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este documento foi produzido por estudantes para descrever o uso do metodo camaras e pilares namineracao subterranea
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Métodos de Câmaras e Pilares 2014
Índice
I. Agradecimentos.................................................................................................................................2
II. Lista de Abreviaturas.........................................................................................................................4
3. Introdução.............................................................................................................................................5
4. CÂMARAS E PILARES (ROOM AND PILLARS)............................................................................6
4.1. Parâmetros para determinação da resistência a compressão simples dos pilares:.........................6
4.2. Metodologias para cálculo da pressão vertical média actuante sobre os pilares:...........................6
4.3. Sistemas para aplicação do método, de acordo com o mergulho do depósito:..............................7
4.4.Câmaras com pilares ocasionais..........................................................................................................7
4.5. Câmaras com pilares sistemáticos......................................................................................................7
4.6. Sistemas de mineração por câmaras e pilares:................................................................................8
4.6.1. Mineração horizontal...............................................................................................................8
4.6.2. Mineração inclinada................................................................................................................8
4.6.3. Mineração vertical.................................................................................................................10
4.7. Especificações de Câmaras e Pilares...........................................................................................10
4.8. Aplicações diferenciadas do método............................................................................................10
4.9. Condições do depósito para aplicação do Câmaras e Pilares em rochas duras:.............................11
5. Câmaras e Pilares em rochas friáveis...............................................................................................11
5.1. Características do método em aplicações não-carvão...................................................................11
5.2. Variações geológicas originam diferentes variações do método...................................................12
6. Câmaras e Pilares Clássico..........................................................................................................12
6.1. Step mining ( Passos de Extração do Minério).........................................................................13
6.2. Post-pillar mining.....................................................................................................................14
6.2.1. Recuperações de lavra (% extração típica) em situações de rochas duras - hard rock............15
6.2.1.1. Equipamentos no Câmaras e Pilares em Rochas duras (hard-rock)....................................15
6.3. Configuração do método Câmaras e Pilares no carvão............................................................15
6.3.1. Principais parâmetros de projeto de Câmaras e Pilares no carvão..........................................16
6.3.2. Escoramento de tecto.................................................................................................................16
6.3.3. Dimensões dos pilares...........................................................................................................17
7. Tipos de pilares...............................................................................................................................17
8. Recuperação de lavra.......................................................................................................................17
8.1. Exemplo comparativo de recuperação no painel......................................................................17
8.2. Lavra com ou sem recuperação de pilares................................................................................18
Engenharia de Minas, 3°Ano, Túrma Única Página 1
Métodos de Câmaras e Pilares 2014
8.3. Estratégia de Recuperação de Câmaras e Pilares..........................................................................19
8.4. Número de frentes para operação eficiente dos equipamentos no painel......................................19
8.5. Informações necessárias para planeamento de mina de carvão nas câmaras e pilares...................19
9. Vantagens do método Câmaras de Pilares...................................................................................20
10. Desvantagens.............................................................................................................................20
11. Equipamentos usados na lavra no método câmaras e pilares para carvão:.................................21
12. Considerações sobre aplicabilidade do método Câmaras e Pilares no carvão............................22
12.2. Características estruturais.......................................................................................................22
12.3. Características do piso e tecto.................................................................................................22
12.4. Dimensionamento de pilares em mina de carvão pelo método da área tributária....................23
12.5. Passos para dimensionamento de pilares em carvão...............................................................23
XIII. Conclusão.......................................................................................................................................26
XIV. Referências Bibliográficas..............................................................................................................27
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Métodos de Câmaras e Pilares 2014
I. Agradecimentos
Em primeiro lugar agradecemos a Deus pela presença continua em nossas vidas.
Aos nossos Pais e Encarregados de Educação pelo amor e dedicação incondicional. Aos nossos
irmãos pela compreensão e incentivos nos momentos defíceis e aos demais familiares.
