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1° de Maio de 2018 | N° 383 | www.cavernas.org.br SBE 1 Bolem Eletrônico da Sociedade Brasileira de Espeleologia ISSN 1809-3213 - Ano 13 - nº 383 - 01 de Maio de 2018 lação local de Iporanga e Apiaí. Cada parcipante pode enviar no máximo 3 fotos através do site do evento até o final de abril, apenas fotos diretamente relacionadas ao parque poderão parcipar. Todas as fotos foram expostas no site e começaram a serem votadas desde 22 de abril, as votações se encerrarão no dia 6 de maio. As 10 fotos mais votadas ficarão expostas no local do evento durante toda a programação. A foto vencedora será revelada somente no úl- mo dia da programação, em 19 de maio, e Por Luciana Massari Do GGEO (SBE G034) O Grupo de Es- peleologia da Geologia USP –GGEO está organizando o XXI EPELEO, vigésimo pri- meiro Encontro Paulista de Espeleologia, que será realizado no Bairro da Serra (Núcleo Santana) – Iporanga/SP dos dias 15 a 20 de maio. O evento, reali- zado pela SBE com o apoio da Fundação Florestal, irá celebrar os 60 anos da criação do Parque Estadual Turísco do Alto do Ribeira e será gratuito e aberto ao público. O evento tem como principal objevo a confraternização entre espeleólogos, gru- pos paulistas de espeleologia, população local, guias, turistas e funcionários do par- que. Contará com palestras, cursos, saídas de campo, mesa redonda, homenagens, amostras culturais, lançamento de livro e comemorações, dos quais serão cobrados somente os cursos e as saídas de campo para o custeio das próprias avidades. Ao todo são seis palestras confirmadas até o momento, as quais discorrerão sobre planos de manejo espeleológicos, a segu- rança na avidade espeleológica, a fauna subterrânea do PETAR, a retopografia e exploração da Caverna Santana, as duas décadas de espeleofotografia no Brasil (seguida de lançamento de livro do pales- trante) e a rara ocorrência do fóssil de um filhote de preguiça em Apiaí – SP. Todos os cursos oferecerão cerficado e o de Suporte Básico de Vida em Áreas Remotas terá capacitação internacional do parcipante e registro na American Safety & Health Instute. As saídas de campo também incluem os roteiros não turíscos das cavernas do PETAR. Serão visitados alguns dos salões mais belos e restritos da Santana I e o con- duto principal da Santana II, e a travessia de todos os 1100m da Ouro Grosso. Este EPELEO terá também um concurso fotográfico, com o principal alvo na popu- será o tema do cartaz de comemoração dos 60 anos do parque. Para parcipar basta fazer a inscrição gratuita no site do evento. Os cursos e as saídas de campo exigem uma segunda inscrição, também disponível online, que exige pagamento. Na página acesso e infraestrutura”, o interessado pode encon- trar dicas de acesso ao local do evento e uma relação de pousadas que fornecerão desconto aos parcipantes do evento du- rante toda a programação www.xxiepeleo.com.br Vigésimo primeiro EPELEO irá comemorar os 60 anos do PETAR Realização Organização Apoio CURSOS NOS DIAS 15 E 20 DE MAIO Técnicas de autoresgate (15/05) Por Diego Ferreira (Comissão de Espeleorresgate/UPE) Curso básico de espeleovertical (15/05) Por Lucas Padoan de Sá Godinho & Henrique Albuquerque (ambos do GGEO—USP) Primeiros socorros em caso de animais peçonhentos (15/05) Por Thomaz Rocha e Silva (UFSCar/Einstein) Biologia subterrânea: Conceitos, fauna e conservação (15/05) Por Tamires Zepon (LES - UFSCar) Espeleofotografia (20/05) Por Ricardo Martinelli & Paulo Jolkesky (ambos da UPE) Suporte Básico de Vida em áreas remotas com ênfase na espeleologia (15/05) Por Felipe Pinheiro (BioAdventure/IB-USP/GGEO)

irá comemorar os 60 anos do PETAR Vigésimo primeiro … · 2018 será realizado o Simulado de Espeleorresgate, ... (IBGE) 19 de Maio de 1958 ... diferentes áreas do conhecimento

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1° de Maio de 2018 | N° 383 | www.cavernas.org.br SBE 1

