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Patrícia Sena: “engenheira ambiental” abala o EXPRESSO PÁG. 26 MARCOS MOURA Fortaleza Seu Bolso Planos da Caixa viram pesadelo Fortaleza, 11 a 17 de junho de 2010 Ano I - Edição 16 Garis vivem sob exploração e invisibilidade social PÁG. 8 Polícia Messejana Eleições 2010 Reforma “aparente” das delegacias é denunciada Falta vaga e sobra fila em Hospital de Saúde Mental Acordo de Cid com Tasso e Eunício deve ser cumprido COMPACTO E COMPLETO EXPRESSO JORNAL PÁG. 3 PÁG. 18 PÁG. 14 PÁG. 24 *ESTE EXEMPLAR é SEU. PEGUE , LEVE E LEIA

Jornal EXPRESSO n° 16

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16ª Edição do mais novo jornal de Fortaleza e Região Metropolitana. Tiragem com 100.000 exemplares, distribuição gratuita e equitativa em 114 bairros. Potencial de 500.000 leitores. Um jornal para todos. EXPRESSO é informação, opinião, prestação de serviço e entretenimento. Tudo de qualidade num formato inovador. Um painel de 32 páginas com atualidade, variedade, informação rápida e bem ilustrada. Útil, curioso, prazeroso, responsável e cidadão. Feito por quem sabe fazer. Compacto e completo.

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Page 1: Jornal EXPRESSO n° 16

Patrícia Sena: “engenheira ambiental” abala o EXPRESSO PÁG. 26

marcoS moura

Fortaleza

Seu Bolso

Planos dacaixa virampesadelo

Fortaleza, 11 a 17 de junho de 2010

Ano I - Edição 16

Garis vivem sob exploração e invisibilidade social PÁG. 8

Polícia Messejana

Eleições 2010

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Falta vaga e sobrafila em Hospital deSaúde mental

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Improviso de isolamento?Pinheiro, pouco didático em reunião do PT, deixa enigma

Polít

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em sido exaustivamen-te discutida no país a validade, os efeitos práticos para o for-talecimento da nossa

democracia, da abundância de partidos políticos. Já são 27, com possibilidade de mais outros. Os defensores dessa geleia geral ao concordarem com tanta fartu-ra de sigla argumentam que tal quadro reflete a pluralidade de propostas, de ideias. Não dá, de sã consciência, para, sem pensar antes, concor-dar com esta colocação, pois a muitas delas faltam, pelo menos, se buscarmos since-ridade e consistência, exa-tamente propostas e ideias.

Se sobrevivem, várias delas decididamente são estimuladas por outros motivos, outros interesses que a população não con-seguiu até hoje saber exa-tamente quais são. Mesmo participando de sucessivas eleições, não se diferen-ciam da grama, de que o jardineiro cuida, mas sem deixar que cresça. Assim acontece, visivelmente, com certos partidos que não se mancam, mesmo com um insucesso eleitoral atrás do outro, quando se atrevem a concorrer a mandatos signi-ficativos, como a Presidência da República, governos estaduais, prefeituras de capitais e de gran-des cidades.

Não temos como fugir da dedu-ção de que teimam em figurar no conjunto, tipo samba do crioulo doido que é nosso quadro parti-dário, por outras razões. Seria em razão das pequenas recompensas

Xyco Theophilo

caldeirão“Saladão” Para ElEiçõES no cEarÁ rEaFirma arroGância dE GrandES E FraquEza dE PEquEnoS

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opinião Por Ossian Lima | EditOR dE POLítica - ([email protected])

Presidente demorou na Jangadeirolula a prestigiar rede radiofônica de um “inimigo” no ceará?Nas manifestações de apoio ao projeto de Pimentel de concorrer ao Sena-do, setores exaltados do PT fazem considerações sem a devida clareza ou omissa de detalhes. A primeira delas é a de que a tese da inclusão do nome dele na chapa de Cid não é decisão pessoal de Lula, mas sim da direção nacional do PT, que defende o maior número de postulantes ao Senado. Para isso, o comando nacional sustenta que seria uma forma de garantir peso parlamentar para eventual governo Dilma. Logo, a ideia não teria surgido da mente privilegiada do presidente, que, no entanto, não poderia, publicamente, ficar contra Pimentel. Mesmo porque este é um militante histórico, conceituado, um dos melhores ministros do segundo mandato. Mas, os segmentos pró-Pimentel, coordenados, segundo dizem, pelo se-nhor Waldemir Catanho, tentam passar a impressão de que Lula não gosta de Tasso, tem algo pessoal contra ele, vendo-o não apenas como adversário e sim desafeto. Pois, não é que, na sua vinda ao Ceará, no início da semana, Lula falou demoradamente no Sistema Jangadeiro de Rádio, ligadíssimo justamente a quem? Tasso Jereissati, como todo mundo sabe...

1 a articulação para montar uma central de dossiês a serviço da campanha de dilma Rousseff (Pt) à Presidência, contou com a participação de

agentes ligados aos serviços secretos oficiais, diz repórter Rodrigo Rangel. Um deles é idalberto Matias de araújo, o “sargento dadá”, experiente agente do cisa, o serviço secreto da aeronáutica. O raciocínio é básico: se tem alguma coisa no ar é com a aeronáutica. Ele se notabilizou por ter trabalhado nas investigações que resultaram na Operação Satiagraha, contra o banqueiro daniel dantas. dadá (que não é nenhuma maravilha, pois deu bandeira) teve contato com um dos principais profissionais de comunicação da campanha de dilma, o jornalista Luiz Lanzetta, acertando o preço do serviço: R$ 200 mil por mês e uma equipe de 12 pessoas. O assunto fugiu ao controle do coordenador da campanha de dilma, Fernando Pimentel, que acabou de ser fritado às pressas, por antonio Palocci que passa a dar as cartas como novo comandante em chefe da campanha.

vÁ EnrEdar Para o BiSPoO PT vai protocolar interpelação contra o tucano José Serra, pré-candidato à Presidência da República. Na prática, é um mero e gentil pedido de esclarecimentos, Serra tornou-se alvo do PT depois de dar declarações responsabilizando a pré-candidata petista à sucessão presidencial, Dilma Rousseff, pela elaboração de um dossiê que teria informações contra ele. Se achar conveniente, o ex-governador de São Paulo pode simplesmente ignorar a ação petista. Disse o Serra; “É bobagem. Eles é que devem dar explicação. O dossiê é factóide para enganar a imprensa”. Pense numa briga besta.nHam-nHam-nãoO grão-tucano Tasso Jereissati vai de vice ou não vai? “Quero ser é senador”, disse há alguns dias. O PSDB no dia 26 de Junho, sábado, tem convenção tipo ame-o ou deixe-o, e vai impor um nome que não seja do DEM (hoje, de segunda

classe para os tucanos) que se considerava dono do posto de vice, afastando a hipótese sonhada por Agripino Maia (RN). Chapa pura ou, quem sabe, algum figurão empresário top de linha que não tema retaliações, para completar a tabela. Vice hoje é problema lá, aqui, acolá e em todo lugar. GolEada conTra o corinTiano lula TSE 5 X 0 Lula. Com esse escore o sempre multado presidente Lula foi novamente punido pela quinta vez pelo TSE por fazer campanha eleitoral fora do prazo legal e promover sua pré-candidata do PT, Dilma Rousseff. O ministro Henrique Neves considerou irregular o discurso feito por Lula na festa de 1º de Maio da CUT. Vovó Dilma não foi multada e vai poder gastar R$ 7,5 mil a mais. O presidente leva numa boa, e espera que na estreia do Brasil na Copa da África, esse escore se inverta para a canarinha da euforia nacional. Brasileiro não paga, mas quer ver.

Fortaleza, 11 a 17 de junho de 2010

com que são contempladas em certas gestões públicas por te-rem ajudado a puxar votos (?) e esticar o tempo de candidatos a cargos no Poder Executivo? Seria por puro idealismo, no autêntico desejo de apenas contribuir para o aprimoramento da educação política do eleitorado nacional? Seria por uma espécie de maso-quismo, difícil em político, um tipo de gente que só gosta de se

dedicar a qualquer coisa se nela se der bem, de alguma maneira?

A realidade é que essa fartura de agremiações acaba facilitando não a consolidação institucional do País, o amadurecimento da ci-dadania, coisas desse tipo, mas o jogo dos grandes partidos. Quan-do começam os preparativos para a formação de chapas, o que presenciamos? Os pequenos par-

tidos anunciam, primeiramente, que marcharão unidos, compon-do o chamado “bloco dos nanicos”. Porém, aos poucos, vão se deixan-do seduzir pelos grandes, que, na sua arrogância, já conhecem amplamente os meios adequados para essa atração. O resultado é o que se vê a cada ano eleitoral: os grandes permanecem grandes e os pequenos continuam peque-nos. Alguns destes até encolhem.

Esta avaliação é apenas mais uma entre tantas sobre o tema, não indo, pois, trazer a solução para essa questão. Todos sabemos que esse e ou-tros itens precisam ser deba-tidos em profundidade, pre-ferencialmente em um ano que não seja eleitoral, pelo Congresso, com vistas à for-matação e aprovação de uma reforma político-eleitoral sé-ria, responsável. Por sinal, é um processo a ser conduzido sem açodamento e que deve extrapolar os limites do par-lamento.

Deve envolver os diver-sos segmentos, lembrando o que já dizia um dos maiores pensadores políticos do sé-culo XX, o italiano Norber-to Bobbio. Já nas primeiras décadas da segunda metade do século passado, advertia:

na medida em que as socieda-des iam se tornando complexas também do ponto de vista po-lítico, elas passavam a contar, além da clássica democracia representativa, várias democra-cias representativas. Isto é, nos dias hoje, a democracia repre-sentativa não basta, tendo que abrir espaços à democracia par-ticipativa.

T“GEorGE GroSz: o aGiTador (1928)”

A mais uma reunião para pressionar Cid Gomes, na última segunda-feira, 7, à noite, a concordar com a candidatura de Pimentel ao Senado, compareceram parlamentares e militantes do PT. O vice-governador Francisco Pinheiro (foto) não teve como ficar de fora. Até discursou e fez colocações um tanto am-bíguas, talvez porque, na sua retórica, teria que agradar companheiros, com jogo de cintura capaz, ao mesmo tempo, de não dizer nada que contrariasse o amigo governador. Ao se referir à insistência do PT na defesa de Pimentel, Pi-nheiro afirmou: “Podemos ir para o isolamento. Isso é risco concreto”. Para os mais exaltados, ele estaria endossando Pimentel e aceitando a tese de rompi-mento da aliança PT-PSDB. Mas, vejam bem que ele preferiu utilizar o termo “isolamento”, o que significa por parte do discreto e habilidoso vice, uma ad-vertência aos colegas. Nesta linha, ele teria pretendido advertir para a ameaça do contrário: Cid ficar cheio das pressões petistas e mandá-los às favas. Talvez até para abrir espaço para a inclusão do PSDB na chapa. O problema é que Pinheiro, mesmo sendo professor, desta vez não foi tão didático como deveria. De propósito ou apenas porque se “perdeu” no improviso?

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Mesmo com lançamento ou não da candidatura de José Pimentel ao Senado, o governador Cid Gomes não abandonará as candidaturas de Tasso Jereissati e Eunício Oliveira.

Amanhã, há de ser outro dia

acordo de cid com Tasso e Eunício será mantido apesar do PT e Pimentel

Esta é uma conclusão do que o EXPRESSO apurou esta semana, em conversa com di-versas fontes, ligadas a Tasso, Cid e Eunício, numa confir-mação de que, seja qual for o panorama eleitoral desenha-do (até o final de junho) para outubro, não será descumpri-da a aliança informal firmada entre os três, meses atrás, e noticiada na primeira edição deste jornal.

