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CRQ-V divulga seu Relatório de Atividades de 2010 Professora da UFPEL é uma das vencedoras do Prêmio L’oreal Detecção e quantificação da micotoxina deoxinivalenol em farinhas de trigo ARTIGO ENTREVISTA INSTITUCIONAL Jul-Ago-Set de 2011 | Ano XV | N° 122 QUÍMICA PRESENTE NA RESTAURAÇÃO DE OBRAS DE ARTE

Informativo nº 122

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Informativo do Conselho regional de Química

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Page 1: Informativo nº 122

CRQ-V divulga seu Relatório de

Atividades de 2010

Professora da UFPEL é uma das vencedoras

do Prêmio L’oreal

Detecção e quantificação da micotoxina deoxinivalenol

em farinhas de trigo

ARTIGO

ENTREVISTA

INSTITUCIONAL

Jul-Ago-Set de 2011 | Ano XV | N° 122

QUÍMICA PRESENTE NA RESTAURAÇÃO DE

OBRAS DE ARTE

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EDITORIALÍNDICE3

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ENTREVISTA Professora da UFPEL fala sobre prêmio L’oreal e a participação da mulher na área científica

ARTIGO Detecção e quantificação da micotoxina deoxinivalenol em farinhas de trigo

INSTITUCIONAL Relatório de atividades do CRQ

REPORTAGEM Saiba como a fluorescência de raios X auxiliam as pinturas

MERCADO A história de Tito Gobbato: mais de 50 anos com a química

EXPEDIENTEINFORMATIVO CRQ-V - Av. Itaqui, 45 - CEP 90460-140 - Porto Alegre/RS - Fone/fax: 51 3330.5659 - www.crqv.org.br

Presidente: Paulo Roberto Bello FallavenaVice-Presidente: Estevão SegallaSecretário: Renato EvangelistaTesoureiro: Ricardo Noll

Assessoria de Comunicação do [email protected]. Resp.: Vanessa Valiati - Mtb 13018Marcos Bertoncello - Mtb 14780

Edição de arte: Assecom/CRQ-VTiragem: 3.000Impressão: Gráfica IdeografEstagiária : Gabrielle Toldo

SIGA O CRQ-V NO WWW.TWITTER.COM/CRQV_RS

DICA DE FILME

Nesta edição do Informativo trazemos como matéria principal a utilização da química na restauração de obras de arte. Conversamos com a especialista carioca Cristiane Calza, citada pela revista VEJA entre os 50 brasileiros que estão colaborando com a Ciência no Brasil.

Ainda com relação à ciência, conseguimos uma entrevista com a química Mariana Antunes Vieira, professora da Universidade Federal de Pelotas, que foi uma das sete selecionadas para o Programa de Bolsa-Auxílio (Grant) L’Oréal

Brasil para as Mulheres na Ciência. Ela ganhou cerca de US$ 20 mil como bolsa-auxílio para continuar sua pesquisa.

Também traçamos um perfil do senhor Tito Gobatto, um dos químicos registrados há mais tempo no CRQ-V, que nos contou parte da sua trajetória e do seu trabalho.

E é assim, procurando mostrar exemplos positivos, que preparamos esta edição com a sua colaboração. Continue enviando sugestões, críticas e observações.

Boa Leitura!

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“O Veneno está na mesa“

O Brasil é, desde 2008, o país que mais consome agrotóxicos no pla-neta. Segundo a Anvisa, o consumo anual chega a 5,2 litros por habitante. Muitos desses herbicidas, fungicidas e pesticidas que consumimos estão proibidos em quase todo o mundo pelo risco ambiental. O perigo é tanto para os trabalhadores, que manipulam os venenos, quanto para toda a popu-

lação do campo e das cidades, que consomem os produtos agrícolas com agrótóxicos. O filme financiado pela Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio, da Fiocruz, expõe os perigos associados à utilização de agrotóxicos no Brasil através de depoimentos de agricultores, entrevistas com pesqui-sadores de universidades e reporta-gens de televisão.

O filme está disponível no site http://www.epsjv.fiocruz.br.

NÚMEROS DO CONSELHODOC’S JUL AGO SET Total

AFT’S emitidas

564 683 266 1513

Registros Definitivos 55 0 104 159

Registros Provisórios

40 0 81 121

Certidões 8 5 5 18

Processos Analisados

265 0 347 612

NOVA COMPOSIÇÃO DE CONSELHEIROSO Conselho Regional de Quími-

ca da 5ª Região divulga os nomes da nova composição de conselheiros, vo-tada e definida no mês de agosto.

A química industrial Anamélia Saenger de Vasconcellos assume a função de conselheira titular na Re-presentação de Escolas, substituindo Dione da Silva Corrêa. Eleição para renovação dos conselheiros

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Professora da UFPEL é uma das vencedoras do prêmio L’oreal para

Mulheres na Ciência

ENTREVISTA

Divulgação

A química Mariana Antunes Vieira, professora da Universidade Federal de Pelotas (UFPEL) foi uma das sete sele-cionadas para o Programa de Bolsa--Auxílio (Grant) L’Oréal Brasil para as Mulheres na Ciência, na categoria Ciências Químicas, com o trabalho “Desenvolvimento de métodos para a determinação de contaminantes inorgânicos em glicerina obtida como coproduto da produção de biodisel”. Além do estímulo e reconhecimento perante a academia, Mariana receberá uma bolsa auxílio no valor de US$20 mil. A cerimônia de entrega do prêmio será dia 28 de setembro, no Rio de Ja-neiro.

