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EscolaSecundariajoaodeDeus Número 57 Junho 2010 ~ 0,50 euros ´ A ESCOLA VAI ENTRAR EM OBRAS... MUITO EM BREVE....O QUE VAI MUDAR? QUAIS SÃO AS PRIORIDADES? O PRETO NO BRANCO ENTREVISTOU O ENGENHEIRO LUÍS VIEGAS, O DIREC- TOR DA PARQUE ESCOLAR, O RESPONSÁVEL PELA OBRA DE REQUALIFI- CAÇÃO DESTA ESCOLA. ENTREVISTA E REPORTAGEM NAS PÁGINAS 12 A 21 Grande Entrevista UMA AVENTURA PELA EUROPA”: ESTÁGIOS PROFISSIONAIS NA BÉLGICA NO ÂMBITO DO PROGRAMA EUROPEU LEONARDO DA VINCI PÁG. 9 DÉBORA, O OUTRO LADO DO SONHO À CONVERSA COM... DÉBORA CASIMIRO PÁG. 11 BON VOYAGE PÁG. 10

Jornal Escolar

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Jornal Escolar da ESJD

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Page 1: Jornal Escolar

Escola Secundaria joao de Deus

Número 57 Junho 2010

~

0,50 euros

´

A ESCOLA VAI ENTRAR EM OBRAS... MUITO EM BREVE....O QUE VAI MUDAR? QUAIS SÃO AS PRIORIDADES?O PRETO NO BRANCO ENTREVISTOU O ENGENHEIRO LUÍS VIEGAS, O DIREC-TOR DA PARQUE ESCOLAR, O RESPONSÁVEL PELA OBRA DE REQUALIFI-CAÇÃO DESTA ESCOLA.

ENTREVISTA E REPORTAGEM NAS PÁGINAS 12 A 21

G r a n d e E n t r e v i s t a

“UMA AVENTURA PELA EUROPA”:

ESTÁGIOS PROFISSIONAIS NA BÉLGICA NO ÂMBITO DO PROGRAMA EUROPEU LEONARDO DA VINCI

PÁG. 9

DÉBORA, O OUTRO LADO DO SONHO

À CONVERSA COM... DÉBORA CASIMIROPÁG. 11

BON VOYAGEPÁG. 10

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Escola

“a máquina de fazer espanhóis” de valter hugo mãe “Morreste-me” de José Luís Peixoto “O leitor” de Bernhard Schlink “Os Anagramas de Varsóvia” de Richard Zimler“um homem e duas mulheres” de Doris Lessing

Livros para fériasAs escolhas de Godinho Varela Cunha e Andrade As alunas Margarida Granja, Débora Casimiro e Joana

Glória ficaram em 4º lugar nas Olimpíadas da Química.

Olimpíadas da Química

O Bookcrossing é um clube de livros global que não tem limites geográfi-cos. Os seus membros gostam tanto de livros que não se importam de se separar deles, libertando-os para que possam ser encontrados por outros. O objectivo do Bookcrossing é trans-formar o mundo inteiro numa biblio-teca. Em Portugal, há já mais de meia centena de crossing zones, de acordo com o site www.bookcrossing-portu-gal.com. O Bookcrossing pode ser definido como um ato de cidadania e de al-truísmo que consiste na prática de deixar um livro num local público,

para que outros o encontrem, o leiam, o voltem a libertar e assim sucessiva-mente.O objetivo deste movimento é fo-mentar e facilitar o acesso à cultura e especificamente à leitura. Para que isso se torne numa reali-dade, “libertam-se” livros em locais públicos (como cafés, escolas, bares, bancos de jardim) para que o maior número possível de pessoas os possa ler, em vez de os manterem parados nas suas estantes.A nível internacional, o sitio www.bookcrossing.com é referência ob-rigatória.

O que é o Bookcrossing?

a nossa Escola é um ZOL

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Escola

Alguns alunos da nossa esco-la foram privilegiados com esta iniciativa, a semana

das profissões, promovida pela nova direcção da Associação de Pais da Escola Secundária João de Deus.O corpo deste órgão é formado por Vítor Matias, Presidente da Asso-ciação de Pais, e Augusta Casaca, Membro da Assembleia Geral, que se mostraram extremamente entusi-asmados com a nova dinâmica que pretendem promover, na Semana das Profissões.Durante esta semana, vieram várias pessoas à escola, que deram o seu testemunho aos alunos falando-lhes do seu percurso de sucesso.Entre essas pessoas, estão o Sr. Ví-tor Neto (Presidente da Direcção da NERA, e, ex. Secretário de Estado do Turismo), Francesco Berrettini (Empresário da Inesting-Algarve), João Navalho (Biólogo Marinho e Administrador da NECTON), e, Filipa Albergaria (ex-aluna do liceu, Médica e 1ª Tenente da Marinha de Guerra Portuguesa). Todos tiveram oportunidade de falar um pouco sobre as suas vidas, falar sobre o longo caminho que tiveram que percorrer para atingir o sucesso.

Associação de Pais promove

Também acabaram por deixar uns tópicos importantíssimos para o alcançar, nomeadamente, gostar da-quilo que se faz, conciliar competên-cias com aptidões, e, talvez o mais importante, escolher algo de que no futuro não nos arrependamos, algo que nos satisfaça interiormente.Esta iniciativa só veio demonstrar o interesse e a preocupação desta nova Associação de Pais, que desde o início está empenhada em trabalhar

de Joana Mestre Teresa Gago

João Navalho esteve presente na semana das profissões da nossa escola repre-sentando a NECTON, Empresa portuguesa que produz micro-algas para alimentar bacalhaus-bebé em aquiculturas da Noruega

em prol dos alunos e disposta a dar-lhes a conhecer o mundo exterior, mais concretamente, o mercado de trabalho.No dia 22 de Maio tivemos mais uma palestra, esta contou com a pre-sença de um um Inspector da PJ, e teve como tema central “Os Perigos da Internet”.É, sem dúvida, entusiasmante ver a Escola Secundária João de Deus preocupada e activa na vida dos seus alunos.

“SEMANA DA

S PROFISSÕ

ES”

Direcção: Ana Mafalda Sarmento

Propriedade: Escola Secundária João de Deus

Redactores:Ana SarmentoGonçalo PiresInês MeteloMicael NascimentoMiguel MarquesRita Engrácia

Sahuanny MattosCarolina RoqueDiogo SimãoCatarina GamboaMafalda VicenteJoana Mestre

Editores gráficos:

Autor do logotipo: Ingo Martins

André RamosÉlio José

João AugustoVera Matias

Olimpíadas da Química

Teresa GagoAndré FerrinhaCátia SoaresBeatriz MartinsVanessa Pereira

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Escolade Ana Sarmento

Inês Metelo Carolina Roque

Rita Engrácia

Miss e Mister Liceu

No passado dia 14 de Maio, decorreu na Associação de

Músicos a eleição Miss e Mister Liceu 2009/2010.As portas abriram por volta das 22:00h, e os pais e alunos do Liceu e de outras escolas secundárias pu-deram usufruir do bar aberto toda a noite, de cadeiras para uma melhor observação do desfile e um maior conforto e de outras zonas de con-vívio.Antes de se iniciar o desfile os apre-sentadores Teresa Gago e João Gon-çalves chamaram ao palco o grupo “Men Up” da Escola Secundária Pinheiro e Rosa, que ficaram em 2º lugar no respectivo Concurso de Bandas realizado no dia 12 de Maio no auditório da nossa escola. Este grupo conquistou o público com temas de Jorge Palma e com muitos outros êxitosQuando se deu o inicio do desfile, os candidatos foram chamados um por um com o estilo Roupa Casual, pelos apresentadores. Depois foi a vez de desfilarem em pares no estilo Roupa Formal, no qual estavam dispostos da seguinte maneira:- Jéssica e Filipe- João Martins e Ana Margarida- Manela e Tiago Pisa- João Barros e Sara Machado- Francisca e Gonçalo Mascarenhas´- Mónica Martins e China- Mónica André e Osvaldo- Frederico Dutra e Daniela Pintas-silgo- Marta Abreu e Chrisley- Rui Sequeira e Jaqueline

