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LEIA A T A C A D I S T A ATACADISTA Informativo do Sindicato do Comércio Atacadista no Estado de Goiás Ano II / Nº 4 Maio/Junho 2013 9912287436 DR/GT SINAT Mala Direta Postal Básica Goiânia Automação��ome�ial: Poupe tempo, ganhe dinheiro Sustentabilidade: Para o bem de todos 80 anos de desenvolvimento e progresso

Leia Atacadista | Ano II Nº 4 / Maio - Junho 2013

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Informativo do Sindicato do Comércio Atacadista no Estado de Goiás | Ano II Nº 4 / Maio - Junho 2013

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LEIA

ATACADISTAATACADISTAInformativo do Sindicato do Comércio Atacadista no Estado de Goiás Ano II / Nº 4Maio/Junho 2013

9912287436DR/GT SINAT

Mala DiretaPostal Básica

Goiânia

Automação��ome��ial:Poupe tempo, ganhe dinheiro

Sustentabilidade:Para o bem de todos

80 anos de desenvolvimentoe progresso

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Olho

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ação

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EXPEDIENTE

Sindicato do Comércio Atacadista no Estado de Goiás

Endereço: Rua 90, no 404, Setor Sul, Goiânia (GO) / Telefone: 62 3281-2033

Site: www.sinat.com.br / Fale com o Presidente: [email protected]

DIRETORIAPresidente: Paulo Diniz

Ex-Presidente Imediato: Júlio Faria Neto

1º Vice-Presidente: Fernando Lima Sousa

Suplente: Solimar Francisco Mendanha

2º Vice-Presidente: Fábio Augusto Cecílio Tambury

Suplente: Fernando Franco de Azevedo Santos

3º Vice-Presidente: José Rodrigues da Costa Neto

Suplente: Marwan Elias Youssef

4º Vice-Presidente: José Divino da Silva

Suplente: Cleuza Alves de Rezende Vieira

5º Vice-Presidente: Juarez Martins Fonseca

Suplente: Fabrício de Freitas Domingos

6º Vice-Presidente: José Onírio de Rezende

Suplente: Isabella Teixeira de Rezende

7º Vice-Presidente: André Watanabe

Suplente: João José Felipe

8º Vice-Presidente: Dalton de Souza

Barros Thomaz

Suplente: Flávio Aloísio Miranda

9º Vice-Presidente: Oladir Rodrigues dos Santos

Suplente: Willian Fernandes do Amaral

10º Vice-Presidente: Marco Aurélio Alves Melo

Suplente: Murilo Fernandes de Paula

Secretários1º Secretário: Silvio Zerbetto

2º Secretário: Albenir Pinheiro Borges Machado

3º Secretário: João Nunes Borges

Tesoureiros1º Tesoureiro: Hélio Capel Galhardo

2º Tesoureiro: Manuel da Cruz Mourão

3º Tesoureiro: Afrânio Lopes Rabelo

Conselho Fiscal1º Conselheiro: Alexandre Ferreira Silva

2º Conselheiro: Odenir Rodrigues dos Santos

3º Conselheiro: Edgar Segato Neto

Suplentes EspeciaisYuri Henrique Figueiredo Diniz

Thiago Ala Yagi

Marcelo Pessoa Cavalcante

Milena Jezenka Rodrigues Di Santos

Silvio Gustavo Zerbetto

Gabriel Teixeira de Rezende

Suplentes do Conselho FiscalWagner Martins de Moura

Fernando Lima Sousa Filho

Chrystiane Ilda dos Reis Vieira

Representantes junto à FecomércioEfetivos: Paulo Diniz e Hélio Capel Galhardo

Suplentes: Manuel da Cruz Mourão e

Silvio Zerbetto

Olho

Com

unic

ação

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MENSAGEM EDITORIAL

Paulo DinizPresidente do Sinat

Esta é uma edição comemorativa da Leia Atacadista. Afinal, neste ano a jovem capital de nosso Estado completa 80 anos. Não poderíamos deixar passar em branco uma data tão siginifica-tiva. Goiânia é uma das mais admiradas capitais do País, sobretudo, pela qualidade de vida. Tem problemas, é claro, mas é uma cidade pulsante que, quando inaugurada, trouxe gás novo para nosso Estado, com desenvolvimento e progresso.

Merece nossa comemoração e orgulho. Melhor ainda é saber que a bela capital goiana tem hoje uma economia pujante graças ao es-forço de muita gente que sempre vislumbrou este momento – homens de bem que por meio de seus trabalhos ajudaram a construir a cidade que temos. Nós, empresários atacadistas, faze-mos parte desse grupo de pessoas. Por meio de nosso esforço e trabalho, fazemos parte da história de Goiânia.

A força atacadista foi e é fundamental em vários aspectos no desenvolvimento de nossa região, seja gerando emprego e renda, seja no emprego de novas tecnologias, na captação de recursos e na geração de divisas. Por isso que brindar os 80 anos de Goiânia é também brindar o nosso pioneirismo, o nosso trabalho e papel na construção da capital que, no coração do Brasil, encanta a todos. Parabéns, Goiânia! Parabéns, atacadistas!

Uma ótima leitura!

Caro leitor,

ATACADISTAATACADISTAL E I A

Publicação do Sindicato do Comércio Atacadista no Estado de Goiás

Desenvolvimento

62 8524-5513 / [email protected]

Jornalista responsávelKarla Rady JP 01147 GO

EdiçãoKarla Rady

ReportagensAdele LazarinRhaianny Marques

Projeto gráfico e diagramaçãoGustavo Nascimento

FotografiasEudenes Romão e Katú Leão

RevisãoMartha Castanheiro

ImpressãoPoligráfica

ComercialObjetiva Comunicação e Marketing62 3094-3664 / [email protected]

Assessora de Capacitação e Marketing do SinatJusciene H. Rodrigues

Tiragem6 mil exemplares

A revista Leia Atacadista não se responsa-biliza pelos conceitos e opiniões emitidos pelos entrevistados ou pelos autores de artigos, nem mantém vínculo empregatí-cio com os mesmos. É permitida a repro-dução total ou parcial de seu conteúdo, desde que citada a fonte.

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ENTREVISTA

Mais competitividade para o atacadista

Alexandre Baldy

Quais as ações voltadas para o setor atacadista previstas para este ano?Baldy: A Secretaria de Indústria e Comércio tem focado ações para dar mais competitividade ao setor ataca-dista que atua em Goiás, a exemplo dos incentivos financeiros, como o CentroProduzir e o LogProduzir. Trabalhamos também na atração de novas empresas atacadistas para o Estado de Goiás.

Os Programas Produzir/Fomentar, da Secretaria de Indústria e Comér-cio de Goiás, podem beneficiar o setor atacadista do Estado?Baldy: Podem sim, mas pela im-portância do setor e sua estratégica atuação, reconhecida pelo Governo de Goiás, criamos sub-programas exclusivos para atender o setor ata-cadista, que são o CentroProduzir e o LogProduzir. O CentroProduzir atua concedendo benefício a empresas que instalam Centros de Distribuição e o LogProduzir beneficia os opera-dores logísticos, modelo que o setor atacadista tem crescido sua atuação.

