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Interfaces no Controle Sanitário de
Alimentos
Roberto de Melo Dusi
Médico Sanitarista
Secretaria de Saúde do DF
Enfoque da Vigilância Epidemiológica
Roberto de Melo Dusi 61-84120809 [email protected] 08-ago-2006
Interfaces Sanitárias
• Conceito
– É o relacionamento das diferentes instituições, internas ou
externas a Vigilância em Saúde, na execução das práticas
específicas e comuns, com aplicação de diferentes
metodologias, segundo a competência técnico-científica de
cada segmento, construindo a integralidade do controle
sanitário dos alimentos.
Roberto de Melo Dusi 61-84120809 [email protected] 08-ago-2006
Interfaces Sanitárias
• Objetivos
– Abordar a participação da vigilância
epidemiológica na construção da
abordagem integral do controle
sanitário dos alimentos.
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Interfaces Sanitárias
• Propósito
– Componentes
• Externos
• Internos
– Vigilância integrada
– Vigilância da água
– Investigação de surtos
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Interfaces Sanitárias
• Componentes
– Externos
• Produção de alimentos
• Órgãos reguladores
• Assistência a saúde
• Comunicação
• Assessoria jurídica
• Entidades dos consumidores
• Consultoria de projetos
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Interfaces Sanitárias
• Externos
• Produção de alimentos
– Água
– Carnes e ovos
– Hortaliças e frutas
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Interfaces Sanitárias
• Externos
– Órgãos reguladores
• Ministério da Agricultura (MAPA)
• Secretarias
– Estaduais
– Municipais
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Interfaces Sanitárias
• Externos
– Assistência a saúde
• Públicos e privados
• Hospitais
• Postos e clínicas
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Interfaces Sanitárias• Externos
• Comunicação
– “Alerta sem alarde”
– Relatório técnico
– Confidencialidade
– Mídia e público
– Conflito de interesse
– Publicação científica
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Interfaces Sanitárias
• Externos
• Assessoria jurídica
– Legislação
» Aplicação
» Atualização
» Penalidades
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Interfaces Sanitárias• Externos
– Entidade de consumidores
• Boas práticas
• Notificação
– Consultoria de projetos
• Pesquisa científica
• Treinamento
• Estratégia
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Interfaces Sanitárias
• Internos
– Vigilância:
• Sanitária
• Ambiental
• Epidemiológica
– Laboratório de Saúde Pública
– Centro Informações Toxicológicas
– Saúde do trabalhador
– CCIH – Infecção hospitalar
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Interfaces Sanitárias
• Vigilância integrada da cadeia alimentar
– Articulação / sintonia
• Vig. Saúde
• Internas
• Externas (MAPA)
– Prioridades
• Salmonella
• Campilobacter
• Escherichia coli
• ListeriaRoberto de Melo Dusi 61-84120809 [email protected] 08-ago-2006
Interfaces Sanitárias
• Vigilância da água
– Sistema
• Convencional
• Alternativo
– Externo e interno
• Produção
• Vig Saúde
– Monitoramento
• Avaliação conjunta regular
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Interfaces Sanitárias
• APCC
– Processamento e distribuição
• Domicílio
• Comércio
• Instituições
• Boas práticas de manipulação
– Educação
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Interfaces Sanitárias
• Construção de indicadores e
bases de dados
– Modelo de força motriz
Corvalan
– Geoprocessamento
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Interfaces Sanitárias
• Investigação de surtos
– Megaeventos
• Oportunidade
– Domicílio
– Restaurantes
– Festas
– Escolas
– Creches e asilos
– Unidades de saúde
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Interfaces Sanitárias
• Conflitos
– Quantidade de surtos
• Critérios
– Adequação de recursos humanos
– “Sobreposição” das atividades
• Ações cruzadas
– VE coletando alimento
– VISA entrevistando todos os
comensais
– Poderes
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Interfaces Sanitárias
• Conflitos
– Detecção laboratorial
• Alimentos X amostras clínicas
– Conclusões diferentes
• Fatores de exposição X Ponto crítico
– Necessidade de atendimento
• Pacientes ‘graves’
• Funções cruzadas
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Interfaces Sanitárias
• Exemplos
– Surto em conferência
• Frango
– Exposição e pontos críticos
– Surto gigantesco em ginásio
• Assistência
• Água X refeições
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Interfaces Sanitárias
• Exemplos
– Surto em escolares
• Água: Pseudomonas
• Refeições: fricassé
• Clínica: Bacillus cereus
– Febre e diarréia entre colegas
• Fornecedores avaliados?
