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Inteligência emocional na rotina do profissional contábil e na construção de sua marca pessoal Dezembro/2018 ISSN 2179-5568 Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - Ano 9, Edição nº 16 Vol. 01 Dezembro/2018 Inteligência emocional na rotina do profissional contábil e na construção de sua marca pessoal Regiane Lima Barbosa Silva [email protected] Contabilidade & Direito Tributário Instituto de Pós-Graduação - IPOG Salvador, BA, 21 de março de 2017 Resumo Estudos mostram o quanto o hábito da inteligência emocional na vida do indíviduo como um todo, sem haver separação por “rótulos” pessoais e profissionais, trazem resultados positivos. Na rotina contábil, seja do profissional empregado por empresas ou escritórios de contabilidade, seja do contador empreendedor a falta da Inteligência Emocional carrega sérios riscos. Observa-se agitação na vida dos profissionais. Muitos alegam grande quantidade de legislações e obrigações acessórias a cumprir. Outros, a intensidade de responsabilidades e pouco retorno financeiro. Vive-se uma geração de “médicos do patrimônio” doentes por conta de não darem conta de tantas imposições. O objetivo deste artigo é alertar o quanto a maturidade emocional pode melhorar os resultados na rotina contábil, usando-a como ferramenta de um novo hábito de crescimento. Nesta pesquisa existem conceitos de inteligência emocional, baseado em artigos e livros, definição de empreendedorismo e seus impactos, por meio de biográfias de estudiosos da área e, como a Inteligência Emocional influencia ativamente no marketing pessoal. Conclui-se que a preocupação pela inteligência intelectual é tão grande que, as emoções são deixadas de lado. Contudo, ao contrário do que pensam é entendendo as emoções que aumentam-se os ganhos. Palavras-chave: Comportamento. Contador. Empreendedor. 1. Introdução Com o grande crescimento no mundo corporativo, novos profissionais da área contábil foram ingressados no mercado. Altos índices de contratações em escritórios de contabilidade e, abertura de escritórios por pessoas que acabaram de encerrar seus estudos em instituições de ensino virou rotina. Contudo, é perceptível a falta de preparo como um todo, profissionais que contratam funcionários para trabalharem em suas empresas sem nenhum conhecimento prévio de empreendedorismo. Neste contexto, observa-se que o profissional é “eliminado ou aceito” de acordo com o que está escrito apenas no seu currículo. Cabe aqui explicar que não que o CV não seja importante, entretanto existem outros métodos de autoconhecimento usados ainda, somente em grandes empresas. A proposta deste trabalho é mostrar o quanto a inteligência emocional afeta diretamente na rotina dos contadores independente da área que atuam e, como pode ser usada como um hábito de crescimento e ferramenta de marketing pessoal.

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Inteligência emocional na rotina do profissional contábil e na construção de sua marca

pessoal

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ISSN 2179-5568 – Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - Ano 9, Edição nº 16 Vol. 01 Dezembro/2018

Inteligência emocional na rotina do profissional contábil e na

construção de sua marca pessoal

Regiane Lima Barbosa Silva – [email protected]

Contabilidade & Direito Tributário

Instituto de Pós-Graduação - IPOG

Salvador, BA, 21 de março de 2017

Resumo

Estudos mostram o quanto o hábito da inteligência emocional na vida do indíviduo como

um todo, sem haver separação por “rótulos” pessoais e profissionais, trazem resultados

positivos. Na rotina contábil, seja do profissional empregado por empresas ou escritórios

de contabilidade, seja do contador empreendedor a falta da Inteligência Emocional

carrega sérios riscos. Observa-se agitação na vida dos profissionais. Muitos alegam

grande quantidade de legislações e obrigações acessórias a cumprir. Outros, a intensidade

de responsabilidades e pouco retorno financeiro. Vive-se uma geração de “médicos do

patrimônio” doentes por conta de não darem conta de tantas imposições. O objetivo deste

artigo é alertar o quanto a maturidade emocional pode melhorar os resultados na rotina

contábil, usando-a como ferramenta de um novo hábito de crescimento. Nesta pesquisa

existem conceitos de inteligência emocional, baseado em artigos e livros, definição de

empreendedorismo e seus impactos, por meio de biográfias de estudiosos da área e, como

a Inteligência Emocional influencia ativamente no marketing pessoal. Conclui-se que a

preocupação pela inteligência intelectual é tão grande que, as emoções são deixadas de

lado. Contudo, ao contrário do que pensam é entendendo as emoções que aumentam-se

os ganhos.

Palavras-chave: Comportamento. Contador. Empreendedor.

1. Introdução

Com o grande crescimento no mundo corporativo, novos profissionais da área contábil

foram ingressados no mercado. Altos índices de contratações em escritórios de

contabilidade e, abertura de escritórios por pessoas que acabaram de encerrar seus estudos

em instituições de ensino virou rotina. Contudo, é perceptível a falta de preparo como um

todo, profissionais que contratam funcionários para trabalharem em suas empresas sem

nenhum conhecimento prévio de empreendedorismo.

Neste contexto, observa-se que o profissional é “eliminado ou aceito” de acordo com o

que está escrito apenas no seu currículo. Cabe aqui explicar que não que o CV não seja

importante, entretanto existem outros métodos de autoconhecimento usados ainda,

somente em grandes empresas. A proposta deste trabalho é mostrar o quanto a inteligência

emocional afeta diretamente na rotina dos contadores independente da área que atuam e,

como pode ser usada como um hábito de crescimento e ferramenta de marketing pessoal.

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Um estudo organizado pelo Project Management Institute Brasil (PMI) constatou que,

para 76% das empresas o principal motivo para seus projetos fracassarem são falhas

na comunicação. Para o diretor do PMI-Rio Walther Krause o problema é antigo. As

pessoas não sabem inclusive, se relacionar bem com todos os perfis existentes em um

ambiente de trabalho. A comunição é o meio natural de criação de laços entre as pessoas

e o resultado para os envolvidos está diretamente ligada à maturidade emocional que é a

capacidade dos indivíduos entender sua importância e respeito ao outro. Auto aceitação

gera autoconfiança que aumentam os resultados.

