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Informação IERGS | Negócios 2015.1

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Na edição do primeiro semestre de #2015, a revista Informação Negócios, da faculdade IERGS/UNIASSELVI, traz uma entrevista exclusiva com o fundador das Lojas Colombo, Adelino Colombo. Também debate sobre "gestão de perdas" e o potencial das "hashtags" no universo digital. Boa leitura! www.iergs.com.br

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EditorialÉ fato que a geração digital provoca impactos positivos no mundo inteiro. Um dos principais interesses da produção conectada não está apenas na tecnologia, mas no que pode ser feito com ela. A atual edição da revista InformAção IERGS Negócios apresenta justamente uma das possibilidades reais surgidas no universo em rede: as hashtags. Queremos mostrar o potencial desse símbolo na geração de conteúdo e o alcance que sua empresa ou marca pode conquistar com ele.

A proposta dessa edição também se conecta à sabedoria da experiência. Em homenagem aos precursores do mercado varejista do Rio Grande do Sul, a revista InformAção Negócios traz uma entrevista exclusiva com o presidente da Lojas Colombo e as opiniões de um visionário do setor de eletroeletrônicos do Estado.

O convite é para que você descubra no conhecimento a fonte para o sucesso em qualquer área de atuação que se decida seguir. Certamente, o futuro não está apenas na era da informação, mas na inteligência, esteja ela em rede ou em você.

Boa leitura.

EXPEDIENTE

Revista Informação Educação IERGS – Instituto Educacional do

Rio Grande do Sul

Diretoria Geral: Saul HoegenDiretoria de Pós-Graduação: Silvana Hoegen

Jornalista: Jonas Amar (MTB/RS 14.065)Arte: Guilherme Vargas

Marketing: Danielle Siqueira

[email protected]

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Entrevista

saber quantos poderiam comprar uma TV. Concluímos que quatro famílias poderiam adquirir o aparelho. A perspicácia realmente vai muito além da venda, naquela época e até hoje é preciso conhecer quem é seu potencial cliente. Estar por dentro de suas necessidades e desejos é fundamental. Fidelizar, mais do que tudo, é a palavra-chave. Tenho clientes que compram em minhas lojas ao longo dessas cinco décadas.

Quais os grandes desafios de hoje?

A.C. - No passado era possível até mesmo abrir um negócio sem dinheiro, como eu fiz. Atualmente, não é possível crescer e gerar volume suficiente porque a margem é muito apertada e a concorrência é grande. Hoje, o desafio é crescer por meio de escala, claro que observando e adotando sempre as estratégias de gestão diferenciadas. O cenário econômico - com juros, inflação e impostos - é o que mais me assusta, não é favorável. Então, precisamos criar diferenciais competitivos para manter e expandir o negócio de uma forma sustentável. Existe limite para crescer ou uma

empresa deve sempre expandir?

A.C. - Independentemente do ramo de negócios em que se atua, crescer com rentabilidade é uma questão de sobrevivência. Essa é uma tarefa difícil de ser feita no Brasil, País com uma das maiores cargas tributárias do mundo. Isso nos dá margens muito apertadas no negócio. Para estar num ambiente como esse, volto a frisar que é preciso fidelizar o cliente, investir constantemente em treinamento das equipes e nas melhorias das lojas.

Sua visão para o futuro do País e das Lojas Colombo está otimista?

A.C. - Eu penso assim: o

Brasil está bem, a economia está bem, o que atrapalha é o governo. Faltam investimentos em infraestrutura e uma reforma tributária justa. Enquanto isto não for feito, essa será a minha visão do Brasil. As dificuldades nos levam a buscar soluções. Vamos continuar crescendo e levando a marca da Lojas Colombo em centros de consumo estratégicos da Região Sul. Não podemos parar. Felicidade é fundamental no trabalho

do senhor?

A.C. - Trabalho o dia todo com muito prazer. Sou muito feliz no que eu faço. Minha maior satisfação é empregar quase 6 mil pessoas. Meu espírito é esse: empreendedor há 55 anos.

Uma das marcas mais consolidadas no ramo de eletroeletrônicos da região Sul do Brasil completa 55 anos em 2015, numa união entre con-fiança e crescimento. Fundada em 1959, as Lojas Colombo nasceram na cidade de Farroupilha, quando Adelino Colombo iniciou a primeira das 255 unidades da rede. Aos 83 anos de idade, seu fundador ainda marca o tom da gestão empresarial da quinta maior rede de eletrodomésticos do País, sem pensar em aposentadoria, além de planejar expansão.

