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Bombeiros feridos recuperam! Bombeiros feridos recuperam! “Falta de “Falta de Ambulâncias PEM em todos os concelhos Ambulâncias PEM em todos os concelhos Cumprida reivindicação da LBP Cumprida reivindicação da LBP Esmoriz Esmoriz aponta presidente da LBP Praias vigiadas pelos bombeiros Praias vigiadas pelos bombeiros ZERO mortos ZERO mortos Página 8 Página 5 Página 7 Páginas 16 e 17 Junho de 2017 Edição: 369 Ano: XXXII 1,25€ Director: Rui Rama da Silva Figueira da Foz Páginas 14 e 15 Ílhavo Páginas 20 e 21 confiança em quem está no terreno” confiança em quem está no terreno” Foto: Marques Valentim Foto: BV Esmoriz

Jornal 'Bombeiros de Portugal' – Edição 370 – julho …setor e permitam de uma vez dar valor a quem realmente o tem, a bem de todos, a bem da Nação, para que não se repitam

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Bombeiros feridos recuperam!Bombeiros feridos recuperam!

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Ambulâncias PEM em todos os concelhosAmbulâncias PEM em todos os concelhos

Cumprida reivindicação da LBPCumprida reivindicação da LBP

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Página 8

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Páginas 16 e 17

J u n h o   d e   2 0 1 7   Edição:  369  Ano:  XXXII  1,25€  Director:  Rui  Rama  da  Silva

Figueira da Foz Páginas 14 e 15

ÍlhavoPáginas 20 e 21

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2 JULHO 2017

Permitam-me partilhar convosco um texto de opinião feito por mim para este jornal precisamente há 20 anos e que, no essencial, julgo que continua a ser actual. As potencialidades e as fragilidades do nosso universo continuam a estar evidentes e continuam também a influenciar a sua afirmação social e, ainda, a ditar algumas das suas vulnerabilidades, geradas pela falta de ressarcimento à justa medida da dimensão e importância das tarefas e missões que desempenham.

António Marques, vice-presidente da direção da Associação Hu-manitária de Bombeiros de Caldas da Rainha, secretário adjun-

to da Mesa dos Congressos da Liga dos Bombeiros Portugueses e ex-deputado à Assembleia da República, é também possuidor de dotes literários e de investigador histórico.

É ele o autor da monografia “A-dos-Francos Uma terra que Nas-ceu na Aurora dos Tempos, Braça Dado com a Lira e o Arado”, apre-sentada recentemente na Sociedade de Instrução Musical Cultura e Recreio local recheada de uma plateia de três centenas de pessoas.

A sessão foi presidida pelo presidente da Câmara Municipal de Caldas da Rainha, Tinta Ferreira, e coube a Hermínio Martinho, amigo do autor e também antigo deputado, a apresentação da obra.

António Marques, depois de agradecer a presença de tantos ami-gos e interessados na obra, informou que a obra é o resultado de mais de três anos de investigação e de coleção de dados obtidos na Torre do Tombo, nos arquivos distritais de Leiria, Lisboa e Braga e de diversos arquivos paroquiais e bibliotecas municipais.

A-DOS-FRANCOS

Dirigente é autor de monografia

A conjuntura impõe recato e reflexão, mas campeia a agitação que dá lastro aos agi-

tadores e aos agitados. Embora os “timings” sejam discutíveis, e como em tudo existam teorias para tudo e para todos os gostos, urge um debate sério e desassombrado para que nada volte a ser o que era, para que daqui a um ano não voltemos à cegarrega do costu-me, à ligeireza, como por cá, é normal abor-dar até os temas fundamentais.

À margem da vozearia, os bombeiros, aqueles que no terreno cumprem a missão de salvaguardar bens e salvar vidas, norteados apenas um desígnio maior. Estas mulheres e estes homens também pensam, também sa-bem o que está mal, mas remetem-se ao si-lêncio esperando que quem comanda e manda o faça com competência, que aprenda com os erros e que os corrija. Em silêncio contido, sem alardes nem exigências, os bombeiros delegam as ações e as reações em quem os representa, assim como o fizeram os seus an-tecessores.

Embora os bombeiros de hoje sejam, por circunstâncias várias, sensibilidades e forma-ção distinta, diferentes dos de ontem, há algo que os une: a entrega à causa ou a intensida-de com que a vivem.

As estórias que povoam a história de 92 anos de vida de António Lopes, mais de 50 dedicados aos Bombeiros da Lousã, à seme-lhança de muitas outras figuras carismáticas

deste peculiar universo, não se repetem, mas, curiosamente, embora muito tenha mudado nos últimos anos, são ainda atuais, e pela for-ma e vivacidade como são narradas servem de inspiração em forma do exemplo que nor-teia os mais novos e que perdurará no tempo.

Os meios e as condições colocadas à dispo-sição dos operacionais do presente não têm sequer comparação com a forma primária como, no passado, operavam, contudo na es-sência pouco mudou, a vida de bombeiro con-tinua a ser a sina que só alguns ousam en-frentar em prol do seu semelhante, mesmo que isso nem sempre mereça lícito reconheci-mento.

Recusam ser heróis, não procuram o mérito das medalhas e, por isso, já deveriam não só granjear a gratidão de um povo, mas também as políticas e as estratégias que dignifiquem o setor e permitam de uma vez dar valor a quem realmente o tem, a bem de todos, a bem da Nação, para que não se repitam tragé-dias como as de Pedrógão, nem os dramas vi-vidos em Mação, Proença ou Niza, onde as chamas não deram tréguas nem às popula-ções nem aos milhares de homens e mulhe-res, trajados de soldados da paz que no terre-no tudo deram para colmatar todas as falhas, para remediar o que não foi prevenido pelas muitas entidades que teriam a obrigação de o fazer.

Sofia Ribeiro

JORNAL@LBP

Vida de bombeiro

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3JULHO 2017

Segundo refere um título recente do matutino “I” aponta-se que

“Um mês depois Pedrógão já não arde mas ainda queima”.

Queima por muitas razões, nomea-damente, as necessárias respostas a muitas questões colocadas e que ain-da hoje estão por obter.

Elaborámos um conjunto de ques-tões que nos assaltam. Outras have-rão. Não se esgotam todas na lista que vamos fazer chegar a todas as entidades envolvidas na investigação. Algumas delas, após obtida a respos-ta, porventura, irão suscitar outras questões. Até ao apuro final de tudo o que aconteceu.

Pedrógão vai continuar a queimar também até que se saiba tirar todas, mas mesmo todas, as ilações do su-cedido.

Em memória e respeito pelas víti-mas não deixaremos de questionar, para que não se repetida o sucedido. A somar aos muitos alertas que a Liga dos Bombeiros Portugueses tem lançado a cada passo e que também não deixaremos de retomar sempre que assim se entender, certos da legi-timidade e da razão para o fazer.

Certo é que a complexidade cres-cente dos incêndios florestais, à par-tida, tem razões sobejas e conheci-das. Por um lado, estamos perante condições meteorológicas adversas que cada vez se

repete mais e com crescente gravi-dade. Por outro, a desorganização da floresta que, não só permanece, como especialmente aumenta em função da inação e do aumento do risco que acarreta.

À partida, estamos perante condi-ções explosivas, em que o combate se torna cada vez mais difícil, exige cada vez mais repartição dos meios em presença em função da prolifera-ção de situações urgentes.

Pedrógão ficará para a história como uma jornada negra da nossa história mas importa que esse legado trágico não tenha sido em vão, para que represente um momento de mu-dança.

Estamos perante circunstâncias em

que ocorreram os incêndios, ainda não devidamente apuradas e as suas consequências ainda não devidamen-te assumidas nem explicadas.

Estamos numa fase de transição em que depois de formuladas as in-terrogações, com que também con-tribuímos, se espera pelas respostas, pelo resultado das análises.

As fatalidades, sejam de que or-dem for, têm por base muitas razões, umas diretas outras indiretas, umas naturais, outras não. Muita coisa con-corre para todas elas.

Importa agora, apuradas as razões e as circunstâncias, elencar e tirar conclusões sobre as consequências,

com rigor, transparência e com ver-dade.

É isso que os bombeiros preten-dem. As gavetas das entidades ofi-ciais estão cheias de estudos e relató-rios que, porventura, podendo consti-tuir excelentes documentos no plano literário e técnico, no entanto, de pouco ou nada contribuíram para as conclusões e as mudanças neles apontadas. Na prática, na generalida-de é isso que tem acontecido.

Os bombeiros mantêm expectativa para que alguma vez essas conclu-sões sejam devidamente acolhidas e, se necessário, possam até fazer dou-trina.

Os bombeiros sabem como com-bater incêndios florestais, prepa-ram-se, treinam-se, e consideram que as conclusões dos estudos e análises poderão servir-lhes como instrumento para também, se ne-cessário for, evoluírem no ataque. Sendo certo que, por mais que se evolua nesse domínio, todos sabe-mos que, de facto, a questão há muito que não se centra no combate mas na vigilância e na prevenção.

Quantas mais vezes os bombeiros precisarão de desfiar o rosário de ra-zões e preocupações em torno dos incêndios florestais e que, de tão fa-lados e apontados, até correrão risco

de entrarem na lógica das banalida-des e dos lugares-comuns.

Apesar disso tudo, pelas razões que nos assistem, e são muitas, não deixaremos de lutar pelo apurar da verdade.

Continuamos a ver muita gente a falar de tudo, a opinar sobre tudo, a vaticinar até quando as coisas já su-cederam em busca de fugazes mo-mentos de glória.

É também essa questão que preo-cupa os bombeiros, o facto da muita poeira que paira no ar, que não tem a ver com as cinzas provocadas pe-los incêndios, mas com a verborreia de muita gente que mais se preocu-pa em olhar para o seu umbigo do que a contribuir com rigor, elevação e respeito para a construção de uma solução séria e sustentável.

A dita “lei da rolha”, que recente-mente foi instituída pela ANPC, tam-bém não ajuda. A ANPC é livre de se organizar como entende mas não pode passar incólume perante deci-sões como esta que, no fundo, de-monstra falta de confiança em quem está no terreno, não tem sentido ne-nhum, salvo para filtrarem informa-ções que entendam formatar a seu bel-prazer.

Só esperamos que a lógica da ro-lha não tenha efeito viral relativa-mente a tudo o que é necessário vir a saber sobre Pedrógão e tudo o que lhe diga respeito. Queremos trans-parência, rigor e verdade sobre o as-sunto.

No passado garantiram-nos que iriam ser tomadas decisões para ga-rantir a vigilância e a prevenção nas florestas. Depois, cada ano, por uma razão ou outra, as decisões não fo-ram postas em prática, não foram tomadas, ficaram suspensas e, de-pois, inevitavelmente ficaram con-geladas.

É isso que os bombeiros não que-rem que volte a acontecer. Formulá-mos as questões, que dirigimos a quem de direito, de forma construti-va, apesar de, lamentavelmente, não terem contado connosco para os grupos ou comissões de análise.

Pedrógão vai continuar a queimar

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4 JULHO 2017

Foi celebrado entre a União das Misericórdias Portugue-

sas (UMP) e a Liga dos Bombei-ros Portugueses (LBP) um pro-tocolo de colaboração, através do qual todos os bombeiros, di-rigentes e seus familiares po-dem usufruir do cartão de saú-de social emitido pela primeira entidade.

Destinado, também, aos só-

cios das associações humanitá-rias de bombeiros, o acesso ao mesmo tem um custo que varia em função dos destinatários.

Aos bombeiros, dirigentes e sócios aplica-se o valor de 3,15 euros/mês, por pessoa. Caso os interessados pretendam incluir mais que uma pessoa, o valor a despender mensalmente é de 2,80 euros. Ambas as impor-

tâncias já incluem um desconto de 10 por cento sobre o custo normal do referido cartão, o qual corresponde a uma parce-ria com a AdvanceCare, a SAB-SEG Seguros e a Real Vida Se-guros.

Todos os aderentes passam a poder recorrer a mais de 400 hospitais e clínicas de todo o país.

A formalização do protocolo entre a UMP e a LBP teve lugar no dia 5 de julho, na sede da Confederação, com a presença de representantes das várias entidades envolvidas, entre as quais o presidente do Conselho de Administração da SABSEG, Miguel Machado.

Intervindo na cerimónia, o presidente da Liga dos Bombei-

ros Portugueses, comandante Jaime Marta Soares, valorizou o significado do momento, su-blinhando os efeitos positivos da cooperação institucional ali formalizada, nomeadamente, o alargamento da concessão de benefícios ao voluntariado.

Por sua vez, o presidente da União das Misericórdias, Ma-nuel de Lemos, considerou tra-

tar-se de um dia histórico para duas instituições que têm em comum, no serviço prestado à sociedade, a finalidade de cui-dar das pessoas.

A subscrição do cartão de saúde social pode ser feita on-line através do site www.car-taosocialump.pt ou de toda a rede comercial da SABSEG Se-guros.

PROTOCOLO UMP/LBP

Cartão social garante saúde para todosFo

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Imagens captadas pelas lentes de 201 foto-jornalistas, incluindo o nosso colega de tra-

balho do “Bombeiros de Portugal”, Marques Valentim, e outros fotógrafos profissionais, participaram com os seus trabalhos em troca de um donativo para os bombeiros, na se-quência da exposição realizada recentemente no Museu das Telecomunicações, em Lisboa.

Além da participação dos muitos fotojorna-listas e fotógrafos profissionais portugueses registaram-se também participantes de Espa-nha, Macau, Luxemburgo, Ucrânia e Brasil.

Na iniciativa “Uma imagem solidária”, lança-da pelo fotojornalista António Cotrim (Lusa), as imagens puderam ser obtidas pelos interes-

sados a partir de um donativo mínimo de 20 euros. O valor angariado, 5.286 euros, foi en-tretanto entregue, na totalidade, à corporação dos Bombeiros Voluntários de Castanheira de Pera.

No caso da foto cedida pelo nosso compa-nheiro Marques Valentim foi adquirida por um antigo bombeiro de Campo Maior, natural da-quela localidade, e membro do corpo de segu-rança da PSP, Carlos Ferreira, que fez questão de a entregar aos Voluntários de Campo Maior, onde foi recebido pelo comandante Alexandre Miguel Carvalho e outros operacionais presen-tes.

O que começou por ser uma iniciativa de

fotojornalistas, sob o lema “o melhor de cada um de nós para o melhor de todos nós”, esten-deu-se a outros profissionais da fotografia, “que se mostraram interessados em partici-par”, segundo António Cotrim.

As imagens, de tema livre, foram impressas no formato 30x40cm. Algumas chegaram, in-clusive, de Macau, da China, da Alemanha, de França e do Brasil.

Sublinhe-se que a venda das imagens por um valor mínimo simbólico nem “paga o traba-lho de quem fotografou”. Associa-se assim a solidariedade de quem compra com o investi-mento abaixo do custo feito pelos próprios au-tores das fotografias.

“UMA IMAGEM SOLIDÁRIA”

Fotos para ajudar os bombeiros

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A Vodafone, a Federação Portuguesa de Futebol (FPF) e os dois candidatos à Supertaça Cândi-

do de Oliveira, Benfica e V. Guimarães, propõem--se ajudar os Bombeiros Voluntários de Figueiró dos Vinhos a adquirir um veículo florestal de combate aos incêndios.

O primeiro troféu da próxima época de futebol nacional, a disputar em Aveiro no próximo sába-do, 5 de agosto, vai contribuir para apoiar os bombeiros.

Os jogadores em campo terão, de forma indi-reta, papel decisivo no montante reunido, uma vez que “a angariação de fundos assenta em al-gumas das ocorrências do jogo”. Cada golo mar-cado, excluindo desempate por grandes penalida-des, representa cinco mil euros.

Nas contas entram, ainda, 1500 euros por cada remate ou canto, mil euros por recuperação de bola e 100 euros por cada ataque ou cruzamento. No final da partida, o relatório oficial do jogo, emitido pela FPF, determinará o montante anga-riado, que será dado pela Vodafone, FPF e os dois clubes.

Para além do contributo doado pelas entidades promotoras do evento, esta iniciativa permitirá envolver o público, através da compra dos bilhe-tes. Por cada ingresso vendido, um euro reverte-rá a favor da causa.

Ao valor angariado pelas ocorrências de jogo, somar-se-á o contributo do público, conseguido. Os bilhetes foram vendidos por 16, 21 ou 26 eu-ros.

SUPERTAÇA

Todos querem apoiar os bombeiros

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5JULHO 2017

Passaram os incêndios de Pe-drógão, Castanheira, Góis,

Cernache, Alijó, Mangualde, Proença, Sertã, Mação, Nisa, Gavião, e tantos outros, e deze-

nas de milhares de hectares de mato e floresta ardidos. Outros virão, que os bombeiros não desejam, mas que se podem fa-cilmente prever em função do

abandono crescente da floresta e do próprio clima.

A floresta está pior que nun-ca, ou melhor, nada foi feito en-tretanto. Caiu o secretário de Estado das Florestas mas nin-guém explica o porquê. Subsis-te apenas a determinação da ANPC de restringir o acesso à informação com uma designada “lei da rolha” que, segundo o presidente da Liga dos Bombei-ros Portugueses (LBP), “não faz sentido nenhum, é um atentado ao direito de informação e de-monstra falta de confiança em quem está no terreno”.

Para o comandante Jaime Marta Soares “ é um crime a in-formação ter de passar a sair do local, para ser filtrada e de-pois ser dita em Lisboa sem es-pelhar a experiência de quem está no terreno”.

A Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC) não auto-riza os seus elementos de co-mando presentes nos teatros de operações de produzir qual-quer tipo de declaração infor-mativa remetendo sempre para duas conferências de imprensa diárias. Na opinião daquela en-tidade, a medida justifica-se com a necessidade de divulga-ção de informação completa e

atualizada em matéria de in-cêndios defendendo que essa medida liberta, “os comandan-tes das operações de socorro para se concentrarem no essen-cial que é a conduta das opera-ções de proteção civil nos vá-rios teatros de operações”.

A propósito, o presidente da LBP questiona sobre “quem está no terreno, se não servem para dar informações, como é que servem para comandar”.

Ao proibir os comandantes distritais de prestar declarações a ANPC acentua o mal-estar que, dizem, ali ter sido criado.

O presidente da LBP admite que a “lei da rolha” possa tam-bém contribuir para “encobrir incompetências”, citando, a tí-tulo de exemplo, o que se tem passado com a gestão das co-municações, em particular do SIRESP.

Mas o comandante Jaime Marta Soares lembra também que a floresta está pior, “eu di-ria mesmo uma selva” e lamen-ta que “temos falado muito dela mas feito muito pouco por ela”. “A nossa floresta está pior a cada ano que passa a somar às condições meteorológicas mui-to adversas, muito calor, vento forte, baixo teor de humidade,

tudo condições muito complica-das”, lembra o mesmo respon-sável.

A prevenção continua a ser um domínio inexistente, na opi-

nião do presidente da LBP, com pouco ou nenhum trabalho feito nessa matéria nem vontade que se sinta para tal, para além das palavras.

“LEI DA ROLHA”

Presidente da LBP aponta falta de confiança em quem está no terreno

Os Bombeiros Portugueses não es-tão integrados no conselho de ges-

tão do fundo REVITA e o presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses já deu conta dessa anomalia ao ministro do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social.

O comandante Jaime Marta Soares deu conta a Vieira da Silva “da nossa profundo consternação relativamente à presente composição do conselho de gestão do fundo REVITA”, criado para gerir os donativos e apoios em favor dos concelhos do centro do país devas-sados pelos incêndios florestais.

O presidente da LBP lembra ao mi-nistro que, o que não acontece nos ter-mos em que os bombeiros defendem relativamente ao REVITA, “no conselho de gestão do fundo teria assento um representante designado pelas institui-ções particulares de solidariedade so-cial (IPSS) e associações humanitárias de bombeiros a nível distrital”.

Ora, na informação disponibilizada

no site do próprio Fundo é referido que o representante das IPSS e dos Bom-beiros é o provedor da Santa Casa da Misericórdia de Pombal.

A LBP não põe em dúvida a honora-bilidade, o prestígio, a capacidade e a boa vontade daquela personalidade, “individualidade que é inegavelmente merecedora da nossa melhor conside-ração”, mas lamenta que, “não foi dada a oportunidade para as associações hu-manitárias de bombeiros associadas da Liga, localizadas no referido distrito, se pronunciarem relativamente à identi-dade daquele que seria, conjuntamen-te com as IPSS, o seu representante no conselho de gestão.”

A concluir, na missiva enviada a Viei-ra da Silva, o presidente da LBP solicita que seja considerado um “ represen-tante das associações de bombeiros voluntários no conselho de gestão “por forma a que a estas não seja negado o seu legalmente inalienável direito de audição e participação”.

FUNDO REVITA

Bombeiros forado conselho de gestão

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A Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP) considera “in-concebível” que na comissão técnica independente

que vai analisar os incêndios ocorridos na região Centro “não tenha assento nenhum dos elementos das associa-ções/corpos de bombeiros que tantos esforços envida-ram para debelar esta verdadeira calamidade que recaiu sobre o país”.

Em missiva dirigida ao presidente da Assembleia da República, Ferro Rodrigues, o presidente da LBP, coman-dante Jaime Marta Soares, refere que esta confederação “não poderia, em boa consciência, deixar de fazer che-gar ao conhecimento de Vexa, em nome de todas as suas associadas, a sua profunda consternação e incom-preensão” quanto ao facto.

O comandante Jaime Marta Soares sublinha que “Por-tugal e os portugueses não perceberiam – como efetiva-mente não perceberão – tal indevido lapso, até porque o contributo que os bombeiros, dado o seu inquestionável conhecimento, poderiam prestar em matéria de futuras opções políticas de prevenção, relativamente ao territó-rio em causa, poder-se-ia revelar fundamental para acautelar a repetição de tais verdadeiros desastres hu-manitários”.

A LBP não põe em causa nenhum dos especialistas que integram a comissão mas defendem que, “não será menos verdade que, salvo o devido respeito, resulta manifestamente confrangedor a ausência de qualquer bombeiro português na referida comissão”.

INCÊNDIOS DE PEDRÓGÃO

Confederação lamentaexclusão da comissão técnica

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6 JULHO 2017

Hoje, tal como ontem, conti-nuam a ser apreciadas via-

turas, embora com função radi-calmente distinta.

As transformações próprias da evolução dos tempos deter-minaram, em diferentes perío-dos, a sua retirada de circula-ção, passando a assumir o esta-tuto de velhas glórias do socor-ro.

Por discutíveis vicissitudes, muitas – muitas, mesmo – não resistiram até aos nossos dias, pelo que o parque histórico au-tomóvel dos bombeiros portu-gueses poderia ser mais varia-do e valioso.

A especial sensibilidade de certos responsáveis contribuiu para que, no continente e nas regiões autónomas, tivessem ficado para a posteridade al-guns dos melhores exemplares, sobretudo, pronto-socorros e auto-macas.

Obtidas com elevado sacrifí-cio, pelas entidades detentoras dos Corpos de Bombeiros, re-presentam, também, muita da perseverança colocada por su-cessivas gerações de dirigen-tes, comandos e bombeiros, no exercício das suas funções, re-lativamente à dotação de meios operacionais.

De linhas vistosas e elegan-tes, estamos diante, na sua es-magadora maioria, de viaturas destinadas ao transporte de pessoal e material, pois não dispunham de depósitos de água, motivando por isso, aos bombeiros, aturados esforços no combate aos incêndios de toda a espécie. Aliás, a este respeito e para melhor com-preensão da antiga realidade, recordamos, a título de exem-plo, extraídas do “Elucidário do

Pesquisa/Texto:

Luís Miguel Baptista

O que transportavam as antigas viaturas?