Conforme revelado por fon-te próxima ao senador Tasso Jereissati, nos últimos dias, ele tem mantido conversas no Ceará, em Brasília e até nos Estados Unidos (onde recen-temente conversou com os ir-mãos Ciro e Ivo Gomes sobre política cearense), procuran-do consolidar o seu projeto de reeleição. Com esse objetivo, o senador tem discutido com Ciro Gomes e Eunício Olivei-ra fórmulas para que ele pró-prio e o peemedebista possam concorrer às suas vagas sena-toriais, aparecendo, entre as opções, até mesmo a possibi-lidade de disputarem vagas sem compor a chapa encabe-çada pelo governador.

tasso vemdiscutindo suareeleição comCid, Ciro, Ivo

e eunício

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Hipótese de candidatocontra cid foi insinuadaTasso e Eunício, com base no que foi acordado por ambos com Cid no começo do ano, ainda apostam no esquema básico desenhado na cabeça do governador, pelo me-nos, até agora: novo mandato; um vice do PT (Francisco Pinheiro, novamente) e apenas um candi-dato ao Senado (Eunício). Com essa solução, a primeira ensaiada, Cid estaria à vontade para, infor-malmente, trabalhar também pela reeleição de Tasso.

Acontece que, com o vazamento da existência do acordo, em ma-téria publicada no EXPRESSO, o PT começou a reagir a esses en-tendimentos. Passou a reivindicar Pimentel para o Senado na chapa

Os diálogos mantidos nos últimos dias, apontam para uma fórmula alternativa, no caso de cid não ter como impedir que Pimentel participe na sua chapa como can-didato. isso já teria sido discutido entre tasso, Eunício e ciro Gomes, com o silêncio cúmplice do gover-nador. consistiria no lançamento de uma chapa reunindo PSdB, PMdB, dEM, PPS e outros partidos da base cidista, não tendo, obvia-mente, nome para o Governo e constando das candidaturas de Eunício e tasso a senador, além dos candidatos dos partidos coli-gados à câmara e assembleia.

Os defensores dessa proposta argumentam que seria um modo de aproximar o PSdB de, pelo me-nos, um outro grande partido no ceará, o PMdB, além de outras si-glas menores. com isso, aumenta-riam as chances de peemedebis-tas e tucanos na briga por cadeiras na câmara e assembleia. além disso, conforme admite um vete-rano assessor do PMdB, há muito tempo, tasso e Eunício trabalham nas bases, em articulações com prefeitos e outras lideranças inte-rioranas.

chapa sem candidato ao Governo é saída Eunício Oliveira tem analisado “a

ameaça Pimentel”. Ouviu de interlo-cutores, com bastante sinceridade, que, se Pimentel entrar na disputa, as dificuldades serão maiores para ele (Eunício) do que para tasso. teria ficado mais alerta a partir da semana passada, quando lide-ranças petistas e de movimentos identificados com o partido (cUt, por exemplo) mandaram um re-cado curto: se Eunício continuasse trabalhando nos bastidores para inviabilizar a candidatura de Pimen-tel, eles não iriam mover uma palha, na campanha, para votar ou pedir votos para Eunício.

duplamente pragmático (como empresário e parlamentar), o depu-tado, então, aprofundou o estudo da sugestão de chapa encabeçada pelo PSdB e PMdB. além do mais, Eunício está confiante de que, na campanha para o Senado, terá apoio de cid, recorrendo, para res-paldar a certeza, a um argumento conhecido de todos: publicamente, cid já declarou seu apoio. a mesma avaliação está sendo feita, por tas-so, que, a esta altura, tem convicção de que cid saberá romper o cerco que sofre para incluir a candidatura de Pimentel na chapa do PSB.

Eunício “namora” com aliança

de Cid e a fazer ver ao governador que não gostaria do apoio à candi-datura Tasso.

Esse novo posicionamento do PT se reafirmou com o movimen-to nas bases em favor de Pimentel, o que preocupou Eunício e Tasso. Assim, eles partiram para a defini-ção de fórmulas. Ao mesmo tem-po, intensificaram contatos com os irmãos Ciro e Ivo Gomes e outras pessoas ligadas ao governador. Queriam mostrar que teriam de reexaminar o assunto. Com Tasso, através de porta-vozes informais, insinuou-se que, se Cid não tivesse como cumprir o acordo, seria lan-çado um candidato para enfrentá--lo na sucessão estadual.

PT se une em torno de Pimentel

Page 4: Jornal EXPRESSO n° 16

Termômetro preliminar daria para sentir cid desengasgar um “osso”

Até candidato haverá?!

Todo o mistério que envolve entendimentos sobre a sucessão cearense poderia começar a ser desvendado exatamente pelo PSDB, em sua convenção anteriormente marcada para o dia 19, sexta-feira próxima. Mas, os tucanos retrocederam na última terça-feira, 8, decidindo seguir a linha do governador Cid Gomes em adiar sistematicamente a definição sobre o caminho eleitoral que amarra a disputa de 2010. Agora, programam realizar convenção para homologar seus candidatos e coligações somente no próximo dia 26, antes do domingo em que o PSB de Cid, o PT de Pimentel e o PMDB de Eunício promo-vem seus encontros com igual objetivo.

Naquela oportunidade, se for incluído o PMDB na cha-pa tucana, a conclusão será de que Eunício não tem certeza de que Cid conseguirá ultra-passar as dificuldades para vetar o nome de Pimentel na chapa do PSB.

Na convenção tucana, por

adiamento de convenção tucanapode desfazer suspeitas ou iludir

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pt, pmDBpsB e psDB

farão convenções

no mesmo

dia 27

Convençãotucana

interessa atéaos petistas

envolver outros partidos, in-clusive DEM e PPS, poderá até haver a homologação de um nome para governador. Contudo, se houver essa in-

clusão, não significa dizer que essa candidatura será para valer. Pode ser uma forma de o PSDB pressionar Cid a não incluir Pimentel na chapa dele

ou uma maneira de despistar que os tucanos tenham se de-sentendido com Cid.

Desse modo, a convenção tucana poderá antecipar algu-

mas conclusões, mas poderá servir também para manter as aparências, escondendo o que ficou, de fato, combinado por Cid com Tasso na conver-sa que eles tiveram no final de semana que passou.

O resultado da convenção tucana, como se nota, inte-ressa até mesmo aos petistas, pois eles querem se certificar até que ponto o governador está comprometido ou não com as candidaturas de Euní-cio Oliveira e Tasso Jereissati ao Senado. Sabem que Cid pode, se não encontrar outra saída, acabar tendo que acei-tar, na sua chapa, a presença de Pimentel para o Senado.

Pimentel (foto) será um osso atravessado na garganta do go-vernador, que nunca escondeu não ter simpatia pelo seu nome para o Senado. Por esta razão é que os petistas já pretendiam usar a convenção tucana como um termômetro preliminar para avaliar o que cid fará para de-sengasgar desse osso. Principal-mente, depois que tomaram co-nhecimento de que no encontro do PSB, na meruoca, houve quem defendesse a aliança de cid com Tasso abertamente, até mesmo em aliança formal, naturalmen-te alijando o PT da chapa cidista.

como antevíamos aqui, em comentário do jornalista ossian

lima, cid inventou essa história de “consulta às bases” socialis-tas para validar o que ele defi-nir, somente em 26 de junho, a respeito do desfecho da novela “Encontros e desencontros na formação da chapa do PSB”. não é que, por uma dessas coincidên-cias da políticas, as bases do PSB estão demonstrando pela candi-datura Tasso Jereissati o mesmo entusiasmo do governador, por coincidência também presidente do PSB no ceará!?

Por enquanto, é melhor aguardarmos a volta do go-vernador cid Gomes da Áfri-ca do Sul, onde foi conferir a copa do mundo. decerto, tam-

bém ganhar inspiração para cuspir os “ossos” do ofício de Executivo, reeleito e se-nhor do jogo e de seu tempo. o retor-no de cid pode acontecer em 24 de junho, dois dias antes da data anterior-mente marca-da para a sua chegada. ou seja, 48 ho-ras de muita conversa de bastidor e decisões fun-damentais.

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adiamento de convenção tucanapode desfazer suspeitas ou iludir

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iNFORME PUBLicitÁRiOFortaleza, 11 a 17 de junho de 2010

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Sangue fresco paraos tubarões da mídiaPor ricardo alcântara (www.ricardoalcântara.com.br)

o trabalho e a ética da vida

É impossível abordarmos o universo do trabalho sem contextualizá-lo às formas sustentáveis de preservação da vida no planeta e, dessa forma, tomarmos para nós a difícil tarefa de encontrarmos o justo equilíbrio entre o que constitui necessidade e degradação, crité-rios que devem ser observados, sobretudo no que se relaciona ao desempenho humano em-pregado nos sistemas produti-vos e na prestação de serviços essenciais à coletividade.

O desenvolvimento social coeso privilegia a todos, in-discriminadamente. Portanto, atentemos para uma postura

corajosa da não omissão ou descaso na busca de alternativas dignas e participativas, cha-mando a atenção para a rede de interesses sociais que nos envolve e atinge sem distinguir classe, credo, etnia ou gênero. O respeito que nos é devido é o mesmo que devemos e só exis-tirá se conhecermos e praticar-mos nossos direitos e deveres. Não se trata de bondade assis-tencialista ou filantrópica, mas de honestidade e justiça, fatores constitutivos da verdadeira ética em favor da vida.

Boa leitura.

Prezados leitores, nesta edição do seu Jornal ExPrESSo, nos deteremos sobre um tema dos mais instigantes, provocador e, muitas vezes, antagônico: o trabalho, enfocado a partir do seu alcance social, como ação criativa e transformadora, responsável pelo desenvolvimento humano na conquista da sobrevivência. característico dos contextos históricos em seu tempo, o trabalho consiste em um termômetro singular do crescimento e aprendizado, todavia, nem sempre intercâmbio aprazível e justo, pelo contrário, um embate crucial gerado a partir dos modelos socioeconômicos aos quais vão sendo submetidas as sociedades.

marcos lelis - diretor Presidente

opinião

a campanha esquenta, motivada pela paridade dos candidatos em seus índices nas pesquisas de opinião. O fermento foi a desco-berta de um ensaio, abortado, para construir dossiês contra José Serra e sua família.

Já são explícitas as movimentações da grande imprensa em favor do candidato mais “confiável”: o Jornal Nacional de sábado re-percutiu com primor de detalhes a reporta-gem publicada pela revista Veja sobre o caso.

Quem de longa data lida com o modelo de relacionamento entre a imprensa e o po-der em períodos eleitores não acredita, tem certeza: a orquestração na mídia está sob regência. E o maestro, seja quem for, é Serra de carteirinha.

de fonte muito bem informada é possí-vel afirmar que a Rede Globo não aprovou a escolha do presidente Lula. dilma Rousseff não é a candidata com que sonhavam os senhores da mídia e o desapontamento já foi registrado.

O “grande irmão” tem a ex-ministra na conta de uma indicação à esquerda e dá sinais de que não irá cobrir as eleições em perfeita sintonia com o governo, embora os Marinho prefiram, ao fim de tudo, um divórcio amigável.

Logo, há um custo na cobertura dada pela emissora ao caso do dossiê que, de uma vi-rulência prematura, foi compreendida como “necessária”: os amigos do Serra entendem que, para o candidato, a virada é agora ou nunca.

Por que? Porque sabem que a entrada no ar do programa eleitoral de televisão bene-ficiará muito a candidata petista com a pre-sença diária do presidente Lula pedindo voto para ela. É muita bala na agulha.

Os nervos do baronato estão à flor da pele. a barbeiragem dos petistas mineiros com o mal sucedido ensaio do dossiê forneceu a combustão que precisavam para ensaiar alguma reação às circunstâncias, desfavorá-veis.

a melhor biografia xo melhor projetoa mais recente pesquisa do instituto Sen-

sus é reveladora sobre a rapidez com que o eleitor está assimilando o quadro da disputa presidencial – os aspectos que definem cada candidatura. Observem.