Segundo Goleman apud Engehart (1998:8), “A capacidade de ler os próprios sentimentos,

controlar os impulsos, organizar o raciocínio, ficar calmos e otimistas diante das provas

com que nos defrontamos e, sobretudo, escutar o outro” são importantes características

de pessoas que possuem Inteligência Emocional, também conhecida como Quociente

Emocional – QE. Esta inteligência é adquirida e “pode desenvolver e aumentar em

qualquer tempo e qualquer idade.” (COOPER e SAWAF, 1997:19).

Observa-se, que a inteligência intelectual não garante o sucesso completo dos contadores,

sejam como funcionários ou empreendedores visto que, “somente 20% dos fatores

determinam o sucesso. Os 80% restantes estão ligados a outros fatores que incluem o que

podemos chamar de inteligência emocional”. (ENGELHART, 1998: 8).

Neste cenário, os temas que serão abordados contemplam os conceitos de inteligência

emocional, empreendedorismo, espírito empreendedor e uma boa marca no marketing

pessoal através da troca de informações com profissionais da área e pesquisa

bibliográfica. A relação existente entre eles e, como a criação do hábito desta ferramenta

pode acarretar grandes mudanças no contexto empresarial. A hipótese levantada é a

ligação positiva da Inteligêncial Emocional na rotina do profissional contábil.

2. Empreendedorismo

2.1. Conceitos

Compreender empreendedorismo é buscar a definição de empreendedor. “o termo

empreendedor teve sua origem na França e, numa tradução literal, significa alguém que

se sobressai na sociedade”. (DEAKINS: 1996 Apud DE RÉ: 2008).

Iniciar, tentar, começar são significados de empreender no dicionário. De acordo com

Dolabela (2006:05) a palavra inglesa Entrepreneurship é “derivada do latim

imprehendere, tendo o seu correspondente, empreender, surgido na língua portuguesa no

século XV”. Daí surge a expressão empreendedorismo como “uma livre tradução que se

faz da palavra entrepreneurship, que contém as idéias de iniciativa e inovação. É um

termo que implica uma forma de ser, uma concepção do mundo, uma forma de se

relacionar”. (DOLABELA: 2006:26).

Para alguns estudiosos a consideração de empreendedorismo acontece de uma maneira.

“O processo de criar algo novo com valor, dedicando o tempo e o esforço necessários,

assumindo os riscos financeiros, psíquicos e sociais correspondentes e recebendo as

consequentes recompensas da satisfação e independência econômica e social.” (HISRICH

e PETERS: 2006: 29). Para outros como “o envolvimento de pessoas e processos que, em

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conjunto, levam à transformação de ideias em oportunidades. A perfeita implementação

destas oportunidades leva à criação de negócios de sucesso.” (DORNELAS: 2005 apud

MADRUGA: 2008).

Fortificando os conceitos citados, ainda considera-se apropriado à natureza do

empreendedorismo o fato de que a espécie humana nasce empreendedora, porém não

basta abrir uma empresa para ser de fato um empreendedor. É nesse sentido que Dolabela

(2006: 26) enfatiza que toda comunidade tem o empreendedor que merece, porque é ela

quem propicia o ambiente adequado para que ele surja.

Neste contexto, observa-se que a decisão de abrir uma empresa está longe de ser

considerado um empreendedorismo. O mercado contábil atual cresce constantemente. De

acordo o Conselho Federal de Contabilidade (CFC) existem, hoje, 529.999 profissionais

registrados entre contadores e contabilistas e, 59.041 organizações registradas no

conselho. No Estado da Bahia são exatamente 22.665 profissionais e, 2.457 empresas.

Analisam-se, nesta realidade, alguns cenários, a saber: o de filhos que ingressam no

mercado para continuar o negócio de seus pais; o de estudantes que almejam desde a

universidade ter o seu próprio negócio, sem, muitas vezes, investir em conhecimentos que

o ajudem a obter melhores resultados; o de universitários que através de estágios

conseguem contratações em escritórios e empresas; e, o de empreendedores que investem

tempo e conhecimento conhecendo mais o mercado contábil, identificando o nicho em

que quer atuar, adquirindo maturidade mercadológica.

O perfil empreendedor é ainda objeto de estudo. Para Dolabela (2006) o empreendedor

de sucesso é identificado como aquele que tem iniciativa, autoconfiança, otimismo e

necessidade de realização. Além de encarar positivamente o fracasso e fazer dele uma

nova oportunidade. Ele tem energia, é incansável, sabe fixar metas e atingi-las. Também

é intuitivo, está sempre comprometido com seus empreendimentos, sabe buscar, utilizar

e controlar recursos. Assume riscos moderados e visa o bem-estar coletivo.

2.2. Características do Empreendedor

Pesquisas referentes às características do empreendedor revelam que em seu perfil está

contido “o ser social”. Que é também produto do meio em que vive (época e lugar). Se

uma pessoa vive em um ambiente em que ser empreendedor é visto como algo positivo,

normalmente ela terá motivação para criação de seu próprio negócio (DOLABELA:

2006).

O autor ainda informa a respeito do “fenômeno local”, pois existem regiões mais

empreendedoras que outras, podendo ainda variar os fatores comportamentais e atitudes

impulsionadoras de sucesso. Analisar o perfil dessas pessoas contribui para a educação

nessa área. Desta forma, Filion (1991) apud Dolabela (2006, 31) afirma que “Pesquisas

indicam que as famílias de empreendedores têm maior chance de gerar novos

empreendedores e que os empreendedores de sucesso quase sempre têm um modelo,

alguém que admiram e imitam”.

