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Responsabilidade civil dos veículos de comunicação em eventos é tema de Seminário na Agert “A Instantaneidade do rádio é única” Entrevista com o deputado federal agraciado com o Troféu “Amigo do Rádio” pela Agert em 2011, Mendes Ribeiro Filho Radiodifusor: tire suas dúvidas Página 6 Página 4 Maio de 2013 - Edição nº 605 TX (Maio): R$ 31,30, com variação de 2,15% sobre o mês anterior. Página 5 Guia com perguntas e res- postas aborda as principais questões sobre a responsa- bilidade civil

Informativo 604

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Page 1: Informativo 604

Responsabilidade civil dos veículos de comunicação em eventos

é tema de Seminário na Agert

Responsabilidade civil dos veículos de comunicação em eventos

é tema de Seminário na Agert

“A Instantaneidade do rádio é única”

Entrevista com o deputado federal agraciado

com o Troféu “Amigo do Rádio” pela Agert em 2011,

Mendes Ribeiro Filho

Radiodifusor: tire suas dúvidas

Página 6

Página 4

Maio de 2013 - Edição nº 605TX (Maio): R$ 31,30, com variação de 2,15% sobre o mês anterior.

Página 5

Guia com perguntas e res-postas aborda as principais questões sobre a responsa-bilidade civil

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Maio de 20132

Editorial

AGERT - Entidade fundada em 13 de dezembro de 1962

Realização: Eliana Camejo Comunicação Empresarial Comercialização: Diego AlvesRedação: Mariana Caldieraro

Colaboração: Cláudia Jobim e Aline Victorino Diagramação: Renato Dambros

Impressão: 1000 exemplaresO Agert Informa é uma publicação mensal da

Associação Gaúcha de Emissoras de Rádio e TelevisãoRua Riachuelo, 1098 CJ. 204 - Centro

CEP: 90010-272 - Porto Alegre/RS Telefone: (51) 3228.3959 - www.agert.org.br

Contato: [email protected]

PresidenteAlexandre Alvarez Gadret - [email protected]

Vice-PresidentesAntonio Tigre - [email protected]

Ary Cauduro dos Santos - [email protected] Piccoli - [email protected]áudio Brito - [email protected]

Cláudio Zappe - [email protected] Corrêa - [email protected]

Jerônimo Fragomeni - [email protected] Badra - [email protected]

Leonardo Meneghetti - [email protected] Hintz Mallmann - [email protected]

Luis Cruz - [email protected] Proença - [email protected]

Nelcy Adão de Souza - [email protected]ébio Borghetti - [email protected]

Pedro Edir Farias - [email protected] Pedro Ricardo Germano - [email protected]

Renato Albuquerque - [email protected] Ruivo - [email protected]

DiretoresAlexandre Kannenberg - [email protected]

Cláudio Albert Zappe - [email protected] Casali - [email protected]

Cyro Martins - [email protected] Edson de Bem - [email protected]

Eloy Scheibe - [email protected] Casara - [email protected]

Hilmar Kannenberg - [email protected] Ildomar Joanol - [email protected]

João Vianei - [email protected] José Cunha - [email protected]

José Luis Bonamigo - [email protected] Markus - [email protected]

Marcos Dytz Piccoli - [email protected] Puretz Neto - [email protected]

Ricardo Brunetto - [email protected] Saraiva Carriconde - [email protected]

Vanderlei Roberto Uhry - [email protected] Ubiratan de Moura - [email protected]

Conselho ConsultivoPresidente: Roberto CervoMembros do Conselho:

Afonso Antunes da Motta, Antônio Abelin, Fernando Ernesto Corrêa, Gildo Milman,

Otavio Gadret, Paulo Sérgio Pinto, Ricardo Ferro Gentilini

Conselho Fiscal Presidente: João Henrique Gallo

Membros do Conselho: Aniceto Paganin, Alcides Zappe

AssessoresAssessoria Jurídica: Gildo Milman

[email protected] Contábil: Ronaldo Silva de Oliveira

[email protected] Fiscal: Paulo Ledur

[email protected]

No mês de maio a sede da Associação Gaúcha de Emissoras de Rádio e TV foi palco de encontro que reuniu importantes nomes da Defensoria Pública do RS. O Semi-nário realizado pela Agert com o tema “A responsabilidade civil dos veículos de comuni-cação em eventos” coordenado pelo vice-presidente da Agert, Cláudio Brito, contou com a participação do defensor público-geral do Estado, Nilton Arnecke Maria, do sub-defensor público-geral para assuntos jurídicos, Felipe Kirchner, do defensor público-assessor, Jaderson Paluchowski e de radiodifusores de todo RS.

Deste encontro, produzimos um guia com perguntas e respostas que disponibili-zamos na página 5 deste informativo com o objetivo de facilitar as informações para nosso associado referente a esse assunto. O encontro foi bastante produtivo e os pre-sentes puderam tirar dúvidas e esclarecer melhor questões sobre o tema.

Nesta edição, também ressaltamos a importância da participação dos associados à Agert no próximo Congresso Gaúcho de Rádio e TV, que acontecerá nos dias 13, 14 e 15 de outubro, no Hotel Serrano em Gramado. “Capacitando pessoas, integrando mídi-as” será o tema central do evento.

Falaremos também no informativo de maio sobre o Relatório Social da Agert, edi-ção 2012, que neste ano tem, pela primeira vez, um tema norteador: a Educação. A publicação buscará responder a questão “Qual o papel da radiodifusão na educação?”, demonstrando como, através da atuação e engajamento das emissoras em ações que concernem à escola, à alfabetização, à valorização do professor e do ambiente escolar, podem contribuir para superar os desafios da educação no Brasil. Já antecipamos o tema do nosso próximo Relatório Social, edição 2013, que será sobre Saúde.

E finalizo, parabenizando o Tribunal Regional Eleitoral do RS (TRE-RS) pelo lan-çamento da Radioweb TRE que se torna mais uma ferramenta de comunicação social no sentido de aprimorar o intercâmbio entre a Justiça Eleitoral e o cidadão.

Boa leitura!

