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BOM FIM NOVEMBRO DE 2015 27 ANOS jornal comunitario ¤ DISTRIBUIçãO GRATUITA ¤ Matheus Chaparini U m assunto do- mina as rodas de conversa na Praça João Paulo I, na rua Jeroni- mo de Ornelas: a ação vio- lenta da Brigada Militar con- tra participantes da Feira do Livro Feminista e Autônoma. O incidente mexeu com o pacato cotidiano da praça, frequentada geralmente pe- los moradores do entorno, com cuias de mate, crianças e cachorros. Todos comen- tam, mas ninguém fala aber- tamente. Não dizem o nome nem querem fotos. Na noite do dia 1º de no- vembro, domingo, a Brigada Militar foi até a praça onde acontecia um ensaio para o encerramento da feira, com cerca de 20 meninas. O even- to havia começado na sexta- -feira e seria encerrado na segunda. Já era meia-noite e os po- liciais alegaram ter recebido diversas reclamações dos vi- zinhos em razão do barulho. O ruí�do do ensaio deu lugar aos gritos e às sirenes. Foi tudo muito rápido. Em nota, as organizadoras do evento afirmaram que os brigadianos foram “extre- mamente agressivos” e que chegaram a fazer ameaças com arma de fogo. No regis- tro da ocorrência policial, consta que houve “uso de força moderada para conter agressões”. Nove mulheres ficaram feridas, quatro delas precisaram de atendimento médico. Toda ação durou cerca de dois minutos. Uma morado- ra que se identificou apenas como Lygia conta que ha- via acabado de chegar em casa, voltando da praça com seu cachorro, quando ouviu uma sirene e decidiu descer de volta. Não viu nada. Ela afirma que o evento esta- va ocorrendo normalmente quando passou pelo local e que quando voltou, cinco minutos depois, já não havia ninguém. Diversos morado- res relatam ter escutado gri- tos e sirenes. Outro morador diz ter vis- to pela janela todo o inciden- te. Ele estava trabalhando em casa quando começou a confusão. Primeiro um casal de vizinhos desceu para re- clamar do barulho. Em seguida chegou uma viatura da Brigada Militar e outras duas na sequência. Neste momento algumas meninas se dispersaram. “Vi que uma menina es- tava recolhendo alguns ma- teriais do chão quando dois policiais a derrubaram, esta foi a primeira agressão. Ou- tras meninas se aproxima- ram para defendê-la e neste momento os policiais que estavam dentro das viaturas chegaram de forma violenta.” O morador não quer ser identificado por questões de segurança. “Amigos meus que são ligados ao movimen- to anarquista disseram que algumas meninas estavam sendo monitoradas desde as manifestações de 2013.” Na ocasião, a Polí�cia Civil entrou na sede da Federação Anarquista Gaúcha (FAG), na Cidade Baixa, e aprendeu materiais de divulgação. Ele relata que o morador que havia descido para re- clamar do barulho tentou intervir e também foi agre- dido pelos policiais. Neste momento, as meninas co- meçaram a tentar ir embora, correndo pelas ruas Santa Terezinha e Jerônimo de Or- nelas e foram seguidas. Ele relata ainda ter visto dois policiais agredindo uma me- nina caí�da. O comando do 9º Bata- lhão abriu um inquérito para a investigar o ocorrido. A in- vestigação tem prazo de 40 dias e pode ser prorrogada por mais 20. CONFLITO NA PRAçA JOãO PAULO I Moradores têm medo de falar Parte da ação foi filmada por morador de um prédio localizado junto à praça Captura de filmagem feira por morador Matheus Chaparini Fotos: Dora Giuliani Violência policial contra mulheres está sendo investigada Está na Feira do Livro de Porto Alegre a nova edição da História Ilustrada do RS, ampliada e atualizada, com um capítulo inédito. São 352 páginas com preço especial de lançamento. Na banca da ARI, ao lado do Santander Cultural. Visite a Banca Virtual do JÁ, em www.jornalja.com.br/loja No dia 3, houve manifestação de solidariedade em frente ao Palácio Piratini No dia de finados, feministas foram até a Feira do Livro de Porto Alegre, na Praça da Alfândega, para denunciar a agressão

JÁ Bom Fim Novembro 2015

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A capa traz uma matéria sobre a violência policial que encerrou a Feira do Livro Feminista e Autônoma na noite do último domingo, dia 1º. O assunto domina as rodas de conversa na Praça João Paulo I, na rua Jeronimo de Ornelas. Todos comentam, mas ninguém quer se identificar ou ser fotografado. Tem também um guia especial com os opções de atividades físicas no bairro, as eleições do Conselho do Plano Diretor, cercadas de reclamações e denúncias, a luta da Agapan (Associação Gaúcha de Proteção ao Ambiente Natural) em busca de uma nova sede e muito mais.

