos

As tecnologias da informação são ‘vias de duas mãos’ no universo corporativo. Elas modernizam produ-ções, armazenamentos e transmissões. Por outro lado, todas essas alternativas também ampliam o acesso a conteúdos, nem sempre permitidos.

Muitas empresas bloqueiam completamente o acesso às redes so-ciais, enquanto outras restringem as possibilidades da Internet de alguma forma. No quadro geral das proibições, os programas de compartilhamentos aparecem entre os temores das compa-nhias, assim como jogos on-line, vídeos e serviços de mensagens instantâneas.

Contudo, a busca pela segu-rança também vira possibilidades de negócios. A startup NetEye, especiali-zou-se no desenvolvimento de softwa-res, capazes de monitorar todo o parque empresarial de computadores. Fixada no polo tecnológico de São Leopoldo, região metropolitana de Porto Alegre, a empresa usa a própria tecnologia para aumentar a segurança em rede.

precaução, mas de um pré-requisito ex-posto nos contratos dos seus clientes. A empresa trabalha com recuperação judicial e extrajudicial, atraindo impor-tantes clientes de 15 estados brasileiros, das áreas bancárias e de seguros.

- Nós trabalhamos com dados pessoais de milhares de pessoas e não podemos correr o risco de vazar essas informações por falta de segurança. Este é um item fundamental para desenvol-vermos nosso trabalho e conquistarmos a credibilidade que possuímos hoje no mercado brasileiro – garante Daudt.

No mundo dos negócios, a in-formação pode ser a moeda de inves-timento que muitos buscam. Nem por isso se deve baixar a guarda. Investi-mentos em tecnologia da informação e em políticas internas garantem às em-presas a confi ança e a credibilidade ne-cessária perante seus clientes. Soluções tecnológicas devem ser continuamente atualizadas e ajustadas às necessidades específi cas de cada cliente, gerando pro-teção dentro e fora da companhia.

- O software NetEye foi desen-volvido para gerar dados importantes que, instantaneamente, mostram o grau de segurança das companhias. Ele cria um histórico detalhado da utilização de cada computador, sites visitados, aces-sos indevidos, cópias de documentos e liberação de licenças – explica Fabio Santini, diretor técnico da NetEye.

Através de plataformas tecno-lógicas como essas é possível defi nir re-gras que bloqueiam websites e dispositi-vos móveis e ainda gerar alertas sempre que houver a tentativa de quebra dessas defi nições.

Francisco Daudt, gerente de qualidade da Redebrasil Gestão de Ati-vos, leva a segurança muito a sério. Para o grupo gaúcho não se trata apenas de

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O web developer Cristiano San-tos trabalha no desenvolvimento e ge-renciamento de conteúdo on-line para a multinacional DELL, na sucursal em Porto Alegre. A empresa está entre as líderes mundiais no ramo de hardware e emprega mais de 100 mil funcionários espalhados pelo mundo.

Essa diversidade de trabalho e colaboradores deixa as qualidades pro-fissionais de Cristiano visíveis para seus colegas de vários países. Seguida-mente, o profissional recebe propostas de trabalho para atuar dentro e fora do Brasil.

- O mundo está mais globaliza-do e as empresas não procuram profis-sionais apenas em sua região. A barreira geográfica já não é mais um impedimen-to para contratações e, para a maioria dos bons profissionais da minha área, esta é a realidade – reconhece Cristiano.

Diretores e recrutadores estão mesmo de olho em novas culturas. Al-guns de companhias brasileiras vêm percorrendo a Europa em busca de mão de obra que preencha o quadro de fun-cionários aqui no País. Só na Espanha, em cinco anos, as empresas brasileiras mais que dobraram a contratação de eu-ropeus altamente qualificados, confor-me o levantamento 2013 do IESE – Insti-tuto de Estudos Superiores de Empresa.

Desde que a crise econômica e

as recessões na Europa secaram inves-timentos no mercado local, as empresas brasileiras têm ido ao continente atrás da mão de obra que sobra nos países eu-ropeus e falta no Brasil.

- Contratamos espanhóis, bra-sileiros, colombianos, chilenos, centro--americanos. Cada dia, essa escassez de talentos nos faz ampliar ainda mais a nossa busca – disse em entrevista Wal-ter Bayly, CEO do Banco de Crédito do Peru.

A via de duas mãos é real. Pro-fissionais brasileiros aproveitam as oportunidades estrangeiras, principal-mente por não encontrar no País um mercado que possa absorver a demanda específica. E é preciso ficar atento.

- Os recrutadores estão ativa-mente nas redes sociais atrás de talen-tos de qualquer parte do mundo. Estas empresas não esperam receber currícu-los impressos como antigamente e ativi-dade on-line é importante pelas possibi-lidades de mostrar o teu trabalho e o teu diferencial. É esse o profissional que as empresas procuram – diz Cristiano San-tos.

Muitas empresas têm se torna-do globais, através de fusões e aquisi-ções o mundo empreendedor caminha para o mesmo estereótipo buscando profissionais capacitados e com perfil internacional.

De olho em vocêQualificação e perfil profissional chamam atenção de empresas de todo o mundo. Eles estão de olho e querem contratar

Cristiano SantosFoto: Alessandro Quevedo

Países que mais enviaram estrangeiros ao Brasil em 2013:

EUA - 4.021Reino Unido - 2.320

Filipinas - 2.320Alemanha - 1.639Portugal - 1.474

Autorizações concedidas por nível de escolaridade:

Superior - 15.664Ensino Médio - 11.961

Mestrado - 922Pós-graduação - 439

Doutorado - 161

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Duas dicas para empreendedores recu-perarem o ânimoMuitas vezes, a frustração surge por per-cebermos que as coisas não acontecem exatamente como queremos. Então, use uma técnica de coaching e se faça três perguntas. Nas respostas podem surgir soluções escondidas.

1. Você tem humildade para aprender com o público impactado pelo seu negó-cio?

2. Você se considera um criador do fu-turo? Explique como ele pensa?

3. Você já descreveu as 15 principais características de um líder sustentável? Qual delas descreve você como um em-preendedor?

Outra dica é a técnica do comprometi-mento e atitude. Liste 108 coisas que você pode fazer por si mesmo em 108 dias. Deixe a lista em um lugar visível e comemore cada item cumprido. Quem garante é Flávia Lippi, especialista em business mentoring e diretora-presi-dente do Instituto de Desenvolvimento Humano Lippi (IDHL).

NotasO sucesso vem com derrotas

Não é sempre que o sucesso vem fácil. Na maior parte das vezes, ele só dá as caras depois de muito esforço e muitas tentativas fracassa-das. A regra é bem ilustrada por uma frase de Wiston Churchill: “o sucesso é ir de fracasso em fracasso sem perder entusiasmo”.

Chefe ruim também é bom

Ter um chefe bacana nem sempre é condição imprescindível para a sua evolução profi ssio-nal. Às vezes, um chefe ruim é até melhor que um bom. “Um chefe ruim pode ser um exce-lente professor”, diz Claudio Garcia, presiden-te da LHH/DBM para a América Latina. “Ele tira as pessoas da zona de conforto e as faz lidar com o diferente”.

Brasil é o 4º mais citado por executivos

Pesquisa realizada com CEOs de todo mundo aponta que 42% estão otimistas com relação ao País. Segundo a consultoria PricewaterhouseCo-opers, executivos foram convidados a apontar os três países, com exceção do próprio, mais im-portantes para suas perspectivas de crescimento neste ano. China (33%), EUA (30%), Alemanha (17%), Brasil (12%) e Japão (7%) foram os cinco mais citados.

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