Para o senhor, as Lojas Colombo são mais que uma loja de eletroeletrônicos,

mas uma prestadora de serviços. Por quê?

A.C. - Atualmente, o varejo brasileiro trabalha com uma margem muito apertada. Assim, para conquistar mercado e a clientela, hoje é preciso apresentar diferenciais. Além do atendimento diferenciado, com consultores treinados para reconhecer quais produtos se adequam às necessidades dos clientes, a Colombo oferece uma série de serviços. Esses serviços incluem suporte técnico e de instalação de produtos, entrega programada, seguro prestação e consórcio, para citar alguns. Também oferecemos diversos serviços financeiros aos clientes, como crédito pessoal, correspondente bancário, crédito consignado INSS, entre outros. São mais de cinco décadas de trabalho com o varejo. O que o senhor considera

que mudou mais nesse período?

A.C. - Quando comecei no ramo, em 1959, era muito mais fácil manter um negócio do que nos dias de hoje. Atualmente o cenário é muito diferente: o mercado é maior e há muitos concorrentes. As mudanças são várias, desde a exigência de mais capital para se manter, escolha de um bom ponto de vendas, preços competitivos, variedade de produtos e excelente atendimento. Esses fatores integram um plano de gestão necessário para estar bem hoje no varejo. Hoje, o consumidor não quer só preço. Ele é exigente, quer ser bem atendido, busca soluções para o que precisa. O senhor diz que fez um levantamento para ver quantas famílias de Farroupilha poderiam comprar televisores em 1959.

Essa perspicácia é fundamental?

A.C. - Sim, na época fiz um levantamento em Farroupilha para

Empresário Adelino Colombo. Foto: Candida Photo Art

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todos os amplos espaços da sua arquitetura contemporânea para cursos, encontros, coworking, vendas, networking, festas e até para incubar negócios. Mantida pelas doações dos seus frequentadores e apoiadores da causa, ela funciona como uma agremiação de conhecimentos em pleno bairro Rio Branco da capital gaúcha. E para participar não é preciso associação, basta colaborar com as regras do jogo e doar o quanto conseguir e quiser.

Idealizador do projeto, Felipe Benites Cabral é responsável por dar vida à Casa Liberdade e por permitir que tudo sobreviva a partir da organização e da participação dos envolvidos. Qualquer pessoa pode ter cópia das chaves, agendar eventos, trabalhar e se desenvolver com a estrutura e os contatos que o ambiente proporciona.

- O objetivo da Casa Liberdade é ser um espaço aberto para que as pessoas possam ir, apropriar-se e usá-la para se expressar. Às vezes é negócio, outras vezes é simplesmente dividir uma ideia e ver se há sentido. Como um espaço comum, ela ajuda às pessoas que pensam de maneira colaborativa e estão em transição do paradigma de escassez para o paradigma da abundância. A Casa Liberdade existe porque as pessoas se organizam e a mantêm como algo autogestionado. Ela vai existir enquanto fizer sentido para as pessoas – pondera Cabral.

A Casa Liberdade de Porto Alegre germinou seu conhecimento e deu outros frutos semelhantes pelo Brasil, como a Catete 92, no Rio de Janeiro, e a Laboriosa 89, em São Paulo.

M i c r o e m p r e s á r i o s , profissionais autônomos, amigos e até desconhecidos vêm construindo juntos novos espaços e estilos de trabalho coletivo, a fim de impulsionar objetivos profissionais e de lazer semelhantes.

Essa é parte da realidade experimentada pela administradora Giovana Liel. Também formada em moda, a microempresária desenvolve uma linha exclusiva de lenços, echarpes e golas, tudo “do vintage ao moderninho”, como a sua marca Cangote se define. As confecções surgem das próprias criações da empresária de Porto Alegre, no entanto, são comercializadas por lojas físicas e no e-Commerce de outras empresas.

- Sonho com uma loja da Cangote, mas tenho medo de me tornar refém dela e ficar presa ao espaço físico. Ter uma marca é como um filho para criar, mas ter uma loja é possuir filhos gêmeos – brinca a estilista – Se eu me tornasse refém dela, logo criaria menos e já faz dois anos que me encanto em conseguir organizar diariamente minha agenda e estar às 15h tomando um café, por exemplo – completa Giovana.