Ao nosso docente Eng. Msc Manuel Tomás por nos dar o tema extremamente importante da
nossa carreira estudantil e pela paciência que têm por nós durante as aulas.
Em fim, a todos colegas e outros que ajudaram-nos directa e indirectamente para a conclusão do
mesmo.
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Métodos de Câmaras e Pilares 2014
II. Lista de Abreviaturas
Ap……………………………………..……………………………………………..área do Pilar
At……………………………………………………..………………………………….área total
C………………………...………..……………………………………perímetro externo do pilar
h………………………………………………………………………………...espessura do pilar
v……………………………………………………………………………..…….largura do pilar
l……………………………………………………………………………..comprimento do pilar
y……………………………………………………………peso específicos médio da cobertura
F……………………………………………………………………………….…factor segurança
m………………………………………………………………………………………….metros
m3………………………………………………………………………………...metros cúbicos
N /m2…………………………………………………………….newton por metros quadrados
<……………………………….……………………………………………………….menor que
%..................................................................................................................................percentagem
+/-……………………………………………………………………………….....mais ao menos
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Métodos de Câmaras e Pilares 2014
3. Introdução
O trabalho aborda assuntos relacionados a Mineração Subterrânea, onde focalizamos os
métodos de Câmaras e Pilares.
O método Câmaras e Pilares realiza o arranque de mineral de maneira parcial, deixando
abandonadas partes do mesmo na forma de pilares ou colunas que servem para sustentar
o tecto. Deve-se arrancar a maior quantidade possível de mineral, ajustando as secções
das câmaras e dos pilares às cargas que devem resistir.
A distribuição dos pilares é feita de maneiras Uniformes designados pilares regulares e
aleatórias também chamadas ocasionais em depósitos pequenos.
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Métodos de Câmaras e Pilares 2014
4. CÂMARAS E PILARES (ROOM AND PILLARS)
Realiza o arranque de mineral de maneira parcial, deixando abandonadas partes do
mesmo na forma de pilares ou colunas que servem para sustentar o tecto. Deve-se
arrancar a maior quantidade possível de mineral, ajustando as secções das câmaras e dos
pilares às cargas que devem resistir.
A distribuição das câmaras e dos
pilares:
uniforme (Pilares regulares);
aleatória (pilares ocasionais em depósitos pequenos).
A dimensão dos pilares é determinada comparando-se sua resistência com a pressão
vertical média que actua sobre eles.
4.1. Parâmetros para determinação da resistência a compressão simples dos pilares:
material que o constitui (rocha ou mineral);
descontinuidades geológicas (falhas, estratificação, juntas, etc);
orientação e resistência ao corte (cizalhamento);
forma geométrica e tamanho do pilar.
4.2. Metodologias para cálculo da pressão vertical média actuante sobre os pilares:
método matemático;
modelos tradicionais (área atribuída, cavidade em meio
infinito);
métodos numéricos (elementos finitos, diferenciais finitas, deslocamento
descontínuo).
A determinação da distância entre pilares normalmente é realizada por métodos empíricos.
Existem duas variantes básicas do método:
distribuição aleatória dos pilares;
distribuição sistemática dos pilares segundo um padrão geométrico
prédefinido.
Aplicável em jazimentos fechados ou com pouca inclinação (< 30o).
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Métodos de Câmaras e Pilares 2014
Como requisito básico deve-se ter uma rocha do tecto e mineral resistentes (que seja estável
apenas com aparafusamento eventual do tecto). Os principais depósitos explotados através
do método de câmaras e pilares são jazimentos tabulares sedimentares como ardósias
cupríferas, jazimentos de ferro, carvão e potássio).
4.3. Sistemas para aplicação do método, de acordo com o mergulho do depósito:
inclinação horizontal;
inclinação entre 20 e 30º
inclinação de 30o ou mais.
4.4.Câmaras com pilares ocasionais
A característica principal é deixar pilares em zonas estéreis ou de menor teor no depósito ou em
zonas com problemas de estabilidade de tecto, com distribuição aleatória e ocasional.