Iniciativa da L’Oréal Brasil em par-ceria com a Academia Brasileira de Ciências (ABC) e a Comissão Nacional da UNESCO (IBECC), o Programa “Para Mulheres na Ciência” nasceu em 2006 com a missão de ceder espaço e apoio à participação das mulheres brasileiras no cenário científico do país.

Graduada em Química nas habili-tações Bacharelado e Licenciatura, e com mestrado e doutorado em Quími-ca Analítica pela Universidade Federal de Santa Catarina, Mariana, foi atraída pela oportunidade de emprego e veio trabalhar na Universidade Federal de Pelotas, onde seu marido, também químico, trabalha. O informativo do CRQ – V conversou com a pesquisado-ra sobre seu início na profissão.

Como você optou pela Química?Na 8ª série, o professor de Ciências,

na parte de Química, fez a turma deco-rar a tabela periódica, com símbolos e nomes para uma prova. Tirei 10,0 e ali começou a despertar o interesse pela Química. Não era uma pessoa muito curiosa, mas gostava de ler os rótulos

de produtos e também de mis-turar coisas, como terra, água para fazer massinhas. Depois, no Ensino Médio, ingressei no curso Técnico em Quími-ca. Fiz estágio em uma indús-tria de laticínios e, a partir daí, tomei a decisão de fazer a Graduação em Química na Universidade Fede-ral de Santa Catarina (UFSC).

Como é, para você, ficar entre as cientistas es-colhidas?

Esse prêmio está sendo um incenti-vo muito grande na minha vida profis-sional. É uma honra ser uma das sete cientistas escolhidas, principalmente na área da Química e justamente no Ano Internacional da Química. Sei que tenho muito que aprender e é sempre bom ter um “estímulo” para que essa aprendizagem se torne mais prazero-sa. Além disso, o prêmio abre espaço para a mulher atual brasileira mostrar o que faz e sua contribuição para com a sociedade, através da ciência.

Certamente este prêmio abrirá novos caminhos para minhas pes-quisas. Quando se está iniciando a carreira em uma nova universidade e local, e principalmente quando so-mos jovens, é necessário correr atrás de financiamento para que possamos dar continuidade aos nossos projetos. Esse prêmio veio em boa hora!

Fale um pouco das aplicações práti-cas do seu trabalho de pesquisa.

Atualmente, minhas pesquisas estão direcionadas para o controle de metais como sódio e potássio em

amostras de biodiesel. Esse controle é necessário para garantir a qualidade do biodiesel a ser usado em automóveis e monitorar a quantidade em que es-

tes metais se encontram no mesmo. A presença

de metais acima dos limites permitidos pode com-

prometer a qualidade do combustível por induzir a formação

de depósitos que danificam o sis-tema de injeção

dos motores.O biodiesel é obtido através de

uma reação química, chamada de re-ação de transesterificação, onde uma quantidade de óleo vegetal reage com o metanol, na presença de um catalisador, formando então o biodie-sel e também a glicerina. A glicerina oriunda deste processo é obtida em grande quantidade (cerca de 10%). No entanto, ela traz algumas impurezas de origem orgânica, tais como meta-nol, sabões e água e também de ori-gem inorgânica, como os metais que são oriundos dos catalisadores utiliza-dos. Estas impurezas podem dificultar o seu uso em outros setores. Desta forma, o projeto enviado para o Prê-mio Mulheres na Ciência foca então no desenvolvimento de métodos de análise para controle da quantidade de metais na glicerina, para que ela possa ser aproveitada como matéria--prima pelas indústrias de cosméticos e de alimentos.

Mariana Antunes Vieira

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PESQUISA

Detecção e quantificação da micotoxina deoxinivalenol em

farinhas de trigoRothiélle Purcina Gomes de Azevedo, Antonio Milesi Marques e Alana Neto Zoch

As micotoxinas são metabólitos se-cundários tóxicos, produzidos em uma ampla variedade de gêneros agrícolas, inclusive no trigo. A presença de micoto-xinas nos alimentos pode provocar into-xicações graves ou crônicas, e por vezes letais, para o homem e animais, espe-cialmente por apresentar contaminação por DON (deoxinivalenol). O presente trabalho teve como objetivo identificar e quantificar DON via CLAE (Cromatogra-fia Líquida de Alta Eficiência). O método analítico foi desenvolvido, no Laborató-rio de Cromatografia do Cepa (Centro de Pesquisa em Alimentação) da Universida-de de Passo Fundo. Foi obtida a curva pa-drão para DON, (r = 0,997, em uma faixa de 1,0 - 25,0 ppm). Os valores para os limites de detecção (LD) e de quantifica-ção (LQ) foram 0,5 ppm e 1,0 ppm, res-pectivamente. Na aplicação do método em amostra de farinha de trigo comercial não foi possível identificar a DON.INTRODUÇÃO

O grão de trigo é um alimento básico usado para produzir a farinha para a ali-mentação humana e também utilizada na alimentação animal. Por ser um alimento de grande consumo, requer sanidade e qualidade.

A contaminação desse cereal por mi-cotoxinas, inclusive a DON (deoxinivale-nol), representa um risco significativo à saúde dos consumidores (ALFRED; MA-GAN, 2004). Em animais a DON causa rejeição alimentar, perda de peso, vômi-to, diarréia sanguinolenta, hemorragia, aborto e muitas vezes, dependendo do caso, a morte. Em humanos é causadora de doença gastrointestinal aguda (SANTI-NI et al., 2000).

