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ano 4 nº 14 - abril, maio e junho de 2009 Interessados em fazer parte desse time precisam se preparar para lidar com uma jornada de trabalho diferenciada, que exige dedicação, trabalho em equipe e atualização constante dos estudos. Boas oportunidades são oferecidas por instituições federais. Páginas 4 e 5 GRADUAÇÃO Vestibulares especiais Universidade de Brasília estende possibilidade de acesso ao ensino superior às populações indígenas e comunidades fora do Distrito Federal, por meio de parcerias com a Funai e com o programa de ensino a distância do Ministério da Educação. Página 6 CONCURSO Servidores mais preparados Cursos de formação e de capacitação ajudam a esclarecer dúvidas sobre os órgãos públicos e funções que serão exercidas pelos novos concursados. Também são utilizados como fase eliminatória de uma seleção. Página 8 ESPECIAL Profissionais de saúde no setor público Campus Universitário Darcy Ribeiro | Edicífio Sede Cespe/UnB - Brasília-DF | CEP 70904-970

Jornal do Cespe n.14 a 16

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Jornal do Cespe/UnB, projeto grafico usado ate dezembro de 2009.

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ano 4 nº 14 - abril, maio e junho de 2009

decisão

iniciativa

iniciativatrabalho em equipe

trabalho em equipe

trabalho em equipegestão de pessoas

negociação

gestão de pessoas

Interessados em fazer parte desse time precisam se preparar para lidar com uma jornada de trabalho diferenciada, que exige dedicação, trabalho em equipe e atualização constante dos estudos. Boas oportunidades são oferecidas por instituições federais. Páginas 4 e 5

GRADUAÇÃOVestibulares especiaisUniversidade de Brasília estende possibilidade de acesso ao ensino superior às populações indígenas e comunidades fora do Distrito Federal, por meio de parcerias com a Funai e com o programa de ensino a distância do Ministério da Educação.Página 6

CONCURSOServidores mais preparadosCursos de formação e de capacitação ajudam a esclarecer dúvidas sobre os órgãos públicos e funções que serão exercidas pelos novos concursados. Também são utilizados como fase eliminatória de uma seleção.Página 8

ESPECIAL

Profissionais de saúde no setor público

Campus Universitário Darcy Ribeiro | Edicífio Sede Cespe/UnB - Brasília-DF | CEP 70904-970

Page 2: Jornal do Cespe n.14 a 16

2º1

ano 4 nº 14 – abril, maio e junho de 2009

EXPEDIENTE

Caso você queira fazer críticas ou enviar sugestões ao Jornal do Cespe/UnB, escreva para [email protected].

Confira as últimas notícias sobre novos concursos, inscrições e datas de provas no nosso site www.cespe.unb.br.

2

Em janeiro deste ano, o Jornal do Cespe/UnB deu início a uma série de reportagens sobre os perfis profis-sionais exigidos em diferentes áreas do serviço público. O que os órgãos esperam de seus servidores, a dinâmica de trabalho e as oportunidades existentes são algumas das pautas debatidas com especialistas e servidores. Nesta edição, o assunto será tratado sob a ótica da saú-de. Entre os diferenciais da área, estão a necessidade constante de aprimoramento e a dedicação de seus pro-fissionais, dentre eles, médicos, enfermeiros, nutricionis-tas e farmacêuticos.

Ainda no tema concurso, a matéria da página 8 traz informações sobre como funcionam os cursos de formação e capacitação dos novos servidores. Seja como fase eliminatória de um processo seletivo ou

como preparação para a função que será exercida, essas etapas são cada vez mais exigidas por órgãos como ministérios, polícias e agências reguladoras. Em 2008, mais de 5 mil pessoas participaram dos cursos realizados pelo Cespe/UnB.

Os vestibulares diferenciados da Universidade de Brasília (UnB) são outro destaque da edição. Convênios com a Fundação Nacional do Índio (Funai) e com o pro-grama Universidade Aberta do Brasil, do Ministério da Educação, dão oportunidade de ensino de nível supe-rior a populações indígenas e comunidades onde não há universidade pública, em diferentes regiões do país. Este ano, cerca de 4.800 pessoas se inscreveram para parti-cipar das seleções, que juntas ofereceram 1.470 vagas. Relatos sobre os projetos estão na página 6.

Apresentação

@@

“Gostaria de saber como faço para obter uma de-claração de aprovação em um concurso realizado pelo Cespe/UnB para fim de comprovação de aprovação em uma eventual fase de títulos?”

Daniel Nóbrega de Almeida, Juazeiro do Norte (CE)

Para obter uma declaração de aprovação em concur-so, é necessário que o candidato faça um requerimento ao Cespe/UnB. Nesse requerimento, deve constar o nome completo do candidato, cópia do CPF e do RG e o nome do concurso no qual o candidato fez parte. Esse requeri-mento pode ser feito junto à Central de Atendimento do Cespe/UnB, pessoalmente, ou pelo correio. É necessário que o documento venha assinado pelo candidato. A res-posta do requerimento sai num prazo de até 15 dias.

Reitor

José Geraldo de Sousa Junior

Vice-Reitor

João Batista de Souza

Diretor-Geral

Joaquim José Soares Neto

Diretora-Executiva

Rosalina Pereira

Endereço:

Campus Universitário Darcy Ribeiro

Edifício Sede do Cespe/UnB

Caixa Postal 04488

70904-970 Brasília/DF

Telefone: (61) 3448-0100

Fax: (61) 3448-0110

Site: www.cespe.unb.br

E-mail: [email protected]

Assessoria de Comunicação

Editora

Graziella Nunes

Reportagem

Paula Mesquita, Rafael Baldo e

Vagner Vargas

Fotografia

Flora Egécia

Programação Visual

André Tiroles, Gabriela Alves

e Rui de Paula

Projeto Gráfico

Cristina Andreozzi e Helena Lamenza

Revisão

Leonel Gomes

Impressão

Gráfica Cidade

Tiragem

15 mil exemplares

As chamadas de aprovados do vestibular e do Programa de Avaliação Seriada (PAS) da Univer-sidade de Brasília possuem um limite? Embora não seja um número fixo, a convocação nessas seleções depende de dois fatores. O primeiro é o número de alunos classificados; caso não haja mais alunos aprovados em alguma graduação, a convocação não pode ser feita. A segunda possi-bilidade é a data da chamada, que não pode ul-trapassar 25% dos dias letivos de um semestre.

PERGUNTA DO CANDIDATO G

Você sabia que...

Este foi o total de candidatos inscritos nos 25 concursos que tiveram provas objetivas aplicadas pelo Cespe/UnB durante o primeiro trimestre de 2009. O recordista até agora é o concurso da Agên-cia Nacional de Telecomunicações (Anatel), que re-gistrou 98.692 candidatos. Em seguida vem o con-curso do Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais (TRE/MG), com 91.417 inscritos. Já o terceiro mais procurado foi o concurso do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), com 51.420 pessoas inscritas.

Visão crítica e atenção com o paciente são

características fundamentais em um bom

profissional, garante Marilúcia Picanço, do HUB.

Page 3: Jornal do Cespe n.14 a 16

Ivo Steffen

3

A seleção de novos profissionais através de concursos públicos deve levar em conta o perfil profissional requerido pela função pública. Este perfil requer pessoas realmente competentes que tomem iniciativas, assumam responsabili-dades, tenham capacidade para utilizar as no-vas tecnologias da informação e comunicação e estejam familiarizados com instrumentos e equipamentos sofisticados e inteligentes.

É importante ainda que os profissionais estejam preparados para o trabalho em equi-pe, possam liderar quando necessário e que tenham capacidade de planejar e executar pro-jetos complexos. Requisitos como capacidade de aprender novos conhecimentos e adquirir atitudes de maneira rápida e efetiva, bem como de identificar problemas e encontrar soluções também são exigidos no setor público.