Quando perguntados sobre qual nome poderia garantir a continuidade dos projetos do governo Lula, a candidata do presidente bateu José Serra por uma larga margem de 19% (55% a 26% das indicações).

Questionados sobre a experiência admi-nistrativa dos dois principais candidatos, 46% citaram o tucano como mais prepara-do, enquanto 33% citaram o nome de dilma Rousseff, uma diferença de 13%.

Na conjuntura eleitoral de 2010, qual dos dois aspectos – continuidade x competência – o eleitor considera mais importante? a pes-quisa também esclarece: o primeiro. Melhor para a dilma.

Fortaleza, 11 a 17 de junho de 2010

“Não vamos esmorecer na nossa crençade que jornalismo é algo que se faz

com espírito crítico, fiscalizando o poder.” (mino carta, jornalista)

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Fortaleza, 12 a 18 março de 2010

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monte de obstáculosVereadora Eliane Novais (foto) dificultou o mais que pôde o trabalho dos jornalistas que foram ao Monte Klinikum saber da situação de Sérgio Novais, ali internado.

concursosConcursos públicos das nossas prefeituras não atraem muitos candidatos. Motivo: salários baixos, mesmo para os cargos de nível superior.

Ganhos baixosA propósito, a Controladoria Geral do Estado (CGE) vem perdendo vários dos seus auditores, que, mesmo fazendo um grande trabalho, são mal remunerados.

EsvaziamentoO esvaziamento no corpo funcional da Controladoria Geral do Estado está exigindo

uma redefinição do seu plano de cargos, se o governador quiser mesmo prestigiar a categoria.

mutanteInfelizmente, muito político dá à mídia um tratamento mutável: bem quando lhe interessa; mal quando lhe convém.

neno tá certoRazão tem o coleguinha Neno Cavalcante (foto) quando afirma categoricamente que político não é amigo de jornalista. Só aparenta, quando precisa.

cefaleiasHospital Geral de Fortaleza (HGF) vem promovendo mutirões de combate à dor de cabeça. Recomendáveis para políticos que sofrem de enxaqueca...

aulasSe ficou tão estressado com o que o PSB lhe aprontou, Ciro Gomes

bem que poderia recorrer a uma boa terapia: voltar a aprender a tocar saxofone...

o amor é lindo!Indagado sobre nomes que poderiam disputar sucessão estadual pelo PT, ex-prefeito Ilário Marques citou, entre eles, o da esposa dele, deputada Rachel Marques (foto).

Sem impactoSem impacto o tal Pacto por Fortaleza, lançado pelo presidente da Câmara Municipal, Salmito Filho. Não passa de ideia requentada, coisa de marketing para disputar a Prefeitura...

Só não ela?Como melhorar o transporte coletivo em Fortaleza? Todo mundo sabe, tem ideias, sugestões. Só não a Prefeitura, mesmo sendo a permissionária do serviço.

calado!!!Ciro Gomes (foto) voltou cala-do do passeio aos Estados Uni-dos. Foi lá tomar algum medi-camento contra incontinência verbal?

omissãoSe o transporte coletivo é um serviço público delegado ao setor privado pela Prefeitura, ninguém entende a omissão dela quando há problema de greve no setor.

quem topa?PR mantém o seu discurso de ter candidato à sucessão estadual, procurando aliados que topem entrar nesse jogo. Que aliados?

Pedir, mas...Dizem que Lula pediu a Cid, realmente, incluir Pimentel para senador na chapa, porém sem tom impositivo, ou seja, não foi como certos petistas alardeiam.

Eles gostamNo PT já existem outras brigas. Entre Acrísio Sena e Salmito Filho para a Presidência da Câmara Municipal e entre Salmito e Artur Bruno para disputar a Prefeitura de Fortaleza.

a evitarManda a prudência não convidar para o mesmo cafezinho Tasso Jereissati e Luizianne Lins. Prin-cipalmente, se for no Shopping Iguatemi...

Frase iNo Brasil de hoje, os cidadãos tem medo do futuro, os políticos têm medo do passado – Chico Anisio (foto)

Frase iiQuando abro a TV Senado e vejo determinados caras falando, tenho vontade de quebrar a TV – General Torres de Melo, ex-vereador em Fortaleza.

@Twitter Político Fale conosco: [email protected]

Fortaleza, 11 a 17 de junho de 2010

Page 8: Jornal EXPRESSO n° 16

Adiada nova regra no transporte

Falta cadeirinha para criançasno comércio em FortalezaA cadeirinha para o transporte de crianças na parte traseira dos automóveis, que se tornaria obrigatória a partir do dia 9 de junho, teve a validade de regra adiada para 1º de setembro, segundo o Conselho Nacional de Trânsito (Conatran). O motivo do adiamento foi a ausência do produto no comércio em todo o país. Em Fortale-za, por exemplo, a falta de estoque pode ser constatada. As lojas Baby Center está disponibilizando a venda apenas de um dos três tipos de cadeirinhas. A Burigotto, uma das fabricantes, informou que, mesmo com a produção em alta, não está conseguindo atender toda a demanda, principalmente

porque as lojas revendedoras não se pro-gramaram e resolveram fazer os pedidos de última hora. O condutor que descumprir a determinação cometerá infração gravíssi-ma, podendo receber multa de R$ 191,54.cid

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Limpeza urbana

Sob o sol, a chuva, a inclemência do clima, a poluição. Submetido a condições extremas de insalubridade, um esforço, em geral, injusto e desumanizado. Tudo para deixar a sua “Fortaleza Bela”.

Garis ainda lutam por direitos básicos à margem da sociedade

Pegam o lixo com as mãos, correm o risco constante de ficarem doentes. Andam cerca de 30 quilômetros por dia, muitas das vezes em condições de trabalho indig-nas. Em média, ganham R$ 518 mensais, pouco além de um salário mínimo. E para completar, a maioria vive, no cotidiano do trabalho e da própria família, o drama da marginalização, do pre-conceito, da indiferença, da ausência de representação político-social.

Seja no trabalho ou junto à família, o próprio gari em Fortaleza reluta em se reco-nhecer na profissão. Porque sente vergonha. Até mesmo no ambiente doméstico, ao lado dos colegas, nas em-presas privadas e órgãos pú-blicos. Sentem-se jogados à

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Copa do Mundo 2014

Taxistas já têm 900 vagas para aprender cinco idiomasTaxistas que circulam em Fortaleza poderão aprender a ler, escrever e falar cinco idiomas (inglês, espanhol, fran-cês, italiano e alemão) em um curso oferecido pelo Instituto Municipal de Pesquisas, Administração e Recursos Humanos (Imparh). Os interessados podem se inscrever até o dia 22 de julho. No primeiro momento, serão ofertadas 900 vagas divididas entre as 36 turmas, cada uma composta por 25 alunos. Os taxistas terão horários disponíveis nos turnos manhã, tarde e noite. O Imparh informa que outras turmas serão criadas até a Copa do

Mundo 2014. A carga horária total de cada curso é de 120h/a, sendo dividida em dois módulos de 60h/a. O valor de cada módulo custa R$ 100,00. A inscrição é feita exclusivamente através do site www.fortaleza.ce.gov.br/imparh.

margem da sociedade.Também pudera, com fre-

qüência cotidiana, são tra-tados como se fossem seres invisíveis. A partir daí, obri-gam-se a adotar comporta-mentos que, não raro, pare-cem introjetar sentimentos de inferioridade, manifesta-

dos em simples gestos e con-dutas. Que juntam extrema humildade, descabida mo-déstia e submissão. Como se precisassem abaixar a cabe-ça sempre para exercer uma atividade capaz de prover a compra do pão de cada dia para suas famílias.

seja no trabalhoou junto à família, o próprio

gari em Fortaleza relutaem se reconhecer na profissão

marcoS moura E camila lima

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“ecofor surrupia o suor do trabalhador”,

Josenias pereira

Além de impedidos de protestar de fato, a diretoria do Seeaconce denuncia que garis de Fortaleza têm sido obrigados a cumprir me-tas de trabalho consideradas ab-surdas e ilegais pelo sindicato. Um caminhão, por exemplo, deveria completar a coleta corresponden-te a três carradas por dia. Caso não seja cumprida tal meta, estaria em voga uma espécie de “banco de carradas”, assim como funcionam bancos de horas em várias em-presas. “Só que um ponto deve ser ressaltado: cada equipe de coleta deveria ter três garis, mas, para economizar, a Ecofor disponibiliza apenas dois. Resultado: mais tra-balho”, afirma Josenias.

O presidente do Seeaconce tam-bém acrescenta à denúncia que, se essa quantidade de lixo coletado não for atingida, o trabalhador fica devendo à empresa, sendo des-contado nas horas extras. “No final

O presidente do Sindicato de Asseio e Conservação (See-aconce), Josenias Pereira (foto), denuncia inúmeras ir-regularidades e situações, no mínimo, desconfortáveis vivi-das pelos garis. Segundo ele, a própria sociedade renega esses trabalhadores. Josenias conta que representantes da entida-de e trabalhadores combina-ram, propositadamente, de ir num restaurante na área nobre da cidade, depois de uma ma-

Sindicato relata humilhaçõesem ambientes públicos

a Ecofor é a concessionária responsável pela Gestão de Resíduos Sólidos Urbanos de Fortaleza. isso inclui os ser-viços de coleta, transporte, tratamento e destinação final do lixo domiciliar da cidade. Ou seja, a Ecofor passa em sua rua, retira o lixo, leva-o até suas modernas estações de tratamento e, por fim, aos aterros sanitários, “prepara-dos especificamente” para receber os resíduos. antes, to-das essas funções eram exer-cidas pela Empresa Municipal de Limpeza e Urbanização (Emlurb).

ainda na gestão do prefeito Juraci Magalhães, ficou de-cidido que esse serviço seria terceirizado. Segundo o vice--presidente do Sindicato dos Servidores da Emlurb (Sin-dilurb), Fernando cassiano (foto acima), essa iniciati-va enfraqueceu de morte a

empresa, que vem fazendo basicamente o trabalho de varrição da cidade. Os garis perderam dinheiro e vanta-gens, mas ainda recebem mais do que os da Ecofor, um salá-rio-base de R$ 570, mais insa-lubridade e outros direitos.

apesar de melhor remune-ração, as condições de tra-balho não são superiores às do setor privado. “Falta saco, pá, luva, pontal (depósito de lixo com rodas carregado pe-los garis). Eles vão se virando, dando o jeitinho brasileiro, en-quanto não chega o material prometido pela Prefeitura”, afirma Fernando cassiano.

nhã de trabalho. Ainda com as roupas de gari, eles chegaram ao estabelecimento, sentaram--se e chamaram o garçom. Ao se aproximar, o garçom per-guntou se eles não queriam pegar a comida e levar para outro lugar. Um dos garis disse

“Banco de carradas” retira direitos do trabalhador

No início da gestão da pre-feita Luizianne Lins, foi acer-tado que aproximadamente 200 trabalhadores iriam fa-zer a limpeza do centro. Se-gundo o Sindicato, isso não é cumprido nem de longa data. O sindicato avalia que a Ecofor tenha um contrato longo com a Prefeitura, mas não é feita uma regulação. “a agência Reguladora de Fortaleza (arfor) que deve-ria assim proceder, não o faz. São sete garis para cobrir uma área de 30 mil metros quadrados, numa região em que há muito consumo e cir-culação, consequentemen-te, grandes quantidades de lixo são geradas”, assinala o presidente do Seeaconce.

