INQUISIÇÃO I

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ESCOLADA FÉ



O TRIBUNAL DA SAGRADA

INQUISIÇÃO - I



BIBLIOGRAFIA

- BIHLMEYER, K. , TUECHLE,H., História da Igreja , vol 3, Ed.

Paulinas, SP, 1964

- BAIGENT, M. e LEIGH,R., AInquisição , Imago Editora, Riode Janeiro, 2001.



- BERNARD, José S.J., AInquisição – História de uma

instituição controvertida, Vozes, Caderno 33, Petrópolis,

1959



- BETTENCOURT, Estevão,osb., Artigos abaixo listados da

Revista Pergunte eResponderemos – vários

artigos



- CAULY, E., Curso de Instruçãoreligiosa, tomo IV, Apologética,

Livraria Francisco Alves, SãoPaulo, 1914.



- CAIRNS, Earle E., O cristianismo através dos

séculos : uma história da Igreja Cristã , São Paulo: Vida Nova,1995, pp. 246 e 254.



- GONZAGA, João Bernardino,A Inquisição em seu mundo ”;

8ª edição, ed. Saraiva, SP, 1994.



- L’INQUISIZIONE: Atti Del

Simposio Internazionale, CittàDel Vaticano 29 a 31 ottobre2000, a cura de Agostino

Borromeo. – Coleção “Studi eTesti” nº 417, edição da

Biblioteca Apostólica Vaticana2003.



- KAMEN, Henry, A Inquisição na Espanha ,, Ed. CivilizaçãoBrasileira SA, Rio de Janeiro,1965.



- LE GOFF, Jacques, Para Um Novo Conceito de Idade Média ,

Lisboa: Estampa, 1980;



- História das Cavernas aoTerceiro Milênio, 1ª ed., São

Paulo: Moderna, 1997.



- LE GOFF, Jacques, Em Busca da Idade Média , Civilização

Brasileira, Trad. Marcos deCastro, Rio de Janeiro, 2005.



- LEA, Henry Charles, History of the Inquisition in the Middle

Ages; New York, 1888, I, 215.



- MACAULAY, A História da

Inglaterra , Leipzig, tomo I, p.54.



- MARTINA, Giacomo - História da Igreja - de Lutero a nossos

dias, 4 volumes II - A era do absolutismo , Edições Loyola,

2003, pp. 147-151.



- PASTOR, Ludwig, Historia de los papas, Editorial Gustavo

Gili, S.A. Barcelona, Espanha,1950.



- PERNOUD, Régine, O mito da Idade Média , Publicações

Europa-América, Lisboa,Lisboa 1978, 158 pp.



- PERNOUD, Régine, Luz sobre a Idade Média , Publicações

Europa – América, Fórum daHistória (n.26), Lisboa,

Portugal, 1997.



- PERNOUD, Régine - A Idade Média: O que não nos

ensinaram , Editora Agir, SP,1964.



- ROPS, Henri-Daniel, A Igreja dos Tempos Bárbaros , Ed.Quadrante, vol. II, 1991,SP.



- ROPS, Henri-Daniel, A Igreja das Catedrais e das Cruzadas ,

vol III, Ed. Quadrante, SãoPaulo, 1993.



- ROPS, Henri-Daniel, A Igreja da Renascença e da Reforma ,

vol. IV e V, ed. Quadrante, SP,1996, p. 452-4.



- ROPS, Henri - Daniel, A Igreja da Renascença e da Reforma ,

vol. IV e V, ed. Quadrante, SP,1996, p. 452-4.



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- Arcebispo Americano

Fulton Sheen:



* "Talvez não haja nos

Estados Unidos umacentena de pessoas que

odeiem a Igreja Católica,mas há milhões de pessoasque odeiam o que

erroneamente supõe o queseja a Igreja Católica".



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1- lnquisição Medieval

especialmente motivadacontra as heresias cátarae valdense nos séculos XII eXIII e contra falsos

misticismos nos séculos XIVe XV.