Por isto, este assunto tem recebido cada vez mais atenção das autoridades de segurança alimentar e dos legislado-res em todo o mundo. Conforme Ciola

(1998), o emprego da cromatografia lí-quida de alta eficiência (HPLC - UV), para solucionar problemas analíticos ou pre-parativos, necessita de uma instrumen-tação adequada, da combinação correta das condições experimentais, tais como: tipo de coluna (fase estacionária), com-posição e vazão da fase móvel, pressão, temperatura e quantidade de amostra in-jetada. Para um produto final de qualida-de é necessário que a matéria-prima de origem tenha as especificações exigidas pelos órgãos fiscalizadores.

O HPLC-UV é um equipamento sensí-vel para detecção de deoxinivalenol em farinhas de trigo. Portanto, esta meto-dologia nos fornece resultados válidos e confiáveis para as condições de trabalho, o que mostra essa pesquisa realizada no Laboratório de Cromatografia, do Centro de Pesquisa em Alimentação (CEPA) da Universidade de Passo Fundo.MATERIAL E MÉTODOS

Neste trabalho desenvolveu-se o método para determinação de Deoxini-valenol por HPLC – UV. As amostras de farinhas de trigo foram obtidas no labo-ratório de cromatografia do CEPA (Centro de Pesquisa em Alimentação) da Univer-sidade de Passo Fundo, RS. O padrão de deoxinivalenol foi comprado da Sigma Aldrich.REAGENTE E SOLVENTES

Os seguintes reagentes e solventes foram utilizados:

• Padrão de deoxinivalenol• Água purificada Milli Q® • Acetonitrila HPLC (Merck)• Metanol (Vetec)• Farinhas de trigo

EQUIPAMENTOS, MATERIAIS E CON-DIÇÕES CROMATOGRÁFICAS

Segundo análises feitas no laborató-rio de cromatografia do CEPA, a quanti-ficação da micotoxina DON, por CLAE, foi

realizada por: • Análise Cromatográfica Líquida (CL) –

Ultra Violeta (UV), PerkinElmer: 355 nm

• Coluna utilizada: HPLC NUCLEODUR® 100-5 C18, dimensões de 250x4, 6 mm, partícula de 5µm

• Fase Móvel: A) MeOH:H2O (40:60 v/v)

• Fluxo da bomba HPLC-UV: 1,5 mim/L• Banho de ultra-som• Balança analítica Celtac• Cartucho MycoSep®227 trich• Agitador de tubos

CURVA ANALÍTICAPara o preparo da curva analítica foi

desenvolvido o método analítico para a determinação e quantificação de deoxini-valenol, a partir do padrão de deoxiniva-lenol. Após a obtenção dos resultados foi projetada a curva no software TcNav.PREPARO DA AMOSTRA

O método é baseado na técnica re-comendada por Romer Labs, fornecedor dos cartuchos MycoSep®227 trich, onde:

• Pesou-se 25 g de amostra moída, à temperatura ambiente, em um frasco de vidro (erlenmeyer);

• Adicionou-se 100 mL de solvente (AcCN:água (84:16v/v);

• Agitou-se vigorosamente por 30 min;• Filtrou-se o extrato com papel filtro

pregueado + funil + erlenmeyer;• Transferiu-se 8 mL do filtrado para um

tubo de MycoSep®227 trich + Pluss all through, no tubo de vidro;

• Removeu-se 4 mL do extrato purifi-cado para um vial, contaminando o mesmo com 3,2 µL de padrão de 2,5 ppm de DON;

• Removeu-se para outro recipiente mais 2 mL desse mesmo filtrado;

• Esperou-se secar sob fluxo de N2(g), ambos;

• Redissolveu-se o extrato de 4 mL em

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400 µL da fase móvel, e o extrato de 2 mL em 200 µL da fase móvel;

• Analisou-se na sequência: branco do solvente (acetonitrila); fase móvel: metanol e água (40:60 v/v); branco da amostra vinda da amostra sem a con-taminação com o padrão de 2,5 ppm; amostra contaminada com o padrão de 2,5 ppm.

DISCUSSÃOPara a otimização das condições de

análise via CLAE foi preparada uma solu-ção mãe de 1000 ppm a partir do padrão de Deoxinivalenol, e uma solução esto-que de 500 ppm. Duas colunas foram tes-tadas em diferentes condições. Em uma análise comparativa entre as duas colu-nas: Coluna 1-Nova Park C18, 3.9 x 300 nm, 4 µm, λ= 220 nm e Coluna 2 – (HPLC NUCLEODUR® 100-5 C18, dimensões de 250x4, 6 mm, partícula de 5µm).

Foi usando a concentração de 10 ppm, em seus melhores fluxos e propor-ções de fase móvel. Assim, a melhor colu-na foi a coluna 2, por apresentar melhor resolução do pico. Esta então, foi a colu-na utilizada para as demais análises. As condições utilizadas foram fluxo 1,5 mL/min, MeOH x H2O (40:60 v/v).

O cromatograma representado na Fi-gura 1 apresentou melhor resolução do pico, pois, sua base se apresentou menos alongada que a base do pico da Figura 2, como mostrado acima nas figuras. A polaridade da fase móvel influencia no tempo de retenção. Assim, mudando-se as proporções da fase móvel muda-se o tempo de retenção do composto.