RÁDIOS ANIVERSARIANTES

Rádio São Miguel AM Uruguaiana 1/5/1946Rádio Medianeira FM Santa Maria 3/5/1989Rádio Colonial AM Três de Maio 3/5/1955Rádio CBN Porto Alegre 5/5/1985Rádio Difusora FM Palmeira das Missões 5/5/1987Rádio Nativa FM Piratini 5/5/1992Rádio Pop Rock FM Bagé 5/5/2003Rádio Viva 90,7 FM Montenegro 9/5/2007Rádio Tapense AM Tapes 10/5/1964Rádio Delta FM Bagé 12/5/1983Rádio 104,1 FM Porto Alegre 12/5/1989Rádio Cruz Alta AM Cruz Alta 13/5/1946Rádio Vera Cruz AM Horizontina 13/5/1962Rádio Pop Rock FM Cruz Alta 13/5/1987Rádio 104.1 FM Barra do Ribeiro 15/5/1989Rádio Caçapava AM Caçapava do Sul 20/5/1951Rádio Noroeste Santa Rosa 20/5/1963Rádio Comunidade FM Veranópolis 20/5/1968Rádio Atlântida FM Caxias do Sul 22/5/1992Rádio Coroados FM Nova Prata 22/5/1989Rádio Pitangueira AM Itaqui 25/5/1990Rádio Sananduva AM Sananduva 26/5/1979Rádio Solaris AM Antônio Prado 26/5/1988Rádio Cacique AM Lagoa Vermelha 26/5/1948Rádio 96 FM Uruguaiana 26/5/1981Rádio Gaúcha FM Porto Alegre 28/5/2008Rádio Gazeta 1.180 AM Santa Cruz do Sul 28/5/1980Rádio Gazeta 101.7 FM Santa Cruz do Sul 28/5/1980Rádio Liberdade FM Viamão 28/5/1983Rádio 99,9 FM Pelotas 28/5/1987Rádio Educadora AM São João da Urtiga 29/5/1995

Alexandre GadretPresidente da Agert

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3Maio de 2013

as palestras e shows, três hospedagens em apartamento compartilhado com café da manhã incluso, todas as refeições no período, pasta identificada, material de apoio, certifi-cado e participação nos sorteios e brindes.

Ao fazer a inscrição no mês de maio, o associado à Agert terá a vantagem de pagar o menor valor pela inscrição e ainda ter a condição de parcelar em até cinco pagamentos mensais pelo preço à vista.

Com o objetivo de beneficiar os associados na inscrição, foi criado o Desconto por Volu-me, que será possível obter desconto de 5% a partir de 6 inscrições, desconto de 8% a par-tir de 10 inscrições e desconto de 12% para 14 inscrições ou mais. Sugerimos que seja veri-ficada a ficha de inscrição no site da Agert (www.agert.org.br).

Para assegurar a sua participação utilize a ficha de inscrição disponível no site da Agert www.agert.org.br marcando a sua opção desejada de pagamento. Mais informações através do fone 51-32122200 ou pelo e-mail [email protected].

22° Congresso da Agert está com as inscrições abertas

A Associação Gaúcha de Rádio e TV (Agert) está com inscrições abertas para o 22º Congresso Gaúcho de Rádio e TV, um dos maiores eventos do setor. Com o tema central “Capacitando pessoas, integrando mídias”, o congresso acontecerá nos dias 13, 14 e 15 de outubro, no Hotel Serrano em Gramado.

A diretoria da Agert convida a todos os associados a participarem deste importante evento que vai trazer grandes temas da radiodifusão através de palestras e painéis. Repre-sentantes do Ministério das Comunicações e da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) participarão de painel juntamente com radiodifusores para discutir as demandas do setor.

Durante o congresso também acontecerá a Feira de Equipamentos onde o radiodifu-sor terá a oportunidade de conhecer os novos produtos que a indústria técnica estará expondo e adquirir equipamentos com planos especiais de venda.

A emissora associada poderá inscrever os seus profissionais onde cada congressista terá direito a uma credencial para livre acesso ao Centro de Convenções e assistir a todas

Evento reunirá radiodifusores de todo Brasil. Ao fazer a inscrição no mês de maio, o associado à Agert terá a vantagem de pagar o menor valor pela inscrição e ainda parcelar em até cinco vezes

A N O S

“Educação” será o tema norteador do Relatório Social 2012 Desde 2004, quando pioneiramente iniciou a publicação do Relatório Social, a Agert vem mobilizando emissoras de rádio e de televisão de todo o

Rio Grande do Sul. Esse compromisso reforça a importância de uma radiodifusão forte e independente para o desenvolvimento do Estado.A nona edição do Relatório Social - relativa ao exercício 2012 - tem, pela primeira vez, um tema norteador: a Educação. A publicação buscará res-

ponder a questão “Qual o papel da radiodifusão na educação?”, demonstrando como, através da atuação e engajamento das emissoras em ações que concernem à escola, à alfabetização, à valorização do professor e do ambiente escolar, podem contribuir para superar os desafios da educação no Bra-sil. Também farão parte do relatório entrevistas ping-pong a serem realizadas com pessoas de referência no campo da educação.

“Ao lançarmos a nona edição do nosso relatório Social, lançamos também o desafio de tentar responder, através das ações dos nossos veículos e junto a fontes especializadas, um novo tema a cada ano. Em 2012 começamos pelo tema da educação uma das questões mais sérias e importantes no atual cenário brasileiro. Buscamos levantar não apenas as ações de nossas emissoras que muito contribuem para superação dos problemas e dificulda-des da educação, mas buscamos também ouvir estudiosos na área, que pudessem apontar caminhos de como qualificar ainda mais o papel da radiodi-fusão”, explica Myrna.

O lançamento do Relatório Social 2012 está previsto para o dia 20 de junho. Maiores informações serão enviadas aos associados. A Agert já anteci-pa o tema do Relatório Social 2013 para que as emissoras associadas já se programem para participar. O tema será sobre Saúde.

Por meio desse projeto, anualmente, o setor de radiodifusão apresenta à sociedade gaúcha a sua contribuição expressa nos valores globais de mídia doada – espaço cedido para apoiar causas e campanhas de cunho social e ambiental de parceiros ou para registro de ações promovidas pelas emissoras. Em oito anos de levantamento, foram contabilizados, ao todo, R$ 390.654.840,46 em mídia doada pelas associadas.

O trabalho coordenado pela vice-presidente de capacitação da Agert, Myrna Proença, relata ações de emissoras que aderiram ao projeto. A metodologia do Relatório Social segue as normas do Instituto Ethos, organização sem fins lucrativos, que é referência nacional em responsabilidade social empresarial. A realização é da empresa Signi Estratégias.

Comissão do Senado Federal debate veiculação da publicidade infantilA Comissão Temporária de Modernização do Código do Consumidor realizou no final do

mês de abril, audiência pública para debater a veiculação da publicidade dirigida às crianças.O evento foi uma iniciativa do senador Ricardo Ferraço (PMDB-ES) relator do projeto de

lei que propõe algumas alterações e atualizações no Código de Defesa do Consumidor (CDC).

O conselheiro da Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (ABERT), Alexandre Jobim, participou da audiência e defendeu o papel da TV aberta como fonte de informação e de auxílio às crianças. “As crianças e os pais tem o direito de receber informa-ção. Com base na informação as crianças aprendem a separar o que é certo ou errado. Banir a publicidade para os produtos infantis será um desserviço a sociedade, pois acabará com a liberdade de escolha das famílias", disse.

