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INICIAÇÃO À VIDA CRISTÃ E PASTORAL
ENCONTRO COM SEMINARISTAS, DIÁCONOS TRANSITÓRIOS E NOVOS PADRES
22 a 25 DE JULHO DE 2019
Uma relação dialética
I. Introdução II. Iniciação cristã de inspiração catecumenal III. Iniciação cristã como eixo de toda a vida pastoral IV. Possíveis pistas de ação
Roteiro
* Mudança de época com resultados contraditórios: 1. Hiperindividualismo e a privatização das crenças 2. Hipercapitalismo/consumismo e a religiosidade da prosperidade 3. Hipertecnologia e a virtualização da fé
Introdução
* Novos interlocutores * Crise dos PROCESSOS DE TRANSMISSÃO DA FÉ e de sua VIVÊNCIA NAS ESTRUTURAS ECLESIAIS INICIAÇÃO CRISTÃ ESTRUTURAS PAROQUIAIS PASTORAIS
Introdução
“Mas hoje o mundo tornou-se diferente, exigindo novos processos para a transmissão da fé e para o discipulado missionário” (n. 46. Grifo nosso)
“não se trata de fazer apenas ‘reformas’ na catequese, mas de rever toda a ação
pastoral, a partir da Iniciação à Vida Cristã” (n. 138. Grifo nosso)
Daí a urgência de: “revisão dos processos” (n. 1), “processo de conversão pastoral e de aprendizagem” (n. 2; Cf n. 55.59. 244), “novo paradigma pastoral” (n. 3), “interlocuções novas” (39), “transformação missionária da nossa Igreja” (n. 51), “trilhar novos caminhos” (n. 54)
Introdução
Catecumenato primitivo (sec. II-VI) Modelo Mística Estilo catecumenal Inspiração catecumenal (n. 117)
II. Iniciação Cristã de Inspiração Catecumenal
“A inspiração catecumenal que propomos é uma dinâmica, uma pedagogia, uma mística, que nos convida a entrar sempre mais no mistério do amor de Deus. Um itinerário mistagógico,
um desejo que nunca acaba. Porque Deus, sendo Amor, nunca se esgota. A mística é a
entrada nesse movimento de busca de Deus, que para a fé cristã, concretiza-se no encontro
com o outro” (n. 56)
Elementos de inspiração catecumenal
a) PASSAGEM DE UMA CATEQUESE SACRAMENTALIZADORA PARA UMA
CATEQUESE EVANGELIZADORA
b) CRISTO COMO CENTRO E REFERÊNCIA DO PROCESSO INICIÁTICO
c) O PAPEL FUNDAMENTAL DA COMUNIDADE CRISTÃ
d) A INTERAÇÃO CATEQUESE-LITURGIA
e) O ACOMPANHAMENTO PERSONALIZADO
f) CATEQUESE A PARTIR DA VIDA E PARA A VIDA DO INICIANDO
g) PROCESSO GRADUAL E PERMANENTE
h) O LUGAR ESSENCIAL DA PALAVRA DE DEUS
i) A UNIDADE TEOLÓGICA DOS SACRAMENTOS DE INICIAÇÃO CRISTÃ
j) COMPROMISSO SOCIOTRANSFORMADOR
k) A FORMAÇÃO DO DISCÍPULO MISSIONÁRIO EM UMA IGREJA EM SAÍDA
l) EDUCAÇÃO PARA O ECUMENISMO E PARA O DIÁLOGO RELIGIOSO
III. Iniciação cristã como EIXO de toda a vida pastoral
“...assumir a inspiração catecumenal como eixo condutor de toda a ação evangelizadora, pastoral, litúrgica e missionária de
nossas dioceses, paróquias e comunidades eclesiais”.
(n. 49. Grifo nosso)
É PRECISO...
1. Mais uma tarefa para a Pastoral Catequética? 2. Trata-se de criar a “Pastoral da Iniciação à Vida Cristã”? 3. Mais um projeto dentre tantos que chegam de todos os níveis eclesiais? 4. A Iniciação à Vida Cristã se resolve na mudança de metodologia pastoral?
Preocupações...
“Para responder aos desafios da evangelização, principalmente na transmissão
da fé cristã, é fundamental ter um projeto diocesano de Iniciação à Vida Cristã, através do qual seja possível promover a renovação
das comunidades paroquiais. Não se trata de fazer apenas ‘reformas’ na catequese, mas de
rever toda a ação pastoral a partir da Iniciação à Vida Cristã”.