A instalação e expansão de indús-trias em Goiás poderão melhorar o mercado de trabalho para o setor

Secretário de Indústria e Comércio de Goiás, nesta entrevista exclusiva para a revista Leia Atacadista, aponta os rumos e os desafios do setor atacadista para o Estado até 2014

Foto: Jayr Inácio

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transporte público de qualidade, eficiente, principalmente em uma rota que liga pontos extremos da capital, com um forte comércio, mas com um sistema de transporte ultrapassado. A grande verdade é que a administração municipal, ao longo das últimas décadas, nunca investiu nada na melhoria da mo-bilidade urbana para os passageiros do transporte público na capital. Já a Ferrovia Norte-Sul vai tornar mais competitivos os produtos goianos

e de todo seu eixo de passagem, levando uma nova realidade econô-mica e produtiva por onde passar.

Quais os investimentos que o Governo pretende fazer que pos-sam beneficiar o setor atacadista de Goiás?Baldy: O Governo de Goiás tem um grande projeto que beneficia o setor atacadista goiano, que é a conclusão do Aeroporto de Cargas e da Plataforma Logística de Anápolis. Iremos incorporar um novo modal logístico ao Estado, dentro de uma cidade que será servida de duas ferrovias, rodovias e um grande polo industrial. No centro do País, com uma pista de 3.300 metros, o Aeroporto de Cargas, que terá sua pista concluída até dezembro de 2013, abre um estratégico ponto na região para o transporte de cargas aéreas nacionais e internacionais. O sistema será completado com a Plataforma Logística de Anápolis, que permitirá que várias empresas atuem, sendo servidas desses mo-dais, principalmente operadores logísticos e atacadistas.

Quais os maiores desafios previs-tos para 2013?Baldy: O ano de 2013 será repleto de desafios. A crise internacional que não se resolve, os impactos que vêm sendo absorvidos pelo Brasil, mesmo aos poucos, pelo forte mercado interno que temos. Mas temos demonstrado que o modelo escolhido pelo governo central para manter o ritmo de cres-cimento pode estar se esgotando; ações que facilitam o crédito para ampliar o consumo, sem resolver os gargalos tributários, logísticos e da cadeia produtiva brasileira, impedem a consolidação de vários setores, principalmente o industrial,

A instalação de novas indústrias em Goiás, que tem tido pleno

êxito nos últimos três anos pela atuação do Governo do Estado de Goiás, está con-tribuindo de forma substancial para o

crescimento e fortale-cimento do setor ata-cadista como um todo

““

A construção do VLT em Goiânia, a Ferrovia Norte-Sul e o lança-mento de novas linhas férreas poderão provocar um aumento no comércio do Estado?Baldy: A construção do VLT em Goi-ânia visa melhorar a mobilidade dos goianienses, merecedores de um

atacadista e contribuir na geração de empregos?Baldy: A instalação de novas indús-trias em Goiás, que tem tido pleno êxito nos últimos três anos pela atu-ação do Governo do Estado de Goiás, está contribuindo de forma substan-cial no crescimento e fortalecimento do setor atacadista como um todo. Consequentemente, a geração de empregos está sendo e será bem ex-pressiva. Uma comprovação do que eu digo: Goiás foi líder na geração de empregos no ano de 2012.

Qual a repercussão do crescimento das importações e exportações goianas e qual a sua importância para o Estado?Baldy: O crescimento das exporta-ções goianas demonstra o amadu-recimento das cadeias produtivas do Estado, rompendo barreiras e conquistando cada vez mais mercados internacionais, numa constante curva ascendente. As importações também demonstram o bom momento econômico do Estado e do País, já que o consumo interno aquecido se torna salutar à competição qualitativa de produtos nacionais com internacionais, com a clara conotação de uma economia goiana mais robusta.

A unificação do ICMS poderá pre-judicar os atacadistas de Goiás?Baldy: A unificação do ICMS poderá prejudicar não só os atacadistas de Goiás, mas todos os demais setores, pois as distorções ocorridas na logís-tica e transporte de cargas no Brasil é muito grande, agregando custo e impedindo as cadeias produtivas de se estabelecerem fora dos grandes eixos de consumo. O que ocorrerá será um grande impacto sócio--econômico: a perda de milhares de empregos, insegurança para o am-biente investidor e a reconcentração dos investimentos e empregos nas regiões Sudeste e Sul do país.

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que possui salários mais altos que diversos setores econômicos.

Quais as perspectivas de cresci-mento de Goiás para esse ano? O Estado poderá se superar com relação a 2012?Baldy: O desafio de 2013 é enor-me, mas é difícil projetar números. O ano de 2012 foi extremamente positivo para o Estado. Colhemos frutos do trabalho realizado em 2011 na captação de 10 bilhões em investimentos e chegando a 20 bi-lhões em 2012. Conseguimos liderar a geração de emprego, o segundo lugar no crescimento da produção industrial, um dos maiores Estados no consumo, com crescimento acima da média nacional e com um PIB algumas vezes acima da média brasileira. Com todos estes núme-ros e a posição do Governo Federal de entrar em questões polêmicas, como incentivos fiscais e desone-rações pontuais de algumas cadeias produtivas sem estudar o impacto de uma medida macro que possi-bilitaria solução a longo prazo para vários setores econômicos, julgo ser imprudente projetar números para este ano. Mas vamos trabalhar para repetir 2011 e 2012.

Como Goiás se encontra posicio-nado em relação a outros estados do Brasil?Baldy: Goiás está muito bem posi-cionado em relação ao resto do Bra-sil. Hoje sou presidente do Consedic – Conselho Nacional dos Secretários de Desenvolvimento, Indústria e Comércio –, onde escuto a realida-de em todas unidades federativas do país, observando claramente que estamos bem superiores em projetos e resultados conquistados. Criamos o Vapt-Vupt Empresarial, que se tornou referência nacional. Chegou para simplificar a vida do empreendedor e abrir uma empresa em 24 horas, num ambiente agra-dável e aconchegante. Facilitou a formalização e a abertura recorde do número de empresas no Estado e temos a melhor média nacional. Também criamos os Complexos Industriais Integrados, buscando in-tegrar cadeias produtivas e focados na interiorização dos investimentos para reduzirmos as desigualdades regionais dentro do Estado. A busca por investimentos também tem des-taque nacional. Atraímos empresas brasileiras e internacionais, a exem-plo da British Petroleum, que foi o único anúncio de investimento do

setor de açúcar e etanol em 2012 no Brasil. Na balança comercial bate-mos o recorde, chegando a mais de 12 bilhões de dólares em transações correntes, com mais de 7 bilhões de dólares em exportações, gerando um saldo positivo na balança de 2 bilhões de dólares, aproximada-mente 10% do total nacional, sendo que representamos menos de 3% das exportações. O FCO bateu re-cordes em 2012 e em 2013. Conse-guimos aplicar todo orçamento do ano, mais de 750 milhões de reais, em apenas 3 meses, mostrando a eficiência na atração e consolidação de investimentos e no otimismo do investidor no Estado. No apoio às micro e pequenas empresas, temos sido referência nacional no crédito, pois facilitamos a formalização com o Vapt-Vupt Empresarial e levamos a possibilidade a um número alto de empreendedores que não con-tavam com crédito – através do PAI (Plano de Ação Integrada de Desenvolvimento do Governo de Goiás) lançamos novas linhas de crédito e ampliamos e facilitamos as já existentes, buscando investir aproximadamente 100 milhões de reais nos programas de microcré-ditos goianos.