Chama-se “LIS50” e é um site de características históricas que

aborda a grande fase da motorização dos corpos de bombeiros da cidade de Lisboa, verificada entre 1930 e 1979.

Iniciativa privada sem fins lucrati-vos, encontra-se acessível através do domínio www.lis50, contemplando, de forma detalhada, um vasto lote de in-formação relativa a viaturas que esti-veram ao serviço do então Batalhão de Sapadores Bombeiros de Lisboa, Bombeiros Voluntários de Lisboa, Bombeiros Voluntários da Ajuda, Bombeiros Voluntários Lisbonenses, Bombeiros Voluntários de Campo de Ourique, Bombeiros Voluntários da Cruz de Malta, Bombeiros Voluntários do Beato e Olivais e Bombeiros Volun-

tários de Cabo Ruivo. De igual modo é dedicada especial atenção aos histo-riais de cada uma das associações e corpos de bombeiros.

De acordo com a equipa de “LIS50”, “a viabilização da presente iniciativa apenas se tornou possível pela conju-gação de numerosos e generosos con-tributos, quer de cariz institucional (RSB, CBVs, LBP) quer ainda (e cumu-lativamente) oriundos de bombeiros (com e sem farda), historiadores e observadores atentos e interessados relativamente à realidade pretérita a que nos reportamos”.

Estruturalmente bem concebida, trata-se de uma plataforma muito útil e de fácil consulta, também disponível em inglês, pelo que reúne todas as

condições para ser um meio de difu-são planetária dos bombeiros portu-gueses.

Para além de sugestivas imagens fotográficas, o site reserva ainda in-formação suplementar sobre detalhes de equipamentos e fardamentos, bem como as tipologias das viaturas repre-sentadas.

“Por razões de rigor histórico acei-tam-se e agradecem-se todos os con-tributos válidos, institucionais ou indi-viduais, tendentes a complementar ou a aperfeiçoar os elementos factuais e as imagens aqui constantes”, refere a equipa de “LIS50”, no site, motivada em aprofundar uma dinâmica de par-tilha.

LMB

“LIS50”: Uma história sobre meios-auto

olhos de hoje, dispositivos rudi-mentares e até inseguros, a verdade é que serviram sempre os objectivos para que foram destinadas, não havendo me-mória de algum incêndio ou ou-tro tipo sinistro ter ficado por resolver. Mesmo quando o seu acesso era dificultado pelo aci-dentado do terreno, impedindo uma intervenção mais directa, os seus ocupantes nunca se deixaram vencer.

Na maior parte dos casos idealizadas e carroçadas por elementos dos quadros activos, em improvisadas oficinas insta-ladas nos respectivos quartéis, transportavam tudo o que era mais necessário.

Algumas plantas de viaturas em poder do Núcleo de História e Património Museológico da Liga dos Bombeiros Portugue-ses dão bem ideia, com enorme minúcia, dos recursos técnicos de outrora.

Falamos de inestimáveis ele-mentos de estudo e, nalguns casos, de verdadeiras obras de expressão plástica, que justifi-cam ser mostradas e devida-mente apreciadas, razão pela qual reproduzimos duas delas, da autoria do saudoso conser-vador do ex-Museu Júlio Cardo-so, Francisco Rodrigues, dese-nhador técnico da CP.

No segundo capítulo de “O Elucidário do Bombeiro”, intitu-lado “Nomenclatura de mate-rial, utensílios e acessórios”, encontramos uma não menos interessante referência àquilo que devia comportar um “auto de pronto socorro, ou de pri-meiro socorro”, também defini-da como “viatura de rápido an-damento, que transporta o ma-terial, ferramentas e utensílios indispensáveis para um primei-ro ataque a um fogo ou salva-mento de vidas”.

É, pois, elencando um vasto conjunto de peças que termina-mos o presente apontamento, convidando o leitor a fazer uso da sua capacidade de imagina-ção e, como quem observa uma viatura antiga e os seus cofres, a seguir a lógica da seguinte lis-ta de material:

3 Lanços de escadas de mo-las de 3,90m cada um; 2 esca-das de ganchos; 3 agulhetas; 2 alavancas; 1 bandoleira; 2 bal-des de ferro; 2 baldes de lona; 13 lanços de mangueira de 0,50m; 1 maca de lona; 2 sus-pensões para a mesma; 2 varas para a mesma; 1 escafandro; 1 desforradeira; 2 forquilhas mé-dias; 1 lanterna ou lâmpada eléctrica portátil; 1 coto de mangueira; 2 chaves de cruze-ta; 1 dita de mangueiras; 2 es-pias grossas; 2 espias finas; 1 dita de trabalho; 2 estancado-res; 2 enxadas; 2 gadanhos; 1 machado de carro; 1 marreta; 1 picareta; 2 pás; 1 serrote sem cotas; 1 tesoura mecânica; 1 trado; 1 martelo de orelhas; 2 francaletes de gancho; 2 fran-caletes de sela; 2 francaletes de fivela; 1 par de luvas de borra-cha; 2 sacos com areia; 1 ramal com duas saídas; 1 tampão de boca de incêndio; 1 bomba americana (ou moto-bomba), com os respectivos pertences; 1 bomba cisterna (bombinha); 1 garrafa com vinagre (*); 1 caixa com cloreto de cal (**).

(*)(**) – De acordo com a noção técnica vigente em 1926: “Estes produtos são indispensá-veis nas cidades e outras po-voações onde haja colectores de esgôto, para se obter o cloro que permite a entrada ali.”

Artigo escrito de acordo com a antiga ortografia

Site do NHPM da LBP:www.lbpmemoria.wix.com/

nucleomuseologico

Bombeiro”, publicado em 1926, da autoria de Alfredo dos San-tos e de Amadeu César da Sil-va, as seguintes recomenda-ções técnicas, aplicáveis aos incêndios florestais e rurais:

“No combate aos fogos em matas, florestas, pinhais, etc., além da agua, se a houver,

areia, terra e ferramentas apro-priadas, empregam-se ramos verdes e, em especial, molhos de caniços. E se o fogo, pela sua intensidade, resistir a esses meios de ataque, deve procu-rar-se intercepta-lo, derruban-do, na extensão necessária, três ou quatro filas de arvores,

ou mais, retirando-as para lon-ge e limpando a faxa de terre-no, que elas ocupavam, de mato e folhas sêcas. E’ este o ultimo e o mais seguro recurso para deter a marcha das cha-mas.”

Embora muitas das viaturas em apreço configurem, aos

7JULHO 2017

O presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP) lembrou ao minis-

tro da Saúde, Adalberto Cam-pos Fernandes, e ao presidente do INEM, Luis Meira, a necessi-dade de se partir para novas etapas no acordo existente, nomeadamente, modernizar o protocolo relativo às compen-sações pecuniárias dadas às associações e corpos de bom-beiros, já em sede de Orça-mento de Estado para 2018, e reforçar a própria rede de Pos-tos de Emergência Médica (PEM) onde se justifique.

O comandante Jaime Marta Soares falava no quartel dos Bombeiros Voluntários da Go-legã na cerimónia de assinatu-ra de 17 protocolos com asso-ciações e corpos de bombeiros que completa a rede INEM em todos os concelhos do país, lembrando, a propósito que “queremos continuar a fazer e cada vez melhor mas sem ovos não se fazem omeletas”.

Dirigindo-se ao ministro e ao presidente do INEM, o presi-

REDE DE PEM CONCLUÍDA

Presidente da LBP lembranovas etapas a alcançar

dente da LBP congratulou-se com o facto de se terem cum-prido os compromissos assumi-dos para a conclusão da rede PEM, lembrando que foi “uma

situação adiada ao longo de anos” e adiantou que “se conti-nuarmos na senda deste en-tendimento, estou certo que por estes exemplos iremos

também conseguir ultrapassar outras questões, sempre na defesa da qualidade de vida e do bem estar dos portugueses”.

A concluir, o comandante Jai-me Soares congratulou-se com a etapa vencida mas lembrou de novo que “há ainda outras etapas antes que cheguemos ao fim”.

Em resposta, o ministro da Saúde, agradeceu o trabalho desenvolvido pelos bombeiros em estreita parceria com o INEM, reforçou que “temos que nos ajudar” e adiantou que no próximo Orçamento vai permi-tir alcançar novas etapas no re-lacionamento com os bombei-ros, através da LBP.

Na abertura da cerimónia, depois das boas vindas do pre-sidente da Câmara Municipal da Golegã, Rui Medinas Duar-te, o presidente do INEM apon-tou que se estava ali a viver “um dia histórico para o SIEM”, referiu-se ao novo “lay-out”

das ambulâncias PEM dos bombeiros e garantiu que vai ser reforçada a formação pres-tadas nos seus centros regio-nais de modo a garantir que mais bombeiros possam dispor dela.

Na cerimónia realizada na Golgâ foram assinados proto-colos para criação de PEM com as associações de bombeiros voluntários, de Penedono, Arouca, Vila Nova de Paiva, S. Pedro do Sul, Viana do Alente-jo, Golegã, Cuba, Constância, Crato, Marvão, Arronches, Vila Real de Santo António (para servir o concelho de Castro Marim), Mourão, Alvito, Bar-rancos, os Mistos de Castelo de Vide e os Municipais do Sar-doal.

A conclusão de rede de PEM, uma em cada concelho do con-tinente, ocorre quando passam cerca de 4 décadas após a rea-lização dos primeiros protoco-los com associações e corpos

de bombeiros, então promovi-dos pelo Serviço Nacional de Ambulâncias (SNA), anteces-sor do INEM.

Este ano, o INEM prevê ain-da proceder à renovação da frota de ambulâncias atribuí-das aos bombeiros com a substituição de 41, e ter o pla-no total de renovação cumpri-do nos próximos 5 anos.

Aos 17 PEM agora criados somam-se os recém protocola-dos nos Bombeiros do Conce-lho de Espinho, nos de Pedró-gão Grande, Castanheira de Pera e Alcoutim e a substituição das ambulâncias ao serviço dos Bombeiros de Figueiró dos Vi-nhos e Góis.

A cerimónia realizada nos Bombeiros Voluntários de Pe-drógão Grande foi presidida pelo secretário de Estado Ad-junto e d a Saúde, Fernando Araújo, e contou com as pre-senças, do, presidentes, do INEM, Luís Meira, da LBP, co-mandante Jaime Soares, e da Delegação da Cruz Vermelha de Faro, Norberto Martins.

No Algarve, realizou-se tam-bém uma cerimónia, com a presenças dos presidente da LBP e do INEM, para assinalar o reforço sazonal do dispositivo de meios do INEM da região, atribuídos a bombeiros e outros parceiros da proteção civil com mais 7 ambulâncias e 2 motoci-clos. A cerimónia decorreu em Faro, na sede da Comissão de Coordenação e Desenvolvi-mento Regional (CCDR)

Esse reforço de meios impli-ca ambulâncias nos Bombeiros de Albufeira e Portimão, nas delegações da Cruz Vermelha de Portimão, Tavira (Altura), Faro-Loulé (Almancil), Albufei-ra (Ferreiras), Silves (Armação de Pera) e dois motociclos, um do INEM (Portimão) e outro dos Bombeiros de Albufeira.

8 JULHO 2017

O adjunto de comando dos Bombeiros Vo-

luntários de Castro Ver-de, Fernando Nascimen-to, de 43 anos, foi sujeito a uma intervenção cirúr-gica na sequência do despiste do autotanque que conduzia, na locali-dade de Casével, quando se dirigia na companhia de mais três bombeiros para o ataque a um in-cêndio. Todos eles resul-taram feridos no aciden-te.

Fernando do Nasci-mento ficou poli trauma-tizado, nomeadamente nos membros inferiores, foi assistido no local e transferido de helicóptero para o Hospital de S. José, em Lisboa, onde, à hora do fecho desta edi-ção, recuperava da intervenção cirúr-gica.

Os restantes três bombeiros foram também assistidos no local e encami-nhados para o Hospital de Beja. Danie-la Mariano e Luís Matos, entretanto, já receberam alta, permanecendo inter-nado Ricardo Romão, ainda em obser-vação devido a hemorragia interna.

Os bombeiros foram socorridos pe-los colegas de Beja, Ourique, Castro Verde e Almodôvar

No mesmo dia, em Lagoaça, no con-celho de Freixo de Espada à Cinta, um veículo florestal de combate a incên-

dios dos Bombeiros Voluntários de Sendim, com cinco bombeiros a bordo, embateu num tractor, surgido inespe-radamente à sua frente de um cami-nho rural, despistando-se e capotando de seguida.

Os bombeiros feridos foram encami-nhados para os hospitais de Mogadou-ro e Bragança onde se constatou trata-rem-se apenas de ferimentos leves. O próprio condutor do tractor foi também conduzido ao hospital por precaução.

A equipa dos Voluntários de Sendim deslocava-se para pré posicionamento em Torre de Moncorvo.

Este ano teve lugar uma fase Bravo das mais exigentes que há memó-

ria, e a fase “Charlie” está a revelar--se, igualmente, com condições mui-to adversas para todos os bombeiros. Todos os anos, particularmente desde 2013, que se fala em segurança, atuar em segurança, protocolos de segurança e segurança no uso de equipamentos. Este é, também, o lema fundamental para o DECIF 2017.

Realçar que foi feito um elevado esforço para concretizar o mais ele-vado número de formações, sensibili-zações e informações de segurança. Foi recomendado que todos os veícu-los, equipamentos de trabalho, equi-pamentos de proteção individual (EPI), fossem revistos, de forma a manter-se a operacionalidade na fase mais crítica do dispositivo.

Se, por algum motivo, não foi pos-sível realizar tudo ou ainda for neces-sário fazer algo mais, nunca é tarde para abordar este tema. Sabemos que existem vários corpos de bom-beiros, que após terem tido algum acidente, ou incidente grave, reforça-ram as questões da segurança, com a consciência que “não acontece ape-

nas aos outros”, investindo no que está ao seu alcance para alterar o desfecho dos acidentes, prevenindo os mesmos, ou mitigando as suas consequências.

Esperamos que nunca aconteça nos nossos corpos de bombeiros, mas se acontecer, que se tenha realizado tudo para que o desfecho seja o es-perado, e que não passe de um quase acidente.

Mesmo durante o serviço do pró-prio ECIN / ELAC é possível fazer algo. Verificar tudo quando se entra ao serviço, reportar tudo o que não está bem. Treino conjunto com a equipa presente, que muitas vezes tem elementos diferentes de dia para dia. Abordar as situações que podem correr menos bem, ainda que por ve-zes se pense que o melhor é nem fa-lar nos possíveis acidentes ou erros pois “podem trazer azar”. Testar os limites dos veículos, saber o que po-dem ou não fazer, testar os limites dos equipamentos e porque não os limites dos EPI. Treinar todos os pro-cedimentos, a retirada, o que fazer em caso de ficar cercado pelo incên-dio, de não ter visibilidade, de não conhecer o terreno e toda uma panó-

plia de situações que todos conhecem ou, pelo menos, deveriam conhecer.

Quem está no terreno tem de ter a noção do perigo, tem de ser os olhos do Comandante das Operações de Socorro para as situações que envol-vem perigo.

Todos somos responsáveis pela nossa própria segurança!

Conhecer os limites do pessoal, a sua forma física, aquilo que conse-

guem ou não fazer, a sua experiência. Ter atenção redobrada com os novos bombeiros, pois alguns pensam que conseguem tudo e basta alguns se-gundos e já estão em trabalho no meio do mato, exatamente naquele sítio onde não se queria ninguém!

Os mais graduados devem ter em atenção o estado anímico do seu pes-soal, todos temos noção das imagens de bombeiros que caíram de exaus-tão e do impacto que isto pode causar no resto da equipa.

Porque não usar algum do tempo disponível do ecin para a

preparação física?

Existem tantas outras situações de segurança merecedoras de serem mencionadas. Todos temos exemplos nos nossos corpos de bombeiros, em que no final de um incêndio florestal se verifica que a segurança foi descu-rada.

Só em cenários muito excecionais se justifica, numa operação de socor-ro, colocar em risco a própria vida. Bens materiais ou ambientais não justificam a vida ou o ferimento de um bombeiro, com todas as conse-quências que daí possam advir, para o próprio e para os seus familiares.

Vamos integrar o DECIF, com segurança, em segurança e pela

segurança de todos!

Para mais informações ou esclare-cimentos, contacte a Divisão de Se-gurança, Saúde e Estatuto Social da Direção Nacional de Bombeiros (ANPC), através do telefone 214 247 100 ou do endereço eletrónico [email protected].

Vamos integrar o DECIF, em segurança!

ALERTA VERMELHO PARA A SEGURANÇAAUTORIDADE NACIONAL DE PROTECÇÃO CIVIL

Os quatro bombeiros voluntários de Castanheira de Pera feridos

nos incêndios ocorridos na zona cen-tro do país em junho mantêm-se em recuperação das graves sequelas so-fridas.

De todos eles, o chefe Fernando Tomé, internado na unidade de quei-mados do Hospital de Santa Maria, em Lisboa, é o que inspira mais cuidados bem como o bombeiro Rui Rosinha. O estado de saúde do filho do che-fe, Fernando Tomé, internado no mesmo estabelecimento hospitalar de Lisboa, tem estado a evoluir favoravelmen-te, encontrando-se já consciente e na enfermaria.

A bombeira Filipa Alexandre, que se encontra interna-da nos Hospitais da Universidade de Coimbra, entretan-to, poderá vir a ser transferida a qualquer momento para outra unidade para convalescer.

Rui Rosinha, que se encontra in-ternado no Hospital da Prelada, no Porto, foi entretanto transferido por dias para o Hospital de S. João, na mesma cidade, para realizar um tra-tamento especial e retornou ao pri-meiro estabelecimento.

A todos eles queremos endereçar um forte abraço e o desejo de rápida

recuperação. O seu esforço, bem patente na vontade que demonstraram de prestar socorro em circunstâncias extremas, foi bem demonstrativo da sua abnegação e convicção em defesa do próximo.

A tenacidade e vontade de recuperar da adversidade de que foram vítimas tem sido, aliás, testemunhado pe-las equipas de médicos, enfermeiros e auxiliares que os têm assistido, e que também têm sido inexcedíveis nos cuidados prestados.

CASTANHEIRA DE PERA

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10 JULHO 2017

Impecavelmente fardado An-tónio Lopes chega ao quartel com o espírito de quem vai

cumprir mais uma missão. Há mais de 30 anos que deixou o ativo, mas isso não o afastou das coisas do quartel dos Bom-beiros da Lousã onde serviu du-rante mais de meio século. Re-centemente, por ocasião do 103.ª aniversário do corpo de bombeiros, em jeito de tributo, foi presentado com o velhinho capacete de latão que décadas a fio usou no combate aos in-cêndios. Surpreso mas feliz, António, na ocasião, não escon-deu a emoção do momento que o tocou e lhe reavivou tantas e tantas recordações da sua vida de bombeiro.

Bem-disposto, com um senti-do humor desconcertante, o bombeiro de 1.ª do quadro de honra abre o álbum de memó-rias para, durante longos minu-tos, se perder em relatos avul-sos intersetados por uma gar-galhada e um e outro aparte cúmplice de três outros expe-rientes bombeiros que se junta-ram à conversa, entre o quais o seu filho, João Lopes, que du-rante seis foi comandante deste contingente, no qual ingressou no início da década de 70 do sé-culo passado. Aliás todos os elementos deste animado gru-po, que incluía o chefe José Martins, ainda no ativo e o co-mandante do quadro de honra Ulisses Martins ostentam com natural vaidade o crachá de ouro da Liga dos Bombeiros Portugueses, que atesta não só longevidade mas, também, os

bons serviços prestados ao con-celho e a Portugal.

António Lopes impõem-se, naturalmente, como o centro de todas as atenções, à vontade e rodeado da sua gente, começa por contar que ingressou nos bombeiros, por influência dos amigos, aos 22 anos, como vo-luntário e por lá ficou 54. Profis-sionalmente, passou pela fábri-ca do Licor Beirão, foi serralhei-ro, cantoneiro, assumiu cargos de chefia na Câmara Municipal e passou pela fiscalização de obras, funções que nada lhe agradaram, até porque não ra-ras vezes viu-se forçado a “au-tuar amigos” e até a irmã.

No corpo de bombeiros era conhecido como “Michèle Mou-ton”, epíteto que ganhou com “proezas” ao volante. Noutros tempos em que era bem mais difícil vencer distâncias e os veículos não permitiam gran-des velocidades, valia a ousa-dia deste “acelera do socorro” que percorria em “14 minutos” os cerca de 30 quilómetros que separam a Lousã dos hospitais da Universidade de Coimbra, muitas vezes seguido de perto pela polícia. A velhinha ambu-lância Volvo nunca deixou o condutor ficar mal, nem mes-mo naquele dia em que entrou no quartel com apenas duas ro-das. De sorriso fácil e alegria estampada no rosto vai des-fiando o rosário de memórias, relatando as muitas aventuras num tempo em que os bombei-ros desafiavam todos os peri-gos “com o corpo e pouco mais”.

Fala com orgulho das vidas que conseguiu salvar, mas de-tém-se nas peripécias da vida de bombeiro. Diz-nos que “um dia” foi buscar um homem com uma perna partida ao hospital “para passar o Natal em casa”, já a chegar a Lousã teve um acidente que obrigou a devolver o doente à precedência, mas com os dois membros fratura-dos.

Passava o todo o tempo que podia nos bombeiros e, apesar da autarquia pagar aos voluntá-rios “alguma coisita pelos servi-ços”, faz questão de garantir que não o moviam “os tostões”, mas sim a paixão pela causa.

O seu filho João reconhece que se tornou bombeiro por in-fluência do pai. João Lopes ofe-receu-se, como voluntário, num grande incêndio na Lousã em 1970 e só em 2010 deixou o ativo forçado por um problema de saúde. Fez a carreira como voluntário na Lousã, foi coman-dante dos Voluntários de Ser-pins e Pampilhosa da Serra e também dos Municipais da Lou-sã.

“Já viram? Trouxe-o para os bombeiros e depois passou-me à frente e até me pôs a andar daqui”, brinca António Lopes, destacando que foi com o filho como comandante que ingres-sou no quadro de honra, mas também é pelo filho e pelos ne-tos e os muitos amigos que tem

neste seio que continua sempre pronto para ajudar, “no que ain-da for possível”.

“Só não saio para incêndio porque não sei onde o meu filho me guarda as botas”, diz sorrin-do, muito embora garanta que, ainda hoje, prestes a completar 92 anos “quando toca a fogo” ainda sente aquele frenesim de bombeiro.

“Eu sempre vi no meu pai um grande homem e um grande bombeiro”, afirma João Lopes.

Quem esteve em vários tea-tros de operações com o “Ti António” não esquece nem o bombeiro bravo que nada te-mia e muito ensinou aos mais novos, nem tão pouco o ho-mem bem-disposto e sempre pronto para uma ou outra par-tida, quem o afirma é José Mar-tins esboçando um sorriso de gratidão pelos grandes mo-mentos partilhados com o de-cano.

O chefe Martins abraçou a causa com 17 anos, “noutro tempo” quando os meios eram escassos. Considera que “tra-balhar hoje é mais fácil”, mas revela-se saudosista de méto-dos e de algumas estratégias de comando que permitiram valorizar e tirar partido de quem realmente conhece o ter-reno: os bombeiros.