Liberdade e colaboração são

coisas de casa

A liberdade está no nome e também na proposta de existir de um espaço que é símbolo do colaborativismo e da inteligência coletiva em Porto Alegre. A Casa Liberdade disponibiliza

A UNIÃO FAZ A FORÇANegócios inovadores geram ideias e

trabalhos inspirados no coletivo

Giovana Liel - Foto: Divulgação

“Ter uma marca é como um filho para criar, mas ter uma loja é possuir filhos gêmeos

Boas ideias tendem a ganhar fôlego para sair do papel graças a um conceito promissor de trabalho, que estimula a colaboração e o comprometimento de diferentes pessoas

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Entrada da Casa da Liberdade. Foto: Divulgação

Para o mestre em finanças corporativas e professor convidado da Pós-Graduação IERGS/UNIASSELVI, Alessandro Soares, o modelo de negócio colaborativo já vem apresentando bons exemplos de atuação, mas ainda é inseguro. Para o professor, os atores participantes do modelo ainda buscam lutar contra uma instabilidade financeira e de mercado que podem colocar em risco a permanência de espaços como esses.

- Toda ideia inovadora é estimulante, mas o mercado gestor precisa estar atento às outras muitas necessidades que fazem parte de quem empreende. Marcas e produções locais incentivam o surgimento de novos negócios e estimulam a criatividade, mesmo os colaborativos, mas ainda sim precisa-se estar atento aos custos fixos e variáveis de toda instituição – relembra o especialista.

As novas gerações de empreendedores surgem cheias de inovação no DNA. E com criatividade é possível repensar novos rumos, de maneira mais inteligente e produtiva, garantindo retornos mais eficientes e sem descuidar da realização pessoal dos envolvidos. Certamente, projetos inovadores não buscam apenas visibilidade, mas também viabilidade para o que as pessoas realmente gostam de fazer em conjunto.

“Precisa-seestar atento aos custos fixos e variáveisde toda instituição

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#Ela pode fazer muito pelasua empresa

O Twitter foi responsável por transformar o “jogo-da-velha” em uma das ferramentas mais poderosas da Internet. As hashtags, conhecidas pelo símbolo #, são uma sensação on-line e se você, sua empresa ou empreendi-mento pretendem evitar essa realidade, a sugestão é passar bem longe também das outras redes sociais, como Insta-gram, Pinterest, Google+, YouTube, e Facebook. Mesmo assim, vai ser difícil não notar a presença da cerquilha por muitas esquinas digitais.

Alternativa bastante útil, as hashtags podem ajudar a envolver um público-alvo e aumentar o reconheci-mento de uma marca. Precedidas de #, as palavras-chave fazem com que o conteúdo do post esteja acessível a todas as pessoas com interesses seme-lhantes, mesmo que elas não sejam se-guidores ou fãs. E tudo está à distância de um clique.

#KarenWaechter é docente, mentoring e especialista em planeja-mento e gestão estratégica e profes-sora convidada do MBA Marketing Di-gital e Mídias Sociais e do MBA Gestão de Projetos da Pós-Graduação IERGS/UNIASSELVI. Para a especialista, o uso das hashtags está em desenvolvimento e de forma cada vez mais comum, inde-pendente da rede social.

- Na prática, a ideia da utiliza-ção do símbolo é uma maneira de orga-nizar informações, facilitando a busca e o acesso aos conteúdos. Além de vi-ralizar e auxiliar a propagar produtos e marcas, a ferramenta pode melhorar os trabalhos de SEO [otimização para me-canismos de pesquisa], ajudando a en-

contrar um público interessado no que se está dizendo e tornando-se visível para outros ao iniciar uma nova conversa ou expressar uma opinião – completa Wae-chter.

Cada vez mais frequente, o uso das hashtags passou a ser associado tam-bém a marcas que investem na comuni-cação digital. Imprensa, jornais, revistas e emissoras de rádios e televisão estão mais devotos aos hábitos da Internet, a fim de atrair e aproximar o público das re-des sociais. O SBT-RS, filial gaúcha do Sis-tema Brasileiro de Televisão, adotou no último ano o uso das hashtags como slo-gan e publicidade on-line e offline. Com o mote #compartilhe, a sucursal de Porto Alegre aposta em uma comunicação que vai ao encontro de tendências nacionais e internacionais no uso da Internet pessoal e corporativa.