Essa irregularidade na geometria do método impede a normalização do sistema de explotação e
com isso sobe o custo de explotação.
Em minas profundas os pilares ocasionais são causa de forte concentração de tensões dando
lugar a transtornos como caimentos súbitos, fenômenos de estalo de rochas, etc.
É um método antiquado e só é aplicável em condições muito favoráveis
4.5. Câmaras com pilares sistemáticos
É o método mais generalizado com os pilares dispostos segundo um esquema geométrico
regular. Os mesmos podem ser de secção quadrada, circular ou retangular, e constituir-se como
colunas ou como muros contínuos que separam as câmaras de explotação.
A função básica do pilar é suportar o tecto da câmara.
Diferencia do método de câmaras vazias (open stopes) pelo tamanho das câmaras e porque
durante o arranque se vão elaborando os pilares e abandonando as câmaras em ciclo contínuo.
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Métodos de Câmaras e Pilares 2014
Aplicação indicada em jazimentos fechados com inclinação entre 0 e 30 o. Se o tecto não é
muito resistente deve-se condicionar as dimensões das câmaras e pilares a essa circunstância
aumentando as perdas de mineral.
A preparação para explotação é somente a perfuração das galerias e cabeça (superior) e de base
(inferior) e entre elas galerias de penetração no maciço assim delimitado, umas paralelas, outras
perpendiculares, entre elas se deixando os pilares. Outra alternativa é abrir-se câmaras
separadas por pilares compridos na forma de muros.
4.6. Sistemas de mineração por câmaras e pilares:
horizontal (mergulho < 5 o);
inclinada (mergulho entre 10 – 20 o);
vertical (mergulho entre 20 – 45 o).
4.6.1. Mineração horizontal
O desenvolvimento está incorporado no processo de explotação e existe um rápido retorno do
investimento.
4.6.1.1.Produção
permite a utilização de grandes máquinas (conjuntos mecanizados).
utilização de jumbos para altas taxas de produtividade.
uso de bancadas para corpos de minério potentes.
4.6.1.2. Manuseio de minério
carregado directamente na face de trabalho;
utilização de equipamentos de alta mobilidade (LHD’s).
4.6.2. Mineração inclinada
O desenvolvimento é realizado com a construção de galerias de transporte em intervalos
verticais.
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Métodos de Câmaras e Pilares 2014
4.6.2.1. Produção
mineração ascendente ou descendente entre galerias de transporte.
perfuração com uso de marteletes manuais (“jacklegs”).
superfícies acidentadas impedem equipamentos mecanizados.
mais intensivo em mão-de-obra.
4.6.2.3. Manuseio de minério
minério é movido por “sluchers” até nível de extração.
utilização de carros de mina para transporte até o poço.
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4.6.3. Mineração vertical
O acesso é feito por galerias inclinadas no corpo de minério. As inclinações exigem
equipamentos com capacidade de ascensão.
4.6.3.1. Produção
galerias horizontais ramificam a partir das galerias de acesso inclinadas.
extração de minério de cima para baixo (descendente).
4.6.3.2. Manuseio de minério
minério é carregado na face e transportado até o poço.
4.7. Especificações de Câmaras e Pilares
Potência do corpo de minério < 60 o m;
Forma do corpo de minério tabular;
Mergulho do corpo de minério menor que 45 o;
Vão das câmaras baseado na segurança do suporte;
Tamanho do pilar baseado no RMR e carregamento suportado;
Rocha competente ou RMR > 70%;
Seletivo dentro dos limites de perfuração e “lay-out” aplicado.
4.8. Aplicações diferenciadas do método
Em rochas duras (hard rock) por exemplo: calcário, dolomita, metais (chumbo, zinco,
cobre, ouro, etc.);
Em rochas friáveis (soft rock) por exemplo: carvão, potássio, sal;
Corpos de minério relativamente horizontais;
Potência limitada;
Encaixante e minério competentes.