O grupo acaba por se deter numa análise crítica ao setor e durante longos minutos assina-lam as falhas do “sistema”, er-ros de atuação e até injustiça no tratamento dos bombeiros.

“Esta desgraça que Pais está a viver surge como um “déjà vu”, denuncia Ulisses Martins para do alto de 35 anos de bombeiro, 22 dos quais na es-trutura de comando indagar:

“Como é possível isto acon-tecer? Não há forma de mudar isto? Há quantos anos anda-mos a ver este filme?” para de-

pois defender que “se a pre-venção e ordenamento florestal tivessem avançado tanto como o combate” Portugal estaria a salvo de tragédias como a que recentemente assolou Pedró-gão e os concelhos limítrofes.

Recorda um e outro episódio de uma carreira longa, mas não se prende ao passado, até por-que a evolução foi positiva nos quartéis garantiu preparação aos operacionais e a moderni-zação dos meios, dando com exemplo os níveis de qualidade atingidos ao nível da emergên-cia pré-hospitalar.

Durante longos minutos to-dos se deixam levar pelas preo-cupações do hoje, muito embo-ra apenas José Martins esteja no ativo, provando que existem elos que nunca se quebram, até porque, como defende o comandante Ulisses “Bombeiro uma vez, bombeiro toda a vida”.

LOUSÃ

“Bombeiro uma vez, bombeiro toda a vida”António Lopes, João Lopes, José Martins e

Ulisses Martins são o exemplo da dedicação à causa a que se entregam há décadas,

sobre a qual falam ao Jornal Bombeiros de Portugal com natural paixão. António

Lopes, o decano deste grupo, é figura muito respeitada e acarinhado que, aos (quase)

92 anos, ainda faz questão de acompanhar de perto o dia-a-dia dos Municipais da

Lousã servindo de inspiração e de exemplo às mulheres e homens que servem neste

corpo de bombeiros.

Texto: Sofia Ribeiro

Fotos: Marques Valentim

11JULHO 2017

A Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP)

enviou e ao Presidente da República, aos grupos

parlamentares, ao Governo, à comissão

independente criada para estudar o incêndio de Pedrógão Grande e à

Universidade de Coimbra (ADAI) uma bateria de

perguntas para as quais quer respostas a

propósito do sucedido. “Ajudem-nos a entender porquê” é o título desse

conjunto de questões que a considera

fundamental formular para que se possam tirar

conclusões rigorosas sobre o ocorrido em

Pedrógão Grande.

Reproduzem-se, na íntegra, as perguntas formuladas pela LBP para as quais se exigem respos-

tas “urgentes, claras, concretas e ob-jetivas”.

1. Gabinete de Crise, de Con-tactos e Informações

a) Foi instalado algum gabinete?b) Se não foi instalado, qual a ra-

zão?c) Foi definido algum modelo de co-

municação?d) Quem era o responsável pela or-

ganização do gabinete e “controlo” dos Órgãos de Comunicação Social?

e) Se instalado, teria havido tanta anarquia e desorganização?

2. Como e quem fez a recepção às individualidades presentes?

a) Presidente da República, Mem-bros do Governo, Autoridades Militares e Civis, Presidentes de Câmara/Juntas de Freguesia, outros?

b) Que tipo de informações foram solicitadas? Que respostas?

c) A visita destas individualidades consta na fita do tempo?

3. Posto de Comando a) Por quem foi instalado?b) Quem assumiu o COS?c) Quem fez a avaliação inicial do in-

cêndio?d) Qual foi a estratégia inicial deli-

neada?e) Que razões levaram à instalação

do Posto de Comando em Pedrógão Grande?

f) Porque foi transferido o Posto de Comando para Avelar?

g) Que razões objetivas e operacio-nais o exigiam ou justificavam?

h) Qual a razão da requisição de quadros de comando de regiões tão distantes do TO?

i) Estavam esgotados todos os meios de comando das proximidades?

4. Acionamento do Meios de Socorro

a) Por quem foram acionados?b) Hora de chamada – Tempo de saí-

da?c) Foram ativados meios aéreos de

coordenação? Houve um revis inicial?

d) Manteve-se permanentemente no ar um hélio de coordenação?

e) Quantos meios aéreos estiveram empenhados nas primeiras horas do incêndio?

f) Máquinas de rasto, foram aciona-das? Se foram? A que hora começaram a operar?

5. Resposta do CDOS a) Que contactos? Que informações?

Que soluções?b) Hora de chegada ao posto de co-

mando do primeiro elemento da sua estrutura operacional?

c) A partir daí foi o comando consti-tuído e assumido por quem?

d) Após instalação que alterações foram operadas? Houve alterações sig-nificativas?

e) O incêndio ao momento estava sobre controlo? Na passagem de teste-munho foi feito algum ponto de situa-ção?

6. Resposta da ANPC/CNOS a) O Presidente da ANPC esteve pre-

sente? Hora de chegada ao TO?b) O CONAC esteve no TO? Hora de

chegada ao TO?c) Que tipos de contactos foram es-

tabelecidos?d) A que hora, de que forma e de

que modo?e) Se estiveram presentes, que alte-

rações foram operadas?f) Se não estiveram presentes, qual

a razão?7. Assumiu a ANPC/CNOS o Co-

mando? a) Quem assumiu o comando? A que

horas?b) Que veículos foram utilizados

para a instalação do posto de coman-do, CETAC ou VPCC?

c) A que horas chegou a viatura de comando da ANPC?

d) A que horas assumiu o segundo CONAC o comando?

e) Perante o cenário que encontrou, que decisões ou estratégias imediatas foram implementadas?

8. Porque demorou tanto tempo a definição de setores?

a) Quem definiu os setores e quais os critérios?

b) Porque estiveram os Grupos de Reforço tanto tempo parados sem que lhes fossem dadas orientações de ac-tuação?

c) Estando povoações em perigo, porque não foram dadas indicações para avançar de imediato na defesa dessas povoações?

d) Porque razão é que a decisão e respetiva comunicação foram tão len-tas e demoradas?

e) A quem atribuir responsabilida-des, se existiram?

9. Evacuações? a) A que horas se iniciaram?b) Quando foi acionada a abertura

dos Centros de Saúde?c) Como foi feito esse acionamento?

E através de quem?d) Quanto tempo demorou a sua en-

trada em funcionamento?e) Se porventura o acionamento foi

tardio, que consequências?f) Porque razão é que o Bombeiro

(ferido grave) só chegou cerca de 9 horas depois ao hospital?

g) Estiveram retidas ambulâncias nos centros de saúde? Se estiveram, qual a razão? Consequências?

10. Planos Municipais de Emer-gência:

a) Pedrógão Grande, Castanheira de

Pêra e Figueiró dos Vinhos, tinham pla-nos? Foram acionados?

b) Que dia, a que horas? Ou não fo-ram acionados?

c) Se foram acionados, responde-ram cabalmente?

d) Se não foram, houve consequên-cias objetivas?

e) Os responsáveis autárquicos fo-ram atempadamente informados da gravidade da situação?

11. Existem nestes Municípios POM – Planos Operacionais Muni-cipais e respectivos GTF’s – Gabi-netes Técnicos Florestais

a) Cumprem a Lei, estão atualiza-dos?

b) Foram realizadas periodicamente reuniões de parceiros? Há propostas de emergência específicas para as zo-nas mais criticas?

c) Existem Kits de combate a incên-dios nas povoações?

d) Existem Balsas de Água (tan-ques) para apoio ao combate?

e) Foram feitos testes ou exercícios com as populações?

f) Foram divulgadas informações às populações de como proceder em caso de incêndio?

g) Se porventura não existiam essas infraestruturas, que consequências daí resultaram?

12. A que horas do dia 17-06-2017 chegaram as Forças de Segu-rança?

a) Polícia Judiciária;b) GNR;c) Polícia de Segurança Pública;d) Polícia do Exército, Marinha e For-

ça Aérea;e) Cumpriram todos cabalmente as

suas funções?13. Que forças estiveram no TO

das 14h43 de 17/06/2017 até às 20h00 do dia 18/06/2017? Quan-tos operacionais? Quantos equipa-mentos? Quantas viaturas?

a) Bombeiros Voluntários;b) Bombeiros Sapadores – Outros

Profissionais Bombeirosc) Força Especial de Bombeiros

(FEB)?d) GIPS;e) Militares (rescaldo)f) Equipas Sapadores Florestais.g) INEMh) Cruz Vermelha Portuguesa14. Forças Armadas a) Quantos oficiais dos vários ra-

mos?b) Quantos generais e almirantes?c) Quantos subalternos?d) Que equipamentos por arma?e)Total de efetivos presentes, de to-

dos os ramos?f) Qual o papel dos oficiais Generais

e Subalternos no teatro de operações?15. A que horas do dia 17-06-

2017 claudicou o SIRESP? a) A que horas foram solicitadas an-

tenas móveis?b) A quem foram solicitadas?c) A que horas chegaram ao TO?d) E que dia e hora foi restabelecido

o sistema?e) Que influência pode ter tido a fal-

ta de comunicações (SIRESP) nas mortes ocorridas na via 236-1?

f) Quem são os responsáveis pelas antenas móveis e sua manutenção?

16. INEM a) A que horas foi acionado?b) A que horas chegou ao teatro de

operações?c) Quantas viaturas, quantos opera-

cionais? Médicos, Enfermeiros e ou-tros?

d) Quando foi desmobilizado?e) Que funções específicas exerce-

ram?f) Participaram na identificação e re-

colha dos cadáveres?17. Polícia Judiciária a) Que dia e a que hora chegaram

ao TO?b) A que hora foi declarada as cau-

sas do incêndio?c) Quantas horas estiveram empe-

nhados na investigação?d) Há quanto tempo decorriam in-

vestigações por suspeitas de fogo pos-to na zona do incêndio?

e) Concretamente, quais são as pos-síveis causas do incêndio? Natural, Cri-minosa, Outra?

f) Estiveram presentes Inspetores da Polícia Judiciária Cientifica?

g) Qual foi a sua principal função?h) Foi a entidade responsável pela

identificação e recolha dos cadáveres?18. IPMAa) Face aos avisos emitidos quais as

medidas operacionais de antecipação foram tomadas? Quando e por quem?

b) A que dia e hora foi colocada no seu site o 1.º relatório meteorológico referente às descargas eléctricas no local do início do incêndio?

c) A que horas foi retirado este rela-tório do site? Porque razão?

d) Estão em condições de assumir ou não que o incêndio teve origem em causas naturais?

e) Foram permanentemente emiti-das informações sobre as alterações climatéricas?

19. Perante uma tão grande área de floresta contínua, sem li-nhas de corta-fogo, sem balsas de água, sem mosaico florestal, per-gunta-se:

a) Que planos/projetos foram apro-vados para aquele perímetro e porque entidades?

b) Houve fiscalização por parte das autoridades do setor?

c) O que tem sido feito naquela re-gião em termos de ordenamento flo-restal?

d) Existem Associações do setor? Há ZiF’s constituídas?

20. Postos de Vigia / Deteção a) Quantos estavam a funcionar dia

17, na zona do incêndio de Pedrogão Grande e conselhos limítrofes?

b) Desde que horas?c) Qual a sua localização?d) Horário de funcionamento?e)Tem horário de encerramento?f) Tem Operadores com formação

adequada?g) Informaram os Bombeiros do iní-

cio do incêndio?h) Quem é a entidade responsável

por estas estruturas?21. As bermas das estradas e

caminhos da responsabilidade das concessionárias e das Câmaras Municipais, respeitavam as distân-cias de contenção?

a) Estão salvaguardadas as distân-cias de Lei?

b) Junto às vilas, aldeias e habita-ções isoladas?

c) Junto aos parques industriais, co-merciais e outros?

d) Não estando presumivelmente a Lei a ser cumprida, quem são os res-ponsáveis?

e) A estrada nacional 236-1 cumpria

as normas legais de limpeza das ber-mas?

22. Queda do Meio Aéreo Cana-dair

a) Quem informou da queda da ae-ronave?

b) Quem era o responsável pelo controle das aeronaves e respetivas comunicações?

c) Quem difundiu a notícia? Qual a sua origem?

d) Qual é a responsabilidade da ANPC na área da Comunicação e Infor-mação global?

23. O porquê da alteração es-trutural das zonas envolventes aos postos de comando, Pedrogão Grande e Avelar, operados na pas-sagem de testemunho do comando das operações?

a) O que estava instalado pelo 2.º CONAC não respondia às exigências de um bom funcionamento?

b) Se não estava de acordo com as regras de bom funcionamento porque não foi feita a instalação adequada às necessidades, desde o início?

c) Quais as razões técnicas/opera-cionais que motivaram estas altera-ções?

d)Quem foi o responsável pelas alte-rações e o porquê?

e)Estava tudo mal? Passou a ficar tudo bem? Existe relatório circunstan-ciado?

24. Acidente com viatura de Bombeiros

a) Em que situação ocorreu o abal-roamento da viatura dos Bombeiros de Castanheira de Pêra?

b) Existem elementos concretos que permitam uma avaliação fidedigna.

c) Está expurgada a hipótese de, e logo que possível (e se possível), ouvir os Bombeiros envolvidos no acidente.

d) Já foi feita alguma avaliação téc-nica?

25. Quando se iniciou a desmo-bilização de meios?

a) Já estavam concluídas todas as missões ou necessidades urgentes e emergentes?

b) Cruz Vermelha Portuguesa;c) INEM;d) Forças Armadas;e) GNR;f) Outras.26. Vítimas do Incêndio a) Quantos mortos por intervenção

direta?b) Quantos mortos por intervenção

indireta?c) Quantos feridos?d) Quantos desaparecidos?e) Identificação e residência de to-

das as vítimas. (sexo, idade e profis-são)

f) Avaliação da motivação do aban-dono de local seguro pelo incerto e in-seguro?

g) Tinham seguros de vida ou de acidentes pessoais?

27. O que pode concluir-se des-tas interrogações?

a) Falência do Sistema de Proteção Civil?

b) Ausência de coordenação?c) Incompetência de Comando?d) Falta de organização da floresta?

Planeamento, ordenamento?e) Falta de políticas concretas para o

setor florestal e agrícola?f)I Irresponsabilidade coletiva.g) Falência do Estado.

INCÊNDIO DE PEDRÓGÃO GRANDE

Muitas perguntas que exigem resposta

12 JULHO 2017

A inauguração do quartel da Sec-ção Destacada de Corroios dos Bombeiros Mistos do Concelho

do Seixal e o lançamento da primeira pedra da Secção Destacada de Fernão Ferro do mesmo corpo de bombeiros e do quartel dos Bombeiros Mistos de Amora marcaram as comemorações do Dia Municipal do Bombeiro no Seixal.

As cerimónias foram presididas pelo presidente da Câmara Municipal de Seixal, Joaquim Santos, e contaram com a presença do presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses, coman-dante Jaime Marta Soares, que enalte-ceu o trabalho desenvolvido pela au-tarquia com as duas associações do concelho, nomeadamente os apoios regulares que lhes faculta, quer para infraestruturas, quer para o funciona-mento e resposta às necessidades das populações.

Este dia foi instituído pela câmara municipal há vários anos em parceria com as duas associações de bombeiros do concelho, como forma de homena-gear e reconhecer o trabalho humani-tário realizado pelas corporações de bombeiros do concelho.

No âmbito do atual quadro de fun-dos comunitários, a Câmara Municipal do Seixal, em conjunto com as asso-ciações humanitárias do concelho, de-

senvolveu candidaturas a financia-mento para a construção do quartel da Associação Humanitária de Bombeiros Mistos de Amora e a construção da Secção Destacada de Fernão Ferro da Associação Humanitária de Bombeiros Mistos do Concelho do Seixal, com o objetivo de reforçar da operacionali-dade da rede de infraestruturas de proteção civil, sendo que, em abril e janeiro deste ano, respetivamente, fo-ram ambas as candidaturas aprovadas pelo POSEUR – Programa Operacional Sustentabilidade e Eficiência no Uso de Recursos.

A este propósito, Joaquim Santos, presidente da Câmara Municipal do Seixal referiu que “é com muito orgu-lho que neste dia damos mais um pas-so fundamental para a qualidade do serviço prestado pelo corpo de bom-beiros do concelho e consequentemen-te para a segurança dos mais de 160 mil habitantes do município, que a par-tir de hoje contam com mais um quar-tel dos bombeiros em Corroios e se dá também um primeiro passo para a construção de mais duas infraestrutu-ras, uma em Fernão Ferro e outra em Amora”.

A ausência de apoios materiais e fi-nanceiros para com as associações humanitárias, é parcialmente colma-

tada pela Câmara Municipal do Seixal, como é exemplo a aprovação de um pedido de apoio financeiro extraordi-nário para a Associação Humanitária de Bombeiros Mistos de Amora, no montante de 35 mil euros, referente à comparticipação para a aquisição de uma viatura no passado mês de feve-reiro. Desta forma, a autarquia exige a revisão dos pareceres prévios nega-tivos da Autoridade Nacional de Prote-ção Civil referentes à aquisição de via-turas de combate a incêndios flores-tais por parte das associações huma-nitárias do concelho, uma atitude contraditória com as atuais necessida-des e com a situação operacional dos corpos de bombeiros.

No concelho, como noutros pontos do país, os bombeiros sobrevivem gra-ças ao apoio do Poder Local, totalizan-do um valor nacional que ronda os 35 milhões de euros. Anualmente, a Câ-mara Municipal do Seixal presta um apoio financeiro que ascende a cerca de 1 milhão de euros, com uma com-participação mensal que faz face a cer-ca de 35 por cento do total de despe-sas, enquanto que o Programa Perma-nente de Cooperação, da responsabili-dade do Governo, responde a apenas 10 por cento.

A construção do Quartel da Associa-

ção Humanitária de Bombeiros Mistos de Amora é uma das prioridades a nível nacional, cuja necessidade era mais evidente, uma vez que as instalações atuais, para além de estarem comple-tamente desadequadas, inclusive em péssimas condições estruturais. Para além da cedência do terreno, do apoio financeiro e técnico da candidatura, a Câmara Municipal do Seixal irá assegu-rar o montante de 370 mil euros refe-rente à contrapartida nacional, de uma obra que assume um custo total de in-vestimento de 982 mil euros.

A Secção Destacada de Fernão Ferro, da Associação Humanitária de Bombei-ros Mistos do Concelho do Seixal, irá localizar-se na Flor da Mata, num terre-no situado numa área de excelentes acessos, nas imediações do terreno previsto para a construção do hospital no Seixal, confinando diretamente com o acesso pela EN 378 e com o nó de acesso à A33, vias estruturantes do concelho e que asseguram a acessibili-dade de e para este equipamento de apoio primário à população. ação e fa-cilidade de ação direta. Este projeto irá ainda permitir a deslocação da atual 2.ª Secção homologada em Foros de Amora, freguesia de Amora, para esta nova localização, por forma a instalá-la em área de atuação própria.

Para além da cedência do terreno, do apoio financeiro e técnico da candida-tura, a Câmara Municipal do Seixal irá assegurar o montante de 85 mil euros, referente à contrapartida nacional, de uma obra que assume um custo total de investimento de 428 mil euros.

Em paralelo, e por administração di-reta, a Câmara Municipal do Seixal e a Associação Humanitária de Bombeiros Mistos do Concelho do Seixal promove-ram a construção da nova Secção Des-tacada de Corroios. Apesar da intensa atividade que assegura e da sua inte-gração no sistema integrado de opera-ções de proteção e socorro, a Secção Destacada de Corroios não foi conside-rada elegível em termos de apoio co-munitário

A referida secção, anteriormente se-deada em Miratejo, encontrava-se de-gradada e sem oferecer as condições operacionais necessárias à prestação de socorro a perto de 50 mil habitan-tes, dispersos por uma área de 18 km2.

A Câmara Municipal do Seixal cedeu uma fração de um imóvel localizado em Santa Marta do Pinhal para este fim e, para além da cedência do imó-vel, assegurou o correspondente apoio financeiro, para as obras de instalação do quartel, no montante de 250 mil euros.

SEIXAL

Inaugurado um e lançados mais dois quartéis

A simbólica colocação da pri-meira pedra do novo quartel

dos Voluntários de Condeixa-a--Nova constituiu o momento alto das comemorações do dia do município que este concelho do distrito de Coimbra assinala a 24 de julho.

O sonho é antigo, mas estará para a breve a sua concretiza-ção, conforme garante o presi-dente da Associação Humanitá-ria dos Bombeiros Voluntários de Condeixa, Gustavo Santos, dando conta que a empreitada “deverá arrancar ainda este ano”.

O futuro complexo operacio-nal, a erigir na Rua Monsenhor Manuel Paulo em terrenos ad-quiridos pela associação, traduz um investimento na ordem dos 2,6 milhões de euros.

Neste âmbito e no reforço de uma antiga parceria com os bombeiros a Câmara Municipal de Condeixa, em protocolo, as-sume o pagamento mensal de uma verba de 20 mil euros du-rante um período de 10 anos, colaborando assim neste esforço

de crescimento que velho quar-tel do centro da vila, com mais de quatro décadas, não permi-tia.

Na cerimónia de deposição da primeira pedra da futura casa dos Voluntários de Condeixa o presidente da câmara municipal,

Nuno Moita, considerou que este equipamento “é essencial para que haja maior eficácia e mais voluntários nos bombeiros”.

“Com este gesto e este apoio pretendemos homenagear as mulheres e os homens que de forma voluntária lutam contra

um dos nossos maiores inimi-gos, os fogos florestais”, afir-mou, na ocasião, o autarca.

Direção e comando não es-condem satisfação e emoção por “este grande passo” só possível com trabalho, esforço e empe-nho, mas também com o apoio

da autarquia, dos associados e dos condeixenses, bem como dos bombeiros, das mulheres e homens que “fazem com que esta obra faça sentido, com a sua entrega no dia-a-dia, sem-pre em prol do bem-estar de to-dos”.

CONDEIXA-A-NOVA

Primeira pedra anuncia concretização de sonho antigo

13JULHO 2017

O secretário de Estado da Ad-ministração Interna, Jorge

Gomes, anunciou que está pre-vista a criação de 20 equipas de intervenção permanente (EIP) em 2018, adiantou que este ano foram criadas 16 e subli-nhou ser prioridade do Governo

privilegiar essa instalação, em primeiro lugar, em todos os concelhos do interior. Lembrou igualmente que é critério para a instalação da EIP que nenhum concelho possa dispor de duas enquanto os restantes não dis-puserem de uma.

A Liga dos Bombeiros Portu-gueses (LBP) tem vindo a exigir ao longo dos anos a criação de mais EIP, do que as 166 exis-tentes, lembrando que trata-se de uma ferramenta fundamen-tal para a resposta dos bombei-ros. Lembra ainda que não dei-

EIP

Anunciadas mais vinte em 2018

A Câmara Municipal de Espo-sende aprovou, por unani-

midade, em reunião do executi-vo, a concessão de apoios fi-nanceiros de 35 mil euros, às corporações de bombeiros do concelho, à Associação Huma-nitária de Bombeiros Voluntá-rios de Esposende e à Benemé-rita Associação dos Bombeiros Voluntários de Fão.

A proposta, apresentada pelo vereador da Proteção Civil, Ma-ranhão Peixoto, baseou-se “na conjuntura económico-financei-ra que o país atravessa e para que não haja limitações ao ex-celente desempenho das duas corporações de bombeiros e na continuidade das políticas de apoio institucional desenvolvi-das pelo Município de Esposen-de, serão atribuídos montantes de 17.500 euros a cada uma das corporações”.