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Matheus Chaparini

Um assunto do-mina as rodas de conversa na Praça João Paulo I, na rua Jeroni-

mo de Ornelas: a ação vio-lenta da Brigada Militar con-tra participantes da Feira do Livro Feminista e Autônoma.

O incidente mexeu com o pacato cotidiano da praça, frequentada geralmente pe-los moradores do entorno, com cuias de mate, crianças e cachorros. Todos comen-tam, mas ninguém fala aber-tamente. Não dizem o nome nem querem fotos.

Na noite do dia 1º de no-vembro, domingo, a Brigada Militar foi até a praça onde acontecia um ensaio para o encerramento da feira, com cerca de 20 meninas. O even-to havia começado na sexta--feira e seria encerrado na segunda.

Já era meia-noite e os po-liciais alegaram ter recebido diversas reclamações dos vi-zinhos em razão do barulho. O ruí�do do ensaio deu lugar aos gritos e às sirenes. Foi tudo muito rápido.

Em nota, as organizadoras do evento afirmaram que os brigadianos foram “extre-mamente agressivos” e que chegaram a fazer ameaças com arma de fogo. No regis-tro da ocorrência policial, consta que houve “uso de força moderada para conter agressões”. Nove mulheres ficaram feridas, quatro delas precisaram de atendimento médico.

Toda ação durou cerca de dois minutos. Uma morado-ra que se identificou apenas como Lygia conta que ha-via acabado de chegar em casa, voltando da praça com seu cachorro, quando ouviu uma sirene e decidiu descer de volta. Não viu nada. Ela afirma que o evento esta-va ocorrendo normalmente quando passou pelo local e que quando voltou, cinco

minutos depois, já não havia ninguém. Diversos morado-res relatam ter escutado gri-tos e sirenes.

Outro morador diz ter vis-to pela janela todo o inciden-te. Ele estava trabalhando em casa quando começou a confusão. Primeiro um casal de vizinhos desceu para re-clamar do barulho.

Em seguida chegou uma viatura da Brigada Militar

e outras duas na sequência. Neste momento algumas meninas se dispersaram.

“Vi que uma menina es-tava recolhendo alguns ma-teriais do chão quando dois policiais a derrubaram, esta foi a primeira agressão. Ou-tras meninas se aproxima-ram para defendê-la e neste momento os policiais que estavam dentro das viaturas chegaram de forma violenta.”

O morador não quer ser identificado por questões de segurança. “Amigos meus que são ligados ao movimen-to anarquista disseram que algumas meninas estavam sendo monitoradas desde as manifestações de 2013.” Na ocasião, a Polí�cia Civil entrou na sede da Federação Anarquista Gaúcha (FAG), na Cidade Baixa, e aprendeu materiais de divulgação.

Ele relata que o morador que havia descido para re-clamar do barulho tentou intervir e também foi agre-dido pelos policiais. Neste momento, as meninas co-meçaram a tentar ir embora, correndo pelas ruas Santa Terezinha e Jerônimo de Or-nelas e foram seguidas. Ele relata ainda ter visto dois policiais agredindo uma me-nina caí�da.

O comando do 9º Bata-lhão abriu um inquérito para a investigar o ocorrido. A in-vestigação tem prazo de 40 dias e pode ser prorrogada por mais 20.

ConFLito na Praça João PauLo i

Moradores têm medo de falar

Parte da ação foi filmada por morador de um prédio localizado junto à praça

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Violência policial contra mulheres está sendo investigada

Está na Feira do Livro de Porto Alegre a nova edição da História Ilustrada do RS, ampliada e atualizada, com um capítulo inédito. São 352 páginas com preço especial de lançamento. Na banca da ARI, ao lado do Santander Cultural.

Visite a Banca Virtual do JÁ, em www.jornalja.com.br/loja

No dia 3, houve manifestação de solidariedade em frente ao Palácio Piratini No dia de finados, feministas foram até a Feira do Livro de Porto Alegre, na Praça da Alfândega, para denunciar a agressão

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Novembro de 2015b o m   f i m2

O Jornal Já Bom Fim é uma publicação de Jornal Já Editora

Editor: Elmar Bones

Reportagem:Felipe Uhr, Matheus Chaparini e Patrícia Marini

Fotografia:Arquivo Jornal JÁ, Dora Giuliani, Matheus Chaparini e Ramiro Furquim

Comercial:Matheus Dias

Diagramação:Cabeças Fumegantes DG

ExpEDiEntE

Redação:Av. Borges de Medeiros, 915, conj. 203, Centro HistóricoCEP 90020-025 - PoA/RS

Edição fechada às 14h do dia 6 de novembro de 2015

Contatos:

(51) 3330-7272

www.jornalja.com.br

[email protected]

jornaljanaweb

jornal_ja

Not a do Edi tor

BOM FIMURGENTE

O que assusta é o medo

Serenata IluminadaNa noite após a retirada dos tapumes da

Redenção, aconteceu mais uma Serenata Ilu-minada. Movimentou cerca de mil pessoas e teve apresentações em dois palcos: um da or-ganização do evento e outro do coletivo B.I.L, de Canoas. O evento arrecadou doações para os atingidos pela enchente.