- Iniciamos há um ano a cam-panha #SBTcompartilhe e expandimos para #compartilheinfomação, #SBTRS e muitos outros. É uma tendência positiva, que compartilha o conteúdo da emissora e acaba se tornando uma marca própria nossa. Mesmo que criemos hashtags com

hashtag

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outros assuntos, ela lembra a marca do SBT e do SBT-RS - destaca a superviso-ra de comunicação, Charlene Horn.

O potencial das hashtags é tão grande que elas já expandiram para além das conexões da Internet. E não é difícil tirar proveito desta efi cácia. Veja algumas dicas:

negócio

Em perfi l público, usar hash-tags faz com que as mensagens sejam visíveis para todos que compartilhem do mesmo interesse. Escolher a hash-tag certa pode ampliar o alcance das mensagens para milhares de potenciais seguidores, fãs ou clientes.

efi ciência

Para criar uma hashtag, tudo o que se precisa fazer é juntar um # a uma palavra-chave relevante.

conteúdo

Considere usar hashtags que se relacionam diretamente com a sua marca, produto ou serviço.

trending

Outra maneira de aumentar a visibilidade é usar as hashtags existen-tes e que estão na moda, ou seja, as que

estão no “trending”. Mas ter certeza de que a mensagem está agregando valor à conversa faz diferença ou o post será

ignorado.

original

Para que os posts não se per-cam no meio de centenas de mensagens que estão usando as mesmas hashtags, uma boa ideia é criar as próprias hash-tags, específi cas para o negócio ou mar-ca.

poraí

Sua empresa pode promover um #novoproduto e se envolver com os clientes em todas as plataformas. Pode, ainda, pesquisar o que acontece com outras marcas, olhar os concorrentes e tomar certas medidas.

Toda a utilização do “marke-ting hashtag” está apenas no seu início e as empresas podem pensar de forma criativa a sua inserção. O objetivo é sempre construir conexões mais estrei-tas com potenciais consumidores, mas sempre com grandes responsabilida-des.

#

#

#

#

#

#

“É uma maneira de organizar informações e o acesso aos conteúdos

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A preocupação com aspectos sociais e ambientais já faz parte dos negócios. E a responsabilidade social ganhou espaço permanente na agenda de organizações, sejam elas pequenas ou multinacionais. Raro é encontrar uma empresa que não tenha pelo me-nos um princípio relacionado a essas matérias. Afi nal, já se atua pela diminui-ção de trabalhos irregulares e pela re-dução de resíduos sólidos, por exemplo. Porém, também é real a difi culdade de incorporar uma ação de responsabilida-de social de maneira que os resultados sejam percebidos no cotidiano da orga-nização, mesmo quando há vontade de gerenciar esses valores.

Ser socialmente responsável atinge os muitos públicos de uma or-

ganização, o que inclui seus colabora-dores, clientes, fornecedores, governos e também a sociedade. Marcas como Petrobras, Gerdau, Instituto Renault e uma infi nidade de outras instituições investem de forma contínua para a pro-moção dos seus princípios sociais, o que delega tempo, capital humano e verbas.

O Centro Refap Cidadã foi criado em 2005, por meio de uma par-ceria entre a Refi naria Alberto Pasqua-lini (Refap), o Clube dos Empregados da Petrobrás (CEPE) e ACM-RS (Associação Cristã de Moços). Voltado para crianças com idades entre seis e onze anos em situação de vulnerabilidade social, o projeto proporciona atividades pedagó-gicas, artísticas e físicas no turno inver-so ao da escola. Além disso, as crianças

Não há tamanhopara ajudarResponsabilidadeSocial é tarefa de todos

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recebem reforço alimentar, recreação e acompanhamento social para suas fa-mílias.

- O Centro Refap Cidadã tam-bém oferece atividades para adoles-centes de até 14 anos que estejam em situação de vulnerabilidade ou risco. Graças ao projeto, esses jovens também recebem orientações recreativas, peda-gógicas e ofi cinas de informática, além de padaria, educação física, educação ambiental, teatro, dança e capoeira – destaca a coordenadora do Centro, Vera Carvalho.

Ana Cláudia Alves, professora convidada da Pós-Graduação IERGS/UNIASSELVI, diz que o benefício da coletividade abraça as empresas que adotam posturas de responsabilidade social. Porém, a especialista reconhece que as condutas desenvolvidas estão ligadas ao negócio, em uma relação de “ganho”.