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MERCADO

Automação comercialCom o mercado cada vez mais dinâmico, o atacadista precisa buscar soluções que tornem seu trabalho e sua produção mais eficientes, sobressaindo-se entre os concorrentes e destacando-se para os clientes. A automação comercial é uma das ações que contribuem nesse sentido, já que tem a finalidade de agilizar e melhorar os processos de um estabelecimento comercial

A automação comercial pode ser entendida como a me-canização de trabalhos ma-

nuais repetitivos, transformando-os em processos automáticos. Aos processos realizados em qualquer estabelecimento que tenha fins co-merciais são incorporados ferramen-tas e equipamentos eletrônicos que

facilitam e agilizam as tarefas realiza-das pelos funcionários, com o intuito de alcançar eficiência, controle e segurança. O uso de máquinas no lugar das pessoas, em determinadas atividades, e a integração entre o trabalho dos dois, devem-se a uma busca pela melhoria do comércio, reduzindo mão-de-obra e despesas

e aperfeiçoando a produção, a qua-lidade e o controle operacional do estabelecimento. A automação se dá em tarefas que podem ser reali-zadas por funcionários, mas que são passíveis de erros, como: cálculo e digitação de preços, preenchimento de um cheque e emissão de nota fiscal, por exemplo.

Ferramentas e equipamentos eletrônicosSistemas de informação (armazenamento de informações essenciais;

Integração dos instrumentos de trabalho;

Geração de relatórios, controle do fluxo de caixa;

Softwares comerciais;

Checkout (comporta o ponto de venda – PDV);

Microterminal;

Impressora fiscal, matricial e térmica;

Impressora de código de barras;

Leitor de código de barras;

Balança eletrônica;

Terminal de consulta de preços.

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As caixas registra-doras eletrônicas

chegaram para substituir as eletro-

mecânicas, assu-mindo a função de registrar e totalizar

compras feitas

Caixa eletrome-cânica, a evolu-ção do primeiro modelo dos irmãos Ritty

HistóriaPrimeira

máquina re-gistradora da

história, inven-ção de James

e John Ritty, em 1878

Em 1986 surgem os primeiros equipa-mentos emissores de cupom fiscal, em voga até hoje

A história da automação co-mercial teve início com a invenção da primeira máquina registradora por James e John Ritty em 1878 nos Estados Unidos.

Em seguida vieram as caixas eletromecânicas e, como os dois equipamentos foram precursores desse processo de mecanização dos trabalhos manuais, acabaram causando uma revolução na forma como o comércio era gerido.

Depois, vieram as caixas regis-tradoras eletrônicas, que assumiram a função de registrar e totalizar as compras feitas. Em 1986, surgiram os primeiros equipamentos emisso-res de cupom fiscal.

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Rapidez na verificação de informações;

Mais agilidade no atendimento a clientes no caixa;

Diminuição de tarefas manuais;

Redução de erros nas vendas;

Crescimento da satisfação dos clientes;

Melhora na segurança e agilidade na troca e devolução de mercadorias;

Aumento da confiança no estabelecimento;

Redução do desgaste de funcionários.

Benefícios

Processo de automação

Levantamento de necessidades;

Definição dos recursos de hardware e software;

Treinamento dos usuários;

Implantação e acompanhamento;

Manutenção e suporte;

Integração das filiais com a matriz;

Integração da matriz com os fornecedores.

Existem algumas etapas que um local comercial deve seguir com o intuito de realizar uma automação comercial eficiente. É um processo complexo que não deve ser feito de qualquer forma, pois se realizado de ma-neira negligente pode acabar

prejudicando o aperfeiçoamento do estabelecimento. O tempo para que a automação comercial seja concluída pode variar de alguns dias até dois anos, dependendo do tamanho do comércio e das técni-cas utilizadas pela empresa respon-sável pela automação. Confira aqui

as etapas que de-vem ser seguidas pelo estabele-c i m e n t o e m seu processo de mecaniza-ção do trabalho manual:

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EMPRESAS EM DESTAQUE

Histórias que se entrelaçam

Preço baixo e qualidadeConsiderada uma das maio-

res empresas atacadistas de te-cidos e confecções para cama, mesa e banho do país, a Tecidos Tita foi fundada em 1954 por Ma-noel da Cunha Rego Madruga e se desenvolveu juntamente com o crescimento de Goiânia. A empre-sa, umas das responsáveis por ala-vancar o comércio atacadista em Goiás, iniciou em uma pequena loja no Centro da capital goiana, focando-se exclusivamente na venda de tecidos para o comércio varejista. Pouco tempo depois, em 1958, a companhia deu um gran-de salto e abriu sua primeira filial, em Uberlândia, Minas Gerais. Em 1975 a Tecidos Tita incrementou seus produtos e começou a vender artigos de cama, mesa e banho e produtos confeccionados em geral, procurando sempre oferecer os preços mais justos e melhor qualidade aos seus consumidores, acompanhando de perto as últi-mas tendências da moda. Hoje, a empresa também conta com uma filial em Cuiabá, Mato Grosso. A Tecidos Tita possui clientes bem diversificados, oferecendo produ-tos que atendam às vontades de homens, mulheres e crianças, além de setores especiais voltados para noivas e recém-nascidos. As lojas da companhia estão divididas em seções de Tecidos, Confecções e Cama, Mesa e Banho.

Os fornecedores da empresa estão entre as maiores fábricas

Nos 80 anos de Goiânia, a revista Leia Atacadista homenageia algumas das empresas que contribuíram para o desenvolvimento e o progresso da capital do Estado de Goiás

têxteis existentes no Brasil, que além de produzir os próprios artigos, procuram importar produtos que te-nham aceitação durante todo o ano, considerando as diferentes estações. Essas importações, peças valiosas na elaboração do estoque da companhia, são feitas por meio do Departamento de Compras. As peças no estoque são diversificadas com o objetivo de satisfazer as diferentes exigências e necessidades dos clientes provindos de todo o país. A empresa Tecidos Tita preza sempre pelos interesses e bem estar do cliente, oferecendo prazos flexíveis com custo financeiro reduzido (já que eles são os próprios financiadores), preços competitivos e qualidade dos produtos. A companhia também valoriza a parceria existente entre ela e seu consumidor, algo indis-pensável em sua forma de trabalhar, respeitando o cliente e entendendo suas necessidades.

Em 1954, Manoel Madruga inaugurou a Tecidos Tita,

que viria a ser a maior em-presa atacadista de cama, mesa e banho da América

Latina, diretamente de Goiânia para o mundo!

