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Lei nº 13.123/2015
SisGen
Dra. Rúbia Molina
Pesquisadora-IAPAR
Representante Legal IAPAR
SisGen-MMA
Londrina, PR. Brasil.
HISTÓRICO
• Medida Provisória nº 2.186-16, de 2001
• A partir de 17 de novembro de 2015, Lei 13.123, “Lei da Biodiversidade”.
• Decreto 8772, publicada em 11 de maio de 2016.
• Necessidade de cadastro das atividades de P&D realizadas com a biodiversidade brasileira em sistema eletrônico disponibilizado pelo Ministério do meio Ambiente.
• Sistema Nacional de Gestão do Patrimônio
Genético e do C T A
@ SisGen Nov./2017
Conselho de Gestão do Patrimônio Genético
CGen
(membros)
SOCIEDADE CIVIL
(mínimo 40%)
SETOR EMPRESARIAL
CNI
CNA
CNI e CNA (alternadamente)
SETOR ACADÊMICO
SBPC
ABA
ABC
POPULAÇÕES INDÍGENAS,
COMUNIDADES TRADICIONAIS
E AGRICULTORES TRADICIONAIS
CNPCT
Condraf
CNPI
ADMISTRAÇÃO PÚBLICA
(máximo 60%)
MINISTÉRIOS
MMA/MJ/MS/MRE/MAPA/MINC/MDS/MD/MDIC/MCTI
MDA
O Cgen
• Plenário,
• Secretaria Executiva,
• Câmaras Temáticas
• Câmaras Setoriais : Permanente tem a responsabilidade de conduzir
discussões técnicas, apresentando propostas de interesse do setor acadêmico relacionadas à legislação de acesso e repartição de benefícios nos termos da Lei nº 13.123, /2015.
Sociedade Brasileira de Microbiologia (SBM) Sociedade Brasileira de Zoologia (SBZ) Sociedade Botânica do Brasil (SBB) Associação Brasileira de Antropologia (ABA)
MINISTÉRIOS
MMA/MJ/MAPA
MDIC/MCTIC
Vale ressaltar que esta Lei
não se aplica ao material
genético humano.
O escopo da Lei nº 13.123, de 2015 • De acordo com o conceito de acesso ao patrimônio genético,
a Lei alcança todas as atividades de pesquisa e desenvolvimento tecnológico realizadas com o patrimônio genético componente da biodiversidade brasileira, incluindo pesquisas básicas não contempladas na legislação anterior, como por exemplo: taxonomia, epidemiologia, filogenia, ecologia, biogeografia, entre outras.
Legislação e Normas Aplicáveis » Lei nº 13.123, de 20 de maio de 2015
» Decreto nº 8.772, de 11 de maio de 2016
» Resolução nº 2 , de 05 de outubro de 2016
» Resolução nº 3, de 15 de agosto de 2017
» Resoluções nºs 4, 5, 6, 7, 8 e 9, de 20 de março de 2018
» Orientações Técnicas nº 1 e 2 , de 28 de junho de 2017
» Deliberações nºs 4, 5 e 6, de 21 de março de 2017
» Deliberação nº 22, de 28 de junho de 2017
» Deliberação nº 23, de 15 de agosto de 2017
» Portaria nº 422 e anexos , de 06 de novembro de 2017
» Novas publicações Agosto e set/2018
LEI 13.123 de 2015
Conceitos da Lei nº 13.123/2015
Pesquisa: “atividade, experimental ou teórica, realizada sobre o patrimônio
genético ou conhecimento tradicional associado, com o objetivo de produzir
novos conhecimentos, por meio de um processo sistemático de construção
do conhecimento que gera e testa hipóteses e teorias, descreve e interpreta
os fundamentos de fenômenos e fatos observáveis;
Desenvolvimento Tecnológico: trabalho sistemático sobre o patrimônio
genético ou sobre o conhecimento tradicional associado, baseado nos
procedimentos existentes, obtidos pela pesquisa ou pela experiência prática,
realizado com o objetivo de desenvolver novos materiais, produtos ou
dispositivos, aperfeiçoar ou desenvolver novos processos para exploração
econômica;
Acesso ao Patrimônio Genético
“Pesquisa ou desenvolvimento tecnológico realizado sobre
amostra de patrimônio genético”
Conceitos da Lei nº 13.123/2015
Acesso ao Patrimônio Genético
As exceções ao conceito de “acesso ao patrimônio genético”
que existiam durante a Medida Provisória nº 2.186-16, de 2001,
não foram mantidas no âmbito da Lei nº 13.123/2015. Portanto, a
partir de 17/11/2015 esse conceito alcança inclusive pesquisas que
visem:
Elucidar a história evolutiva de uma espécie ou de grupo
taxonômico;
Avaliar as relações dos seres vivos entre si ou com o meio
ambiente ou a diversidade genética de populações;
Identificar uma espécie ou espécime;
Estudos epidemiológicos ou a identificação de agentes
etiológicos de doenças.