(n. 138. Grifo nosso)
REVER A AÇÃO PASTORAL
Igreja em estado permanente de MISSÃO ANIMAÇÃO BÍBLICA da vida e da pastoral COMUNIDADE DE COMUNIDADES A serviço da VIDA PLENA para todos Casa da INICIAÇÃO À VIDA CRISTÃ
M
AB
C
VP IVC
Expressa a força da Igreja missionária
Gera novos
missionários para a Igreja
IVC
Fundamentada na Sagrada Escritura e na Liturgia
Educa para a escuta e para a oração pessoal mediante a Leitura Orante
IVC
Acolhe, orienta e gera novos filhos e filhas
Lugar da iniciação e canteiro de agentes evangelizadores
IVC
Testemunho e fraternidade, solidariedade, justiça e paz, salvaguarda da criação
Transformação de estruturas desumanizantes e injustas
IVC
“”A catequese de inspiração catecumenal traz consigo importantes consequências para a ação evangelizadora.
Requer uma série de atitudes: acolhida, escuta da Palavra de Deus e adesão à vida comunitária. Implica estruturas
eclesiais apropriadas, nos mais diversos lugares e ambientes, sempre disponíveis a acolher, apresentar Jesus Cristo e dar
as razões da nossa esperança (1Pd 3,15). Pressupõe, por fim, um perfil de catequista/evangelizador, ponte entre o
coração que busca descobrir ou redescobrir Jesus Cristo e seu seguimento na comunidade de irmãos, em atitudes
coerentes e na missão de colaborar na edificação do Reino de Deus”. (Doc. 102, n.45)
IV. POSSÍVEIS PISTAS DE AÇÃO
Trata-se de um novo paradigma pastoral (cf. n. 3). Os últimos documentos da CNBB têm insistido no tema da conversão pastoral,
empreita ousada que exigirá, além de novos métodos e estratégias, sobretudo a conversão pessoal de nossas mentalidades e corações.
Precisará ser assumida com alegria e esperança, coragem e paciência, criatividade e
decisão e, sobretudo, “docilidade à voz do Espírito” (nn. 9; 69).
ATITUDE BÁSICA: CONVERSÃO PASTORAL
Superar a ideia de iniciação como tarefa de uma
pastoral específica, mas missão de
toda a comunidade
PISTA 1
“Sujeito indispensável dos processos de Iniciação à Vida Cristã é toda a comunidade cristã. Ela é responsável pelo rosto que a
Igreja vai apresentar a quem dela se aproxima; é necessário recuperarmos esta convicção e com ela sermos coerentes. O
processo de Iniciação à Vida Cristã requer a acolhida, o testemunho, a responsabilidade da comunidade. Quem busca Jesus precisa viver uma forte e atraente experiência eclesial. A
Iniciação dos chamados ao discipulado se dá pela comunidade e na comunidade”.
(n. 106. Grifo nosso)
Organicidade pastoral
* O que queremos com a iniciação à vida cristã? * Que responsabilidade pode ser assumida por cada pastoral,
movimento, comunidade de vida, etc.? * O que fazer com tantos projetos exigidos ao mesmo tempo (em nível de Igreja mundial, no Brasil, na (arqui)diocese e na
paróquia)? * Que ações concretas podem ser assumidas em parceria
(catequese e liturgia, pastoral missionária e movimento Mãe Rainha, pastoral familiar e pastoral batismal, por exemplo)?
* Que recursos financeiros podem ser investidos?
Questões
Cultivar as atitudes fundamentais de acolhida, escuta e
visitação
PISTA 2
“Sair em direção aos outros para chegar às periferias humanas não significa correr pelo
mundo sem direção nem sentido. Muitas vezes é melhor diminuir o ritmo, por de parte a ansiedade
para olhar nos olhos e escutar, ou renunciar às urgências para acompanhar quem ficou caído à
beira do caminho. Às vezes, é como o pai do filho pródigo, que continua com as portas abertas para, quando este voltar, poder entrar sem dificuldade”.
(EG, n. 46)
Coração pastoral
* Acolhida em nossas comunidades é só um agente de pastoral com jaleco em nossas portas de igrejas,
ou postura de toda a liderança, a começar pelos padres?