Jobim disse que o Código de Defesa do Consumidor já estabelece em seus artigos a necessidade de proteção as criança. Ele citou o artigo 37 do CDC, que pune qualquer publi-cidade abusiva que incentive a violência, explore medo ou se aproveite da deficiência de jul-gamento e experiência da criança. “Já existe a legislação para cumprir e cumprimos, pode-mos sim aperfeiçoar, os princípios já estão aí, seja na Constituição Federal, no CDC ou no Estatuto da Criança e do Adolescente. Agora, banir a publicidade infantil seria um retroces-so", afirmou o conselheiro da ABERT. Ele ainda destacou o papel importante do Conselho Nacional de

Autorregulamentação Publicitária (CONAR), que pune com rigor peças publicitárias que desrespeitam o consumidor.

O diretor executivo do CONAR, Edney Narchi, falou sobre a atuacao do órgão que conta

com a participação da sociedade civil, anunciantes, agências de publicidade, empresas de comunicação. “O CONAR presta um grande serviço à sociedade. Trabalhamos em confor-midade com a lei e com as normas éticas da publicidade infantil. Toda a publicidade que extrapola a razoabilidade ou que de alguma forma é abusiva a criança ou ao consumidor é analisada pelo CONAR e mudanças são feitas. Os anunciantes e as agências de publicidade respeitam as decisões, disse Narchi.

O Subprocurador-Geral da República, Aurélio Veiga Rios, falou sobre o papel do Estado na proteção dos direitos das crianças. Ele acredita que as crianças são capazes de tirar suas conclusões, no entanto, entende que o Estado deve sim acompanhar o assunto de perto. “Fa-mília e Estados devem caminhar juntos nesse quesito. Temos que saber até quando o poder público deve intervir, porque acho que em alguns casos temos que nos manifestar e cobrar previdências”, afirmou Rios, que defendeu leis mais detalhadas para tratar dos abusos na publicidade infantil. “É preciso achar um ponto de equilíbrio para além do Código de Defesa do Consumidor para acabar com os abusos e explorações em cima das crianças”, disse.

A diretora do Instituto Alana, Izabella Henriques, disse que sao necessárias mudanças na propaganda. “Não queremos banir a publicidade/propaganda infantil. Defendemos que ela seja direcionada aos pais, ou seja, em horários em que “teoricamente” os pais estejam em casa e não em intervalos de programas infantis no horário da tarde”, disse Izabella.

O professor de comunicação social da Universidade Federal do Espirito Santo, Edgar Rebouças, acredita ser necessária a criação de normas para regular a publicidade. “O Esta-do, como poder público, tem que participar e ter opinião sobre o que é bom ou não para crian-ças e jovens”, disse.

Até - R$ 610,00 por pessoa, com uma entrada de R$ 122,00 e 4 parcelas de R$ 122,00Até - R$ 700,00 por pessoa, com uma entrada de R$ 175,00 e 3 parcelas de R$ 175,00Ate - R$ 804,00 por pessoa, com uma entrada de R$ 268,00 e 2 parcelas de R$ 268,00Após - R$ 924,00 por pessoa, com uma entrada de R$ 462,00 e 1 parcela de R$ 462,00

31/05/201330/06/2013 31/07/2013 31/07/2013

DIAS 13, 14 e 15 DE OUTUBRO DE 2013INSCRIÇÕES

AGERT - Associação Gaúcha de Emissoras de Rádio e TelevisãoRua Riachuelo, 1098 – Cj. 204 - Porto Alegre - RS - 90.010-270

Fone (51) 3212.2200 - E-mail: [email protected]

INSCRIÇÕESAGERT - Associação Gaúcha de Emissoras de Rádio e Televisão

Rua Riachuelo, 1098 – Cj. 204 - Porto Alegre - RS - 90.010-270 Fone (51) 3212.2200 - E-mail: [email protected] SERRANO RESORT & CONVENTION CENTER -GRAMADO, RS

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Defensoria pública do estado debate com radiodifusores gaúchos a responsabilidade dos veículos de comunicação em eventos

A Agert reuniu em Porto Alegre radiodifusores de todo o estado em sua sede para o seminário “A responsabilidade civil dos veículos de comunicação em eventos”. “A ideia do encontro surgiu após a tragédia ocorrida em Santa Maria, com o incêndio da boate Kiss. Percebemos a importância de conscientizar as emissoras de rádio e televisão do estado sobre a responsabilidade civil que as empresas têm ao apoiar, promover ou firmar parceria em eventos como shows, festas, rodeios ou bailes. Muitas vezes, desconhecem o real com-promisso que essa parceria pode estar gerando do ponto de vista legal”, explicou o presi-dente da Agert, Alexandre Gadret, durante a abertura do seminário que aconteceu no dia 11 de abril.

O seminário foi coordenado pelo vice-presidente da Agert, Claudio Brito, e contou com a participação do defensor público-geral do Estado, Nilton Arnecke Maria, do subdefensor público-geral para assuntos jurídicos, Felipe Kirchner, e do defensor público-assessor, Jaderson Paluchowski.

Como forma de minimizar eventuais problemas, a Defensoria sugeriu a contratação de seguro para todos os eventos com mais de 200 participantes. Além disso, recomendou a verificação das condições de segurança dos eventos em que os veículos de comunicação são promotores ou parceiros, principalmente quando estiverem aliando suas marcas, situ-ações em que a responsabilização torna-se inevitável.

Ao dar início ao seminário, Claudio Brito ressaltou o papel da Defensoria Pública no Estado, destacando sua postura ativa. “A Defensoria Pública surgiu para equilibrar, institu-cionalmente, a prestação de Justiça à sociedade brasileira. Seria um desequilíbrio se não tivéssemos uma instituição que atuasse como defensora da sociedade. A Defensoria do Rio Grande do Sul assumiu uma postura de protagonista, de iniciativa e pró-atividade. Uma instituição que deu exemplo em Santa Maria quando, logo nos primeiros dias após a tragédia, ajuizou uma cautelar para indisponibilidade dos bens dos eventuais responsáve-is”, afirmou Brito.

Após a abertura, o defensor público-geral, Nilton Arnecke Maria, fez uma apresenta-ção do papel e da atuação da Defensoria Pública em todo o Rio Grande do Sul. “A atuação da Defensoria perante o acontecimento de Santa Maria surpreendeu aqueles que desco-nheciam nosso verdadeiro papel no Estado. Muitos ainda hoje questionam por que a Defensora foi a Santa Maria?”, declarou.

A Defensoria Pública é um braço do estado que, em sua formatação jurídica constituci-onal e legal, está preparada e apta para defender o cidadão carente e vulnerável. Busca, também, identificar problemas coletivos e promover ações que favoreçam diversos consu-midores com o mesmo problema, atendendo, na tutela coletiva, demandas de massa. “So-mos agentes educadores de direito, mediadores de conflitos na sociedade”, explicou Arnecke. Como exemplo, citou a atuação da Defensoria no caso do acidente da TAM, com a criação de Câmaras de Conciliação Extrajudicial para a resolução de litígios fora da Justi-ça. No caso de Santa Maria, a Defensoria Pública do Estado entrou com uma ação coletiva para beneficiar diretamente mais de cinco mil pessoas. “Com isso, evitamos cinco mil pro-cessos e, pelo menos, 80 mil recursos, que todos nós pagaríamos a conta”, exemplificou o subdefensor Felipe Kirchner.