Durante o intervalo do desfile, decorreu no palco Dança Contem-porânea, pelas alunas Joana Glória e

Débora Casimiro da Companhia de Dança do Algarve.Posteriormente ao desfile de Praia e Criatividade deu-se o inicio da vota-ção do Júri que era constituído por :- Francisco Maia - Mafalda Sousa- Marcelo Matoso- Tânia PessoaApós alguns minutos, foram estes os resultados apresentados:- Miss Creatividade – Marta Abreu- Mister Creatividade – Chrisley- Miss Fotogénia – Mónica Martins- Mister Fotogénia – Rui Sequeira- Miss Simpatia – Sara Machado- Mister Simpatia- Crisley- 2º Dama – Marta Abreu- 3º Dama - Francisca- 2º Cavalheiro – Rui Sequeira- 3º Cavalheiro – João Martins

A Miss Liceu 2009/2010 e respec-tivamente a 1º Dama foi a aluna Jéssica Conceição e o Mister Liceu 2009/2010 e respectivamente o 1º cavalheiro foi o aluno Filipe Góis.

A Roupa utilizada pelos candidatos foi fornecida e patrocinada pelas lojas MOR e FLOW.

EDITORIALA nova imagem do Liceu

de Ana Mafalda Sarmento

Depois do grande sucesso que tiveram as outras duas edições

do Preto no Branco, recheado sem-pre de bons artigos elaborados por parte dos nossos colegas e professo-res, nesta ultima edição do ano lecti-vo 2009/2010 pretendemos mostrar aos nossos leitores como irá ficar a nossa escola após as obras que se irão realizar. Com a entrevista conduzida pelas alunas-jornalistas Carolina Roque, Rita Engrácia e por mim própria pretendemos esclarecer algumas dúvidas que os alunos possam ter em relação às obras que vão ocorrer no edifício do nosso Liceu, sendo este o tema principal da presente ed-ição do jornal .Queremos também agradecer aos nossos leitores que nos acompan-haram nas outras edições do jornal e ao engenheiro Luís Viegas, por ter colaborado activamente connosco.Esperamos que, após umas boas férias de Verão, o Jornal retorne com novos jornalistas e novos arti-gos que preencherão as memórias deste Liceu. Desejamos boas férias a todos - alu-nos, professores e funcionários - e que o regresso à escola no novo ano lectivo seja enriquecido com um novo espírito de aprendizagem.

Preto no Branco, mais comunicação na escola.

Vencedores: Jessica Conceição e Filipe Góis

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À conversa com

P/B - Como surgiu a banda e re-sume o percurso da mesma até hoje!Os NOME nascem de um convite feito por pelo João Vagues (guitarris-ta) em 2004/05 e foi criando contor-nos ao ganharmos alguns concursos a nível regional, o que nos propor-cionou tocar algumas vezes com os XUTOS E PONTAPÉS e participar também em algumas semanas aca-démicas.Há cerca de 6 meses os NOME lan-çaram o seu primeiro trabalho “Có-DIGO PELE” e 4 meses depois nasce o primeiro videoclip do seu primeiro single “RETOCOU BATON”.

P/B - Como classificas a actual situação da cidade e da região para o surgimento de bandas, continua a ser preciso sair daqui para triun-far?Não é fácil para qualquer banda sin-grar no panorama algarvio. Na minha opinião por diferentes e a vários fac-tores: falta de Salas de ensaio e estú-dios de gravação entre outros, pou-cos bares com música ao vivo. Bem condições existem, mas na minha opinião não chegam e é claro que por vezes temos que sair do sítio onde vi-vemos para poder triunfar.

P/B - O vosso vídeo parece-me muito bom e pelos vistos foi bem aceite pelo público. Onde e como

A os 5 anos cantava para os amigos e família, aos 13 começou a tocar guitarra e a compor as próprias músicas.

Para João Neto a música é uma paixão. Os Nome a concretização de um sonho. Nascido em Faro há 33 anos, divide o seu tempo entre a música, o bodyboard e a profissão de empresário no mundo da moda. Dedica-se com igual entusiasmo a todas elas e está sempre pronto para um novo desafio.“Código Pele” é o nome do primeiro disco da banda, gravado por Luís Guerreiro e masterizado por Nelson Carvalho nos estúdios da Valentim de Carvalho.Desafiamos o João para um editorial de moda e no percurso fomos conversando.

João Neto

realizaste e será possível a partir daqui fazer uma comunicação in-ternacional da banda?O nosso videoclip tem sido sim bem aceito pelo público em geral.Foi realizado numa das salas mais bonitas e carismáticas do Algarve, nas salas Farenses do CLUBE FA-RENSE.É claro que com a internet podemos ser vistos no mundo inteiro e sentir o feedback de países mais avançados que o nosso.

P/B - A rádio, as editoras e os con-certos, continuam a ser fundamen-tais para o lançamento das bandas. Qual o panorama Algarvio?No nosso caso é, e continuará a ser importante todos esses meios de co-municação mas... Bem hajam os que existem mas mais uma vez são pou-cos.

P/B - Qual o teu sonho para 2010?Em termos musicais gostava de ver os NOME assinarem contrato com uma editora, o que possibilitava out-ras abordagens em termos do panora-ma nacional.Em termos pessoais não iria pedir mais do que já tenho. Sinto-me uma pessoa realizada, mas tenho muita ambição. A sorte é um factor deter-minante também, e quando se juntam as duas coisas é perfeito.

por Cátia Soaresentre paixões

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Cultura

P/B – Já alguma vez tinhas ido a Andorra?

Ana Moura – NãoJoão Martins – Não

P/B – Já alguma vez tinhas ido a Ibiza?

Natacha Martins – Nunca tinha idoIngo Martins – Não, foi a minha primeira vez.

P/B – Que actividades fizeste durante a semana em que lá es-tiveste?

Ana Moura - Saí Natacha Martins - Praia, piscina, futebol, dança, vólei,etc..Havia imensos jogos na piscina. João Martins - Fiz snowboard ( e algum sku), conheci Andorra, vi algumas lojas mas poucas porque passei os dias nas pistas e saí á noite.Ingo Martins - Havia várias activi-dades mas eu não pratiquei nenhu-ma, passei quase todos os dias com os meus companheiros de viagem no quarto.

de Ana Mafalda Sarmento Carolina Roque Rita Engrácia Catarina Gamboa

Viagem de Finalistas andorra e ibiza

P/B – Do que é que mais gostaste?

Ana Moura - Gostei de tudo, mas o convivío num sitio super diferente é muito melhor, a amizade fortalece-se.Natacha Martins - Eu adorei tudo, mesmo. Mas as amizades ficaram marcadas! João Martins - O melhor em An-dorra é fazer snowboard, foi lindo.Ingo Martins - De quase tudo, prin-cipalmente das noites com o pessoal.

P/B – Ficaste arrependido(a) ou desapontado(a) com alguma coisa nesta viagem?

Ana Moura - NãoNatacha Martins - A única coisa que não foi muito agradável foi ter-mos vindo um dia antes. João Martins – Não me arrependi de nada, mas depois de um dia de snowboard é chato ter de arrumar o quarto e fazer o jantar. Ingo Martins - Fiquei desapontado com os monitores, só gostei de dois, de resto foi tudo um espectáculo.

“IBIZA É UMA AMÉRICA PUTE! :D”“As experiencias novas, as músicas ouvidas e os amigos”

Entre os dias 26 de Março a 11 de Abril , realizaram-se as Viagens de Finalistas dos alunos da nossa Escola e de outras do País. A primeira decorreu entre 26 de Março a 2 de Abril em Ibiza e a segunda entre 4 a 11 de Abril em Andorra. Nas edições anteriores fornecemos as devidas informações sobre a estadia, preços, animações, horas e tudo o que iria ocorrer nestas mesmas viagens. Nesta nova edição contámos com a colaboração de 4 alunos que nos contaram a experiência vivida em cada um dos respectivos locais: Ana Moura 11º, Natacha Martins 12º, João Martins 10º, Ingo Martins 11º.