* Não seria o momento de formarmos adequadamente agentes leigos para a pastoral da
escuta e da visitação? * Se “vejam como ele se amam!” (Tertuliano) era o grande atrativo das comunidades cristãs do início,
como podemos, hoje, primar pela caridade?
Questões
Resgatar a mistagogia nas
celebrações litúrgicas
PISTA 3
Trata-se de compreender a iniciação à vida cristã como uma ‘grande celebração’ na qual os ritos
expressam sentimentos e compromissos, pois esse conjunto de ações simbólicas envolve a pessoa
inteira (cf. n. 104), trazendo “uma preciosa experiência do belo, do sublime, do mistério do
amor divino que tudo envolve. Por isso é capaz de tocar o espírito da pessoa que está sendo iniciada”
(n. 82).
Conduzidos ao/pelo Mistério
* Como nossas equipes de liturgia e de celebração entendem a natureza da liturgia?
* Como poderá ser mistagógica e iniciática uma celebração totalmente esvaziada do Mistério Pascal, se transformada em show, espetáculo,
magia, ou extremamente rotineira, quando não vernizada de exterioridades ou tinturas
conservadoras? * Como catequese e liturgia se inter-relacionam na
prática cotidiana das nossas comunidades?
Questões
Cuidar da formação bíblica e litúrgica para os agentes, possibilitando a
eles experiências profundas de Jesus
PISTA 4
Há muita liderança que desconhece, por não ter sido formada para esse novo paradigma. E, por conta disso, e também por comodismo
muitas vezes, temos agentes de pastoral “colocando remendo novo em roupa velha” (cf. Mt 9,16), isto é, fazendo o de sempre, com a ineficácia de sempre, com “cara” de
método novo (sem mística)
(Re)iniciação das lideranças
* Como se dão as nossas formações (leigos e consagrados)? Visam a informar e repassar conteúdos
meramente teóricos, ou apontam para a vivência concreta e testemunhal?
* Por formação compreende-se apenas o conhecimento do RICA?
Nossos agentes realmente iniciados no caminho do discipulado e da missão?
* Como a formação bíblica é feita, e que tipo de interpretação se faz? Há ressonância na vida e na
espiritualidade do evangelizador?
Questões
Priorizar a mística da “Igreja em
saída”
PISTA 5
Também devemos nos preocupar com os novos espaços de anúncio, “nas artérias da
sociedade, no mundo da saúde, da educação, da solidariedade social, das comunicações
midiáticas, das famílias, dos jovens etc.”
(Reinert)
Para as periferias existenciais...
*O que pensar de uma paróquia por demais presa a ambientes fechados, distante das famílias, das
ruas, muito impotente ainda diante dos clamores dos afastados por questões sociais, morais, cultural
etc.?
Questões
A INICIAÇÃO CRISTÃ NAS NOVAS DIRETRIZES DA CNBB (2019-2023)
Comunidade
Missão
Eixos e Pilares
Pilares: a Palavra, o Pão, a Caridade e a Ação Missionária. Foco: urbanidade
Objetivo geral
EVANGELIZAR no Brasil cada vez mais urbano, pelo anúncio da Palavra de Deus, formando discípulos e discípulas de Jesus Cristo, em
comunidades eclesiais missionárias, à luz da evangélica opção preferencial pelos pobres,
cuidando da Casa Comum e testemunhando o Reino de Deus rumo à plenitude
Pilar: Casa da Palavra
• Alguns números das Diretrizes nos remetem diretamente à Iniciação Cristã (cf. nn. 3, 8,69, 88-92, 150-159). Agrupada à animação bíblica
Pilar: Casa da Palavra
• Alguns números das Diretrizes nos remetem diretamente à Iniciação Cristã (cf. nn. 3, 8,69, 88-92, 150-159). Agrupada à animação bíblica Dos números 145 a 159 as novas Diretrizes apresentam alguns encaminhamentos práticos para o pilar da Palavra
Cabe-nos oferecer a todos, com alegria, a experiência que buscamos fazer de
Jesus, tornando audível e credível a eles a mesma resposta que Ele deu à mulher samaritana, quando ela falava de seus sonhos e esperanças como realidades
projetadas para tão distante, para quando chegasse o Messias prometido e
ansiosamente aguardado: “Sou eu mesmo esse Messias, e estou falando
com você”! (cf Jo 4, 26).
Enfim...