Viva o Centro a PéDia 24 de outubro o

projeto Viva o Centro a Pé foi no Bom Fim. O percurso passou por pontos históricos do bairro, como o Parque Farroupilha, a Igreja Santa Terezinha, a Casa Lutzenberger e o Tem-plo Positivista. A próxima será dia 14 de novembro, no Centro Histórico. facebook.com/vivaocentroape

Mais uma feira de orgânicos na regiãoAs feiras de alimentos orgânicos se expandem. Em ou-

tubro começou a funcionar a Feira da Reforma Agrária (quartas, das 9 às 16 horas), na Associação dos Servido-res do Hospital de Clí�nicas (Ashclin), rua Ramiro Barce-los, 2350. Os produtores vêm do assentamento do MST em Nova Santa Rita, onde trabalham em parceria com o Núcleo de Economia Solidária da Ufrgs.

Temporal derrubou cem árvoresO temporal da noite de 14 de outubro causou estra-

gos em todo o estado. Na Redenção, os ventos derruba-ram cerca de cem árvores, sendo vinte de grande porte.

Finalmente os usu-ários da Redenção po-dem desfrutar nova-mente do parque sem tapumes e com chafariz. A Prefeitura de Porto Alegre entregou no dia 24 de outubro a refor-ma do eixo central do Parque Farroupilha. A obra começou em janei-

ro de 2015 e a entrega teve três adiamentos.

Foram realizadas obras no sistema de drenagem, no espelho d’água, além da revitali-zação da fonte lumino-sa, com a troca de toda a elétrica e hidráulica. A iluminação do eixo foi substituí�da por lâmpa-

das de led e 76 bancos foram recuperados.

A obra custou R$ 1,7 milhão e foi paga pela companhia Zaffa-ri, como contrapartida por uma área pública localizada na rua Al-cides Cruz onde será construí�do um Bourbon Shopping.

Grão Natural abre filial no bairro

A loja de alimentos natu-rais está abrindo sua segun-da unidade, na rua Felipe Ca-marão, 622. A matriz fica na Benjamin Constant. A Grão Natural oferece alimentos sem glúten, sem lactose, pro-dutos veganos, suplemen-tos e conta com serviço de tele-entrega.

O mais assustador, nesse episódio da praça João Paulo I, não é a denun-ciada violência policial.

É o medo das pessoas que presen-ciaram os fatos e que se negam a tes-temunhá-los. Mesmo os que acham que foi certa a intervenção policial não querem ser identificados.

O normal numa democracia é que os cidadãos se sintam livres e seguros para emitir suas opiniões e relatar o que viram ou ouviram, principalmen-te quando os fatos ocorrem em espaço público e envolvem agentes públicos.

Não é o caso.Houve uma ação policial fulmi-

nante, com força descabida diante de um grupo de jovens que ensaiavam para o encerramento de uma Feira do Livro Feminista.

O conflito ocorreu numa pequena praça, cercada de prédios residenciais. A ação foi rápida e as pessoas que pre-senciaram os fatos têm medo falar.

Aí está o mais assustador: esse abrir mão dos direitos da cidadania à liberdade de expressão e manifes-tação. Não adianta o direito no papel, se as pessoas têm medo de exercê-lo.

Brique tem vagas para artistas plásticos

A Secretaria Municipal da Indús-tria e Comércio (Smic) abriu dez va-gas para artistas plásticos no Brique da Redenção. Os interessados devem se cadastrar até o dia 20 de novem-bro no Núcleo de Fomento ao Arte-sanato, da Smic. As inscrições podem feitas de segunda a sexta-feira, das 14h ás 17h, na sede da Secretaria, avenida Osvaldo Aranha, 308, ao lado do Túnel da Conceição.

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DistRibuição gRatuita

Água é despejada no cachorródromoUm dos canos de escoamento deságua há poucos me-

tros do eixo central, na área conhecida como cachorródromo. Mesmo com a parte central seca, qualquer chuva deixa o local alagado por dias. Desde 2012, um projeto da deputada Regina Becker Fortunatti (PDT), então voluntária da Secre-taria Especial dos Direitos Animais (Seda), tenta transferir o cachorródromo para a área do antigo mini zoo. Os “cachorrei-ros” são contra e querem ficar no local onde sempre ficaram.