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4.9. Condições do depósito para aplicação do Câmaras e Pilares em rochas duras:
resistência do minério: moderada a alta;
resistência da encaixante: moderada a alta;
forma: tabular, lenticular (variável);
mergulho: geralmente < 30o com a horizontal;
teor do minério: baixo a moderado;
uniformidade: variável;
profundidade do depósito: rasa a moderada.
resistência do minério: fraca a moderada;
5. Câmaras e Pilares em rochas friáveis
resistência da encaixante: moderada a alta;
forma: tabular (em camadas), grande extensão lateral;
mergulho: geralmente horizontal ou < 15o com a horizontal;
boa uniformidade de teores e espessuras de minério;
profundidade do depósito: em carvão, preferencialmente inferior a 600 metros.
5.1. Características do método em aplicações não-carvão
neste método retira-se minério de câmaras (stopes), que permanecem abertas durante a
lavra;
pilares são deixados para suporte do tecto;
o teto deve manter-se intacto (parafusos de teto são comumente instalados para reforçar
os estratos);
as câmaras e os pilares são, em geral, organizados em padrões regulares; pilares podem
apresentar secção transversal circular, quadrada ou retangular;
para obter-se máxima recuperação de minério, os pilares são confeccionados com as
menores dimensões possíveis.
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Métodos de Câmaras e Pilares 2014
5.2. Variações geológicas originam diferentes variações do método
6. Câmaras e Pilares Clássico
Aplica-se a depósitos horizontalizados, apresentando estratos mineráveis que vão de
moderada a grande espessura. Nos stopes, o piso é mantido plano, viabilizando o
trânsito de veículos sobre pneus. Corpos de minério de grande dimensão vertical são
minerados em fatias horizontais, iniciando no topo e finalizando no piso, com desmonte
em bancadas.
A figura 2. Ilustra Câmaras e Pilares Clássico (mecanização parcial)
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A figura1. abaixo ilustra Câmaras e Pilares Clássico (mecanização completa).
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6.1. Step mining ( Passos de Extração do Minério)
É uma adaptação para o caso onde o mergulho do corpo de minério é grande demais (15 o
a 30o) para usar equipamentos sobre pneus, ao mesmo tempo em que sua espessura é
relativamente pequena (2 a 5 metros). Uma orientação especial das galerias de trânsito e
dos stopes cria áreas com piso horizontalizado, permitindo o uso de equipamentos sobre
pneus. A mineração progride de cima para baixo nos painéis de lavra.
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Métodos de Câmaras e Pilares 2014
6.2. Post-pillar mining
Aplica-se a depósitos inclinados, com mergulho entre 20o e 55o. Possuem grande
dimensão vertical, e o espaço minerado sofre enchimento (backfilling). O enchimento
mantém a rocha estável (minimiza pilares) e serve como plataforma de trabalho para a
próxima fatia.
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Métodos de Câmaras e Pilares 2014
6.2.1. Recuperações de lavra (% extração típica) em situações de rochas duras - hard rock
podem ser tão altas quanto 85% e são obtidas em geral na lavra em avanço;
recuperações de pilares são raras, pois pilares são pequenos e remoção é de risco;
às vezes os pilares são irregulares e remoção sistemática é impossível.
6.2.1.1. Equipamentos no Câmaras e Pilares em Rochas duras (hard-rock)
diesel em geral (FEL-front end loaders, LHD's, jumbos, trucks); todos equipamentos
móveis (sobre pneus) devido à significativa extensão horizontal dos corpos de minério.
6.3. Configuração do método Câmaras e Pilares no carvão
aberturas ortogonais regularmente espaçadas formam arranjo de pilares quadrados ou
retangulares;
galerias de desenvolvimento (eixo) e de explotação (painel) possuem normalmente
características bastante semelhantes; várias galerias paralelas e conectadas por travessões;
é um método de mineração em larga-escala, com vários painéis podendo ser conduzidos
simultaneamente;
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Métodos de Câmaras e Pilares 2014
a unidade básica de mineração é o painel, que define a área a ser trabalhada e ventilada.