Com base nessa informação, a coluna 2 apresentou um tempo de retenção da

DON de ~2,7 minutos e a coluna 1 ~5,1 minutos. Testou-se a fase ótima, com os fluxos 1,0; 1,2; 1,5 e 1,8 mL/min. O me-lhor fluxo observado pela curva de Van Deemter foi o de 1,5 mL/min.

Foram feitas as injeções em menores concentrações (0,5; 1,0 e 2,5 ppm), nas seguintes condições: fluxo 1,5 mL/min; MeOH x H2O (40:60 v/v), tempo de corri-da 5 min, λ = 220 nm. Obteve-se com isso um limite de detecção (LD) da DON por CLAE-UV de 0,5 ppm e um limite de quan-tificação (LQ) de 1,0 ppm, mostrados nas Figuras 3 e 4.

Para a construção da curva analítica foram injetadas as amostras do padrão, em triplicada, no CLAE-UV, na seqüência da menor para maior concentração, uti-lizando as seguintes concentrações de: 1,0; 2,5; 5,0; 7,5; 10,0; 15,0; 20,0 e 25,0 ppm. Obteve-se, assim, uma curva média com R= 0,997, como mostrado abaixo, na Figura 5.

A repetibilidade é verificada por, no mínimo, 6 determinações, contemplando o intervalo linear do método com uma concentração média, com 2 réplicas cada ou mínimo de 6 determinações a 100%

da concentração do teste. Assim, injetou-se as 6 vezes, em dois

dias diferentes (duplicata), o padrão de 5 ppm. Obteve-se coeficiente de variação médio de 4,34 %. Método foi testado para a detecção de DON em uma amos-tra de farinha de trigo nas condições otimizadas: fluxo 1,5 mL/min, coluna 2, MeOH:H2O (40:60 v/v), 5 min de corrida.

A amostra foi preparada segundo a técnica recomendada por Romer Labs como descrito anteriormente em mate-riais e métodos, e foram feitas injeções: fase móvel, branco da amostra e em se-guida a amostra contaminada com um padrão de 2,5 ppm.

O resultado não foi o esperado, o ana-lito (DON) não foi detectado. Como ape-nas um teste foi realizado para a aplica-ção do método em amostra real o traba-lho terá continuidade buscando otimizar o preparo da amostra. CONCLUSÃO

No desenvolvimento do método ana-lítico para detecção da micotoxina DON via CLAE – UV foi construída a curva pa-drão de referência para DON (r = 0,997 para uma faixa de 1,0 a 25,0 ppm). Os va-lores obtidos para os limites de detecção (LD) e quantificação (LQ) foram 0,5 ppm e 1,0 ppm, respectivamente. Na aplica-ção do método em amostra de farinha de trigo comercial contaminada, não foi possível identificar a DON. Novos testes serão realizados para a validação da me-todologia.

ReferênciasBRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sani-tária. Resolução RDC no á7, de 18 de Fevereiro de 2011 – republi-cado no Diário Oficial da União – Dispõe sobre os limites máximos tolerados (LMT) para micotoxinas em alimentos. Disponível em: <http://www.in.gov.br/autenticidade.html>. Acebsso em: jun.2011.CIENFUEGOS, F.; VAITSMAN, D. S. Análise instrumental. Rio de Janeiro: Interciência, 2000.CIOLA, R. Fundamentos da Cromatografia a Líquido de Alto Desem-penho. São Paulo: Edgard Blücher Ltda, 1998.INMETRO. Orientações sobre validação de métodos de ensaios químicos. DOQ-CGCRE-008, 2003.JARVIS, B. B. et al. Conformational effects in trichothecenes: structures of 15-hydroxy C4 and C8 ketones. J. Org. Chem., v. 55, p. 3660-3662, 1990.KRSKA, R.; WELZING, E.; BUOBRA, H. Analisys of Fusarium toxins in feed, Ani. Feed Sci. Tech., v. 137, p. 241-264, 2007.LAMIC. Legislação sobre Micotoxinas. Disponível em: <http://www.lamic.ufsm.br/ legislacao.html>. Acesso em: nov. 2010.PRESTA, M. A. Investigação da eficiência do clean up empregando cromatografia por permeação em gel para a quantificação de resíduos de inseticidas em grãos de soja por cromatografia gasosa com detecção por captura de elétrons. 2004. Dissertação (Mestrado em Química) – Área de Concentração em Química Analítica, Univer-sidade Federal de Santa Maria, Santa Maria, 2004.RIBANI, M. et al. Validação em métodos cromatográficos e eletro-foréticos. Química Nova, v. 27, n. 5, p. 771-780, 2004.TURKER, L.; GUMUS, S. A. Theoretical study on vomitoxin and its tautomes. Journal of Hazardous Materials, v. 163, p. 285-294, 2009.VOGEL, A. I. Vogel: análise química quantitativa. Rio de Janeiro: LTC, 2002.

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CRQ-V

Relatório de Atividades do Conselho no exercício de 2010

ATIVIDADES NO SETOR DE REGISTROS

O setor de registro do CRQ-V re-gistrou os seguintes índices de movi-mento, correspondentes ao exercício de 2010.