Em sua apresentação, Kirchner orientou os radiodifusores sobre o uso do Código de Defesa do Consumidor nas ações indenizatórias decorrentes de incidentes em eventos artísticos com grande público. “É importante estabelecer os riscos das atividades para mini-mizar problemas”, alertou. O subdefensor destacou a responsabilidade civil das empresas de comunicação abordando os seguintes aspectos inerentes à atividade, como o impor-tante papel na transparência pública e na consequente fiscalização do Estado e na forma-ção de cidadania.

Kirchner também ressaltou os deveres dos meios de comunicação ao cumprir seu papel na sociedade. Os veículos devem estar atentos à veracidade das informações divul-gadas (o que deve se estender aos parceiros comerciais); à objetividade (quando a infor-mação não é precisa, pode ser utilizada de forma inadequada); à lealdade com todos pro-fissionais; à pertinência e à responsabilidade em caso de um eventual dano. “Toda empre-sa deve estar ciente que, dificilmente, um dano é praticado por um só agente. Há uma cade-ia de responsáveis. No caso de dano causado por um veículo de comunicação, todos os envolvidos podem ser responsabilizados, seja o comunicador como pessoa física, a empresa de comunicação ou a fonte de informação, cada um dentro de seu contexto e con-duta praticada”, destacou.

Essa visão não segue somente o Código Civil, mas, principalmente, a lógica do Código de Defesa do Consumidor (CDC). “O CDC subverte e revoluciona a lógica do direito, que-brando concepções clássicas como a da responsabilidade civil. Geralmente, o direito pro-tege o sujeito em condições de igualdade. O Código de Defesa do Consumidor reconhece que as pessoas, na prática, são materialmente desiguais e que se a lei tratá-las de forma igual estará mantendo essas desigualdades”, declarou. No CDC existem pelo menos três tipos de consumidores: o direto (aquele que retira da cadeia de consumo algum bem para uso próprio), o coletivo (quando a coletividade é afetada) e bystandard (embora não esteja consumido diretamente algo, é afetado por um ato de consumo).

O Código de Defesa do Consumidor rompe com outra lógica do sistema de responsa-bilidade civil ao não considerar o pressuposto da culpa. Além disso, o CDC amplia o enten-dimento do nexo de causalidade, não responsabilizando somente aquele que pratica a con-duta, mas todos os participantes da cadeia de consumo. “Diante disso, se pensarmos pela lógica de socialização de riscos, é fundamental que todo empresário preveja esse risco em seu negócio, resguardando-se e quantificando isso, colocando em seu preço”, aconselhou Kirchner.

Como exemplo, o subdefensor cita um eventual dano provocado por um entregador ter-ceirizado de uma loja de móveis. “Quem será responsabilizado: o entregador, a loja que

Maio de 2013

vendeu o móvel ou o fabricante? Seguindo a lógica da cadeia de responsabilidades, que os fornecedores são responsáveis entre si, todos que participam dessa cadeia devem ser aci-onados. O consumidor deve ser ressarcido e o rateio desse dano deve ser discutido, poste-riormente, entre os participantes na cadeia”, exemplificou.

Dessa forma, as empresas de comunicação devem tomar alguns cuidados, para se resguardar dos riscos de se vincularem a um determinado evento. Em primeiro lugar, é pre-ciso definir qual o envolvimento do veículo, se ele é organizador, se é um mero apoiador ou se está apenas divulgando de forma jornalística ou publicitária a realização do evento.

Quando o evento é promovido pelo próprio veículo de comunicação, ainda que haja outros parceiros comerciais, não há dúvida de que será responsabilizado diante de qual-quer dano, pois ele é, claramente, um participante da cadeia de consumo. O mesmo ocorre quanto um veículo é apenas um apoiador do evento, cedendo sua marca ou nome a este. “Apesar de não ter envolvimento ou domínio do fato, o veículo poderá ser, da mesma for-ma, responsabilizado. Mesmo que haja um contrato estabelecido com o promotor do even-to, a mera menção da marca no local já o responsabiliza. Seguimos, aqui, a Teoria da Apa-rência. Quando a nossa marca está atrelada à pratica do evento, para o consumidor – leigo e vulnerável – esse veículo de comunicação está junto na cadeia de consumo”, esclareceu Kirchner.

O Código de Defesa do Consumidor considera irrelevante se o apoio foi estabelecido em troca de retorno financeiro ou por simples motivação social. “Se o agente aufere lucro, ou não, é irrelevante. Porém, vejo com diferença quando a empresa vende um espaço comercial para divulgação de um evento e quando estabelece uma parceria, ganhando um percentual na bilheteria, por exemplo. Nesse caso, há uma cooperação para o sucesso da realização do evento, o que gera vínculo de colaboração”, afirmou o subdefensor.

Diante disso, a Defensoria recomenda a fiscalização de parceiros comerciais, a quem estamos emprestando ou cedendo a marca. A recomendação é de que toda emissora tra-balhe com um sistema de seguros, prevendo isso já em seus Planejamentos Estratégicos. “Agir de forma preventiva, socializando os riscos, é a melhor alternativa. Caso a verba reservada para isso não seja utilizada para cobrir um eventual dano, podemos investir em melhorias na fiscalização e prevenção”, recomendou.

O seguro, que pode ser feito independente da cobrança de ingressos, não impedirá que o consumidor entre com um pedido de indenização, mas certamente cobrirá grande parte das demais. Outra dica é negociar contratos de forma coletiva, para diminuir custos.

Com relação à publicidade veiculada nas emissoras de rádio e televisão, a preocupa-ção deve ser deter à veracidade das informações que estamos veiculando. No caso da mera divulgação do evento, por contratação de espaço publicitário ou por divulgação jor-nalística, dificilmente o veículo poderá ser responsabilizado. “Porém se tiver divulgado informações não verídicas, pode haver a responsabilização”, disse. Outro aspecto que deve se considerado é o dever de diligência, com a verificação do conteúdo que estamos divulgando. “Acho que todo conteúdo publicitário deveria passar pelo crivo do departa-mento jurídico. Algumas propagandas são claramente abusivas, enganosas e discrimina-tórias. Quando o veículo está ciente da possibilidade de ocorrência de algum dano, o dever de diligência aumenta”, recomendou.

Outra preocupação que surgiu durante o seminário diz respeito a algum dano provoca-do, por exemplo, por uma equipe de segurança terceirizada. O veículo de comunicação que está apoiando o evento, com a sua marca inserida no local, pode ser responsabiliza-do? “A solidariedade é perante o consumidor. Entre fornecedores há o direito de regresso, ou seja, será punido o autor da conduta. Se consumidor acionar o veiculo de comunicação, a emissora irá buscar o direito de regresso, cobrando da empresa de segurança”.