Segundo o Conselho Nacional de Educação, entende-se por competência profissional a capa-cidade de mobilizar, articular e colocar em ação valores, conhecimentos e habilidades necessários para o desempenho eficiente e eficaz de ativida-

des requeridas pela natureza do trabalho (artigo 6.° da Resolução CNE/CEB n.° 04/99).

A metodologia mais recomendada para identificar as competências requeridas pelo servidor público é a análise funcional. Esse processo permite analisar o trabalho como um todo e não apenas a ter a visão estreita de uma repartição pública ou as atividades rotineiras realizadas por um trabalhador. Utiliza o método dedutivo e, por isto, a análise funcional vai do geral ao particular dando uma visão global do processo de prestação de serviços.

Por meio da análise funcional, são identi-ficados os perfis profissionais requeridos no serviço público e suas competências são des-critas em forma de competência geral, unida-des e elementos de competência e padrão de desempenho requerido para cada elemento de competência.

Na seleção de novos profissionais para o desempenho das atividades públicas, os con-cursos devem avaliar não somente conhecimen-tos, mas também habilidades e atitudes exigi-

das para o desempenho nas diferentes funções e exercício de atividades públicas. A avaliação de conhecimentos geralmente é feita através de provas objetivas ou testes de seleção múltipla. Para a avaliação das habilidades e atitudes dos candidatos à função pública, recomendam-se, principalmente, as técnicas e instrumentos de análise de situações-problemas, trabalhos reais, check list, observação de procedimentos e aná-lise de serviços prestados.

Portanto, para selecionar profissionais para o serviço público, é preciso: a) definir os perfis profissionais por competência correspondentes aos serviços públicos demandados; b) elaborar provas de competência segundo os padrões de desempenho estabelecidos nos perfis profissio-nais; c) avaliar os conhecimentos, habilidades e atitudes dos candidatos, necessários para o seu desempenho e desenvolvimento das atividades requeridas pelo serviço público.

Dessa forma, será possível garantir uma sele-ção criteriosa capaz de aprovar os candidatos con-siderados competentes para a função pública.

Exigências de perfi s no mercado de concursos:competências requeridas pelo serviço público

“A parceria firmada com o Cespe/UnB na realização de seleção externa foi satisfatória.

Inovador na elaboração de provas, na definição de con-teúdos programáticos, o Cespe/UnB tem buscado sempre aprimorar a metodologia de seleção. Destaca-se também pelo constante aperfeiçoamento na área tecnológica, a exemplo do acolhimento de inscrições exclusivamente via internet, dis-ponibilizando pontos de atendimento em todo o território na-cional, transmitindo segurança na realização dos certames.

A qualidade dos trabalhos desenvolvidos pelo Cespe/UnB nas seleções externas realizadas pelo Banco do Brasil, todos processos seletivos de grande porte, respaldam a op-ção de se contratar esse Centro e nos dão a certeza de es-tarmos optando por uma entidade que reúne as condições para atender às necessidades do Banco em recrutamento e seleção externa.”

Angelina Macedo

Assessora Sênior

Diretoria Gestão de Pessoas do Banco do Brasil

Mestre em Ciencias da Educação pela Fundação Escola de Sociologia Política de São Paulo e funcionário aposentado da Organização

Internacional do Trabalho (OIT)

DEPOIMENTO DOS PARCEIROS

Resultado final da avaliação de títulos e •

convocação para o curso de formação do

concurso do Detran/DF

Resultado final da inscrição definitiva e •

da avaliação de títulos e convocação para

a perícia médica dos candidatos que se

declararam portadores de deficiência do

concurso da Procuradoria Geral do Esta-

do de Alagoas

Resultado final da avaliação de títulos e •

do concurso para os cargos de nível supe-

rior do concurso do Tribunal de Contas do

Estado do Tocantins

Resultado final da prova discursiva e con-•

vocação para os exames laboratoriais e

médicos do concurso da Polícia Civil do

Estado da Paraíba

20/5

22/5

19/5

25/5

15/5

Resultado final da prova discursiva, para •

todos os cargos, e convocação para a

avaliação de títulos, para o cargo de Es-

pecialista em Regulação de Serviços de

Transportes Aquaviários, e para a perícia

médica dos candidatos que se declararam

portadores de deficiência, para todos os

cargos, do concurso da Antaq

Resultado final das provas objetivas, para •

todos os cargos, e provisório da prova dis-

cursiva, para os cargos de nível superior,

do concurso da Tribunal Regional do Tra-

balho da 17ª Região

Resultado final da prova escrita objetiva e •

convocação para a prova escrita subjetiva

do concurso do Ministério Público do Es-

tado do Rio Grande do Norte

Resultado final do concurso público e •

convocação para curso de treinamento

do Ministério do Meio Ambiente

Agenda

TRABALHO

Page 4: Jornal do Cespe n.14 a 16

Seja na necessidade de capacitação ou no número de horas seguidas trabalhadas, trabalhadores da área precisam se dedicar no serviço público

Rafael Baldo

Da Assessoria Técnica de Comunicação

Médicos, enfermeiros, farmacêuticos e ou-tros profissionais da área de saúde possuem boas oportunidades no setor público. Embora o volume de concursos não se compare a setores como o Judiciário e de cargos administrativos, o mercado está em busca de especialistas, devido à defasagem do setor. A diferença mais marcan-te é a dedicação e o constante aprimoramento exigido das profissões de ciências biológicas.

Esta é a segunda matéria do especial Perfil do Setor Público. Instituições, profissionais e apro-vados em concurso público revelam as opiniões e análises sobre o mercado de trabalho na área para os graduados, além de indicar quais compe-tências e habilidades são esperadas dos candida-

tos interessados. De médicos residentes a professo-

res universitários, há chance para todos

os formados em nível superior. É só saber procu-rar e se esforçar na preparação.

INSERÇÃOA etapa de inserção no mercado começa com

estágios ou residência, de acordo com a especia-lidade. Em Medicina, por exemplo,

esse processo abre mais oportunidades de tra-balho e remuneração, mas requer dedicação nos estudos. A residência permite a capacitação e aplicação dos conhecimentos vistos na faculdade. “É uma continuidade dos estudos, mas é preci-so tentar em vários locais, pois a concorrência é

grande”, diz a pediatra residente Juliana Sobral, formada pela Escola Superior de Ciências da Saú-de (ESCS) do Distrito Federal.

Desde o começo, algumas características são essenciais para o profissional de saúde. Sobral recomenda, por exemplo, ser persis-tente, pois é uma área que exige muita dedi-cação e estudo.

Trabalho em equipe, visão crítica e aten-ção com o paciente são as características di-ferenciais de um bom profissional da área, de acordo com Marilúcia Picanço, coordenadora de residência médica da Pediatria do Hospital Universitário de Brasília (HUB). “O requisita-do – e todo profissional deve ter – é conheci-mento e atualização constante dos estudos. E se preparar para as dificuldades”, lembra. Dificuldades como a estrutura física e inves-timento de alguns hospitais e universidades, que muitas vezes são insuficientes para a de-manda atendida. “É uma realidade do siste-ma público de saúde que não dá para fugir”, alerta a coordenadora.

Saber julgar e analisar as situações do cotidiano é fundamental para um bom

diagnóstico, por exemplo. “Cada paciente é uma tese”, acredita Picanço. Apesar do traba-lho em equipe ser uma prerrogativa, Juliana re-força a responsabilidade dos médicos e enfer-meiros com o trabalho prestado. “Se você não assumir o paciente, ninguém mais vai assumir”, completa Sobral.

PERFIL

Profissionais de saúde são mais exigidos

ano 4 nº 14 – abril, maio, junho de 2009

O requisitado – e todo profissional deve ter – é conhecimento e atualização constante dos estudos. E se preparar para as dificuldades,

afirma Marilúcia Picanço, coordenadora de residência médica da Pediatria do Hospital Universitário de Brasília (HUB).