Lembre-se que a autarquia mantém um apoio permanente às duas corporações, na com-pra de viaturas, ajuda na elabo-ração de candidaturas a fundos, ajuda em eventos e no subsídio anual, já por este executivo aumen-tado (o apoio passou de 14 000 para 17 500 euros em 2014).

ESPOSENDE

Autarquia reforçafinanciamento

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa,

promulgou recentemente um diploma governamental, aguardando-se a sua publica-ção, que pretende simplificar os procedimentos de devolu-ção do Imposto de Valor Acrescentado (IVA) às asso-

ciações humanitárias de bombeiros voluntários, às Forças Armadas, forças e ser-viços de segurança e institui-ções particulares de solidarie-dade social (IPSS).

Trata-se da implementação de um sistema eletrónico de restituição do IVA que permi-

tirá tornar mais célere o pro-cessamento dos pedidos e o consequente pagamento aos beneficiários, aproveitando a informação eletrónica de fa-turação já recebida pela Au-toridade Tributária e Aduanei-ra e reduzindo os custos ad-ministrativos do processo.

IVA

Agilizado processode restituição

xará de chamar a atenção en-quanto todos os concelhos não dispuserem de pelo menos uma EIP, ou até mais, consoante as necessidades operacionais lo-cais.

A Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Vila Verde vai dispor em breve de uma equipa de intervenção per-manente (EIP). O protocolo para o efeito foi assinado em 18 de julho último no Ministério da Administração Interna em ceri-mónia que contou com as pre-senças, do secretário de Estado da Administração Interna, Jor-ge Gomes, do presidente da Liga dos Bombeiros Portugue-ses, comandante Jaime Marta Soares, e do presidente da Fe-deração de Bombeiros do Dis-trito da Guarda, Fernando Vila-ça.

O protocolo foi assinado pelo presidente da Autoridade Na-cional de Proteção Civil, coronel Joaquim Leitão, pelo presidente da Câmara Municipal de Vila Verde, António Vilela, e pelo presidente da direção dos Bom-beiros de Vila Verde, Carlos Braga, bem como elementos de todos os órgãos sociais da insti-tuição. Esta foi a 15.ª EIP criada no ano em curso.

A 16.ª EIP foi criada dias de-pois, no concelho do Barreiro, nas presenças, do secretário de Estado e do presidente da LBP. Aqui, de facto, foram criadas duas equipas, uma no regime previsto para a EIP, ou seja, com o contributo da ANPC e da Autarquia, e a outra suportada integralmente pela Câmara Mu-nicipal do Barreiro.

A EIP fica instalada na Asso-

ciação Humanitária dos Bom-beiros Voluntários de Sul e Sueste e a EIPIM (equipa de in-tervenção permanente de ini-ciativa municipal) ficará na As-sociação Humanitária dos Bom-beiros Voluntários do Barreiro – Corpo de Salvação Pública. A cerimónia de assinatura dos dois protocolos teve lugar na sala das sessões da Câmara Municipal do Barreiro.

O primeiro protocolo foi subscrito pelo presidente da ANPC, o presidente da Câmara, Carlos Humberto de Carvalho, e o presidente da direção da As-sociação de Sul e Sueste, Eduardo Correia. O segundo foi subscrito apenas pelo presiden-te da Câmara e pelo presidente da direção do Corpo de Salva-ção Pública, José António Cae-tano.

14 JULHO 2017

Os Bombeiros Voluntários do Estoril inauguraram recente-

mente uma ambulância de so-corro (ABSC) adquirida com o apoio da União de Freguesias de Cascais e Estoril. Trata-se de um apoio fundamental para que a Associação possa reforçar a ca-pacidade de resposta ao socorro pré-hospitalar na sua zona de intervenção, conforme referiam na cerimónia, o presidente da direção, Vitor Santos, e o co-mandante Miguel Serrão.

A inauguração contou com a presença do presidente da União de Freguesias, Pedro Morais, e com os restantes elementos do

executivo, bem como de outros dirigentes da As-sociação e das congéneres do concelho de Cascais.

ESTORIL

Associação recebeapoio da junta de freguesia

O Intermarché de Vila Real de Santo António ofereceu

uma ambulância de transporte de doentes aos Bombeiros Vo-luntários locais, ajudando as-sim aquela Associação a refor-çar o apoio à comunidade.

Carlos Gomes, proprietário da loja do Intermarché de Vila Real de Santo António, justifi-cou o gesto com “o importante papel dos bombeiros no apoio dado às populações”, conside-rando “fundamental” que te-nham os meios e equipamen-tos necessários, para prestar auxílio às comunidades.

Recorde-se, o Grupo Os Mos-queteiros, detentor das insíg-nias Intermarché, Bricomarché e Roady, tem vindo a apoiar os bombeiros portugueses duran-te os últimos anos das mais va-riadas formas e sempre em parceria com a Liga dos Bom-beiros Portugueses.

Primeiro, o apoio traduziu-se na entrega de cerca de 50 via-turas de combate a incêndios florestais, e, desde 2014, apostou na oferta de equipa-mentos de proteção individual para os bombeiros, tendo já oferecido cerca de 1.255 para o combate a incêndios flores-tais.

Para além destes apoios

centrais, as 313 lojas do Grupo Os Mosqueteiros têm uma polí-tica ativa de apoio à comunida-de local, auxiliando durante

todo o ano as associações e corpos de bombeiros das re-giões onde as lojas estão im-plantadas com várias ações.

VILA REAL DE SANTO ANTÓNIO

Oferta de ambulânciaaos bombeiros

O comandante Nuno Osório assume o papel de anfi-trião numa visita guiada

ao quartel dos Bombeiros Muni-cipais da Figueira da Foz. As instalações, ainda a cheirar a novo, dispõe de espaço e todas as condições operacionais e co-modidades para albergar o efe-tivo de cerca de três dezenas de elementos. Nuno Osório faz questão de afirmar que o novo complexo abriu portas a outras importantes mudanças ao nível

da imagem e do fardamento e do equipamento, que de algu-ma forma serviram para moti-var e valorizar os operacionais. Garante que vale a pena inves-tir nas pessoas, pois só assim é possível alcançar níveis de ex-celência no serviço prestado ao concelho.

“Atravessamos um período crítico e de alguma convulsão no seio dos bombeiros profis-sionais”, denuncia o comandan-te, reconhecendo “a enorme

exigência de uma profissão que impõe dinâmica, formação, pre-paração e exercitação, mas que é suportada por uma platafor-ma remuneratória, que tem por base o vencimento mínimo na-cional”. Ainda assim, garante contar com uma equipa que não baixa os braços perante a ad-versidade, sempre pronta a dar o seu melhor em todas as fren-tes. Esta entrega e profissiona-lismo, compensada com con-fiança, patenteada no lema

FIGUEIRA

“Máxima liberdade,Os recursos humanos são, sempre, o mais valioso património de

uma instituição, um pressuposto que terá norteado a Câmara Municipal da Figueira da Foz, que nos últimos anos, muito tem

investido do corpo de bombeiros municipal tanto na valorização dos operacionais como na modernização dos meios colocados ao

serviço das populações deste concelho do distrito de Coimbra.A construção do novo quartel abriu caminho a uma revolução

tranquila que visa no essencial garantir todas as condições de trabalho “aos 33 homens e uma mulher” que integram o efetivo.

Texto: Sofia Ribeiro

Fotos: Marques Valentim

15JULHO 2017

DA FOZ

máxima responsabilidade”“máxima liberdade, máxima responsabilidade” que norteia este corpo de bombeiros.

A autarquia figueirense muito tem investido na formação dos operacionais tendo em conta que este é um “concelho muito eclético ao nível do risco”, que congrega seis indústrias com classificação Seveso III, e ou-tras grandes unidades indus-triais, floresta, serra, mar e rio.

A formação avançada e espe-cífica constitui uma enorme aposta, para dar resposta aos desafios que vão surgindo o que permite a criação de “pi-quetes fixos multidisplinares” preparados para dar resposta às mais distintas situações. O comandante dá como exemplo formações recentes em âmbitos tão distintos como o ataque à vespa asiática ou a preservação de provas e vestígios em incên-dios florestais.

Os formadores internos nas várias valências têm permitido consolidar a preparação de to-dos nos mais distintos teatros de operação e até exportar co-nhecimentos, tendo em conta que os Municipais da Figueira assumiram um projeto de inter-câmbio com a cidade de Mo-çambique visando a criação e instalação de um corpo de bom-beiros para dar resposta a cerca de 250 mil habitantes.

“O protocolo implica a cedên-cia de bombeiros para a forma-ção, instrução e operacionaliza-ção do novo CB” explica, subli-

nhando que este projeto que se desenvolve a bom ritmo, conta “com o alto patrocínio do presi-dente e um enorme empenha-mento de todo o corpo ativo”.

A preparação física constitui outro designio do comando, que para além de promover a práti-ca de exercício físico e disponi-bilizar áreas para o efeito ainda incentiva os bombeiros a parti-cipar em competições várias, nomeadamente a “Subida à Torre”, “Bombeiro de Ferro”, campeonatos de trauma e de-sencarceramento, e o crossfit para bombeiros, com resulta-dos bastante positivos a nível nacional e várias participações no estrangeiro.

“A componente física é basi-lar para a segurança dos bom-beiros”, insiste.

Questionado sobre os meios colocados à disposição do con-celho Nuno Osório não esconde que “não tem tudo” o que dese-jaria, contudo garante que no parque de viaturas a maior la-cuna é uma nova “viatura de desencarceramento devida-mente equipada”, ainda que a autoescada seja uma necessi-dade identificada mas, por ago-ra, colmatada por um equipa-mento sedeado nos voluntários. Regista, com agrado, que, no final do ano passado o parque de viaturas começou a ser re-novado com um novo veículo florestal de combate a incên-dios, ao abrigo do PO SEUR e que, para breve, está anuncia-

da a chegada de veículo tan-que.

“O presidente tem muita esti-ma pelos bombeiros, sabe da sua importância. Tem um co-nhecimento claro e específico do rumo a dar a este setor”, diz Nuno Osório da mesma forma que assinala o apoio dos figuei-renses à causa, fruto, também, de uma estratégia de proximi-dade que tem vindo a ser inten-sificada com ações várias den-tro do quartel, mas sobretudo no espaço público.

As portas dos municipais abriram-se à comunidade e esta é uma casa que hoje pode orgulhar-se de manter uma sé-rie de parcerias comprovada-mente importantes.

“Temos uma relação ótima com todos os agentes de prote-ção civil, designadamente a Au-toridade Marítima, a Cruz Ver-melha Portuguesa, os Bombei-ros Voluntários, os militares e as forças de segurança”, assi-

O presidente da Câmara Municipalda Figueira da Foz tem enorme estima pelos bombeiros, sabe da sua importância. Tem um conhecimento claro e específicodo rumo a dar a este setor.

Nuno Osório,comandante

dos Municipais da Figueira da Foz

voz de COMANDOCriado, oficialmente, a 11 de fevereiro de 1865, o

corpo de Bombeiros Munici-pais da Figueira da Foz con-ta com um longo historial na salvaguarda dos bens e socorro das populações dentro e fora do território. Esta importante estância balnear conta uma popula-ção fixa de mais de 62 mil habitantes distribuídos pela 14 freguesias, número que aumenta exponencialmente durante o ve-rão.

Não falta trabalho nem solicitações aos dois corpos de bombeiros figueirenses sendo que os Municipais não intervêm na emergência

pré-hospitalar, uma missão que por aqui é da responsabilidade do corpo de voluntários.

Integram este efetivo 34 elementos de um total de 38 funcionários colocados pela autar-quia ao serviço do quartel.

Cartão de visita

nala, considerando que nesta matéria não é viável “perder energia com conflitos pois nas áreas da proteção e socorro to-dos são poucos”.

O passado é um legado que importa preservar, existindo as-sim uma enorme preocupação na salvaguarda de um impor-tante acervo que conta uma história com mais de 150 anos

que cruza e se confunde, não raras vezes, com a do próprio concelho. Nuno Osório fala com especial orgulho da descoberta recente da velhinha partitura do hino dos bombeiros que foi aliás recuperada e apresentada na cerimónia de inauguração do novo quartel.

A chama dos pioneiros que em 1865 se lançaram neste

projeto continua a acesa a pro-va-lo o dinamismo que é chan-cela dos Municipais da Figueira, que não esquecendo o passa-do, dignificando-o em cada missão, começam no presente a construir o futuro para que nada falte ou falhe no socorro prestado às populações dentro e fora do concelho da Figueira da Foz.

16 JULHO 2017

A Secção de Nadadores Sal-vadores Bombeiros dos Bombeiros Voluntários de

Esmoriz transporta consigo um recorde que, segundo o coman-dante Artur Ferreira, “constitui uma enorme responsabilidade mas também uma enorme ale-gria pela missão cumprida em pleno”.

O recorde em causa traduz--se em zero mortes na zona balnear ao cuidado dos Volun-tários de Esmoriz nos últimos 19 anos. Esse balanço diz res-peito à prevenção e socorro a muitos milhares de banhistas que demandam diariamente as sete praias, antes eram 6, en-tre 1 de junho e 15 de setem-bro. Para tal, os Voluntários dispõem de um grupo de 14 elementos no terreno e outros no apoio logístico a montante.

O balanço positivo de ausên-cia de mortes, contudo, não evita muitas intervenções dos bombeiros ao longo da época balnear. Assim, em 2016 regis-taram-se 88 intervenções, a maioria das quais para assis-tência a situações de trauma (62), seguindo-se, as doenças súbitas (12), o acompanha-mento do tiraló (5), picadelas de peixe aranha e quedas (4 cada) e uma situação de afoga-mento sem resultados fatais devido à pronta e eficaz inter-venção. Entre as praias, a do

ESMORIZ

Zero mortes nos últimos 19 anos

Cantinho registou 65 situa-ções, a Praia Velha de Esmoriz 6, a Praia Sul de Cortegaça – Velha de Maceda 3, S. pedro 8, Capitão Gancho 6 e 9 fora de zona.

Artur Ferreira enaltece a ar-ticulação e apoios da Câmara Municipal de Ovar, das Juntas de Freguesia De Esmoriz, Cor-tegaça, Maceda e Ovar, dos concessionários, das capitanias de Aveiro e Porto, da Autorida-

de Marítima e do Instituto de Socorros a Náufragos, mas também o enorme empenha-mentos das bombeiras e bom-beiros envolvidos nesta mis-são. E, adianta que esta se ins-creve em muitas outras mis-sões atribuídas aos bombeiros e, no caso, assumidas em si-multâneo quando calcorreiam também as serras para apagar os incêndios florestais, conti-nuam a prestar socorro pré--hospitalar, combate a incên-dios urbanos e industriais ou socorro a acidentes de viação, entre outros.

Ainda a época balnear vai quase a meio e os Bombeiros de Esmoriz já estão a lançar as

bases para a de 2018. Então, segundo o comandante Artur Ferreira, a única área conces-sionada no conjunto de praias à sua responsabilidade passará também para a sua esfera e pretende-se ainda delinear um plano integrado que vai permi-tir otimizar ainda mais os meios humanos e materiais en-volvidos, incluindo uma coor-denação, já existente, que fica-rá ainda mais reforçada.

Nos meses de junho e julho a preocupação dos Bombeiros de Esmoriz presentes nas praias vai, especialmente, para os milhares de crianças que nesse período invadem o areal integradas em grupos escola-

res e institucionais e que, pela sua natureza própria, exigem o redobrar de atenção por parte dos nadadores salvadores bombeiros. Cada grupo de crianças pode chegar às três centenas e chegam a juntar-se vários na mesma altura.

No passado dia 1 de julho, como é já tradição, os Bombei-ros Voluntários de Esmoriz as-sinalaram a abertura do perío-do de presença nas praias com o “VI Open Day Bombeiros de Esmoriz – Praia Segura & Vigia-da 2017”. A data ficou assinala-da com inúmeras atividades, seja uma exposição dos equi-pamentos utilizados pelos bombeiros no socorro balnear,

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um espaço de rastreio visual, outro de medição de parâme-tros vitais, e ainda outro de di-vulgação da própria Associa-ção.

O ponto alto da atividade foi um simulacro marítimo multi-disciplinar realizado com o apoio da Força Aérea Portugue-sa, através da intervenção de um helicóptero Alouette III da Esquadra 552, que foi acompa-nhado por centenas de pessoas presentes.

17JULHO 2017

ESMORIZ

Zero mortes nos últimos 19 anos

18 JULHO 2017

Após quatro anos no desem-penho da função de Adjunto

de Operações Nacional na Auto-ridade Nacional de Proteção Ci-vil (ANPC) e por proposta do comandante Carlos Silva, Marco Martins volta a ocupar o posto de segundo comandante do Corpo de Bombeiros de Óbidos, ficando assim completo o qua-dro de comando.

Marco Martins ingressou no Corpo de Bombeiros de Óbidos como cadete em 1992, fez pro-moção na carreira até à categoria de subchefe e ao longo destes anos, profissionalmente, foi fun-cionário da Associação Humanitária dos Bombei-ros Voluntários do Concelho de Óbidos, técnico de saúde, segurança e higiene no trabalho e, poste-riormente, técnico de formação da Escola Nacio-nal de Bombeiros.

Em 2007 o Corpo de Bombeiros de Óbidos es-truturou o seu quadro de comando com a compo-sição de uma nova equipa, onde Marco Martins,

pela primeira vez, ocupou o posto de segundo comandante, funções que desempenhou pa-ralelamente às de adjunto de operações na Força Especial de Bombeiros, até 2013. Então, Marco Martins foi convidado pelo ex comandante operacional nacional da ANPC, José Manuel Moura, para o desempenho das funções de adjunto de opera-ções nacional da ANPC. A in-compatibilidade dessa função obrigou-o a pedir a passagem

ao quadro de reserva do Corpo de Bombeiros de Óbidos com a categoria de oficial bombeiro de 1.ª.

Para o comandante do corpo de bombeiros, Carlos Silva, “é para nós uma grande honra o Marco Martins ter aceite o nosso desafio e é um privilégio para o corpo de bombeiros contar nova-mente com ele nas funções de segundo coman-dante”. Neste momento, Marco Martins cumpre uma comissão de serviço como técnico superior do Serviço Municipal de Proteção Civil de Óbidos.

ÓBIDOS

Marco Martins está de regresso

O Corpo de Bombeiros Munici-pais de Olhão passou a dis-

por de um segundo comandan-te. A tomada de posse de Bruno Filipe Gago Santos aconteceu recentemente em cerimónia realizada no quartel, presidida pelo presidente da Câmara Mu-nicipal, António Miguel Pina, e na presença do comandante operacional distrital de Faro da ANPC, Vítor Vaz Pinto, entre ou-tras entidades.

Bruno Santos chega ao se-gundo lugar do quadro de co-mando após concurso público, tem 35 anos de idade, é bom-beiro profissional desde 2002, licenciado em Sociologia e mes-trando em Recursos Humanos.

Na cerimónia, o presidente da Câmara Municipal, António Mi-guel Pina, deu as boas vindas ao novo elemento do comando dos Bombeiros Municipais de Olhão (BMO), que cumprirá uma pri-

meira comissão de serviço de cinco anos, renovável. O autar-ca revelou que esta foi uma das necessidades dos bombeiros olhanenses que o actual execu-tivo municipal conseguiu resol-ver, mas lembrou que há outras, nomeadamente, “está em exe-cução o projeto do novo quartel, uma promessa antiga que será uma realidade em 2018”.

O edil olhanense revelou ain-da que em breve será aberto concurso para 15 bombeiros de 2.ª classe e que continua a in-sistir para que “sejam imple-mentadas as progressões nas carreiras e revistas as remune-rações”, um direito “legítimo” que não tem deixado de reivin-dicar.

O comandante dos BMO, Luís Gomes, por seu truno, confir-mou a abertura do Executivo para todas as necessidades sen-tidas pelos soldados da paz

olhanenses, garantindo que tem “sempre resposta às solicita-ções efetuadas”. Quanto às in-justiças de que os bombeiros estão a ser alvo, promete conti-nuar a manifestar, a nível nacio-nal, a sua “desilusão pela falta de aprovação de um estatuto profissional com a dignidade que os bombeiros merecem. Não desistirei enquanto esta tremenda injustiça não for repa-rada”, promete.

Dirigindo-se ao segundo co-mandante Bruno Santos, Luís Gomes garantiu que, “serás o homem da nossa confiança e juntos tudo faremos para que o teu sucesso seja o nosso suces-so, o desafio é enorme, as expe-tativas são elevadíssimas, sei que garantidamente irás contri-buir ainda mais para que o nome deste Corpo [com 130 elementos] seja notabilizado e reconhecido”.

OLHÃO

Municipais têm segundo comandante

O comandante dos Bombeiros Volun-tários de Beja, Pedro Barahona,

passou a contar com mais elementos no comando cuja posse decorreu no passado dia 14 de julho no salão nobre da Associação.

O antigo adjunto de comando, Antó-nio da Silva Guerreiro, foi promovido a segundo comandante. O empossado é bombeiro há 32 anos, exerceu a fun-ção de adjunto de comando nos últi-mos 11 e, com o atual comandante Pe-dro Barahona, é um dos profissionais mais antigos e experientes do Corpo de Bombeiros Voluntários de Beja.

O novo adjunto de comando é Pedro Manuel Pereira de Almeida Santos, ofi-cial bombeiro de 2.ª que, apesar de integrar o CB de Beja há cerca de ano e meio, é também ele um elemento de vasta experiência, uma vez que já exerceu o cargo de comandante dos Bombeiros Voluntários da Pontinha.

Tratou-se de uma cerimónia interna, na pre-sença do corpo ativo e dos órgãos sociais. Após a

cerimónia foi realizado um jantar de confraterni-zação que contou com todos os presentes.

BEJA

Novos elementos na estrutura

Os Bombeiros Voluntários de Entre-os-Rios preen-

cheram os dois lugares cimei-ros do seu quadro de coman-do. Primeiro, foi ocupado o lugar de comandante, por Marco Ferreira, e mais recen-temente, o de segundo co-mandante, por Filipe de Je-sus.

Trata-se de uma aposta

inequívoca na juventude e também na capacidade e na competência conforme foi

apontado nas respetivas to-madas de posse dos novos elementos de comando.

ENTRE-OS-RIOS

Comando renovado

Os Bombeiros Voluntários de Esmoriz vão contar em breve com mais de 12 tripulantes de ambulância de socorro (TAS), que irá reforçar o grupo já existente e que, assim, vai permi-

tir ampliar quantitativamente a resposta qualitativa já prestada no socorro pré-hospitalar.A formação dos novos tripulantes foi garantida por uma entidade privada credenciada pelo

Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) e os custos respetivos foram assumidos com um patrocínio obtido pelos bombeiros.

ESMORIZ

Mais 12 em formação

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Seis elementos do corpo de bombeiros da As-sociação Humanitária dos Bombeiros Voluntá-

rios do Sul e Sueste concluíram recentemente com êxito a sua formação como tripulantes de ambulância de socorro (TAS), após a frequência do curso ministrado por uma entidade formativa acreditada pelo Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), e integralmente financiada pela própria Associação

Os novos TAS são, o subchefe Nuno Machado, os bombeiros de 2.ª, Ana Rita, Miguel Mendes, Íris Milheiro, e os de 3.ª, Cláudia Martins e Rita Garcia.