“Podemos concluir que se a empresa de comunicação opta por apoiar um determina-do evento, inserindo sua marca, é fundamental que escolha parceiros confiáveis e certifi-que-se que eles estão fazendo um bom trabalho, prevendo um possível risco. Devemos estar cientes que, havendo qualquer problema, podemos ser incluídos como responsáve-is”, finalizou o presidente da Agert, Alexandre Gadret.

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AGERT RECOMENDA:AGERT RECOMENDA:

A RESPONSABILIDADE DAS EMISSORAS DE RÁDIO E TELEVISÃO EM EVENTOSEm consequência ao Seminário realizado pela Agert no mês de abril de 2013 referente a responsabilidade civil dos veículos de comu-

nicação em eventos, este guia de perguntas e respostas tem como objetivo informar e tirar as principais dúvidas dos nossos associados sobre o assunto, destacando-se a incidência do Código de Defesa do Consumidor, pois a relação entre promotores de um evento e o público é tipicamente uma relação de consumo.

As emissoras de rádio e televisão são chamadas cada vez mais a contribuir com eventos de massa. Há vários níveis de participação: realização, promoção, apoio e divulgação pura e simples. A responsabilidade ante eventuais danos ocorridos nestas ocasiões será propor-cional ao nível de envolvimento da emissora em cada uma das modalidades de participação.

Assim, procurando traçar um roteiro acautelador, a Agert recomenda muita atenção ao examinar a hipótese de promover ou apoiar eventos de massa. Não há lucro que justifique o dano irreversível de participação em acontecimentos desagradáveis e que causam prejuí-zos a terceiros. Maiores serão as perdas de quem, por falta de precaução, terminar por envolver-se em uma desagradável cadeia de res-ponsabilizações.

Realização:Cláudio Brito | Vice-Presidente Jurídico da Agert

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A instantaneidade do rádio é única

1) Como relator na Câmara do Projeto de Lei de Acesso à Informação Pública, como o senhor acredita que esse Projeto vem contribuindo para o fortalecimento da liberdade de imprensa no país?

2) Qual a sua expectativa com relação ao Projeto de Lei 595/2003 que flexibili-za o horário de transmissão da Voz do Brasil?

3) Como ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, qual foi seu maior aprendizado? Ao estabelecer um contato direto com o meio rural, como o senhor avalia a influência que os veículos de comunicação, principalmente do rádio, exerce sobre os produtores rurais?

O exercício desta nova Lei está sendo um divisor de águas para a democracia do país. De parte dos governos e órgãos públicos é uma quebra total de paradigma, que exige uma forte revisão de condutas.

Para a imprensa, representa mais uma ferramenta de apuração dos fatos, mas que não deve se sobrepor aos caminhos normais de uma investigação jornalística. Porém, o principal objetivo esta Lei é dar instrumentos à sociedade para o real exercício da cida-dania, por meio da transparência.

Considero as duas coisas importantes. Sou fã incondicional do rádio e, como parti-cipei de alguns governos, sei o quanto é importante contar com uma mídia de tamanha abrangência para a divulgação de seus atos.

Por outro lado, as empresas de radiodifusão dependem exclusivamente da publici-dade para sua manutenção. O horário das 19 horas, comercialmente falando, sem dúvi-da, é um horário nobre, contando com muita audiência. E isso precisa ser levado em conta.

A passagem pelo Ministério da Agricultura me trouxe muitos aprendizados. O prin-

Ingressou na vida pública em 1974, formou-se em Direito e foi eleito vereador em Porto Alegre em 1982. Jorge Alberto Portanova Mendes Ribeiro Filho exerceu o cargo de Ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e em março de 2013 reassumiu a vaga de Deputado Federal, na Câmara dos Deputados. Em 2011, recebeu, em Porto Alegre, o Troféu “Amigo do Rádio” pela Agert, por dar apoio a radiodifusão no que se refere à aprovação de leis, como foi o caso da lei do Ressarcimento Fiscal, na qual foi o articulador.

Em entrevista ao AGERT Informa Mendes Ribeiro Filho revela que nas viagens que fez pelo Brasil como ministro da Agricultura percebeu que a companhia do rádio é uma constante em todas as regiões e que continua sendo o principal meio de informação do setor. O deputado federal afirma que não acredita que o rádio irá desaparecer mesmo que surjam novas mídias.

cipal deles foi conhecer de perto a realidade des-ses milhares de produtores rurais e a valorizar quem realmente produz a verdadeira riqueza deste país.

Percorri o Brasil por inteiro e a companhia do rádio é uma constante em todas as regiões. Continua sendo o principal meio de infor-mação do setor.

Receber o troféu “Amigo do Rádio” foi uma honra para mim. Toda vez que surge uma mídia nova, há quem diga que as antigas irão desaparecer. Eu não acredito nisso. A instantaneidade do rádio é única. Há espaço para todas as mídias conviverem con-juntamente, porque a necessidade por informação é cada vez maior. Hoje, o mundo não tem mais fronteiras, logo, você precisa comunicar o que acontece no mundo em tempo real.

De fato, o rádio me acompanha desde pequeno. Cresci dentro de um estúdio de rádio e isso marcou a minha vida. Na época em que ia trabalhar com o meu pai, não tinha a dimensão correta do que era aquilo. Mas, o fato é que o rádio me conquistou para sempre. Como já disse, sou fã incondicional, não vivo sem ouvir rádio.

4) Em 2009, o senhor foi agraciado com o troféu 'Amigo do Rádio' pela AGERT. De lá para cá, como o senhor avalia a evolução do rádio como veículo de comunicação? O senhor acredita que o meio se fortaleceu nos últimos anos?

5) Quando criança, o senhor acompanhava seu pai nos estúdios de rádio? Como isso influenciou na sua relação – seja como ouvinte ou como fonte de informação – com o meio? Qual a sua lembrança mais remota do rádio?

“Radioweb TRE Gaúcho” aproxima a Justiça Eleitoral do cidadão

Entrevista

Maio de 2013

Na tarde do dia 13 de maio, aconteceu o lançamento da Radioweb TRE Gaúcho - mais uma ferramenta de comunicação social no sentido de aprimorar o intercâmbio de informa-ções entre a Justiça Eleitoral e o cidadão. Durante o evento que ocorreu na sede do Tribu-nal Regional Eleitoral, em Porto Alegre, foi assinado um termo de convênio entre o TRE-RS e a Associação Gaúcha de Emissoras de Rádio e TV – Agert, para disponibilizar e divul-gar a programação da Radioweb TRE Gaúcho as emissoras associadas à Agert. O termo foi assinado pelo presidente do TRE-RS, desembargador Gaspar Marques Batista e pelo presidente da Agert, Alexandre Gadret.