2- Inquisição Romana

(“Santo Ofício”), instituída

em 1542 pelo Papa Paulo III(1534-1549), por causa doprotestantismo e outras

heresias.



3- lnquisição Espanhola

séc XV-XVIII



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- Daniel Rops:



* “A Inquisição, mesmotomada nos seus piores

aspectos, nem se comparacom os regimes totalitáriosmodernos;



as suas prisões não atingem

o número dos campos deconcentração,

e as suas fogueiras sãolargamente ultrapassadaspelas câmaras de gás...”

- (DR. Vol III, pg. 612).



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- Agostino Borromeo:



* Historiador e professor daUniversidade “La Sapienza”

e Presidentedo Instituto Italiano deEstudos Ibéricos:



* “Hoje em dia, oshistoriadores já não utilizam

o tema da Inquisição comoinstrumento para defenderou atacar a Igreja.



Diferentemente do que antes

sucedia, o debate seencaminhou para o ambiente

histórico, com estatísticassérias”.

- (Atas do Simpósio doVaticano, 1998)



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- João Paulo II:



* “Assim, quando o segundo

milênio já se encaminhapara o seu termo, é justo

que a Igreja assuma commaior consciência o peso dopecado dos seus filhos,



recordando todas aquelascircunstâncias em que eles

se afastaram do espírito deCristo e do seu Evangelho, oferecendo ao mundo,



em vez do testemunho de

uma vida inspirada nosvalores da fé, o espetáculo

de modos de pensar e agirque eram verdadeirasformas de antitestemunho e

de escândalo” (TMA 33).



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- Antecedentes e Causas

1- A fé era o maior tesouro emovia a vida medieval.



- “Todo o regime políticoe social estava alicerçado

sobre a fé; as instituiçõesapoiavam - se nos Artigosdo Credo”. (Daniel Rops, vol

III, pgs. 577-8).



- As heresias cátaras

abalavam as estruturas dasnações.

- O herege era visto como

um revolucionário, e assimtratado.



2- Heresia: crime de lesa

majestade divina.

3- Atacar a religiãoestabelecida era atacar a

ordem pública e a paz social.



4- A falta contra Deus era

punida pela lei civil. Temia -se o castigo de Deus.

5- Ingerência dos reis:

Templários, Joana D´Arc,Espanha, Portugal.



6- Pecados: simonia,

nicolaismo, corrupção,impostos, concubinatodo clero, luxo e riqueza,assassinatos, etc.

7- Investidura leiga.



8- Desordem social

provocada pelos bárbaros.



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- S. Tomás de Aquino:



* “É muito mais gravecorromper a fé, que é a vidada alma, do que falsificar amoeda que é um meio deprover à vida temporal,



pois, os falsificadores demoedas e outros malfeitoressão, a bom direito,condenados à morte pelospríncipes seculares,



com muito mais razãoos hereges, desde que

sejam comprovados tais,podem não somente ser

excomungados,



mas também em toda justiçaser condenados à morte”.

(Suma Teológica II/II 11,3c)



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9- Os cátaros

*Heresia fanática erevolucionária.



- O objetivo era destruir aIgreja, a “sinagoga deSatanás”, e a substituir.



- Rejeitavam a Tradição, a

moral católica, os dogmas, econdenavam todos osmembros do cleroindistintamente.

- Provocavam depredações



- Assassinavam mulheresgrávidas

- Praticavam suícidio –

“endura”.



- No final do século XI a

heresia estava prestes aocupar o Ocidente inteiro.

- Criou - se o clima de

“guerra de religião”.



- Os cátaros já tinhamseus dogmas, e estavam

organizados como uma anti – Igreja.



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- Historiador Protestante

Henry C. Lea:



* “Essa era a crença cujarápida difusão encheu aIgreja de um terrorplenamente justificado.



Se o catarismo se

tornasse dominante, ou pelomenos igual ao catolicismo,não há dúvida de que suainfluência teria sidodesastrosa”.