Sobrecarga de trabalho no centro da cidade

que eles iriam ficar ali porque tinham dinheiro para pagar como qualquer outro cliente. Esse exemplo banal é apenas um dos tipos de constrangi-mentos sofridos pelos agentes de limpeza.

De acordo com Josenias, na greve, que aconteceu em 2007, muitos trabalhadores da Ecofor, empresa privada responsável pela coleta do lixo em Fortaleza, foram demiti-dos pelo simples fato de terem se manifestado. De lá para cá, os trabalhadores enfrentam negociações com o patronato, mas nada de paralisação das atividades. O presidente do sindicato afirmou que a Justi-ça tem se manifestado a favor das empresas, reprimindo os trabalhadores. “Não enten-demos como o setor patronal consegue liminares na Justiça tão rapidamente, barrando a manifestação livre dos traba-lhadores. Mesmo se fizermos tudo dentro da lei, avisando previamente, tendo feito nego-ciações. Mesmo assim, eles não aceitam o nosso protesto.”

ecofor demitiuquem se manifestou

na última greve

Emlurb sucateada fica só na varrição

das contas, muitas vezes os garis extrapolam a carga horária de tra-balho, mas não recebem por isso. A Ecofor surrupia o suor do traba-lhador”, desabafa Josenias.

Uma denúncia ainda mais gra-ve também envolve a questão das “carradas” de lixo. Josenias diz que quando um caminhão está no conserto e o gari deixou de fa-zer as coletas daquele dia, por um problema da empresa, ele precisa redobrar o trabalho nos próximos dias ou terá descontado um valor do salário ou do banco de horas. “Como não tem quem fiscalize, o jeito é aceitar as pressões da em-presa. Manda quem pode obedece quem tem juízo”, declarou o presi-dente do sindicato.

Av. Beira Mar, 3127 - A - Meireles - Fortaleza - Ceará

3086.5650

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Garis domunicípio têm

piores condiçõesde trabalho

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Falta de reconhecimento e promoção

A historiadora e pesquisadora em Cultura Brasileira, Maria do Carmo Conceição, retoma abordagens sobre o papel social de uma profissão segregada, vítima de indiferença e preconceito. Em tom de alerta e denúncia, propõe o debate sobre a questão em suas dimensões humanitárias, cidadãs e trabalhistas. A envolver poder público e cidadãos na reversão de injustiças que recaem sobre o trabalho anônimo de milhões

Desde que o mundo é mundo o trabalho é tema cantado em verso e prosa, por poetas que denun-ciam, exaltam e chamam a aten-ção para os vários aspectos da pro-dução humana. A despeito de não sermos artistas e, portanto sem a poética, abordamos o assunto com o propósito de interferir e criar um caminho de diálogo acerca daque-les que, diuturnamente, contri-buem para que a nossa vida social e coletiva seja, além de possível, feliz. Hoje, nos debruçamos espe-cialmente sobre a importância dos que promovem a limpeza urbana e, por conseguinte, a condição pri-meira de conservação dos espaços públicos da nossa cidade: o gari, profissional responsável pela exe-cução de um dos ofícios vitais para

No caso dos garis, nunca é demais lembrar que são eles os responsá-veis pela saúde da cidade, pela be-leza dessa terra de iracema onde a jandaia cantou (ou será que ainda canta?) no alto das belas palmei-ras. O que seria das nossas praias e recantos mais atraentes sem os seus serviços? E do centro comercial no vai e vem ininterrupto, gerando de-

tritos de toda natureza? Nos eventos públicos onde nos reunimos quase que ritualisticamente para celebrar-mos juntos, aí também estão eles, sempre ao final de tudo, limpando e coletando o que a nossa festa produ-ziu de excesso... Excesso de lixo e de trabalho. É importante observarmos melhor alguns detalhes que envol-vem estas relações a exemplo de

como ordenamos, ou não, o lixo para que chegue ao seu desti-no, nos preocuparmos com o que é agressivo à saúde, o que é cortante ou ofensivo de qualquer outra forma, enfim, responsabilidade com a integridade físi-ca do prestador deste serviço.

Garis, a “invisibilidade” social de um trabalhador indescartável

Eles cuidam da saúde da cidade. você se preocupa com eles?

a sobrevivência do planeta.Apesar de toda a inquieta-

ção atual sobre os cuidados com o meio ambiente, re-conhecemos a necessidade de intervir de forma efetiva sobre as questões que envol-vem a produção, tratamento e eliminação do lixo nosso de cada dia. De forma genérica, constatamos o profundo desca-so com o tema, porém, basta que sejamos incomodados nos nossos percursos rotineiros, pela presen-ça do nocivo entulho espalhado pelos quatro cantos da cidade, sentimos imediatamente a fal-ta da coleta e, em conseqüência, daqueles que a executam. A pre-sença dos trabalhadores que, co-tidianamente, aportam nas mais diversas áreas e se encarregam da árdua tarefa, ironicamente, é percebida quando ocorre sua au-sência. Esta é a relação apresen-tada como invisibilidade social, processo capaz de ocultar ou re-duzir a importância da prestação de serviços essenciais à vida da comunidade, mola propulsora inclusive, do descaso com que são tratados estes trabalhadores nas suas condições básicas de trabalho entre as quais destaca-mos periculosidade, insalubri-dade e tantas outras obrigações a serem cumpridas.

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ao focarmos a invisibilidade promovida pela indiferença, pre-conceito ou segregação, entendemos estar provocando uma mudança de atitude quanto às visões rígidas e reducionistas da participação social, minimizando o distanciamento e buscando atitudes compartilhadas em defesa do respeito às diferenças, ampliando dessa forma o campo da diversidade e do pluralismo sociocultural.

Sem querer usar de retórica e evitando o lugar comum dos jar-gões populistas, convenhamos, é preciso estar atento aos com-promissos trabalhistas e condições íntegras de emprego, assim como a qualificação desses prestadores de serviços, por meio de cursos e formação profissional, com vistas à conscientização da sua importância no universo de trabalho, realçando o seu status social e as possibilidades de aprendizado que podem ocorrer no seu meio de sobrevivência.

O lixo é o resultado de todos os dejetos e sujeiras descartadas pela cidade, o gari é o responsável pela limpeza desta. Enten-demos ser de fácil compreensão a analogia entre tais opostos, o primeiro cresce, inclusive, pelo descaso do cidadão consigo e com a comunidade, já o segundo, responde pela ordenação e melhoria da qualidade de vida do coletivo. deste modo, acre-ditamos serem oportunas as colocações feitas, não só como alertas, mas como denúncia e motivação racional, para aborda-gens nas dimensões humanitárias, cidadãs e trabalhistas, que envolvam instâncias do poder público e de toda a população em defesa do estabelecimento progressivo do fim da injustiça e invisibilidade social, que atinge não só aos garis, mais a um sem número de profissionais anônimos, no atendimento às suas fun-ções e nas suas vidas pessoais.

Naturalmente, sabemos que a nossa existência coletiva está vinculada, primordialmente, a uma infindável cadeia produtiva responsável pela sua promoção e equilíbrio. É sempre bom ter em mente que dependemos uns dos outros para absolutamen-te tudo! O que seria de quem escreve, se não existisse leitor; de quem vende, se não existis-se comprador... Batata, carne, milho não nascem como por encanto nas grandes e higiêni-cas lojas de supermercados, do produtor ao consumidor há um percurso crucial até chegarem às nossas mesas. O trabalho anô-nimo de milhões está embutido em tudo que fazemos, comemos, desfrutamos. Não enveredamos por outro assunto nem estamos misturando alhos com buga-lhos, só pretendemos ampliar os questionamentos aos quais nos propusemos no início da nossa conversa, no encalço de um di-álogo verdadeiro e humanitário, onde possamos contribuir com a mudança de mentalidade quan-to aos problemas criados pela invisibilidade social, encarada aqui, como uma questão de ci-dadania e justiça em prol dos

dignificar a profissãoé questão de cidadania

interesses de todos.A luta pela manutenção da

limpeza urbana é indissociável dos aspectos por nós abordados no que tange à valorização, reco-nhecimento e compromisso pela vida daqueles, que, coagidos muitas vezes pelo assédio mo-ral, sentem-se constrangidos ao ponto de negarem suas ativida-

des, encarando-as como meno-res. A dignificação da profissão e do trabalhador escondido por trás da farda, das luvas e das vas-souras é questão de cidadania, enxergá-lo como mantenedor dessa imensa teia social gerada pelo trabalho é dever de todos, em particular ressaltamos os contratantes.

Fique atento: como a empresa que coleta lixo da sua cidade trata o gari?

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a Marinha Mercante está com inscrições abertas para 370 vagas nas escolas de formação de oficiais, que exi-gem nível médio completo. Os candidatos, homens e mulheres, devem ser solteiros, ter entre 17 e 23 anos no dia 31 de janeiro de 2011 e não ter filhos. São 240 vagas para o centro de instrução almirante Graça aranha (ciaga), no Rio de Janeiro (RJ), e outras 130 para o centro de instrução almirante Braz de aguiar (ciaba), em Belém (Pa). as inscrições devem ser feitas até 30 de junho pelo site www.ciaga.mar.mil.br. a taxa de participação é de R$ 50. São duas áreas de curso: a de náutica, destinado a formar o segundo oficial, que gerencia e opera os equipamentos de convés, de navegação e de comunicações do navio, e o de máquinas, destinado a formar o segundo oficial de máquinas, que gerencia e opera as instalações e equipamentos de máquinas do navio.

Até 30 de junho

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marinha mercante abre 370 vagas nas escolas de formação de oficiais

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a empresa iFactory, especializada em serviços e soluções de tecnologia da informação (ti), está em busca de profissionais de ti para a sua fábrica de software em Fortaleza. a empresa está com 5 oportunidades de emprego. dessas 5 vagas, 2 são para desenvolve-dor Java Pleno, 2 para desenvolvedores .NEt e 1 para Engenheiro de Suporte. Os candidatos precisam ter ensino superior completo (ou em vias de conclusão) na área de informática e disponibilidade de 8 horas diárias de dedicação ao trabalho. É imprescindível que os candidatos tenham fluência em algu-ma língua estrangeira e conhecimento em linguagens de programação. Os salários não foram divulgados previamente, porém a empresa oferece benefícios como vale-refeição, plano odontológico, auxílio aos estudos, certificações, descontos em cursos e faculdades, convênio em academia de ginástica e assessoria esportiva. a empresa informa que a remuneração oferecida será compatível com o mercado. Os interessados devem enviar o currículo e pretensão salarial para o email seleçã[email protected], informando o cargo de interesse no “assunto” do email. as inscrições não têm prazo definido, mas a empresa aconselha que os currículos sejam enviados o mais rápido possível.

Oportunidade

cinco vagas paraTecnologia dainformação

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iNFORME PUBLicitÁRiOFortaleza, 11 a 17 de junho de 2010

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chegou a mais de três horas para que o parente, deficiente mental, fosse atendido.

Atualmente, existem duas unidades de internamen-to para homens e uma para mulheres, com 45 vagas dis-poníveis em cada uma. Além delas, 20 vagas são oferecidas na Unidade de Desintoxicação (viciados) e 600 atendimen-tos/mês no Núcleo de Aten-ção à Infância e Adolescente

(Naia). Entretanto, as vagas são limitadas para a demanda de hoje, o que dificulta, muitas vezes, o atendimento de ime-diato. Segundo a assessoria de imprensa do HSMM, está prevista a liberação de R$ 18 milhões destinados à reforma de várias unidades, possivel-mente no primeiro semestre de 2011, o que viabilizará o acolhimento e a internação dos pacientes.