A iniciativa surgiu para atender ao anseio de centenas de emissoras de rádio, espalha-das pelo Rio Grande afora, facilitando a tarefa de radialistas e jornalistas que atuam na cobertura diária do Judiciário. Porém, o objetivo da Radioweb TRE Gaúcho é ainda mais ousado, proporcionando uma programação eclética, aliando notícias, prestação de servi-ços e entretenimento aos ouvintes. E o TRE do Rio Grande do Sul será pioneiro nesta inici-ativa, sendo a primeira Corte Eleitoral a transmitir a programação ao vivo, incluindo as ses-sões do Pleno. A rádio estará no ar diariamente, de segunda a sexta-feira, das 14h às 17h.

O presidente da Casa, desembargador Gaspar M. Batista afirmou que a data de lança-mento da Radioweb vai entrar para a história do TRE gaúcho. “Estamos lançando hoje

uma importante ferramenta de interação e proximidade com o nosso público, que são os eleitores. Trata-se da nossa Radioweb TRE Gaúcho que estará a serviço da comunidade e em parceria com a Agert irá disponibilizar todo o conteúdo as suas associadas em todo o Estado”, enfatizou.

O presidente da Casa ainda destacou o momento de vanguarda e pioneirismo do povo gaúcho em torno da radiodifusão e citou importantes nomes como o padre Landell de Mou-ra, que promoveu a primeira experiência de radiotelefonia no Brasil e do ex-presidente Getúlio Vargas que foi considerado um dos pais do rádio.

Na ocasião, a vice-presidente e corregedora do TRE-RS, Elaine Macedo trouxe a lem-brança que a inovação não será somente comparada a outros tribunais. Explicou que a rádio irá transmitir as sessões de julgamento, programas culturais, na qual informações importantes serão passadas aos eleitores gaúchos. “Em relação à transmissão dos julga-mentos, podemos dizer que será uma atividade muito democrática. Acredito que democra-cia se faz com transparência, com comunicação, com informação e com diálogo. Estamos entrando diretamente na vida do cidadão. Ao transmitirmos as nossas sessões o eleitor da cidade do interior que está vendo o seu candidato, poderá ouvir através do rádio e poderá ter conhecimento da sustentação, do parecer do relator. Isso é um passo de democracia. Sinto-me muito honrada”, ressaltou.

O presidente da Agert, Alexandre Gadret, destacou a importância do acesso à informa-ção. “Nós da Agert, nos orgulhamos em saber que o Rio Grande do Sul mais uma vez é pro-tagonista com o lançamento da Radioweb. Isso é acesso a informação de uma maneira direta e qualificada”.

Com o mote sobre o acesso à informação Gadret explicou que o TRE-RS junto com a Agert no ano de 2012, passou por cidades do interior para que os formadores de opinião e os órgãos de imprensa que tinham dúvidas em relação ao pleito eleitoral do ponto de vista da comunicação tivessem essas dúvidas esclarecidas por um corpo altamente qualificado do TRE-RS. “Mais uma vez as emissoras de rádio e televisão cumpriram seu papel nas últi-mas eleições de maneira muito bem orientada pelos senhores e senhoras”, finalizou.

O presidente da Associação Riograndense de Imprensa – ARI, Batista Filho, esteve presente no evento também e enfatizou que a Radioweb lançada pelo TRE-RS é acima de tudo, uma conexão do Tribunal Regional Eleitoral do RS com a sociedade gaúcha. “É a transmissão do conhecimento sendo disseminada para a população”, concluiu.

Logo após a solenidade, os presentes participaram das primeiras entrevistas da pro-gramação ao vivo da rádio. A "Radioweb TRE Gaúcho" pode ser acessada pelo site www.tre-rs.jus.br.

Solenidade reuniu autoridades na sede do TRE-RS em Porto Alegre

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Ministro promete apresentar projeto sobre migração das AMs para FM ainda neste semestre

Prazo para desligar TV analógica deve ser ampliado para 2018

Rádio Nativa FM de Piratini integra comunidade com o projeto “Páscoa Doce, Criança Feliz”

O ministro das Comunicações Paulo Bernardo prometeu ontem durante o programa Bom Dia Ministro, transmitido pela Empresa Brasil de Comunicação, que irá apresentar ao Congresso Nacional o projeto de lei que prevê a migração das rádios AMs ao dial estendi-do FM. A ideia é que, assim, essas emissoras alcancem a qualidade de transmissões seme-lhante das rádios FM. Além disso, o ministro também disse que não existe um plano para a digitalização das FMs. Durante a sua participação no programa, o ministro explicou, reite-radamente, que diferentemente da televisão, não existe um plano para o rádio. “Não temos conclusão sobre a digitalização do rádio. Não temos um projeto que seja suficientemente convincente para fazer. Não estamos convencidos da conveniência de um ou outro siste-ma para as condições brasileiras.

Diante disso, um tema sensível que é a melhoria da qualidade das transmissões das rádios AM será atalhado com a mudança de faixa de freqüência. Temos um acordo com os radiodifusores de que não vamos esperar a definição de um modelo de rádio digital para tra-tar da questão das AMs. Vamos destinar os canais 5 e 6 para as rádios”, garantiu o minis-tro. Radiodifusores de todo o país encaminharam perguntas ao ministro e o tema que mais foi abordado foi a migração das rádios AMs para a faixa estendida do FM. “Já estamos tra-tando disso no governo. Temos uma minuta de projeto e tenho a expectativa de que possa-mos mandar isso para o Congresso, porque precisa ser lei, ainda neste primeiro semestre. Isso vai dar uma vida nova para essas rádios, porque a qualidade tem sido prejudicada.

A presidenta Dilma achou a ideia interessante, mas ainda tenho que discutir com ela o projeto. E as rádios precisarão fazer um corpo a corpo com os parlamentares para aprovar

Maio de 2013

isso rapidamente”, ressaltou Bernardo. Além de aspectos técnicos e de custo, a definição do sistema de rádio digital levará em consideração impactos socioeconômicos e a transfe-rência de tecnologia para a indústria brasileira. A rádio digital tem uma qualidade de áudio superior à das rádios atuais. Sua adoção acarretará no acesso a novos serviços de dados, como a recepção de dados textuais relacionados com a emissora e a sua programação, ser-viços de informação do tempo e do trânsito, alertas de emergência e, dependendo da tec-nologia, possibilitará a transmissão de imagens estáticas e em movimento. O secretário de Comunicação Eletrônica do Ministério das Comunicações, Genildo Lins, disse durante audiência pública realizada em dezembro do ano passado que os resultados dos testes de rádio digital conduzidos pelo ministério foram “muito ruins”, especialmente os de FM em alta potência. Além disso, a cobertura do sinal alcançou 70% da que hoje atinge o analógico. “O futuro do rádio é digital, mas esse futuro ainda não chegou. Não temos condições de tomar uma decisão diante desses resultados”, afirmou. Com isso, o governo aponta com a possi-bilidade da realização de novos testes, já que a área de cobertura do sinal digital não foi con-siderada completamente satisfatória.

