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INTENÇÃO MENSAL DA MI KOLBE: UM CORAÇÃO Q!JE AMAVA MARIA uem de nós já não se deparou com alguma afirmação do tipo: "Eu não me volto a Maria; não preciso dela pa- ra relacionar-me comDeus ...". Por vezes tal afirmação está até mesmo na boca de cristãos calicos. Atitudes queem si mesmas não o negativas, masainda carecemde uma globalidade esíntese doamor de Deus e amor aos irmãos(cf. 1Jo4,7 -12), em um organismo de comunhãopermanente. Maria é uma estratégia educante da parte de Deusque nos deseja fiéis àsua imagem e semelhança, e a escolheu para realizar conosco comunhão deamor. Paraalguns, amar Maria de Nazaré resulta como desnecessário, pois a centralidade da revelação bíblicaaponta paraoFilhnico de Deus, Jesus Cristo, enviado do Pai (cf.Jo3,16), que espera a adesão completa do homem e da mulher de cada tempo à aliança divina levada acumprimentro em sua carne (cf. Jo 6,54). Maria pode ser vista como um dado não neces- rio, pois entre Deuseo homem existe uma relação de graça e liberdade, um eu com umTu qutrinitário, que por sua vez não carece de mediações, apesar dele querer a sua parcela na economia da salvação. Mas Maria faz parte daquele nós (comuni- dadecristã), com umafunção materna evidente, desejada pelo mesmoCristo Jesus, quando sem reservas oferece a vida ao mundo (cf.Jo 19,25- 27). Nesta passagem começamos aentender e amar o tipo de mediação que Maria realiza em nossa vida. Razão para istoéoencontro een- trelaçamento entre a ação educativa de Mariae o nosso transformar-se em discípulos deCristo, a fimde dar continuidade à suamissão. Apesarde nos relacionarmos comDeuse com asua palavra, nem sempre nos abrimos; nem sempre queremos abandonar o egoísmo e os demaisentraves para amadurecermos nas relações e sermos adultos n,,'" ro. 051

Kolbe, um Coração que Amava Maria

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Intenção Mensal

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Page 1: Kolbe, um Coração que Amava Maria

INTENÇÃO MENSAL DA MI

KOLBE: UM CORAÇÃOQ!JE AMAVA MARIA

uem de nós já não se deparou comalguma afirmação do tipo: "Eu nãome volto a Maria; não preciso dela pa-

ra relacionar-me com Deus ...".

Por vezes tal afirmação está até mesmo na bocade cristãos católicos. Atitudes que em si mesmasnão são negativas, mas ainda carecem de umaglobalidade e síntese do amor de Deus e amoraos irmãos (cf. 1Jo 4,7 -12), em um organismo decomunhão permanente. Maria é uma estratégiaeducante da parte de Deus que nos deseja fiéisà sua imagem e semelhança, e a escolheu pararealizar conosco comunhão de amor.

Para alguns, amar Maria de Nazaré resultacomo desnecessário, pois a centralidade darevelação bíblica aponta para o Filho único deDeus, Jesus Cristo, enviado do Pai (cf. Jo 3,16),que espera a adesão completa do homem e damulher de cada tempo à aliança divina levadaa cumprimentro em sua carne (cf. Jo 6,54).Maria pode ser vista como um dado não neces-sário, pois entre Deus e o homem existe umarelação de graça e liberdade, um eu com um Tuque é trinitário, que por sua vez não carece demediações, apesar dele querer a sua parcela naeconomia da salvação.

Mas Maria faz parte daquele nós (comuni-dade cristã), com uma função materna evidente,desejada pelo mesmo Cristo Jesus, quando semreservas oferece a vida ao mundo (cf. Jo 19,25-27). Nesta passagem começamos a entender eamar o tipo de mediação que Maria realiza emnossa vida. Razão para isto é o encontro e en-trelaçamento entre a ação educativa de Maria eo nosso transformar-se em discípulos de Cristo,a fim de dar continuidade à sua missão.

Apesar de nos relacionarmos com Deus ecom a sua palavra, nem sempre nos abrimos;nem sempre queremos abandonar o egoísmoe os demais entraves para amadurecermos nasrelações e sermos adultos n,,'" ro.