Perfil do Profissional Cargos da área de saúde: o que o mercado de trabalho espera

+ Atenção e cuidado com o paciente + Trabalho em equipe + Iniciativa + Visão Crítica + Persistência e compromisso + Dedicação ao estudo + Compromisso com a instituição + Capacitação constante

do profissional

Fonte: HUB, ECSC e Anvisa

Page 5: Jornal do Cespe n.14 a 16

Concursos do Cespe/UnBna área (2006-2008)

2007

Nome

Médico residenteEnfermeiroMédicoEnfermeiroFisioterapeutaMédicoPsicólogoEnfermeiroFarmacêuticoFisioterapeutaMédico

-

R$ 3.426,47

De R$ 1.515,01

a R$ 2.838,55

De R$ 1.464,00

a R$ 2.009,00

56133101285

483386

Cargo RemuneraçõesVagas

Hospital Universitário de Brasília

Petrobras

Prefeitura Municipal de Limeira (SP)

Prefeitura Municipal de Vitória

2008

Nome

Fundação de Desenvolvimento da Criança e do Adolescente “Alice de Almeida” (PB)

Empresa Brasileira de Hemoderivados e Biotecnologia

Ministério da Saúde (Nível III e IV)

Ministério da Saúde (Nível V)Secretaria de Administração do Estado do TocantinsSecretaria Estadual de Saúde do Espírito Santo

NutricionistaFisioterapeutaPsicólogoVários cargos

EnfermeiroFarmacêuticoVários cargosMédico Legista

Médico

R$ 600

R$ 4.005,00

R$ 6.100,00

R$ 8.300,00R$ 4.011,17

De R$ 2.625,00 a R$ 5.250,00

11852

1647820

285

Cargo RemuneraçõesVagas

2006

Nome

Companhia de Águas e Esgotos do MaranhãoDepartamento de Trânsito doEstado do ParáInstituto Nacional de CâncerMinistério da Integração NacionalMinistério do Desenvolvimento Social e do Combate à FomeMinistério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio ExteriorSecretaria de Estado de Saúde do Acre

MédicoMédico

Vários cargosMédicoNutricionistaPsicólogoEnfermeiroMédicoVários cargos

R$ 912,00R$ 540,00

R$ 2.102,65R$ 1.340,27

R$ 1.340,27

R$ 1.340,27

R$ 2.700,00

12

22111412

171

Cargo RemuneraçõesVagas

Anvisa trabalha com metas para cada setor e avaliações de desempenho, segundo a coor-denadora de RH do órgão, Lúcia Masson

OPORTUNIDADESOutras especialidades, como Nutrição, Psico-

logia, Odontologia e Farmácia, possuem vagas dentro de alguns órgãos específicos do setor pú-blico. Mas fica um aviso: o setor público costuma abrir vagas para substituir profissionais, não para acrescentar. “O sistema público está sucateado e o déficit de funcionários é enorme. Boa parte das vagas oferecidas é de pessoas que deixaram o se-tor ou colegas que faleceram”, alerta Edna Costa, assistente da gerência de Enfermagem do Hospi-tal Regional da Asa Norte (HRAN), em Brasília.

De acordo com a assistente, o número de fun-cionários do HRAN permaneceu praticamente inal-terado desde a fundação da Secretaria de Saúde do Distrito Federal, na década de 80. Os cargos administrativos específicos em hospitais, universi-dades e órgãos do poder executivo – que podem ser exercidos por formados em graduações da área de saúde – seguiram a mesma lógica. “Além disso, novos programas e serviços, como opera-ções e tratamentos, foram criados. Mas a verba continua a mesma de antes”, revela Costa.

Porém, hospitais e universidades públicos não são os únicos locais de emprego. Instituições reguladoras, como a Agência Nacional de Vigilân-cia Sanitária (Anvisa), oferecem cargos fora das tradicionais funções da área. De acordo com Lú-cia Masson, gerente geral de recursos humanos da Agência, a previsão é de abertura de novos cargos ainda em 2009. A maior parte dos funcio-nários de nível superior do órgão é formada em Farmácia, devido ao intenso trabalho de regula-ção, fiscalização e inspeção de medicamentos.

“O conhecimento na área de vigilância sa-nitária é essencial, até porque o nosso leque de atuação é enorme. Mas temos profissio-nais das mais diversas áreas de saúde, como Nutrição, Psicologia e Enfermagem”, ressalta Masson. Segundo a co-ordenadora, os aprova-dos são redirecionados a áreas e funções de preferência, se houver vaga disponível. A medi-da é realizada para melhorar o desempenho de cada profissional e aproveitar melhor os conhe-cimentos e especialidades.

BENEFÍCIOSOptar pelo setor público possui algumas van-

tagens em relação ao mercado privado de traba-lho. As mais evidentes são a estabilidade do em-prego e remunerações melhores para quem está começando na profissão. O Cespe/UnB realizou al-guns concursos para a área (veja quadro). De 2006 a 2008, os órgãos federais apresentaram uma mé-dia de remunerações crescente. Em outras instân-cias, isso varia muito com a região atendida.

Fora dos grandes centros urbanos a função de médico de família ou acompanhamento em casa é mais comum. O contato direto e dedicado ao paciente, mesmo que de maneira preventiva, reforça a importância de tratar a população com qualidade. Os salários, porém, não costumam ser atrativos, mesmo com o baixo custo de vida da região. “A situação da saúde no Brasil é preocu-pante. Mais do que um pagamento, é necessário um resgate da sensibilidade no atendimento ao paciente”, acredita Marilúcia Picanço.

Outra vantagem, dependendo do cargo exerci-do, é a flexibilidade dos horários. “Muitas vezes, o médico ou enfermeiro trabalha meio período ou em regime de plantão. Com isso, tem tempo livre para se dedicar a outras atividades”, aponta Picanço. Mas isso não é regra, segundo Edna Costa. “Muitos fun-cionários usam suas horas fora do setor público para complementar a renda na iniciativa privada. Ganham menos e, muitas vezes, trabalham bem melhor, pe-las boas condições e infraestrutura”, aponta.

Na Anvisa, a flexibilidade se transforma em possibilidade de capacitação profissional. O órgão promove viagens para avaliação de

medicamentos no exterior e cursos constantes em suas áreas de atua-ção. Ser funcionário público na área de saúde é ser tão exigido quanto na iniciativa privada. “Os servidores atualmente são voltados para metas e comprometidos com a instituição em que atuam. Não há mais espaço para atitudes antigas e relapsas, fru-tos de uma dita estabilidade”, com-pleta Lúcia Masson.

Mas ainda falta corrigir a buro-cracia, que beneficia o mau funcio-nário, segundo Edna Costa. “Na ini-

ciativa privada, se não cumprir o trabalho, você é demitido. No setor público, isso pode render ape-nas uma advertência, e meses depois do ocorrido. Isso precisa mudar”, alerta.

Page 6: Jornal do Cespe n.14 a 16

O vestibular da Universidade de Brasília (UnB), realizado pelo Cespe/UnB duas vezes por ano, é conhecido em todo o país. O que muita gente não conhece, no entanto, são os convênios que a Uni-versidade tem com a Fundação Nacional do Índio (Funai) e com o programa Universidade Aberta do Brasil (UAB), do Ministério da Educação, que ofe-recem oportunidades para estudantes indígenas e leva a UnB a outros estados por meio da modali-dade de ensino a distância, respectivamente.

UABEm 2009, a UnB abriu, por meio do Univer-

sidade Aberta do Brasil (veja mais no site http://uab.capes.gov.br), 1.450 vagas em 20 pólos es-palhados pelos estados do Acre, de Alagoas, da Bahia, de Goiás, de Minas Gerais, de São Paulo e do Tocantins, além do Distrito Federal. Desse total, 50% foram destinadas a professores em exercício da rede pública, que deverão atuar no município sede do pólo de apoio presencial ou em cidades circunvizinhas.