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JC Distribuição se sobressai no segmento atacadista e distribuidorA empresa se preocupa não apenas em distribuir os melhores produtos pela região, mas também em manter laços fortes com os clientes e colaboradores

Fundada em 1964, a JC Distribuição começou como um pequeno armazém em Ce-res, interior de Goiás, e hoje é considerada a maior empresa atacadista e de distribuição do Centro-Oeste e uma das maiores do Brasil. Em seus anos de atuação, a companhia se especializou em foodservice (mercado de alimentação fora do lar), papelaria, calçados, bebidas, doces e artigos de hi-giene e beleza. A JC Distribuição também se compromete com a distribuição de vários outros tipos de produtos em diversos segmentos, contando com mais de 400 fornecedores.

A sede da matriz da empre-sa se localiza hoje em um ponto estratégico de Aparecida de Goiânia, no Anel Viário, de onde tem acesso direto a toda malha rodoviária do estado e do país, permitindo que a JC atue não só em Goiás, mas também no Dis-trito Federal, Tocantins, sul do Pará, oeste da Bahia e divisa com Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. A empresa diz ter como um de seus objetivos a expansão das áreas atendidas, para que, dessa forma, os seus produtos cheguem a um número bem maior de lares brasileiros.

Atualmente, a JC Distri-buição conta com mais de 26

mil clientes cadastrados e 24 mil atendidos todo mês. A matriz ocupa um espaço de 36 mil m² e foi pro-jetada para suportar um conside-rável crescimento, construída para garantir as condições ideais tanto para os colaboradores quanto para os milhares de produtos estocados, sempre com o intuito de alcançar um único resultado final: agilidade e eficiência no atendimento a seus parceiros. O centro de distribuição comporta até 16 mil posições de pallets para armazenamento de produtos, distribuídos em uma área de 18 mil m². Os seus mais de mil

colaboradores e 500 representantes comerciais autônomos recebem treinamento constante, assistência médico-hospitalar e odontológica. A JC possui ainda duas filiais em Goiânia e Anápolis.

A JC Distribuição afirma ter como valores o respeito, humildade, compromisso, seriedade, busca da excelência, inovação e força de von-tade. A visão da companhia é ser a melhor empresa de distribuição ata-cadista em sua área de atuação, unin-do produção ao consumo, com alto nível de execução, ética e agregação aos clientes, equipe e fornecedores.

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LOGÍSTICA

Cadeias de abastecimentoO processo pelo qual o produto chega ao consumidor possui várias etapas. O atacado é parte essencial nesse procedimento

A cadeia de abastecimento é um conjunto de ações e processos que possibilitam

que o produto chegue ao cliente em seu melhor estado possível. Esses processos não podem se restringir apenas à movimentação de mate-riais, mas devem buscar se integrar com todas as outras ações, tais como: localização da organização, distribuição física, administração

do estoque, modo de transporte, fluxo de informações, estimativas e relacionamentos. Ou seja, se preo-cupando com os procedimentos de compra, produção e distribuição.

Em seu livro “Supply chain man-man-agement and advanced planning: concepts, models, software and case studies” (Administração de cadeias de abastecimento e planejamento avançado: conceitos, modelos, sof-

tware e estudos de caso), Stadtler defende que uma cadeia de abaste-cimento consiste em duas ou mais organizações legalmente separadas, ligadas por fluxos financeiros de material e informação. Mas, de uma maneira mais simples, o termo cadeia de abastecimento também pode ser aplicado a uma grande companhia com diferentes unidades situadas em diferentes países.

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Professor da Faculdade Alfa, Aurélio Troncoso realiza pesquisas sobre as cadeias de abastecimento. Por meio de suas análises, ele procura estudar uma política de transporte que possa gerar economia para o País, assim como baratear o custo do produto final, lembrando sempre que o Brasil possui grandes dimensões e, por isso, essa política de transporte deve priorizar as seguintes ações: integração dos mercados, introdu-ção do desenvolvimento e irrigação econômica dos espaços. Troncoso afirma que o seu trabalho contem-pla alguns processos fundamentais para o melhor funcionamento da cadeia de abastecimento: reduzir os custos de produção e circulação, dinamizando a economia; ampliar as possibilidades de abastecimento interno; aumentar as possibilidades de consumo de produtos e serviços com menor custo; promover acesso a bens e serviços por toda a sociedade.

De acordo com o Professor, o estudo foi iniciado tendo como objetivo identificar as melhores práticas de transporte e ao mesmo tempo mostrar que o Centro-Oeste é uma região rica em recursos na-

turais. Por isso ela recebe o nome de I lha Conti-nental. Em sua pesquisa, Troncoso trabalha com três vetores de cresci-mento considerando o novo ciclo de crescimento econômico: expansão do mercado sul-americano; aumento da eficiência da economia via redução dos custos de transporte; e exploração da fronteira interior e emprego da po-pulação. Dessa forma, o estudo pretende mostrar as necessidades de criar plataformas logísticas multimodais em todo o Centro-Oeste para assim desafogar as regiões que hoje concentram as maio-res economias e detém os maiores portos para exportação e importação.

As pesquisas de Troncoso são feitas tendo como base a análise do custo de transporte em hidrovia, ferrovia e rodovia. Segundo o Pro-fessor, o custo de transporte está diretamente relacionado à manu-tenção dos meios de transporte. O Brasil possui vários rios com grande potencial hidroviário, por isso a hi-drovia tem níveis de manutenção e consumo energético extremamente

baixos. Já as ferrovias brasileiras são totalmente ineficientes por apresen-tarem muitos problemas técnicos. No entanto, são bastante econômicas considerando o consumo de com-bustível. Com relação às rodovias federais, a grande maioria vem so-frendo degradação constante, o que acaba provocando a perda de 25% da exportação de grãos, por exemplo, no transporte até os portos.

Em busca de melhorias

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Setor atacadistaO setor atacadista está

no meio da cadeia. O atacado é responsável pela distribuição da mercadoria, tornando-se assim uma das etapas para que a cadeia seja concretizada. A cadeia de abastecimento segue

a seguinte ordem de etapas: forne-cedores, fabricantes, distribuidores e consumidores.

Quem é responsável por cada etapa pode variar, promovendo dessa forma a competição entre em-presas e organizações, atividade que

se tornou característica em uma cadeia de abastecimento.

Para Troncoso, a busca pela competitividade cria um novo conceito empresarial: a estraté-gia de integração da cadeia de distribuição. Essa estratégia tem como finalidade: desenvolver automação comercial, EDI, data mining, CRM; criar sistemas de informação gerencial, logística operacional integrada; transfor-mar excesso de capacidade em lucro; reduzir o risco e os custos da entrada em novos mercados; acelerar o lançamento de novos produtos; estender o escopo de operações existentes com o in-tuito de superar barreiras legais e comerciais e, assim, alcançar economias de escala.

Aurélio Troncoso

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TRIBUTOS

Unificação do ICMSCom a PRS 01, governo federal quer acabar com a guer-ra fiscal entre esta-dos, mas não agrada Norte, Nordeste e Centro-Oeste

Desde o ano passado, o gover-no federal vem discutindo a unificação do ICMS (Imposto

sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) interestadual em 4%, com o objetivo de acabar com a chamada “guerra fiscal”. Ou seja, encerrar a concessão de benefícios destinada às empresas que queiram se instalar em determinados estados do Brasil (no caso, os estados do Norte, Nor-deste e Centro-Oeste).