Disposições Transitórias Lei nº 13.123/2015
- Reformulação autorização em tramitação no
final da vigência da MP 2.186-16/2001
- Adequação autorizações obtidas durante a MP
2.186-16/2001
- Regularização atividades executadas sem as
autorizações exigidas pela MP 2.186-16/2001 no
período de 30/06/2000 a 17/11/2015
05/11/2018
Conceitos da Lei nº 13.123/2015
“Informação de origem genética de espécies vegetais,
animais, microbianas ou espécies de outra natureza,
incluindo substâncias oriundas do metabolismo destes
seres vivos”
Patrimônio Genético
Conceitos da Lei nº13.123, de 2015
Patrimônio Genético
Espécies encontradas em condições in situ
Espécies nativas e espécies exóticas introduzidas que formem populações espontâneas e tenham adquirido características distintivas
próprias no País (IN 23 de 2017)
Espécies mantidas em condições ex situ, desde que encontradas em condições in situ
Variedade tradicional local ou crioula
Raça localmente adaptada ou crioula
Microrganismos isolados:
Território Nacional Mar Territorial Zona Econômica
Exclusiva Plataforma Continental
São considerados Patrimônio Genético Nacional
NÃO será patrimônio genético quando: I – for isolado a partir de substratos que não sejam do território nacional, do mar territorial, da zona econômica exclusiva ou da plataforma continental; e II - for comprovada a regularidade de sua importação
Patrimônio Genético
Patrimônio Genético
OS AGENTES ETIOLÓGICOS PRESENTES EM MATERIAL BIOLÓGICO
HUMANO OU ANIMAL
Portanto....
Atividades como o diagnóstico para identificação DIRETA ou
INDIRETA destes organismos, cujos resultados forem utilizados
para PC e DT também estão incluídos no escopo da Lei 13.123/2015
Patrimônio Genético O MAPA possui atribuição legal de elaborar, publicar e revisar, periodicamente, lista de referência de espécies animais e vegetais que foram introduzidas no território nacional, com indicação das variedades que integram o patrimônio genético brasileiro
1ª versão da lista de referência de espécies vegetais já foi publicada: Instrução Normativa MAPA nº 23/2017
1ª versão da lista de referência de espécies animais: Instrução Normativa MAPA nº 19/2018
Brasil do Jardim Botânico do Rio de Janeiro: http://floradobrasil.jbrj.gov.br e http://fauna.jbrj.gov.br
Ato conjunto do MAPA e do MDA divulgará lista das variedades tradicionais locais ou crioulas e das raças localmente adaptadas ou crioulas
Conceitos da Lei nº 13.123/2015 Patrimônio Genético
Espécies vegetais: Instrução Normativa MAPA nº 23/2017
Anexo I: não são consideradas patrimônio genético (exemplos):
Anexo II: variedade considerada patrimônio genético:
Nome Científico Nome Comum
Capsicum annuum L. var. annuum Pimenta tipo jalapeña
Capsicum chinense Jacq. Pimenta Habanero
Glycine max (L.) Merr. Soja
Lactuca sativa L. Alface
Musa spp. Bananeira
Cultivar Nome Científico Nome Comum
Empasc 304 (Serrana) Lolium multiflorum Lam. Azevém
Conceitos da Lei nº 13.123/2015 Patrimônio Genético
Espécies animais: Instrução Normativa MAPA nº 19/2018
Anexo I: não são consideradas patrimônio genético (exemplos):
*Não foram identificadas variedades que tenham adquirido propriedades características distintivas no país.
Nome Científico Nome Comum
Appis melífera (inclui A. melífera scutellata) ABELHA, ABELHA AFRICANA
Bombyx mori L. BICHO-DA-SEDA
Bos taurus (inclui B. taurus taurus e B. taurus indicus) BOVINO
Equus caballlus EQUINO
Struthio camelus AVESTRUZ
Conhecimento Tradicional Associado
C T A Populações detentoras de CTA.