Com a formação agora concluída, o Corpo de Bombeiros do Sul e Sueste já ultrapassou o obje-tivo fixado para o ano de 2017 no que respeita a esta qualificação diferenciada, detendo presente-mente um total de 35 tripulantes de ambulância de socorro (TAS), imprescindíveis para a presta-ção do socorro em matéria de emergência pré hospitalar com melhor qualidade e redobrada competência técnica, no âmbito do Sistema Inte-grado de Emergência Médica (SIEM).

Em 2011, os Bombeiros do Sul e Sueste dispu-nham de cinco TAS, em 2012, de 13, em 2013, de 22, em 2014, de 27, em 2015, de 29, em 2016, de 30, e no corrente ano já atingiram os 35 TAS.

O Corpo de Bombeiros do Sul e Sueste, en-quanto posto de reserva no âmbito do SIEM, de-tém a competência técnica dos 35 TAS e os meios materiais, 4 ambulâncias de emergência, para corresponder às solicitações do Centro de Orien-tação de Doentes Urgentes (CODU) do INEM – Instituto Nacional de Emergência Médica, quer na área de atuação própria, quer na totalidade da área geográfica do concelho do Barreiro e nos concelhos limítrofes, para os quais o Corpo de Bombeiros é muitas vezes ativado

Cerca de 30 por cento das emergências pré--hospitalares realizadas pelo Corpo de Bombeiros do Sul e Sueste são para fora do concelho do Bar-reiro, conforme demonstram os dados estatísti-cos.

BARREIRO

Equipa reforçada

19JULHO 2017

A Irmandade de S. Bento da Porta Aberta, Terras de Bou-

ro, promoveu pela primeira vez o Dia de S. Marçal, no passado dia 30 de junho, com uma missa e bênção a todos os bombeiros, respetivos estandartes e veícu-los que estiveram presentes na basílica e nas imediações.

A Irmandade justificou a ini-ciativa sublinhando que “ao fa-zer esta comemoração preten-de-se agradecer a Deus por S. Marçal o dom pre-cioso dos Bombeiros nas nossas comunidades e, simultaneamente, sufragar a alma de tanas e tan-tos soldados da paz, os nossos Bombeiros, que deram a vida para segurança dos nossos bens e vidas”.

A Irmandade lembra a catástrofe de Pedrógão Grande, manifestando a vontade de “pela oração estar perto dos Bombeiros nestes dias difíceis

em que um dos nossos Bombeiros morreu em serviço e muitas centenas se empenharam na luta”, e expressa ainda que “queremos, igual-mente, recordando-nos que da implantação da nossa Basílica no Parque Natural da Peneda-Ge-rês, zona património da Natureza, pedir a Deus por S. Marçal, que proteja esta zona sensível e que aos Bombeiros seja dado tudo o que é Bom, Belo e Bem”.

TERRAS DE BOURO

Bênção aos bombeiros

A memória do comandante José Simões Frito, dos Bom-

beiros Voluntários de Cascais, ficou agora perpetuada na to-ponímia de Cascais, numa arté-ria situada entre a Bicuda e a Areia.

O descerrar da placa contou com as presenças do presidente da Câmara Municipal de Cas-cais, Carlos Carreiras, do presi-dente da União de Freguesias de Cascais e Estoril, Pedro Mo-rais Soares, e do restante exe-cutivo, do comando e direção da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Cas-cais, de duas dezenas de ele-mentos do seu corpo ativo e do quadro de honra e da filha, ne-tos e outros familiares do ho-menageado.

Em nome da Associação in-terveio o comandante do qua-dro de honra João Salgado, que sucedeu a José Frito no coman-do do corpo de bombeiros.

José Simões Frito nasceu em 1909 e faleceu em 1987. Toda a sua vida de jovem e adulto foi consagrada aos bombeiros. Era detentor do crachá de ouro da Liga dos Bombeiros Portugue-ses e de outras distinções.

CASCAIS

Homenagem póstumaa comandante

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Os Voluntários da Ribeira Grande arrebataram a medalha de ouro nos campeonatos interna-

cionais de bombeiros que, este ano, tiveram com cenário a cidade de Villach, na Áustria.

Mais de uma centena de equipas de 25 países disputaram estas verdadeiras olimpíadas de bombeiros em que a competição é pouco mais que um pretexto para fomentam a troca de expe-riências e aprendizagens e, também, novas ami-zades.

Este ano a Liga dos Bombeiros Portugueses, responsável pela organização nacional dos cam-peonatos de manobras levou à Áustria sete equi-pas de profissionais, voluntários e cadetes, uma grande comitiva chefiada pelo comandante José Fernandes, vogal do conselho executivo da confe-deração.

Apuraram-se para os 16th International Fire Brigades Competition, que decorreu de 9 a 16 de julho, as equipas do Batalhão de Sapadores Bombeiros do Porto (A e B), Voluntários da Ribei-ra Grande (A) e Paço de Sousa (B). A delegação lusa incluiu ainda os cadetes, masculinos e femi-ninos da Rebordosa e a formação de cadetes fe-mininos de Ourém que disputaram o 21th Inter-

national Competition for Cadet (Corps of Fire Brigades).

Embora todas os participantes façam um ba-lanço positivo desta experiência, a formação da Ribeira Grande não esconde o orgulho pela me-dalha ganha, afinal a segunda depois de, em 2005, os ilhéus terem feito história na Croácia. A conquista não passou despercebida em São Mi-guel que recebeu em festa os campeões que me-receram, também felicitações do presidente do Serviço Regional de Proteção Civil e Bombeiros dos Açores.

Merece, assim, destaque o trabalho deste gru-po que integra os subchefes António Cabral, e Marco Medeiros, os bombeiros de 2.ª. Rui Leite, Décio Teixeira, e Helder Raposo e os bombeiros de 3.ª. João Valério, Ricardo Moniz, Bruno Pache-co, Pedro Estrela e António Pereira, bem como o comandante José Nuno Moniz, sempre na primei-ra linha no apoio, no incentivo e na valorização dos seus bombeiros.

Estão pois de parabéns todos os bombeiros vo-luntários e profissionais bem como os cadetes lu-sos, até porque desta passagem por terras aus-tríacas os portugueses trouxeram ainda uma me-

dalha de prata conquistada pelo Batalhão de Sa-padores do Porto (B) e outras três de bronze que premiaram os trabalho dos Voluntários de Paço

de Sousa (B), Batalhão de Sapadores Bombeiros do Porto (A) e grupo feminino de cadetes de Ou-rém.

ÁUSTRIA

Ribeira Grande brilha nos campeonatos internacionais

20 JULHO 2017

Os Bombeiros Voluntários de Albufeira lançaram um pro-

jeto pioneiro para poderem re-forçar a resposta ao socorro, especialmente, na área do so-corro pré-hospitalar que incluiu a intervenção com dois motoci-clos equipados com extintores, disfibrilhadores, oxigénio e ou-tros equipamentos para suporte básico de vida.

Os motociclos operados por bombeiros destinam-se a ga-rantir uma primeira intervenção quando não haja ambulâncias de socorro disponíveis. Esta ação permitirá a primeira inter-venção, que pode fazer a dife-rença em situações de perigo de vida, até à chegada de ou-tros meios, nomeadamente, de uma ambulância.

O projecto nasceu nos Volun-tários de Albufeira perante as dificuldades crescentes em fa-zer face a todos os pedidos de socorro.

Em 2016 aquele corpo de bombeiros respon-deu a 5467 chamadas de socorro pré-hospitalar e esteve indisponível, por ter os meios ocupados, para 1220.

Este ano, até 30 de Junho responderam positi-

vamente a 2684 ocorrências, mais 193 que me período homólogo de 2016, e não conseguiram corresponder a 488 solicitações.

Estes motociclos integram já o reforço estabe-lecido com o INEM para o período de verão em curso, a que nos referimos também nesta edição.

ALBUFEIRA

Quartel recebemotociclos

A Associação Humanitária de Bombei-ros Voluntários de Cascais acaba de

se reequipar com novos cacifos, já ins-talados nos balneários masculino e fe-minino do seu quartel.

No total, são 100 cacifos duplos que foram oferecidos à instituição pela União de Freguesias de Cascais e Esto-ril.

Os novos cacifos vieram permitir a substituição dos velhos e reduzidos ar-mários instalados no quartel aquando da sua inauguração em 1995.

Trata-se de um investimento de cerca de 20 mil euros, considerado urgente, dada a inadequação dos anteriores cacifos sem capacidade para guardar os vários equipamentos dos bombeiros, nomeadamente os equipamentos de proteção individual (EPI) para incêndios urba-nos e florestais e respetivos capacetes, luvas e cógulas.

A União de Freguesias de Cascais e Estoril tem sido um parceiro muito significativo dos bombei-ros nos últimos anos, tendo apoio ou custeado integralmente viaturas de transporte de doentes, de comando, a renovação da central de comuni-cações e até de EPIS.

CASCAIS

Cem cacifos oferecidos

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Em novas instalações há cerca de um ano os Volun-tários de Ilhavo vivem um

novo capítulo da sua já longa história. A obra orçada em 2.3 milhões de euros permitiu não só responder às necessidades operacionais do corpo de bom-beiros, assegurar condições de trabalho e alguma comodidade aos cerca de 90 bombeiros que integram o efetivo, mas tam-bém garantir espaço à atividade associativa.

O presidente da direção da Hélder Bartolomeu e coman-dante do corpo de bombeiros Carlos Mouro conduzem a equi-pa do Jornal Bombeiros de Por-tugal numa visita à nova casa e não escondem a satisfação de ver concretizado um projeto antigo que começou a ser pen-sado há mais de duas décadas quando esta equipa assumiu os destinos desta organização comprometendo-se a honrar o legado e a elevar a qualidade do serviço prestado às popula-ções.

O dirigente fala das preocu-pações que, afinal, não sendo um exclusivo desta instituição, sobressaltam todas as congé-neres do País, confrontadas com muitas exigência, encargos e compromissos, não obstante o seu cariz solidário e voluntá-rio. Ainda assim Hélder Bartolo-meu afirma que uma gestão ri-gorosa e investimentos criterio-sos têm permitido honrar todos os compromissos e qualificar o serviço prestado à comunidade.

“Os bombeiros voluntários

são um negócio da china para os nossos governos que estão a pagar um serviço que custa centenas de milhões por deze-nas”, desabafa o presidente, defendendo a força dos bom-beiros que esmorece cada vez que a tutela “lhes dá um rebu-çado”.

No esforço de crescimento, modernização e resposta aos novos desafios, a associação conta com o apoio da Câmara Municipal de Ílhavo entidade com a qual mantém há muitos

ÍLHAVO

Bombeiros anunciamA construção de um campo de treinos que permita uma séria

aposta na formação dos bombeiros é, por agora, o maior desígnio dos Voluntários de Ílhavo que mercê de muito trabalho e entrega total de dirigentes e operacionais conseguiram nos últimos anos

acrescentar valor e dignificar uma instituição com 124 anos de história e outros tantos de relevantes serviços prestados, ao

concelho, ao distrito de Aveiro e ao País.

Texto: Sofia Ribeiro

Fotos: Marques Valentim

Os bombeiros voluntáriossão um negócio da china paraos nossos governos que estão a pagarum serviço que custa centenas de milhõespor dezenas

Hélder Bartolomeu, presidente da direção da Associação Humanitária

dos Bombeiros Voluntários de Ílhavo

palavra de PRESIDENTE

21JULHO 2017

anos “uma ligação perfeita” pa-tenteada no apoio dado à cons-trução do novo quartel, mas também num protocolo anual que o executivo se comprome-teu a rever em alta “ainda este ano”.

Direção e comando congratu-lam-se ainda com a parceria com as quatro juntas de fregue-sia do concelho, bem como al-gumas empresas do concelho, mas que Carlos Mouro pretende reforçar.

“Também a população está sempre atenta às nossas neces-sidades, tanto que, recente-mente colaborou ativa e empe-nhadamente na aquisição de material para equipar o veículo florestal”, faz questão de desta-car o presidente.

“Não queremos muito, mas queremos bom material. Devía-mos avançar com a renovação, mas não há forma de a fazer. Os bombeiros não trabalham só no

verão, têm muito mais ativida-de do que os fogos florestais, por isso são necessários apoios financeiros para a aquisição de outros veículos, impõem-se apoios diferenciados para fazer face às especificidades de cada território”, considera o presi-dente, defendendo que “gerem mal lá de cima, o que está cá em baixo”.

Quando questionado sobre eventuais necessidades Carlos Mouro é direto:

“Não sou adepto de ter tudo o que vizinho tem, por isso só me bato pelo que realmente é fundamental para responder aos desafios deste território e por isso não posso deixar de mais uma vez alertar para im-portância de dotar este conce-lho de um veiculo que faça a diferença para intervir no ter-minal químico de graneis líqui-dos, o segundo maior do Pais com elevado grau de risco que

exige, em caso de acidente, uma primeira intervenção mus-culada e equipamento adequa-do”, assinala o comandante, para depois reconhecer que este é um investimento avulta-do que deveria caber “à Autori-dade Nacional de Proteção Ci-vil, à Câmara Municipal ao Por-to de Aveiro e às empresas que operam no terminal”, salien-tando que, para além da viatu-ra é imperioso formar e equipar

devidamente e assegurar a se-gurança dos bombeiros.

Preocupado com esta situa-ção, Carlos Mouro e a direção, procuraram ajuda junto de uma das empresas do terminal que está a garantir a formação e treino de meia centena de operacionais e fornece, em re-gime de empréstimo algum material, um apoio importante e “um exemplo a seguir pelas empresas”, considera o co-mandante alertando para a ne-cessidade da promoção de ações de sensibilização junto da população que promovam uma cultura de segurança e proteção.

A propalada crise do volunta-

riado não se faz sentir no quar-tel dos Voluntários de Ílhavo, quem o garante é o comandan-te que conta no seu efetivo com 90 homens e mulheres, um número que considera “muito bom”, tanto mais por-que se trata de “gente muito experiente e bem preparada”.

Não faltam candidatos a bombeiro às recrutas promovi-das de dois em dois anos, em-bora sejam hoje em menor nú-mero ainda assim os suficien-tes para assegurar um tranqui-lo processo de renovação e até de reforço dos recursos huma-nos.

“Os jovens precisam de acompanhamento e os pais en-caminham-os para os bombei-ros, isto é uma escola”, diz o comandante.

Contudo cauteloso e atento ao futuro pede incentivos às autarquias e aos governos que permitam fidelizar o voluntaria-do, até porque “uma resposta operacional de qualidade exige mais profissionais”, revelando que o serviço diurno no quartel de Ílhavo “é totalmente asse-gurado por bombeiros assala-riados” e que os voluntários,

por circunstâncias várias já só conseguem garantir as noites.

Ainda que otimista e com bem-sucedido trabalho que tem permitido levar os jovens para a causa, Carlos Mouro re-conhece que “este modelo não tem futuro, não vale a pena es-camotear”.

A prontidão e a preparação dos bombeiros são questões primordiais num concelho que regista 15 mil ocorrências por ano. Também a formação assu-me natural importância e nesse sentido os Voluntários de Ílha-vo “aproveitam todas as opor-tunidades”, porque para fazer melhor é preciso saber mais. Esta filosofia está na origem do projeto da construção de um campo de treinos que deverá ser concretizado ainda este ano, segundo revelou ao nosso jornal Hélder Bartolomeu, fa-lando num investimento “na ordem dos 20 mil euros”. dei-xando assim claro que não obs-tante uma ou outra contrarie-dade, nada trava o ímpeto de crescimento desta associação, bem como a determinação em honrar os pergaminhos dos bombeiros de Portugal.

construção do campo de treinos

Este modelo não tem futuro,não vale a pena escamotear

Carlos Alberto Mouro,comandante

voz de COMANDOFundada a 13 de abril de

1893 a Associação Huma-nitária dos Bombeiros Volun-tários de Ílhavo é, no pre-sente, responsável pelo so-corro de uma população fixa que ronda as 40 mil pes-soas, distribuídas por quatro freguesias, num território cheio de desafios e que im-plica prontidão e preparação aos cerca de 90 operacionais que integram o contingente, bem como de meios adequados.

A instituição conta, atualmente, com 32 funcionários fundamentais para apoiar o corpo de voluntários no cumprimento de inúmeras missões dando resposta a uma média de 15 mil solicitações por ano, sendo que só a emer-gência pré-hospitalar é responsável por cerca

de 400 serviços mensais. No verão para além de toda a restante atividade, do apoio aos ter-ritórios vizinhos e não só no combate aos in-cêndios florestais, os Bombeiros de Ílhavo ainda assumem a vigilância e o patrulhamento na ria, com o apoio de uma ambulância de socorro.

Cartão de visita

22 JULHO 2017

Vítima de acidente de viação faleceu o subchefe Mário

Violante, figura carismática dos Bombeiros Voluntários de San-tiago do Cacém e crachá de ouro da Liga dos Bombeiros Portugueses.

O corpo do subchefe Violante esteve em câmara ardente no salão nobre do quartel da Asso-ciação e o seu funeral realizou--se para o cemitério local

Mário Violante perdeu a vida num trágico acidente de viação que envolveu a ambulância de transporte de doentes que con-

duzia e um veículo pesado de mercadorias.

O falecido conduzia no IC 33, junto a Cruz de João Mendes, em direção a Lisboa, na condu-

ção de um doente, que também ficou ferido, que se dirigia ao Instituto Português de Oncolo-gia. O condutor do pesado tam-bém ficou ferido no acidente.

O subchefe Violante era uma figura particularmente estima-da, quer na Associação, quer no próprio concelho, e encontrava--se ligado aos bombeiros à per-to de meio século.

Aos seus familiares e aos bombeiros, comando e dirigen-tes dos Voluntários de Santiago do Cacém apresentamos senti-dos pêsames.

SANTIAGO DO CACÉM

Quartel perde figura carismática

Faleceu o presidente da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Elvas, vítima de doença

prolongada.João Bugio, de 69 anos, esteve internado no Hos-

pital de Santa Luzia em Elvas, durante várias sema-nas, tendo vindo a falecer em sua casa. local onde se encontrava desde o dia 3 de Julho.

O presidente dos Bombeiros de Elvas era natural da Freguesia de Santiago do Escoural, no concelho de Montemor-o-Novo, exercia advocacia desde 1994, desempenhou funções de comandante e tenente-co-ronel da Guarda Nacional Republicana em Elvas e Portalegre e, desde 2006, era presidente da Associa-ção.

ELVAS

Associação mais pobre

A Fanfarra dos Bombeiros Vo-luntários de Cantanhede co-

memorou, recentemente, meio século de existência com um encontro que juntou a aniversa-riante às de congéneres de Mangualde, Oliveirinha, Soure, Condeixa, Oliveira do Hospital, Lagares da Beira e Figueira da Foz.

Este V Encontro de Fanfarras contemplou uma arruada pelas principais ruas da cidade de Cantanhede e um desfile notur-no realizado na Praça Marquês de Marialva, em frente ao edifí-cio dos Paços do Concelho.

CANTANHEDE

Fanfarra assinala 50.º aniversário

Tiveram início, no dia 4 de junho, em Porto de Mós, as

comemorações dos 15 anos da fundação da Reviver Mais – As-sociação dos Operacionais e Di-rigentes dos Bombeiros Portu-gueses, IPSS.

Para o efeito, realizou-se, pela primeira vez, o Encontro--Festa Nacional dos Sócios da Reviver Mais, que contou com a adesão de mais de uma cente-na de participantes, provenien-tes de vários pontos do país.

O programa do evento com-preendeu uma receção de boas-vindas no Castelo de Por-to de Mós, seguida de visita àquele monumento nacional, e um almoço num dos espaços de referência da restauração local.

A receção de boas-vindas, onde estiveram presentes o vi-ce-presidente da Câmara Muni-cipal de Porto de Mós, Albino Januário, e o presidente da di-reção da Associação Humanitá-ria de Bombeiros Voluntários de Porto de Mós, António Fer-reira, teve como ponto alto uma exibição de bailado, pela Escola de Dança DiArteDance.

Mais tarde, durante o almo-ço, preenchido com momentos de animação musical, a cargo de artistas convidados, inter-vieram o presidente da Mesa da Assembleia Geral, Lourenço Baptista, e, por fim, o presi-dente do Conselho de Adminis-tração Executivo, Luís Miguel Baptista.

“Quando em 13 de abril de 2002, um grupo de 74 antigos operacionais e dirigentes dos bombeiros portugueses se reu-niu num almoço de confraterni-

zação e decidiu ali mesmo dar os primeiros passos para a criação de uma associação de cariz eminentemente social, nem os espíritos mais otimistas seriam capazes de prever que, no dia 4 de junho de 2017, es-taríamos a celebrar aqui em Porto de Mós o 15.º aniversário da sua fundação”, lembrou Lourenço Baptista.

Por sua vez, Luís Miguel Bap-tista manifestou a todos os presentes a continuada motiva-ção do órgão a que preside em dinamizar e afirmar a utilidade da instituição, enfatizando: “Propomo-nos, pois, em razão disso e muito mais, conscientes de que o futuro começa hoje, prosseguir os fins da Reviver Mais, promovendo e renovando para o efeito ações que propor-cionem o bem-estar e a coesão dos nossos sócios, não esque-cendo, ainda, a exaltação e a defesa dos princípios e valores dos bombeiros portugueses.”

As comemorações dos 15 anos vão prolongar-se até ao

final de 2017, estando previs-ta, entre outras acções, a reali-zação da II Mostra de Veículos Clássicos de Bombeiros “REVI-VER MAIS”, uma homenagem a Guilherme Cossoul, fundador dos bombeiros voluntários em Portugal, junto do seu monu-mento funerário, no Cemitério dos Prazeres, em Lisboa, a evo-cação do cinquentenário das inundações na Grande Lisboa, e a emissão de um selo postal alusivo à efeméride.

O Encontro-Festa Nacional dos Sócios da Reviver Mais teve o apoio da Câmara Municipal de Porto de Mós, das Associações Humanitárias de Bombeiros Voluntários de Arronches, de Porto de Mós, de Sintra e de Ovar, da Escola de Dança DiAr-teDance, do Crédito Agrícola e, ainda, de modo especial, do só-cio António Vala, ex-presidente da direção dos bombeiros lo-cais e da direção da Federação de Bombeiros do Distrito de Leiria, que integrou a comissão organizadora.

REVIVER MAIS

15 anos de proteção e humanidade

23JULHO 2017

O Orçamento Participativo de-senvolvido pela Câmara Mu-

nicipal de Cascais assegurou à Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Alca-bideche a renovação de duas viaturas de combate a incêndios que totalizaram um investimen-to de mais de 300 mil euros. A par destas foram também inau-guradas mais três, uma ABTM e duas VDTD.

Na oportunidade, o presidente da direção, José Filipe Ribeiro, e o comandante José Palha elogia-ram a iniciativa e a agradeceram à Autarquia a oportunidade de nos últimos anos por essa via te-rem conseguido renovar equipa-mentos e dotar-se de outras fer-ramentas de socorro.

A inauguração das viaturas, integrada no programa do 90.º aniversário da Associação, cons-tituiu também um momento para prestar homenagem póstu-ma a quatro bombeiros, Ana Rita Pereira (VTTU) a Armando Ricar-do (VUCI), Mário Miguel Pires (ABTM) e Carlos Silvestre (VDTD). A segunda VDTD foi inaugurada pelo presidente da Junta de Freguesia de Alcabide-che, Rui Costa.