Boletim Eletrônico da Sociedade Brasileira de Espeleologia

ISSN 1809-3213 - Ano 13 - nº 383 - 01 de Maio de 2018

lação local de Iporanga e Apiaí. Cada participante pode enviar no máximo 3 fotos através do site do evento até o final de abril, apenas fotos diretamente relacionadas ao parque poderão participar. Todas as fotos foram expostas no site e começaram a serem votadas desde 22 de abril, as votações se encerrarão no dia 6 de maio. As 10 fotos

mais votadas ficarão expostas no local do evento durante toda a programação. A foto vencedora será revelada somente no últi-mo dia da programação, em 19 de maio, e

Por Luciana Massari

Do GGEO (SBE G034)

O Grupo de Es-peleologia da

Geologia USP –GGEO está organizando o XXI EPELEO, vigésimo pri-meiro Encontro Paulista de Espeleologia, que será realizado no Bairro da Serra (Núcleo Santana) – Iporanga/SP dos dias 15 a 20 de maio. O evento, reali-zado pela SBE com o apoio da Fundação Florestal, irá celebrar os 60 anos da criação do Parque Estadual Turístico do Alto do Ribeira e será gratuito e aberto ao público.

O evento tem como principal objetivo a confraternização entre espeleólogos, gru-pos paulistas de espeleologia, população local, guias, turistas e funcionários do par-que. Contará com palestras, cursos, saídas de campo, mesa redonda, homenagens, amostras culturais, lançamento de livro e comemorações, dos quais serão cobrados somente os cursos e as saídas de campo para o custeio das próprias atividades.

Ao todo são seis palestras confirmadas até o momento, as quais discorrerão sobre planos de manejo espeleológicos, a segu-rança na atividade espeleológica, a fauna subterrânea do PETAR, a retopografia e exploração da Caverna Santana, as duas décadas de espeleofotografia no Brasil (seguida de lançamento de livro do pales-trante) e a rara ocorrência do fóssil de um filhote de preguiça em Apiaí – SP.

Todos os cursos oferecerão certificado e o de Suporte Básico de Vida em Áreas Remotas terá capacitação internacional do participante e registro na American Safety & Health Institute.

As saídas de campo também incluem os roteiros não turísticos das cavernas do PETAR. Serão visitados alguns dos salões mais belos e restritos da Santana I e o con-duto principal da Santana II, e a travessia de todos os 1100m da Ouro Grosso.

Este EPELEO terá também um concurso fotográfico, com o principal alvo na popu-

será o tema do cartaz de comemoração dos 60 anos do parque.

Para participar basta fazer a inscrição gratuita no site do evento. Os cursos e as saídas de campo exigem uma segunda inscrição, também disponível online, que exige pagamento. Na página “acesso e infraestrutura”, o interessado pode encon-trar dicas de acesso ao local do evento e uma relação de pousadas que fornecerão desconto aos participantes do evento du-rante toda a programação

www.xxiepeleo.com.br

Vigésimo primeiro EPELEO irá comemorar os 60 anos do PETAR R

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CURSOS NOS DIAS 15 E 20 DE MAIO

Técnicas de autoresgate (15/05)

Por Diego Ferreira (Comissão de Espeleorresgate/UPE)

Curso básico de espeleovertical (15/05)

Por Lucas Padoan de Sá Godinho

& Henrique Albuquerque (ambos do GGEO—USP)

Primeiros socorros em caso de animais peçonhentos (15/05)

Por Thomaz Rocha e Silva (UFSCar/Einstein)

Biologia subterrânea: Conceitos, fauna e conservação

(15/05)

Por Tamires Zepon (LES - UFSCar)

Espeleofotografia (20/05)

Por Ricardo Martinelli

& Paulo Jolkesky (ambos da UPE)

Suporte Básico de Vida em áreas remotas com ênfase na

espeleologia (15/05)

Por Felipe Pinheiro (BioAdventure/IB-USP/GGEO)

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recentemente a fabricante de mochilas e capacetes MONTANA também está na lista de empresas que apoiam/patrocinam este evento. A Comissão de Espeleorresgate e a TASK, oferecerão como um pré-evento, no dia 04 de maio das 16h às 18h uma Instru-ção Prática com a Maca STRII, este pré-evento é exclusivo para os monitores am-bientais do parque e será gratuito. Mais informações acesse a página do evento.