A disposição para assumir riscos é uma característica citada por vários autores. Diante do

exposto, pode-se afirmar que o tema empreendedorismo é bastante amplo e apresenta

várias vertentes para estudo.

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3. Inteligência Emocional

3.1. Conceitos

Entender o que é inteligência emocional é analisar o que vem acontecendo na sociedade

como um todo. Gerações de pessoas que não entendem suas emoções, seres humanos

vazios por não darem ouvidos ao seu “eu interno”. Na contracapa do livro Inteligência

Emocional de Goleman (1996) o editor esclarece que é o “reflexo de uma cultura que só

apostou pelo intelecto, relegando ao esquecimento o lado emocional do indivíduo”.

Na década de 1960 e 1970 o progresso individual do ser humano estava atrelado ao estudo

em boas escolas. Esta cultura é, infelizmente, alimentada até os dias de hoje. Contudo, “o

mundo está cheio de homens e mulheres bem preparados que estacionaram em suas

carreiras e saíram dos trilhos devido a vazios cruciais na inteligência emocional.” (SOTO,

2005: 25).

Segundo o escritor Daniel Goleman o seu livro Inteligência Emocional é um grito de

alerta aos que ainda pensam que a razão é a única responsável por nosso destino.

“Pois ao se identificar as intenções, subjacente a uma ação passa-se a ser

possível planejá-la, pois as intenções podem referir-se a anseios imediatos e a

aspirações de longo prazo, gerando conflitos, razão pela qual, por vezes, o

propósito oculto se confunde com a intenção aparente.” (GOLEMAN, 1996).

A inteligência intelectual também conhecida como quociente de Inteligência (QI) e,

quociente emocional – QE – são capacidades distintas, entretanto, não opostas. Pelo

contrário, devem-se observar as competências intelectuais e as emocionais, usando a

emoção para facilitar a razão e a razão para gerir funcionalmente a emoção. Apesar de

realidades separadas, há uma interdependência entre o nosso intelecto e os nossos

sentimentos, o que revela a importância de dominar ambas as dimensões.

Goleman (1996) revela sobre IE que a emoção influencia a vida das pessoas, podendo

cooperar para o bom relacionamento interpessoal. Ele considera que pessoas equilibradas

emocionalmente têm mais chances de se tornarem líderes, do que aquelas de alto

quociente intelectual (QI), embora afirme que “as potencialidades humanas já nascem

com o indivíduo e o segredo está em saber desenvolver essas capacidades.” (MACHADO

apud GUEBUR, POLETTO e VIEIRA: 2008).

3.2. Competências da Inteligência Emocional

Daniel Goleman apresenta os cinco níveis de IE:

1. Autoconhecimento emocional: conhecimento que o ser humano tem de si próprio,

incluindo dos seus sentimentos e intuição; autoconsciência.

2. Controle emocional: capacidade de gerir as emoções, canalizando-as para uma

manifestação adequada a cada situação.

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3. Automotivação: direcionar emoções para a prossecução de objetivos estabelecidos; ser

capaz de colocar os sentimentos no serviço.

4. Empatia: reconhecer as emoções no outro e saber colocar-se no seu lugar; compreender

o outro para uma melhor gestão das relações.

5. Relacionamentos pessoais: aptidão e facilidade de relacionamento; está associado em

parte com a capacidade empática, e é um fator críticos nas organizações.

De acordo com Goleman, existem inteligentes que se comportam como “idiotas”. Isto

mostra o quanto há pessoas que tem um desenvolvimento tão grande no que diz respeito

ao intelecto e, não conhecem a si mesmas. São leigos na capacidade de criar motivações

para si próprios e de persistir num objetivo apesar dos percalços, controlar impulsos e

saber aguardar pela satisfação de seus desejos, se manter em bom estado de espírito e

impedir que a ansiedade interfira na capacidade de racionar.

No cenário empresarial todas estas competências são essenciais. Já existe casos relatados

de bons currículos conseguirem excelentes empregos e, o comportamento demitir ou,

deixar de obter boas promoções. Um dos testes utilizados por grandes empresas é o DISC.

Ferramenta que analisa as respostas através de simples perguntas o comportamento do

individuo, com mais de 90% de precisão.

Em uma figura abaixo é possível visualizar todos os perfis, suas características e, no que

cada um é orientado:

Figura – Teste DISC

Fonte: Coach Daniel Figueiredo, 2015

É notório o quanto é importante saber se comunicar com cada perfil e, qual a atividade

que lhe trará melhor desempenho. Sua principal função é o autoconhecimento e, como

cada um pode desenvolver outras habilidades. No caso de um contador empreendedor, é

interessante acompanhar seus funcionários periodicamente com estes testes e, verificar se

estão no cargo correto ou, se é necessária uma recolocação. Já os funcionários de

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escritórios, podem humildemente oferecer esta ferramenta ao seu superior alegando que

quando um indivíduo sabe lidar consigo mesmo, atenta-se para erros que antes não

ficavam tão claros.

3.3. Comunicação Verbal e Não verbal

A palavra comunicação vem do Latim communicatio, “ato de repartir, de distribuir”,

literalmente “tornar comum”, de communis, “público, geral, compartido por vários”. É

parente de “comunhão”. NOTÍCIA – do Latim notitia, “informação, conhecimento, ser

conhecido”, de notus, “ser conhecido, famoso”, do verbo gnoscere, “vir, a saber, tomar

conhecimento”, derivado do Indo-Europeu gno –, “saber”. A comunicação verbal está

relacionada a qualquer forma de expressão falada ou escrita fundamental para

as relações humanas. A comunicação não verbal, por sua vez, é feita por meio da

linguagem corporal, dos gestos, posturas, expressões faciais e do contato visual. O corpo

fala. Demonstra-se, por meio dele, raiva, amor, compaixão, tristeza, alegria dizendo-se,

sem palavras, o que se sente e deseja-se em cada momento.