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Saúd

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Messejana

O limite de vagas para internação de doentes mentais e viciados causa longa espera para esses pacientes especiais no HSMM

Falta de vagas e longas esperas noHospital de Saúde mental

A demora no atendimento é um problema atual que gera mais insatisfação a pacientes e familiares que procuram diariamente o Hospital de Saúde Mental de Messejana (HSMM). Devido ao número limitado de vagas para inter-nação, muitos deles enfrentam longa espera para conseguir internamento. Apesar de ha-ver rotatividade constante de entrada e saída, a dificuldade ainda persiste. Segundo rela-tório oferecido pelo hospital, no dia 31 de maio, foram re-gistrados cinco internamentos e apenas duas altas.

A esposa de F.J.O.M, 59, conta que já veio mais de duas vezes ao hospital para internar o marido, viciado em álcool. Porém, em todas as ocasiões eles tiveram que esperar a ma-nhã e praticamente todo o pe-ríodo da tarde para ser inter-nado. O cunhado de A.O.C.D, 42, vindo do município de Paracuru, disse que a demora

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Saúde em dia!

vacinação contra paralisia infantil começa dia 12O último caso de paralisia infantil registrado no Ceará foi em 1988. Para deixar a doença cada vez mais distante da população, no próximo dia 12 começa no Estado e em todo o País mais uma campanha de vacinação con-tra a poliomielite. A Secretaria da Saúde do Estado e a Secretaria da Saúde de Fortaleza lançam a campanha, conjuntamente, dia 11. A meta no Ceará é vacinar 741.189 crianças menores de 5 anos. Nos pontos de vacinação, as crianças entre 2 e 5 anos que ainda não tomaram a vacina contra a Influenza A também ficarão imunizadas contra o vírus H1N1. A estrutura da campa-nha de vacinação é grande. São 1.692 postos fixos e 20 mil postos volantes em todo o Estado. Em todos os 184 municípios cearenses, 30 mil pessoas estão envolvidas nos trabalhos de vacinação. No estoque de vacinas, além da Sabin, que imuniza contra a paralisia infantil, estão as vacinas tríplice viral (sarampo, rubéola, caxumba), e contra hepatite B, difteria e tétano e ainda contra rotavírus. Boa oportunidade de colocar o cartão de vacinação dos filhos em dia (Fonte: Sesa/CE).

os centros de atenção Psicossocial (caps), da Prefeitura de Fortaleza, prestam serviço de aten-dimento ambulatorial a doentes mentais e vicia-dos em drogas e álcool. é voltado a três tipos de pacientes: os intensivos, semi-intensivos e não--intensivos. atualmente, existem na rede seis uni-dades dos caps Gerais, que tratam pessoas com sofrimento mental (es-quizofrênicos, psicóticos e neuróticos) mais grave; seis caPS ad (específico para alcoólatras e drogados); e dois infantis, que atendem crianças e adolescentes com as duas complicações.

Segundo raimunda Félix de oliveira (foto), coordenadora da rede assistencial de Saúde mental de Fortaleza, a pro-posta da atual gestão é ampliar dois centros tipo ii para tipo iii, disponibilizando assim o atendimento 24 horas. além disso, pretende reduzir o número de hospitais psiquiátricos e lutar pela ampliação dos leitos psiquiátricos nos hospitais gerais, obedecendo ao que diz a lei 10.216/2001. “nossa po-lítica é lidar da forma mais cidadã e humanizada possível com as pessoas da natureza que tratamos”, afirmou.

atenção Psicossocial pretende duas unidades24 horas

marCos moUra

CamIla lIma

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mÉDIas De ateNDImeNto:

*os seis caPS Gerais - 9.000 pacientes/mês.*os seis caPS ad - 3.600 pacientes/mês.*os dois infantis - 1.800 crianças/mês.

*Pesquisa realizada pelo ibope e encomendada pela associação Brasileira de Psiquiatria (aBP) mos-trou que, em 2007, um total de 9% da população bra-sileira (17 milhões de pessoas) sofria de algum distúr-bio mental grave.*no mesmo ano, o estudo apontou que 1,3 milhão de brasileiros que sofriam de transtornos mentais graves não tinham acesso a tratamento médico adequado.

*Segundo dados da Organização Mun-dial de Saúde (OMS), em 2006, mais de 450 milhões de pessoas no mundo sofriam de algum transtorno psi-quiátrico.

*aproximadamente 800 pacientes mentais internados em hospitais e unidades psiquiátricas que atendem pelo SUS.*o HSmm recebe por mês, em média, 1.000 pa-cientes no atendimento ambulatorial (específico para doentes mentais) e cerca de 900 no atendi-mento emergencial (inclusos os que chegam dro-gados ou com problemas mentais).*o HSmm é o único hospital psiquiátrico de referência e de responsabilidade do Governo do Estado que atende pacientes com problemas mentais no ceará.

Em Fortaleza: no Brasil: no mundo:

no ceará:

PACIENTES e familiares aguardam atendimento em Fortalezaatenção Psicossocial pretende duas unidades24 horas

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Interioranas

xandy rodriGuES

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Wilton Bezerra

no couro

Pirajá foi o melhor lateral direito do futebol juazeirense. Defendeu o Icasa e a seleção da terra do Padre Cícero nos famosos Intermunicipais. Moreno forte, com musculatura conseguida à custa do duro trabalho na Indústria Caririense de Algodão S.A. (Icasa), largadão, boa gente, não era de levar desaforo para casa. Chiquinho, extrema esquerda do Guarany de Sobral, provocou seu marcador, dizendo: “Eu ganho aqui no Guarany dois mil por mês. E tu aí, ganha quanto no Icasa?”. Pirajá respondeu: “Aqui eu não ganho nada. Só vim mesmo para lhe dar

umas tacadas!” Quando enfrentava Da Costa, do Ceará, saía faísca entre os dois. Num jogo no Castelão, o ponta-esquerda alvinegro sugeriu um pacto de não-agressão: “Tudo bem, negão?” No que ouviu como resposta: “Num tô sabendo de nada, não!” Com cinco minutos de jogo, os dois se engalfinharam em jogada violenta, com Pirajá cortando o supercílio de Da Costa após um soco. Expulso de campo, a reportagem foi ouvir a versão do lateral, que explicou: “Veio tirar graça e eu cortei a superfície dele!”. (Por Wilton Bezerra)E

spo

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[email protected]

com o ceará na Série a é assim: sem a bola, todo cuidado é pouco na marcação, sem excessos de virilidade no desarme. com a

bola, vejamos o que é possível fazer. E tome toda paciência do mun-do na urdidura da jogada. Problemas: na ligação do meio-campo para o ataque, de saldo insuficiente pela má fase de Geraldo, que fez no jogo passado uma de lascar. Priorizou uma simulação de falta pelo goleiro em prejuízo da finalização ou passe que poderia redundar também em gol. a ação dos alas é uma coisa agônica. apesar de tudo isso, quando a bola chega em Misael e Washington, eles resolvem bem. Já se disse que o difícil é fazer o simples. Os escores mínimos resultam do desperdício de oportunidades de gol. contra o atlético Mineiro, o placar poderia ter sido mais dilatado. chances não faltaram. a campanha do ceará espanta e conta com a má vontade habitual da crônica sudestina. São todos "metereo-logistas" da debacle alvinegra após a copa.

icaSa no mEiodo BoloQuando Flávio Araújo anunciou em programa de TV que o Icasa teria na Série B a base da Série C disputada em 2009, passou-se a duvidar das possibilidades alvi-verdes. Superando problemas de sustentabilidade e os primeiros resultados negativos, o repre-sentante juazeirense encaixou vitórias importantes, como contra Sport e Bahia, e agora ocupa a 10ª colocação. Nada mal diante do ceticismo inicial.coPa do nordESTEA Copa do Nordeste que se iniciou quarta-feira, 9, tem tudo para dar

errado. Clima de Copa do Mundo a absorver o interesse do torcedor, o anúncio de formações mistas e alguns horários inconvenientes - Como uma rodada de domingo, às 20h15. Tudo isso conspira con-tra a competição. Tanto esforço para a ressurreição da disputa, igual empenho para esvaziá-la.

Pausa da Copa

ceará encara nordestão com time misto de olho na liderançaCéu de brigadeiro em Porangabuçu rumo às capitais do Nordeste. Depois de faturar 17 dos 21 pontos disputados nas sete primeiras rodadas, o Ceará passa o período de pausa da Copa do Mundo na vice-liderança do Brasileirão colado no líder Corinthians, que o supera apenas no saldo de gols.

O balanço deste início de campe-onato surpreendente do alvine-gro é mais que positivo. Invicto, o time venceu a primeira fora de casa contra o Atlético Mineiro, tem a melhor defesa da compe-tição – sofreu apenas um gol –, tem média de um gol marcado por jogo e um aproveitamento de 80,95%. Seus jogadores es-tão sempre entre os melhores da rodada, destaque para Misa-el, segundo melhor atacante do

Brasileiro e o quarto melhor da competição.

O time titular do alvinegro ga-nhou folga até o dia 14, quando se reapresenta para a continuação dos trabalhos durante um mês, até a partida de retorno contra o Corinthians, dia 14 no Castelão, valendo a liderança. Mas, já esta semana o time estreia na Copa do Nordeste, diante do Náutico no estádio dos Aflitos, em Recife, no dia 10. Na competição, devem ser utilizados os jogadores que não vem atuando na Série A e mais outros das categorias de base.

Antes da folga, a torcida faz as contas pensando na eventual sa-ída de alguns dos seus jogadores por conta do número de jogos no campeonato. Talvez a maior pre-ocupação do torcedor, o volante

Para a copa do nordeste, uma atração especial. a direto-ria do ceará marcou a despedida oficial do “carrasco” Sérgio alves como jogador do alvinegro. o jogo será dia 19 de junho, contra o aBc-rn, no castelão, a partir das 20h15min, em jogo válido pela 4ª rodada do torneio.

Michel renovou antecipadamen-te o contrato com o clube. Diego, Fabrício, Anderson, Ernandes e Misael já não podem se transferir para nenhum outro clube da Série A, pois jogaram sete partidas pelo Vovô.

(Fabrício carpinejar, poeta e jornalista)

"a bola parada, é um boi pastando.

rolando, é um touro com fome"

despedida do carrasco.

Sutilezas do Pirajá, o melhor lateral-direito do futebol de Juazeiro

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Meu reino do futebol

Mais do que em outro período, em tem-pos de copa do Mundo o futebol toma uma dimensão atmosférica no Brasil. É absorvido pela respiração. Por isso, é comum se ouvir até como reclamação de quem não gosta do grande espetá-culo de massa, o lamento: “Nesse país só se respira futebol?” E não é para menos, pois somente depois da copa da Suécia em 1958, quando o Brasil encantou o mundo, é que conseguimos dar um chega pra lá no “complexo de Vira-latas”, segundo Nelson Rodrigues, aquela incapacidade doentia de reco-nhecer em si as próprias potencialida-des. coisa que o campeonato mundial passou a gerar, como nenhum outro fenômeno cultural no país. Expectativa e euforia sem similitude com qualquer

outro evento. E o melhor: em proporção mundial.

Já disse antes, me valendo da opi-nião de terceiros, que o futebol é o espelho onde o brasileiro se vê. Uma janela social ao lado da música e da religião com o seu sincretismo. Um complexo sistema de códigos, de co-municação de valores essenciais, a promover uma integração. Festa, jogo e inclusão numa loucura sadia de que é capaz o esporte-rei, quando o brasi-leiro celebra o evento, enfeitando ruas, avenidas, pintando o país de verde e amarelo. Paradoxalmente, as manifes-tações de patriotismo servem também de vingança do povo pelas chatices da vida nacional como a piora da saúde, da educação, do emprego, das relações

humanas, do caráter (afinal, tem gente que piora de 15 em 15 minutos), do meio ambiente e de todo o ambiente político. E como se não bastas-sem tais vicissitudes, há de se temer a ação dos farsantes do mundo futebolístico, traidores da alegria épica da nação. Enfim, marcar também uma oposição aos que transformaram tudo em produção e consumo somente.