Por Diego Leandro Ferreira

Comissão de Espeleorresgate

N os dias 04, 05 e 06 de maio de 2018 será realizado o Simulado de

Espeleorresgate, sediado no PETAR, Parque Estadual Turístico do Alto Ribeira-SP. O evento conta com o apoio da Fundação Florestal, PETAR, EGB, UPE, Alpimonte, Limite Store, Veert, patrocínio TASK e mais

Simulado de espeleorresgate no PETAR

Nossa História A importância dos

conceitos de

segurança em saídas

de campo nas áreas

das ciências da terra

N o artigo Conceitos Básicos sobre segurança em trabalhos de campo

para cursos de graduação em Geologia e Engenharia Geológica da revista Terrae Didática, da Universidade Estadual de Cam-pinas; os autores Luiz Guilherme P. Teixeira e Ana Elisa S. de Abreu discorrem sobre a importância de medidas de segurança em trabalhos de campo das ciências da terra.

É explicado como os trabalhos de cam-po nestas graduações são centrais e tem cargas horárias extensas, fazendo com que os estudantes desses cursos acabem por passar por diversas dificuldades.

A pauta sobre prevenção de acidentes já é pouco discutida no Brasil mesmo no ambiente acadêmico.

No texto, os autores identificam os principais riscos presentes nas atividades de campo e, em seguida, propõem a cria-ção de um plano de segurança como parte integrante de um código de atividades de campo. Treinamentos, diretrizes claras e específicas além de documentação correta são fundamentais para garantia da segu-rança. Estas e outras recomendações tam-bém podem ser aplicadas a idas à campo na espeleologia, respeitadas as devidas diferenças, e podem servir também para deixar-nos sempre precavidos.

O artigo foi incorporado à biblioteca digital da SBE e encaminhado para a SEFE (Sessão de educação e formação espeleo-lógica) e para a CER (Comissão de Espeleor-resgate).

* O associado Renato Ramos (SBE 0908), do Museu Nacional/UFRJ e da Espe-leoRIO, lembra que o cuidado nas saídas de campo para visitar cavernas também en-volve um risco muito específico que é o de Histoplasmose. Vários integrantes do grupo tiveram contato com o fungo em cavernas da Serra da Pedra Selada (Mantiqueira) e que é importante ficarmos alertas a estes riscos específicos.

Para baixar o artigo acesse:

www.ige.unicamp.br/

terraedidatica/v13_3/133-14.html

5 de Maio de 1979

Fundação do EGRIC - Espeleo Grupo Rio Claro (SBE G013) - Rio

Claro SP

6 de Maio de 1987

Fundação da SBAE - Sociedade Baiana de Espeleologia (SBE G084) -

Iraquara BA

29 de Maio de 1936

Dia do Geógrafo, data em que foi criado o Instituto Brasileiro de Ge-

ografia e Estatística (IBGE)

19 de Maio de 1958

Criação do Parque Estadual Turístico do Alto Ribeira (PETAR) - sul de SP

30 de Maio de 1962

Dia do Geólogo, aprovação do Projeto de Lei 2028/60, em 30 de

maio de 1962, sendo criada a Lei que regulamenta a profissão.

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E studos acerca da fauna subterrâ-nea brasileira se intensificaram nos

anos de 1980. Desde então, pesquisas em diferentes áreas do conhecimento vêm sendo realizadas, inclusive aquelas que contemplam comunidades de invertebra-dos subterrâneos.

No estudo Caracterização e análise dos estudos ecológicos sobre comunidades de invertebrados subterrâneos brasileiros foi realizado o levantamento de publicações a fim de caracterizar estudos que abrangem comunidades de invertebrados subterrâ-neos brasileiros. Para isso, as espeleo bió-logas Tamires Zepon e Maria Elina Bichu-ette (SBE ) do Laboratório de Estudos Sub-terrâneos da UFSCar fizeram o levanta-mento bibliográfico de artigos científicos publicados em periódicos.

Elas verificaram em cada estudo se as comunidades estudadas eram terrestres e/ou aquáticas, a quantidade de cavernas amostradas, a litologia das cavernas, a fitofisionomia predominante do local no qual as cavernas estão inseridas e o estado federativo onde se localizam.