Goleman, em seu livro Inteligência Emocional retrata em incompetente social - individuo

que não saber viver em sociedade. Na grande parte das vezes esta deficiência está presente

na infância, se houve ou não ensinamentos de civilidade. Estas são pessoas perturbadas,

que não possuem habilidades em interagir com os outros e ineptas a sutilezas sociais.

Os clientes externos querem ter suas necessidades usuais atendidas e, um dos fatores por

eles analisados é o interpessoal. Como eles esperam serem recepcionados pelo

responsável do escritório, um alguém que passe segurança, educação, empatia, solicitude,

competência (capacidade de entender e atender suas demandas), capacidade de

comunicação e um bom atendimento. Completamente fora de uma realidade vivida por

alguém que não sabe viver em sociedade.

3.4. Chefia ou Liderança?

No livro A Hora da Verdade de Jan Carlzon (2011), o autor retrata sua experiência em

alcançar resultados usando uma maneira não muito comum no mundo corporativo. Passou

a delegar poder aos funcionários da linha de frente, algo que vai totalmente de encontro

ao que é visto na pirâmide trabalhista. Ele explica a importância de mostrar ao

colaborador seu papel dentro da organização e dar autonomia para resolver qualquer tipo

de questão. Jan, conta o quanto esta pequena atitude que para muitos é uma tragédia, sem

ao menos colocá-la em prática, fez com que eles aumentassem seus lucros eliminando o

prejuízo da empresa.

Neste livro, abordam-se dois conceitos: o de chefia e liderança. As características de chefe

basicamente retratam autoritarismo, espírito mandão, não reconhecimento de

funcionários, nada de bem-estar coletivo. Carlzon na primeira empresa que passou

inicialmente teve esta postura. Acreditava que por ser novo demais em idade, apenas 32

anos as pessoas não o respeitariam. Contudo percebeu que aquelas atitudes retraíam mais

a equipe, e mantinha o poder de decisão sobre sua pessoa. Ele mandava e todos

obedeciam. Por falta de preparo empreendedor muitos contadores no Brasil tem tido este

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posicionamento, praticando uma gestão centralizada onde não há direito de opinar e/ou

propor melhorias coletivas. É comum perceber isto também quando um funcionário

contábil é selecionado para coordenar uma equipe, o mesmo acredita que ser tirano

aumenta resultados porque os outros ficarão amedrontados.

Liderança vem do latim AUCTORITAS, que significa "ordem, opinião, influência".

Caracterizar um líder é observar o quanto seus resultados são diferenciados. Líder lidera

pelo exemplo, não se importa em servir. “Quem quiser ser líder deve ser primeiro

servidor. Se você quiser liderar deve primeiro servir” (JESUS CRISTO). Sabe ouvir,

pensa no bem-estar coletivo, não centraliza a tomada de decisão na sua própria pessoa,

ensina, treina e dar autonomia aos demais. Quando mudou de posicionamento, em ser

chefe e praticar a liderança, Jan percebeu o quanto isto deu liberdade a equipe e, como

fidelizou seus colaboradores. Esta realidade no mundo empresarial contábil ainda é,

infelizmente, pouco vista. Isto retrata a falta de preparo empreendedor e de

autoconhecimento. Não adianta apenas ter um bom currículo, a maturidade emocional é

quem define os comportamentos rotineiros e seus resultados no todo.

Liderar é saber gerir relacionamentos, é praticar a empatia, entendendo que isto faz parte

de quem quer viver em sociedade. Observar as emoções, o comportamento dos demais

colaboradores, é pensar acima da média. Acompanhar resultados, perceber o momento

que exige mudanças, estar bem consigo buscando autoconhecimento são atitudes cruciais

de um bom líder. Uma das lições citadas por Carlzon é que se ele tivesse ouvido apenas

o seu lado intelectual jamais teria chegado aos resultados que alcançou. Ele retrata a

importância de confiar em seu instinto, de ser grato, de planejar sua missão, visão e

valores, de se comprometer amorosamente com o seu trabalho e com sua equipe, de ter

metas de curto, médio e longo prazo, de não buscar aprovação de todos, de não se mostrar

melhor do que ninguém, de comemorar com seus funcionários e reconhecê-los por terem

feito um excelente trabalho. “ Não tenho necessariamente que gostar de meus jogadores

e sócios, mas como líder devo amá-los. O amor é lealdade, o amor é trabalho de equipe,

o amor respeita a dignidade e a individualidade. Esta é a força de qualquer organização”.

(VINCE LOMBARDI).

3.5. Críticas

A crítica é algo que poucos gostam de receber. Na verdade, uma minoria que para, e ouvi

uma opinião de terceiros. A palavra crítica no dicionário significa análise. No cenário

corporativo recebê-la ainda é algo desafiante e muitas vezes, frustrador.

Em escritórios de contabilidade são comuns as constantes reuniões entre chefes e seus

subordinados para alinhamento de rotina nos trabalhos. As críticas são inevitáveis e, às

vezes fazem serem esquecidos os elogios quando são feitos. A grande questão não é

deixar a cobrança de lado e sim, saber como se comunicar e, lembrar-se da competência

da inteligência emocional EMPATIA. Quando um líder coloca-se no lugar do liderado,

automaticamente seu campo de visão muda.

Existem duas ferramentas no mundo dos negócios, o feedback, bem conhecida e, o

feedforward. A primeira tem seu foco no resultado e no desempenho das atividades,

enquanto a outra é usada por grandes líderes foca-se no planejamento da ação. Negócios

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de sucesso com empreendedores preparados treinam seus colaboradores indicando o

caminho para obter ganhos. Passam a preparar o caminho para as cobranças que, pelo

bom clima de aprendizado não serão mais vistas como frustrações e sim, como lições.

