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Atenção Centrada na Pessoa

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Atenção Centrada na Pessoa

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• Sugere a mudança de um modelo centrado na doença para um modelo de atenção centrada na pessoa;

• Essa abordagem demanda a ampliação do olhar sobre a saúde do indivíduo.

• Devem ser considerados

aspectos:

O que é?

Físicos

Socioculturais

Psíquicos

Considera – se a como subjetividade da pessoa : suas idéias, desejos, valores sobre sua vida e sua experiência com a doença.

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O que é necessário?

• Mudança de paradigmas;

• Paradigmas são formas de ver o Mundo ......

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O que é necessário?

A superação de paradigmas exige:

Flexibilidade intelectual

Mudança de comportamento

Alteração do estado de consciência

De quem? Trabalhadores do SUS e usuários

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Observe o quadro abaixo: • Uma pessoa que tem o diagnóstico de uma doença, nem

sempre passa pelo processo de adoecimento. Ou seja, nem sempre é afetada em seu projeto existencial ou modo de andar

a vida (1°linha e 2° coluna).

• Por outro lado, uma pessoa pode não ter nenhum diagnóstico fisiológico, mas passa pelo processo de

adoecimento (2° linha e 1° coluna).

Conhecer a doença e a relação da pessoa com essa doença , assim como perceber se existe ou não um processo de

adoecimento associado muda nossa abordagem e faz com que ela seja única para cada pessoa.

Quadro 1 Adoecimento

Doença

Sim Não

Sim Infarto agudo do Miocárdio

Hipertensão Arterial Assintomática

Não Perda familiar recente Higidez

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Então, qual a diferença das abordagens?

Atenção centrada na doença Atenção centrada na Pessoa

• Doença no Centro do processo; • Pouca atenção aos aspectos biopsicossociais; • Desconsidera aspectos culturais do adoecimento; •Pessoa não se apodera do cuidado de sua saúde. Não participa das decisões tomadas pelos profissionais.

•Pessoa no centro do Processo; •Considera os aspectos biopsicossociais e o contexto de vida, família e comunidade onde está inserida; • Desenvolve postura pró-ativa da pessoa em relação aos problemas de saúde;

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Novas perspectivas....

Doença

Saúde

Problema de saúde

Acontecimento ou um fenômeno que, de alguma forma, vai interferir na vida da pessoa e no seu projeto existencial.

Está relacionada com o modo de andar a vida, ou seja, com a capacidade da pessoa de cuidar de si.

Algo que incomoda a pessoa. Ou seja, Algo que está na consciência da pessoa e que causa incômodo. Pode estar ou não associado a uma alteração física, ou seja, doença. Vejamos o esquema no próximo slide, exemplificando 4 situações diferentes.

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Pessoa apresenta alguma doença?

A pessoa se reconhece com algum problema de Saúde (adoecimento)?

Sim Não

Pessoa apresenta alguma doença?

Sim Não Sim Não

Nesse caso, há incomodo e há

doença. É necessário

observar o que traz o incômodo para a pessoa e qual a relação da

mesma com a doença em

questão.

Nesse caso, há incômodo, mas não há doença.

Precisamos considerar a

causa do problema e

apoiar a pessoa na resolução do

mesmo (recursos na família,

comunidade e outros setores)

Nesse caso, não há incômodo, mas

há doença. Podemos usar de

estratégias de educação em

saúde para alteração no

estado de consciência da

pessoa e incentivo do seu

cuidado em saúde, respeitando seu

momento.

Nesse caso, não há incômodo, nem

doença. Essa pessoa, se de acordo, pode ser acompanhada e

incluída em estratégias de prevenção e promoção de

saúde.

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Conceitos importantes nesse processo

Pessoa: Indivíduo capaz de desejar, pensar e ter um projeto para sua

vida.

Problema de saúde: Acontecimento que interfere na vida e projeto existencial.

Saúde: Modo de andar

a vida

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Resultados alcançados quando adotamos a abordagem centrada

na pessoa ....

• Maior satisfação das pessoas;

• Melhora na adesão aos tratamentos;

• Redução das preocupações;

• Redução dos sintomas;

• Diminuição na utilização dos serviços de saúde;

• Diminuição das queixas por má prática;

• Melhora na saúde Mental;

• Melhora da situação fisiológica e na recuperação de problemas recorrentes;

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Algumas Ferramentas usadas com essa abordagem ...

• Método clínico Centrado na Pessoa;

• Projeto terapêutico Singular;

• Apoio Matricial.

Esses dois tópicos serão

trabalhados em outros casos.

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Método Clínico Centrado na Pessoa

• É a aplicação dos conceitos da abordagem centrada na pessoa na prática;

• Propõe um conjunto claro de orientações sobre o que o profissional de saúde deve fazer para conseguir a abordagem centrada na pessoa.

• Tem seis componentes que tem íntima ligação entre si, cabendo ao profissional habilidoso se mover entre eles, dependendo das demandas da pessoa e das pistas oferecidas por ela.

• Veja a seguir esses seis componentes e os pontos principais a serem abordados em cada um:

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Método Clínico Centrado na Pessoa

Componentes Pontos principais a serem abordados

Explorando a doença e experiência da pessoa com a doença

Sentimentos Idéias Funcionalidade Expectativa

Entendendo a pessoa como um todo

•História de vida •Contexto próximo (Emprego, Família) •Contexto distante (comunidade, cultura)

Elaborando um plano conjunto de manejo “ A cada encontro”

•Problemas/prioridades; •Objetivos do tratamento e manejo; •Papéis da pessoa e do profissional;

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Método Clínico Centrado na Pessoa

Componentes Pontos principais

Incorporando prevenção e promoção da saúde

•Melhoria de saúde •Evitar riscos •Reduzir riscos •Reduzir complicações •Evitar intervencionismo excessivo

Fortalecendo a relação profissional de saúde e paciente

•Relação de poder •Empatia •Autoconhecimento •Transferência e contra transferência

Sendo realista Tempo e Timing; Trabalhando em equipe; Uso adequado dos recursos;

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Referências Bibliográficas

• BRITTEN, N; STEVENSON, FA; BARRY, CA et al. Misunderstandings in prescribing decisions in general practice: qualitative study. BMJ, 320:484-8, 2000.

• LANG, F; FLOYD, MR; BEINE, KL. Clues to patients‘ explanations and concerns about their illnesses. A call for active listening. Arch. Fam. Med., 9(3):222-7, 2000.

• NORMAN, AH; TESSER, CD. Prevenção quaternária na atenção primária à saúde: uma necessidade no Sistema Único de Saúde. Cad. Saúde Pub., 25(9):2012-20, 2009.

• STEWART, M; BROWN, JB; WESTON, WW et al. Medicina Centrada na Pessoa – Transformando o método clínico. 2ª Ed., Porto Alegre, Artmed, 2010.

• WORLD HEALTH ORGANIZATION. Health promotion: concept and principles in action – a policy framework. WHO, London, 1986.

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