– Salmonella Typhi
• Creche
• Comunidade
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Interfaces Sanitárias
• Recomendações
– Recursos humanos
• Reforço quantitativo
– Financiamento
• Construção compartilhada
– Reuniões pontuais
– Encontros técnicos de avaliação
– Especializações
– Delimitação de atribuiçõesRoberto de Melo Dusi 61-84120809 [email protected] 08-ago-2006
545
897 823620 622
837
369
4.699
9.613
15.706
12.402
17.981
21.499
16.026
0100200300400500600700800900
1000
1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005
Ano
Nº
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0
5.000
10.000
15.000
20.000
25.000
Nº
Do
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Nº Surtos Nº Doentes
Surtos de DTA e número de doentes, Brasil, 1999 – 2005*
n=3876 surtos com 81900 doentes e 39 óbitosFonte: COVEH/CGDT/DEVEP/SVS/MS*Dados sujeitos a alterações
< 1 ano8%
1 - 4 anos17%
5 - 9 anos12%
10 - 19 anos18%
20 - 49 anos37%
> 50 anos8%
Número de doentes por faixa etária nos surtos de DTA, Brasil, 1999 – 2005*
Fonte: COVEH/CGDT/DEVEP/SVS/MS*Dados sujeitos a alterações
Masculino51%
Feminino49%
Número de doentes por sexo, Brasil, 1999 – 2005*
Fonte: COVEH/CGDT/DEVEP/SVS/MS*Dados sujeitos a alterações
Surtos de DTA por tipo de alimento contaminado, Brasil,
1999 – 2005*1464
708
578
399368
270 249 228
14989 88
48 39 19 18 10
200
400
600
800
1000
1200
1400
1600
Ignora
do
Ovos
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Nº
de
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1674
1087
665
427350 326
11459
140
200
400
600
800
1000
1200
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1600
1800N
º s
urt
os
de
DT
A
Surtos de DTA por local de ocorrência, Brasil, 1999 – 2005*
Surtos de DTA por agente etiológico,
Brasil, 1999 – 2005*
1969
1009
496
224 198159 141
110 104 81 7336 15 14 13 12 10 6 6 5 5 5 4 3 3 3 2 2 1 1 1 1 1 1 1 1
0
200
400
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1200
1400
1600
1800
2000
Nº
su
rto
s d
e D
TA
• Referências bibliográficas
– Hobbs, B.C. Roberts, D. Capítulo 5. Epidemiologia. In
“Toxiinfecções e Controle Hiigiênico-Sanitário de
Alimentos” p 75-83. São Paulo. Livraria Varella, 1998
– Ministério da Saúde. Situação epidemiológica das
doenças transmitidas por alimento. Boletim
Epidemiológico da SVS. Brasília.. 2005
– Ministério da Saúde. Curso Básico de Vigilância
Ambiental em Saúde. Módulo III. Brasília. FUNASA. 2002
– Ministério da Saúde. Manual Integrado de Vigilância
Epidemiológica das Doenças Transmitidas por
Alimentos VE-DTA. Brasília. FUNASA. 2001
Interfaces Sanitárias
Contato
• Roberto de Melo Dusi
– 61 – 8412.0809
– Secretaria de Saúde do Distrito Federal
• SIA Trecho 1 Lote 1750 Bloco “E” 3o andar
• 61 – 3403.2428
Causalidade
• Tipos de Associação– Causal
• Cigarro e Bronquite crônica
– Não causal• Cabelos brancos e
mortalidade
Causalidade
• Medidas de controle
– Educação em saúde
– Quimioprofilaxia
– Tratamento de paciente fonte de
infecção
– Vacinação
Causalidade
• Postulados de Koch– Unicausalidade:– Agente:
• Presente em todos os casos da doença• Pode ser isolado e cresce em meio estéril• Provoca uma doença específica quando
inoculado em ‘animais’– Ética
• Pode ser obtido e identificado a partir dos animais inoculados
Causalidade
• Instalação do processo infeccioso
– Carga de inoculação
– Virulência
– Suscetibilidade
Causalidade• Critérios de Hill - modificado
– Temporalidade– Força de associação– Gradiente biológico (dose-resposta)– Consistência com outros estudos– Plausibilidade biológica– Analogia com outras associações– Especificidade da associação– Reversibilidade
Causalidade
• TemporalidadeTemporalidade• A causa antes do efeitoA causa antes do efeito• Internação hospitalarInternação hospitalar
– Gravidade da doençaGravidade da doença
X X – Motivo da doençaMotivo da doença
Causa Efeito
Tempo
Causalidade
• Força de associaçãoForça de associação
Fator Freqüência de doença
Medidas de risco:Risco absolutoRisco relativo
Odds ratioRisco atribuível populacional
RR, OR, RP
Causalidade• Gradiente Biológico (dose-resposta)
– Câncer de pulmão e fumoCâncer de pulmão e fumo
Cigarros por dia RR
1 a 14 8
15 a 24 20
25 ou + 32
Doll R, Hill A. 1964
Causalidade
• Consistência com outros estudos
– Diferentes pesquisadores
– Diferentes métodos
– Diferentes populações
Causalidade
• Plausibilidade biológica
– Coerência com a história natural da doença
• Vírus da hepatite B e mosquitos
• Biológica
• Fisiopatológica
• Epidemiológica
Causalidade
• Analogia com outra associação
Transmissão vertical
X
Efeitos congênitos
Sífilis gestacional e congênita
Toxoplasmose
Rubéola
Causalidade
• Especificidade da associação
– Reservado
• Conflitos
– Nem todos os expostos adoecem
– Nem todos os doentes foram expostos
– Multicausalidade
Causalidade
• Dinâmica
Multicausalidade
Unicausalidade
Determinação do processo
Ética Interesses nos
bastidores
Complexidade
Saúde pública para as pessoas
Causalidade• Tipos de estudo
– Experimental
• Ensaio clínico
– Agente etiológico
– Intervenção
– Observacional
• Descritivo– Presunção
• Analítico
– Transversal
» Prevalência (intervenção)
– Caso-controle
– Coorte
Causalidade• Parece causa, mas ...
– Acaso
• Falso positivo
• Teoria das probabilidades
• Consistência
– Viéses
• Tampão vaginal e gênero
– Confundimento
• Efeito de fluoretação e cárie
• Vacina contra hepatite B e prevalência
Causalidade• Cuidados
– Associação de um fator com doença não prova a causa– Ser crítico– Compreenda as limitações metodológicas– Acaso pode explicar uma associação– Simplificações:
• “... é a pobreza ...”– “Fabricação” de resultados:
• Comerciais• Políticos
– Use todos os critérios de Hill– Filosofia
Causalidade
• Referências bibliográficas
– Hobbs, B.C. Roberts, D. Capítulo 5. Epidemiologia. In “Toxiinfecções e
Controle Hiigiênico-Sanitário de Alimentos” p 75-83.
– CDC. Principles of epidemiology. US Department of Health and Human
Services, 2nd ed. Atlanta
– Pereira M G. Epidemiologia teoria e prática. Guanabara Koogan, Rio de
Janeiro, 1995
– Rothman KJ, Greenland S. Modern epidemiology. Lippincott-Raven
Publishers, Philadelphia, 1998