Justificando o fracasso do Brasil no último Mundial, Ricardo teixeira, presi-dente da cBF, a propósito dos animados embalos nas concentrações da Seleção Brasileira, afirmou que “aquilo não po-

dia dar certo”, como se nada tivesse a ver com “aquilo”. carlos alberto Parreira, treinador que só administrou alegres “rachões” para os jogadores, confessou ter sido apenas um mero agenciador de talentos. assim, durmamos com essa e reconheçamos, portanto, porque todas as épocas são utilitárias e cínicas.

CrÔNICa expressacopa do mundo: para os brasileiros, celebração. E vingança (por Wilton Bezerra)

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João Saraiva

Bolso da gente

Vivemos em um ambiente de riscos. isso não é totalmente ruim, pois onde há riscos há maiores oportunidades de ganho. Se o risco no Brasil não

fosse ainda elevado, os bancos e o governo não teriam de pagar juros tão altos para atrair investidores e convencê-los a aplicar seu dinheiro. Mas, como o risco do calote e as incertezas econômicas pairam sobre os investimentos de todos, talvez tenha chegado o momento em que a opção da melhor aplicação e do retorno mais confiável constitua-se num desafio considerável. Esse é o momento de manter a cabeça fria. Saber perder é respirar fundo, absorver as lições que se pode tirar do momento de instabilidade mundial e local, se aconselhar com quem entende de mercado para fazer a melhor escolha. Prefiro não associar o sucesso de um plano à sorte nem a forças de outra dimensão, mas creditá-lo a fatores mais racionais e mais científicos, onde o feeling e a emoção nunca foram os melhores conselheiros. Utopia? Não, é uma questão de conhecimento e de planejamento.

[email protected]

cEarÁ na FrEnTEAo projetar o cenário da economia cearense para 2010, políticos e empresários mostram-se eufóricos diante de uma previsão de crescimento do PIB local entre 6% e 7%, graças a obras estruturantes e transferências de renda por parte do governo. Quem afirma é Roberto Macedo, presidente da FIEC. Produtos como castanha, peles e couro, lagosta, camarão, pescados, suco de frutas, cera, mel de abelha e flores foram os maiores responsáveis pela elevação dos índices de exportação em torno de 15,3%, em 2009. Já a agricultura irrigada projeta um faturamento de mais de R$ 1 bilhão e geração de 76.569 empregos diretos para 2010.

o ouTro lado do mundoFocar no mercado internacional e estruturar-se para ganhar competitividade deverá ser uma

O que deveria ser a realização do sonho da casa própria está se tornando um tormento para milhares de brasileiros A correção das prestações de financiamento da casa própria pode gerar uma dívida muito maior que o valor do imóvel.

Mutuários em apuros

Planos antigos da caixa viram pesadelo para quitação de imóveis

Esse é o problema que alguns mutuários com planos antigos da Caixa Econômica Federal enfrentam atualmente. Segun-do a Associação Brasileira dos Mutuários, todos os brasilei-ros que fizeram financiamento para comprar ou construir um imóvel entre 1988 e 1999 agora enfrentam o mesmo problema. Só no Ceará são oito mil que de-veriam concluir o financiamen-to do imóvel residencial, mas estão pagando dívidas de um saldo que foi se acumulando.

As regras só mudaram em 2001, quando o salário deixou de ser referência para o valor das prestações. Antes, a prestação era corrigida sempre que o mutuário recebia aumento de salário, mas o saldo devedor do financiamento

era reajustado pela caderneta de poupança, ou seja, todo mês.

Para o presidente da Associa-ção Nacional dos Mutuários e Moradores do Ceará, Severino Cavalcanti, o Código de Defesa do Consumidor e a lei do Sis-tema de Financeiro e da Ha-bitação garantem que o valor da prestação mensal não deve ultrapassar 30% da renda fami-liar e deve respeitar os reajustes anuais de renda dos mutuários.

“No Ceará, estamos com vá-rios casos de mutuários com problemas no saldo residual. Na maioria dos casos, os moradores pagam parcelas que fogem to-talmente da realidade financei-ra deles. Já tivemos alguns casos resolvidos e em vários outros já entramos na Justiça para resol-ver. Quem estiver passando por esta situação deve, imediata-mente, procurar um advogado na área imobiliária”, aconselha.

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“dizem que sou um cara de sorte... Só sei que,

quanto mais me esforço, mais sorte eu tenho”

Jack niklaus (um dos maiores atletas de golfe de todos

os tempos).

Fortaleza, 11 a 17 de junho de 2010

opção viável até para os pequenos e médios empresários cearenses. Num cenário de extrema incerteza e de oscilação dos indicadores econômicos externos e internos, o mercado internacional destaca-se como uma alternativa real para equilibrar as receitas desses empresários e ganhar competitividade de mercado. A estratégia é viajar e sair buscando novos compradores para seus produtos, mas com a certeza de que é uma conquista demorada, que envolve competência, profissionalismo e estrutura. Uma dica: os países africanos de língua portuguesa podem ser um bom começo.

Anote aí para não atrasar as contas!

copa vai alterar funcionamento de bancos copa do Mundo na África do Sul, que começa nesta sexta-feira, dia 11 de ju-nho, vai alterar o horário de funciona-mento dos bancos. Nos dias de jogos da seleção brasileira, as agências dos podem parar entre 12 horas e 15 horas. além disso, o tempo mínimo de aten-dimento ao público nas agências será reduzido de cinco para quatro horas. O novo horário deverá ser divulgado com, pelo menos, dois dias de antecedência. a Federação Brasileira de Bancos (Fe-braban) divulgou o seguinte expedien-te bancário para os dias de jogos do time canarinho nos dias úteis:S

eu B

olso *Brasil x coréia do norte - 15 de junho,

terça-feira, às 15h30 (horário de Brasília)

Expediente Bancáriointerior: das 8 horas às 14 horas (horário de Brasília)capitais e regiões metropolitanas: das08 horas às 14 horas (horário de Brasília).

*Brasil x Portugal - 25 de junho, sexta-feira, às 11 horas (horário de Brasília)Expediente Bancáriointerior: das 8 horas às 10h30 e das 13h30 às 15h30 (horário de Brasília)capitais e regiões metropoli-tanas: das 8 horas às 10h30 e das 14 horas às 16 horas (horário de Brasília).

caso a partida seja realizada às 15h30 (horário de Brasília):Expediente Bancáriointerior: das 8 horas às 14 horas (horário de Brasília) capitais e regiões metropolitanas: das 8 horas às 14 horas (horário de Brasília).

*Em caso de classificação para as fases seguintes da copa do mundo:caso a partida seja realizada às 11 horas (horário de Brasília):Expediente Bancáriointerior: das 8h às 10h30 e das 13h30 às 15h30 (horário de Brasília) - capitais e regiões metropolitanas: das 8 horas às 10h30 e das 14 horas às 16 horas (horário de Brasília).

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valor de mercado do imóvel prevalece, e não a dívida

Saída é apelar à Justiça ou se submeter à Emgea

o saldo devedor existirá no final do pagamento das parcelas. os mutu-ários não têm como escapar. é isso o que assegura a Empresa Gestora de ativos (Emgea), responsável pela administração dos contratos de finan-ciamento de imóveis da caixa. ou seja, mesmo que se pague todos os meses regularmente, ao final o morador terá o valor de outras três casas para pagar com o risco de ser despejado.

a solução, segundo a Emgea, é ne-gociar os valores. mas, a proposta de desconto apresentada pela em-presa se baseia no preço atual de mercado imobiliário. as parcelas pagas são atualizadas e a empresa quer receber o que falta para che-gar ao valor do bem. a base para o cálculo passa a ser o valor de mer-cado do imóvel, e não o valor da dívida.

Caso o mutuário não se contente com a proposta da Emgea, o que geralmente acontece, o jeito é procurar a Justiça, como fez a supervisora de trade marketing, Ivanúcia Pinheiro. Ela atrasou o finan-ciamento da moradia, no Passaré, e acabou tendo a casa leiloada. Antes de acontecer o leilão, ela tentou negociar, mas a Caixa Econômica não quis conver-sa e impôs um refinancimento inaceitável, em que ela teria de refinanciar todo o valor do imóvel nova-mente, dando uma entrada que não cabe no salário dela. O valor financiado na época foi de R$ 27 mil em 20 anos. Ivanúcia entrou na Justiça para evitar

a perda do imóvel. O problema é que já chegou uma ordem de despejo, porque outro mutuário já está pagando a moradia desde março.

A Caixa Econômica Federal não quis se pronun-ciar sobre o assunto. Apenas informou que está re-avaliando todos esses contratos e que eles ficaram a cargo da Emgea. Essa empresa, vinculada ao Mi-nistério da Fazenda, vem negociando os valores dos contratos. Em nota, a Emgea afirmou que no Esta-do do Ceará, cerca de 3.600 aderiram aos acordos e ainda existem cerca de 8.000 contratos em con-dições de aderir ao programa de refinanciamento.

dívida sai da realidade financeira e mutuário perde imóvel em leilão O consultor de vendas Expedi-to Ramos (foto) estava com as prestações atrasadas e tentou renegociar a dívida. A Caixa Econômica disse que isso não poderia ser feito. Ele teria de re-financiar todo o valor, inclusive o já pago. Quanto mais se paga, mais se deve. As taxas que estão me cobrando são muito altas.

Eles querem um valor que não tenho como arcar. Um advoga-do já está vendo esse caso, e es-pero ter essa situação resolvida logo, já que paguei muito mais do que devia.”

A casa dele foi posta em leilão sem, pelo menos, haver comu-nicação oficial. A própria Caixa arrematou o imóvel. “A Caixa

quer refinanciar todo o valor. Isso não existe”, protesta Ra-mos. Ele havia financiado R$ 18 mil e, agora, o banco quer empurrar R$ 40 mil, numa nova avaliação do valor da casa. Expedito ainda chama a aten-ção de outros mutuários: “Você não compra uma casa. Faz um financiamento.”

camila lima

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Ao primeiro olhar de quem passa, o local parece o mais inapropriado possível para um restaurante/bar: na avenida da Universidade, 2475, a poucos metros da Faculdade de Economia, Administração, Atuária, Contabilidade e Secretariado da Universidade Federal do Ceará (Feaac/UFC). Em meio a intenso trânsito de carros, ônibus, estudantes e trabalhadores, lá está ele. É o Dona Chica.

Aberto há menos de 20 dias, o novo restaurante desperta, primeiro, curiosidade, e em seguida satisfação em quem se dispõe a experimentá-lo. Instalado em um antigo ca-sarão da avenida, com cerca de 100 anos de existência, o Dona Chica preservou a es-trutura original da constru-ção, à qual foram agregadas decoração e iluminação que deixam o ambiente aconche-gante, principalmente à noite.

Comandado pelos irmãos Jefferson e Franzé Souza da

Ambiente aconchegante

Dada a escassez de boas opções de res-taurante no Benfica, todos os dias surgem clientes encantados com a nova casa. “O

movimento no almo-ço cresce a cada

dia. Alguns falam: ‘eu nem sabia que esse restau-rante

existia’”, afirma Jeffer-c

om

ida

Nova casa abriu há poucos dias

dona chica: surpresa de qualidade no burburinho do Benfica

20 Fortaleza, 11 a 17 de junho de 2010expressoJor

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Silva, o Dona Chica nasceu do gosto dos proprietários por bares. “Frequentamos diver-sos bares no Benfica, e decidi-mos abrir uma casa também para ajudar a melhorar a qua-lidade dos estabelecimentos da área e dar vida a este corre-dor”, afirma Jefferson.

O nome é uma homena-gem à mãe, Francisca Souza

da Silva. Hoje com 74 anos, ela ainda ajuda na cozinha pela manhã, quando o lo-cal abre para almoço até as 14h30, e só vai embora por insistência dos filhos, que a levam de volta à residência na Parquelândia. “Mas, se al-guém passar por lá no final da tarde ou à noite, ela quer voltar”, contam.