Foi registrado 53 estudos publicados a partir de 1980 e verificaram que estudos desenvolvidos com comunidades de inver-

Espeleo biólogas fazem o levantamento e

análise sobre os estudos ecológicos de

comunidades de invertebrados subterrâneos

tebrados subterrâneos brasileiros contem-plam principalmente a fauna terrestre.

A maioria dos trabalhos estudou a fau-na de apenas uma caverna e foram realiza-dos durante uma única amostragem, o que dificulta uma abordagem ecológica que permita a verificação de padrões que atu-am na estruturação de comunidades. Ain-da, a maioria dos estudos foi realizada em cavernas calcárias, uma vez que estas são as cavernas historicamente mais estudas.

As cavernas onde foram realizados os estudos se encontram inseridas principal-mente em áreas de Cerrado, o que está relacionado à ocorrência da unidade geo-morfológica Bambuí. Além disso, as comu-nidades de invertebrados de cavernas do estado de Minas Gerais vêm sendo ampla-mente estudadas enquanto que em outras áreas os estudos ainda são incipientes. Portanto, apesar do conhecimento acerca das comunidades de invertebrados subter-râneos terrestres ter aumentado conside-ravelmente desde a década de 1980, o Brasil ainda possui um grande potencial a ser explorado, tanto no que diz respeito a áreas pouco estudadas, quanto a estudos ecológicos mais consistentes.

Fonte: Anais do 34° CBE, Junho de 2017.

(SBE/DEPROPE) encaminhou uma manifes-tação ao IPHAN (Of. GER 007/2018) com sugestões de alteração em três artigos da proposta. Participaram da construção des-ta manifestação os associados Pavel Rodri-gues (SBE 1301), Elvis Barbosa (SBE 0942) e Marcelo Rasteiro (SBE 1089), além dos arqueólogos Daivisson Santos e Mariana Moreira, aos quais agradecemos as contri-buições e empenho.

Para saber todo o histórico de manifes-tações da SBE sobre este assunto basta conferir os boletins SBE Notícias de N° 302, 304, 316, 349.

Por Marcelo Rasteiro (SBE 1089)

C onforme divulgado no SBE Notícias passado, o

Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN); acaba de rea-lizar uma consulta pública sobre sua Políti-ca de Patrimônio Cultural Material.

Como a proposta aborda também o tratamento que o Instituto deve dar ao Patrimônio Espeleológico, é uma importan-te oportunidade para esclarecer como e quem deve avaliar a existência do atributo “destacada relevância histórico-cultural ou religiosa” previsto nos processos de licenciamento envolvendo classificação de cavernas.

Assim o Departamento de Proteção ao Patrimônio Espeleológico da SBE

SBE encaminha sugestões para política do patrimônio material do IPHAN

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P ara evitar a visita desordenada de pessoas à uma cavidade natural,

conhecida como “Caverna que Chora”, no município de Santo Antônio de Leverger, o Ministério Público do Estado de Mato Grosso firmou Termo de Ajustamento de Conduta com o proprietário da área esta-belecendo a interdição da estrada vicinal que dá acesso à fazenda.

No acordo ficou definido que a explora-ção econômica da cavidade natural, por meio de atividades turísticas ou esportiva, dependerá da elaboração e aprovação, por órgão competente, do Plano de Manejo Espeleológico. Com a interdição, a expec-tativa é de que a regeneração natural da vegetação no entorno da caverna se resta-beleça, dificultando o acesso de pessoas ao local.

Além da interdição da via de acesso, placas informativas sobre a proibição de visitas deverão ser colocadas no entorno da cavidade natural. O descumprimento das obrigações assumidas no TAC implicará no pagamento de multa diária de R$ 300,00 e o proprietário da fazenda tam-bém poderá responder às ações ambien-tais cabíveis.

De acordo com o promotor de Justiça Marcelo Caetano Vacchiano, o TAC foi fir-mado nos autos do inquérito civil instaura-do para apurar denúncias de que agências de turismo estão, supostamente, exploran-do cavernas que não possuem licença am-biental e planos de manejo espeleológicos, em desacordo com as normas ambientais vigentes.