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Cultura

praia e saídas à noite, nada que não tenhamos no Algarve.

P/B – Porque é que preferiste Ibiza a Andorra?

Natacha Martins – Porque eu prefiro locais com temperaturas mais elevadas. Além do mais penso que existem mais oportunidades de ir a Andorra, com a família. Por exem-plo uma viagem de finalistas faz mais sentido no CALOR!Ingo Martins – Porque eu sou uma pessoa que gosto muito de calor, festas o dia inteiro.

P/B – Aproximadamente quanto gastaste no total?

Ana Moura - 500€Natacha Martins - Eu gastei 400 no total. A minha viagem era 360 com tudo incluído, o resto gastei em prendas para mim e para amigos.João Martins - A contar com os 365 iniciais, gastei aproximadamente 565.Ingo Martins - Não sei ao certo, mas por volta dos 500 e tal euros.P/B – Se pudesses modificar o lo-

cal da Viagem de Finalistas, qual escolherias? Porquê?

Ana Moura - Apesar da crise que lá se faz sentir, adorava ir à GréciaNatacha Martins - Eu não modi-ficava nada na minha viagem de finalistas! No entanto, se tivesse mesmo que ser escolheria outra ilha maravilhosa no Sul de Espanha.João Martins - Maldivas, porque tem as melhores praias com as mel-hores ondas ou Berlim porque tem a melhor noite.Ingo Martins - Havai, seria a via-gem ideal mas impossível, é fantásti-co, um sitio de sonho para qualquer pessoa.

P/B – O que é que vai ficar para sempre na tua memória?

Ana Moura - As experiencias no-vas, as musicas ouvidas e os amigos.Natacha Martins - O convívio e as novas amizades. Foi fantástico! João Martins – Vai ficar princi-palmente o 1º dia de snowboard e a noite. Foi tudo muito bom.Ingo Martins - Tudo, foi uma das melhores experiências que tive.

P/B – Se pudesses alteravas al-guma coisa?

Ana Moura - Sim. As horas de viagem no autocarro.Natacha Martins - Sim, ficava lá mais tempo (riso)João Martins – A organização da viagem, podia ter sido melhor.Ingo Martins - Não. Secalhar só o tempo, não estava assim tão agradável como desejaria.

P/B – Vais querer repetir esta experiência?

Ana Moura - Sim, para o ano.Natacha Martins - Sem dúvida!João Martins – Claro que sim!Ingo Martins - Sim para o ano.

P/B – Porque é que preferiste Andorra a Ibiza?

Ana Moura – Porque tenho praia aqui no Verão e no Inverno não tenho neve.João Martins – Escolhi Andorra porque nunca tinha ido à neve e também pelo desporto (snowboard) enquanto Ibiza é mais à base de

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Espaço de Opinião

Qual o comum mortal que nunca sonhou com aquele momento do tem-po em que se empunha

uma guitarra brilhante à frente de milhares de fãs… Evaporados pelo tempo, somos apenas um ser imortal que leva a loucura multidões: can-tam, riem e choram…Já sentiram sim, a chama de Slash, à loucura de Dave Grohl, a vivacidade de Sting…Conheçam Dewey Finn: músico, na casa dos trintas, sonhador, criativo… Falhado.Jack Black dá vida a este amante de rock que leva a sua paixão demasia-do longe: a sua banda expulsa-o pois em palco é ”possuído” e esquece-se que não é nenhuma estrela a dar con-certos para milhares, mas um pobre coitado a dar concertos para alcoóli-cos desconhecidos…“Faz frente ao Homem.”Sem dinheiro para pagar a renda, Dewey faz-se passar por professor substituto numa escola primária. Pa-rece tudo uma perda de tempo, até que os miúdos têm aula de música e ele os vê a tocar… Ideias maquiavé-licas começam nitidamente a formar-se na mente do músico.A partir daí têm um novo homem a dar lições de vida a crianças através de Rock & Roll. Em vez de ensinar Matemática, Geografia e História, temos aulas dadas a pensar em Nir-vana, AC/DC e Iron Maiden.Black é sem dúvida o meu comedi-ante favorito em filmes, e este é sem dúvida, até hoje, a sua melhor actua-ção, contando com a nomeação para

um Globo de Ouro.“ Um grande concerto de Rock pode mudar o mundo”Na primeira visita poderá parecer co-mercial e sem sentido… A mim pelo menos pareceu…Na segunda, alguns detalhes vão começar a aparecer à nossa frente em sítios inesperados.Depois de visitar o filme algumas vezes reparam POR FIM na sua men-sagem: uma história muito bem con-tada sobre sonhos e a vida de cada um. Apercebemo-nos que não são as cri-anças a educar o professor e este a

“Rock não tem razão, Rock não tem rima.”

de Diogo Simão

dar-lhes aquilo que mais ansiosos es-tavam por receber: uma maneira de se fazerem conhecer, de dizer que são mais que aquilo que os pais os permitem…E são eles que levam Dewey a concretizar um sonho: uma ova-ção enorme e Stage Diving.“Rock não é sobre ter de fazer as coisas pelas regras.”Pegando na guitarra, baixo, piano, bateria ou microfone, com vergonha ou paixão, sem vontade ou sem talento, já todos son-hámos com esses mo-mentos de paixão e glória eterna, na qual

o nosso nome é cantado por anjos e demónios.Com o filme “Escola de Rock” os nossos desejos podem ser transporta-dos por esses miúdos: Zack, Freddy, Alicia, Lawrence…Escolham: é uma questão de saber quem são, o que querem e para onde vão…É uma questão de tentar.É uma questão de vontade e sa-bedoria.É uma questão de desafiar o Homem.“Because it’s long way to the top, if you wanna Rock n’ Roll!”

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Escola

No passado dia 1 de Maio partiram para a Bélgica dez alunos de quatro Cursos

Profissionais desta Escola, no âmbi-to do Programa Leonardo Da Vinci. Após uma selecção criteriosa e minu-ciosa e com o principal objectivo de realizarem o seu estágio profissional num país da União Europeia, os jo-vens embarcaram nesta aventura. A duração da estadia é de seis se-manas e estes alunos têm a hipótese não só de desenvolver competências na sua área de especialização, como também têm a possibilidade de de-senvolver competências sociais, cul-turais e ampliar os seus horizontes

10 alunos = 6 semanas na Bélgica“UMA AVENTURA PELA EUROPA”: ESTÁGIOS PROFISSIONAIS NA BÉLGICA NO ÂMBITO DO PROGRAMA EUROPEU LEONARDO DA VINCI

pessoais e profissionais. Estas vivências são muito enriquecedoras e têm sempre um papel fundamen-tal no processo de crescimento dos jovens, nomeadamente, no que respeita ao desenvolvimento da sua autonomia e sentido de responsabilidade. Todos os alunos envolvidos estão a usufruir desta oportunidade que lhes foi dada e o balanço, até agora, é bastante positivo.

A Guida, Rossana e Cristiana estão na cidade de Charleroi.

A Ana, a Rafaela, a Carolina e a Liliana O André, o Pedro e o Ricar-do estão na cidade de Namur.

Museu da Fotografia em Charleroi: www.museephoto.beInstituto de artes onde os alunos estão a estagiar: www.iata.be/

Os alunos de fotografia e multimédia foram ao museu da fotografia em Charleroi

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Cultura

P/B - Há quanto tempo tocam jun-tos?Há cerca de um ano.

P/B -Quem começou a banda?O baterista (João) e o guitarrista (Rui).

P/B -Que estilo de música tocam?Rock Ballade e Pop Rock essencial-mente.

P/B -Têm alguma música original?Temos duas.

P/B -De que falam essas músicas?As nossas músicas falam de am-izade, mentira, hipocrisia, falsidade e maus momentos.