Essa foi a segunda edição do programa, que, apesar de recente, já apresenta resultados positi-vos. Além do crescimento no número de vagas oferecidas – na primeira edição, em 2007, foram 1.080 –, também começa a ganhar espaço no meio acadêmico. “Ainda estamos em uma fase inicial do programa, onde é importante romper a cultura de que o módulo de ensino a distância perde em qua-

lidade se comparado ao ensino presencial, aponta

Wilsa Ramos,

coordenadora do UAB na Universidade de Brasília. Segundo ela, a resistência diminuiu bastante desde o início do programa. “Já contamos com seis facul-dades e institutos da UnB que apoiam e defendem a qualidade do ensino a distância”, comemora, lembrando que o objetivo é realizar o processo se-letivo anualmente.

Quem atesta a qualidade e a importância da iniciativa é a coordenadora do pólo de Carinha-nha (BA), Jumária Dias dos Santos Lima. Segundo ela, essa é a única oportunidade para quem é da região de conseguir um diploma de nível supe-rior sem deixar a cidade, que tem cerca 28 mil habitantes. “Inclusive pessoas de outras cidades e estados estão vindo para cá estudar”, conta a coordenadora, orgulhosa.

FUNAIJá a história dos indígenas na UnB começou

um pouco antes, em 2004, quando a 1.ª turma de alunos veio para Brasília transferidos de ou-tras universidades. Porém, o primeiro vestibular em convênio com a Funai aconteceu em 2006 e ofereceu 10 vagas. No último, realizado este ano, foram 20 vagas, sendo 10 para o 1.º semestre e mais 10 para o 2.º.

Para as comunidades indígenas, a parceria é fundamental, pois permite a formação de pro-fissionais que conhecem a cultura e os costumes dos índios. “Nós trabalhamos para a autonomia deles, para que consigam ser autossuficientes. Esta é a meta da Fundação”, destaca Neide Mar-tins Siqueira, da Coordenadoria Geral de Educa-ção Indígena da Funai. “E para atingirmos este objetivo, é imprescindível ter profissionais indí-genas formados”, completa.

Além disso, ela destaca também o impulso que o convênio com a Univer-sidade de Brasília gerou. “Foi a primei-ra parceria que ofereceu vagas exclusi-vamente para a comunidade indígena,

foi uma atitude pioneira”, exaltou. “Hoje nós já temos convênio com outras 12 universidades federais e estaduais espalhadas pelo país”, relata Neide Siqueira.

Universidade de Brasília oferece vestibular especial para povos indígenas e proporciona ensino a distância para quem não mora perto dos campi

Vagner Vargas

Da Assessoria Técnica de Comunicação

VESTIBULAR

ADAPTAÇÃOA maior preocupação, no entanto, é depois que

esses alunos chegam à Universidade. Segundo a di-retora de Acompanhamento e Integração Acadêmica da UnB, professora Nina Laranjeira, a adaptação dos indígenas é complicada. “Há uma diferença cultural muito grande, são outros hábitos, outra formação. É preciso receber estes alunos reconhecendo as dife-renças e abrindo espaço para eles”, explica.

Em função disso, a professora conta que foi criada, no ano passado, a Comissão Permanente de Acompanhamento de Ingressos Especiais, com o ob-jetivo de instituir uma política de diversidade cultural.

No primeiro semestre de 2009, a novidade para os alunos indígenas está nas disciplinas oferecidas a eles. Ao invés de entrar direto no fluxo do curso, eles estão cursando Português, Química, Biologia e Matemática. Para os alunos de Agronomia e Enge-nharia Florestal, também haverá aulas de Física. “A intenção é nivelar e introduzir estes alunos à UnB para que eles consigam acompanhar o curso que escolheram e se formar”, destaca Nina Laranjeira.

UnB: território nacional

ano 4 nº 14 –abril, maio e junho de 2009

6

“Como eu trabalho o dia todo, não tenho condições de fazer um curso regular, por isso procurei o ensino a distância. Já fiz alguns cursos nesta modalidade e

gostei da experiência. Pretendo ser professor e trabalhar com pesquisa na área biológica após concluir o curso. Até agora estou gostando mui-to, o material é excelente”.Leandro Abade Rocha, 27 anos, estudante de Biologia no pólo UAB de Ceilândia/DF

“Minha aldeia fica na Pa-raíba e fica em uma re-serva que conta com 29 aldeias e cerca de 14 mil índios. Meu objetivo ao vir para cá estudar é jun-tar o máximo de conheci-mento possível e retornar

para a aldeia para aplicá-lo, principalmente na parte de reflorestamento da região”.Tanielson Rodrigues, 19 anos, estudante de Engenharia Florestal, etnia Potiguara

338

81.450

cursos

municípios

estados

vagas para cursos de licenciatura

1˚ Vestibular de 2009 do Universidade Aberta do Brasil na UnB.

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77

fique por dentro

NovidadeRevista eletrônica vai promover interação entre professores e alunosUma revista eletrônica com conteúdo interativo a disposição de professores e alunos das escolas públicas. Esse é o novo projeto da Gerência de Intera-ção Educacional (GIE) do Cespe/UnB, previsto para ser lançado em maio. “Nossa intenção é que as próprias escolas estimulem seus profissionais e alunos a mandar material para a publicação. Será um espaço dedicado a eles e que servirá para aproximar a comunidade acadêmica”, destaca o professor Rogério Basali, colaborador da GIE. Além das matérias principais, que inicialmente serão atualizadas a cada três meses, a revista também terá conteúdos mais dinâmicos, como agenda cultural e notícias.

Luiz Mário Couto

Professor responsável pela área de provas práticas do Cespe/UnB

Avaliação Psicológica

O processo de avaliação psicológica tem como objetivo avaliar os aspectos relacionados à personalidade, ao modo de ser, às habilidades e às características específicas de um indivíduo, por meio dos mais variados métodos e técnicas. Trata-se de um exame profissional, de caráter científico, realizado por psicólogo perito na área. Todas as atividades humanas – educação, trabalho, saúde, relação social – são também refletidas na avaliação psicológica.

Em um concurso público, esse tipo de avaliação tem como finalidade o empenho no sentido de averiguar quais candidatos possuem maior consonância com as características estabelecidas como adequadas ao perfil do cargo pretendido. Dessa forma, vale ressaltar que o processo

de avaliação psicológica do concurso não avalia problemas relativos a ajustamento emocional e, tampouco, a psicopatologias, mas, sim, o grau de conformidade do perfil do candidato ao perfil do cargo pretendido por ocasião da execução da avaliação psicológica.

Portanto, num processo seletivo, o avaliador baseia-se no que o candidato demonstra no momento da avaliação a partir dos critérios pré-estabelecidos não podendo extrapolar ao que foi obtido em termos de resultado pelo próprio candidato, garantindo, assim, a isonomia do processo.

ORIENTAÇÃO PARA O CANDIDATO R

EquipeCespe/UnB forma novos coordenadores de aplicação de provasO Cespe/UnB concluiu, em março, o Processo de Recrutamento Interno para Colaboradores (NPRIC), que selecionou e capacitou 66 novos coordenadores de aplicação de prova. São eles os responsáveis pela gerência dos fiscais e chefes de sala, além do andamento da aplicação de concursos, vestibulares e avaliações educacionais em cada local de prova. Para participar da seleção, os candidatos precisam ser servidores do quadro permanente da Fundação Universi-dade de Brasília (FUB), possuir, no mínimo, certificado de nível médio e ter participado como colaborador de pelo menos três eventos com aplicação de provas do Cespe/UnB. Os seleciona-dos passaram por prova objetiva, prova oral, avaliação de perfil e cursos de formação. Ao todo, 263 coordenadores de aplicação integram a equipe de colaboradores do Centro.

EducaçãoÍndice de desempenho será criado paraalunos do SESIO Cespe/UnB e o Serviço Social da Indústria (SESI) firmaram parceria para desenvolver o Índice de Desempenho do SESI (ID-SESI). O objetivo é traçar um panorama mais aprofundado da educação oferecida aos 35 mil alunos das mais de 250 escolas que compõem a rede SESI no país, de acordo com a série e seus níveis de desempenho. “O índice se tornará um demonstrativo que irá nos ajudar a estabelecer uma meta de desenvolvimento”, explica a gerente de educação do SESI, Joana Cerqueira. O primeiro passo para sua criação foi dado quando o SESI, também em parceria com o Cespe/UnB, avaliou, em novembro do ano passado, o desempenho em língua portuguesa e matemática dos alunos de 4ª e 8ª séries da rede.