Carteira Provisória 441Registro de Pós-Graduação 6Aumento de Atribuições 5Alteração de Atribuições 13Anotação de Cursos 3Reativação 23Carteira Definitiva 713Cancelamento de Registro de Profissional

373

Isenções 312Autorizações 17Transferências 28Registro de Empresa 245Cancelamento de Registrode Empresa

137

AFT’s 7.052

Foram concedidos os registros, em caráter definitivo e provisório , no exercí-cio de 2010, a 1230 diplomas ( 559 nível médio e 671 nível superior) às seguin-tes categorias:

Auxiliar de Laboratório 1Bacharel em Ciência e Tecnologia de Alimentos - Habilitação La-ticínios

2

Bacharel em Ciências - Habilitação Química 2Bacharel em Química 73Bacharel em Química Ambiental 25Bacharel em Química de Alimentos 29Engenharia de Bioprocessos e Biotecnologia 10Engenharia de Materiais 2Engenharia de Produção Química 3Engenheiro Ambiental 6Engenheiro de Alimentos 15Engenheiro de Plásticos 1Engenheiro Industrial Químico 3Engenheiro Químico 101Licenciado em Química 146Químico 3Químico Industrial 214Químico Industrial de Alimentos 13Técnico Agroindustrial 1Técnico de Cervejaria 1Técnico em Agroindústria 4Técnico em Agroindústria - Área Agropecuária 1Técnico em Alimentos 18Técnico em Ambiente 27Técnico em Análise de Processos Industriais Químicos 2Técnico em Biotecnologia 3Técnico em Celulose e Papel 4Técnico em Controle e Monitoramento Ambiental 3Técnico em Curtimento 14Técnico em Enologia 8Técnico em Meio Ambiente 47Técnico em Plásticos 1Técnico em Química - Área Química 1Técnico em Transformação de Termoplásticos 2Técnico em Tratamento de Resíduos Industriais 4Técnico Provisionado em Laboratório 4Técnico Químico 362Técnico Químico - Área do Meio Ambiente 1Técnico Químico - Eixo Tecnológico: Controle e Processos Indus-triais

3

Técnico Químico - Ênfase em Análises de Processos Industrias Químicos

39

Técnico Químico - Gestão Ambiental 5Técnico Químico Industrial 2

SETOR DE PROTOCOLOAbaixo, os números do setor de

protocolo referentes ao ano de 2010.

Processos /Profissionais 853Processo /Empresas 672Total 1525

SETOR JURÍDICODados do departamento Jurídico

relativos ao ano de 2010

Exec. Fisc. em Andamento 506Outras ações 27Notificações de Débito 962

ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃOE IMAGEM

O departamento deu continuidade ao Informativo trimestral distribuído em escolas, universidades e profissio-nais registrados. Também continuou atuando na assessoria e planejamento de ações com o propósito de divulgar o CRQ-V da comunidade química.

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Técnico Químico Integrado com Ensino Médio 1Tecnólogo Ambiental - Resíduos Industriais 1Tecnólogo em Agroindústria 1Tecnólogo em Agropecuária: Agroindústria 1Tecnólogo em Alimentos 2Tecnólogo em Gestão Ambiental 2Tecnólogo em Meio Ambiente 1Tecnólogo em Polímeros 6Tecnólogo em Saneamento Ambiental 3Tecnólogo em Viticultura e Enologia 6

OUVIDORIANo ano de 2010, a Ouvidoria do

CRQ-V atendeu aproximadamente 4.800 solicitações que compreendem desde informações sobre registro profissional, registro de empresas, dú-vidas sobre AFT’s, pagamento e isen-ção de anuidades e taxas, denúncias sobre irregularidades, reclamações sobre serviços e também elogios. A maior parte das solicitações, cerca de 80%, é pela internet via e-mail geral da Ouvidoria ([email protected]); 15% das demandas é pelo telefone (linha direta 51.3330.9239 ou pelo geral 51.33305659 - ramal 229); e 5% do atendimento é realizado diretamen-te na sede do CRQ. As questões tra-tadas variam conforme o período: de janeiro a março, há mais pedidos de isenção, pagamento de anuidade e re-gistros de profissionais. Já de outubro a dezembro, sobre AFT de Piscinas e denúncias relativas a este tipo de esta-belecimento. Há ainda o crescimento de pedidos quanto às possibilidades de desempenho de funções técnicas que são encaminhadas à Câmara Cur-ricular, e o envio de informações para o Programa de Qualificação e Inserção no Mercado de Trabalho (PQUIM).

ATIVIDADES DA FISCALIZAÇÃOO Departamento de Fiscalização,

no exercício de 2010, inspecionou os municípios localizados nas seguintes regiões: Alto do Jacuí, Central, Cen-tro Sul, Fronteira Noroeste, Fronteira Oeste, Hortênsias, Litoral, Médio Alto Uruguai, Metropolitana, Missões, Nor-deste, Noroeste Colonial, Norte, Pro-dução, Serra, Sul, Vale do Cai, Vale do Paranhana, Vale do Rio Pardo, Vale do Sinos, Vale do Taquari.

Ao todo foram percorridos 120.629 quilômetros pelos agentes fiscais do Conselho Regional de Química da 5ª Região. O número total de vistorias chegou a 2.171, sendo essas divididos pelas seguintes regiões do Estado.

Foram 520 intimações feitas em 2010, além de contabilizar 129 multas aplicadas pela fiscalização do CRQ-V.