P/B -Já deram concertos?Sim, já demos sete ou oito concer-tos.

P/B -Têm algum site da banda? Não.

P/B -Quais são as vossas maiores in-fluências?As nossas maiores influêcias são as bandas Nickelback, Red Hot Chili Peppers e Supertramp, estilos bas-tante diferentes, mas igualmente im-portantes para nós.Não temos concertos agendados de momento. Estivemos umas semanas parados e estamos a tratar disso.

BON VOYAGENome da banda: Bon Voyage

Membros da banda: Somos 5

Luís Vale- Voz

João Lázaro- Bateria

Marcus Ferreira- Baixo

Pedro Ladeira- Guitarra

Rui Jerónimo- Guitarra

Ensaio da banda

As nossas

músicas falam

de amizade,

mentira, hi-

pocrisia,

falsidade e

maus momen-

tos.

D é b o r ao o u t r o l a d o

do sonho

por Mafalda Vicente André Ferrinha

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À conversa com

Entrevista a Débora Casimiro sobre a sua participação no con-

curso de televisão “Achas que sabes dançar”

P/B - Porque decidiste participar no concurso “Achas que sabes dançar”?Decidi participar no concurso prin-cipalmente para me divertir e con-hecer pessoas novas com as mesmas ambições na área da dança que eu. Também para ter uma visão de como são estes programas televisivos e para experimentar novos estilos de dança.

P/B - As audições foram de acordo com as tuas expectativas ou estavas à espera de mais?

De certo modo não, estava à espera que fosse de outra forma. Quando chegamos à audição as etapas foram diferentes das esperadas, aliás etapas essas que não são mostradas na tele-visão e que nos foram apresentadas assim de surpresa.

P/B - Participaste no Porto ou em Lisboa?Participei na audição em Lisboa

P/B - Quais foram as observações feitas pelo júri à tua prestação?

Disseram-me que tinham gostado, que eu era um diamante em bruto,

que tinha técnica mas que tinha falhado uma pirueta e gostaram da minha música.P/B - Esta experiência enriqueceu a tua aprendizagem relativo á dança?

Sinceramente não. Não é uma questão de ressentimento mas não era algo muito exigente visto que os júris não eram entendidos em todos os estilos e porque já participei em concursos específicos da minha área.

P/B - O que é a dança para ti?

Uma forma de me exprimir através do movimento. É uma forma de me soltar, quando danço não penso noutras coisas, simplesmente deixo-me levar pelo som e pelos movi-

mentos.

P/B - Vais querer seguir a dança profissionalmente?Não, porque apesar de gostar bastan-te de dançar, é mais um hobbie do que algo a seguir como profissão.

P/B - O que sentiste quando te infor-maram que não podias continuar no programa?Nada de especial aceitei bem a decisão.P/B - Porque é que não pudeste con-tinuar no programa?Ao inicio quando fui eliminada não entendi o porquê, mas mais tarde vim a saber que não podiam ser aceites candidatos com menos de 18 anos tal como no programa original “So you think you can dance”

“Deixo-me levar pelo som e pelos movimentos”

de Ana Mafalda Sarmento

Carolina Roque Rita Engrácia

Catarina Gamboa

D é b o r ao o u t r o l a d o

do sonho

Page 12: Jornal Escolar

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Cultura

Biografia do arquitecto responsável pelo projecto de requalificação da Escola Secundária João de Deus

João Ângelo Rodrigues Paciência nasceu em

Mora, no Alto Alentejo. Cursou o ensino secundário no Liceu Na-cional de Portalegre. Diplomou-se a 1970 em arquitec-tura na Escola Superior de Belas Artes de Lisboa. Foi colaborador, durante o curso, dos arquitectos Vassalo Rosa , Maria do Carmo Matos, Rui Paula e Fernando Tor-res, com quem fez a sua tese de fim de curso.Entre 1970 e 1974 foi colabora-dor de Nuno Teotónio Pereira e Nuno Portas tendo sido co-autor, com estes arquitectos, do Plano de Pormenor do Alto do Restelo e de Vassalo Rosa, no Fundo de Fomento de Habitação, como ar-quitecto-chefe para o Plano e Pro-jecto, dos edifícios da zona central (600 fogos), no Plano Integrado de Almada - Monte Caparica (1975-80). Entre 1982 e 1993 foi assistente da cadeira de Projecto, na Facul-dade de Arquitectura da UTL e no Departamento de Arquitectura da Universidade Lusíada (1986-90). No início de carreira projectou e construiu pequenos projectos de agências bancárias, no Couço , Golegã e Portalegre e ainda varia-dos projectos de escolas primarias e secundárias.

Prémios do Arquitecto- Menção Honrosa do Prémio Valmor e Municipal de Arquitectura 1988 Atribuído aos Edifícios do Alto do Restelo (Lisboa).

- Prémio Valmor e Municipal de Arquitectura 1994 Atribuído aos Edifícios Habiparque em Telheiras (Lisboa).

- Prémio Valmor e Municipal de Arquitectura 2001 Atribuído ao Edifício Atrium Saldanha (Lisboa).

- Prémio Municipal de Arquitectura Cidade de Almada 2006 Atribuído ao Edifício Blocos Cantial (Aldeia dos Capuchos).

Mais informação no site www.joaopaciencia.com

J OÃ O PAC I Ê N C I AA R Q U I T E C T O

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Escola

“Uma das razões pelas quais o edifício central vai ser completamente novo é porque vamos instalar nesse edifício a biblioteca, os labo-ratórios e as salas de informática, portanto es-tamos a falar de salas com muita componente tecnológica.”

“Na planta não vai haver grandes alterações, um dos principais princípios é que a arquitec-tura do edifício se mantenha.”

“Vamos tentar fazer edifícios mais amigos do ambiente, com consumos energéticos mais baixos, e fundamentalmente edifícios tecno-logicamente mais modernos, adaptados àquilo que é a vossa realidade hoje.”

“Os professores nesta nova escola vão ter mui-tos mais postos de trabalho, e esse espaço da biblioteca actual vai ser transformado numa sala para os professores trabalharem, uma sala de professores mantendo as suas característi-cas.”

“A área de desporto aumenta consideravel-mente.”

“Vai ser feito um auditório com capacidade para cerca de 200 pessoas.”

“Abrir o que nós temos à comunidade para que as pessoas de fora também venham à escola.”

“Nós queremos encontrar instalações onde os alunos se sintam bem, onde vocês se sintam mais motivados.”

Eng. Luís Viegas

Presente

Presente

Futuro

Futuro

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Escola

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15

Escola

Legenda:

1- auditório

2 -refeitório e sala de

convívio

3 - sala de convívio

4 - reprografia e pape-

laria

5 - biblioteca

6 - direcção e serviços

administrativos

7 - polidesportivo

6

7

Page 16: Jornal Escolar

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Escola

Preto no Branco: Vamos começar pelo calendário, para quando é que estão previstos o início e o fim das obras? Eng. Luís Viegas - Sendo todas es-tas obras feitas com concursos pú-blicos, há timings para o lançamento dos concursos. No entanto, nunca podemos controlá-los todos, uma vez que há coisas que não dependem só de nós. O que a Parque Escolar pensa é que quando começar o próximo ano lectivo as obras estarão a iniciar-se também, isto é, a Parque Escolar irá aproveitar o período das férias lecti-vas de Verão para adaptar a escola às obras, porque as obras vão ser feitas convosco dentro da escola, o que sig-nifica que é como ter obras em casa. Como vamos ter obras em casa, as obras vão ter que saber conviver con-vosco e vocês com as obras. Então temos que preparar a escola de forma a que vocês consigam sempre ter as vossas actividades lectivas para que as obras não prejudiquem o vosso ano lectivo, porque vocês, os do 10º ano, vão ser aqueles que no fundo maior período vão apanhar de obra, vão apanhar todo o próximo ano lectivo mais uma parte ainda do 12º. Vocês serão mais lesados ainda em prol dos vossos colegas que virão a seguir, que serão os beneficiados. Resumindo, as obras terão início neste próximo Verão, no final do ano lectivo.