A sessão solene que se suce-deu à inauguração das viaturas foi preenchida com promoções e entrega de distinções a bombei-ros e dirigentes e, ainda, diplo-mas e emblemas a muitos asso-ciados.

Foram promovidos a bombei-ros de 3.ª, os estagiários Ale-xandra Pereira, Camilo Aguirre, Jéssica Castro, Cláudia Felício,

Dina Pinto, Belmira Ramos, Ru-ben Santos, Tiago Silva, Sara Machado e Miguel Batista. Fo-ram ainda promovidos a 2.ª, Fá-bio Teixeira e Florival Dias e, a 1.ª, André Jerónimo e António Calinas.

No domínio das condecora-ções, foram distinguidos com a medalha de ouro da Câmara de Cascais, o adjunto Miguel Jeróni-mo, o chefe Vicente Pereira, o subchefe Carlos Matos, o bom-beiro de 1.ª José Canhão e os bombeiros de 2.ª Francisco Mi-randa e Florival Dias.

A medalha de 25 anos da Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP) foi atribuída, ao segundo comandante José Costa, ao ad-junto Miguel Jerónimo, ao chefe Vitor Batista, aos subchefes Car-los Matos e Francisco Silva, aos bombeiros de 1.ª, Luis Monteiro, Ivo Carolo e Nuno Silva, de 2.ª, Natalino Santos e Carlos Pedro (QH), e de 3.ª, Marcelino Teixei-ra, Carlos Sardinha (QH) e Luis Jorge (QH).

A medalha da LBP alusiva a 20 anos de serviço foi entregue, aos chefes Sónia Almeida e Vi-tor Batista, os subchefes, Ma-nuel Tavares, António Borges, Nuno Oliveira e Francisco Silva, os bombeiros de 1.ª, Adriano Lopes, José Rodrigues, Cláudia Batista, Nuno Silva e Marisa Sil-va, de 2.ª, Ana Paula Jerónimo e António Reis, e de 3.ª, Antó-nio Gaspar e Fortunato Reis.

Com as medalhas, de 15 anos de assiduidade da LBP, de prata da Câmara de Cascais e de ouro da Associação, foram distinguidos, os subchefes, An-tónio Borges e Nuno Oliveira, os bombeiros de 1.ª, Nuno Deus, Bruno Silva, Marisa Silva e Cláudia Batista, de 2.ª, Bruno Neto, Diogo Marques, António Reis, Alexandre Santos, Ricardo Marques e Jorge Silva, e de 3.ª, João Carmona, Fernando Lo-pes, Tiago Neto, António Gas-par, Fortunato Reis, Joana Sér-gio (QH) e João Santos (QH).

As medalhas de 10 anos de

assiduidade da LBP e de prata da Associação foram atribuídas, aos bombeiros de 2.ª, António Calinas, Jorge Carvalho, André Jerónimo, Luis Oliveira, Carlos Pereira, Maria Dranca, Ana Cos-ta, Tiago Pereira, Tiago Santos, José Pereira, Pedro reis, João reis, Ricardo Marques e Paula Sendas, e de 3.ª, Fernando Lo-pes, Ana Batista, Sidney Ama-deus e Joaquim Lourenço.

Por fim, as medalhas de 5 anos da LBP, medalha de cobre da Câmara e medalha de cobre da Associação, foram entre-gues, aos bombeiros de 1.ª, Tiago Pereira, Tiago Santos, José Carlos Pereira, Paula Sen-das, Tiago Fidalgo e Fábio Tei-xeira, e de 3.ª, Aline Silva, Fili-pe Reis, Ana Sendas, Carla Santos e Gonçalo Silva.

No decorrer da sessão solene procedeu-se também à atribui-ção do crachá de ouro da LBP,

ao comandante QH Carlos Mata (35 anos de bombeiro 27 dos quais no quadro de comando), ao comandante José Palha (39 anos de bombeiro e 28 dos quais no quadro de comando), ao chefe José Carlos Pereira (41 anos de bombeiro), ao subchefe José Duarte (39 anos de bom-beiro), ao subchefe José Manuel Carvalho (37 anos de bombei-ro), ao bombeiro de 1.ª José Al-bino Rodrigues (41 anos de bombeiro), bombeiro de 1.ª Jorge Lourenço (38 anos de bombeiro), bombeiro de 1.ª José Manuel Canhão (35 anos) e bombeiro de 2.ª Francisco Mi-randa (36 anos de bombeiro).

Na cerimónia estava também prevista a atribuição da meda-lha de serviços distintos grau ouro da LBP ao benemérito da Associação Francisco dos Ra-mos Mendes. Este, contudo, por motivos de saúde não pode es-

tar presente, ficando mandata-do o presidente da direção, José Filipe Ribeiro de proceder à en-trega da distinção. Este bene-mérito, entre outros apoios, em 2016 ofereceu aos Bombeiros de Alcabideche dois lotes de terreno urbanizados.

As cerimónias foram presidi-das pelo presidente da Câmara Municipal de Cascais, Carlos Carreiras, e contou com as pre-senças, dos vereadores Paula Gomes da Silva e Nuno Piteira, do representante da LBP, Rui Rama da Silva, do comandante distrital de Lisboa da ANPC, An-dré Fernandes, do presidente da Junta de Freguesia de Alca-bideche, Rui Costa, acolhidos, pela presidente da assembleia--geral Isabel Magalhães, pelo presidente da direção, pelo co-mandante e restantes órgãos sociais e membros do coman-do.

ALCABIDECHE

OP assegurou duas viaturas

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24 JULHO 2017

A colocação da primeira pedra das obras de ampliação do quartel foi um dos momentos grandes do programa comemorativo do

106.º aniversário da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Carcavelos e S. Domin-gos de Rana que incluiu também a apresentação de novas viaturas e variado equipamento de apoio à atividade operacional e condecoração de vários elementos do corpo ativo.

Ainda este ano deve ter início a intervenção nas instalações deste corpo de bombeiros do concelho de Cascais, orçada cerca de um milhão de euros, sendo que apenas os trabalhos nas áreas operacio-nais têm financiamento assegurado pelo Programa Operacional Sustentabilidade e Eficiência no Uso de Recursos (PO SEUR) que ronda os 400 mil eu-ros. Os trabalhos visam, no essencial, garantir a maior dignidade à missão dos bombeiros, o que

impõe criação de novas áreas e requalificação das já existentes, bem como reorganização e a reloca-lização dos espaços de apoio à atividade associati-va.

Na ocasião, foram ainda apresentados vários equipamentos adquiridos ao abrigo do Orçamento Participativo, bem como quatros novas viaturas, entre as quais um Veículo de Apoio Logístico Espe-cial com um sistema “multilift” que permite res-ponder a várias valências com um sistema de substituição de contentores que garante a poliva-lência deste meio já equipado com uma um Uni-dade Autónoma de Ar Respirável uma das três existentes no Pais que pode garantir a qualidade do ar carregado nas garrafas dos ARICA.

A receção a um reforço de sete novos elementos foi igualmente um momento alto. O efetivo conta agora com a dedicação, o saber e o voluntarismo

dos bombeiros de 3.ª Raquel Alexandra Silva Ne-ves, Maria da Conceição Batista, Patrícia Isabel Nunes Pinto, Enzo Miguel Miranda Joaquim, Utku Mert Aygun, Paulo Manuel Batista e João Paulo Elias Pacheco. No decorrer da cerimónia foram também entregues as divisas de bombeiro de 2.ª a André Filipe Ramos, Rui Tadeu Reis e Carla Sofia Pinho e de bombeiro de 1.ª a Sónia e Alexandra Alric. Subiram ao posto de subchefes os bombeiros de 1.ª Cláudia Sofia Dias Delgado Carvalho e Nuno Alric.

Em dia de festa não poderiam faltar as condeco-rações com a outorga de medalhas de ouro da Liga dos Bombeiros Portugueses ao bombeiro de 2:º João Carlos Correia (25 anos), o 2.º comandante, Pedro Carvalho, o bombeiro de 1.ª Cláudia Carva-lho e o bombeiro de 2:ª Frederico Miguel (20 anos). Foram, igualmente, distinguidos os bombei-

ros de 2.ª Mário Ventura, Armindo de Carvalho, José Ribeiro Ruben Brás e Carla Pinho (prata) e os bombeiros de 3.ª Fábio Matos, Ricardo Oliveira, Jéssica Vicente e Salvador Carvalhosa (cobre) Na ocasião foram ainda entregues medalhas da asso-ciação e da Câmara Municipal de Cascais.

Marcaram presença nesta cerimónia, entre ou-tras individualidades, o presidente da Câmara Mu-nicipal de Cascais, Carlos Carreiras, o comandante Fernando Barão, em representação da Liga dos Bombeiros Portugueses, o comandante Pedro Araújo, vice-presidente da Federação de Bombei-ros do Distrito de Lisboa, o 2:º CODIS de Lisboa, Hugo Santos e as presidentes das juntas de fre-guesia de Carcavelos e de São Domingos de Rana, respetivamente, Zilda Costa e Silva e Maria Fer-nanda Gonçalves.

Sofia Ribeiro

CARCAVELOS

Quartel recebe meios e reforços

MOITA

Ao serviço da população há 84 anos

A Associação dos Bombeiros Voluntários da Moita comemorou o 84.º ani-versário com um programa que teve como novidades um desfile e a

apresentação de continência à Câmara Municipal, na Praça da República.Da sessão solene, para além das intervenções das diversas entida-

des, destaca-se a tomada de posse do novo adjunto de Comando, Car-los Ourives, e a homenagem a Carlos Picado, hoje comandante do Qua-dro Honorário, mas que durante 25 anos, de forma ininterrupta, assu-

miu a estrutura operacional, sendo substituído, no final do ano passado, por Sérgio Moura. Por decisão da direção da associação foi atribuído o nome de Carlos Picado ao salão principal do quartel

Durante a cerimónia foi, também, assinado um protocolo de gemina-ção com a Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários da Covi-lhã, que visa “a troca de experiências e de formação”.

Em dia de festa foram ainda promovidos os bombeiros Orlando Men-

des (chefe), Nuno Gaspar e Ricardo Seixas (bombeiros de 1.ª) e distin-guidos com a medalha de Bons Serviços Municipais Sérgio Neto, pelos seus 20 anos de serviço, e Hugo Campos e João Pessoa, por um década de entrega à casa e à causa. Receberam medalhas de assiduidade Raul Rodrigues e Sérgio Neto (Grau Ouro - 20 anos), Sérgio Moura e Celes-tino Lopes (Grau Prata -15 anos), Cândida Rodrigues (Grau Prata -10 anos), Edi Sousa, Pedro Lopes e Filomena Cruz (Grau Cobre -5 anos).

A Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários do Sul e Sueste comemo-

rou o seu 123º aniversário no passado dia 23 de Julho com a inauguração de quatro novas viaturas, a atribuição do crachá de ouro ao chefe Arlindo Silva e a atribuição de outras distinções.

A sessão solene foi presidida pelo presidente da Câmara Muni-cipal do Barreiro, Carlos Hum-berto de Carvalho, e contou com as presenças, do vice-presidente do conselho executivo da Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP), António Rodeia Machado, do segundo comandante opera-cional distrital de Setúbal da ANPC, Marcelo Lima, do vogal da direção da Federação dos Bom-beiros do Distrito de Setúbal, co-mandante José Figueiredo, aco-

lhidos pelo presidente da mesa da assembleia geral, comandan-te do Quadro de Honra e Fénix de Honra da Liga dos Bombeiros Portugueses, Aníbal dos Reis Luís, pelo presidente da direção, Eduardo Correia, pelo coman-dante do corpo de bombeiros, Acácio Coelho, e restantes ór-gãos sociais e elementos do co-mando.

Durante a sessão solene pro-cedeu-se à entrega de diplomas de reconhecimento – serviço operacional, relativos ao ano de 2016, aos bombeiros com o maior número de horas de for-mação/instrução (grau ouro: bombeira de 3.ª Micaela Figuei-redo, 318 horas; grau prata: bombeiro de 1.ª Daniel Batista, 305 horas; grau bronze: bombei-ra de 3.ª Mónica Alexandra Mar-

tins, 274 horas) e de piquete/prevenção (grau ouro: bombeiro de 1ª Vítor Santos, 1.994 horas; grau prata: bombeiro de 2ª An-dré Marques, 1722 horas; grau bronze: chefe António Dionísio, 1.678 horas).

No decurso da cerimónia, fo-ram condecorados 9 bombeiros com as medalhas de assiduidade da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários do Sul e Sueste e da Liga dos Bombeiros Portugueses, nas diversas cate-gorias: grau cobre (5 anos), LBP, bombeira de 2.ª Sara Mestre, bombeiro de 3.ª Ricardo Filipe Martins e Estagiária Ana Neto, grau prata (10 anos), LBP, bom-beira de 2.ª Mónica Palma, bom-beiro de 2.ª Augusto Nunes, bombeiro de 2.ª Miguel Mendes, bombeira de 2.ª Íris Milheiro e

bombeiro de 3.ª Mário Pólvora, e medalha de assiduidade – grau ouro (25 anos), AHBV Sul e Sueste, ao bombeiro de 2.ª Pau-lo Rodrigues

O Chefe Arlindo Silva foi agra-ciado pela Liga dos Bombeiros Portugueses com o crachá de ouro, pelos seus 35 anos de ab-negada dedicação à causa dos bombeiros.

Ainda no decurso da cerimó-nia foram promovidos à catego-ria de bombeiro de 1.ª os se-guintes elementos: Miguel Sal-danha, André Marques e Rui Ma-çãs.

Na ocasião, foram ainda inau-guradas 4 viaturas operacionais, às quais foram atribuídos os no-mes indicados: uma ambulância de emergência (ABSC), “Carlos

Humberto de Carvalho, Presiden-te da Câmara Municipal do Bar-reiro”, uma ambulância de trans-porte múltiplo (ABTM), “Subche-fe do Quadro de Honra, Crachá de Ouro, Luís Filipe Nunes”,um veículo dedicado ao transporte de doentes (VDTD), “Subchefe do Quadro de Honra, Crachá de Ouro, Luís Alferes”, e um semi--reboque:, “Peregrino”.

BARREIRO SUL E SUESTE

Inauguradas quatro viaturas

25JULHO 2017

A Associação Humanitária de Bom-beiros Voluntários de Vila Viçosa

comemorou o seu 80º aniversário em clima de confiança nos seus bombeiros mas também de preocupação face aos constrangimentos existentes em geral.

O vice-presidente da Liga dos Bom-beiros Portugueses (LBP), Adriano Ca-

pote, presente na sessão solene, lem-brou um deles, apontando que “foi uma asneira juntarem os bombeiros na pro-teção civil” e acrescentando que os bombeiros “deviam ter o seu organis-mo próprio, tutelado a nível do estado”.

O presidente da direção, e presiden-te da Federação de Bombeiros do Dis-

trito de Évora, Inácio Esperança, apon-tou este aniversário como “uma data memorável” vivida pelos bombeiros “com muita energia” e sentida pela po-pulação “com muito orgulho e muita honra nos seus bombeiros”.

A sessão solene contou com as pre-senças, do vice-presidente da Câmara

Municipal de Vila Viçosa, dos represen-tantes da LBP e da Federação já referi-dos, da segunda comandante distrital da Autoridade Nacional da Proteção Ci-vil, Maria João Rosado, acolhidos pelos órgãos sociais e pelo comando.

As comemorações iniciaram-se cedo, com a habitual cerimónia do

hastear das bandeiras, seguida de, ar-ruada pela fanfarra pelas principais ar-térias, missa na igreja de Nossa Se-nhora da Conceição, a romagem ao cemitério com deposição de flores no memorial ali existente, do desfile de viaturas, da sessão solene e do almoço de convívio.

VILA VIÇOSA

Assinalada “data memorável”

A Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Fajões, concelho de

Oliveira de Azeméis, apresen-tou o projeto de remodelação e ampliação das suas instalações no decurso das comemorações do 35.º aniversário da institui-ção.

Trata-se de requalificar o existente, construído há duas décadas, e ampliar, para colma-tar carências e adequar as ins-talações ao presente. Cerca de 60 por cento da intervenção, de facto, destina-se a remodelar o já existente e o restante a am-pliar.

A intervenção prevista inclui, os balneários femininos e mas-culinos e o parque de viaturas e a remodelação, a central de co-municações, a lavandaria, a ar-recadação materiais diversos, a remoção da cobertura de amianto, a intervenção relativa à degradação geral do imóvel, incluindo infiltrações, entre ou-tras.

As obras, enquadradas no POSEUR, assentam “na neces-sidade de ampliação e remode-lação das instalações existen-tes, inauguradas em 1997”. O custo total da empreitada é de 412.471,10 euros, a comparti-cipação comunitária de 85 por cento é de 315,748.24 euros,

ficando um encargo para a as-sociação de 55.720,28 euros.

O programa festivo contem-plou, também, a inauguração de duas ambulâncias que, se-gundo o presidente da direção, Ricardo Fernandes, “são refor-ços significativos ao nível da resposta da emergência pré--hospitalar e do serviço ambu-latório que passa a dispor de quatro ambulâncias de socorro em permanência, essenciais para a crescente atividade ope-racional”. Uma das viaturas apresentadas resultou de uma considerável transformação, após um acidente de viação ocorrido em setembro de 2016. E a esse propósito, o presiden-te da direção fez questão de agradecer e reconhecer o apoio do Grupo JS, na pessoa de Rui Paulo Santos “pela significativa ajuda financeira, que permitiu

a recuperação e transformação da ambulância em causa”.

Na cerimónia foi, ainda, ho-menageado o ex-comandante e dirigente Fernando de Almeida, com a atribuição do crachá de ouro da Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP), e proce-deu-se à atribuição de conde-corações e a promoção a bom-beiros de 3.ª, dos estagiários, Rui Pinho, Rui Santos, Raquel Sá, Inês Rocha, Ricardo Cor-reia, Jesualdo Bastos, André Martins e Luís Carlos, a bom-beiros de 2.ª, Nuno Duarte, Márcio Almeida, Ricardo Cor-reia, Marco Pinho, Carlos Duar-te, Alexandra Silva, Alfredo Oli-veira, Diamantino Valquares-ma, Renato Cardoso, Olívia Costa, Henrique Teixeira e Da-niel Oliveira, e a subchefe, Jor-ge Miguel Nogueira.

Receberam medalhas de as-

siduidade da Liga dos Bombei-ros Portugueses (LBP) os bom-beiros, Nuno Duarte e Marco Pinho (5 anos); Daniela Rocha, Carlos Duarte e Olívia Costa (10 anos); Jorge Nogueira, Bruno Almeida, João Bastos, Hugo Al-meida, Carlos Oliveira, Daniel Pinho, Márcio Almeida, Rufino Silva e António Amílcar (15 anos); o comandante Ricardo Guerra, e os bombeiros, Carlos Teixeira, Manuel Pinho, Adriano Resende, José Rocha, Ricardo Oliveira, Armindo Almeida,

Emanuel Conceição, Manuel Correia, Carlos Oliveira e Car-los Magalhães (20 anos). Foram ainda condecorados com a me-dalha de dedicação da confede-ração (25 anos) Arlindo Gonçal-ves, Joaquim Silva, Jorge Bas-tos, Manuel Moreira, Aparício Aguiar, Nuno Soares, Albino Santos, Artur Cardoso, António Oliveira, Francisco Cardoso, Sérgio Oliveira, Adelino Olivei-ra, António Oliveira, Carlos Oli-veira, Carlos Magalhães, José Oliveira e Manuel Conceição.

Com a medalha de serviços dis-tintos grau ouro da LBP foram distinguidos os bombeiros, José Almeida, António Oliveira, Arlindo Pinho, Álvaro Pinho, Ar-tur Cardoso, Francisco Cardoso, António Almeida, Ernesto Oli-veira, Arlindo Gonçalves, Ma-nuel Conceição e Joaquim Silva.

A sessão solene foi presidida por Isidro Figueiredo, edil de Oliveira de Azeméis, e contou com as presenças, do presiden-te da LBP, comandante Jaime Marta Soares, do comandante Carlos Mouro, em representa-ção da Federação de Bombeiros do Distrito de Aveiro, do co-mandante distrital da ANPC, António Ribeiro, dos presiden-tes das juntas de freguesia de Fajões, Carregosa e Escariz, respetivamente, Jorge Paive, António Aguiar e Fernanda Sil-va, acolhidos pela presidente da assembleia-geral da Asso-ciação, Maria Carlota Machado, do presidente da direção, do comandante e restantes órgãos sociais e comando.

FAJÕES

Remodelação e ampliação vão arrancar

26 JULHO 2017

A Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de

Lamego celebrou, no passado dia 22 de julho, 140 anos de existência norteados pelo lema Vida por Vida.

As festividades tiveram início manhã cedo com o hastear da bandeira frente ao quartel e a formatura geral do corpo ativo. Este ano, a apresentação da Es-cola de Infantes e Cadetes cons-tituiu um atrativo das comemo-rações, porque traduz a concre-tização do sonho antigo de “in-cutir nas crianças e jovens o espírito de bombeiro e cultivar o voluntariado no concelho. Os bombeiros de palmo e meio des-filaram e alegraram as gentes de Lamego e encheram de orgulho dirigentes, comando e corpo ati-vo que não escondem entusias-mo pelo crescente interesse dos mais novos pela causa.

A associação fez questão que

as cerimónias fossem levadas para o centro da cidade, mesmo aos pés da Padroeira Nossa Se-nhora dos Remédios, com o in-tuito de “chegar mais perto dos lamecenses e mostrar toda a força e esplendor dos bombeiros que tudo fazem em prol da po-pulação que servem”.

As celebrações contemplaram ainda promoções e condecora-ções de bombeiros e dirigentes, e ainda a bênção de um Veículo Dedicado ao Transporte de Doentes (VDTD), adquirido pela associação “ para fazer face as necessidades e melhorar a pres-tação de cuidados à população do concelho”.

Em dia de festa não foram es-quecidas as tragédias de um Pais em chamas e, por isso, foi cum-prido um minuto de silêncio em memória do bombeiro de Casta-nheira de Pera e de todas as ou-tras vítimas do incêndio de Pe-

drógão Grande, precedido pelo toque da sirene, que muito toca todos os que dedicam a sua vida a salvar a dos outros.

Na sessão foram promovidos Pedro Miguel Nunes Fragueiro à categoria de oficial bombeiro de 2.ª, bem como João Branquinha, Sérgio Dias e Manuel Pereira (subchefes) e ainda João Ca-nastra, Tatiana Machado, João Paiva, Ernesto Ferreira, Francis-

co Ferreira, Luísa Lobão (bom-beiros de 2.ª).

Foram também agraciados medalhas de Assiduidade da Liga dos Bombeiros Portugueses os bombeiros de 1.ª Liliana To-más e Nuno Viana e o bombeiro de 2.ª Luís Fineza (grau Prata - 10 anos); o oficial bombeiro de 2.ª. Nuno Gonçalves e subchefe Sérgio Dias (grau Ouro - 15 anos) e os adjuntos de comando

António Fernandes e Luís Olivei-ra (grau Ouro - 20 anos). Da mesma foram condecorados o vogal da Direção Adérito Almei-da Gonçalves (grau Ouro - 20 anos) e o presidente da Assem-bleia Geral, Francisco Manuel Lopes; o vice presidente da As-sembleia Geral, Henriques Gon-çalves da Cruz; o presidente do Conselho Fiscal, Roberto Jorge Santos Alves e tesoureiro, Antó-

nio Manuel Simões Oliveira (grau Cobre - 5 anos).