3.6. Gestão de conflitos no escritório de contabilidade

Saber gerir conflitos pessoais e, em um ambiente de trabalho ainda é, infelizmente, um

desafio para muitos. O não hábito de ser inteligente emocionalmente passa a ser um

problema, uma vez que pode reduzir a produtividade, afetando assim a lucratividade e

rentabilidade da empresa. Segundo Chiavenato (1999:323), “constitui o meio interno de

uma organização, a atmosfera psicológica, característica em cada organização. O clima

organizacional está ligado ao moral e à satisfação das necessidades humanas dos

participantes”.

Alguns procedimentos dentro de um escritório de contabilidade fazem-se necessário para

a administração de conflitos, como funcionário ou empreendedor contábil. Observar a

origem do problema é sem dúvidas, a primeira ação.

“As pessoas passam boa parte de suas vidas trabalhando dentro de

organizações, e estas dependem daquelas para poderem funcionar e alcançar

sucesso. De um lado, o trabalho toma considerável tempo de vida e de esforço

das pessoas, que dele dependem para sua subsistência e sucesso pessoal.

Separar o trabalho da existência das pessoas é muito difícil, quase impossível,

em face da importância e impacto que nelas provoca”. (CHIAVENATO,

1999:40).

Investigar os fatos ocorridos, o histórico dos envolvidos, seu desempenho, conduta,

tempo de empresa e, o que levou a tal situação é de extrema importante na gestão de

conflitos. Sem deixar de citar a empatia, competência de acordo com Goleman da

inteligência emocional. São comuns escritórios de contabilidade serem separados por

setores, a saber: contábil, fiscal, pessoal, protocolo e/ou procuradoria (parte societária,

abertura e fechamento de empresas, legalizações). É essencial investigar estas equipes e

quais são as diferenças entre cada uma. A falta de entrega de documentos, a demora em

cumprir obrigações denominadas a determinado setor precisa ser considerado e, analisado

pelo gestor (geralmente, o dono do escritório) ou por coordenador/supervisor do quadro.

A inteligência interpessoal de acordo com Thomas Hatch e Howard Gardner possui

alguns componentes:

Organizar grupos – aptidão essencial do líder, que envolve iniciar e coordenar os esforços

de um grupo de pessoas.

Negociar soluções – o talento do mediador, que evita ou resolve conflitos.

Ligação pessoal – Empatia e ligação.

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Análise social – poder detectar e intuir sentimentos, motivos e preocupações de pessoas.

Saber gerir um ambiente empresarial significa possuir características de alta performance

na liderança para melhorar sua equipe, provocando evoluções nos resultados.

4. Método Adotado

Na pesquisa de campo utilizou-se a Escala Likert para avaliação de um questionário com

dezoito questões enviadas por e-mail para todos os Contadores registrados ativos no

CRC-BA. 226 profissionais responderam. Separando o questionário em três blocos de

seis cada um observa-se que, no primeiro pelo fato de não se sentirem totalmente

realizados profissionalmente, como consequência, parcialmente são feitos os trabalhos da

melhor maneira possível, a tarefa exercida não representa plena satisfação, dando ênfase

a um dos maiores pontos de motivação no ambiente organizacional: remuneração. A

maioria concorda não estar satisfeito com seu salário, pela remuneração não está

compatível com o mercado, todavia, acreditam em oportunidade de crescimento na

carreira profissional.

No segundo bloco, percebe-se que a maioria se julga apto para assumir novas

responsabilidades e, apesar de não “simpatizarem” tanto com a tarefa que exercem gostam

do departamento que trabalham e, buscam ultrapassar os resultados esperados pela

empresa, pelas próprias organizações não abrirem tanto as oportunidades, visando uma

suposta “garantia”. Neste ponto vale destacar que, funcionários e empreendedores

buscam segurança, principalmente no emprego, destacada na Pirâmide de Maslow. As

orientações não são claras, o que retrata falta de treinamento e, possíveis conflitos no

ambiente de trabalho. A comunicação entre os colegas funciona parcialmente, de acordo

com os profissionais.

No terceiro e, último bloco, o que fora retrato se confirma, treinamentos acontecem

parcialmente, o que indica cooperação entre os setores e condições de trabalho avaliadas

em menos de 40%. Tendo como base a Pirâmide de Necessidades, o questionário mostra

o quanto o defendido por Maslow faz sentido. Se o nível se segurança está parcial, a

autoestima, a confiança recebida quando alguém é treinado, a realização pessoal e

profissional também será parcial. É um ciclo de resultados medianos. Apesar de todas as

análises, a maioria indica suas empresas para pessoas próximas, poucos tem autonomia

para tomar decisões (neste caso precisaria observar individualmente o grau) e, é unânime

o respeito ao chefe/gerente/supervisor.

5. Marketing Pessoal

5.1. Conceito

A American Marketing Association tem adotado a seguinte definição: “Marketing é o

processo de planejamento e execução desde a concepção, aperfeiçoamento, promoção e

distribuição de ideias, mercadorias e serviços para criar trocas que satisfaçam os objetivos

individuais e organizacionais”. O marketing pessoal está direitamente ligado a sua marca

pessoal, sua ferramenta de sucesso diante do mercado corporativo.

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Falar de marca pessoal é entender como tem estado sua imagem perante os outros.

Infelizmente poucos profissionais pensam dessa maneira e, acabam associando marketing

ao cartão de visita. Este conceito é muito maior. Entender marca é descobrir como falam

sobre você, de que maneira se lembram de você, quais são suas qualidades, seus pontos

de melhoria, como isto tem te impactado no mercado e, que atitudes devem ser tomadas

a partir desta descoberta.

Grandes partes dos contadores atuais se importam apenas em fazer um cartão da sua

empresa com o seu nome, número de registro no conselho, contatos, e-mails e sites se

caso tiverem. Contadores funcionários da mesma maneira e, a maioria coloca o cargo que

ocupam dentro do escritório, esquecendo-se de que caso seja procurado por algum cliente

será pela sua função e não pela sua marca pessoal que deveria estar sendo construída.