PB: Quem é o arquitecto responsável

por este projecto? Como foi escol-hido?Eng.L.V. - O arquitecto responsável é o arquitecto João Paciência, e foi escolhido através de vários concur-sos de vários arquitectos e por ser um dos arquitectos que possui condições e curriculum na área de experiências escolares.

PB: No período em que a escola vai estar em obras, onde é que vão decor-rer as aulas?Eng.L.V. . - Parte das aulas decorrem no próprio edifício e a outra parte das aulas irá decorrer em salas que nós vamos instalar e que são monoblocos pré-fabricados que correspondem a salas de aula.

PB: Quais serão as condições dessas

instalações provisórias?Eng.L.V. - São monoblocos novos, da mesma dimensão de uma sala de aula, com todas as condições de uma sala de aula. Têm paredes pré-fabricadas mas até têm algumas condições que vocês não têm aqui, nomeadamente o ar condicionado. Irão ser colocados na parte frontal do lado esquerdo, junto ao muro frontal e outros juntos ao actual parque de estacionamento e auditório.

PB: Quais vão ser as principais alte-rações efectuadas à planta da escola?Eng.L.V. - Na planta não vai haver grandes alterações, um dos principais princípios é que a arquitectura do ed-ifício se mantenha, portanto ao nível do edifício existente vocês não vão notar grandes alterações. O que vai

Grande entrevistaPRETO NO BRANCO ENTREVISTA A PARQUE ESCOLAR

No dia 22 de Abril o Preto no Branco recebeu na Escola o Director da Parque Escolar, respon-sável pela obra de requalificação das suas instalações que irá iniciar-se no próximo ano lectivo. As alunas Ana Mafalda Sarmento, Carolina Roque e Rita Engrácia conduziram a entrevista que aqui transcrevemos.

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Escolasurgir são três zonas novas dentro do edifício, uma que vai ficar na zona lateral Norte onde está o auditório actual, que vai ser transformado - é uma das poucas partes da escola que vai ser demolida. Vai ser feito um novo auditório nessa zona com maior capacidade e maior dimensão. Na zona central do edifício principal vai ser construído um novo edifício moderno onde se vai contemplar os novos laboratórios e a biblioteca. Na ala Sul onde estão os campos de ténis vai ser construído um complexo des-portivo novo, portanto o edifício na sua essência mantêm-se todo.

PB: Este projecto engloba só a alter-ação da infra-estrutura da escola?• O objectivo é tornar as salas mais confortáveis?• Mais modernas?• Mais tecnológicas?

Eng.L.V. - Essa pergunta é a per-gunta chave dos princípios da Parque Escolar: a filosofia da Parque Escolar assenta em 3 princípios base. O 1º é a requalificação e remodelação do edifício, ou seja, vamos modernizar os edifícios existentes. Vamos colo-car os edifícios adaptados às novas práticas pedagógicas, à modernidade e à tecnologia, mas principalmente ao conforto, conforto esse, do ponto de vista técnico e acústico. Ao mes-mo tempo que estamos a fazer isto vamos tentar ter respeito ambiental pelos edifícios: vamos tentar fazer edifícios mais amigos do ambiente, com consumos energéticos mais baixos, e fundamentalmente edifí-cios tecnologicamente mais moder-nos, adaptados àquilo que é a vossa realidade hoje, porque vocês hoje são uma geração muito mais mod-erna, mais tecnologicamente evoluí-da, e não podem estar agarrados a edifícios que são tecnologicamente decadentes. A Parque Escolar assenta mesmo na modernização desses ed-

ifícios, mais adaptados à vossa realidade de hoje. O 2º principio assenta na abertura: vamos ten-tar abrir este edifício à comunidade. A cidade pode utilizar o que se vai investir na moderni-dade deste edifício. O 3º princípio da Parque Es-colar é a sustentabilidade e manutenção do edifí-cio. O que nós queremos é modernizar o edifício mas depois queremos que esse edifício se mantenha actual, em conformidade, de forma a que as coisas não se degradem, que se mantenham activas, que os jardins fiquem sem-pre bonitos, com regas. Portanto, estes são os 3 princípios: Requalificar e Modernizar, Abrir o que nós temos à comunidade para que as pessoas de fora também venham à escola e depois a Sustentabilidade, ou seja, manter os edifícios.

PB: Quantos espaços de convívio estão previstos para os alunos? E Onde?Eng.L.V. - Toda esta intervenção tem como principal objectivo os alunos. A escola só faz sentido se for para os alunos. Portanto nós queremos encontrar instalações onde os alunos se sintam bem, onde vocês se sintam mais motivados. Aumentamos áreas que os alunos possam desfrutar. Va-mos ter uma biblioteca muito maior, e num espaço mais acessível, isto é, em vez de termos a biblioteca no 3º piso, fica logo ao nível da entrada. Uma das razões pelas quais o edifí-cio central vai ser completamente novo é porque vamos instalar nesse edifício a biblioteca, os laboratórios e as salas de informática, portanto estamos a falar de salas com muita

componente tecnológica. Precisamos de um edifício novo para poder su-portar essas infra-estruturas. Vamos ter uma sala de alunos junto a um espaço exterior e a um espaço inte-rior, isto é, vamos tentar rentabili-zar o espaço do refeitório, que hoje é um espaço que está, quanto a nós, em todas as escolas, não só na vos-sa, pouco aproveitado, pois normal-mente só se vai ao refeitório do meio dia e meio às duas e meia, certo? Mas todos vocês, quando vão para outras instalações mais modernas, por ex-emplo um bar, pode-se estudar num bar, comer num bar, estar a jogar car-tas num bar certo? Se nós formos ver todas as zonas universitárias, junto ás universidades, há zonas de restauran-tes e de bares onde as pessoas estu-dam, comem, e tudo isso pode viver junto, numa situação de convívio. Uma coisa é nós estudarmos na bib-lioteca, num descanso, numa paz, numa harmonia, outra coisa é nós querermos fazer um estudo informal. Vamos também aproveitar um es-

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Escolapaço de convívio para inserir numa zona só mesmo especifica de alunos, uma zona que pode ser considerada de estudo informal, ligada a um bar. No fundo, foi associado a isto uma esplanada exterior, que vocês tam-bém não têm hoje. Vamos tentar faz-er uma esplanada exterior para um pátio, isto é, os pátios que vocês têm vão ser transformados em pátios com duas valências quase distintas: um, fundamentalmente um pátio de es-tar, um pátio de lazer, um pátio para vocês terem lá as vossas coisas, uma esplanada em madeira com umas mesas, cá dentro da escola. O outro vai ser transformado num pátio mais voltado para a leitura, porque ficam ambos juntos à biblioteca. Um vai ser mais “fixe” e o outro mais calmo.

PB: Quantas casas de banho? Actual-mente temos 2 para cada sexo.Eng.L.V. - Vamos ter casas de ban-ho em várias zonas do edifício, por acaso sei que vão ter uma mesmo junto à sala de alunos e no bar, e de-pois todos os pisos têm instalações sanitárias para vocês.

PB: Actualmente a dimensão do ginásio não é adequada para o núme-ro de alunos de cada turma visto que, quando está a chover, só 1 turma consegue ter aula pois não nos é pos-sível utilizar os espaços ao ar livre. Irá haver alguma modificação nesse sentido?Eng.L.V. - Sim, vamos criar um novo espaço desportivo coberto. Por-tanto, em toda a ala Sul, onde estão os actuais campos de ténis, vai ser criado um novo espaço desportivo totalmente coberto para se permitir fazer aula com basketball, andebol. Volleyball já é susceptível porque se houver vento não dá. O campo é lateralmente aberto, porque nós além da chuva, também temos alguma dificuldade em fazer desporto nos dias muito quentes. Queremos fazer

um espaço sombreado porque nós no Algarve temos um clima óptimo, e se o espaço estiver sombreado podemos fazer desporto, é esse o objectivo. Também vamos manter o antigo ginásio. Além disso, na parte poste-rior ainda vamos manter o campo de relva sintética e o campo ao lado vai ser recuperado também. Portanto, a área de desporto aumenta consider-avelmente.