(Bernard, pg. 110)



* “Por mais horror que nos

possam inspirar os meiosempregados para combatê -la, por mais piedade quedevemos sentir por aquelesque morreram vítimas de

suas convicções,



reconhecendo sem

hesitar que, nascircunstâncias, a causada ortodoxia era a dacivilização e do progresso”.

(Henry C. Lea, idem)



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- Enciclopédia Iluminista

Francesa, de 1765, atesta oexagero nos ataques àInquisição:



* “Sem dúvida, imputaram -se a um tribunal, tãojustamente detestado,excessos de horrores queele nem sempre cometeu;



é incorreto se levantar

contra a Inquisição por fatosduvidosos e, mais ainda,procurar na mentira o meiode torna - la odiosa”

(Gonzaga, pg. 128).



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- Césare Cantu - (1804 -

1895), historiador. Autor da“História Universal”em 72 volumes:



* “O tribunal da Inquisição

pode ser considerado comoum verdadeiro progresso,porque se substituía asmatanças mais ou menosgerais e aos tribunais sem

direito de graça...



Este tribunal admoestava

por duas vezes antes deempreender qualquerdevassa e ordenava a prisãosó dos hereges obstinadose dos

relapsos;



Aceitava o arrependimento econtentava - se comcastigos morais,



o que lhe permitiu salvar

muitas pessoas que ostribunais ordinários teriamcondenado”.

(Histoire Universelle, t. XI,

cap VI; Apud Cauly, pg. 370).



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- “Dictionnaire de Théologie

Catholique”:



* “Em vista do caráter

anti - social dos cátarose outros sectários, devemosreconhecer quea causa da ortodoxia não eraoutra senão a da civilização

e do progresso.



Se o catarismo setornasse igual aocatolicismo, os efeitosteriam sido desastrosos.



“Se o ascetismo queprofessavam se tornasseuniversal, devia levar àextinção da raça humana”.



“Eles consideravam pecado

qualquer esforço demelhoramento material, oque teria paralisadocompletamente o progressoda sociedade”.

(Bernard, 1959)



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10- Não havia a tolerânciareligiosa.

C



- Calvino:

“A humanidade daquelesque querem poupar osheréticos é mais cruelporque para poupar o lobo

lhe deixam os ovelhas comopresa”.



(De haereticis magistratucivili puniendis”, GiacomoMartina, pg. 160).



“Se houver liberdade dereligião e de culto, o súditoterá então a liberdade deseguir esta ou aquela seita;



se há liberdade de pregar oerro, os súditos estarão nocaminho da perdição”.

(Bernard, 1959).



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A i t l â i R li i



- A intolerância Religiosa

hoje contra os Cristãos

htt // i t b /



- http://www.istoe.com.br/

reportagens/168132_CRISTAOS+PERSEGUIDOS

- Revista ISTOÉ - N° Edição:

2188 | 14.Out.11

“Até h j 70 ilhõ



- “Até hoje 70 milhões

de cristãos foram mortospor causa de sua fé.

- Desse total 45 milhõessomente no século XX.

At l t 1 i tã é



- Atualmente 1 cristão é

assassinado a cada 5minutos (105 mil por ano).

- De cada 10 perseguidos

nos países islâmicos, 7 sãocristãos.

D d 1945 10 ilhõ d



- Desde 1945, 10 milhões de

cristãos emigraram porcausa das perseguições.

Fonte: Conferência: “Os bons serãomartirizados: as perseguições aos

cristãos no século XXI” e “Word ChristianTrends AD 30 – AD 2200 de David D. Barrete Todd & Johnson”



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10 J ti d Id d Médi



10- Justiça da Idade Média

era bruta;

- Não havia polícias

- Não há identidade

- Não há endereço



- A punição era exemplar

- Pena de morte era comum

- Tortura era comum



- Sofrimento grande: peste,fome, doença



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Daniel Rops:



- Daniel Rops:

“Foi a opinião pública queexigiu com muita frequênciadas autoridades um castigoexemplar para os culpados,



chegando às vezes até asubstituí - la nessa tarefa”.