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Foto: Jornal JÁ

Foto: Ramiro Furquim

Concluídas as obras da Redenção

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Conselho do Plano diretor

Moradores vão à Justiça por nova eleição

De s c o n t e n t e s com o que con-sideram uma interferência ir-regular da Pre-

feitura Municipal na eleição de representantes ao Conse-lho Municipal de Desenvolvi-mento Urbano e Ambiental (CMDUA) – popularmente conhecido como Conselho do Plano Diretor – moradores da região central de Porto Alegre (RP1) protocolaram, no último dia 23, duas solici-tações para que o Poder Judi-ciário garanta nova eleição.

A vitória foi da chapa 2, liderada por Daniel Nichele, advogado do ramo imobili-ário. A chapa fez 38 votos, enquanto os brancos e nulos somaram 67.

Advogado do ramo imo-biliário, morador do bairro Petrópolis, Daniel Nichele vai ser um estreante. Embo-ra se diga um grande conhe-cedor do Plano Diretor, ele nunca participou de reunião do Conselho, nem ao menos sabia da existência dele. O novo conselheiro disse que se candidatou após ter vis-to um anúncio no site da

Prefeitura. “Foi tudo muito aleatório.”

As eleições para o Conse-lho foram cercadas por re-clamações e denúncias de ir-regularidades por parte das chapas. O titular da Secre-taria Municipal de Urbanis-mo (Smurb), Valter Nagels-tein (PMDB), afirmou que as eleições correram sem irregularidades.

Chapa 2 venceu com menos votos que os brancos e nulos

Novo conselheiro é advogado do ramo imobiliário

Nichele: conselheiro acidental

Chapa 1 foi impugnada por falta de

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No ano em que completa três déca-das de existência, o jornal JÁ� lança seu primeiro projeto de financiamento co-letivo, com ojetivo de realizar uma in-vestigação profunda sobre a revitalização do Cais Mauá e suas implicações na orla do Guaí�ba.

A proposta é viabilizar uma edição impressa espe-cial sobre o tema, que circu-lará em dezembro.

O projeto “Dossiê Cais Mauá” tem 30 dias para arre-cadar o valor pretendido – a campanha se encerra no dia 02 de dezembro. São duas metas: uma mais enxuta, de R$ 9 mil, ativa a produção de reportagens especiais men-sais, que começam a ser pu-blicadas no site do JÁ� ainda em novembro.

Mas a ambição da equipe é atingir R$ 17 mil para viabili-zar a edição de um jornal im-presso que conte toda a histó-ria da área, desde os tempos

em que ainda era usada como porto até o recente debate sobre sua revitalização.

Os apoiadores podem doar valores a partir de R$ 10. Além de contribuir com a execução do projeto, quem participar recebe recompen-sas, como livros e revistas da editora, materiais extras especiais e ainda há a pos-sibilidade de participar das reuniões de pauta do projeto.

Para contribuir é preciso acessar o site https://www.catarse.me/dossiecaismaua. Para quem não tem muita intimidade com o sistema, o JÁ� também recebe doações em dinheiro ou cheque, que serão devidamente registra-das na campanha virtual. É� só ligar para (51) 3330.7272.

JÁ aposta no financiamento coletivo para viabilizar especial

Um pedido de reconsi-deração da candidatura da Chapa 1, impugnada pela Prefeitura, será registrado na 4ª Vara da Fazenda Pú-blica. O grupo também vai protocolar um agravo de instrumento no Tribunal de Justiça para tentar cas-sar a decisão que impediu a candidatura.

A eleição foi realizada no dia 7 de outubro em meio a um grande tumulto que envolvia a comprovação de endereço do candidato a conselheiro titular, Rober-to Jakubaszko. A Prefeitura não aceitou o documento de domicí�lio eleitoral do candi-dato, segundo ele, o mesmo que havia sido aceito no ano passado. Embora tenha tido a candidatura impugnada, Jakubaszko foi autorizado a votar na eleição, sendo que a prerrogativa para participar como votante é justamente a comprovação de residência dentro da área.

A cidade de Santa Clara, em Cuba, realiza anualmente o Salão Melaíto de Humor Gráfico e em todas as edições homenageia um país. Este ano o país homenageado será o Brasil, para isso os organizadores cubanos encarrega-ram o cartunista Santiago da curadoria de uma exposição com 32 cartunistas brasileiros, que

leva o título “Aquarela do Brasil”. Os cartunistas Rafael Corrêa e Santiago de Porto Alegre, mais o cartunista Lor de Belo Horizonte serão jurados do certame e abrirão pessoalmente a mostra no dia 19 de dezembro na histórica cidade, junto com o cartunista cubano Alfredo Martirena, pre-sidente do salão.