O programa que incluiu ainda a tradicional romagem de sau-dade aos cemitérios da Santa Cruz e Cruz Alta, com o toque do Hino dos Bombeiros e um jantar de confraternização, que juntou no quartel dirigentes, comando, bombeiros, associados e convi-dados, numa manifestação de salutar partilha e convívio.

LAMEGO

“Chegar mais perto dos lamecenses”

A Associação Humanitária dos Bom-beiros Voluntários de Paço de Sousa

assinalou o 79.º aniversário com um programa que incluiu a promoção de cinco bombeiros à de 3.ª e um de 1.ª e a condecoração de sete elementos com medalhas de cobre, prata e ouro.

Entidades convidadas, dirigentes, bombeiros e associados marcaram pre-sença na sessão solene antecedida da

inauguração e bênção de um Veiculo Apoio Logístico Especifico (VALE), de um outro destinado a operações espe-cíficas (VOPE) e ainda de uma ambu-lância destinada ao transporte de doentes não urgentes.

No período das alocuções não falta-ram elogios ao trabalho desenvolvido pelos operacionais durante o ano. Na ocasião a direção foi presenteada com

as medalhas de 1.º e 2.º classificado conquistadas o ano passado pelos Vo-luntários de Paço de Sousa nos Nacio-nais de Manobras. Num gesto de grati-dão para com os “amigos da associa-ção” foram, ainda, entregues algumas lembranças, a quem tem provas dadas no apoio aos bombeiros.

Na sua intervenção o presidente da Câmara Municipal de Penafiel, Antonino

de Sousa, deu especial enfoque ao pro-grama municipal de apoios e incentivos aos voluntários que inclui, entre outros benefícios, um cartão de saúde e a ta-rifa especial para destinadas às famílias com bombeiros.

Nesta cerimónia marcada também pela homenagem às vitimas da tragé-dia de Pedrógão Grande, marcaram presença para além do edil penafide-

lense, o vereador da Proteção Civil, Ro-drigo Lopes; comandante José Morais, em representação do conselho executi-vo da Liga dos Bombeiros Portugueses; Oliveira e Silva; Arlindo de Sousa, pre-sidente da junta de Freguesia; padre Sousa Alves e ainda representantes de diversas entidades da vila e de associa-ções e corpos de bombeiros de vários pontos do País.

PAÇO DE SOUSA

Condecorações e reforço de meio em dia de aniversário

Os trágicos incêndios no Pinhal Interior moti-varam a Associação Humanitária dos Bom-

beiros Voluntários de São Martinho do Porto, a comemorar o 110.º aniversário com um progra-ma reduzido.

A data foi assinalada com a uma missa por in-tenção dos bombeiros, diretores e sócios faleci-dos, e a receção a oito novos bombeiros que, após um longo e exigente período de formação receberem as insígnias de bombeiro de 3.ª pas-

sando, assim, a integrar as fileiras dos soldados da paz.

Nesta mesma ocasião, foram inaugurados e benzidas quatro novas viaturas. Os Voluntários de São Martinho do Porto reforçaram os meios e

colocam ao serviço da população um Veiculo Tanque com capacidade para 15000L, um Veiculo Ligeiro de Combate a Incêndios, uma Viatura de Transporte de Doentes e, ainda, uma scooter de apoio ao serviço operacional.

SÃO MARTINHO DO PORTO

Novas viaturas e mais bombeiros

27JULHO 2017

A comemoração do 87.º aniversário da Associação Humanitária dos

Bombeiros Voluntários de Freamunde ficou marcada pela posse do novo co-mandante do corpo de bombeiros e da bênção de uma nova viatura, em ceri-mónia que contou com a presença de várias entidades, nomeadamente, do comandante José Morais, em repre-sentação do conselho executivo da Liga dos Bombeiros Portugueses.

O novo comandante. José Domin-gos, foi até agora segundo comandan-te do corpo de bombeiros e sucede ao comandante Mendonça Pinto, retirado por ter atingido a idade da reforma.

José Domingos está nos bombeiros há 27 anos, está ligado ao quadro de

comando desde 1990 ingressou nos bombeiros em 1986, e garante que ser comandante nunca foi uma ambição. “Aceitei pelo sentido de dever, pelo apelo da direção e por acreditar que é vontade do corpo de bombeiros”. O novo comandante quer manter o mes-mo nível operacional do corpo de bom-beiros e ver concluída a segunda fase de ampliação do quartel.

Nascido e criado em Freamunde, José Domingos, hoje com 53 anos, vive em Sousela, Lousada. Quando Mendonça Pinto se tornou comandan-te, José Domingos foi convidado para o cargo que aceitou para, anos mais tar-de, passar a segundo comandante. Voltou, agora, a aceitar o desafio. “O

meu propósito é garantir o mesmo ní-vel de serviço e prontidão do corpo de bombeiros” que existia até agora, sa-lienta.

Falando sobre os projetos para a corporação, o novo comandante avan-ça que, internamente, quer manter a operacionalidade do corpo de bombei-ros e o bem-estar e motivação de to-dos. Depois, em termos materiais vai procurar que a direção avance para a segunda fase de ampliação do quartel, já que, com a primeira ampliação, o quartel ganhou camaratas e parque de viaturas mas perdeu a casa escola e as oficinas. No terreno atrás do quartel deverá avançar a construção das ofici-nas, da estação de serviço, da arreca-

dação de material, da lavandaria, do parque de viaturas museu e de uma nova casa escola e espaço de parada.

Em termos humanos, quando termi-nar uma recruta, com 21 elementos, o corpo ativo ficará com cerca de 110 elementos. “Todos os anos temos tido uma nova recruta para ir renovando o corpo de bombeiros e porque é preciso ir preenchendo as saídas”, explica o novo comandante. Há cada vez mais mulheres e licenciados nos bombeiros, mas é também cada vez mais difícil que esses elementos fiquem na corpo-ração durante muitos anos, devido a exigências pessoais e profissionais.

O aniversário dos Bombeiros Volun-tários de Freamunde ficou também

marcado por uma missa no salão paro-quial, a romagem aos cemitérios e ao monumento ao bombeiro e pelo desfile apeado e motorizado, antecedendo a sessão solene e o lanche de confrater-nização.

(Agradecemos a colaboração de Fernanda Pinto/

/Jornal Verdadeiro Olhar)

FREAMUNDE

Novo comandante toma posse

“Há cinco anos que faze-mos propostas bem defi-

nidas, nomeadamente, em re-lação ao comando autónomo, que reivindicamos”, lembrou o presidente da Liga dos Bombei-ros Portugueses (LBP) na ses-são solene comemorativa do 139.º aniversário da Associação Humanitária dos Bombeiros Vo-luntários de Santo Tirso.

O comandante Jaime Marta Soares lembrou também o pro-cesso em curso da alteração à lei do financiamento “que te-mos fechar em Setembro” e que terá que consagrar também

a abolição da cláusula negativa de 5 por cento.

O presidente da LBP agrade-ceu “a saudação e estímulo” que lhe foi dirigida pelo presi-dente da Federação dos Bom-beiros do Distrito do Porto, Oli-veira e Silva, adiantou que “es-tamos em negociação, determi-nados é certo, mas não em guerrilhas estéreis que podem até fazer retroceder tudo” e acentuou que “temos propostas em cima da mesa das quais não abdicamos mesmo que muitas vezes as coisas não andem à velocidade que desejamos”.

Jaime Soares referia-se à lei de financiamento, ao comando autónomo e a outras matérias, nomeadamente, ao cartão so-cial do bombeiro, cujo processo negocial também decorre neste momento.

A sessão solene teve início com a inauguração de uma am-bulância de transporte ofereci-da pelo benemérito Altino Osó-rio. Seguiram-se as interven-ções e a atribuição de diversas distinções.

O crachá de ouro da LBP foi atribuído aos chefes, José Antó-nio Moreira Matos e António

Sousa e Silva, ao bombeiro de 2.ª Almerindo Carneiro Varela e ao dirigente Horácio Ferreira Rosa.

Com a medalha distrital de 40 anos foram distinguidos, o adjunto de comando José Au-gusto Moreira do Rego e o bom-beiro de 3.ª supranumerário Luís Batista da Silva.

Seguiu-se a entrega das me-dalhas da Associação, de 25 anos, ao chefe José António Ma-tos, ao subchefe Joaquim Silva, ao bombeiro de 1.ª Victor Gou-veia, ao bombeiro de 2.ª José António Carvalho e ao bombeiro

de 3.ª Eduardo Matos, de 20 anos, aos bombeiros de 3.ª, António Coelho e Carlos Rego (supranumerário), e de 15 anos, aos bombeiros, de 1.ª, Eduardo Borges, Helder Mar-ques e Márcia Gonçalves, e aos de 2.ª, Fernando Freitas, José Pedro Magalhães e Carlos Lou-reiro.

A cerimónia foi presidida pela secretária de estado Adjunta e da Administração Interna, Isa-bel Oneto, e contou com as pre-senças, dos presidentes da LBP e da Federação de Bombeiros do Porto já referidos, do presi-

dente da Câmara Municipal de Santo Tirso, Joaquim Couto, do comandante distrital do Porto da ANPC, tenente-coronel Car-los Rodrigues Alves, acolhidos pelo presidente da assembleia--geral, Manuel Neto, pelo presi-dente da direção, Asuíl Carnei-ro, pelo comandante Joaquim Souto, e pelos restantes mem-bros dos órgãos sociais e do co-mando.

Destaque para a exposição presente no quartel em que se inclui a maqueta do antigo edi-fício do quartel construída pelo chefe Mário Rufino.

SANTO TIRSO

LBP faz propostas bem definidas

28 JULHO 2017

A Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários

de Fafe comemorou o seu 127.º aniversário em 26 de ju-nho último e não em 22 de abril, conforme previsto, devi-do ao súbito falecimento do te-soureiro Joaquim Sousa, cuja memória foi lembrada durante a sessão solene.

Na sessão solene ocorreu a posse da primeira mulher ad-junta de comando da institui-ção, Cristina Lage.

As cerimónias tiveram início com a formatura geral, ao co-meço da manhã, frente ao quartel, seguida da romagem ao Monumento ao Bombeiro, ao cimo da Avenida do Brasil, onde o presidente da direcção, Pedro Frazão, colocou uma co-roa de flores.

Seguiu-se a recepção e apre-sentação de cumprimentos às autoridades e convidados, en-tre os quais o presidente da Câmara Municipal, Raul Cunha, Norberto Lopes, em represen-tação da Liga dos Bombeiros Portugueses e a segunda co-mandante operacional distrital de Braga da ANPC.

O programa teve seguimento com a imposição de medalhas e condecorações aos bombeiros. Assim, foram distinguidos, com a medalha de 30 anos, os bom-

beiros João Costa (2.ª) e Ma-nuel Soares (3.ª), com a de 25 anos, o subchefe António No-vais e o bombeiro de 3.ª Vitor Teixeira, com a medalha de 20 anos, o subchefe Sérgio Cunha, com a de 15, os bombeiros Ana Paula Antunes (2.ª) e Ricardo Primo (3.ª), com a de 10 anos, a bombeira de 3.ª Cristina Lage, e com 5 anos, os bom-beiros de 3.ª, João Ramos, José Fernando Freitas, Fábio Freitas, Jorge Oliveira e Cláudia Pereira.

Decorreu também a promo-ção de quatro estagiários a bombeiros de 3.ª, João Olivei-ra, Micaela Fernandes, Helena Fernandes e António Mota.

Seguiu-se a bênção de viatu-ras e equipamentos pelo cape-lão da corporação, Padre José Peixoto Lopes. Foram inaugura-dos, uma nova ambulância de socorro, patrocinada com 20 mil euros pela Junta de Fregue-sia de Fafe, um atrelado para provas de manobras executado por um grupo de bombeiros, com o patrocínio de uma em-presa e do grupo de cavaqui-nhos da corporação, bem como um carro de combate a incên-dios (VECI 01) que foi reequi-pado e melhorado com o patro-cínio de uma empresa local de transportes. Foram ainda ben-

zidos cinco desfibrilhadores e outros equipamentos de apoio à ação dos bombeiros.

O primeiro momento da ses-são solene, que se seguiu, foi a tomada de posse de Cristina Paula Lage, como adjunta do comando, no dia em que fazia 32 anos de idade e em que re-cebeu a medalha dos 10 anos de serviço. Após o juramento e ato de posse recebeu as insíg-nias de adjunta impostas por familiares, sendo a primeira mulher que nos bombeiros fa-fenses ascende a um posto de comando.

Cristina Lage desdobrou-se em agradecimentos, ao presi-dente da direção Pedro Frazão e ao Comandante Gilberto Gon-çalves, aos familiares e cama-radas, lembrando o lema dos bombeiros, “Vida por Vida”, e as respetivas consequências,

prometendo: “tudo farei para que voltemos (das catástrofes ou dos incêndios) todos com vida e em segurança”.

O comandante Gilberto Gon-çalves assumiu a decisão da nomeação para adjunta de co-mando da bombeira Cristina Lage. “Essa aposta numa mu-lher e num bombeiro de 3.ª não me criou qualquer tipo de receio ou até mesmo tirou o sono, esta escolha teve em consideração o perfil, as quali-dades e as competências que a Cristina Lage tem vindo a de-monstrar ao longo dos últimos anos no exercício das suas fun-ções e atividade de bombeiro, cumprindo sempre as mesmas com zelo e dedicação, mas também no desempenho de funções de maior responsabili-dade neste Corpo de Bombei-ros”, referiu o comandante.

Gilberto Gonçalves agrade-ceu depois ao presidente da Câmara o reforço do corpo de bombeiros com mais cinco ope-racionais para fazer face às ne-cessidades do serviço, bem como a aprovação e implemen-tação de um Regulamento Mu-nicipal de Atribuição de Com-pensações pelo Desempenho das Funções de Bombeiro, que carece, no entanto, de alguns ajustamentos e de maior agili-zação, para que os bombeiros possam usufruir de uma forma mais eficaz e célere de tais re-galias.

Dirigindo-se ao Presidente da Direcção, sublinhou que “é fundamental e urgente imple-mentarmos um modelo que permita um equilíbrio entre o bombeiro profissional e o bom-beiro voluntário” em áreas es-pecíficas, de forma a “ter um Corpo de Bombeiros ao mais alto nível e com uma elevada capacidade de resposta a situa-ções de emergência e de socor-ro”.

Gilberto Gonçalves dirigiu-se ainda aos seus camaradas bombeiros para recordar que nos últimos cinco anos este corpo de bombeiros teve uma evolução e um crescimento evi-dentes, a nível da formação, em diversas áreas, organização

interna, promoção em todas as categorias e manutenção da área mais cultural e desportiva do Corpo de Bombeiros.

Pedro Frazão, por seu turno, usou da palavra para falar da alegria por mais um aniversá-rio, louvar a abnegação, o ser-viço e a competência de todo o corpo ativo, congratular-se pelo enriquecimento dos meios da corporação, em viaturas e material, recordar que é a pri-meira vez que os bombeiros de Fafe têm uma mulher num pos-to de chefia e agradecer ao Mu-nicípio todo o apoio que tem sido despendido ao longo dos três mandatos da sua direção.

O Presidente da Direcção acabou por manifestar o seu enorme regozijo pelo momento histórico que se viverá no final do mês de Outubro com a reali-zação em Fafe do Congresso da Liga dos Bombeiros Portugue-ses, cujo presidente Jaime Mar-ta Soares já esteve no terreno a avançar com a organização.

O Presidente da Câmara, Raul Cunha, por sua vez, apro-veitou a oportunidade para re-cordar que, nos últimos quatro anos, o seu executivo aumen-tou em 25 por cento o subsídio anual à corporação, o que re-presenta um apoio global de meio milhão de euros.

FAFE

Primeira mulher adjunta de comando

A Associação Humanitária de Bom-beiros Voluntários de Vila das Aves

homenageou o associado n.º 1 e anti-go dirigente, comendador Joaquim Ferreira de Abreu, no decurso das co-memorações do seu 40.º aniversário.

O homenageado, além de sócio n.º 1, foi vice-presidente da direção du-rante vários mandatos e presidente da assembleia-geral entre 2002 e 2014. a primeira ambulância da Associação foi oferecida por ele e, ao longo de 40 anos, não deixou de prestar particular atenção à instituição, sendo sempre um dos seus maiores impulsionadores, e prover à satisfação de muitas das suas necessidades, a par da sua activi-dade empresarial de referência em di-versas unidades industriais.

O comendador Joaquim Abreu quis, ele próprio na cerimónia homenagear os próprios bombeiros com a inaugu-ração de uma escultura alusiva, da au-toria de Eurico Rebelo, no interior do quartel numa parede fronteira à sala de comando.

Uma das três viaturas inauguradas no 40º aniversário da Associação, uma ambulância, foi oferecida pelo homenageado e sua família. As res-tantes, duas ambulâncias de transpor-te (VDTD) foram oferecidas pelas em-presas Casfil e Felpinter, uma de Vila das Aves e outra de Vila Nova do Cam-po.

Durante a sessão solene que decor-reu no salão nobre do quartel foram atribuídas medalhas de assiduidade e

dedicação da Liga dos Bombeiros Por-tugueses (LBP). Assim, com a meda-lha de dedicação por 25 anos, foram distinguidos, o oficial bombeiro de 2ª (sup.) QH Sérgio Vilaça, os bombeiros de 1ª, João Paulo Moura (QH), José Maria Cunha (QH), Maria Alice Men-des, os subchefes, Carlos Guedes e Caros Martins (QH) e o bombeiro de 3ª Marco Machado, e com a 20 anos, ouro, o comandante Hugo Machado, os subchefes, Manuel Mendes, Rafael Mota e Marco Nunes, os bombeiros de 1.ª, José Joaquim Sousa e Abílio Fer-reira, de 2.ª, João Manuel Martins, e de 3.ª Pedro Costa.

Com a medalha de assiduidade de 15 anos da LBP foi distinguida a bom-beira de 3.ª Ana Paula Vieira, com a

medalha de 10 anos, os bombeiros de 3.ª, Letícia Araújo, Diogo Carneiro, Abel Neto, Daniel Carneiro e Susana Machado, e, por fim, com a medalha de 5 anos, os bombeiros de 3.ª, Ana Rita Castro, Rute Almeida, Tiago Al-ves, Liliana Freitas, Carlos Fernandes e José Miguel Fernandes.

Foram também atribuídas medalhas da LBP por passagem ao quadro de honra, ao subchefe Carlos Manuel Martins, aos bombeiros, de 1.ª, Raul Oliveira e José Cunha, de 2ª, Domin-gos Ribeiro e Joaquim Lavadores (3.ª).

As cerimónias comemorativas fo-ram presididas pelo presidente da Câ-mara Municipal de Santo Tirso, Joa-quim Couto, e contaram com as pre-

senças, da deputada à Assembleia da República, Andreia Neto, do presiden-te da Assembleia Municipal, Rui Ribei-ro, do vogal do conselho executivo da LBP, comandante José Morais, do re-presentante da Federação de Bombei-ros do Distrito do Porto, Adelmo Vas-concelos Guimarães, do segundo co-mandante distrital do Porto da ANPC, Albano Teixeira, da presidente da Jun-ta de Freguesia de Vila das Aves, Eli-sabete Faria, da comandante munici-pal da proteção civil, Célia Fontes, do comandante da GNR, sargento Marco Pereira, acolhidos, pelo presidente da assembleia geral, Adalberto Carneiro, o presidente da direção, Carlos Valen-te, o comandante Hugo Machado, e restantes órgãos sociais e comando.

VILA DAS AVES

Homenagem ao associado nº 1

29JULHO 2017

A Associação Humanitária dos Bom-beiros Voluntários de Odivelas co-

memorou o seu 120.º aniversário, aproveitando para inaugurar uma nova ambulância, acolher novos bombeiros, atribuir três crachás de ouro e meda-lhas de assiduidade e dedicação da Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP) e homenagear a título póstumo três bombeiros e um dirigente.

Os novos elementos do corpo de bombeiros são, Emanuel Seleiro, Sónia Oliveira, Pedro Costa, Diogo Ribeiro, Pedro Antunes e Carlos Rodrigues.

Foram distinguidos com o crachá de ouro da LBP os chefes, Mário Rodri-gues, Humberto Banha e Joaquim Bes-sa, em cerimónia coordenada pelo vo-gal do conselho executivo da confede-ração presente, comandante Fernando Barão.

Foi prestada a homenagem póstu-

ma, com a atribuição da medalha de dedicação da Associação a Anselmo Silva, antigo dirigente e presidente da direção entre 1975 e 1997, antigo pre-sidente da Federação de Bombeiros do Distrito de Lisboa, vice-presidente da LBP e conselheiro regional de bombei-ros.

Com a mesma medalha, e também a titulo póstumo, foram distinguidos, o antigo comandante Fernando Oliveira Aleixo, que desempenhou o cargo en-tre 1959 e 1975, tendo passado ao quadro de honra devido a doença, o antigo segundo comandante Mário dos Santos da Silva Viana, com 36 anos de bombeiros e entre 1991 e 2009 como segundo comandante, e o chefe Jorge António Coelho do Amaral Pereira, in-gressado em 1985 como cadete, de-tentor de um apreciável currículo, che-fe da fanfarra desde 1997 e falecido no

ano em curso aos 46 anos quando es-tava indicado para promoção a adjunto de comando.

Os três primeiros homenageados eram também detentores do crachá de ouro da LBP e outras distinções.

A inauguração da nova ambulância de transporte (VDTD) foi inaugurada e apadrinhada pelo presidente da Câma-ra Municipal de Odivelas, Hugo Mar-tins, dado que a viatura foi adquirida com o apoio municipal e dos contri-buintes que inseriram no seu IRS o NIF da Associação.

Com medalhas de assiduidade e de-dicação (LBP) e Associação foram dis-tinguidos: medalha de ouro 3 estrelas, 30 anos (associação) o subchefe João Bernardino, com as medalhas de 25 anos (LBP) e ouro 2 estrelas (associa-ção), o adjunto de comando Nelson Viana, os bombeiros de 1.ª, Luis Este-

ves e Francisco Natário, e o bombeiro de 3.ª Jorge Sousa, com as medalhas de 15 anos, LBP e Associação, o bom-beiro de 1.ª Helder Bernardo e a bom-beira de 2.ª Liliana Muñoz, e só 15 anos LBP, as bombeiras de 2.ª, Mónica Pacheco e Mariana Rocha.

Com as medalhas, 10 da LBP e As-sociação, foram distinguidos os bom-beiros, Joana Pinto e Tiago Montes (2.ª), e de 5 anos, LBP e Associação, os bombeiros de 3.ª, Diogo Sousa, Ri-cardo Pais, Flávio Sousa e Eduardo Santos, e só 5 anos associação, o bombeiro de 2.ª Paulo Jorge Peixe e o bombeiro de 3ª Mário Santos.

A cerimónia, presidida pelo presi-dente da Câmara de Odivelas, contou também com as presenças, das depu-tadas à Assembleia da República, Su-sana Amador e Sandra Pereira, do re-presentante da LBP já referido, pelo

presidente da Federação de Bombei-ros do Distrito de Lisboa, comandante António Carvalho, do comandante operacional distrital de Lisboa da ANPC, André Fernandes, dos vereado-res, Edgar Vales e Maria da Luz No-gueira, dos presidentes, da Junta de Freguesia de Odivelas, Nuno Gaudên-cio, da União de Freguesias da Ponti-nha/Famões, Corália Rodrigues, da União de Freguesias da Pòvoa de San-to Adrião/Olival Basto, Rogério Breia, do vice-presidente da União de Fre-guesias da Ramada/Caneças, Armin-do Fernandes, acolhidos pelo presi-dente da assembleia-geral da Asso-ciação, tenente-coronel Fernando Rol-dão Vieira da Silva, do presidente da direção, Eugénio Marques, do coman-dante Fernando Santos, e restantes órgãos sociais e elementos do coman-do.