6.3.1. Principais parâmetros de projeto de Câmaras e Pilares no carvão
dimensões das galerias;
dimensões dos pilares;
lavra com ou sem recuperação de pilares;
número de frentes no painel.
6.3.1.1.Dimensões das Galerias
larguras de 5 a 6m são bastante comuns actualmente;
altura é limitada pela espessura de carvão minerável (nas jazidas de SC, a secção é
rectangular com alturas que vão de aprox. 2,0m até 3,5m);
condicionam o escoramento de tecto;
interferem em aspectos operacionais e de segurança;
as dimensões são usadas no cálculo da recuperação de lavra.
6.3.2. Escoramento de tecto
Actualmente, para que o método Câmaras e Pilares tenha sucesso, as jazidas devem apresentar
uma particular condição geológica de tecto. Os extratos sobrejacentes à camada de carvão
devem ter condição de auto-sustentação ou serem passíveis de ancoragem (há vários tipos de
ancoragem com parafusos de teto, com princípios de funcionamento diferentes , figura abaixo.
Devido os custos, escoramento com arcos metálicos ou madeira são usados apenas em áreas
restritas da mina.
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Métodos de Câmaras e Pilares 2014
6.3.3. Dimensões dos pilares
influem em aspectos operacionais (por exemplo distâncias de transporte) e de segurança
(risco de colapso de pilares);
influem na recuperação de lavra;
7. Tipos de pilares
pilares quadrados e pilares retangulares
chain pillars (pilares internos do painel de lavra)
barrier pillars (pilares de segurança)
Fontes: Underground Min. Methods: Eng. Fundamentals and International Case Studies, 2001,
W.A.Hustrulid & R.Bullock; cap. 59.1 a 59.3.
8. Recuperação de lavra
parcela da reserva minerada em relação à reserva total.
8.1. Exemplo comparativo de recuperação no painel
Painel com pilar quadrado de 14m de lado e galeria de 6m de largura;
Painel com pilar quadrado de 11m de lado e galeria de 6m de largura.
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Métodos de Câmaras e Pilares 2014
área do pilar Ap = 142
área total At = 202
Recup. = (1- Ap/At) x 100% = 51%
Ap = 112
At = 172
Recup. = (1- Ap/At) x 100% = 58%
8.2. Lavra com ou sem recuperação de pilares modos mais comuns de lavra;
em avanço e sem recuperação de pilares (como é feito no Brasil);
com recuperação de pilares em retrocesso (feito em vários países, p.ex. USA).
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Métodos de Câmaras e Pilares 2014
8.3. Estratégia de Recuperação de Câmaras e Pilares
8.4. Número de frentes para operação eficiente dos equipamentos no painel
O avanço do painel é feito através de diversas galerias paralelas (5 ou mais galerias, dependendo
da mina) ligadas por travessões.
Precisa-se de mais frentes no modo convencional (drill-blast-load-haul) e menos frentes com
continuous miner (mineradores contínuos). O uso de mineradores contínuos prejudica menos o
tecto e pilares e produz material fino.
8.5. Informações necessárias para planeamento de mina de carvão nas câmaras e pilares
mapa de espessura de camada;
mapa de profundidade da camada;
mapas de qualidade;
teor de cinzas, poder calorífico, enxofre, voláteis;
dados geomecânicos do minério, piso e teto;
mapa estrutural (falhas, diques).
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Métodos de Câmaras e Pilares 2014
9. Vantagens do método Câmaras de Pilares
Moderada a alta produtividade (m3/homem-hora);
Moderado custo de lavra (custo relativo=0.3);
Moderada a alta taxa de produção;
Alto grau de flexibilidade (admite espessuras variáveis no minério);
método facilmente modificável;
pode operar em múltiplos níveis simultaneamente;
Permite alto grau de mecanização;
Método seletivo, permite deixar material estéril no local;
Não requer muito desenvolvimento antecipado;
Pode ser operado em múltiplas frentes.