Estando a empresa passando por uma crise financeira ou ainda querendo substituir

funcionários este “ocupador” de cargo não será mais procurado, pelo simples fato de não

fazer mais parte do quadro de colaboradores.

A inteligência emocional tem um papel fundamental no marketing pessoal porque a

primeira atitude a ser tomada é o autoconhecimento. Construir uma marca pessoal requer

saber observar o que te faz bem, o que não gosta de executar, o que te impulsiona e, o que

desejas fazer a longo prazo, até o final da sua carreira. Autoconhecimento tem haver com

produtividade, porque aprender a se conhecer, é conseguir visualizar atividades que não

fazem sentido e com isso, otimizar o tempo.

É comum observar profissionais com currículos chamativos, falando três idiomas,

ganhando salários atrativos, entretanto não possuem um diferencial. São pessoas infelizes

pelo que fazem e, continuam realizando tais atividades apenas por dinheiro. No livro

Carreira e marketing pessoal (1999) Alfredo Passos e Eduardo Najjar dizem: “Cada

pessoa nasce para uma coisa na vida, mas poucas tem a sorte de descobrir qual é essa

“coisa”, e por isso são poucas as que são felizes e bem-sucedidas em seu trabalho”.

No livro Personal Branding – Construindo sua marca pessoal (2009) de Arthur Bender o

autor coloca uma interessante reflexão em relação a dois grandes grupos de profissionais,

a saber: de profissionais à deriva e, o dos que se sentem órfãos. O primeiro se resumem

nas pessoas que não tem a mínima ideia de para onde está indo ou aonde quer chegar. Sua

carreira é dominada por incertezas de inflação, crise no segmento, chefes, estilos de

empresas. O currículo é repleto de cargos. Estão em busca de emprego e não de realização

profissional. Já abriram mão da felicidade e só pensam em sobrivivência.

O segundo se resumem em três subgrupos, a saber: azedos, inseguros e pedintes. É o

profissional que acredita que algum dia chegará alguém para lhe ajudar sem o mesmo

fazer nada por isso. Acredita que o governo é o responsável pela sua vida, espera pelo

patrão que deveria melhorar sua condição de vida, pelo chefe que deveria estimulá-lo e

pagar os cursos que precisa fazer e, que todos em sua volta se preocupem com o seu bem-

estar e lhe deem chances para ascender na carreira. Na versão azedos se destacam os

descrentes de tudo, os outros são culpados pelo seu fracasso.

Os inseguros são os que vivem desesperadamente atrás de um grande auxílio, fazem todos

os concursos públicos em busca de estabilidade. Não importa a empresa, o cargo ou

função, o que ele visualiza é a garantia de estabilidade profissional. Marca pessoal nunca

passou pela sua cabeça. Os pedintes são os que se contentam com tudo que lhes oferecem

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e não sabem verificar se aquilo realmente será bom ou não para ele. São frustados pelos

resultados de seus esforços e não pensam em realização e marca.

5.2. Supermercado de Contadores

Até 2014 haviam no Brasil 2.070 instituições de ensino (IES) privadas e 298 públicas.

Em média se formaram do ano 2000 até 2014 cerca de quase 30.000 profissionais na área

contábil, isso significa que existe demanda de contadores. E, a grande questão é quais tem

sido os diferenciais entre estes novos formados. Vive-se um supermercado de de

contadores precisando de primeiro emprego e, de experiências.

Currículos são entregues. Antes ter inglês ou MBA já eliminava muitas pessoas, contudo

hoje isto não funciona mais. A maioria dos profissionais tem formação no inglês e, assim

que saem da faculdade já cursam um MBA. Alguns tem anos de experiência, outros

querem salários mais altos e oportunidades em grandes empresas, ainda outros tem

mobilidade para mudanças, e se atraem por qualquer lugar que seja-lhe oferecido

oportunidades. Contudo, poucos tem foco, não sabem onde querem chegar, não traçam

objetivos, não investem em sua marca pessoal. Ao contador empreendedor sua “marca

pessoal’’ resume-se ao cartão de seu novo escritório e, os futuros funcionários de

escritório acreditam que, para construir um “nome” precisam estar trabalhando em

qualquer empresa e anunciando que cargo exercem.

Se cada um souber onde quer ir, saberá por quem quer ser comprado e, como isso

alimentará seu marketing perante todos à sua volta. Para isto, é necessário usar a

inteligência emocional no autoconhecimento e, na capacidade de lidar com

relacionamentos identificando seus públicos principais, o que eles desejam, transmitindo

assim os sinais corretos.

5.3. Construção da marca pessoal

Na administração de empresas é utilizada a ferramenta análise SWOT para o

planejamento estratégico de uma organização, observando o ambiente interno e externo.

O termo SWOT é uma sigla oriunda do idioma inglês, e é um acrônimo de Forças

(Strengths), Fraquezas (Weaknesses), Oportunidades (Opportunities) e Ameaças

(Threats).

No campo interno em forças identifica-se por exemplo, quais atividades realiza-se

melhor, maior vantagem competitiva, nível de engajamento com clientes. Em fraquezas

observa-se porque o engajamento não funciona, se a mão-de-obra está realmente

capacitada. No campo externo as oportunidades representam alteração de algum tributo,

mudanças de política no governo e, as ameças podem ser vistas como futuros

concorrentes, informatização e automatização de processos, dentre outros.

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Figura: Análise SWOT

Fonte: Gustavo Paulillo, 2017

O primeiro passo para a construção da marca pessoal é identificar quais diferenciais

possui. Esta análise serve para isto. Buscar o autoconhecimento para criar um

planejamento estratégico visando uma alavancagem de carreira. Geralmente a maioria

dos contadores são gerais, os famosos “fazem tudo”, não existe algo que apenas eles

fazem. Daí que nascem as estratégias. Ries e Trout em Marketing de Guerra II (1989)

destacaram que: “finalmente uma estratégia é um direcionamento coerente de marketing.