- Existem diversos incenti-vos fi scais que fortalecem a ampliação dessas ações sociais. Neste caso, não podemos esquecer que a vontade da empresa em usufruir de benefícios fi s-cais está em primeiro lugar e, claro, o apoio do governo em lançar mão deste imposto também é ponto fundamental. Ou seja, aqui temos uma real parceria entre empresa e Estado na promoção do desenvolvimento social – esclarece a professora Ana.

Se é bom para quem colabora, é ótimo para quem se benefi cia. O Ins-

tituto Geração Tricolor (IGT) é uma ini-ciativa do Grêmio Foot-Ball Porto Ale-grense, que promove e apoia projetos sociais voltados ao desenvolvimento de 120 crianças, de seis a 15 anos, em si-tuação de vulnerabilidade social e eco-nômica. Em horário inverso ao escolar são oferecidas atividades diárias, com ofi cinas de informática, artes marciais, línguas, ofi cinas psicopedagógicas, ati-vidades esportivas, futebol, música e alimentação, em um espaço novo e re-cém inaugurado.

- Essa obra foi construída com amor, carinho, alma e luta. São forças intangíveis que nos fazem diferentes. Quando o Grêmio investe em obras des-sa natureza, mostra a força da paixão que envolve o nosso clube – revelou o presidente do clube Fábio Koff.

O IGT também organiza visi-tas a parques, cinema, teatro, museus, e atividades internas especiais, como a entrada em campo com o time do Grê-mio, palestras com jogadores profi ssio-nais e comissão técnica, e participação em datas comemorativas do tricolor gaúcho.

- A possibilidade de criar um projeto social a partir da paixão que envolve o Grêmio nos emociona. Um clube como o Grêmio tem que investir no futuro das crianças e essa é a razão de existir do IGT – disse Luciana Kroeff, presidente do Instituto Geração Trico-lor.

Responsabilidade social im-

Aqui temos uma real parceria entre empresa e Estado na promoção do desenvolvimento social

“ “plica as empresas a conduzirem seus negócios de maneira que elas se tornem parceiras e corresponsáveis pelo desen-volvimento social, mas ainda é preciso aprimorar a relação com a sociedade. O desenvolvimento pode e deve estar calcado em um tripé que envolve o meio ambiente, a economia e o social.

Fábio Koff e Luciana Kroeff na nova sede do IGT.

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Marketing deRelacionamentoÉ possível conquistar o cliente de um jeito diferente

tudo e onde começa a história do ven-dedor com o cliente. É preciso entregar seu cartão e não ter vergonha da pro-fissão. O vendedor tem que fazer uma apresentação bem feita, escutar o que o cliente necessita e aí vender o produto que interessa – aponta Ferraz.

Para quem trabalha com ven-das, a conquista nem sempre está liga-da às ações de uma agência de publi-cidade ou branding. Certas estratégias realmente dependem mais dos repre-sentantes da empresa. São os colabora-dores que têm a capacidade de formar os embaixadores de marca, em geral formadores de opinião que desenvol-vem um relacionamento mais contínuo e emocional com a marca ou instituição. Eles se tornam agentes de divulgação espontânea.

- Todo cliente que atendo ouve de mim que estamos começando uma relação de amizade. Eu quero vender para ele e para os amigos dele, por isso preciso surpreender todas as expectati-vas em relação ao meu atendimento e da empresa – conclui.

Para Marcelo Foletto, profes-sor convidado da Pós-Graduação IERGS/UNIASSELVI, a tarefa do Marke-ting de Relacionamento é difícil e requer investimentos em tecnologia, recursos pessoais e ações criativas que promo-

Chico Ferraz. Foto: Divulgação

Relacionamento é a base de tudo e onde começa a história do vendedor com o cliente

“ “

As estratégias de marketing vêm ganhando vertentes ousadas e bem diversas. A música ambiente de uma loja ou o cheiro que os clientes sen-tem ao entrar nela podem não ser por acaso. Muitas vezes, o que está por trás disso é a aplicação do chamado Marke-ting Sensorial, táticas que visam des-pertar os cinco sentidos do consumidor para vender mais. Esse tipo de ação faz o cliente associar a marca a uma sen-sação boa, o que o leva a comprar em maior quantidade.