InovaçãoTestes feitos no computador são objeto de pesquisaUma nova metodologia de avaliação está sendo pesquisada pelo Cespe/UnB. Trata-se dos Testes Adaptativos Informatizados (CAT, sigla em inglês), um sistema de avaliação realizado pelo computador e que se adapta a cada candidato. Como só é possível responder uma questão de cada vez, sem poder pular, o sistema seleciona novos itens de acordo com o desempenho do candidato. Ou seja, se a resposta for correta, o item seguinte terá um grau de dificuldade maior. “Este modelo de teste é muito utilizado no exterior. Nos Estados Unidos, a prova teórica do processo de obtenção da carteira de motorista é feita pelo CAT”, exemplifica Denise Reis Costa, estatística da Coordenadoria de Pesquisa em Avaliação do Cespe/UnB. Para ela, a metodologia traz muitos benefícios, como o menor tempo gasto para responder a prova, o fato de não agredir o meio ambiente e a maior agilidade na hora da correção.

Page 8: Jornal do Cespe n.14 a 16

Paula Mesquita

Da Assessoria Técnica de Comunicação

Depois das provas, a formaçãoCursos de preparação de candidatos e novos servidores são exigidos em alguns órgãos públicos como forma de garantir melhor desempenho na função a ser exercida

CONCURSO

ano 4 nº 14 – abril, maio e junho de 2009

CURSO DE FORMAÇÃOO curso de formação integra o conjunto de

fases de um concurso público ou processo sele-tivo. Está previsto em edital e oferece aos can-didatos informações sobre o funcionamento da instituição e as características das funções a serem exercidas. “Essa etapa dará ao novo servidor o embasamento inicial que ele preci-

sa ter para desenvolver as ati-vidades previstas no cargo que irá assumir”, ressalta Roberta Freitas Soares, responsável pela área de Formação de Pessoal do Cespe/UnB.

Para ser habilitado no curso de formação é importante que o candidato − aprovado em fases anteriores − faça sua ins-crição, frequente regularmente as aulas e tenha, ao menos, o

desempenho mínimo exigido em edital, sobre pena de ser eliminado.

Luciana Silva, aprovada no concurso da Agên-cia Nacional de Vigilância Sanitária

(Anvisa), em 2007, passou por um desses cursos. “Foi meu primeiro

contato com o órgão. Acho que foi importante passar

por esse processo porque me sentia um pouco in-segura. E durante o cur-so, tirei todas a minhas dúvidas”, conta.

CURSO DE AMBIENTAÇÃO Já o curso de ambientação, é realizado logo

após o ingresso do servidor concursado. O mode-lo é semelhante ao de formação, principalmente, no que se refere ao conteúdo e formatação. O que os difere é que o participante já não pode ser eliminado, uma vez que ele já concluiu todo o processo de seleção do órgão. “São cursos fei-tos para transmitir ao profissional as diretrizes de onde ele vai trabalhar, o tipo de função que vai exercer e o que a instituição espera dele”, esclare-ce Roberta Soares.

O Cespe/UnB já se prepara para, em parceria com o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), realizar, no segundo semestre de 2009, um curso de ambientação para os novos servidores do órgão, aprovados para o cargo de Técnico de Planejamento e Pesquisa. Nesse caso, a formação estará focada no código de ética, nas regras de conduta e no plano de trabalho do Instituto.

Para José Celso Cardoso Júnior, membro do grupo de trabalho responsável pelo curso de am-bientação do Ipea, essa preparação é fundamen-tal. “Já enfrentamos problemas com candidatos que chegaram sem conhecer nada sobre o órgão ou sobre a função pública. Alguns nem sabiam sua locação dentro do Ipea e chegavam desmo-tivados, sem qualquer comprometimento insti-tucional. O curso de ambientação pode ajudar a solucionar situações como essa”, afirma.

CURSO DE CAPACITAÇÃOO investimento em formação de pessoal tam-

bém pode acontecer por meio da realização de cursos de capacitação. Só que para grupos especí-ficos de servidores que já desempenham funções estratégicas no órgão. Os temas podem ser os mais variados, desde a elaboração de projetos até o uso correto de ferramentas de gestão ou de softwares, por exemplo.

O modelo é seguido pelo De-partamento de Polícia Rodoviária Federal (DPRF) há, pelo menos, oito anos. Para o inspetor Ricardo Betat, que é coordenador de ensino da DPRF, o curso de capacitação é uma ferramenta importante para o constante aperfeiço-amento do servidor. “Investimos porque hoje tra-balhamos com a formação do policial de maneira integral. Trabalhamos sua inteligência emocional, física, mental e espiritual – ligado ao lado vocacio-nal”, ressalta. A meta, segundo o inspetor, é obter resultados positivos na atuação da polícia junto ao público. “Queremos que o policial seja uma ferra-menta de atendimento pleno ao cidadão e é nesses cursos que podemos trabalhar isso a fundo”, completa Betat.

88

Na tentativa de ingressar no serviço público, cada candidato pode passar por diferentes fases em um concurso. Provas objetivas, discursivas, ava-liação de títulos e testes físicos são algumas delas. Também têm merecido cada vez mais a atenção de candidatos e futuros servidores, etapas como cursos de formação, de ambientação e de capacitação, exi-gidos por alguns órgãos como fase eliminatória de um concurso ou como preparação dos profissionais recém-aprovados para o cargo que irão ocupar.

Os cursos são, em geral, solicitados por agên-cias reguladoras, polícias e ministérios. O perfil dos candidatos varia para cada caso, mas a maioria é destinada a cargos de nível superior.

Veja como funciona cada um deles.

606

6.344

Em 2007 Em 2008

MRE, MDIC, MPE/AM, PMCE e

Pref. de Vila Velha

Cursos de formação

Cursos de capacitação

735

INSSCursos de ambientação

6 5

3 7

1

Ana, Anatel, Ancine, Anvisa e

Prefeitura de Aracaju

Inep, DPRF e Seed/MEC

2.560

INSS e DPRF

2.000

Participantes ParticipantesÓrgãos ÓrgãosQuantidade Quantidade

Cursos realizados pelo Cespe/UnB

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ano 4 nº 14 - abril, maio e junho de 2009

decisão

iniciativa

iniciativatrabalho em equipe

trabalho em equipe

trabalho em equipegestão de pessoas

negociação

gestão de pessoas

Interessados em fazer parte desse time precisam se preparar para lidar com uma jornada de trabalho diferenciada, que exige dedicação, trabalho em equipe e atualização constante dos estudos. Boas oportunidades são oferecidas por instituições federais. Páginas 4 e 5

GRADUAÇÃOVestibulares especiaisUniversidade de Brasília estende possibilidade de acesso ao ensino superior às populações indígenas e comunidades fora do Distrito Federal, por meio de parcerias com a Funai e com o programa de ensino a distância do Ministério da Educação.Página 6

CONCURSOServidores mais preparadosCursos de formação e de capacitação ajudam a esclarecer dúvidas sobre os órgãos públicos e funções que serão exercidas pelos novos concursados. Também são utilizados como fase eliminatória de uma seleção.Página 8

ESPECIAL

Profissionais de saúde no setor público

Campus Universitário Darcy Ribeiro | Edicífio Sede Cespe/UnB - Brasília-DF | CEP 70904-970

Page 10: Jornal do Cespe n.14 a 16

O vestibular da Universidade de Brasília (UnB), realizado pelo Cespe/UnB duas vezes por ano, é conhecido em todo o país. O que muita gente não conhece, no entanto, são os convênios que a Uni-versidade tem com a Fundação Nacional do Índio (Funai) e com o programa Universidade Aberta do Brasil (UAB), do Ministério da Educação, que ofe-recem oportunidades para estudantes indígenas e leva a UnB a outros estados por meio da modali-dade de ensino a distância, respectivamente.