Assim que a estratégia estiver estabelecida, a direção não deve ser alterada. Em

marketing, como na guerra, a estratégia mais segura é uma exploração rápida da tática”.

Vive-se a era do “todos podem produzir conteúdos”, contudo a maior parte dessas

conclusões são vagas, não possuem embasamento. No Brasil existem especialistas e

comentaristas de assuntos. Buscar renomados especialistas e dedicar-se a se tornar um,

criando opiniões que tenham propriedade já elimina diversos possíveis concorrrentes. A

grande diferença hoje é achar um profissional contábil trabalhando apenas com custos,

ou com auditoria de indústrias, ou ainda apenas com youtberes, por exemplo. Muitos

possuem a especialização, mas, esquecem de escolher um nicho de mercado, ou seja

segmentar o mercado e encontrar o seu público alvo. No filme Amigos para Sempre

(1991) o personagem Jack Palance fala:

“- Você sabe qual é o segredo da vida? – pergunta Jack Palance.

- Não, qual é? – diz Billy Crystal.

- Uma coisa, apenas uma coisa.Você se atém a ela e tudo o mais não significa droga

nenhuma.

- Isso é ótimo, mas qual é essa coisa?

- É o que você precisa descobrir”.

Fazer um planejamento não é apenas tarefa de contadores que desejam abrir ou, já abriram

escritórios. Todo empregado que pensa a longo prazo e, leva a sério sua imagem deve

usar esta ferramenta. Observar suas forças, fraquezas, oportunidades e ameaças, identica

melhor o local desejado para se empregar elimando ensejos aparentemente bons, todavia,

que não fazem parte da estratégia traçada para a carreira. Focar na marca é agir com

inteligência e ganhar destaque neste vasto supermercado de colegas da mesma profissão.

Al Ries diz: “O foco é a arte de selecionar cuidadosamente sua categoria e depois

trabalhar diligentemente a fim de se ver categorizado. Não é uma armadilha a ser evitada;

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é uma meta a ser atingida. Não deixe que as críticas insensatas o afastem dessa meta”.

Falar em estratégia é entender onde está e saber onde se quer chegar. Aristóteles alerta:”

Nenhum vento é bom para quem não sabe para onde ir”. Para se obter foco é necessário

entender quais são os objetivos e traçar metas. Entretanto, antes identicar estas metas é

importantes utilizar as competências da inteligência emocional de acordo com Daniel

Goleman para definir qual a missão, visão, valores e, as crenças limitantes que podem ser

revertidas para transformadoras da empresa chamada VOCÊ. Sair da mediano, é abrir

mão da mediocridade e levar à serio a carreira. “ A imagem do sucesso tem mais valor do

que o sucesso tangível”. (Derek Lee Armstrong e Kam Wai Yu, O princípio persona).

Na construção de metas existe uma ferramenta utilizada por empresas bastante eficaz

chamada SMART. Observe a figura abaixo:

Figura: Meta SMART

Fonte: Believe Coaching, 2015.

Toda meta precisa ser específica, concreta. Mensurável no sentido de palpável, é

necessário medir o progresso que se deseja. Atingível reflete novamente a maturidade

emocional, o autoconhecimento auxilia no descobrimento se aquilo é ou não possível de

ser alcançado. Realista, usando a competência da IE no controle emocional de perceber

se realmente o que se almeja é algo fora de contexto ou tem propósito. E como todo bom

plano de carreira, temporizável. Nada se conquista sem prazo. Quando algo parecer

impossível de ser conquistado na data determinada usa-se a automotivação colocada por

Goleman. Ter meta é ter foco. Foco é coerência na concentração. A concentração possui

o poder de diferenciar e alavancar o valor de marca.

Com a análise de SWOT realizada, missão, visão e valores definidos e, com as metas

específicas os profissionais precisam colocar seus planos em ação e, para isto foi criado

o 5W2H. A ferramenta para tomada de decisões é composta por sete campos em que

devem constar as seguintes informações:

1) Ação ou atividade que deve ser executada ou o problema ou o desafio que deve ser

solucionado (what);

2) Justificativa dos motivos e objetivos daquilo estar sendo executado ou solucionado

(why);

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3) Definição de quem será (serão) o(s) responsável(eis) pela execução do que foi

planejado (who);

4) Informação sobre onde cada um dos procedimentos será executado (where);

5) Cronograma sobre quando ocorrerão os procedimentos (when);

6) Explicação sobre como serão executados os procedimentos para atingir os objetivos

pré-estabelecidos (how);

7) Limitação de quanto custará cada procedimento e o custo total do que será feito (how

much)?

Figura: Plano de ação 5W2H

Fonte: Arruda Consult, 2016

Feito o plano de ação é hora de acompanhar os procedimentos e, caminhar rumo ao

progresso. Aprender a ouvir também é algo essencial. Este plano auxilia na construção da

marca com base no que almeja-se. Contudo, é importante verificar que tipo de marca tem

sido emitinda por outros a seu respeito. Empresas são vendidas, cargos são perdidos, o

que fica é a imagem profissional e, se ela tem sido vista por outros de maneira negativa é

importante verificar tais fatos o quanto antes. Quando existe equilibrio emocional, é mais

fácil entender a visão de outras pessoas por conta da empatia, capacidade de se colocar

no local do outro, compreendê-lo e, não julgá-lo por isto.

Ter facilidade de relacionamento ajuda muito neste processo de descobrimento de que

tipo de adjetivos sua marca emite. Na rotina do profissional contábil esse assunto é crítico

e, a competitividade na inteligência intelectual é tão grande que, não há espaço para a

maturidade emocional, na verdade, é comum alguns terem medo de se autoconhecer. Aos

contadores empreendedores seria interessante verificar a opinião dos colaboradores a seu

respeito. Este acompanhamento auxiliaria na gestão de conflitos da empresa e, possíveis

demissões com ou sem justa causa. Aos contadores empregados também, perceber como

seu colega de trabalho te enxerga é válido e promissor. Faz parte do autoconhecimento.