PB: Quais são os planos relativa-mente aos acessos para as pessoas com mobilidade reduzida?Eng.L.V. - Totalmente garantidos. Portanto, vamos ter instalações sani-tárias para pessoas com mobilidade reduzida, vamos ter elevadores com acesso a todos os pisos para essas pessoas e são garantidos a essas pes-soas os acessos a todas as instalações do edifício. Aliás, essa é uma das principais razoes para a biblioteca passar para o Piso Zero.

PB: Qual é o montante envolvido nesta obra?Eng.L.V. - Estamos a falar de cerca de 12 milhões de euros.

PB: A biblioteca é uma área muito importante da escola por possuir

imensos livros, desde o século XVI até à actualidade. Irá haver alguma alteração? Eng.L.V. - É assim, a vossa biblio-teca actual vai deixar de ser naquele sítio, no entanto, as característi-cas daquele espaço vão-se man-ter, porque achamos que os móveis em madeira e todo aquele espaço é muito bonito. Devemos também re-alçar, que além de aumentar as vos-sas condições também aumentam as condições de trabalho para os profes-sores. Os professores também têm condições de trabalho não tão boas como as que deviam ter. Portanto, os professores nesta nova escola vão ter muitos mais postos de trabalho, e esse espaço da biblioteca actual vai ser transformado numa sala para os professores trabalharem, uma sala de professores mantendo as suas carac-terísticas. Os livros, os livros antigos que vocês têm, uns vão ser incluídos na própria biblioteca outros num es-paço que foi solicitado pela vossa di-rectora da biblioteca, junto ao actual ginásio, aquela ala traseira, vamos aproveitar um espaço para esses liv-ros que deverão ter um acesso mais restrito. Ficam lá guardados.

PB: Haverá intervenção ao nível da

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Escolarede de comunicações da escola? In-ternet?Eng.L.V. - Totalmente nova. É as-sim, todas essas redes vão ser mod-ernas. Como é que nós podemos dizer para vocês transmitirem isto aos vossos colegas? Nada do que está fica. Percebem? Isto é, não fica um único fio, só fica o edifício, to-dos os fios vão ser novos. Vocês vão ter uma escola tecnologicamente moderna, vão ter Internet em todos os espaços interiores, todas as salas vão ter Internet, todos os espaços da escola vão ter Wireless. Vocês se ti-verem um portátil vão poder ligar-se em qualquer área da escola, em todas as zonas. Vocês já dispõem de alguns projectores de vídeo nas salas, além dos projectores também já dispõem de alguns quadros interactivos, mas todas as salas vão ficar preparadas para receber quadros interactivos. Os quadros de giz vão desaparecer, e já agora, o mobiliário também vai ser novo.

PB: Vão instalar alguma tecnologia que acabe com as longas filas nos in-tervalos no bar e cantina da escola? ( cartão electrónico )Eng.L.V. - Sim, apesar de algumas situações ainda estarem em estudo. Uma das questões que todos nós ou-vimos na comunicação social, em-bora talvez Faro não seja a pior, a insegurança nas escolas é cada vez maior. A vossa escola até é daquelas em que nós entramos e não está nin-guém na portaria e por aquilo que sei não acontecem grandes casos cá dentro. Vão ser reforçadas as medi-das de segurança e controle dos aces-sos, através de um cartão. Vocês vão ter à entrada da escola torniquetes virtuais. O que é que são torniquetes virtuais? É possível nós sermos por-tadores de um cartão, como os do metro, nós passamos com o cartão ou bilhete, mas sem porta, isto é, quando nós passarmos por aquelas barreiras,

automática e informaticamente sabe-se que a pessoa está cá dentro. Desde que eu entre com o meu cartão ou passe o meu cartão em qualquer sí-tio, sabe-se que estou cá dentro. Por-tanto, essas barreiras devem ter dis-positivos que quando alguém passa e que não seja portador de cartão, deve apitar. Ou seja, aquela pessoa não está autorizada a entrar neste es-paço, percebem? Portanto aí vamos fazer controle de acessos. Depois da questão do controle de acessos há essa questão dos intervalos e da quantidade de utilizadores em si-multâneo num curto espaço de tem-po, e isso tem sido nossa preocupa-

ção. Vamos ter como exemplo, e que funciona muito bem, os McDonald’s. Nos McDonald’s entram de repente quarenta ou cinquenta pessoas e rapi-damente parece que eles fazem com-idas para nós, começa a funcionar bem. Nós vamos permitir que a ven-da seja através de cartão magnético carregado, para que seja mais fácil o pagamento e vamos permitir também que haja mais postos de atendimento. Paralelamente a isso, vamos também ter máquinas de vending, que são má-quinas que vão estar instaladas, e em que vocês chegam à máquina e com o cartão escolhem a bebida ou comida que querem e sai a vossa sandes ou a vossa bebida.

PB: Com as modificações da estru-tura a escola vai conseguir acolher mais alunos?Eng.L.V. - É assim, a escola vai con-seguir acolher mais alunos, mas neste momento o projecto está a ser feito para o que a escola previu que seja o seu futuro, portanto não foi dimen-sionado um projecto ao livre arbítrio de alguém que se lembrou de fazer um projecto. Este projecto tem a par-ticularidade de ser especifico desta escola, porque não há mais nenhum projecto igual a este, não há cópias de projectos. Para este foi feito um levantamento de necessidades, de cursos que esta escola tem, qual é o

número de alunos e a perspectiva de turmas que esta escola vai ter, quais são os cursos profissionais que esta escola tem, e com base neste estudo foi feito um projecto para esta escola, a pensar rigorosamente no número de alunos que esta escola vai ter.

PB: Irá ser instalado algum tipo de energia verde?Eng.L.V. - Verde entre aspas (risos). É assim, vai ser feito um aproveita-mento energético solar térmico, isto é, as águas quentes sanitárias que vocês vão ter nos vossos balneários para os vossos duches, vão ser feitas através do aquecimento por painéis solares, o que irá permitir o aproveit-

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Escola

sas simples, individuais.

PB: O infantário irá manter-se nas estruturas da escola?Eng.L.V. - Esse infantário não faz parte da escola, é uma situação que tem os seus anos, foi “ficando”, mas não faz parte da nossa escola. É uma situação que terá de ser resolvida, mas não faz parte do nosso projecto.

PB: O aspecto exterior da escola vai alterar-se? Eng.L.V. - Não, vai manter-se a sua arquitectura exterior, tudo se man-tém praticamente inalterado.

PB: Os parques de estacionamento irão manter-se?Eng.L.V. - O óptimo será não ter carros dentro da escola, nós gos-taríamos que os carros não viessem para dentro da escola, para que a escola fosse mais vossa e menos de estacionamento. A questão do estac-ionamento é um problema que deve ser resolvido a nível urbano pela Câmara Municipal que terá que re-solver o problema urbanístico, uma

sentar um trabalho. Tem vantagens e tem desvantagens. Tecnologicamente também se está a evoluir, cada vez há mais aulas através de vídeo projector, cada vez há mais aulas com quadro interactivo. Nesta escola, deixamos um pouco à vontade de com quem estamos a discutir este assunto: se a escola entender que obrigatoriamente deve haver estrados, serão instalados estrados, mas ainda deveremos amad-urecer mais este assunto.

PB: As cadeiras e mesas não são ad-equadas para alguns alunos com dife-rentes estaturas. Haverá alguma mu-dança?Eng.L.V. - As mesas e as cadeiras vão ser novas, mas provavelmente este problema poderá voltar a acon-tecer porque não se vai medir cada um dos alunos para ver quem são os mais pequeninos e os maiores. Quan-do se faz um estudo ergonómico de uma cadeira ou de uma mesa não se faz para uma pessoa, faz-se para uma pessoa com altura média. Esse prob-lema poderá surgir novamente. A nossa proposta mobiliária é para me-

amento da energia solar. Depois vai ser pré instalado um sistema de painé-is fotovoltáicos para fazer produção de energia eléctrica. Portanto, estão salvaguardados os aproveitamentos energéticos.