Chico Ferraz é especialista no assunto com o aval da experiência. Há mais de 20 anos ele atua com represen-tação comercial de veículos e hoje está à frente da gerência da Jardine Spon-chiado Chevrolet, em Porto Alegre. Para ele, o produto é parte do que conquista o cliente, mas existem outros fatores determinantes nesse processo.

- Relacionamento é a base de

vam a fidelidade do cliente, supere ex-pectativas e gere retornos saudáveis à empresa.

- De uma forma objetiva, este tipo de marketing necessita de grande planejamento estratégico, que agregue valor ao cliente em todos os momen-tos e transações realizadas. A partir da década de 90, o marketing de relacio-namento ganhou espaço e vem se uti-lizando de outras áreas para cumprir com excelência o seu papel de encantar e fidelizar os clientes. O grande desafio em um mercado exigente e em cons-tante transformação é ofertar a melhor proposta de valor agregado – reforça Foletto.

A ideia principal do marke-ting de relacionamento é manter-se em contato constante com os clientes, oferecendo-lhes ajuda, conteúdo, in-formações e esclarecendo dúvidas. So-mente estando presente na vida deles, a empresa tornará viável uma relação de longo prazo. O contato constante, feito de forma correta, fará com que a marca seja fixada na mente e também no coração dos consumidores.

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Seja bem mais produtivo no trabalhoÉ possível turbinar seus resultados sem fazer hora

extra. Só é preciso prestar atenção em você mesmo

Utilizar o tempo a seu favor às vezes parece um verdadeiro desafio. Mas não é impossível, segundo Maria da Graça Costi, Diretora de Desenvol-vimento Humano da ABRH-RS – Asso-ciação Brasileira de Recursos Humanos. Para a diretora, é preciso definir o que realmente importa, pois traz foco e di-reciona o interesse e energia para o que realmente interessa.

- Organizar o tempo é algo pessoal, cada um administra da sua ma-neira e sofre as consequências de tal. Ficar mais tempo no trabalho também não nos torna mais produtivos e, se isto está sendo rotineiro, demonstra que algo está em descompasso. É necessá-rio trabalhar a rotina e o funcionamento

da empresa, já que o tempo que possuí-mos deve ser distribuído entre trabalho e demais atividades, como família, ami-gos, lazer, estudo, entre outros – acon-selha Graça Costi.

Para ajudar os profissionais a serem mais produtivos, existem algu-mas dicas práticas. Confira:

1. Sem tecnologia que possa atrapalhar Chats, redes sociais, Skype e Whatsapp tiram a atenção, sabotam o foco e dificultam a realização de tarefas. Reserve um tempo no seu dia para cui-dar desses assuntos, mas nunca perma-neça 100% conectado.

2. Liste todas suas tarefasOrdene suas realizações, fazendo-as na sequência estabelecida e dando o de-vido foco a cada uma delas. Ficar pre-ocupado com muitas tarefas não ajuda a concluir nenhuma delas adequada-mente.

3. Não acumule funçõesAcumular várias atividades não ajuda na produtividade. Elas atrapalham a re-alização de outras tarefas e tiram o foco no dia a dia. Cada pessoa tem seu esco-po de trabalho e é pago para isso. Foque em seus objetivos.

4. Evite levar para a empresa proble-mas pessoais

Muitas vezes isso é impossível, mas ten-te evitar que os problemas pessoais im-pactem na produtividade do trabalho. Lembre-se que a falta de concentração na realização de uma tarefa pode lhe dar um retrabalho ou prejuízos maiores.

5. Tente fazer sempre o melhorMuitos colaboradores não buscam fazer um trabalho diferenciado, criando um ciclo vicioso no qual a acomodação gera desmotivação. Tente se manter motiva-do buscando sempre fazer o melhor e o que gosta.

6. Cuidado com a procrastinaçãoPor mais que seja convidativa, a pro-crastinação gera acúmulo de serviços. Se você puder fazer hoje, não deixe para amanhã.

7. DescanseO descanso é fundamental para a pes-soa se manter produtiva. Nenhum pro-fissional produz 100% do seu tempo. De tempos em tempos, pratique o famoso ócio criativo e separe suas atividades em: Crises (importante e urgente), Ur-gências (urgente, mas não importante), Planejamento (importante, mas não ur-gente) e Rotina (nem importante e nem urgente).