Um dos problemas que foram detectados durante os testes do ano passado foi a área abrangida pelos dois padrões de rádio digital. "Diminuir a área de cobertura é excluir, e não podemos ter um sistema de rádio digital que cubra menos que o sistema analógico. Se con-seguirmos vencer essa etapa e ter um sistema que possa cobrir o mesmo que se cobria no analógico, dá para avançar nas outras discussões", explicou o diretor de Acompanhamento e Avaliação do Ministério das Comunicações, Octavio Pieranti. (Fonte: Tudo Rádio.Com)

O cronograma de desligamento da TV analógica no Brasil deverá começar em 2015 e se estender até 2018, revelou o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, durante o programa Bom Dia, Ministro, da EBC. Ele explicou que a proposta "é antecipar o início e poster-gar o fim do desligamento para ampliar o prazo final de implantação da TV digital, inicialmente previsto para 2016, está em análise dentro do governo e requer modificação do decreto que fixou essa data. "Nós vamos antecipar para 2015 o início do desligamento do sinal analógico, mas em compensação vamos aumentar o prazo até 2018.

Ao invés de ser em um ano só, nós vamos fazer em um período de três anos. Precisamos estimular que as pessoas comprem televisão digital, conversor digital. É evidente que nós não podemos desligar o analógico com as pessoas recebendo televisão antiga. Não vai dar cer-to", disse Bernardo. Atualmente, um grupo de trabalho formado por representantes do MiniCom e da Anatel trabalha na elaboração do Plano de Desligamento da Televisão Analógica no Brasil.

A previsão é de que o cronograma seja divulgado até o próximo mês. O plano deverá estabelecer que o desligamento do sinal analógico nas grandes cidades será antecipado e começará em 2015. O objetivo é que essa transição para o sinal digital ocorra até 2018, num pro-cesso gradual e planejado, com garantia de cobertura no país inteiro.

Além disso, teste-piloto deverá ser feito em uma cidade ainda em 2013 para verificar eventuais falhas. Uma das conseqüências do processo de digitalização da TV no Brasil será a liberação da faixa de 700 MHz para a banda larga. Essa faixa será destinada à implantação da tecnologia de quarta geração, a 4G. Hoje, a freqüência de 700 MHz está ocupada pelos canais de TV aberta que vão do 52 ao 59 em UHF. Para liberar essa parte do espectro, esses canais terão de ser remanejados. A faixa de 700 MHz já está desocupada em mais de 4,7 mil municípios brasileiros. O impasse está em 885 cidades. Nesses municípios, as TVs analógicas que ocupam os canais 52 a 59 precisam ser desligadas e remanejadas. O cronograma que está sendo feito pelo MiniCom e Anatel vai mostrar em quais cidades o desligamento do canal de TV analógico será obrigatório e como será feita a transferência. Para que a popula-ção seja beneficiada pela TV digital, outra medida também está em estudo pelo governo. A ideia é estimular a recepção do sinal digital por de meio da concessão de um subsídio para que a população de baixa renda adquira o conversor ou uma televisão com o conversor integrado. (Fonte: MiniCom)

“Toda empresa deveria contribuir com a sua comunidade através de projetos que envolvem o exercício da solidariedade. A prática de doar sem cobrar nada passa uma sensação maravilhosa de bem estar e ainda ajuda a quem precisa”, explica o gerente da Nativa FM, Maico Joanol quando se refere ao projeto “Páscoa Doce, Criança Feliz”. A iniciativa da Rádio Nativa FM, de Piratini, que em 2012 completou 20 anos, entrou em campo e integrou uma série de ações de cunho social que buscam aproximar ainda mais a empresa da comunidade.

O projeto foi direcionado aos 241 alunos da Edu-cação Infantil da E.M.E.I.F. Vera Moreira no Bairro Padre Reinaldo, que tiveram uma tarde divertida com a distribuição de doces, pipoca e refrigerante. Brinquedos infláveis e muita música também ani-maram a festa. E para finalizar, cestas de chocolate

foram distribuídos pela equipe de comunicadores da rádio, funcionários da escola e inte-grantes da família Rotariana que também contribuíram com o evento.

Uma equipe da rádio participou do evento que foi divulgado durante a programação da Nativa FM através de spots e um programa com entrevistas ao vivo foi transmitido direto da Escola.

A diretora do educandário, Vilma Antunes, destacou a importância da iniciativa: “Esta-mos muito felizes por a Nativa ter escolhido a nossa escola para ser contemplada. Crian-ças que jamais haviam tido acesso a um brinquedo inflável hoje conheceram e se diverti-ram. O resultado da satisfação é possível ver no rosto de cada um”, ressaltou.

Maico Joanol, gerente da Nativa frisou que a iniciativa não é considerada pela direção como um grande feito e sim como uma obrigação social na comunidade a qual a rádio está inserida. ”Com a ajuda do comércio e das entidades alçamos o sucesso plantando aqui uma semente que vai crescer e dar frutos no futuro, pois certamente teremos outras edi-ções do projeto. Estaremos em outro colégio fazendo a mesma festa”, assegurou Joanol.

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Jornalismo, jornal, jornalistaEsses três termos – jornalismo, jornal, jornalista – mantiveram pela semântica, ao longo

do tempo, um elo de tal modo intrínseco que poderíamos dizer que um não existiria sem o outro. A introdução das novas e novíssimas tecnologias nas comunicações tem sido respon-sável pela quebra do elo histórico. Começamos a admitir que jornalismo pode existir sem jor-nalista e o jornalista pode existir sem jornal, vinculado apenas ao jornalismo.

É uma reflexão meio tortuosa, mas coerente com essa realidade que se tornou também tortuosa desde que essa verdadeira convulsão foi instalada no universo das comunicações. Jornalismo (ou jornal) sem jornalista pode ser realizado apenas com as colaborações desses milhões de sentinelas avançadas sobre acontecimentos históricos – dos atentados no metrô de Londres aos sinais de fumaça que indicaram a escolha de um novo papa – com o privilé-gio de portar os aparelhinhos da modernidade – celulares, tablets, câmeras portáteis – capa-zes de registrar as informações em alta definição.

Em outro sinal dos novos tempos, um jornalista tem conseguido marcar sua existência enquanto jornalista fora das redações, “no aconchego do lar”, escrevendo para um blog ou para uma página pessoal numa das redes sociais.