ODIVELAS

Receção aos novos e homenagem aos antigos

O presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses

(LBP) lançou o desafio aos de-putados à Assembleia da Repú-blica para que façam legislação que “resolva os problemas dos bombeiros”, nomeadamente, que garanta a constituição do seu comando autónomo. Assim, segundo o comandante Jaime Marta Soares, estará salva-guardada a equidade entre os vários agentes da proteção ci-vil, com comando autónomo e áreas de atuação bem defini-das.

O presidente da LBP falava na cerimónia comemorativa do 90.º aniversário da Associação Humanitária de Bombeiros Vo-luntários Famalicenses.

O programa das comemora-ções incluiu, a apresentação do novo estandarte e do novo guião da instituição, a inaugu-ração e bênção de três viaturas, duas novas, uma ambulância de socorro e um veículo de co-mando, e outra, entretanto re-cuperada, para intervenções especiais, nomeadamente, no combate a matérias perigosas, a apresentação dos 40 elemen-tos da escola de infantes e ca-detes, a homenagem póstuma ao antigo dirigente Amândio Carvalho e a atribuição de dis-tinções.

Durante a sessão solene fo-ram entregues 7 crachás de ouro da LBP, aos chefes, Horá-

cio Sampaio da Costa, Henrique Mesquita, Joaquim Ferreira da Silva, e José Maria Gomes (QH), o bombeiro de 1ª Domingos Madeira, o ex vice presidente da assembleia-geral João Ma-nuel Rocha Leitão e o vogal da direção Amadeu Carneiro.

Com a medalha de serviços distintos, grau ouro, da LBP fo-ram distinguidos, o presidente da direção, António Meireles, o comandante Bruno Alves, o chefe do QH Vitor Manuel Ma-chado e o bombeiro de 1ª QH Manuel Faria.

A medalha de serviços distin-tos, prata, da LBP foi atribuída, ao segundo comandante Rui Costa, aos subchefes, Joaquim Maciel, Abel Sá Carneiro e Hugo Faria, e aos bombeiros de 1ª, Fernando Macedo (QH) e Au-gusto Alves Rodrigues.

Por fim, a medalha de servi-ços distintos, cobre, da LBP foi entregue, aos bombeiros de 2ª, Fernando Costa e Silva (QH), Pedro Pereira, Jaime Rocha e Jorge Monteiro, e ao bombeiro especialista Joaquim Rodri-gues.

A criação do centro de for-mação e treinos e base de apoio logístico em Outiz foi um

dos temas abordados pelo pre-sidente da direção da Associa-ção, lembrando que a institui-ção “tem projetos ambiciosos que aguardam parecer da tute-la” e que apenas se aguarda pela decisão do Ministério da Administração Interna para ar-rancar com a obra.

O comandante Bruno Alves abordou também esse comum

e salientou a necessidade do comando autónomo para os bombeiros portugueses.

O presidente da Câmara Mu-nicipal de Famalicão, Paulo Cunha, elogiou a atividade de-senvolvida pela Associação com destaque para a escola de infantes e cadetes, que “pro-move os valores da solidarieda-de entre os mais novos, incen-

tiva a prática do voluntariado e pensa em novas gerações de bombeiros”.

A cerimónia contou com a presença de várias individuali-dades, incluindo o presidente da Federação de Bombeiros de Braga, Fernando Vilaça, e o co-mandante distrital de opera-ções da ANPC, Hermenegildo Abreu.

FAMALICENSES

Presidente da LBP desafia os deputados

30 JULHO 2017

em julho de 1997

O presidente da Câmara Municipal de Penafiel foi condecorado com o crachá de ouro da Liga

dos Bombeiros Portugueses (LBP) na cerimónia comemorativa do 136.º aniversário da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Pena-fiel.

O autarca, Antonino Sousa, dedicou condecora-ção a todos os bombeiros do concelho de Penafiel.

A atribuição do crachá de ouro foi feita à LBP pelo presidente dos Bombeiros de Penafiel, Eduar-do Nunes, correspondendo à vontade dos bombei-ros voluntários da cidade.

Antonino de Sousa recebeu a distinção das mãos de Eduardo Nunes, a convite do vogal do conselho executivo da LBP, comandante José Mo-rais. O crachá de ouro foi também atribuído a títu-lo póstumo ao bombeiro António Dário Mendes da Silva.

Na base da proposta de atribuição da distinção estiveram os muitos apoios municipais e, ainda, a concessão de benefícios ao agregado familiar dos bombeiros, que passa a beneficiar de uma tarifa social, com descontos na água e no saneamento, o apoio financeiro para fazer face às despesas com as obras de remodelação das camaratas do quartel, a colaboração de um apoio à organização dos Concursos Nacionais de Manobras pela Liga dos Bombeiros Portugueses, no passado mês de maio e o cumprimento e pagamento dos subsí-dios ordinários e dos prémios de seguros de aci-dentes pessoais.

Na oportunidade, o comandante José Morais, em nome da LBP, destacou que todos os crachás são especiais pelo significado que representam mas que “este de uma forma também especial, visa reconhecer a pessoa em si, mas também toda a ação que foi desempenhada pelo presiden-te da Câmara Municipal de Penafiel na área da Proteção Civil no vosso concelho”.

As comemorações do aniversário dos Bombei-ros Voluntários de Penafiel tiveram início, a 6 de julho, com a romagem aos cemitérios de Penafiel, Beire, Bustelo e Novelas. Depois, no dia 9, decor-reu a missa de sufrágio, a inauguração de uma nova ambulância de transporte, apadrinhada pelo presidente do conselho de administração do gru-po empresarial JAP, Carlos Pinto, a atribuição de medalhas de assiduidade de 5,10 e 20 anos da LBP, a de 30 anos da Câmara Municipal e promo-ções de vários bombeiros a 2.ª e a subchefe.

O pintor António Monteiro agraciou os Voluntá-rios de Penafiel com um quadro alusivo à tragédia de Pedrógão Grande.

A sessão solene, realizada no exterior do quar-tel, foi presidida pelo presidente da Câmara Mu-nicipal, e contou com as presenças, do represen-tante da LBP, do presidente da Federação de Bombeiros do Distrito do Porto, Oliveira e Silva, o presidente da Junta de Freguesia de Penafiel, Mi-cael Cardoso, e do provedor da Santa Casa da Misericórdia de Penafiel, Prof. Júlio Mesquita, bem como o dr. Serralva, acolhidos, pelo presi-dente da assembleia-geral, Rodrigo Lopes, do presidente da direção, Eduardo Nunes, do presi-dente do conselho fiscal, Carlos Xavier, pelo co-mandante António Rodrigues, e restantes órgãos sociais e membros do comando.

PENAFIEL

Crachá de ouro distingue autarca

Uma prenda pelos 93 anos. A Câmara Municipal de Estarre-

ja financiou a aquisição de uma nova ambulância de socorro, que foi inaugurada durante as come-

morações do 93.º aniversário da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Estar-reja, que se realizaram no passa-do dia 15 de julho Esta é a pri-

meira vez em quase um século de história da corporação que o município oferece uma viatura de emergência aos bombeiros.

O valor global do custo da via-

ESTARREJA

Câmara oferece viatura de emergência

tura, com a adaptação de todos os equipamentos obrigatórios e ainda alguns equipamentos op-cionais, foi de 56.500€, financia-dos na totalidade pela Câmara Municipal de Estarreja.

A Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Estar-reja, que completou 93 anos de história a 13 de julho de 2017, tem assumido um papel funda-mental como entidade de prote-ção civil do Município de Estarre-ja, conforme refere o protocolo de cooperação assinado entre as

duas entidades e que estabelece o apoio financeiro destinado a uma viatura de emergência adaptada a ambulância do tipo B.

A autarquia está atenta às ne-cessidades e à importância dos bombeiros estarrejenses, que prestam um serviço de manifesto interesse público para o conce-lho, garantindo a salvaguarda das missões ligadas à proteção de pessoas e bens.

A real necessidade de socorro aos cidadãos, com a qualidade exigida, implica recursos huma-

nos e financeiros, aos quais a As-sociação Humanitária não tem capacidade para fazer face por si só, refere o documento.

Durante o aniversário, foram ainda apresentadas à população outras três viaturas, de: comba-te a incêndios oferecidas pela Nestlé outra readaptada com o apoio da Transportes J. Amaral; e ainda uma de transporte de doentes suportada pela institui-ção; de comando e operações fi-nanciada pelo concurso de pesca da corporação.

31JULHO 2017

ANIVERSÁRIOS3 de agostoBombeiros Voluntários de Monchique#844 de agostoBombeiros Voluntários de Barcelos#134Bombeiros Voluntários de Caminha#1225 de agostoBombeiros Voluntários Egitanienses#141Bombeiros Voluntários de Ponta Delgada#138Bombeiros Voluntários de Amares#1086 de agostoBombeiros Voluntários de Mira#357 de AgostoBombeiros Voluntários do Sabugal#122Bombeiros Voluntários do Zambujal#869 de agostoBombeiros Voluntários de Parede#9110 de agostoBombeiros Voluntários de Montemor-o-No-vo#8711 de agostoBombeiros Voluntários de Castelo de Vide#102Bombeiros Voluntários de Vila Flor#68Bombeiros Voluntários de Algueirão Mem Martins#5712 de agostoBombeiros Voluntários de Sesimbra#114Bombeiros Voluntários de Vila Nova de Poiares#6315 de agostoBombeiros Voluntários Celoricenses#9116 de agostoBombeiros Voluntários de Maceira#35Bombeiros Voluntários de Santa Maria#32

18 de agostoBombeiros Voluntários de Paredes de Coura#91Bombeiros Voluntários do Crato#6820 de agostoBombeiros Voluntários de Avintes#86Bombeiros Voluntários de Estremoz#84Bombeiros Voluntários de Alcoutim#3321 de agostoBombeiros Voluntários de Aljezur#4224 de agostoBombeiros Voluntários de Cantanhede#115Bombeiros Voluntários de Cernache de Bonjardim#3625 de agostoBombeiros Voluntários do Porto#142Bombeiros Voluntários de Reguengos de Monsaraz#82Bombeiros Voluntários de Salvaterra de Magos#8226 de agostoBombeiros Voluntários de Almada#104Bombeiros Voluntários da Sertã#10127 de agostoBombeiros Voluntários de São Brás de Alportel#9028 de agostoBombeiros Voluntários de Tábua#8229 de agostoBombeiros Voluntários de Pampilhosa#9131 de agostoBombeiros Sapadores de Braga#218

Fonte: Base de Dados LBP

Não posso ficar calado por mais tempo, é demasiado

doloroso para um comandante do Quadro de Honra, dos anos 70 e 80 que sem nunca utilizar meio aéreo e intervir em 146 operações em incêndios flores-tais na Zona constituída por cin-co Corporações de Bombeiros. Guarda, Sabugal, Manteigas, Gonçalo e Souto, Zonas consi-deradas de alto risco. Eu era o 2º comandante operacional o 1º era o comandante de Man-teigas, toda a coordenação me cabia a mim. Era comandante da B.V. da Guarda o Aragonês, com a saída deste ficou com co-mandante Interino o Engenhei-ro Pedro Lopes, nada mudou na coordenação. os meios aéreos estavam postos de lado, tinha--mos os melhores operacionais do distrito da Guarda, onde as cinco Corporações funcionavam como se fosse uma filarmónica, orientada por uma serie de Co-mandantes como muita classe

onde a teoria encaixava na prá-tica comandantes com muito calo devido aos muitos anos de combate aos incêndios Flores-tais. Foi no Concelho do Sabu-gal que se começaram a regis-tar os primeiros incêndios cha-ga dos incêndios florestais, foi um dos concelhos que mais foi deixado ao abandono, o mato começou cresce os donos dos terrenos deitavam-lhe o fogos e os Bombeiros que apagassem.

Uma pergunta, que modelo é este que Autoridade Nacional da Proteção Civil escolheu para combate aos incêndios flores-tais? Por onde copiou tal siste-ma que não resulta, ponham A. N. P C. no lugar que lhe perten-ce e deixem os Bombeiros tra-balhar e os seus Comandantes, eles não se sabem organizar nem como coordenadores co-nhecem o que é o fogo, desco-nhecem que este nos escondem muitos segredos e que é neces-sário conhece-los. Sou um co-

mandante que sofro, não esta-va habituado a ver perder ba-talhas nem os meus Bombeiro e os que eram coordenados por mim, me diziam qual era o meu segredo, eu respondia que ape-nas fazia o que fazia os meus colegas, o perder não era comi-go. Os cursos são importantes mas pratica não se aprende de um dia para o outro. Os sr. co-mandantes devem estar no tea-tro de operações com os seus homens e não comandar a dis-tancia, no momento que estou a escrever encontram-se ativos os incêndios de Fornos que co-meçou em Mangualde e que apanhou Gouveia, o da Guarda (Rochoso foi para o concelho do Sabugal, Pinhel e Almeida), e outros mais que nem vou enun-ciar. Não tapem o sol com a pe-neira. Tentem aprender com os erros que tem feito. Porque isto revolta qualquer um que perce-be da matéria.

Comandante Tony

Não tapem o solcom a peneira

Foto

: LUS

A

A população do concelho de Canta-nhede voltou a reunir-se em tor-

no de uma causa que é de todos, demonstrando o apoio aos seus bombeiros com a participação na IV Corrida e Caminhada Solidária.

Tendo no pensamento as pessoas cujas vidas foram ceifadas pelas chamas no passado mês de junho e as dezenas de voluntários de Canta-nhede presentes nos teatros de ope-rações em Góis e Penela, a iniciativa a ação ganhou significado redobrado.

Após o minuto de silêncio proposto pelo presi-dente da direção da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Cantanhede, Adérito Machado, apelou à união no apoio aos soldados da paz que “lutam com todas as suas forças para evitar que novas tragédias se repitam”.

“O apoio que lhes devemos é garantir que te-nham meios para cumprir a missão a que se pro-

põem, tantas vezes sem saber se regressarão a casa”, sublinhou o dirigente convidando os cerca de 400 participantes na iniciativa a tornarem-se associados da instituição.

A IV Corrida e Caminhada Solidária contou com a colaboração de diversas empresas locais, do município, da INOVA-EM, das juntas de freguesia, das instituições particulares de solidariedade so-cial e dos Escuteiros de Febres.

SOLIDARIEDADE

Iniciativa com balanço positivo

A Expofacic será cenário, no sábado 5 de agosto, para

mais uma “Noite Branca”, numa iniciativa que reverte a favor dos Bombeiros Voluntários de Cantanhede e que conta com o apoio da Sagres, do Licor Bei-rão e do Turismo do Centro que ofereceram as camisolas bran-cas que estarão à venda no re-cinto por 2 euros que revertem, na totalidade para os os solda-dos da paz.

Também o Grupo Alves Ban-deira se associa à Noite Branca com a venda de ímanes solidários a 1 euro, em que 0,75 euros serão entregues ao corpo de Bombeiros de Can-tanhede.

De acordo com a organização, no recinto do certame vão ser criados cenários tendo como base o branco, com a decoração de vários ele-mentos da exposição, num ambiente diferente e

especial que vai acolher os muitos visitantes que são esperados nessa noite.

Para os amantes do futebol, está assegurada a transmissão em direto da final da Super Taça Cândido Oliveira nos seis écrans. Após o jogo, so-bem ao Palco Principal C4 Pedro e Matias Damá-sio, enquanto que no Palco Sagres a animação fica a cargo de RIOT e Lzrd & dBMatter.

CANTANHEDE

Noite Branca regressa à Expofacic

Foi um sistema que usei nos fogos florestais, e sempre

deu resultado, por centenas de vezes, sem qualquer perigo.

No tempo em que não havia o sistema de ataque com viatu-ras de fogo de carga com água, era à força de batimento com batedores manuais, diretamen-te na linha de fogo, com gran-des dificuldades, quando as chamas eram fortes e o calor insuportável.

Era meu lema de comando que, quando se chegasse a um fogo com bombeiros o fogo não andaria nem mais um metro. Então, marcava-se uma linha virtual, a que chamava de limitação de fogo, a uns 6 a 8 metros da linha real de fogo, e incendiava-se uma faixa aí de 4 metros de largo, que tinha de arder com brevidade e para o que se utilizavam 2 ou mais bombeiros para o fazer.

Essa linha virtual era atacada constantemente com jatos de mangueira de água ou com máqui-

nas de aspersão de água. Lem-bre-se que, ao tempo passado, não havia um sistema de carros de água, e usava-se tudo o que era possível, para manter a linha de limitação de fogo inviolável: tratores ou máquinas de sulfa-tar.

Queimava-se a faixa dos qua-tro metros e, quando já não ha-via material para arder a linha real do fogo aproximava-se e extinguia-se por si.

Enquanto comandei, nunca ficou um fogo pen-dente ou por extinguir. Sempre consegui que os bombeiros o fizessem.

Agora, com os carros de água, mais ou menos sofisticados, tal sistema não precisará de ser usa-do, pois conseguir-se-á fazê-lo com os jatos de mangueiras.

Mas o sistema que usei fez a sua história e, felizmente, hoje há métodos mais práticos.

Comandante Alegria,Honorário de Oliveira de Azeméis

Linha de limitação de fogo

32 JULHO 2017

FICHA TÉCNICA: Administrador: Presidente do Conselho Executivo da Liga dos Bombeiros Portugueses – Director: Rui Rama da Silva – Redacção: Sofia Ribeiro – Fotografia: Marques Valentim – Publicidade e Assinaturas: Maria Helena Lopes – Propriedade: Liga dos Bombeiros Portugueses – Contribuinte: n.º 500920680 – Sede, Redacção e Publicidade: Rua Eduardo Noronha, n.º 5/7 – 1700-151 Lisboa – Telefone: 21 842 13 82 Fax: 21 842 13 83 – E-mail: [email protected] e [email protected] – Endereço WEB: http://www.bombeirosdeportugal.pt – Grafismo/Paginação: QuarkCore – Praceta das Ordenações Afonsinas, 3-A – 2615-022 ALVERCA – Telef.: 21 145 1300 – web: http://www.quarkcore.pt – Impressão: Empresa Gráfica Funchalense, SA – Rua Capela Nossa Senhora Conceição, 50 – Morelena – 2715-029 Pêro Pinheiro – Depósito Legal N.º 1081/83 – Registo no ICS N.º 108703 – Tiragem: 11000 Exemplares – Periodicidade: Mensal.

A Crónicado bombeiro Manel

Oh senhores do Governo digam--me lá o que se passou com o se-

nhor secretário de Estado das Flores-tas anterior que deu sumiço. Aconte-ceu-lhe alguma coisa, dizia-se que estava a reorganizar a floresta (?!) e está visto, deve ter saído bem quei-mado de tudo isto. Curioso é nin-guém ter falado nele nem explicado à gente o que se passou para sair com pés de lã. Pronto, se alguém souber disso explique-nos lá o que aconte-ceu.

O fogo anda aí valente e nós tam-

bém bem tentamos dar-lhe em cima. Enquanto andamos a bater mato, no ar condicionado continuam os palpi-teiros, percebem (?), os que dão pal-pites, a falar pelos cotovelos. É fruta da época como se diz cá por cima.

Alguém dizia outro dia aqui no quartel sobre esses finórios que é gente que nem sabe o que diz nem diz o que sabe.

Enquanto uns dão o litro há muito outros que só dão palpites, só isso, mas incomodam muito.

Então o senhor ministro da Agricul-

tura gostava de nos ver a fazer vigi-lância, prevenção, deteção e comba-te. E mais, não haverá mais nada que nos queira dar? Acha que não chega o que já fazemos, quando muita outra gente faz mal ou não faz nada do que deve?! Aquele senhor da Bíblia cha-mado Pilatos se calhar não faria me-lhor.

Está na época própria para, como sempre, uns tentarem tapar o sol com a peneira e esconderem o que não fizeram quando deviam ter limpo e cuidado das florestas e outros

alombarem com o trabalho todo e as consequências do que não fizeram e, adivinhem, sobra sempre para nós.

Só para terminar, já agora, uma coisa que não percebo que possa acontecer. Então aí na capital os Bombeiros do Beato, que nem quartel de jeito têm, também têm que levar com os vizinhos em cima que se quei-xam à polícia que os bombeiros ocu-pam a rua com as viaturas. Onde hão-de pô-las? Nos telhados?

[email protected]

Os palpiteiros do costume

O Grupo Mosqueteiros/Inter-marché tem à venda, até

31 de agosto, em todas as suas lojas, um novo livro com o título “Bombeiro dos pés à cabeça” que, desta feita, nos conta a história da Rita, neta de bom-beiro, filha de bombeiro, irmã de bombeiro e que, quando crescer também quer ser.

A receita da venda do livro, pelo preço de 1,99 euros, re-verte a favor dos bombeiros portugueses.

A apresentação contou com as presenças, do presidente da Liga dos Bombeiros Portugue-ses (LBP), comandante Jaime Marta Soares, do administrador do Grupo, João Magalhães, e dos repetentes embaixadores

da campanha, Isabel Silva e Manuel Luís Goucha.

O livro infantil foi escrito e desenhado por Lara Xavier e Raquel Santos e, como uma lin-guagem própria destinada aos mais novos, pretende contribuir para a sua sensibilização para uma cultura de segurança e prevenção que aposte igual-mente na defesa do ambiente e, em particular, da floresta.

O administrador João Maga-lhães explicou mais esta inicia-tiva inserida na política de res-ponsabilidade social que a em-presa tem desenvolvido ao lon-go dos anos e, através da qual, foi possível oferecer meia cen-tena de viaturas operacionais e 2250 equipamentos de prote-

ção individual (EPI) para os bombeiros.

O presidente da LBP, coman-dante Jaime Marta Soares, elo-giou a postura da empresa, re-petida ao longo de anos em

APRESENTAÇÃO DE LIVRO

Intermarché continua a ajudar

apoio aos bombeiros e realçou que “sem lhes pedirmos seja o que for são eles que nos batem à porta e perguntam em que é que podem ajudar-nos”.

O comandante Jaime Soa-res realçou a oferta dos EPI lembrando que “são uma fer-ramenta muito importante que alavanca também uma

boa prestação de trabalho” e que a atitude pró-ativa da em-presa choca com o autismo das entidades oficiais nesse domínio.

LBP

Concurso para logótipo de 43.º congresso

A apresentação de proposta de logóti-po/imagem para o 43.º Congresso Nacional da Liga dos Bombeiros Por-

tugueses (LBP) deverá ser feita até 4 de agosto próximo. O Congresso irá decorrer em Fafe entre 27 e 29 de outubro próxi-mo.

O concurso lançado pela LBP, à seme-lhança do ocorrido no anterior Congresso Nacional realizado em Coimbra, está aberto a todos os elementos das associações e corpos de bombeiros segundo um regula-mento divulgado em 17 de julho último.

A imagem/logótipo escolhido será sele-cionada por um júri constituído por repre-sentantes da LBP, da Federação de Bombei-ros de Braga e do jornal “Bombeiros de Portugal”.