O ICMS interestadual é cobra-do quando uma mercadoria passa

“Ação deverá estimular confiança entre empresários”, acredita senador líder do PT no Congresso, José Pimentel

A unificação do ICMS cau-sou divergências assim que foi proposta.Os governadores do Amazonas, Omar Aziz, do Mato Grosso do Sul, André Puccinelli, e de Goiás, Marconi Perillo, se mostraram relutantes em acei-tar a nova medida. Aziz afirmou que o Amazonas depende tam-bém da Zona Franca de Manaus e não só apenas do ICMS. De acordo com o governador, “o Amazonas vai perder 75% da arrecadação do ICMS, que é de R$ 6 bilhões por ano”.

Já para Puccinelli, todos os estados da região Centro-Oeste poderiam perder a arrecadação com a unificação do ICMS e que não é certo que as perdas sofri-das seriam realmente cobertas pelo fundo de compensação. “A federação quer fazer a reforma tributária à custa dos estados. O que eles propuseram para o Norte, Nordeste e Centro-Oeste é palavrão”, declarou Puccinelli. Segundo ele, o Mato Grosso do Sul perderia 33% da arrecadação do ICMS, Goiás perderia 26% e Mato Grosso 17%.

O secretário de Indústria e Comércio de Goiás, Alexandre

Baldy, afirma que a unificação do ICMS poderá prejudicar tanto os atacadistas do Estado, como todos os demais setores. As dis-torções que ocorrem na logística e transporte de cargas no Brasil são muito grandes, acarretando em um aumento do custo e im-pedindo as cadeias produtivas de se estabelecerem fora dos grandes eixos de consumo. “O que ocorrerá será um grande impacto sócio-econômico: a perda de milhares de empregos, insegurança para o ambiente investidor e a reconcentração dos investimentos e empregos nas regiões Sudeste e Sul do país”, diz Baldy.

O governo, por sua vez, defende a medida afirmando que, além de acabar com a guerra fiscal, ela também irá estimular um sistema tributário mais racional e menos custoso para o setor produtivo, gerando um novo estímulo na economia. José Pimentel afirma ainda que a proposta visa a diminuição das desigualdades regionais por meio da criação dos fundos de desenvolvimento e compensa-ção e também a concepção de condições para que as regiões menos industrializadas possam, dessa forma, diminuir as diferen-ças em relação às demais.

Repercussão

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de um estado para outro. O estado produtor pode ficar com 12% ou 7% do valor do item, depende de qual parte do país ele está localizado. Na maioria dos casos de venda de mercadorias realizadas no país, a alíquota é de 12%, mas no caso das vendas realizadas na região Sul, São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais para as regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, a alíquota cobrada é de 7%. Já o estado consumidor fica com a diferença entre esses percen-tuais e a alíquota total do ICMS.

Por causa da guerra fiscal, vários estados estavam oferecendo descontos ou financiando o ICMS in-terestadual para, assim, atrair indús-trias. Com a unificação do Imposto, os incentivos seriam eliminados e

a maior parte da arrecadação seria destinada aos estados consumidores. Para que os estados produtores não sejam prejudicados, as suas perdas seriam compensadas através de um fundo de desenvolvimento regional, de R$12 bilhões por ano a partir do quinto ano, e um fundo de compen-sação de perdas – isso caso a pro-posta (PSR 01) fosse aprovada pelo Senado. Dessa maneira, o governo destinaria cerca de R$180 bilhões a esses fundos até 2028.

Controvérsias Segundo o governador do Es-

tado de Goiás, Marconi Perillo, que recentemente encabeçou Marcha contra a Unificação dos Impostos em Brasília (15/5), a qual reuniu cerca de 20 mil pessoas, o fundo não compensa as perdas. O presidente da Adial Brasil, José Alves Faria, organizador da marcha, concorda com o governador, e acrescenta: “A medida é desastrosa, pois acarreta-rá desemprego e inflação, além de ser um atraso para os estados do

Centro-Oeste, Norte e Nordeste. É uma ação gananciosa dos estados do Sul e Sudeste do País”.Para o senador e líder do governo no Congresso, José Pimentel (PT), a ação é positiva e deverá estimular a confiança entre empresários para a realização de novos investimentos, beneficiando assim os estados que anteriormente eram prejudicados pela guerra fiscal.

PrazosInicialmente, a unificação do

ICMS estava prevista para 1º de ja-neiro deste ano, mas foi adiada para o próximo ano. Para o secretário executivo do Ministério da Fazenda, Nelson Barbosa, o prazo maior faci-litará a transição, tanto para entes públicos como para o setor privado. “Começando a unificação em 2014, daremos tempo à União, aos gover-nos estaduais e às empresas de se adaptarem à uma nova realidade”, declarou. O corte da alíquota para 4% para todos os estados acontece-ria no decorrer de um prazo de oito anos, de acordo com a proposta do Executivo. A proposta original previa um período de transição de 12 anos.

Segundo o secretário executivo do Mi-nistério da Fazenda, Nelson Barbosa, a prorrogação da unificação para 2014 tem como objetivo facilitar a transição e dar tempo para as empresas e gover-nos se adaptarem à nova realidade

“O que eles propuseram para o Norte, Nordeste e Centro-Oeste é palavrão”, André Pulccinelli, governador do Mato Grosso do Sul

Marcha contra unificação do ICMS leva cerca de 20 mil goianos à Brasília

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PENSE VERDE

Negócio de futuroSer verde é rentável e contribui para uma imagem positiva na sociedade

O que é sustentabilidade? O que fazer para ser sustentá-vel? Ser uma empresa sus-

tentável é vantajoso ou não? Essas são algumas perguntas feitas por empresários quando lhes é proposta a ideia de seguir um “negócio verde”.

Mas, então, o que é ser susten-tável? Segundo a Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvi-mento, mais conhecida por Comissão Brundtland, desenvolvimento sus-tentável é atender às necessidades do presente sem comprometer a possibilidade das gerações futuras atenderem à suas próprias necessi-dades. A compreensão do que é ser sustentável deu força ao conceito e impulsionou a sociedade por sua busca. Atualmente, associar a imagem

de uma pessoa, empresa ou institui-ção à sustentabilidade virou moda, e proporciona status de credibilidade. Mas essa busca deve ser compreen-dida em sua essência, afinal, o termo ainda não possui padrões e é passível de diferentes interpretações.

Mais atitudeMas ter um negócio verde não é

simplesmente associar o nome da em-presa ou instituição com o termo sus-tentabilidade. Vai além de conceitos. Na verdade, são atitudes que devem ser praticadas. É preciso atender aos critérios de relevância social, prudên-cia ecológica e eficiência econômica, simultaneamente. Inclusive, essa é a grande dificuldade para muitos empreendedores que, na maioria das vezes, não conseguem conciliar esses três pilares, principalmente por esta-rem ligados ao rendimento financeiro.