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Novembro de 2015b o m   f i m4

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A edição de novembro do projeto Domingo no Parque terá como tema a música afro--gaúcha. O evento acontece no auditório Araujo Vianna, dia 22, domingo, a partir das 17h. O mestre de cerimônia desta festa é Richard Serraria com o show ‘Mais Tambor, Menos Motor’, e trará ao palco convidados espe-ciais: Andréa Cavalheiro, Tonho Crocco, Alabê Ôni, Marcelo De-lacroix, Bataclã FC, La Uruleyra, Ronald Augusto, Paulo Dionísio, Mini Bateria dos Imperadores do Samba e Kaubi Tavares.

O Domingo no Parque ofe-rece atrações gratuitas mensal-mente, sempre aos domingos. O projeto é parceria entre as Se-cretarias de Cultura do Estado e

do Município com patrocínio da Oi e financiamento da Lei de In-centivo à Cultura. Ao todo serão cerca de 150 artistas gaúchos envolvidos. A programação vai até junho de 2016 e as atra-ções são bastante diversifica-das, contando com rock, reggae, metal e pagode.

A Coordenação Geral é de Carlos Caramez. O evento utiliza as datas destinadas à Prefeitura. Pelo acordo firma-do, 75% das datas ficam com a Oi e os 25% restantes com a Prefeitura.

A entrada é gratuita me-diante apresentação de in-gresso, que pode ser retirado nas lojas Oi ou no próprio Araújo Vianna.

Música afro-gaúcha no Domingo no Parque

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2016

20 de novembro música afro-gaúcha 20 de dezembro Tarde de samba, pagode e swing 21 de fevereiro Tarde do reggae 13 de março Império da Lã 17 de abril Tributo aos garotos da rua com diversas bandas 8 de maio Cantoras gaúchas 26 de junho Tarde heavy metal

Pioneira da luta am-biental no Brasil, a Associação Gaúcha de Proteção do Am-

biente Natural está mais uma vez às voltas com dificulda-des para manter sua sede. A sala que hoje ocupa num edifí�cio comercial na avenida Osvaldo Aranha terá que ser entregue. O aluguel era pago pela imobiliária Guarida, por definição de um dos sócios, Ederon Amaro da Silva. Por questões de saúde, ele se afastou das atividades e a empresa decidiu não arcar mais com a despesa, de R$ 1.400 mensais.

A associação está no local desde 2012, quando teve sua sede própria destruí�da de

A Prefeitura apresentou duas alternativas para a Aga-pan. A primeira foi a Casa da Estrela, um casarão aban-donado localizado no bairro Petrópolis. O problema é que o casarão de Petrópolis está em péssimas condições e a reforma demoraria e custaria R$ 2 milhões.

O imóvel pertence à prefei-tura de Porto Alegre e é tom-bado. A outra possí�vel saí�da é uma sala sob o viaduto José Eduardo Utzig, na esquina

das avenidas Dom Pedro II e Benjamin Constant. O espaço precisa de pequenos repa-ros e deve ser entregue pela Prefeitura à Agapan nas pró-ximas semanas. É� um palia-tivo. As reuniões não devem ser realizadas ali, mas o local pode abrigar o acervo. Para o ex-presidente Francisco Mi-lanez, não resolve o proble-ma de dispor o material, mas pelo menos fica guardado. “Nosso maior sonho era ter uma biblioteca.”

Agapan retoma luta pela sede própria

Prefeitura apresenta alternativas

modo criminoso, uma histó-ria tão esquisita quanto mal contada.

Era uma segunda-feira, 6 de junho de 2011, o dia se-guinte ao Dia Mundial do Meio Ambiente, quando os associados da Agapan rece-beram a notí�cia: a casa havia sido demolida.

A pequena casa de madei-ra com telhado vivo, ficava na esquina das avenidas Au-reliano de Figueiredo Pinto e Praia de Belas. O terreno per-tence ao Municí�pio e havia sido cedido pela Prefeitura.

Utilizando o endereço da Agapan, a empresa Peruzat-to e Kindermann conseguiu

os documentos necessários para a retirada de um alvará provisório junto à Secretaria Municipal da Indústria e Co-mércio (SMIC) para a insta-lação de uma pizzaria. Com o papel em mãos, a empresa contratou a Demolidora Gil-berto Bexiga e derrubou a casa.