Alto do Jacuí 15Central 79Centro Sul 18Fronteira Noroeste 34Fronteira Oeste 49Hortênsias 25Litoral 35Medio Alto Uruguai 29Metropolitana 513Missões 30Nordeste 14Noroeste Colonial 35Norte 31Produção 161Serra 402Sul 73Vale do Caí 68Vale do Paranhana 74Vale do Rio Pardo 67Vale do Sinos 323Vale o Taquari 96

EVENTOSAlém das formaturas e palestras,

o CRQ-V apoiou eventos locais, como Semanas Acadêmicas de Química de diversas universidades, encontros de profissionais e estudantes da área, fei-ras (Fiema/ The Beauty entre outras).

Colegio Concordia 13/3/2010Nossa Sra. Aparecida 5/5/2010Unijui 26/5/2010Pereira Coruja 8/6/2010Assis Chateaubriand 17/6/2010UCS 25/6/2010Unipampa 30/6/2010Colegio Concordia 7/7/2010FETLSVC 3/8/2010 FETLSVC 14/8/2010Dom Feliciano 19/8/2010UPF 31/8/2010UFPEL 11/6/2010

UPF 12/5/2010Luterano Concordia 13/8/2010IFTRS 1/9/2010E.E.Tec São Joao Batista 4/10/2010UFPEL 22/10/2010FURG 3/11/2010Coraçao De Maria 9/11/2010Pereira Coruja 16/11/2010UFRGS 20/10/2010Dom Joao Becker 26/10/2010URI - FW 27/10/2010

PALESTRAS

FORMATURAS

UNIVATES 8/1/2010URI - Santo Ângelo 8/1/2010UPF 14/1/2010ULBRA 16/1/2010UCS 16/1/2010UNIFRA - SM 16/1/2010UCPEL 16/1/2010URI - Erechim 16/1/2010URI - FW 23/1/2010

UPF 29/1/2010PUC 30/1/2010IFRS 17/4/2010Nossa Sra. Aparecida 27/3/2010UFPEL 13/3/2010URI-Erechim 13/3/2010UCPEL 7/8/2010Escola Dom Feliciano 12/8/2010Luterano Concordia 13/8/2010ULBRA 13/8/2010UNISC 20/8/2010F.E.T.L.S..V.C 28/8/2010URI - FW 27/8/2010UFRGS 28/8/2010ULBRA 28/8/2010URI-Erechim 13/8/2010UNIJUI 27/8/2010Luterano Concordia 27/8/2010Colegio Conteporaneo 30/10/2010Nossa Sra. Aparecida 20/11/2010Colegio Concordia 22/12/2010UPF 4/9/2010

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Química + Arte

A carioca Cristiane Calza é quími-ca, adora pintura, e é autora de uma invenção que está mudando a rotina dos restauradores: a fluorescência de raios X. Baseada na sua tese de douto-rado, defendida em 2007, a pesquisa de quatro anos tornou-se realidade no Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós--Graduação e Pesquisa de Engenharia (Coppe/ UFRJ) . A tecnologia permite que o sistema portátil identifique os pigmentos usados na composição da obra, a existência de retoques, idade do trabalho e falsificações. Tudo isso sem precisar tocar ou retirar amos-tras, ao contrário do que acontece na maioria das restaurações hoje em dia. A ideia já era antiga, mas foi de fato colocada em prática quando a pesqui-sadora sentiu dificuldades ao realizar trabalhos com artefatos de museu utilizando o equipamento tradicional. “Pensei que se pudéssemos levar o equipamento ao museu, poderíamos analisar quadros de grandes dimen-sões, sarcófagos, estátuas e peças ra-ras, cuja saída para análise dificilmente seria autorizada. Sem contar as dificul-dades de transporte e segurança, já que algumas obras são avaliadas em milhões de dólares”, conta ela.

O equipamento de fluorescência de raios X é capaz de analisar vários tipos de amostras, como biológicas, ambientais e minerais. No caso da ar-queometria, que é a aplicação da ciên-cia na arte, é analisado principalmente pigmentos (em quadros, manuscritos, vasos), cerâmicas, esculturas, objetos metálicos (moedas, joias, armas) e pa-pel. Ele funciona da seguinte forma: os raios X emitidos pelo sistema entram em contato com o objeto e geram novos raios que, captados por um de-tector, criam na tela do computador uma série de gráficos que apresen-tam picos de energias. A partir desses valores, a pesquisadora identifica os elementos químicos presentes na área analisada, possibilitando que sejam estabelecidas as informações sobre o objeto de estudo. O sucesso da in-venção foi grande, e já existem planos para aperfeiçoar ainda mais a técnica. “Atualmente estou desenvolvendo um novo equipamento, menor e ainda ‘mais portátil’ que o atual. Isto facilita-rá as análises em altares e cúpulas de igrejas ou durante realização de obras de restauro em edifícios históricos, onde temos um espaço restrito para trabalhar e necessitamos subir e des-

cer de andaimes durante as análises”, diz Cristiane.

O primeiro quadro a passar pela restauração, em 2007, foi A Primeira Missa no Brasil, uma importante pintu-ra para a história nacional, do ano de 1860. Depois disso, o equipamento foi usado na análise de telas de pintores do século XIX do acervo do Museu Na-cional de Belas Artes, no Theatro Muni-cipal do Rio de Janeiro e no Convento de Santo Antônio, só para citar alguns lugares. E tanto trabalho às vezes gera surpresas. O quadro Gioventú, de Eli-seu Visconti, por exemplo, revelou-se com uma pintura completa escondida sob a original.