Uma empresa que sabe praticar a sustentabilidade consegue colher bons frutos. Esta prática, entretanto, deve alcançar a todos os envolvidos de alguma forma com o negócio. For-

necedores, parceiros, trabalhadores e até mesmo consumidores devem ser beneficiados. É essa união que torna o grupo sustentável.

Empresa ecoeficienteExistem diferentes formas de

adotar e efetivar a sustentabilidade, dentre elas, a ecoeficiência. Esta ofe-rece bens e serviços com menos im-pactos ecológicos. Dentro do conceito da ecoeficiência, está a produção mais limpa, que proporciona às empresas a aplicação contínua de técnicas que aumentam a eficiência no uso de algumas matérias-primas, água e energia, enquanto trabalham para uma redução da emissão de resíduos e no processo de reciclagem. Esses procedimentos ajudam na redução de custos quanto aos gastos dos bens ci-tados, além de ajudarem na imagem, na reputação e no relacionamento da empresa. Saber investir na susten-tabilidade é um filão na atualidade. Mas os empreendedores precisam compreender que esse novo jeito de ser social é um investimento em ima-gem e economia, e não uma despesa.

Rhaianny Marques

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Toni Omar Garcia é formado em Administração de Empresas (FACH), pós-graduado em Gestão Empresarial (IPOG), em

Gestão de Agronegócios (UFG), em Consultoria de Varejo (IGA Brasil) e em Gerenciamento de Projetos (FGV)

Seus líderes sabem operar a saída de emergência?

A dificuldade de encontrar bons profissionais disponíveis no mercado tem se tornado a maior desculpa para a contratação de pessoas sem a devida qualificação para

exercerem cargos de liderança, mesmo quando os níveis de desemprego estavam baixos.

Com o intuito de contextualizar como o processo de escolha de líderes é culturalmente tratado por alguns empre-endedores, primeiro vamos analisar como é o procedimento adotado pelas companhias aéreas na escolha de quem deve se sentar na saída de emergência de uma aeronave. Para isso, vejamos alguns trechos do conteúdo do cartão de instrução para esses passageiros:

“No caso de uma emergência, o passageiro que estiver ocupando um assento na saída de emergência poderá ser en-carregado a desempenhar as seguintes funções:”• Compreender as instruções para operar a saída de emergência;

• Avaliar se a abertura da saída de emergência não acarretará danos físicos aos passageiros;

• Avaliar as condições da escorregadeira, ativá-la e estabilizá-la, depois de inflá-lo e ajudar as pessoas na evacuação da aeronave utilizando este equipamento;

• Avaliar, escolher e orientar as pessoas para um lugar seguro e longe da aeronave;

Não podem sentar-se junto às saídas de emergência pessoas que não sejam capazes de:

• Auxiliar as pessoas a saírem do avião utilizando a escorregadeira;

• Ler e compreender as instruções ou que tenham dificuldades de compreensão.

Pelo conteúdo das instruções citadas é fácil perceber que somente uma pessoa dotada com perfil de liderança deveria ou poderia ocupar um assento na saída de emergência. Com os cargos de liderança não é diferente. As empresas precisam, da mesma forma, escolher pessoas aptas para ocuparem seus postos estratégicos.

Aponto algumas atitudes que um líder deve demonstrar no desempenho de suas atribuições:• Analisar e identificar as melhores alternativas;

• Seguir e fazer cumprir as normas;

• Saber agir em situações de elevado estresse;

• Manter a ordem e o foco;

• Proporcionar as condições e recursos necessários para garantir a “sobrevivência” de seus liderados;

• Comunicar-se de forma clara e eficaz.

Mesmo com tantos itens a serem observados, o processo seletivo de quem irá se sentar na saída de emergência dos aviões acaba sendo o critério financeiro, ou seja, quem paga mais para ter um espaço maior para as pernas e viajar com um pouquinho mais de conforto. Nessa hora, ninguém se lembra das atribuições e dos riscos que estão assumindo.

Infelizmente, na grande parte das empresas o critério para o processo seletivo também é o financeiro, mas no sen-tido inverso, ou seja, escolhe-se por quem se paga menos.

Pois bem. Agora, convido você a fazer uma pequena viagem, não de avião, mas na sua empresa. Quantas situações críticas ocorrem semanalmente? Aqueles assentados nas mesas maiores ou nas “saídas de emergência” e que recebem o título de encarregados, gerentes, diretores, etc. estão aptos para agir nos casos de um acontecimento fortuito ou qualquer incidente inesperado?

Bussines Inteligence Numa empresa, seja para o controle financeiro ou co-

mercial, é comum voltarmos tempos depois e constatar que várias análises implementadas deixaram de ser feitas, mesmo com o treinamento de todos os responsáveis envolvidos. Daí, a constatação de que para a contratação de pessoas para ocupar cargos essenciais não bastam os títulos, ou se o escolhido é alguém de confiança do dono, ou se o custo remuneratório é menor. Esse processo de seleção é crucial para a obtenção segura de resultados.

Ouso terminar dando um breve conselho: faça uma aná-lise crítica dos seus líderes enquanto sua empresa está voando, identifique os pontos fracos, capacite-os, atrele remuneração à qualificação e a resultados. Quando a empresa entra em situação de emergência, com certeza precisará contar com líderes que sabem o que fazer, pessoas capacitadas, treinadas que saibam operar as saídas de emergência.

Toni Omar Garcia

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INFRAESTRUTURA

Obras do VLT deverão ter início ainda este anoSegundo governador Marconi Perillo, construção dos trilhos terá programação escalonada para não afetar o comércio

(30 biarticulados e 60 articulados), no entanto esse sistema está saturado e não consegue atender a demanda de mais de 200 mil usuários por dia.

Bom para o comércio?Mesmo com todos os benefícios

que pode trazer, a obra não agradou a todos, principalmente ao setor terciário que temia pela falência generalizada dos estabelecimentos situados ao longo da Avenida Anhanguera, a exemplo do que aconteceu na implantação do Eixão. Em reunião recente com várias entidades representativas da população, o gover-nador Marconi Perillo tranquilizou os empresários ao apresentar o plano de execução da obra, mas sobretudo, ao in-formar que determinou que seja feito um estudo da realidade dos prejuízos para compensar os empresários com isenções tributárias. “O VLT foi aprovado nas ruas, está no plano de governo”, declarou o governador. “Não estou preocupado com a reeleição, mas em fazer bem feito o que eu tiver que fazer”, complementou.

Segundo o coordenador das obras do VLT, Carlos Maranhão, foi feito um planejamento para reduzir ao mínimo os impactos ambientais e de comodi-dade. Uma das medidas para atingir tais objetivos foi escalonar a execução da obra, realizando-a por trechos, “para não impactar negativamente o comércio”. No primeiro momento, a intervenção será feita entre os terminais Novo Mundo e Praça da Bíblia e assim por diante, de tre-chos em trechos. Segundo o presidente do Sinat, Paulo Diniz, que acompanhou a reunião, as informações são de que os trechos não serão interditados para circulação de veículos.

“A Avenida Anhanguera será divi-da em trechos de até três quarteirões.