UABEm 2009, a UnB abriu, por meio do Univer-

sidade Aberta do Brasil (veja mais no site http://uab.capes.gov.br), 1.450 vagas em 20 pólos es-palhados pelos estados do Acre, de Alagoas, da Bahia, de Goiás, de Minas Gerais, de São Paulo e do Tocantins, além do Distrito Federal. Desse total, 50% foram destinadas a professores em exercício da rede pública, que deverão atuar no município sede do pólo de apoio presencial ou em cidades circunvizinhas.

Essa foi a segunda edição do programa, que, apesar de recente, já apresenta resultados positi-vos. Além do crescimento no número de vagas oferecidas – na primeira edição, em 2007, foram 1.080 –, também começa a ganhar espaço no meio acadêmico. “Ainda estamos em uma fase inicial do programa, onde é importante romper a cultura de que o módulo de ensino a distância perde em qua-

lidade se comparado ao ensino presencial, aponta

Wilsa Ramos,

coordenadora do UAB na Universidade de Brasília. Segundo ela, a resistência diminuiu bastante desde o início do programa. “Já contamos com seis facul-dades e institutos da UnB que apoiam e defendem a qualidade do ensino a distância”, comemora, lembrando que o objetivo é realizar o processo se-letivo anualmente.

Quem atesta a qualidade e a importância da iniciativa é a coordenadora do pólo de Carinha-nha (BA), Jumária Dias dos Santos Lima. Segundo ela, essa é a única oportunidade para quem é da região de conseguir um diploma de nível supe-rior sem deixar a cidade, que tem cerca 28 mil habitantes. “Inclusive pessoas de outras cidades e estados estão vindo para cá estudar”, conta a coordenadora, orgulhosa.

FUNAIJá a história dos indígenas na UnB começou

um pouco antes, em 2004, quando a 1.ª turma de alunos veio para Brasília transferidos de ou-tras universidades. Porém, o primeiro vestibular em convênio com a Funai aconteceu em 2006 e ofereceu 10 vagas. No último, realizado este ano, foram 20 vagas, sendo 10 para o 1.º semestre e mais 10 para o 2.º.

Para as comunidades indígenas, a parceria é fundamental, pois permite a formação de pro-fissionais que conhecem a cultura e os costumes dos índios. “Nós trabalhamos para a autonomia deles, para que consigam ser autossuficientes. Esta é a meta da Fundação”, destaca Neide Mar-tins Siqueira, da Coordenadoria Geral de Educa-ção Indígena da Funai. “E para atingirmos este objetivo, é imprescindível ter profissionais indí-genas formados”, completa.

Além disso, ela destaca também o impulso que o convênio com a Univer-sidade de Brasília gerou. “Foi a primei-ra parceria que ofereceu vagas exclusi-vamente para a comunidade indígena,

foi uma atitude pioneira”, exaltou. “Hoje nós já temos convênio com outras 12 universidades federais e estaduais espalhadas pelo país”, relata Neide Siqueira.

Universidade de Brasília oferece vestibular especial para povos indígenas e proporciona ensino a distância para quem não mora perto dos campi

Vagner Vargas

Da Assessoria Técnica de Comunicação

VESTIBULAR

ADAPTAÇÃOA maior preocupação, no entanto, é depois que

esses alunos chegam à Universidade. Segundo a di-retora de Acompanhamento e Integração Acadêmica da UnB, professora Nina Laranjeira, a adaptação dos indígenas é complicada. “Há uma diferença cultural muito grande, são outros hábitos, outra formação. É preciso receber estes alunos reconhecendo as dife-renças e abrindo espaço para eles”, explica.

Em função disso, a professora conta que foi criada, no ano passado, a Comissão Permanente de Acompanhamento de Ingressos Especiais, com o ob-jetivo de instituir uma política de diversidade cultural.

No primeiro semestre de 2009, a novidade para os alunos indígenas está nas disciplinas oferecidas a eles. Ao invés de entrar direto no fluxo do curso, eles estão cursando Português, Química, Biologia e Matemática. Para os alunos de Agronomia e Enge-nharia Florestal, também haverá aulas de Física. “A intenção é nivelar e introduzir estes alunos à UnB para que eles consigam acompanhar o curso que escolheram e se formar”, destaca Nina Laranjeira.

UnB: território nacional

ano 4 nº 14 –abril, maio e junho de 2009

6

“Como eu trabalho o dia todo, não tenho condições de fazer um curso regular, por isso procurei o ensino a distância. Já fiz alguns cursos nesta modalidade e

gostei da experiência. Pretendo ser professor e trabalhar com pesquisa na área biológica após concluir o curso. Até agora estou gostando mui-to, o material é excelente”.Leandro Abade Rocha, 27 anos, estudante de Biologia no pólo UAB de Ceilândia/DF

“Minha aldeia fica na Pa-raíba e fica em uma re-serva que conta com 29 aldeias e cerca de 14 mil índios. Meu objetivo ao vir para cá estudar é jun-tar o máximo de conheci-mento possível e retornar

para a aldeia para aplicá-lo, principalmente na parte de reflorestamento da região”.Tanielson Rodrigues, 19 anos, estudante de Engenharia Florestal, etnia Potiguara

338

81.450

cursos

municípios

estados

vagas para cursos de licenciatura

1˚ Vestibular de 2009 do Universidade Aberta do Brasil na UnB.

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ano 4 nº 15 - julho, agosto e setembro de 2009

Formação continuada é fundamental para quem deseja seguir carreira na docência ou em projetos educacionais de diferentes órgãos públicos. Páginas 3, 4 e 5

CONCURSOProva de títulosComo se preparar para a etapa classificatória de análise de documentos. Página 7

EDUCAÇÃOSESI avalia desempenho de suas escolasIndicadores ajudam na elaboração de estratégias para aumentar a qualidade do ensino. Página 8

ESPECIAL

O perfil do profissional de

Campus Universitário Darcy Ribeiro | Sede do Cespe/UnB - Brasília-DF | CEP 70904-970

Educação

Page 12: Jornal do Cespe n.14 a 16

Em busca de melhor qualidade do ensino

MÉDIAS NACIONAISOs primeiros resultados

do Índice de Desenvolvimen-to, apresentados no início deste semestre, apontam que as escolas, no geral, estão bem avaliadas, com média nacional de 5,6 para a 4ª série e de 5,3 para a 8ª série, numa escala que vai de 0 a 10.

A meta, segundo explica a analista de negócios sociais do SeSI e a responsável pelo Simeb, Adriana Oliveira Hofmann, é atin-gir índice nacional igual a 7 até o ano de 2015. “Esse índice vai de acordo com o estipulado pelo MEC como meta a ser atingida pelas esco-las privadas no Índice de Desenvolvi-mento da Educação Básica (Ideb) até 2021. E para alcançá-la, vamos pro-mover vários seminários, um em cada região do país, para apresentação dos resultados e para que as escolas pos-sam montar planos de intervenção de melhoria no ensino”, diz.

Adriana Hofmann explica ainda que essas ações regionais fazem parte da primeira estratégia do Departamento Nacional do SeSI não só para trabalhar o ID-SeSI, mas para traçar uma meta também para o IQ-SeSI – que também será divulgado durante os eventos regionais. “Numa segunda fase, daremos todo o suporte necessário para que os planos de intervenção sejam colocados em prática e deem resultados, assim como já temos vários programas de incenti-vo à educação vigentes”, destaca.

A criação de ferramentas que medem o de-sempenho de escolas, alunos e docentes tem ajudado o Serviço Social da Indústria (SeSI) a pro-gramar medidas para aumentar a qualidade da educação oferecida pelas escolas da rede em todo o país. Em parceria com o Cespe/UnB, a instituição investiu na elaboração dos Índices de Desempe-nho (ID-SeSI) e de Qualidade (IQ-SeSI). “Com esses índices é possível olhar para o grupo de alunos avaliados e pensar em como melhorar o ensino, buscando assim elevar o rendimento desses estu-dantes para um nível avançado”, explica a geren-

te de educação bási-ca do SeSI/SP, Maria José Castaldi.