Boa receptividade e entusiasmodos clientes dão o tom do pedaco

MOVIMENTO intenso já nos primeiros dias

av. da Universidade, 2475, Benfica (do lado direito, poucosmetros antes da Feaac) | Fone: (85) 3454-1182 | aberto para almoço (11h às 14h30) e à noite (17h a 0h) | aceita visa, mastercard, diners

Dona Chica

Às 17 horas, o dona chica reabre na forma de bar para quem deseja tomar uma sopa, comer um san-duíche ou mesmo curtir petiscos, massas e panquecas com uma cer-vejinha gelada. Pizzas serão incor-poradas em breve ao cardápio, que no almoço tem agradado bastante ao público formado por estudantes, professores e servidores da universi-dade, por mesclar opções regionais e também uma comida leve, com itens como salada e arroz integral, por exemplo. Feijoada nas sextas, e carneirada nos sábados, são os des-taques do fim de semana.

de noite, os petiscos carros-che-fes do dona chica são a moqueca de arraia (Foto abaixo), a carne de

sol com macaxeira (ambos a R$ 12) e o filé com fritas (R$ 21). Mas as campeãs de pedidos até ago-ra tem sido as bruschetas (R$ 8) (Foto acima). O pendor de Jeffer-son Souza para a cozinha ajudou a montar o cardápio, onde também figuram o pastel e a muqueca de arraia. “Boa parte é da minha mãe, mas também agregamos suges-tões de amigos”, acrescenta ele, ao anunciar para logo novas adapta-ções e uma carta de vinhos.

cardápio eclético para todos os gostos

son. Quem experimenta pela primeira vez não demora a voltar. Caso da estu-dante de Arquitetura Natasha Catunda (foto). “Estive aqui no sábado em um aniversário e hoje, segunda feira, já trouxe uns amigos. Amanhã eu volto, se conseguir convidar alguém”, empolga-se ela, ao elogiar o ambiente tranquilo e a boa qualidade. Um dos amigos dela vai mais além. “Quando você sai da avenida e entra aqui, é como se estivesse num mundo paralelo, dada a diferença dos ambientes”, coloca.

marcEl BEzErra

marcEl BEzErra

Filé com fritas e carne de

sol com macaxeira

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*chef pela Escola de Gastronomia da universidade de caxias (ucS )/ italian culinary institute for Foreigners - (iciF), Flores da cunha, rio Grande do Sul e especialista em Gerenciamento na área de alimentos e Bebidas

Vamos fazer esta semana uma receita típica da culinária chinesa: o FRANGO XADREZ. Além de ser delicioso, ganha um sabor único por conta das espe-ciarias, amendoim e, principalmente, pelo gengibre. Experimente, você vai fazer o maior sucesso.

Frango xadrez

ingredientes:*2 unidades de filé de peitode frango cortado em cubinhos

*1 unidade de cebola cortadaem cubos

*1 unidade de pimentão verde*1 unidade de pimentão

vermelho*1 dente de alho*2 colheres de sopa

de shoyu (sakura)*4 colheres de sopa de óleo

*2 colheres de sopa de amidode milho (maisena)*½ colher chá de gengibre ralado*2 colheres sopa de cebolinhacortada em rodelas finas*½ xícara chá de amendoimtorrado*Sal e pimenta a gosto

1. misture o shoyu, pimenta, 1 colher de óleo e 1 colher de ami-do. com essa mistura, tempere o frango e deixe tomar gosto por 30 minutos.2. Em uma panela, coloque 2 co-

lheres de óleo, doure a cebola e os pimen-tões. reserve e conserve quente.3. na mesma panela, jogue o restante do óleo e frite o alho e o gengibre. acrescen-te o frango com o tempero. Frite mexendo algumas vezes.4. depois do frango frito, acrescente a cebola, os pimentões e o resto do amido dissolvido em ½ xícara de água. 5. mexa bem até engrossar.6. verifique o sal e junte a cebolinha e o amendoim. Sirva quente.

modo dE PrEParo:receita*Por Ana Elisa Marques

ExPrESSo

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dona chica: surpresa de qualidade no burburinho do Benfica

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Ex-Adriano Sandra Bullock

Joana machado começa a retirar tatuagem

vencedora do oscar aparece pela 1a vez depois do divórcio

A personal trainer Joana Machado (foto) começou no final do mês passado o processo de retirada de uma tatuagem com o nome do jogador Adriano. A marca, que fica na altura da costela, no lado direito, foi feita a pedido do ex-namorado, conhecido no mundo do futebol como “Imperador”. Segundo informações do portal UOL, a retirada está sendo a laser de rubi e realizada na Clínica Dermatológica Paula Belloti, no Leblon, na zona sul da capital do Rio de Janeiro. O processo deve demorar no mínimo dez meses até que toda a escrita seja apagada. Joana é atendida pelo médico Cyro Hirano.

A atriz Sandra Bullock (foto), vencedora do Oscar deste ano, pelo filme “Um sonho possível”, fez sua primeira aparição pública após a sua separação de Jesse James. Ela apareceu no último sábado, 5, para receber o prêmio de artista do ano da premiação Spike TV Guys Choice Awards, em Los Angeles. “Será que eu mereço ganhar este prêmio por ser a melhor do ano ou eu mereço ganhar pela explosão que se tornou a minha vida pessoal?”, brincou ela, no momento em que recebia o troféu das mãos de Robert Downey Jr. Durante a entrega, Bullock foi aplaudida de pé. A premiação de um portal de vídeos tem votação popular, porém, foram os militares quem a escolheram para receber o prêmio.

Fortaleza, 11 a 17 de junho de 2010

A afiliada deverá ter um telejornal diário, um programa matinal em estilo revista eletrônica e um semanal de variedades

Jornalismo e entretenimento

rede Tv! lança programaçãolocal até o final do ano

O conteúdo jornalístico comu-mente produzido pela equipe de produção são reportagens sobre assuntos referentes ao que acontece na cidade e que sejam de interesse nacional. A temática ambiental, por exem-plo, é uma das mais explora-das. As matérias são editadas e enviadas diretamente para a produção geral da rede, que fica em São Paulo.

Segundo o coordenador de jornalismo da Rede TV! no Ceará, Emerson Tchalian, a

filial terá um telejornal local apresentado todas as noites, um programa matinal no esti-lo “revista eletrônica” e um se-manal de variedades. “Acredi-tamos que chegou o momento. Depois de 10 anos retransmi-tindo a programação nacional, teremos agora o nosso próprio conteúdo jornalístico e de en-tretenimento” disse ele.

Recife, Belo Horizonte e Rio de Janeiro são exemplos de cidades que já possuem sua própria produção. A pre-visão é que o início das trans-missões seja com o sinal digi-tal. Concretizado este projeto inicial, a intenção é de tornar posteriormente a afiliada do Ceará na sede da rede no Nor-deste.

objetivoé transformar

a afiliada na sede

da rede tV!

no Nordeste

FoToS: camila lima E marcoS moura

ACIMA, a sede da Rete tV! em Fortaleza. ao lado o coordenador tchalian e abaixo a redação da emissora, que já foi afiliada da antiga Rede Manchete no ceará

Page 23: Jornal EXPRESSO n° 16

cedo. Após incentivos de familiares e amigos, aos 12 anos decidiu fazer um teste e passou, para cantar na banda Rabo de Saia, onde perma-neceu por mais de três anos. Era só o começo. Na sequência, passou por outras como Forró Suado, Gaviões do Forró, Forró Maior, Forró Real e Solteirões do Forró, que a lançou para o mercado nacional. Hoje, tem sua própria banda que já existe há um ano e cinco meses, a Taty Girl e Forró Adoro.

Ela conta que faltava tempo para a família e a rotina diária era muito cansativa devido às constantes via-

gens para os shows, o que motivou desligar-se da banda que lhe proje-tou para o país. No mesmo mês da saída, promoveu a sua estreia. Só neste pouco tempo de existência, já foram gravados 19 CDs promo-cionais e dois DVDs. O lançamento de seu primeiro disco está previsto para janeiro do próximo ano.

A cantora declarou que não pre-tende se aposentar cantando forró e que daqui a cinco anos pensa em tornar-se cantora do meio gospel. “Infelizmente, hoje o forró está ape-lando muito. Eu procuro não exa-gerar nesse quesito, principalmente

porque respeito mui-to meu público infantil” disse. Atualmen-te, suas c a n ç õ e s seguem a linha ro-mântica e infantil. Além de fazer a alegria de fãs e apreciadores do forró há anos, Taty Girl compõe mú-sicas e segue a carreira de modelo, pela Elite Models.

A ex-vocalista da banda Solteirões do Forró priorizou a família e decidiu desligar-se da banda que lhe promoveu nacionalmente, iniciando em seguida sua carreira solo.

A menina que sonhava em ser mé-dica e que cantava nas missas da Igreja da Glória iniciou sua car-reira como cantora de forró muito

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ersã

o Teatro infantil

Será que ainda cabe mais um?Rei Reinaldo, Senhora Hein, Senhor Gravatinha e Max moram numa mesma ilha. O problema é a dita ilha, em que mal caberiam três pessoas, quanto mais quatro. O que poderiam fazer os habi-tantes se mais uma pessoa fosse morar no minúsculo pedaço de terra? É exatamente esse proble-ma que eles vão enfrentar com a chegada de um bebê. O espetácu-lo é parte do projeto TJA Criança, que todo domingo leva ao palco do Teatro Morro do Ouro uma peça destinada ao público infan-

Cinema

No filme Plano B, Zoe (Jennifer Lopez) decidiu que esperar pelo homem certo estava demorando demais. Determinada a se tornar mãe, ela decide fazer uma inseminação artificial e vai sozinha à con-sulta. No dia marcado, ela conhece Zoe Stan (Alex O’Loughlin), homem que pode ser ideal. A tentativa de manter uma relação de amizade e, ao mesmo tempo, esconder os sinais da gravidez, torna-se uma comédia de erros para Zoe, que envia “sinais confu-sos” para Stan. Quando ela revela, nervosamente, a razão do seu comportamento imprevisível, Stan diz que está disposto a aceitar a situação. O verdadeiro teste de gravidez chega no momento em que ambos se dão conta de que se conhecem pouco.

aGEnda culTural

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Show da banda que toca músicas católicas no es-tilo heavy metal e hard rock. a performance será baseada no novo álbum “Horizonte dis-tante”. o show vai ser no Ginásio Paulo Sarasate (rua ildefonso albano,

2050, aldeota), no pró-ximo domingo, dia 13 de junho. completam a fes-ta as bandas dom maior, arcanjos, Tautobios e raiz de davi. ingressos: r$ 15. mais informações: (85) 8751.7176.

Festejos juninos

Nesta sexta e sábado, dias 11 e 12 de junho, a Praça do Ferreira ganha uma decoração temática e vira palco dos festejos juninos realizados pela Prefeitura. a partir das 16 horas, começa a programação com shows mu-sicais e apresentações de quadrilhas juninas, além de barracas de comidas típicas e de brincadeiras.

Taty Girl estrela banda própria e prioriza a família

do Senhor

Forró adoro

rosa de Saron traz rock n’roll católico vi arraiá da cidade anima quadrilheiros

til. João Botão se apresenta nos dias 13 e 27 de junho, às 17 horas. Ingressos: R$ 10 (intei-ra) e R$ 5 (meia).

comédia romântica com Jennifer lopez embala dia dos namorados

divulGação

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24 Fortaleza, 11 a 17 de junho de 2010expressoJor

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Pol

ícia

Insegurança

Assaltos

onda de assaltos assusta bairro José Walter

condomínios de luxo no Eusébio viram alvo das quadrilhas de assaltantes

pm tem um ronda e duas motos na área

É comum os bandidos assaltarem idosos, pessoas adultas, jovens, estudan-tes, além de bares ou quem estiver em paradas de ônibus, especialmente a da linha Ar-voredo/Parangaba. Segundo informações de moradores, normalmente eles costu-mam andar de bicicleta e em número de dois ou três.