Deverá sair do papel ainda este ano as obras do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), conforme anun-

ciado pelo governo do Estado e pela administração municipal no primeiro se-mestre de 2013. O VLT substituirá a frota do Eixo-Anhanguera(que liga as regiões Oeste e Leste da cidade), proporcionan-do um transporte coletivo mais eficiente e confortável para o passageiro – um marco para Goiânia como a maior obra física e estrutural da cidade. A previsão é que a construção do VLT dure dois anos e custe R$ 1,3 bilhão, dinheiro proveniente dos governos Federal e Estadual. De acordo com o governador, os recursos já estão garantidos.

O trajeto do VLT, que ligará os terminais Padre Pelágio (Oeste) e Novo Mundo (Leste), será superior a 13 qui-lômetros e possuirá uma estrutura completa de mobilidade urbana, obras destinadas a revigoração do centro de Goiânia. De acordo com o projeto, serão 12 estações comuns, com distância de 850m entre cada uma, e cinco terminais de integração distribuídos ao longo do percurso. Os trens terão velocidade mé-dia prevista de 23,5 km/h, superior aos 16 km/h atingidos pelos ônibus usados atualmente, diminuindo o tempo gasto na viagem entre os dois extremos de 50 para 34 minutos. Estão previstos 30 veículos com dois carros cada, sendo que cada veículo terá capacidade para transportar até 750 passageiros, o dobro do número atual. Hoje são utili-zados 90 ônibus no Eixo Anhanguera

Enquanto os trechos estiverem em obras, os ônibus continuarão a circular, só que pela via dos carros. O trânsito não será interditado nem para o cole-tivo nem para os veículos particulares”, informou. Carlos Maranhão informou que a única restrição prevista é de estacionamento para veículos nos tre-chos com intervenção. Segundo ele, as vias para carros só serão reformadas quando os leitos já estiverem prontos, para que os ônibus possam circular por eles – o que é possível graças ao nivelamento dos trilhos, que será o mesmo das ruas e calçadas. “Depois desta transformação profunda, a Ave-nida Anhanguera voltará a ter a impor-tância e a beleza que teve na época da inauguração de Goiânia”, comentou o coordenador da obra.

Solicitações atendidasO governador Marconi Perillo

garantiu, ainda, que serão atendidas outras reivindicações feitas pelos em-presários, tais como manter o subsídio da passagem pelo governo estadual para o usuário. O governador também suspendeu a construção do calçadão entre as Avenidas Araguaia e Tocantins, comprometendo-se em fazer uma pesquisa após o término da obra para saber se a população aprova ou não sua construção.

“Não aprovávamos a obra con-forme esta foi inicialmente apresen-tada. Entretanto, com as modificações pertinentes sugeridas pelos empre-sários e abraçadas pelo governador, esperamos que ela cause a menor instabilidade possível aos comer-ciantes e que possa, quando pronta, atender com primor as demandas da população goianiense e da Região Metropolitana”, declarou Paulo Diniz.

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REPORTAGEM DE CAPA

80 anos de muita históriaMarcada desde o seu nascimento por causa das várias transformações que trouxe, Goiânia é hoje exemplo no comércio e na realiza-ção de negócios em todo o Brasil

Uma cidade ainda jovem, Goi-ânia completa 80 anos em 2013. O nascimento da capi-

tal de Goiás acompanha as transições políticas que marcaram a história do Brasil na década de 1930, mas sua idealização é bem anterior. Cem anos antes, em 1830, o então governador do Estado (segundo Presidente de Província de Goiás no Império), Marechal de Campo Miguel Lino de Morais, foi o primeiro a manifestar o desejo de mudança da capital. No entanto, a ideia não agradou a população em geral, principalmente os habitantes da antiga capital, a cidade de Goiás. Eles defendiam que o Estado era pobre e o governo endi-vidado, dessa forma seria impossível a construção de uma nova cidade.

Após 33 anos, em 1863, a ideia de uma nova capital ressurgiu através do 16º governador do Estado, José Vieira Couto Magalhães. Ele acredi-

tava que a mudança era essencial e afirmava que a cidade de Goiás era adequada como capital quando a província era aurífera. Porém, a indústria do ouro estava desapare-cendo, ao contrário da agricultura e criação de gado, que começaram a valer mais do que as minas de ouro que existiam pela região. Magalhães ainda dizia que, se a cidade de Goiás continuasse como capital, seria o mesmo que condenar a sua popu-lação à morte por inanição, pois o lugar não tinha condições de pro-duzir para a nutrição de sua própria população. Por causa disso, cidades localizadas mais ao sul do Estado e mais desenvolvidas nas atividades de pecuária e agricultura passaram a ter maior importância para o cres-cimento de Goiás.

As primeiras discussões ofi-ciais acerca da mudança da capital ocorreram apenas com a fundação

Avenida Goiás, em 1942. O prédio ao fundo é o Palácio das Esmeraldas e o prédio à esquerda é o Grande Hotel

Planta de Goiânia elaborada por Atílio

Correia Lima

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80 anos de muita históriado regime republicano, entretanto, as constituições de 1891, 1898 e 1918 sustentavam a permanência da cidade de Goiás como a capital goiana até que houvesse uma libe-ração do Congresso. Foi somente em 1930, por meio da revolução liderada por Getúlio Vargas, que o assunto da mudança da capital voltou a ser pauta. Graças ao regime varguista, houve uma renovação das lideran-ças políticas nacionais e regionais, culminando na nomeação do médico Pedro Ludovico Teixeira para o cargo de Interventor do Estado e, assim, assumindo o governo de Goiás.

Teixeira tinha como objetivo tirar o poder da mão dos coronéis e a mudança de capital era passo fun-damental em sua estratégia política. A construção de Goiânia também foi importante para a integração do interior com o litoral e, ao contrário da antiga capital, tinha possibilidade de crescimento e geografia propícia para o desenvolvimento da região. Dessa forma, em 1932, foi criada uma comissão que seria responsável por realizar a escolha da região mais adequada para receber a nova capital do Estado. Tendo em vista as cidades já existentes, o local definido foi nos

Pedro Ludovico Teixieira ob-

serva a cidade que idealizou para ser a ca-pital de Goiás

sendo erguida

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arredores da antiga cidade Campinas, hoje o bairro mais antigo de Goiânia.

O projeto de mudança foi con-firmado em 1933 e, em outubro do mesmo ano, foi lançada a pedra fundamental que deu início aos tra-balhos de construção da cidade. E então, em 20 de novembro de 1935, deu-se a instalação do Município de Goiânia. A sua construção é consi-derada o marco da modernidade da era Vargas. O nome da nova cidade foi escolhido através de concurso vencido pelo professor Alfredo de Castro. Entre os nomes sugeridos pela população estavam: Petrônia (em homenagem a Pedro Ludovico), Americana, Petrolândia, Bartolomeu Bueno, Eldorado, Liberdade, Anhan-guera e Pátria Nova.

As atividades no município co-meçaram a ser realizadas ainda em novembro de 1935 e, em dezembro do mesmo ano, o então governador Pedro Ludovico enviou o decreto que estabeleceu a transferência da Casa Militar, da Secretaria Geral e da Secretaria do Governo para a cidade de Goiânia. Em março de 1937, o decreto de número 1816

oficializou a transferência da capi-tal do Estado para Goiânia, mas foi só em 1942 que ocorreu o evento oficial de transferência.