PB: Os estrados serão retirados das salas de aula?Eng.L.V. - Ainda há pouco vocês to-caram aí, no nosso novo conceito os estrados não fazem parte, nós acham-os que o estrado não faz parte do nosso novo conceito de sala de aula. Como é que vos hei-de dizer, o estrado poderá ter vantagens do ponto de vista da uti-lização momentânea, no momento em que o professor está a falar ou alguém está a escrever no quadro porque el-eva, nós conseguimos ver mais alto, mas poderá também ter algumas desvantagens, porque a sala não fica tão versátil. Ainda há pouco vocês falaram de outro assunto que também tem de ser ponderado: condiciona a mobilidade de determinadas pessoas. Um professor que seja deficiente não pode ocupar o seu lugar, um aluno na mesma condição não pode apre-

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Escolavez que a escola tem servido durante anos de parque de estacionamento. Os espaços exteriores da escola têm outras valências para além de estac-ionamento.

PB: Todas as escolas de Faro estão identificadas, na nossa irá ser colo-cada alguma placa a dizer o nome da escola?Eng.L.V. - Sim, irá.

PB: Vai haver alguma alteração nos espaços verdes da escola (plantas, flores, árvores)?Eng.L.V. - Vamos manter prati-camente a estrutura das árvores de grande porte mas os espaços exte-riores vão ser renovados, irá haver novas regas para as espécies verdes e feitos novos ajardinamentos.

PB: Vamos ter mais cacifos? Maio-res?Eng.L.V. - Não sei quantos é que vocês têm, mas normalmente os cacifos instalados na escola apon-tam para um rácio de 1 para 2 ou 1 para 3, isto é, se vocês têm cerca de 8oo alunos irão haver cerca de 4oo cacifos, mas depende do espaço disponível.

PB: Vão manter-se as placas a dizer “Aula Normal”?Eng.L.V. - Vai ser “Sala de Aula”. O objectivo é distinguir o que são laboratórios, o que são salas de informática, a sinalética é impor-tante. Aliás para vocês que vieram cá para o décimo ano, se calhar quando chegaram cá sentiram essa dificuldade. Depois já não notam essa dificuldade. Se nós queremos abrir esta escola à comunidade, vêm cá pessoas que não são da escola que quando entram aqui no átrio têm de ver para onde vão. Portanto, para além das indicações das salas, também vai haver uma sinalética direccional, para saber como é que

se vai para o gimnodesportivo, para o auditório, etc.

PB: Quantos Anfiteatros vai haver?Eng.L.V. - Vai ser feito um au-ditório com capacidade para cerca de 200 pessoas.

PB: Vai haver alguma zona de cui-dados médicos?Eng.L.V. - Vai haver um gabinete médico, ou seja um posto de primei-ros socorros, e um gabinete para o psicólogo.

PB: Vai haver alguma sala de es-tudo?Eng.L.V. - Vai haver esse espaço exterior do estudo informal, esse pá-tio da leitura e depois queremos ter aquela adaptação dos espaços interi-ores com várias valências, tipo sala de aluno, zonas de estudo informal.

PB: Esta foi a nossa última questão. Obrigada pela disponibilidade em vir à escola responder às nossas perguntas.

Eng.L.V. – Obrigado pelo convite.

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Moda

M o da e T e n d ê n c i a sde Carolina Roque Ana Mafalda Sarmento Rita Engrácia

Elementos usados

Acessórios

Verão 2010 Bikinis

Com a aproximação do clima quente de 2010 várias lojas já lançaram as suas colecções de Bikinis Verão 2010. “Os biquínis Alto Verão 2010 surgem para a temporada em modelos versáteis e em estilos variados, capazes de atender às necessidades e gostos femininos, adaptando-se aos variados corpos das mulheres”.

Baseadas no caráter de sofisticação e funcionalidade da mulher muitas destas lojas e marcas pretendem mostrar a Mulher comtemporânea que quer estar bem vestida e “chique” ao mesmo tempo que se sente confortável com o seu próprio corpo.Detalhes simples, mas sofisticados, muitos biquínis apresen-tam-se em estilos atraentes.

• Peças metálicas centrais ou laterais• Correntes• Argolas• Fivelas• Recortes muito bem elaborados

Os modelos diversificam-se cada vez mais: mesmo em modelagens menores para as mulheres mais sensuais ou mais amplos para os diferentes corpos, a sofisticação mostra-se presente. Os tops dos biquínis ganharam alças e recortes variados, entre os tomara-que-caia, frente única, assimétricos, com alças largas ou finas, o importante é fazer com que a mulher moderna sinta-se confortável e muito elegante!

Para além do uso do bikini é essen-cial conjugá-lo com outras peças como:• Pulseiras XL•Sacos/malas de verga•Óculos XL•Sandálias com padrões, lantejoulas, laços ou outro tipo de efeites•Chapéu •Macacão

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Escola

Receitas

muito gostosas

Ingredientes:

*1 dose de sumo de pêssego* 1 dose de sumo de laranja* 1/2 dose de sumo de uva* 1 colher de sopa de natas* 2 colheres de sopa de leite conden-sado* 3 gotas de groselha* 7 cubos de gelo

Preparação

1º Misture todos os ingredientes, menos groselha, a num recipiente próprio para cocktail deixando um cubo de gelo.

2º Bata com vigor ate a mistura ficar homogénea, avermelhada.

3º Antes de servir, pingue as três gotas de groselha no copo, que vão enriquecer a cor e o sabor da bebida.

4º Coloque o outro cubo de gelo no copo, para manter a tempera-tura.

Nota: faz da tua vida um cocktail de emoções.

de Sahuanny Mattos

Cocktail dos Deuses

Depois do sucesso do Sumol Snow Trip surge agora o Sumol

Surf Camp. Irá ter a duração de 4 dias e 3 noites (24 a 27 de Junho) e decorrerá no Ericeira Camping. O preço é de 149€ e inclui: 4 dias de curso de surf, 4 dias de aluguer de equipamentos de surf (fato+prancha de surf), bilhete para 2 dias para o Sumol Summer Fest, transfer camp - praia – camp, zona beach lounge Sumol, Beach Games (touch

de Inês Metelo Beatriz Martins Vanessa Pereira

rugby, Beach volley…), professores credenciados pela Federação Por-tuguesa de Surf, acompanhamento e coordenação por monitores mega-finalistas, DVD com filme e foto-grafias, seguro e vigilância 24 H no camping Sumol. Para te inscreveres liga para o número 912017313 (Beatriz Soares), e para mais informações vai a www.sumolsurfcamp.com ou www.mega-finalistas.com.