Razoável recuperação sem extração de pilares (50-65% em carvão), baixa diluição (10-
20%).
Comparando com Longwall: LW é pratic. inflexível, requer maior investimento, há
subsidência na superfície, apresenta altas produções (deve haver mercado para o
produto!), recuperações globais do LW são eventualmente mais baixas que Câmaras e
Pilares com recuperação de pilares.
Na comparação direta com Longwall: LW é pratico, inflexível, requer maior
investimento, há subsidência na superfície, apresenta altas produções (deve haver
mercado para o produto!), recuperações globais do LW são freqüentemente mais baixas
que Câmaras e Pilares com recuperação de pilares.
10. Desvantagens
Requer contínua manutenção do teto e, eventualmente, dos pilares. A tensão nos espaços
abertos aumenta com a profundidade.
Significativo investimento de capital para mecanização extensiva.
Perda de minério nos pilares.
No caso do Câmaras e Pilares em rochas duras, pode haver dificuldade de conseguir boa
ventilação para diluição de contaminantes no painel em razão da baixa velocidade de ar
nos grandes espaços abertos.
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Métodos de Câmaras e Pilares 2014
Requer bom suporte técnico e de engenharia.
11. Equipamentos usados na lavra no método câmaras e pilares para carvão:
Conjuntos mecanizados convencionais;
Conjuntos mecanizados com LHD’s;
Continuous miners;
Calhas de arraste e carregadeiras Bob-cat.
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12. Considerações sobre aplicabilidade do método Câmaras e Pilares no carvão
12.1. Características das camadas
para mineradores contínuos e equipamentos convencionais drill&blast – camadas entre 1
e 4m;
características estruturais têm grande influência no sucesso do método;
12.2. Características estruturais
presença de falhas e diques
podem inviabilizar a seqüência de lavra do painel (no caso de deslocamentos verticais
acentuados na camada de carvão);
podem provocar mudança do padrão de avançamento e equipamentos da frente de lavra;
demandam cuidados especiais no escoramento de teto (reforço de teto, telas).
Mergulho da camada mineralizada
Se for acentuado pode inviabilizar transporte sobre pneus que funciona bem com shuttle-car
até 14 ou 15% (em rochas duras as declividades usadas vão até +/- 20%, com LHD’s),
equipamentos sobre esteiras funcionam até +/- 25%.
Espessura de overburden
Pressão vertical e resistência de rochas sedimentares limitam exploração de carvão a não mais do
que 1200m de overburden; nos USA, camâras e pilares são normalmente usados até 600m de
overburden e longwall entre 600m e 800m, no sul do Brasil, overburden do carvão para as minas
em actividade geralmente é menor que 300m.
12.3. Características do piso e tecto
Câmaras e Pilares aceita condições variadas de teto devido às diferentes alternativas
de escoramento. A redução dos vãos pode livrar o tecto de condições precárias, mas
resulta em perda de recuperação.
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Métodos de Câmaras e Pilares 2014
Longwall requer folhelhos ou siltitos (rochas c/baixa resistência como teto imediato)
nos primeiros 10 ou 20m de tecto;
piso fraco ou macio traz problemas para pilares e impede boa produtividade de
equipamentos sobre pneus;
Longwall é mais problemático em piso macio do que Câmaras e Pilares.
12.4. Dimensionamento de pilares em mina de carvão pelo método da área tributária
É o método mais simples de dimensionamento e, com algumas adaptações, serve tanto para
carvão (corpos tabulares horizontalizados) quanto para outros depósitos geometricamente
regulares (corpos metalíferos estratiformes e lenticulares). Neste método, só o estado de tensão
axial nos pilares é levado em conta.