São traços da gigantesca disrupção que atinge o setor de comunicação de modo geral. Na aparência, essas novas práticas ou esses novos modos de captar e transmitir informa-ções representam uma contribuição ao jornalismo. É assim, mas não é bem assim. A mesma tecnologia que permite a captação de mais informações tem colocado os antigos modelos de negócio baseados na informação contra a parede: renovem-se ou morram! Como diriam os professores da Universidade Colúmbia, nos Estados Unidos, temos de estar preparados para a ideia de que tudo vai piorar ainda mais antes de melhorar novamente, lá na frente, quando pessoas da minha geração – anos 1950 – estarão caquéticas ou sepultadas sob belíssima pá de cal.

O que importa refletir agora é que o verdadeiro jornalismo, feito de revelações cruciais para o desenvolvimento e o bem-estar dos povos, o jornalismo transformador porque basea-do na denúncia e na revelação da verdade, o jornalismo que age como moderador na luta entre fracos e fortes, faz e fará muita falta. As transformações, contudo, são de base, têm dei-xado os antigos modelos de negócio de ponta cabeça. A publicidade que os sustentava encontra na web espaços mais eficazes. “Tudo vai piorar muito antes de voltar a melhorar”, insistem os professores da Universidade Colúmbia.

Publicidade vai e não voltaAs mídias tradicionais, apesar de carregarem o peso dos procedimentos tradicionais,

ainda em vigor, poderiam reagir. Prospectar com intensidade o “novo mundo” que todos temos pela frente, produzir experimentos avançados nessa nova realidade que a tecnologia de informação já há quase duas décadas passou a nos oferecer, descobrir pelo menos alguns caminhos do futuro ou espernear, apenas espernear, antes de morrer. É assustador notar que a marca da grande maioria das empresas de mídias tradicionais é a paralisia,

Artigo

por Dirceu Martins Pio*

ainda mais acentuada se nos referirmos exclusivamente ao Brasil. Estão amarradas ao passado. Em consequência da evasão da publicidade, perdem qualidade em informa-ção a cada dia que passa. A reação se dá em movimentos pífios e dentro de uma visão ana-lógica de um assunto que migrou para a dimensão digital.

É quase impossível ser otimista no Brasil. As empresas tradicionais de mídia impressa estão paradas no tempo, amarradas que sem-pre estiveram à cultura e aos procedimentos analógicos, impermeáveis à inovação e à experimentação. Algumas delas – fenômeno recente – simplesmente desistiram da cobertu-ra nacional, de estado a estado, quando talvez a saída se encontre justamente na captação de informações para fora dos eixos tradicionais de cobertura (Rio, São Paulo, Brasília), onde, aliás, todas elas estão a cada dia mais concentradas.

As tecnologias de informação reduziram o tamanho do planeta, mas os jornais brasilei-ros parecem haver ampliado o tamanho do país. Jornais efetivamente nacionais hoje no Bra-sil só os da televisão, especialmente os da emissora líder que pode contar com as contribui-ções de emissoras coligadas e afiliadas. Os jornais em papel podem morrer no Brasil por falta de ousadia ou por falta de inovação numa época em que as tecnologias de informação põem tudo de pernas para o ar.

Antigos consultores da Universidade de Navarra (Espanha), ao vislumbrarem as trans-formações que vinham no bojo da web profetizavam, nos primórdios dos anos 1990, que o planeta seria cada vez mais dos rápidos e cada vez menos dos lentos. Tinham razão. As novas tecnologias têm feito grandes estragos mundo afora e já se pode dizer que os mais len-tos têm sido os primeiros a morrer. A tática defensiva tem-se revelado insuficiente, pois as mudanças são de base e, portanto, muito pouca coisa pode ser defendida.

Estamos na era da ousadia, onde a melhor defesa pode ser o ataque, baseado na expe-rimentação e na inovação. Os caminhos do futuro não são claros e todos terão de caminhar um pouco no escuro, um pouco no ziguezague, um tanto no vai-e-volta. Pode ser que não cheguem a nenhum lugar, o que, com certeza, será menos ruim que não tentar, ser arrastado pela correnteza que vem de encontro ou simplesmente morrer de inanição. Já se observa que a publicidade vai e não volta mais.

*Dirceu Martins Pio é jornalista e consultor em comunicação corporativa. O artigo foi publicado originalmente no site Observatório da Imprensa.

1º Prêmio Vencedores do Agronegócio - Federasul Inscrições até o dia 30 de agosto. Estão abertas as inscrições para a primeira edição do Prêmio Vencedores do Agronegócio. O concurso é organizado pela Federasul e

busca descobrir cases de sucesso, além de valorizar a força empreendedora, criatividade e de competência na resolução de desafios. Podem participar do Prêmio, empresas e pessoas físicas ligadas direta e indiretamente ao agribusiness (como jornalistas), do setor público ou privado, estabelecidas no Estado. A ficha de inscrição, o regulamento e o

roteiro para elaboração dos cases estão disponíveis no site da Federasul (www.federasul.com.br).

7º Prêmio ABCR de JornalismoInscrições até 31 de maio de 2013. Podem participar do Prêmio ABCR (Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias) de Jornalismo, trabalhos inscritos entre 02 de agosto de 2011 e 31 de maio de 2013, nas categorias Jornalismo Impresso; Telejornalismo; Radiojornalismo e Internet. Mais informações no site www.abcr.org.br.

3º Prêmio Estácio de Jornalismo Inscrições até 11 de junho de 2013. Podem participar do Prêmio Estácio de Jornalismo, trabalhos inscritos entre 11 de junho de 2012 e 10 junho de 2013. Para fins de acei-

tação de inscrições, será considerada como data limite de postagem ou entrega do material o dia 11 de junho de 2013. Mais informações no site: http://www.premioestaciodejornalismo.com.br.

3ª edição do Prêmio de Jornalismo da AmrigsInscrições até o dia 31 de julho. A Associação Médica do Rio Grande do Sul (Amrigs) já está com as inscrições abertas para a 3ª edição de seu Prêmio de Jor-

nalismo. A premiação valoriza trabalhos jornalísticos que veiculem informações positivas sobre a área médica e sobre temas da saúde. Além de valor em dinheiro, serão entregues troféus Moacyr Scliar para três categorias - Mídia Impressa, Rádio e Televisão - e dois troféus especiais para os vencedores em Veículo e Editor.

Informações e inscrições: www.amrigs.org.br. O anúncio dos vencedores será realizado na Semana do Médico, que acontece de mês de outubro.

Confira os mais importantes prêmios do setor

Maio de 2013

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Associados à Agert têm 10% de desconto em curso de Jornalismo RuralO Instituto Universal de Marketing em Agribusiness - I-UMA está com as inscrições abertas para o curso de “Jornalismo Rural – Plante ideias, colha resultados”, que

acontecerá no mês de junho na UNIJUÍ/ ESAG (Rua do Comércio, 3000, Bairro Universitário - Ijuí/RS). Com o foco em estudantes e profissionais da área da Comunica-ção, o curso tem o total de 12 horas e associados à Agert, têm 10% de desconto na inscrição. Mais informações através do telefone: 51 3224 6111.