A Polí�cia Civil indiciou o casal responsável pela em-presa por falsidade ideoló-gica, tentativa de esteliona-to, esbulho possessório em concurso de pessoas e dano qualificado pelo prejuí�zo da ví�tima. A associação decidiu não entrar na justiça por te-mer represálias.

Associação sempre esteve envolvida na defesa das causas ambientais

Sem condições de arcar com o aluguel, associação precisa se mudar

Foto: Arquivo Jornal JÁ

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Page 5: JÁ Bom Fim Novembro 2015

Guia

Encarte do Jornal Já Bom Fim de Novembro de 2015

Corpo & EsportEs

Com o verão se aproximando, os dias mais quentes e longos se tornam um convite para fi-

car na rua até mais tarde. Nes-ta época, cresce o movimento nas praças e parques da capi-tal e o número de praticantes de atividades fí�sicas em locais públicos. A Redenção é um bom destino para quem quer se exercitar. O Parque Ramiro Souto conta com pista atléti-ca, campo de futebol, quadras poliesportivas e tem ilumina-ção noturna. Jogar basquete, futebol ou dar uma corrida no parque é de graça e faz bem à saúde.

As academias de ginástica ao ar livre também são uma boa alternativa. No Bom Fim são duas, uma na Redenção e outra na Praça Berta Starosta, na rua Vasco da Gama. Os es-paços são direcionados prin-cipalmente à terceira idade e contam com aparelhos de alongamento e para fortalecer e desenvolver a musculatura.

A academia do Parque Farroupilha foi instalada em 2010, através de uma parce-ria entre a Prefeitura e a Pepsi. Em outubro de 2014, o con-trato expirou. Além das acade-mias, a empresa havia instala-do dois chimarródromos, que forneciam água quente de gra-ça. Um foi retirado e o outro está desligado. Com o término do acordo, a manutenção da

Exercite-se ao ar livre

academia fica sob responsabi-lidade da Secretaria Municipal do Meio Ambiente (SMAM). O supervisor de parques, praças e jardins, Léo Bulling, afirma que há uma parceria com o parque de diversões, locali-zado ao lado. Entretanto, os usuários reclamam da falta de manutenção dos aparelhos.

Arnaldo Raul Formiguieri é morador da Santana e fre-quentador assí�duo da acade-mia da Redenção. Ele conta que antes não fazia nenhuma atividade fí�sica regular. A es-posa foi quem descobriu pri-meiro a academia e ele gostou da ideia. Todos os finais de tarde Arnaldo vai fazer seus exercí�cios. “Isso aqui é uma maravilha. O único problema é que falta manutenção e al-guns pais trazem as crianças

para usar como brinquedo, o que acaba danificando.”

Além de possibilitar uma atividade fí�sica gratuita ao ar livre, as chamadas “acade-mias da terceira idade” pro-piciam um momento de in-tegração. “Eu aproveito, faço meu exercí�cio, não preciso pagar nada e ainda me divir-to”, conta a paisagista Maria Elisa Medeiros, de 75 anos. Ela frequenta a academia da Redenção duas vezes por se-mana, quando busca a neta na creche.

Embora seja o público alvo, a terceira idade não é a única faixa etária a usufruir das academias ao ar livre. Os jovens são minoria, mas tam-bém aproveitam as acade-mias e são muito bem vindos, garante Seu Arnaldo.

Fotos: Matheus Chaparini

Movimento das academias abertas cresce nesta época do ano

Além da academia ao ar livre, Redenção conta com campo de futebol, quadras poliesportivas e pista atlética no parque Ramiro Souto

Maria Elisa e Arnaldo são frequentadores assíduos

Com mais de 60 anos de ati-vidades na região do Bom Fim, a academia Kyokushin acaba de abrir uma filial. A nova sede é maior e fica na esquina da aveni-da Protásio Alves com a Mariante, a poucos metros da antiga, que segue funcionando. “Procuramos ser arrojados, descemos para o térreo, para a vitrine, que é uma forma de aparecer mais. E esta-mos tendo resposta positiva”, ex-plica Cristian Malcorra dos San-tos, da 3ª geração da familia.

A Kyokushin começou suas atividades como academia de

karatê, em 1950. Frontino Vieira dos Santos, avô de Cristian, for-mado faixa preta em SP, abriu a academia, na rua da República. Depois, a sede passou para a avenida João Pessoa e, na me-tade dos anos 70, Carlos, da 2ª geração, abriu a academia na esquina da São Manoel. Desde 2004, Cristian, que é educador físico especializado em fisiologia e treinamento, é o braço direito do pai. As artes marciais seguem presentes, mas hoje o foco é na atividade física para qualidade de vida.