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Outra metodologia utilizada é OKR (Objectives and Key Results). Sistema de definição

de metas usado pelo Google e outras empresas. Uma abordagem simples para criar

alinhamento e engajamento em torno de metas mensuráveis. Por ser utilizada por grandes

empresas muitos microempreendedores acreditam que não podem utilizar. Entretanto, o

SEBRAE (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) auxiliam os

empresários no aprendizado deste método. OKR nada mais são do que um conjunto de

objetivos a serem alcançados de forma individual ou coletiva, que contribuirão para

objetivos macro da empresa. Valorizam o profissional, mostrando-o a importância do seu

trabalho na organização. A vantagem da utilização é, sem dúvida, o aumento da

produtividade, os problemas de falta de motivação e, o conceito de todos trabalharem

pelo mesmo propósito.

Os OKRs devem ser bastante objetivos e, existe uma regra para criá-los: (a) todos devem,

obrigatoriamente, conter números. (b) todos devem ser mutuamente acordados entre

gestor e profissional. (c) cada pessoa deve possuir, no máximo, cinco objetivos macros

com quatro resultados chave para cada objetivo macro. (d) ao menos 60% dos objetivos

devem ser definidos pelo próprio profissional que trabalhará neles. Com a sua utilização

percebe-se logo a diminuição de reuniões sem fundamentos específicos. O cenário

comum empresarial é que as metas e acordos feitos sejam apenas tratados entre os

gestores, diretores, donos da empresa sem o envolvimento dos demais colaboradores. Esta

metodologia traz uma proposta diferente, 40% apenas são definidos pelos

administradores, enquanto 60% são definidos por cada indivíduo da empresa. Os

resultados são acompanhados trimestralmente, o que facilita as análises no curto, médio

e longo prazo. Empresa que busca excelência no resultado destaca sua marca.

No livro Foco (1996), Al Ries afirma: “Se você quer construir uma marca, deve

concentrar seus esforços de branding para ter uma palavra na mente do cliente em

potencial. Uma palavra que ninguém mais tenha”. Marca pessoal é algo essencial no

sucesso do profissional. Grandes empresas tem reconhecido a relevância da construção

de uma marca eficaz. Todavia, isso é algo que precisa ser percebido o quanto antes pelos

profissionais de maneira individual. A partir do que fora construído, ninguém mais

esqueci. Existem contadores que passam uma imagem aparentemente apresentável,

contudo, são meros conhecimentos rasos. Helga Drummond em seu livro O jogo do poder

(1993) diz: “Inúmeras pessoas que tentaram aparentar o que não eram socialmente foram

desmascaradas devido a lapsos, uma gafe gramatical, um charuto aceso de maneira errada

ou uma pronúncia incorreta”. Marca é identidade, e a imagem é desenvolvida a partir do

que é propagado.

Na década de 1960, o publicitário e pesquisador David Ogilvy descobriu, por meio de

pesquisas de mercado, que as marcas possuem personalidades próprias e, que o

consumidor dar identidade a elas. O consumidor é representado pelo que as pessoas tem

associado a sua imagem como profissional. Concentrar-se no foco é a melhor maneira de

se obter uma idônea marca pessoal. “ Se você é um astro de Hollywood, um luminar de

Wall Street ou um executivo corporativo, já é muito difícil deixar marcado um lugar na

mente do público com um único personagem. Por que se deixar vergar com o peso de

várias personalidades?” (AL RIES; FOCO). Seja o melhor em algo e, crie sua própria

marca. Dedique-se para ser lembrado por fazer com excelência.

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6. Conclusão

Depois de estudar autores e conceitos, conclui-se que a inteligência emocional ainda é

pouca, ou quase nada utilizada no ambiente empresarial contábil. A marca pessoal de

muitos profissionais não existe. A formação da faculdade para muitos é suficiente. No

cenário empresarial a comunicação organizacional falha em muitos aspectos provocando

divergências na rotina dos setores. A educação continuada não apenas da profissão, mas

do desenvolvimento humano infelizmente é tratada como algo sem importância. É o ciclo

cultural de fazer o que já fizeram e, obter os mesmos resultados, ainda que não sejam tão

positivos.

O mercado contábil está carente de profissionais que aprendam e valorizem o equilíbrio

emocional. Observar que através do uso desta ferramenta os resultados se tornam mais

eficazes é fundamental na construção de uma marca com sucesso. E, isto é aplicado tanto

ao colaborador de escritórios como, contadores empreendedores. A atividade cotidiana é

apenas tratada como o máximo que um profissional da área pode chegar, percebe-se isto

na pesquisa de campo. Não há realização profissional, não há satisfação com o trabalho.

Por não haver autoestima conclui-se que também não há interesse de criar metas de curto,

médio e longo prazo para a criação da marca pessoal. Esta realidade infelizmente, só tem

crescido no ambiente de escritórios de contabilidade.

O estudo da inteligência emocional deixou de ser algo exclusivamente de profissionais

que estudam a mente. Qualquer indivíduo pode aprender com suas emoções e, buscar o

autoconhecimento. Observar o que não faz sentido para si é, dar espaço ao que realmente

valerá a pena. Saber lidar com as emoções é o melhor caminho para aprender a viver em

sociedade. O campo do equilíbrio emocional no cenário empresarial ainda tem muito a

ser explorado. A mente humana revela verdades que fazem toda diferença nas atividades

rotineiras dentro de uma empresa. O indivíduo que busca tais conhecimentos se destaca

na multidão e, pode aumentar seus ganhos utilizando esta ferramenta.

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