Evento Primavera

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passatempos

GAMESde Gonçalo Pires Micael Nascimento Miguel Marques

Uma ilha tropical, instalações destrutíveis, armas de todos

os tipos, veículos terrestres, aéreos, náuticos e anfíbios, uma conspiração política e um suposto herói sem res-peito pelo bem-estar de quem quer que seja, incluindo o próprio. Just Cause 2 pode ser resumido nesta primeira fra-se. O conceito do jogo promete acção estilizada mas será que este segundo título da série é realmente um exem-plo de jogos de nova geração?A primeira coisa que notamos quando começamos o jogo não é nos bons gráficos que Just Cause 2 tem, mas no péssimo trabalho de voz. A pior nota vai para Rico, o personagem principal, que fala sempre com sete pedras na mão e com um espanto que não consegue esconder a sua evidente ignorância. É fácil de reparar na sua falta de jeito para o diálogo porque também é o único que está constante-mente presente e com algo para dizer. Não obstante, Rico é o músculo da operação, nada mais lhe é pedido, e sejamos francos, para músculo fun-ciona bastante bem.A segunda coisa em que reparamos é a história, compilada a partir de telefilmes protagonizados por Jean-Claude Van Damme, Steven Seagal ou mesmo Chuck Norris da série o Ranger do Texas, com um pretexto político atirado para o caldeirão. Just Cause 2 é apenas sobre a acção e como o mundo reage à sua iminente destruição que vem pelas nossas mãos enquanto Rico. A narrativa é apenas um enquadramento e justificação para que o caos se solte na ilha de Panau.Falando agora de um dos pontos fortes de Just Cause 2, algo que realmente tem peso no que o jogo se propõe a

fazer, o universo em que Rico se in-sere e os intervenientes principais beneficiam de um nível de detalhe espantoso. Não é, sem sombra de dúvida, equiparável a Gears of War 2 ou Uncharted 2 mas é visualmente estimulante, com especial atenção ao mundo apresentado. A ilha de Panau é simplesmente enorme e aberta aos nossos caprichos, com pequenas in-stalações e acampamentos prontos para serem mandados pelos ares à primeira visita de Rico. As texturas, sejam das árvores, do terreno ou da água, e as explosões são impression-antes. Note-se que 90% do jogo pas-samos o tempo a explodir com coisas e digo "coisas" porque tudo quanto seja fabricado pelo homem pode ser desmantelado por Rico.As anima-ções de Rico, contudo, de-ixam algo a desejar, ti-rando as au-tomáticas em que o herói salta do lugar de condutor de um jeep ou outro veí-culo para o seu tejadilho. Os movi-mentos do agente de ascendência sul-americana são trapalhões e pesados transpirando esta falta de jeito e peso para a jogabilidade. Sonoramente Just Cause 2 apresenta trabalho feito e tarefa cumprida sem se importar em oferecer aquele toque extra que nos faz aumentar o volume. Se há algo que os elementos sonoros de Just Cause 2 fazem é exactamente

o contrário mas somente por causa do trabalho de voz.Just Cause 2 é um jogo de mundo ab-erto que não nos impinge o que quer que seja, muito menos um sentido de orientação em que a história serve de bússola. Contudo e surpreendente-mente, é este caos e desorientação que resultam em liberdade total que sustentam e categorizam Just Cause 2 enquanto jogo. Fosse obrigatório seguir a narrativa, muito pouca gente teria o estomago para chegar ao fim só de pensar nos inúmeros diálogos que seriam obrigados a ouvir. Este é um jogo que mais parece uma tech demo de apresentação de um motor de física, visto ser a física o pilar que sustenta o divertimento en-contrado em Just Cause 2. Quem pro-

curar um enredo pertinente ou perso-nagens memoráveis não encontrará nada disso na segunda aventura de Rico. No entanto, se o objectivo do jogador for destruir tudo e todos de formas impensáveis, como prender um inimigo a uma botija de gás, dis-parar sobre esta e ver o mercenário desaparecer no grande azul do céu, então este jogo oferece mil e uma maravilhas.

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passatempos

Super Street FighterAo longo de 20 anos de existência da serie “Street Fighter”, a Capcom continua a lançar novos êxitos e a supreender-nos. No entanto o desen-volvimento e produção deste jogo, por parte de Yoshinori Ono e da sua equipa provou ser um verdadeiro de-safio. Não bastava um simples up-grade do jogo, pois era necessário proceder a uma afinação do sistema de combate, alargar o jogo em termos de opções sem descurar o acrescento de novas personagens capazes de amplificar a “jogabilidade”. Por fim nota-se que houve uma restruturação da interface do jogo, deixando a en-trada ás arenas mais tolerante, razão ela qual desta vez as personagens (do vasto leque que o jogo tem para ofe-recer ) estão desbloqueadas. Deste modo não é necessário completar o modo “arcade” para que se ob-tenha as 25 personagens disponiveis. Quem gosta de Super Street Fighter e de desafios constantes com o novo modo “online”, pode apostar neste jogo com graficos ainda melhores ao anterior.

Uncharted 2: mong Thieves

Uncharted é, desde o lançamento do seu primeiro jogo, na recta final de 2007, uma palavra que faz lembrar adjectivos como “fantástico”, “in-esquecível”, “brilhante”, “inovador” e outros tantos. A sua qualidade é inegável, assim como a quanti-dade de fãs conquistados de rajada. Apesar de não pertencer a nenhuma série “de calibre”, Uncharted: Drake’s Fortune, assim designado, foi produzido pela Naughty Dog, a mesma de Crash Bandicoot para a PlayStation e Jak & Daxter para a PlayStation 2, por exemplo.Quase dois anos passados, Nathan Drake, personagem principal e pelo jogador utilizada, está de volta à PlayStation 3, agora pela mão de Uncharted 2: Among Thieves, a aclamada sequela. Nesta aventura, Drake já não anda atrás do tesouro perdido do seu antepassado Sir Francis Drake, até porque aca-bou por “recuperá-lo” no final do primeiro jogo. Desta feita, o ágil explorador tem os olhos postos na frota perdida de Marco Polo, uma vez que esta poderá conter a Pedra Cintamani que, conta a lenda, con-cede ao seu possuidor todos os de-sejos que este quiser. Drake, amante

de antiguidades que é, pretende saber a localização de Shangri-La, uma ci-dade perdida. O problema é que, tal como em Drake’s Fortune, ele não estará sozinho, tendo a companhia de mercenários às ordens de Zoran Lazarevic que não lhe irão facilitar a vida.Among Thieves leva o jogador, maioritariamente, para áreas gela-das repletas de neve e gelo, ambos elementos certamente mais com-plicados de desenhar comparativa-mente às selvas quentes e tropicais do primeiro jogo. Porém, a Naughty Dog mostrou estar a altura e, uma vez mais, não desiludiu neste campo. Aliás, embora Drake’s Fortune já tenha sido bastante elogiado, a produtora não descansou. Os peque-nos defeitos da primeira entrega, que se pendiam, essencialmente, com o ritmo de jogo e sucessão de golpes, foram resolvidos. Não obstante, os tiroteios poderiam ser algo repetiti-vos e aborrecidos, algo que também já foi melhorado. Tal faz com que o jogador se prenda mais à aventura e queira sempre saber o que se irá su-ceder, sem nunca ter medo de apan-har cenas de menor diversão.Mais uma vez, a acção é intercalada com in-game e cenas cinemáticas de grande qualidade, não havendo uma diferença brutal entre as duas, como acontece em vários jogos. Relativa-mente aos diálogos de Drake, é bom frisar que estes também acontecem enquanto ele pratica uma acção (cor-rer, saltar, disparar, entre outras), à semelhança do que acontecia no primeiro jogo. De novo, com uma dobragem para português simples-mente fantástica, acompanhada de momentos irónicos e engraçados da autoria de Drake.

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Escola

Quinzena da Filosofia

Semana da Adolescência

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Escola

Projecto Comenius em Paris

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Quando olhas e vês que tudo o que era verdade tomba peran-te ti, sentes-te impotente. Não

tens reacção nem a força necessária para te ergueres, saíres do fosso, da escuridão. Dependes sempre de alguém que te traga de volta, que te guie por esse labirinto. Segues trilhos, pistas sem saber onde vais chegar e, mesmo assim vais. Vais,

O C ic lode Anónimo do 11ºA

e não voltas. Onde de início existia segurança agora existe dúvida, onde existia coragem agora existe medo. Morres. Vives sem alma, apagado, invisível perante o mundo. Precisas dela. A imortal. Ela que tanto te dá e ao mesmo tempo te tira. Ela, que te ilumina, que te concede liberdade, que te abre a porta para o paraíso. Sentes tudo aquilo que nunca sen-

tiste. Poderoso, magnífico, mais alto do que alguma vez pudeste sonhar. Mas tens sempre tão pouco tempo para desfrutar o que te dão. Ou às vezes nem chegas a senti-lo. Ela não aparece, ou porque não te ouve ou porque simplesmente não existe. Então cais de novo, voltas para o buraco donde vieste e chegas à con-clusão de que, não existe volta a dar.