- Pode-se iniciar organizando o dia, a semana, o mês e até ações de longo prazo. Isto oferece capacidade de identificar o que de fato é urgente e im-portante. Porém, manter dados, infor-mações, mesa, e-mails e arquivos orga-nizados otimizará o seu tempo – conclui a diretora da ABRH.

O profissional que estabele-ce bem essa relação com o tempo terá muito mais espaço para a sua vida pes-soal. E realizar o planejado, mantendo um bom nível de execução, trará mais confiança e estímulo para manter o comportamento organizado.

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Gestão de PerdasSua empresa precisa planejar isso

Toda empresa é singular, com suas culturas internas, valores e diretri-zes de conduta. Também é pelos profi s-sionais que a compõem e, em especial, pelo modelo de gestão que segue. Esse ambiente vivo precisa ser entendido e mapeado, seja pelas suas qualidades, seja através das suas vulnerabilidades ou fragilidades.

É possível gerar indicadores reais dos rumos que a empresa vem percorrendo com entrevistas a gesto-res, observações dos processos e aná-lise de dados operacionais. Porém, ape-sar de todos os esforços, existem riscos nos mais diversos setores de negócios. São modelos que se aplicam de forma particular, diversifi cando-se até mesmo nos diferentes estágios da empresa, es-

teja ela na fase embrionária, madura ou líder de mercado.

Roberto Pupe é gerente de prevenção e perdas da Paquetá, uma das maiores marcas de produção e va-rejo de calçados do Brasil. Com atuação direta em pelo menos cinco empresas da marca e nos centros de distribuição da rede, o setor supervisiona uma área que é familiar no mundo dos negócios e frágil a uma infi nidade de situações. Conforme Pupe, existem três vetores de atuação na Paquetá: inventários de estoque, visitas de auditorias operacio-

nais e investigações de fraudes e fur-tos.

- O objetivo é identifi car riscos e oportunidades por meio da im-

plementação e desenvolvimen-to de ações de controle para a proteção de danos e prejuízos. Temos uma preocupação muito grande com os estoques e en-

tendemos que todas as opera-ções, desde compras até o ponto de venda ao cliente, dependem muito deste aspecto. Por isso

temos revisado constantemente nossos processos, buscando melhorias para garantir que as informações em siste-ma refl itam com assertividade o nosso estoque físico – destaca o gerente.

Pequenos processos críticos podem surgir em diferentes esferas de uma empresa, seja na cadeia de supri-mentos, procedimentos fi nanceiros, comercialização ou na geração da recei-ta. Existem áreas igualmente sensíveis nas vendas, marketing, logística e até recursos humanos. Se não bastassem, empresários e empreendimentos coe-xistem com riscos potenciais, capazes de abranger perdas de estoque, de capi-tal intelectual, fraudes e descontrole na gestão e caixa. Alguns riscos inclusive podem comprometer a continuidade do negócio, através de desabastecimento, indisponibilidade de caixa e crédito, multas e sanções legais.

Para diminuir as ameaças re-ais do mundo dos negócios é preciso estar vigilante, mesmo antes de se lan-çar no universo dos empreendimentos. Quem alerta é o professor convidado da Pós-Graduação IERGS/UNIASSELVI, Marco Stail. O especialista já desen-volveu projetos com bancos de varejo, como Banrisul e Santander, e atuou com corretagem de seguros e indústria mecânica metalúrgica. Para Stail, todo processo de logística trabalha com nú-meros reais, mas o risco atua no intan-gível. A artimanha, garante o professor, está em conseguir quantifi car as ame-aças e saber até que ponto se está dis-posto a correr determinados riscos.

- No fl uxo ideal, primeiro se faz um plano de negócios e analisam-se as oportunidades, para depois dar início ao negócio. Um bom sistema de gestão deve se preocupar com a mensuração de riscos, mapear o cenário onde se está situado e conhecer seus concor-

nais e investigações de fraudes e fur-tos.

- O objetivo é identifi car riscos e oportunidades por meio da im-

plementação e desenvolvimen-to de ações de controle para a

de venda ao cliente, dependem muito deste aspecto. Por isso

As perdas, infelizmente, fazem parte do varejo e têm sido uma preocupação cada vez maior por parte dos gestores e aqui na Paquetá não é diferente

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rentes. Sem essas variáveis, em pouco tempo cresce a chance de se encerrar as atividades por falta de ação nesse senti-do – acentua o professor.

Os grandes empreendimentos não estão na contramão desse pensa-mento. É um conceito quase básico e de grande valia para a prevenção de per-das.