Fonte: Mato Grosso Mais 27/04/2018

MPE proíbe acesso à

“Caverna que Chora”

em Santo Antônio de

Leverger MT

O proprietário do terreno da “Caverna que Chora” assinou um TAC

junto ao Ministério Público

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Humor

Paulo Baraky Werner apresenta tirinhas de humor com temas ligados à espeleologia e às pesquisas de Peter Lund em Lagoa Santa—MG. Acesse: www.terradelund.com.br

Pesquisadores do Guano Speleo mostram como sistemas de informação geográfica podem

ajudar na digitalização de croquis de cavernas artigo mostra que é possível a vetorização de croquis digitalizados para a renderiza-ção de templates e armazenamento de dados que podem ser acessados de forma simples posteriormente, sendo esta meto-dologia aplicável inclusive em grandes vo-lumes de informações, como por exemplo, gerando relatórios de plantas baixas de diversas cavidades de uma só vez.

Os autores apresentam um estudo de caso inserindo o croqui elaborado na ca-verna do Santuário dos Mocós, localizada no município de Xique-Xique na Bahia. Com uma ótima didática são explanados, com auxílio de figuras, várias etapas do procedimento de armazenamento de da-dos e formação de templates. Um passo importante e que merece atenção é o da criação de camadas de informação para desenhar, com maior precisão, as feições vetorizadas do croqui. Nota-se que as pos-sibilidades do ArcGIS são inúmeras neste quesito, em que o uso de camadas permiti-

rá que sejam criadas simbologias baseadas em determinados valores, criando classifi-cações de diferentes símbolos para cada camada. Estes podem ser utilizados para posteriores croquis, aumentando a produ-tividade e agilizando na criação. O progra-ma tem uma vasta biblioteca de símbolos para a composição, mas também permite a concepção de símbolos personalizados, como no estudo de caso.

“Uma vantagem importante é que softwares de geoprocessamento trabalham com bases de dados georreferenciadas e não são somente focados no desenho como os programas de CAD.” Os resultados obti-dos que são inseridos no programa podem ser acessados de forma simples tornando possível o cálculo de todos os dados para a espeleometria. No final do artigo cita-se um software livre de geoprocessamento com baixo custo, o QGIS.

Fonte: Anais do 34° CBE, Junho de 2017.

Por Elisa Schneider

Colaboradora do SBE Notícias

O artigo Digitalização de croquis de cavidades naturais subterrâneas

utilizando o software ArcGIS, tem o intuito de desmistificar o uso de outros softwares para mapeamento georreferenciado. Os autores Ednilson Pereira e Leonardo Silva do Guano Speleo (G075) trazem a conheci-mento as vantagens da utilização de Siste-mas de Informação Geográfica (SIG) para fins de enriquecimento na catalogação de cavernas.

O programa mais atualmente difundido ainda é o software AutoCAD para ativida-des de criação de mapas. Mas com muitas outras vantagens, o ArcGIS permite não só o registro georreferenciado das cavidades, como também a inserção dos croquis feitos em campo e sobreposição de várias cama-das de informação, elaborando mapas mui-to mais ágeis e de fácil compreensão. O

Lei regulamenta profissão de arqueóloga(o) no Brasil A publicação desta Lei resulta da san-

ção, por parte da Presidência da República, do Projeto de Lei n. 1.119/2015, de autoria da senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB/AM), cuja tramitação total pode ser acessada clicando aqui.

Foram feitos vetos parciais e totais a alguns artigos do Projeto de Lei n. 1.119/2015, sob diversas justificativas le-

gais, conforme consta nos Despachos do Presidente da República, publicados no mesmo número do Diário Oficial da União n. 75, Seção I, p.7.

Para saber mais acesse a Carta aberta da SAB no site:

www.sabnet.com.br/informativo/

view?TIPO=1&ID_INFORMATIVO=670

A Sociedade de Arqueologia Brasi-leira se manifestou em relação a

uma antiga demanda, a regulamentação da profissão de Arqueólogo no Brasil, no dia 19 de abril de 2018, Dia do Índio, foi publi-cada no Diário Oficial da União n. 75, Seção I, p.2-3, a Lei n. 13.653, de 18 de abril de 2018, que dispõe sobre a regulamentação da profissão de arqueóloga/o e dá outras providências.

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Estudo avalia relevância e fragilidades da Lapa

da Lagoinha em Montes Claros MG

orgânicos presentes no interior, bem como espeleotemas e vestígios de vida animal e até mesmo ossos em fragmentos fósseis encrustados e em solo. Vale a pena confe-rir toda a dedicação empregada no traba-lho de registrar em uma espécie de memo-rial fotográfico e visual os achados relevan-tes para a caracterização da caverna Lapa da Lagoinha.