Academia pioneira abre nova filial

Cristian, representante da terceira geração

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Page 6: JÁ Bom Fim Novembro 2015

2 Setembro de 2015

A Academias de ginásticaA1 Sports Gym Academia e Personal Training ______ R. Garibaldi, 960

A2 Academia Mudança _________________ Av. Independência, 827

A3 Santo Forte Fitness ______________________ R. Mariante, 176

A4 Academia Training Bom Fim ___________R. Fernandes Vieira, 251

A5 Bio Ativa Academia ________________R. Ramiro Barcelos, 1535

A6 Academia Treinar ________________________ R. Mariante, 438

A7 Live Fitness ______________________Av. Osvaldo Aranha, 710

A8 Academia Olimpo - Porto Alegre ________Av. Osvaldo Aranha, 989

A9 JV Academia _____________________Av. Osvaldo Aranha, 1070

A10 Academia Winner Sport e Fitness _________ R. Miguel Tostes, 655

A11 Academia Kyokushin ___________________ R. São Manoel, 347

A12 Academia Kyokushin _________________ Av. Protásio Alves, 370

A13 RDM Fitness ______________________ R. Gal Lima e Silva, 859

A14 Academia Moinhos Fitness ______________Av. Venâncio Aires, 77

A15 Academia Fit Sul ___________________Av. Venâncio Aires, 715

A16 Academia Bom Fit __________________Av. Venâncio Aires, 1058

P PilatesP1 Ergos Pilates ______________________ Av. Independência, 383

P2 ZEM Fisioterapia, Podologia e Pilates ____ Av. Independência, 739

P3 Estação Pilates Estúdio _____________ Av. Independência, 1125

P4 Pulse Studio Pilates ____________________ R. Mostardeiro, 156

P5 Osteophysio __________________________R. Tomaz Flores, 84

P6 Studio CPilates ____________________ R. Gen. João Telles, 499

P7 Studio Posturale Pilates ___________ Rua Ramiro Barcelos, 1895

P8 Arte Vita Studio ______________________ R. Miguel Tostes, 537

P9 Oficina do Pilates ____________________ R. Miguel Tostes, 761

P10 Studio Corpore ______________________ R. Miguel Tostes, 935

P11 Em Movimento Pilates ____________________ R. Mariante, 284

P12 WL Pilates ___________________________ R. Castro Alves, 433

P13 Cia da Saúde _____________________ R. Vasco da Gama, 461

P14 CAF Fisioterapia ___________________ R. Vasco da Gama, 485

P15 Bambu Studio Pilates ______________Av. Osvaldo Aranha, 1439

P16 Vitalitè ______________________ Av. Jerônimo de Ornelas, 335

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Bom Fim oferece diversas opções de atividades físicas ao ar livre e nas academias

O mapa do corpo no bairro

Page 7: JÁ Bom Fim Novembro 2015

3Setembro de 2015

Guiab o m   f i m

Corpo & esportes

S SuplementosS1 Matéria Prima Suplementos ____________ R. Santo Antônio, 869

S2 WF Whey Fitness nutrition _____________Av. Venâncio Aires, 500

S3 Muscle Fit nutrition ________________ R. Gen. Lima e Silva, 297

S4 Max Muscle nutrition Store ____________ R. Vasco da Gama, 444

N Produtos NaturaisN1 Banana Verde _____________________ R. Irmão José Otão, 309

N2 Briut ____________________________ R. Irmão José Otão, 576

N3 Salutare _________________________Av. Venâncio Aires, 1117

N4 Seleção natural _____________________Av. Venâncio Aires, 531

N5 Reino Saudável __________________________R. Santana, 237

E Equipamentos EsportivosE1 Espaço Quallys ____________________ Av. Independência, 599

B BicicletasB1 Full Bikes ______________________ Avenida João Pessoa, 449

B2 Fun Bike Bicicletas ______________ Rua General João Teles, 462

B3 M. Bike ______________________________ Rua Santana, 516

B4 Bike Sul _____________________________ Rua Santana, 264

C Centros IntegradosC1 Preventiva _____________________ Av. José do Patrocínio, 263

C2 Cia da Saúde _____________________ R. Vasco da Gama, 461

L Artes Marciais e LutasL1 Overboxe Academia _______________ R. General João Telles, 508

L2 Instituto niten ___________________ R. General João Telles, 508

L3 Karate Shinjigenkan ______________ R. General João Telles, 508

L4 Centro Cultural Chinês _______________ R. Gal Lima e Silva, 736

• Manipulação de fórmulas

• Cápsulas

• Cosméticos

• Complementos alimentares

• Produtos Weleda

Rua Vasco da Gama, 183 Bom Fim

Rua Antenor Lemos, 36Menino Deus

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Fone: (51) 3311-3314

Um lugar em que você trata sua lesão e cuida do bem-estar do cor-po com atividade física, estética e supervisão nutricional. Hoje pode-se encontrar todos esses serviçoes em um só espaço. Os serviços mais comuns são fisioterapia e treinamento funcional, exercício que valoriza a coordenação e a postura, sem o uso de equipamentos.