Enquanto é cada vez mais requisi-tada para realizar trabalhos no Brasil e no exterior, Cristiane ainda torce para que cresçam os investimentos e pes-quisas nessa área no país. “Falta inicia-tiva, principalmente comparando com a Europa. Apesar disso, nos últimos 3 anos tenho observado principalmente no Rio de Janeiro, onde moro, um au-mento considerável dos investimen-tos no setor, talvez motivado pelo fato de que a cidade será sede da Copa do Mundo e das Olimpíadas. Espero que essa área da cultura se desenvolva”.

REPORTAGEM

A química Cristiane Calza conta como obras de arte precisam da ciência para sua restauração

ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO RS HOMENAGEIA A QUÍMICAO Grande Expediente da Assem-

bléia Legislativa do RS homenageou no dia 17 de agosto o Ano Interna-cional da Química, comemorado em 2011, e os profissionais da área da química. O evento foi proposto pelo deputado Edson Brum.

O parlamentar aproveitou o es-paço para destacar o trabalho de entidades gaúchas envolvidas com

a Química. Brum também salientou a importância do Conselho Regional de Química da 5ª Região, da Fun-dação de Ciência e Tecnologia e da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado. Entre as universidades, citou os trabalhos dos cursos de Química da UFRGS e da UFSM.

Estavam presentes, entre outras autoridades e parlamentares, o presi-

dente do CRQ-V, Paulo Roberto Bello Fallavena, representantes do Sindi-cato das Indústrias Químicas do Rio Grande do Sul, da UFRGS, da UNISC e da PUCRS e o professor Jairton Dupont. Associaram-se à homena-gem os deputados João Fischer, Miki Breier, Raul Carrion, Jurandir Maciel , Alceu Barbosa , Zilá Breitenbache Ma-ria Helena Sartori.

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ARTIGO

Responsabilidade técnica – questões pertinentes

Dario da Silva Oliveira Junior - Diretor Jurídico do CRQ-V

Tem o presente a intenção de prestar esclarecimentos ao que diz respeito à Responsabilidade Técnica, tema este, de suma importância tanto para os profis-sionais de química, como para as empre-sas que necessitam da prestação deste serviço.

Toda empresa química precisa ter um profissional da química habilitado peran-te o CRQ para se responsabilizar por suas operações. Este profissional é chamado de Responsável Técnico (RT). Necessaria-mente, o RT deve ser indicado pela em-presa quando esta apresenta seu pedido de registro no CRQ ou quando a vaga precisa ser preenchida. A aceitação ou não do profissional da química indicado é atribuição exclusiva do CRQ.

A exigência feita pelo CRQ é embasa-da no artigo 27 da Lei nº 2.800, combi-nado com artigo 1º da Lei nº 6.839/80. É importante entender que, mais do que uma exigência legal, a manutenção de um RT é uma garantia, que uma empresa presta à sociedade, de que seus produtos ou serviços estão sendo produzidos ou executados sob supervisão de um profis-sional habilitado, pois está devidamente registrado no seu Conselho de Fiscaliza-ção Profissional pertinente.

A Responsabilidade Técnica por uma empresa assumida formalmente por um profissional da química implica o correto exercício da profissão, o que já é obriga-ção em qualquer situação, mas também é um endosso de sua autoridade e auto-nomia na área técnica.

Daí deriva o dever do RT de tomar suas decisões técnicas com isenção e sem influências de pressões de qualquer natureza por parte da empresa para res-guardar os demais empregados, os con-sumidores, a sociedade, o meio ambien-te e a própria empresa.

Com base em critérios como porte da empresa, localização geográfica, linha de produtos industrializados ou serviços que presta, o CRQ pode exigir que o RT exerça sua função em tempo integral ou aceitar que ele atue como autônomo, prestando assistência durante um determinado nú-mero de horas ao longo da semana.

É importante ressaltar que o RT de nível médio pode ser responsável por empresas que possuam atividades pro-dutivas. No entanto, devido às limitações impostas pelo artigo 20 da Lei nº 2.800, diversos fatores são levados em consi-deração na análise da indicação: porte da empresa, complexidade do processo químico, grau de risco, toxicidade das matérias-primas e produtos, geração de efluentes, etc.

Ao aceitar o encargo de um RT, o pro-fissional deve ter plena ciência da impor-tância do seu cargo. Uma vez que respon-de não só pela qualidade e segurança de um ou mais produtos ou serviços, mas também pela precisão das informações que chegam ao consumidor. A função, portanto, deve ser vista como um sinôni-mo de autonomia na tomada de decisões que envolvam esses aspectos.

Nenhum profissional pode simples-mente “assinar” por uma empresa; ele deve, sim, exercer de fato a função, por tal motivo, sempre que possível, a fisca-lização é feita durante o horário em que o responsável técnico declara que estará presente. Caso fique caracterizado que ele não vem comparecendo à empresa, terá de responder a um processo ético que pode, como informado anteriormen-te, resultar na aplicação de multas e na suspensão do exercício profissional por até um ano.

Se a empresa pela qual responde cau-sar danos tanto aos demais funcionários

quanto aos consumidores dos seus pro-dutos, o RT estará sujeito, juntamente com a empresa, a responder a proces-sos civis e criminais. No âmbito do CRQ, constatada a sua negligência no desem-penho da função, poderá ter suspenso por até um ano o direito de exercer a sua profissão.