Fora todas estas vertentes da pesquisa, os autores ainda trazem à tona uma ques-tão muito pertinente na consideração do patrimônio que aquela caverna representa para a localidade e como que a preserva-ção da integridade da mesma vem sendo ameaçada pela urbanização crescente e latente no entorno. O estudo chama a atenção para a fragilidade do meio, citando até mesmo a presença de lençóis freáticos, definindo um ambiente ainda mais sensível à presença humana excessiva. O artigo pode ser conferido na íntegra nos Anais do 34º Congresso Brasileiro de Espeleologia, no link supracitado.

Fonte: Anais 34° CBE Junho de 2017

Por Elisa Schneider

Colaboradora do boletim

O Estudo de relevância da Lapa da Lagoinha – Montes Claros–MG,

sintetiza os resultados obtidos nesta caver-na região de Montes Claros-MG. A análise feita por Luciano V. Ribeiro (SBE 1684), Fábio Luis Bondezan da Costa (SBE 1617) e Fabrício Hendrigo S. Soares, da Machina Mundi Geologia e Meio Ambiente, trata da relevância e impactos que estão relaciona-dos à caverna e seu entorno, diagnostican-do problemas como a urbanização local.

Situada na periferia norte de Montes Claros, nas proximidades de uma lagoa, a região recebe um público interessado no lazer que o local proporciona. A Lapa está em meio a uma área de predominância de rochas proterozoicas, a saber calcário, siltitos entre outros. No artigo ainda se apresentam mapas pontuando detalhes relevantes da inserção da cavidade no meio geográfico e urbano.

Citando as metodologias utilizadas para tornar este estudo possível, os pesquisado-res contaram com visitas em campo e auxí-lio de imagens de satélite para a elabora-ção de mapas de feições cársticas, sendo estas visitas realizadas em períodos estra-tégicos a fim de averiguar aspectos ineren-tes da caverna e região em épocas chuvo-sas e de estiagem. Examinou-se toda a extensão dos mais de 1000 metros da cavi-dade para que fossem coletados dados referentes as características de vida subter-rânea, como a fauna e flora, e inteirar-se da formação geológica. Assim, verificou-se diversos traços referentes aos materiais

A saga da Humanidade em 12 vídeos

P erguntar se nós, humanos, descen-demos do macaco é inadequado –

somos macacos. A evolução que resultou no Homo sapiens não foi linear, e sim feita de idas e vindas”, disse Walter A. Neves, professor do Departamento de Genética e Biologia Evolutiva da Universidade de São Paulo—USP, onde fundou o Laboratório de Estudos Evolutivos Humanos, único do gênero da América Latina.

“Ficamos bípedes não de uma vez só, mas aos poucos – durante milhões de anos, os hominídeos viveram entre as árvo-res e o solo: a chamada bipedia facultati-va”, disse o paleoantropólogo, que em 12 vídeos, preparados especialmente para o Canal USP.

O curso “A Saga da Humanidade” se baseia nessas réplicas, em torno das quais o pesquisador relata hábitos e característi-cas de cada espécie. O curso tem 11 aulas e mais um vídeo com observações finais.

Fonte: FAPESP 07/03/2018

Clique para assistir aos vídeos

GMSE faz atividade de apresentação em Paripiranga – BA tário AGES de Paripiranga, em-presários e outros moradores que manifestaram interesse em co-nhecer a o nosso patrimônio espe-

leológico e ações realizadas pelo nosso grupo.

Nossos principais objetivos são manter o intercâmbio com pesquisadores e promover ações conjun-tas, agregando pessoas entorno da preser-vação. Ações tais como promoção de Edu-cação Ambiental são muito necessárias,

Por Fernando A. Silva

GMSE

O Grupo Mundo Sub-

terrâneo de Espeleo-logia promoveu no dia 25 de março, uma expedição, com ins-crição aberta ao pú-blico, para mostrar à comunidade a impor-tância de preservação das cavernas e o que o GSME vem fazendo ao longo dos anos em Paripiranga.

Entre os participantes estavam presen-tes alunos da Universidade Federal de Ser-gipe e também alunos do Centro Universi-

pois ainda há uma grande carência de conscientização da população, tendo como casos dessas carências, cavernas usadas como deposito de lixo e agrotóxicos além de desmatamento local.