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Historiador B Llorca:



- Historiador B. Llorca:

“Os príncipes, os reis, osimperadores e o povo em

massa procederam àexecução dos hereges queconsideravam como o maiorperigo”. (Bernard, pg. 12).



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Ano 300



- Ano 300

Imperador (pagão)

Diocleciano(284-305) mandoupara a fogueira heregesmaniqueus.

385



- 385

A morte do herege espanholPrisciliano, pelo imperadorMáximo (cristão);



foi a primeira sentença demorte para um caso deheresia, pela autoridadecivil, não pela Igreja.



Forte oposição dos bispos:S. Martinho de Tours, S.Jerônimo, S. Ambrósio deMilão e outros.



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A Pena da Fogueira



- A Pena da Fogueira

1022

Roberto, o Piedoso,rei da França, colocou na

fogueira 14 chefes doscátaros em Orleans.

1051-



1051-

ImperadorHenrique III(1017-1053),

em Goslar,

enforcou vários hereges naAlemanha.

1077-



1077-

Herege queimado numacabana antes do julgamentodo bispo de Cambraia.

1120–



1120 –

Povo queimouos heregespresos emSoissons, antes do

julgamento do bispo.

1144–



1144 –

Povo levou àfogueira algunscátaros presos antesque o bispo Adalberto II

de Liége tentasseconverte - los.



- Muitas vezes a autoridadeda Igreja salvou pessoas de

serem queimadas vivas, semao menos serem julgadas.

1200-



1200-

Felipe Augusto (1180-1223)de França mandou para afogueira oito cátaros emTroyes, um em Nevers em

1201,



vários em Braisne – sur -Vesle em 1204, e muitos em

Paris, entre eles sacerdotes,clérigos, leigos, e mulheres.

1224–



1224 –

Imperador alemão FredericoII,decretou a penade morte para hereges; o

fogo era a pena segundoo Direito antigo.



- Não foi a Igreja que criou a

pena de fogueira.

- 1231 – Gregório XI institui a

Inquisição.



- Papas e Concíliosprotestaram contra abusos.



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- Daniel Rops (vol III pp



Daniel Rops (vol. III, pp.

605-606):* "Não foi a Igreja que

inaugurou a repressão daheresia por meio da

violência.



Se a considerou em todosos tempos como um crimede lesa - majestade' divina,



nunca pediu a aplicaçãodessas penas severas quecastigavam toda a lesa-

majestade no direito imperialromano”.



* “No decurso dos trêsprimeiros séculos, recorreu

apenas à persuasão e àspunições espirituais.



Foram os imperadorescristãos, Constantino e seus

sucessores, que, como'bispos do exterior',

castigavam com penas



castigavam com penas

temporais - multas, prisão eflagelação - os rebeldescontra a verdadeira fé,maniqueus ou donatistas...” Daniel Rops (vol. III, pp. 605-

606)



* “Foi a reaparição daheresia dualista, maniquéia,cujo caráter antisocial já

referimos, que provocouuma reação mais viva.



Esta reação foi obra dospríncipes...Até meados doséculo XII, todas as

condenações à morte dehereges foram decididas

pelas autoridades civis,

muitas vezes impelidas



muitas vezes impelidas

pelas multidõesfanatizadas”.

Daniel Rops (vol. III, pp. 605-606)

* “Foram numerosos os



Foram numerosos os

cânones dos concílios que,excomungando os hereges eproibindo os cristãos de

lhes darem asilo, nãoadmitiam que se utilizassem

contra eles a pena de morte.

Deviam bastar as penas



Deviam bastar as penas

espirituais ou, quandomuito, as penas temporaismoderadas."

(Daniel Rops, vol. III, pp.

605-606).



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