- Acreditamos que o que não é medido não pode ser gerenciado. As perdas, infelizmente, fazem parte do varejo e têm sido uma preocupação cada vez maior por parte dos gestores e aqui na Paquetá não é diferente. Elas atingem diretamente o resultado e se não forem conhecidas dificilmente se-rão reduzidas – afirma Roberto Pupe.

Gestão de perdas é um pro-cesso dinâmico, contínuo e crucial para a boa governança de qualquer empre-sa. Com capacidade para diagnosticar, priorizar e gerir os próprios pontos fra-cos, as mudanças nos ambientes inter-no e externo ficam mais visíveis, sem as surpresas dos riscos desconhecidos.

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Drops deSUCESSO

Analise suas atitudes no trabalho e veja 5 erros que você pode estar cometendo em sua carreira:

1. Não saber lidar com fracassos

Lidar com certos contratem-pos pode ser intimidador e para quem se cobra muito levar um “não” pode ter efeito desanimador. Imprevistos e erros fazem parte de toda carreira e é atra-vés deles que se aprende. O que fazer: a solução para o desânimo nestes casos é mudar a própria mentalidade. Em vez de recuar, é preciso aceitar novos de-safi os e tomar alguns riscos. Defi na um objetivo diferente todo mês para sair da sua zona de conforto. E se resultar em fracassos, aprenda com eles.

2. Não se autopromover

É importante destacar quan-do se faz um bom trabalho que pode passar despercebido pelos líderes da empresa. Muitas pessoas não se auto-promovem por pensar que é antiprofi s-sional tentar se sobressair por algum trabalho louvável ou porque presumem que seus colegas e chefes já estão cien-tes da conquista. O que fazer: tenha em mente que o ambiente de trabalho é competitivo e que há outros funcioná-rios igualmente qualifi cados. A não ser que seus líderes já reconheçam seu bom trabalho, não deixe de mencionar aque-le problema ou projeto no qual se esfor-çou tanto para terminar. Outra solução apontada pelos especialistas é sempre deixar seu chefe a par de um processo que está cuidando. Assim, quando for assumir uma tarefa que exija muita ca-

pacidade, assegure-o de que você está à altura, lembrando-o do quanto sua performance foi boa em tarefas passa-das semelhantes.

3. Dizer “eu” em vez de “nós”

Concentrar-se unicamente em seu sucesso ou reconhecimento pessoal, traçando objetivos apenas in-dividuais, pode te prejudicar dentro da companhia. Afi nal, você está dentro de uma equipe para atingir benefícios para a empresa como um todo. E se seus lí-deres percebem que você está focado em atingir os interesses da companhia, as chances de eles te promoverem é ainda maior. O que fazer: antes de rea-lizar alguma ação no trabalho, pense se o resultado atingirá a equipe como um todo ou se é algo que apenas interessa a você pessoalmente.

4. Não pedir feedback

Pedir feedback para seu su-pervisor pode revelar o que você está fazendo de errado no trabalho e levar a críticas construtivas para melhorar. Mesmo que haja uma avaliação anual dos funcionários, é preciso receber fe-edbacks mais de uma vez por ano. O que fazer: procure con-v e r s a r com colegas com os quais você se sente à vontade para falar. Peça para serem francos sobre seu trabalho e pergunte o que você pode fazer para melhorar no futuro. Em um cenário ainda me-lhor, peça que pensem sobre o assunto e, se puderem, tragam novas sugestões para lhe ajudar.

5. Negar pedidos de novas tarefas

Não basta fazer apenas o que está no seu contrato de trabalho. Se quiser se destacar e conseguir uma promoção, mostre sua capacidade também em outras tarefas e encare a empresa como um campo aberto para explorar suas capacidades. O que fazer: para ter boas justifi cativas na hora de pedir um aumento ou uma promoção, é preciso mostrar que, além de dominar muito bem o seu trabalho atual, você também consegue assumir responsabi-lidades adicionais que estão fora da sua posição. Tome cuidado para não pegar mais tarefas do que pode aguentar. De nada adianta assumir uma atividade que você não conseguirá cumprir ou até mesmo deixar de lado o seu próprio trabalho para tentar se destacar. Tente equilibrar suas obrigações e os traba-lhos extras dentro das suas possibilida-des.

Fonte: Learnvest

procure con-v e r s a r com colegas com os

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