O evento conscientizou os participantes sobre a proteção das cavidades

GSME visitou cavernas de Paripiranga-BA

scallops e dissolução diferencial nas paredes de conduto da Lapa

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Mande sua foto com nome, data e local para o e-mail: [email protected]

Foto do Leitor

Nova diretoria do Observatório Espeleológico

Gestão 2018 – 2020 Horizonte, a eleição da nova diretoria do Observatório Espeleológico (Triênio 2018 – 2020), eleita por unanimidade e composta pelos seguintes associados:

Ω Diretor Presidente: Thiago F. Lima

Ω Diretor Vice-Presidente: Roberto Cassimiro (SBE 1346)

Ω Diretora Financeira: Mariana G. Moreira

Ω Diretor Administrativo: André B. Machado

Ω Conselheiros: Carlos Frederico S. Lott (SBE 1800), Daniel Corrêa, Rob-son A. Zampaulo (SBE 1747) e Rafa-el R. Camargo

Já empossada a diretoria iniciou sua jornada de trabalho em busca de novas ações e parcerias. Mais informações aces-se:

www.observatorioespeleologico.org.br

Por Robson Zampaulo (SBE 1747)

e Roberto Cassimiro (1346)

Observatório Espeleológico

C riado em fevereiro de 2015, o Ob-servatório Espeleológico (OE) é

uma associação civil que promove e apoia diversas ações para o desenvolvimento da espeleologia e conservação do patrimônio espeleológico brasileiro. Para alcançar es-ses objetivos, nossas atividades são nortea-das por três eixos de atuação: ensino, pes-quisa e fomento global. Dentre os projetos vigentes ou já realizados, vale mencionar os trabalhos de mapeamento topográfico (Gruta Morena (MG-270), Cordisburgo-MG) e geoestrutural de cavidades naturais (Gruta Fecho do Funil (MG-967) São João de Bicas-MG), estudos sobre biodiversida-de subterrânea (Serra do Caraça), apoio a gestão de Unidades de Conservação (Parque Estadual do Sumidouro e da Serra do Rola Moça), estudos de geoprocessa-mento em áreas cársticas, fomento à expe-dições espeleológicas, subsídio às ações do Ministério Público de Minas Gerais, bem como o apoio a eventos técnicos para difu-são científica como o 3º Simpósio Mineiro do Carste realizado pelo Instituto de Geoci-ências da UFMG em Belo Horizonte (Minas Gerais).

Neste contexto, no último dia 02 de março foi realizada em nossa sede em Belo

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Terra Ronca 2—

Malhada (GO_01)

Local: Parque Estadual Terra

Ronca- São Domingos –GO

Autor: Denis C. Vivan

Data: 10/03/18

Proj. Horizontal: 7.500m

Desnível: 155m

O Denis fotografou sua espo-

sa, Michelle Pires, nesta ca-

verna em uma viagem para o

Parque Estadual Terra Ronca

(PETeR). Ele tem um blog on-

de conta os relatos das via-

gens em:

revolteio.com

CCJC aprova fundo de

apoio ao turísmo em

Terra Ronca GO

F oi aprovado pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidada-

nia a redação final do Projeto de Lei 3166/15, do deputado Pedro Chaves (PMDB-GO), que cria o Fundo Nacional de Apoio à Região de Terra Ronca (Funter). O objetivo é desenvolver o turismo, preser-var a cultura local e incentivar a qualifica-ção dos trabalhadores na região.

Pela proposta, o Funter contará com receitas de dotações orçamentárias da União; de convênios firmados entre esta-dos e de operações de crédito internas e externas, firmadas com entidades privadas, públicas, nacionais e internacionais para permitir o desenvolvimento da região do parque e capacitação dos moradores do entorno. O PL, que é de 2015, segue agora para apreciação do Senado para depois ser sancionado pelo presidente.

O Parque Estadual de Terra Ronca está localizado nos municípios de Guarani de Goiás e São Domingos, no Estado de Goiás, e tem área aproximada de 57 mil hectares. O parque abriga um dos maiores sítios de cavernas e grutas da América Latina. Uma de suas mais famosas cavernas pode ser apreciada na sessão “foto do leitor” abai-xo.

Fonte: Câmara Federal, 20/04/2018.

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