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Maria entrou no mais honesto realismo, poisreconheceu o limite da própria liberdade e olimite para a constância e fidelidade a Cristo, epara a docilidade ao Espírito Santo.

Existe uma forte relação entre a presença deMaria e seu papel matemo-pedagógico junto aoamor que constitui a nossa natureza humana.

Sentir e viver oamor a Maria

Uma síntese maravilhosa é entender o amora Maria como uma parcela importante da reali-zação daquele amor de modelo trinitário que nosconstitui e está na base de nossa praxis humanacomo cristãos.a itinerário de Kolbe é iluminador: fez ex-

periência do divino com a maternidade, como feminino e com a ternura. Experiência fran-ciscana que passa do humano ao espiritual, dasimplicidade do coração ao mistério. Interiorizaro significado da maternidade de Maria o levoua percorrer o processo de maturidade huma-na, superando o tendencial egoísmo presenteno seu coração, os exagerados escrúpulos e aforça estagnante do orgulho ... e tal superaçãolhe permitiu crescer gradualmente no amor-doação. A ternura lhe forneceu uma atenção esensibilidade a quem se lhe apresentava carentede esclarecimento, cultura, formação, afeto. arelacionamento com este feminino suscitou res-ponsabilidade pelo equilíbrio das suas energiasnaturais de agressividade, carregando-as com osmais variados significados de sã relação: acolhi-da, tolerância, respeito, integração do diferente.Amar Maria lhe transforn10u os sentimentos elhe venceu o amor próprio!

Amou Maria na totalidade de sua vida e comos fatos. Amor transfonnado em criatividade etrabalho, em oferta integral de sua dimensãoafetiva-corpórea, de seu tempo e qualificações,dimensionados na causa de promoção humana eevangel ização, gratidão e partilha dos beneficiosrecebidos por parte dela; e quando nada mais po-deria oferecer, seu amor-entrega por um seme-lhante rendeu-se sinal inconfundível dela, poisse transformou em uma maternidade geradorade vida e reconciliação. Procurar saber que tipode amor buscamos, qual tipo de amor dedicamosde fato a M31ia, e se o nosso amor é integrado

... fez ex-periênciado divinocom amaterni-dade,com ofemininoe com aternura

Perguntas

1 ReceberMaria por

mãe nos ajudaa crescer nafé? Por quê?

2 Comoaexperiên-

cia de SãoMaximilianocom NossaSenhora nosmsplra asentirmo-nosmais próxi-mos de Deus?

ÁREA DEFORMAÇÃO

CONSAGRAÇÃO ANOSSA SENHORAVirgem Imaculada. Minha mãe Maria.

Eu renovo, hoje e sempre, a consagraçãode todo o meu ser, para que disponhaisde mim para o bem de todos. Somente'peço que eu possa, minha rainha e mãe

da Igreja, cooperar fielmente com a vossamissão de construir o reino do vosso FilhoJesus, no mundo. Para isso, vos ofereço

minhas orações, sacrifícios e ações.

"Para que o amor de São Maximiliano Kolbepor ti se acenda também em nossos corações"

Ó Maria concebida sem pecado, rogai pornós que recorremos a vós e por todos

quantos não recorrem a vós, especialmentepelos inimigos da santa Igreja e por todos

quantos são a vós recomendados.

e global, é muito oportuno. Em Maria se vive apalavra quando o afeto a Ela gera em nós atençãoàs intenções de Deus; a experiência da compa-nhia de Maria é instrumento para assimilar amisericórdia divina, pois a sua ternura nos servecomo uma imagem-memória de Deus.a amor que se deve acender em nosso

coração, que Maximiliano Kolbe nos ensina,é constância, sofrimento, generosidade, afeto,vontade, inteligência e criatividade ofertas aMaria; heroísmo na caridade, busca apaixonadade Cristo no irmão, amor pela parcela divina queestá escondida em nosso íntimo e reconhecimen-to da materna e afetuosa ação de Maria para anossa felicidade a modelo do Deus-Amor.

ROBERTO MÁRIo BARBOSAM:JSSIONÁRIO DA IMACULADA-PADRE KOLBE

CE TRO INTERNACIONAL DA MIROMA -ITÁLIA

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