12.5. Passos para dimensionamento de pilares em carvão
1. Determinar σc (resistência à compressão uniaxial) da rocha que compõe os pilares, obtida
de testemunhos de sondagem, referente ao diâmetro D dos testemunhos (D em
polegadas).
1psi = 6,895 x 103 N/m2
2. Determinar k = σc D12
, onde k é a constante que relaciona a resistência à compressão
uniaxial de pequenas amostras com σ1, a resistência à compressão uniaxial de volumes de
rocha de dimensões comparáveis aos pilares in-situ. O parâmetro σ1 é dado por:
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Métodos de Câmaras e Pilares 2014
A primeira fórmula é aplicável quando a espessura h da camada minerada é > 36
polegadas (0,9m) e a última é;
aplicável quando a espessura h da camada minerada é < 36 polegadas.
3. Definir a equação de resistência σp dos pilares de mina.
Há várias equações diferentes, obtidas a partir de estudos diversos. Entre as mais usadas
(w=largura do pilar, h=espessura do pilar):
Observações: se o pilar não for quadrado, fazer w = we na fórmula de σp , onde we = 4 Ap / C.
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Métodos de Câmaras e Pilares 2014
Ap = área do pilar (perpendicular ao eixo vertical) que sofre o carregamento axial devido à
cobertura H;
C = perímetro externo do pilar.
Fontes: Brady & Brown, cap.13.)
4. Definir a largura da galeria B.
5. Determinar a carga Sp sobre o pilar, para uma espessura H de cobertura na área do
depósito.
Sp = γ H [ (w+B)/w ] [ (L+B)/w ],
Sendo: γ = peso específico médio da cobertura;
L = comprimento do pilar.
6. Escolher o factor de segurança F. Fazer σp / F = Sp e resolver esta equação para w.
O intervalo 1.5 ≤ F ≤ 2.0 é usado em geral, mas cada fórmula possui recomendação quanto
ao F a ser empregado.
7. Verificar a recuperação de lavra, supondo que a espessura total da camada será minerada:
Rec = 1- [ w/(w+B) ] [ L/(L+B) ] .
8. Se a recuperação não for aceitável e precisar ser aumentada, diminuir w e ou L para
satisfazer à meta. Verificar se a nova combinação w e L é aceitável do ponto de vista de
estabilidade ( F = σp / Sp ).
Na fórmula de Bieniawski, F=1.5 é usado para pilares de curta duração (em painéis); F=2.0 para
pilares de longa duração (eixos).
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Métodos de Câmaras e Pilares 2014
XIII. Conclusão
O grupo concluiu que Câmaras e Pilares é um método que se presta bem à mecanização, desde
que a espessura da camada permita a operação de equipamentos em seu interior cerca de 1,8m,
com diluição aceitável. A perfuração, quando em rochas duras, pode ser feita através de carretas
de perfuração tipo jumbo ou de marteletes pneumáticos. Em geral são utilizados furos com
diâmetros entre 40 a 45mm (marteletes) ou 45 a 51mm (jumbos). Nas rochas brandas como no
carvão é utilizada perfuração rotativa.
O transporte pode ser feito a partir dos próprios realces, por shutle cars descarregando em
correias transportadoras ou por vias de transporte abertas na lapa para este fim através de
caminhões ou trens que podem receber o material desmontado. Os caminhões são rebaixados e
articulados e variam em capacidade, normalmente de 15t a 50t.
O método de câmaras e pilares está extensivamente aplicado no carvão de Santa Catarina, em
profundidades que variam de 70m a 300m. A recuperação máxima é de 50%, porque não está
sendo feita a recuperação de pilares para evitar-se a subsidência. A economia do carvão é muito
frágil e as minas permanecem com equipamentos do início da década de 1980, sendo que
algumas minas fabricam localmente as máquinas para suas necessidades.
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Métodos de Câmaras e Pilares 2014
XIV. Referências Bibliográficas
A postila de Lavra Subterrânea Júlio César, pag. 76 á 80.
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