O ID-SeSI foi cria-do com base nos re-sultados da prova do Sistema de Monitora-mento da Educação Básica (Simeb), apli-cada em novembro de 2008, e avalia os

estudantes de acordo com a série e seus níveis de desempenho (veja quadro).

Já o Índice de Qualidade, foi calculado por escola com base em questionários respondi-dos por alunos, professores, pedagogos e di-retores e vai auxiliar os gestores a identificar as áreas que precisam de maior investimento (veja quadro).

Apesar de possuírem o objetivo comum de contribuir com o ensino oferecido pela rede, os dois índices são independentes entre si. “Do pon-to de vista estatístico, o resultado de um não in-fluencia o resultado do outro. Mas, do ponto de vista educacional, é fato que, quanto melhor a estrutura escolar e de apoio ao estudante, melhor o resultado obtido com relação ao aprendizado”, explica a responsável pelo projeto no Cespe/UnB, Jaqueline Assis.

Objetivo: identificar os aspectos que influen-

ciam positiva ou negativamente no desempe-

nho dos estudantes

Como é calculado: análise de seis indica-

dores-infraestrutura, valores transmitidos

pela escola, práticas pedagógicas, relações

interpessoais, suporte profissional e coorde-

nação pedagógica por meio de questionários

aplicados a professores, alunos de 4ª e 8ª sé-

ries, coordenadores pedagógicos e diretores.

Referência: baseado no Prêmio Sesi de Qua-

lidade na Educação, que tem como objetivo

promover a busca da excelência na educação

e incentivar a reprodução de experiências

bem-sucedidas.

Objetivo: diagnosticar como está o desempe-nho dos alunos e o fluxo escolar

Como é calculado: com base no fluxo esco-lar e nos resultados das provas do Sistema de Monitoramento da Educação Básica (Simeb)

Referência: o índice foi baseado no Índice de Desenvolvimento da Educação do Estado de São Paulo (Idesp)

O Simeb aferiu o conhecimento de 35 mil alunos, de 4ª série e 8ª série, de mais de 250 escolas da rede SeSI nas disciplinas de Portuguêse Matemática.

Paula Mesquita

Da Assessoria Técnica de Comunicação

Adriana Hofman conta que o objetivo do SeSI é atingir média 7 no Índice de Desenvolvimento até 2015.

SESI cria, em parceria com o Cespe/UnB, índices que medem desempenho de alunos e escolas da rede.

AVALIAÇÃO

ano 4 nº 15 – julho, agosto e setembro de 2009

8

Page 13: Jornal do Cespe n.14 a 16

ano 4 nº 16 - outubro, novembro e dezembro de 2009

Quem tem interesse em garantir uma das boas chances oferecidas por esse mercado deve possuir formação jurídica sólida, além de investir regularmente em capacitação. Páginas 3, 4 e 5

SELEÇÕESCespe/UnB pesquisa novas metodologiasO objetivo é aprimorar as ferramentas de mensuração de conhecimentos e contribuir para que as instituições encontrem pessoas com perfil adequado às funções que irão exercer. Página 6

EDUCAÇÃOAvaliações medem aprendizagem Projetos desenvolvidos no Amazonas e em São Paulo vão avaliar o desempenho de alunos dos ensinos médio e profissionalizante. Mais de 60 mil farão os testes. Página 7

ESPECIAL

Campus Universitário Darcy Ribeiro | Sede do Cespe/UnB - Brasília-DF | CEP 70904-970

O que o setor público espera dos profissionais da área de Direito

Page 14: Jornal do Cespe n.14 a 16

O que são instrumentos de avaliação?

São provas, testes ou questionários que

permitem medir o grau de conhecimen-

to, habilidade e atitude do avaliado. Esses

instrumentos são construídos combinando

metodologias e conceitos de várias áreas de

estudo, como Psicometria, Estatística, Edu-

cação, além de outros campos diretamente

relacionados ao conteúdo a ser avaliado.

Paula Fernandes e Denise Reis são responsáveis

pelo primeiro protótipo do CAT do Cespe/UnB

TesTes AdApTATivOs COmpuTAdOrizAdO (CAT)Esses testes, como o próprio nome diz, adaptam as questões de uma avaliação para melhor mensurar o nível de capacidade

de um examinando em uma determinada área de conhecimento. O programa desenvolvido reconhece o nível do avaliado

de acordo com o acerto e erro das questões:

O programa seleciona e apresenta um item ao examinando.

Se o examinando responder certo, uma nova questão de

maior dificuldade é apresentada.

Se errar, o programa mostra outra questão

com menor dificuldade.

O exametermina quando

uma quantidade de itens pré-fixada for

alcançada ou o nível do avaliado

for estável.

Uma das vantagens do CAT é que o avaliado recebe a nota do exame logo após o término da avaliação.

O Cespe/UnB é conhecido na sociedade por duas de suas principais funções: aplicação dos exames de admissão na Universidade de Brasília e a elaboração de concursos públicos. Porém, as atividades do Centro vão além da execução de processos seletivos. A pesquisa de metodologias para o desenvolvimento de testes é um trabalho pouco conhecido, mas ganha cada vez mais espa-ço dentro da instituição.

Inicialmente focada em avaliações educacio-nais, a Coordenadoria de Pesquisa em Avaliação do Cespe/UnB desenvolve, desde 2006, projetos relacionados à melhoria dos instrumentos de mensuração de conhecimento. A demanda prin-cipal são as provas destinadas a saber o quanto o candidato conhece um assunto e domina as habi-lidades necessárias para resolver um problema.

“A construção dos testes busca relacionar as questões com a rotina do candidato no emprego ou na escola”, comenta a psicometrista da Co-ordenadoria de Pesquisa em Avaliação, Fabiana Queiroga. Além disso, o setor começou a fazer pesquisas e relacionar a performance dos candi-datos com o perfil desejado pela empresa contra-tante. No caso, duas instituições foram pioneiras nesse estudo: a Petrobras e o Tribunal de Contas da União. A pesquisa permitiu a melhoria dos tes-tes e aproximou ainda mais o candidato aprovado do perfil esperado pelas empresas.

AVANÇOS

Cespe/UnB investe nas pesquisas

em avaliações e seleçõesObjetivo é aperfeiçoar ainda mais as metodologias de medir conhecimentos, habilidades e atitudes dos candidatos e alunos

Rafael Baldo

Da Assessoria Técnica de Comunicação

CONCursOsO desenvolvimento de técnicas para avaliar

melhor os examinados ainda é focado nos testes educacionais, como a Prova Brasil e a Proficiên-cia em Línguas da Universidade de Brasília (UnB). “Diferentemente dos concursos, a função princi-pal de um teste educacional é analisar o conhe-cimento, não ranquear os participantes”, explica a estaticista Denise Reis. Ela e a desenvolvedora de softwares Paula Fernandes estão finalizando o primeiro protótipo de Testes Adaptativos Compu-tadorizados (CAT) do Centro (veja o gráfico).

De acordo com Reis e Fernandes, a prova adaptativa no computador aumenta a motivação dos candidatos por oferecer itens adequados ao seu nível de capacidade, apesar de requerer uma estrutura mais complexa de aplicação. O grande empecilho para o uso em larga escala é a falta de locais com as condições necessárias para este tipo de teste. “Além da qualidade dos dados e pra-ticidade, o CAT favorece muito a segurança dos testes”, reforça Reis.

A partir dos resultados obtidos nas avalia-ções educacionais será possível planejar aperfei-çoamentos na elaboração de provas objetivas e discursivas de concursos públicos. “Esperamos, no futuro, que os testes adaptativos computadori-zados sejam uma realidade na maioria das sele-ções do Centro”, espera o diretor do Cespe/UnB, Joaquim Soares Neto.