• Acesso e repartição de benefícios X Convenção da Diversidade Biológica (CDB):
Povos indígenas e Comunidades locais,
NOVA LEI: Comunidades Tradicionais e Agricultores Tradicionais
***Outro ajuste em relação à legislação nacional anterior é que a nova Lei possui um conceito mais claro de acesso ao conhecimento tradicional associado , que inclui informações disponíveis em fontes secundárias, como publicações, filmes, entre outras.
C T A • O Decreto nº 8.772, de 2016, define que “qualquer população
indígena, comunidade tradicional ou agricultor tradicional que cria, desenvolve, detém ou conserva determinado conhecimento tradicional associado” é considerado “origem identificável” desse conhecimento.
Além disso, a forma de repartição de benefícios também varia de acordo com o tipo de CTA.
• A Lei esclarece que quando o acesso ao “CTA intrínseco” for realizado exclusivamente para atividades agrícolas, este é considerado como CTA de origem não identificável.
Portanto, não depende de consentimento prévio informado.
• Atividades agrícolas como “atividades de produção, processamento e comercialização de alimentos, bebidas, fibras, energia e florestas plantadas”.
*Exceção uso medicinal
Cadastros de acesso, remessa e envio
• Diferentemente do marco legal anterior, que exigia autorização prévia do CGen para a realização do acesso ao patrimônio genético ou ao conhecimento tradicional associado.
• NOVA LEI o acesso é declaratório e passa a ser feito a partir de um sistema de cadastro.
Passo 1
Passo 2
CADASTRO
CADASTRO / CTA
NOTIFICAÇAO ANTES DA EXPLORAÇÃO ECONÔMICA
REMESSA
O cadastro de acesso deverá ser realizado previamente
• remessa para o exterior;
• requerimento de qualquer direito de propriedade intelectual;
• comercialização do produto intermediário;
• divulgação dos resultados, finais ou parciais, em meios científicos ou de comunicação;
• notificação de produto acabado ou material reprodutivo desenvolvido em decorrência do acesso.
*** No caso de cooperação internacional, antes de fazer a remessa de amostras do patrimônio genético para o exterior, o pesquisador também
precisa cadastrar a remessa, além do acesso
Infrações Administrativas e Sanções
É infração contra o patrimônio genético ou conhecimento tradicional associado: toda ação ou
omissão que viole as normas da Lei, na forma do regulamento
Advertência
Multa
Suspensão temporária da fabricação e da venda
Interdição do estabelecimento
Apreensão das amostras
Suspensão ou cancelamento do atestado ou autorização
Interdição do estabelecimento
Embargo da atividade
Infrações Administrativas e Sanções
Valores das Multas Infração Multa
Exploração sem notificação prévia De R$ 3.000,00 a 10.000.000,00
Remeter amostra sem cadastro prévio De R$ 20.000,00 a 10.000.000,00
Requerer DPI sem cadastro prévio De 3.000,00 a 10.000.000,00
Divulgar resultados sem cadastro prévio De 1.000,00 a 500.000,00
Comercializar produto intermediário sem cadastro
De 1.000,00 a 500.000,00
Acessar CTA (OI) sem CPI De 20.000,00 a 10.000.000,00
Deixar de indicar origem do CTA identificável em divulgações
De 1.000,00 a 500.000,00
Deixar de pagar parcela anual ao FNRB De 1.000,00 a 10.000.000,00
Apresentar informação falsa De 10.000,00 a 5.000.000,00
Deixar de atender às exigências legais, quando notificado
De 1.000,00 a 5.000.000,00
• Quanto às coleções ex situ, não há mais a figura de “coleção fiel depositária” e nem a exigência de depósito de sub-amostra nestas coleções, como ocorria na M.P. 2.186-16, de 2001.
Coleções ex situ
Processo e prazo de regularização As pesquisas, bioprospecção e desenvolvimento tecnológico realizados em desacordo com a M.P. nº 2.186-16, de 2001, devem ser regularizados até 5 de novembro de 2018, um ano após a disponibilização do SisGen.
REGULARIZAÇÃO
• A regularização da atividade de pesquisa é realizada por meio de cadastro no SisGen,
• 100% de isenção de multa no caso de acesso ao PG e, no caso de CTA;
• 100 % de isenção para pesquisa
• 90% para bioprospecção e DT.
OBRIGADA!
Lei nº 13.123/2015
SisGen
Dra. Rúbia de Oliveira Molina
Representante Legal IAPAR/MMA
Contato: 3376-2303