Mas já há lugares que disponibilizam mais opções para cuidar do corpo. É o caso da Preventiva, localizada na José do Patrocínio. O centro trabalha com fisioterapia, treinamento funcional, acompanhamento nu-tricional e estética, que inclui massagem e drenagem linfática.

O proprietário, Adriano Kruel, diz que a ideia surgiu para fidelizar a clientela. “Antes fazíamos apenas fisioterapia, mas vimos que podíamos apresentar serviços que fizessem o cliente ficar aqui e ampliamos.”

CABELOEscova progressiva / alisamento / Plástica dos fios /

Remineralização / Hidratação / Hidratação hidrônica /Hidratação com queratina / Alongamento / Penteados

CORPODrenagem linfática manual e com aparelhos /

Bambu terapia / bumbum UP / ventosaterapia / massomodelagem / oxigenação / Bronzeamento a jato / Manicure e Pedicure / Depilação cera e rollon

ROSTOLimpeza de Pele com linha forever / Maquiagem e

maquiagem definitiva / Alongamento de cílios

Estética & Cabelo

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Rua Miguel Tostes, 770 c/estac. F: 3333 4652 / 9169 3610 www.reginarieck.com.br | contato@reginarieck. com.br

Estetica Regina Rieck | EsteticaReginaRieck

Centros integrados oferecem desde fisioterapia até estética

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Page 8: JÁ Bom Fim Novembro 2015

Novembro de 2015Novembro de 20154 Guiab o m   f i m

Corpo & esportes

Marci Minela nun-ca havia prati-cado arte mar-cial. No começo

deste ano decidiu procurar o Muay Thai. “Eu precisava de uma forma de me defender, sem precisar de ajuda exter-na. Sempre trabalhei de noi-te e voltava pra casa sozinha de madrugada.” A ideia era aprender a se defender, mas a luta acabou tomando um espaço maior na sua vida. Hoje Marci é instrutora de Boxe, treina Muay Thai todos os dias e mudou o foco, quer competir. Em novembro ela faz sua primeira luta e a se-

gunda já está agendada para dezembro.

Assim como ela, muitas mulheres estão buscando na prática das artes marciais uma forma de se defender. “As meninas querem saber que, se alguma coisa acontecer, elas conseguem se livrar de uma ruim, sair de cabeça er-guida. Porque a violência do-méstica acabou virando um assunto muito aberto, todo mundo sofre ou conhece gen-te que sofre com isso e não sabe exatamente o que fazer.”

Marci é atleta do Time Guazzelli, criado pelos irmãos Pedro e Rodrigo Guaz zelli e

Elas sabem se defender

é treinada por Pedro. Ele dá aulas de Muay Thai em dois locais, na academia Over Boxe, que funciona na Socie-dade Israelita, e no Lindóia Tênis Clube, e conta que me-tade das suas turmas são for-madas por mulheres. Em dez

anos como lutador e cinco dando aula, ele vê esse movi-mento crescer.

Recentemente, Pedro or-ganizou uma aula de defesa pessoal para mulheres, a pe-dido de um grupo de amigas. “Tem toda uma mí�tica, um

discurso de se proteger dos bandidos com defesa pesso-al. Minha ideia era botar isso no chão e pisar em cima. Por-que muitas vezes o bandido está em casa, muitas vezes é o próprio companheiro.”

Segundo Pedro Guazzelli, existe muita lenda e fantasia em torno da defesa pessoal. “Tem muita coisa de filme, quebra o dedinho, enfia o dedo no olho, puxa barba. Nenhuma dessas alavancas menores detém um ataque e são muito difí�cieis de serem aplicadas. Eu passo algumas técnicas do Muay Thai, como clinch e a joelhada e a impor-tância do preparo fí�sico, nem que seja pra correr.”

Marci Minela nunca preci-sou usar seus conhecimen-tos fora do ringue, mas se precisar, ela está prepara-da. “Espero nunca precisar. Uma coisa é treinar com os amigos. Ter que usar porque alguém está invadindo o teu espaço, é algo bem mais sé-rio. Luta é uma coisa que se treina pra não usar.”

Cada vez mais mulheres buscam as artes marciais como forma de defesa pessoal

Marci queria aprender a se defender, hoje mudou o foco para a competição

Foto

: Jor

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