6

ano 4 nº 16 – outubro, novembro, dezembro de 2009

Page 15: Jornal do Cespe n.14 a 16

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fique por dentro

Vitor Augusto Motta Moreira

Gerência de Avaliação de Títulos e Prova Prática do Cespe/UnB

Investigação de vida pregressaORIENTAÇÃO PARA O CANDIDATO R

A investigação de vida pregressa realizada pelo Cespe/UnB tem como base a análise da vida do candidato nos últimos anos. O pe-ríodo da análise pode variar em função do órgão público realizador do concurso, mas no mínimo são analisados os últimos cinco anos do candidato. Em geral, são solicitadas certidões das justiças eleitoral, mi-litar, estadual e federal. Além disso, é muito frequente a solicitação de nada consta das polícias federal e estadual. É importante observar que se o candidato morou em duas ou mais unidades da federação – no período de avaliação – ele deverá providenciar as certidões e o nada consta em todas as unidades da federação que residiu. Além desses documentos, o candidato preenche um formulário com informações

sobre suas atividades profissionais e pessoais, no qual é fundamental informar, com veracidade, tudo que está sendo perguntado.

O tempo entre a convocação e a entrega dos documentos soli-citados é variável e deve ser observado pelo candidato no edital de convocação para tal fase. Nesse ponto é importante lembrar que há a previsão da fase de investigação de vida pregressa no primeiro edital do concurso. Assim, o candidato deve providenciar os documentos com a maior antecedência possível, sempre verificando o prazo de validade das certidões. Por último, vale registrar que essa fase é, normalmente, executada pelo órgão que contrata o Cespe/UnB para realizar o certame.

Educação ProfissionalAlunos da rede SENAI serão avaliados em São Paulo Cerca de 10.500 alunos de cursos de aprendizagem industrial, técnicos e superiores de tecnologia ministrados nas escolas da rede do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial de São Paulo (SENAI/SP) serão avaliados pelo Cespe/UnB ainda este ano. A proposta é verificar o desempenho dos alunos por meio da aplicação de provas de conhecimentos específicos e habilidades ligadas ao trabalho, além do levantamento das expectativas e características dos alunos e das condições de ensino-aprendizagem das escolas. Os exames devem ser aplicados em dezembro em mais de 50 municípios paulistas, incluindo a cidade de São Paulo. O Cespe/UnB também foi parceiro do SENAI/SP nas avaliações realizadas em 2002 e em 2004.

Ensino MédioAmazonas aplica provas para mais de 52 mil estudantesPelo segundo ano consecutivo, a Secretaria de Educação do Amazo-nas, realiza, em parceria com o Cespe/UnB, o Sistema de Avaliação de Desempenho da Educação do Amazonas. Desta vez, a avaliação será aplicada somente para os alunos do 3.° ano do ensino médio e finalis-tas da Educação de Jovens e Adultos das escolas públicas do estado, já que os estudantes do ensino fundamental serão avaliados pela Prova Brasil, do Ministério da Educação. A metodologia das provas terá como referência a nova matriz de conhecimento do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). As análises dos resultados, por sua vez, serão feitas de acordo com a Teoria de Resposta ao Item. As provas estão previstas para novembro e terão a participação de mais de 52 mil estudan-tes de 341 escolas.

ExpansãoUnB cria novas vagas e cursosO Programa de Avaliação Seriada (PAS) e o 1˚ Vestibular de 2010 da Universidade de Brasília (UnB) ganharam, juntos, 490 novas vagas e oito novos cursos. Um total de 3.782 vagas – 1.891 para cada seleção – é oferecido em 89 cursos no primeiro semes-tre do próximo ano, nos campi de Ceilândia, Gama, Planaltina e Plano Piloto. Os exames de admissão estão agendados, res-pectivamente, para os dias 12 e 13 e 19 e 20 de dezembro. Já os resultados devem ser divulgados em janeiro de 2010. Outras in-formações pelos links www.cespe.unb.br/pas e www.cespe.unb.br/vestibular.

Page 16: Jornal do Cespe n.14 a 16

Como partiCipar

Acesse o • site www.cespe.unb.br/interacao ou www.gie.cespe.unb.br e clique no campo apropriado para se inscrever.

Caso o professor e a escola/cursinho não sejam •cadastrados, será necessário o cadastramento pelo site www.gie.cespe.unb.br e o envio do formulário preenchido para o fax (61) 2109-5859.

Após efetuar a inscrição, a direção da escola/ •cursinho deverá homologar os nomes dos respectivos professores.

A participação na Sala dos Professores é aberta para os docentes do Distrito

Federal e de cidades do entorno

partiCipação de professores

número de professores participantes

EDUCAÇÃO

Sala dos Professores completa 23 anosEspaço é dedicado para docentes realizarem as provas do PAS e do vestibular da UnB, além de permitir maior proximidade com as escolas de educação básica

Rafael Baldo

Da Assessoria Técnica de Comunicação

Experiência pioneira, a Sala dos Pro-fessores da Universidade de Brasília (UnB) completa 23 anos de existência. A iniciativa per-mite uma análise aberta aos professores de ensi-no médio das provas de admissão da UnB. E sua contribuição vai além dos dias de aplicação de provas do Programa de Avaliação Seriada (PAS) e do vestibular.

“A inevitável influência que essas seleções exercem sobre a dinâmica escolar implica a consi-deração da necessária interação com a educação básica”, esclarece Ricardo Gauche, responsável pela Gerência de Interação Educacional do Cespe/UnB. O debate do conteúdo exigido em prova, a relevân-cia e dificuldade das questões, palestras e várias outras atividades fazem parte da programação complementar da Sala dos Professores.

Tudo começou em 1986, quando profes-sores do ensino médio de escolas e cursinhos

discussão é ampla. “No vestibular, os professores de áreas diferentes se dividem em dois dias, por isso se perde a análise dos especialistas que compare-cem apenas em um dos dias de aplicação”, explica a professora.

O gerente Ricardo Gauche acredita que hou-ve, com o passar dos anos, um aumento de cons-ciência dos docentes em relação à elaboração das seleções. “O foco das provas não é de natureza conteudista, mas formativa, em consonância com o processo ensino-aprendizagem desenvolvido nas escolas”, ressalta. A Sala dos Professores é re-alizada no Campus Universitário Darcy Ribeiro, em Brasília, e em Taguatinga (DF).

da região foram convidados a analisar as provas do vestibu-lar, no momento de sua apli-cação. “Na época, eles ficaram ao ar livre, embaixo de árvores do campus do Plano Piloto”, lembra Lauro Morhy, idealiza-dor da iniciativa e ex-diretor da então organizadora de seleções da UnB Comissão Permanente de Concurso Ves-tibular (Copeve). Os docentes tiveram a ga-rantia de que, caso encontrada uma questão formulada fora do conteúdo exigido, ela seria devidamente anulada.

A confiança dos professores aumentou, assim como a participação e os procedimentos de se-gurança do evento. Atualmente, os docentes par-ticipantes ficam em dependências separadas das salas de candidatos e só podem sair após encer-rado o tempo total destinado às provas de admis-são. Porém, a interação entre eles é liberada para ampliar a discussão das questões elaboradas.

deBateDe acordo com a professora de exatas, Hipácia

Fontes, participante da Sala desde 1996, o proje-to é fundamental para o ensino escolar. “Fiz até

um banco de dados das questões elaboradas na área de exatas e levantei os assuntos mais frequentes nas provas. Isso ajuda a prepa-rar melhor os alunos“, revela. E mesmo grávida de 7 meses, na época, ela não dei-xou de participar da Sala dos Professores no 2.º Vestibular de 2009 da UnB.

Com a interdisciplinaridade das pro-vas, Fontes nota uma discussão mais dis-persa sobre os conteúdos no vestibular. Segundo ela, no PAS, todos os docentes estão na sala no mesmo dia, então, a

ano 4 nº 16 – outubro, novembro, dezembro de 2009

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