“Bandidos fazem família e porteiro de refém e assaltam moradores de condomínio. Todos os quatro assaltantes foram identificados e a polí-cia reforçou o policiamento ostensivo na área.” Esse tipo de notícia vem se repetin-do com grande frequência nas editorias policiais. Um condomínio residencial localizado no município de Eusébio foi assaltado

na noite de sexta-feira, dia 28 de maio. Os moradores foram rendidos por quatro homens que estavam arma-dos e encapuzados. A ação teve início aproximadamente às 23 horas e terminou por volta das quatro da manhã de sábado. Eles arrombaram 20 casas e levaram computa-dores, aparelhos de TV, jóias e valores em dinheiro. Dois dias depois, os moradores

de um outro condomínio de luxo situado na Rua Carmem Abreu, também no Eusébio, tiveram outra surpresa. O local foi invadi-do e postes de iluminação depredados pelos marginais. Poucos moradores voltaram para suas residências após as horas de terror vividas no fim de semana. Um casal e seus dois filhos, de seis meses e dois anos, ficaram

dados do Serviço de inteligência da Polícia militar do ceará (SiP) - 2009• 40.937 casos de roubos na Região Metropoli-tana de Fortaleza (RMF).

2010 - até fevereiro• 6.704 casos de roubo. Em relação aos casos de homicídios, no ano passado, foram contabi-lizados 2.126 e 510 até o mês de fevereiro.

Moradores do Residencial Marcos Freire, localizado no bairro Conjunto José Walter, têm sofrido constantemente com os assaltos nas últimas semanas.

Agem armados de revólver ou mesmo desarmados.

Em toda a área é comum tomarem celulares, relógios, carteiras e bolsas. Na sexta--feira, 21 de maio, o bar Es-petinho Las Vegas foi assalta-do por volta da meia-noite e meia. No local, encontravam--se grupo de pessoas em fa-mília. De imediato, a polícia foi chamada, mas só chegou 20 minutos após a ocorrência e não foi possível capturar os delinquentes. Conta a pro-prietária do estabelecimento, Maria das Dores, que não quis nem calcular o prejuízo.

O período que costumei-ramente eles abordam quem transita pelas ruas do Resi-

O responsável pelo policia-mento no bairro, major José Oriano Gomes, da 1ª com-panhia do 6º Batalhão da Polícia Militar, afirmou que atualmente existe um carro do Ronda do Quarteirão, um ligado à própria companhia e duas motos fazendo a circulação constante na área com oito policiais em ação. Ele orienta as pessoas a irem à delegacia e registrar as ocorrências para que a polícia possa coibir de forma mais objetiva tal violência. além disso, o major sugere que os moradores liguem de imedia-to para o telefone do Ronda do Quarteirão, que segundo ele, circula 24 horas junta-mente com a viatura da PM.

dencial é no início da tarde, por volta das 14 horas, e após as 22 horas, momento em que as ruas estão desertas. “Aqui, ainda não foi assalta-do, mas a qualquer momento isso pode acontecer”, disse a

proprietária do Lima’s Bar, Maria de Jesus Silva Barros (foto abaixo). Ela contou ainda que na segunda-feira, dia 24 de maio, mais uma mulher tinha sido vítima, por volta das 14 horas.

POLICIAMENTO não tem evitado onda de assaltos

sob a mira das armas dos assaltantes na madrugada do último sábado. Pelo

menos três condomínios já foram vítimas de assaltos nos últimos 30 dias.

camila lima

camila lima

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25Fortaleza, 11 a 17 de junho de 2010 expressoJor

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FoToS: marcoS moura

Modelos?

Oito delegacias civis foram construídas ou reformadas em todo o Estado até o momento. Porém, fugas de presos já foram registradas em algumas delas.

Policiais e delegados civis denunciamreforma “aparente” nas delegacias

Para o presidente do Sindica-to dos Policiais Civis do Ceará (Sinpoce), Weudo Jorge Quei-roz, a reforma nas delegacias é “aparente”. Apesar de ter sido investido um valor alto, ele acredita que não foi o suficien-te para garantir a segurança e o bem estar de policiais e do público. Ele considera que todo o investimento foi “desperdiça-do”, sobretudo porque não há fiscalização por parte do gover-no no sentido de aperfeiçoar o serviço oferecido, o que facilita o desencadeamento de uma sé-rie de problemas.

O presidente do Sindicato dos Delegados Civis do Estado do Ceará (Sindepol), Milton Castelo, diz que o principal pro-blema nas delegacias civis é o efetivo, defasado e em número pequeno para atender a de-manda de cada delegacia.

Tudo contribui para que a ação dos presos seja facilitada e fugas aconteçam. Ele acre-dita que a realização de um concurso para a contratação de policiais civis viabilizaria o trabalho prestado pelas delega-cias. “Como o investimento que o governo está a fazer na área é considerado alto, pode ser que as condições melhorem”, afir-mou Castelo.

Um exemplo do quadro das “reformadas”; no dia 23 de março deste ano, sete presos fu-giram do 13º DP, localizado na Cidade dos Funcionários, após serrarem as grades da janela da cadeia. Outra delegacia que passou pela mesma situação foi o 34º DP, no Centro, onde oito presos fugiram depois de serrar duas grades das celas, quebra-rem um cadeado e pularem um

muro com altura aproximada de dois metros.

A assessoria de imprensa da Secretaria de Segurança Pú-blica e Defesa Social (Sspds) informou que as delegacias--modelo foram construídas tendo como um dos objetivos evitarem as fugas. Porém, se houve incidente dessa nature-za, isso deveria ser investigado, especialmente sob o ponto de vista do aspecto humano, no sentido de saber como e porque

a ação foi facilitada, o que seria de competência da Polícia Civil.

No caso das duas citadas, o delegado Francisco Bernardo, diretor do Departamento de Polícia Metropolitana, infor-mou que foram instalados dois processos para investigar a cau-sa das fugas, um administra-tivo e outro policial. Somente depois de concluída a apuração é que a polícia poderia a ter al-guma posição quanto a esses casos.

delegacias civis concluídas: 5delegacias em construção: 3Projetos de construção entregues: 14delegacias com contrato de serviço assinado: 15Em fase de licitação: 6delegacias com projetos de reforma em andamento: 7

total de delegacias: 50

delegacias civis construídas em Fortaleza: 8delegacias civis em construção: 7aguardando projeto: 2Fase de licitação concluída: 1Previstas para reformas: 3

oBras em DeleGaCIascapital

interior

número de policiais paradivisão de Homicídiosestá indefinidoainda na esteira das novas unida-des de polícia, a Superintendên-cia da Polícia civil do ceará ainda não tem o quantitativo exato de quantos profissionais atuarão na nova divisão de Homicídios, que funcionará na avenida aguanam-bi, no bairro de Fátima. O motivo da ausência da informação até o momento se dá porque a obra não foi concluída. Segundo a assessoria de imprensa, a pre-visão é que seja lotado o maior número de policiais civis possível para atender a atual demanda. Prestarão serviços no local os pro-fissionais ligados à Sspds, delega-dos, escrivães e inspetores, além de uma equipe de peritos. Se-

gundo a assessoria de imprensa, existe a previsão de um concurso, porém sem data definida, para um total de 800 vagas na Polícia civil. Em relação aos delegados, foram disponibilizados nove do último concurso para atuarem no novo prédio.

as obras da nova academia de Polícia civil ainda encontram-se em fase de conclusão. Ela será unificada e se chamará academia de Polícia do Estado do ceará. O local abrigará em único espaço, o treinamento especializado de po-liciais civis, militares, bombeiros e peritos.

Fonte: Sspds

DELEGACIAS: Só “boniteza” não resolve

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26 Fortaleza, 11 a 17 de junho de 2010

Gar

ota

Expr

esso

uma engenheira ambiental de “responsa”

Patrícia Sena

Ficha técnicamodelo: Patrícia Sena Texto: Guillermo antonioli Fotos: camila Lima

a preocupação com o meio ambiente, muito em voga nos dias de hoje, não é uma bandeira empunhada pelo calor do momento pela futura engenheira ambiental Patrícia Sena, de 18 anos, nossa 16ª Garota EXPRESSO. É um lema de vida. Não só pelo combate à degradação ambiental, mas também pelo amor que tem aos bichos, principalmente, suas duas cachorrinhas: Nina e Nick, da raça alemã pincher. “tenho o maior ódio se alguém judiar dos bichinhos. Viro uma fera se vir um negócio desses”, alerta para quem se meter a besta. Patrícia ilustra nossa página num momento de alegria incontida e esperança pela chegada do hexacampeonato da nossa seleção. Por isso, brindamos o nosso fiel leitor com foto de um ensaio especial da copa da África. Nosso doce de Patrícia, além de fanática por futebol e torcedora do Leão, é modelo de longa data. começou cedo, com apenas sete anos de idade já desfilava sua graça nas passarelas de Fortaleza. Foi jogadora de handebol e lutadora de jiu-jitsu. daí a consistência e firmeza de um corpo escultural, com direito a barriga “tanquinho”. adora comer de tudo e se considera brincalhona. Um aviso aos gaiatos: seu pai, é subtenente do Ronda do Quarteirão. E aí? Vai arriscar? Se for, saiba chegar.

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O caso mais grave ocorreu na Padre Miguelino, esquina com Major Facundo, onde os dejetos chegaram a bloquear o trânsito, até uma moradora desobstruir uma faixa da rua com uma vassoura.

Moradores das proximida-

des relataram ao EXPRESSO que um vizinho próximo, in-dignado com a situação, es-palhou o lixo depositado em uma parte da rua, bloqueando o tráfego, ainda na noite ante-rior. Uma senhora que mora nas imediações e preferiu não

se identificar disse que, por conta do lixo, ratos e baratas invadem as casas da vizinhan-ça todos os dias.

Já na Padre Roma, o proble-ma se agrava na esquina com a Barão do Rio Branco. O lixo tomou de conta da calçada do

muro da subestação da Coelce, forçando pedestres a disputar espaço com os carros durante a manhã. Procurada pela re-portagem, a Secretaria Execu-tiva Regional IV da Prefeitura de Fortaleza não retornou as ligações.

Duas rampas de lixo nas ruas paralelas Padre Roma e Padre Miguelino, entre as ruas Barão do Rio Branco e Major Facundo, revoltam os moradores do bairro de Fátima. Na terça-feira, 8, o problema parece ter saído do controle. Pneus, entulho, galhos, podas de árvores e lixo doméstico espalhados nas calçadas e nas vias comprometeram a travessia de carros e expuseram pedestres ao risco, em particular crianças que se dirigiam a uma escola próxima.

lixo nas ruas impede até passagem de carros no bairro de Fátima

Na casa do “sem jeito”

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lixo nas ruas impede até passagem de carros no bairro de Fátima

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Então, escreva para o Jornal EXPRESSO: [email protected] ligue: 85. 3257.4196 / 3257.3010.

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o homem da foto é José ramos lopes neto, 47 anos, assassino confesso de maristela Just. no começo de junho, ele, foi condenado a 79 anos de prisão pela morte da mulher e pela tentativa de homicídio contra o cunhado ulisses Just e os filhos nathalia Just e zaldo Just neto. a Justiça de Pernambuco condenou o réu por homicídio duplamente qualificado por motivo torpe. o caso ocorreu há 21 anos, e o comerciante está foragido. Se você viu este homem, dEnunciE.

ligue para o disque denúncia (81) 3421.9595.