Por fim, salienta-se que sempre que um RT deixar de prestar serviço a uma empresa ao qual está ligado, o mesmo deve informar seu afastamento ao CRQ. Essa comunicação deve ser feita por es-crito, no prazo de 24 horas, conforme exi-ge o artigo 350 do Decreto-Lei nº 5.452.

Portanto, quando for convidado a exercer a RT, faça-a com segurança e au-toridade, mesmo que isto custe um servi-ço ou lote de produto. Lembre-se: a res-ponsabilidade (técnica) é sua!

Divulgação

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MERCADO

54 anos a serviço da QuímicaNascido em

Caxias do Sul, Tito Alberto Go-bbato começou a se interessar em química por acaso. Dos cin-co aos quinze anos morou na Estação Expe-

rimental de Viticultura e Enologia da cidade, cujo diretor era seu pai. No laboratório de análises do espaço, Go-bbato viu crescer seu interesse pelas reações envolvendo a fabricação do vinho. A curiosidade o transformou em químico industrial, sua profissão desde 1947.

Já são mais de 50 anos registrado no CRQ-V e duas medalhas (outorga-das pela Secretaria Nacional de Defe-sa) destinadas a pessoas que se desta-caram “por relevantes serviços presta-dos ao País e à comunidade nacional

em assuntos da Defesa Civil”. A primei-ra foi em 2002, quando fazia parte da equipe da Defesa Civil Federal, pela qual trabalhou por 20 anos. A Defe-sa Civil Federal é a responsável pela proteção da população que reside no entorno da Central Nuclear Almirante Álvaro Alberto, em Angra dos Reis--RJ. Em 1986, Gobbato foi responsável pelo planejamento da população resi-dente ao redor de ANGRA I.

Paralelamente, um grupo do Mi-nistério dos Transportes começou a estudar o problema dos Produtos Perigosos: legislação para transporte rodoviário, ferroviário, transporte no Mercosul e Normas da ABNT, solicitan-do à Defesa Civil Federal a indicação de um representante para colaborar na elaboração do primeiro manual sobre Produtos Perigosos. Gobbato foi indicado, e, assim, durante longo período, colaborou com o Ministério e com a ABNT para as Normas relativas.

Voltou ao RS em 2003 para morar em Torres. Em 2010, ganhou a segunda medalha devido à sua colaboração es-pontânea na divulgação dos Produtos Perigosos. Essa é uma grande preocu-pação da Defesa Civil, especialmente na BR-101, que recentemente recebeu várias placas de alerta que indicam a rota desses produtos. Atualmente Gobbato tem realizado palestras para alunos do segundo grau em escolas localizadas ao longo da BR-101, no tre-cho entre Osório-RS e Araranguá-SC. “As pessoas não se dão conta de que o caminhões podem estar transportan-do produtos inflamáveis, corrosivos ou mesmo explosivos, convindo man-ter distância. Nas palestras, esclareço que, apesar do perigo, estes produtos, muitas vezes, são fundamentais na in-dústria química e no sistema de vida, motivo pelo qual temos que saber conviver com eles”, finaliza.

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AGENDA 2011CONSELHO FEDERAL DE QUÍMICA APROVA

CURSO DE IMAGEM PESSOAL

6ª REUNIÃO DA CÂMARA DAS ESCOLAS

NOVEMBRO4 E 5• Cosmetologia

Promovido pela ABQ/RS

29• Elaboração de Manual

de Boas Práticas (MBP), Procedimentos Operacionais Padronizados (POPs) e Planilhas de Controle Promovido pela ABQ/RS

DEZEMBRO16 E 17• Curso de Formação de

Auditores BPF e APPCC Promovido pela ABQ/RS

ABQ-RSRua Doutor Flores, 307 – Sala 803Porto Alegre – [email protected](51)3225-9461

IAPCRua Baronesa do Gravataí, 700Cidade BaixaPorto Alegre - [email protected]

O Conselho Federal de Química (CFQ) analisou o pedido de registro de curso Técnico em Imagem Pessoal, ministrado pelo Instituto de Apoio aos Profissionais da Ciência (IAPC) e con-cluiu que os egressos poderão de fato ter registro no Conselho Regional de Química.

Dessa forma, com a conclusão do curso Técnico em Imagem Pessoal o profissional formado poderá obter re-gistro profissional no Conselho Regio-

nal de Química por conta dos conheci-mentos adquiridos com as disciplinas específicas de química básica, química dos cosméticos e cosmetologia aplica-da.

“O curso apresenta partes impor-tantes de seus componentes curri-culares vinculados a competências profissionais pertencentes às áreas da Química”, declarou o conselheiro rela-tor do projeto, Arnaldo Felisberto Im-biriba da Rocha.

A Câmara das Escolas do CRQ-V se reuniu em agosto para debater assun-tos relacionados ao ensino da química no Rio Grande do Sul. Esta foi a sexta edição do encontro da comissão que

procura estudar e propor soluções para os cursos de Química no Estado, no que diz respeito a currículos de dis-ciplinas que não condizem com a rea-lidade da profissão.

PRESIDENTE DO CRQ-V ENCONTRA-SE COM DEPUTADOS FEDERAIS

Presidente do CRQ-V , Paulo Fallavena , entrega projeto que regulamenta as anuidades aos deputados Luiz Carlos Busato e Ronaldo Nogueira. Os deputados se comprometeram a levar a causa adiante em nome da comunidade química.

Reunião foi realizada no auditório do CRQ-V

Divulgação

CRQ-V

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