Assim como Brasília, Goiânia foi uma cidade planejada, mas acabou se desenvolvendo estruturalmente bem mais que o esperado, tornando--se uma cidade muito maior do que foi esquematizado no começo. A ca-pital goiana foi projetada inicialmen-te para contar com áreas específicas

REPORTAGEM DE CAPA

para cada segmento do comércio e serviços e abrigar uma população de 50 mil habitantes, mas hoje esse número já ultrapassou um milhão. Atualmente, a Região Metropolitana de Goiânia é a união de 20 municí-pios e possui mais de dois milhões de habitantes.

Lugar de bons negóciosGoiânia é aclamada como uma

das melhores cidades do Brasil para

Estação Ferroviária, em 1957

Aos 80 anos, Goiânia é considerada uma das melhores capitais brasileiras para se viver

Monumento às Três Raças, localizado na Praça Cívica

Lyceu de Goiânia

Sistema de transporte público. Fazia o trajeto da Praça Joaquim Lúcio até a Praça do Bandeirante em 1 hora

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se fazer negócios e um dos maiores centros financeiros do país, conside-rada como destaque em toda a Região Centro-Oeste devido à qualidade de vida de sua população. A cidade é responsável por ter o maior PIB en-tre os municípios de Goiás e possui uma economia forte, principalmente por causa do setor de serviços, além de também abrigar indústrias. Por causa de sua localização geográfica, a cidade é vista como vantajosa por facilitar os deslocamentos e beneficiar os negócios nos setores atacadistas e de distribuição.

Cerca de 80% da economia da ci-dade é concentrada no setor terciário, considerado dinâmico e diversificado, compreendendo desde serviços bási-cos até os que demandam alta tecno-logia, abrangendo a maior parte da população ativa. Em 2000, o terceiro setor possuía 19.470 empresas, com destaque para o comércio atacadista e varejista, atividades imobiliárias, alojamento e alimentação e serviços sociais e de saúde. Mas o segundo se-tor também é fundamental e influente na economia goianiense, se destacan-do com as indústrias farmacêuticas. A capital goiana está também entre as primeiras cidades no setor de con-fecções, empregando mais de 35 mil pessoas na área e famosa pelas feiras e bairros destinados à venda de roupas, assessórios e produtos relacionados, como Campinas e Bernardo Sayão.

Teatro Goiânia, em foto antiga e recente, depois de algumas reformas

A beleza da cidade, que possui vários parques públicos, encanta os visitantes

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oiânia tem sido cantada, admirada e constante-mente adotada por quantos se aportam por aqui, desde os últimos oitenta anos. Bebeu da nossa água,

admirou os contornos das nossas belas, não tem jeito, daqui não mais se aparta.

Mário Prata (1946), cronista, autor de vários livros, mi-neiro de Uberaba, residente em Florianópolis – SC, não fugiu à regra: comeu do nosso pequi, cobriu-se do manto azul do nosso céu, dormiu sob a maravilha das nossas estrelas incon-táveis e extasiou-se com “mulheres lindas, de sobressalentes bundinhas torneadas a leite e carne de primeira”. Mário, tal como São João Bosco – o fundador dos Salesianos, viajou em sonho pelo Planalto Central e produziu esta pérola de crônica, publicada no Jornal O Estado de São Paulo, edição de 27/10/99, caderno 2 Página D-9, que transcrevemos:

O SONHO AZUL DE DOM BOSCOMário Prata

“Lá embaixo, aquele verde misturado com as nuvens brancas dá um certo azul, visto lá da janelinha do avião. Quando Gagarin disse isso, em 61, o mundo ficou boquea-berto: A Terra é azul! Depois vieram as fotos e o poema russo esvaiu-se com o ar poluído do fim do século.

Foi pensando no Gagarin e em São João Bosco que eu aterrizei no Planalto Central. Antes de Gagarin, há uns 150 anos, o criador dos Salesianos, o tal Bosco, teve um sonho: no centro do Brasil surgiria uma cidade, a cidade do futuro. Uma cidade azul, imaginava eu, ainda moleque.

Ao Planalto Central cheguei e dormi. E, apesar de não viajar pelo espaço sideral e nem ser santo, sonhei.

Sonhei que as ruas da minha cidade não tinham co-lombinhos, nem buracos. Que as calçadas eram bem feitas e bonitas. E pessoas passeavam o dia inteiro por elas. Indo e vindo como reza a Constituição. No centro das alamedas e das avenidas, coqueiros rodeados de canteiros multicolo-ridos. Bem arranjados e bem cuidados. E cheirosos. Coisa de sonho mesmo, lúdico e utópico.

Sonhei que o prefeito da cidade tinha um computa-dor na sala dele onde cuidava dos seus cidadãos, a toque de indicador. Achava um bairro, uma rua, uma casa e dizia:

Não estamos sonhando

aqui tem um tuberculoso, que se trata no hospital tal, e tem consulta marcada para amanhã. Só em sonho mesmo.

E no sonho não tinha crianças analfabetas e todos gostavam de ler. Sonhei que o secretário da Cultura daquele Estado era um poeta e dava dinheiro para o cinema. Até com um jovem governador de 30 e poucos anos eu sonhei. E ele tinha as minhas iniciais: MP ( que não era medida provisória).

Ainda no sonho passavam por mim mulheres lindas, de sobressalentes bundinhas torneadas a leite e carne de primeira. No sonho, os promotores eram todos jovens e tinham pouca gente para acusar. A criminalidade no meu sonho era bem baixa.

G

Foto: Eudenes Romão

Paulo Diniz

Goiânia tem sido cantada, admirada e constantemente

adotada por quantos se aportam por aqui, desde os últimos

oitenta anos. Bebeu da nossa água, admirou os contornos das nossas belas, não tem jeito, da-qui não mais se aparta. Mário Prata (...) não fugiu à regra:

comeu do nosso pequi, cobriu-se do manto azul do nosso céu, dormiu sob a maravilha das

nossas estrelas incontáveis e extasiou-se com mulheres lindas

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Não estamos sonhando

Sonhei que ali as pessoas viviam felizes como numa vila nova. E lá os ônibus eram azuis como os olhos do Gagarin.

E só fui acordar de noite numa praça chamada Cívica, onde um jovem maestro cabeludo tocava Ravel, Tchaikovski e uma multidão de pessoas ouvia e aplaudia. Era aniversário daquela cidade que eu sonhava. A cidade era uma menina de 66 anos. E, no meio da multidão, o prefeito andava com segurança (e sem segurança) no meio do povo.

E, no auge da sinfonia russa, uma festa de rojões, luzes e pirotecnia invadia o espaço. E o povo gritava, feliz:

– Viva Goiânia! Viva Goiânia!É, eu estava lá no meio do povo. Eu e o Mateus Shirts,

que apareceu no sonho, para ouvir uma mulher dizer para ele – e sabe-se lá por que: a coisa mais bonita do mundo é o Estado e a P refeitura trabalharem juntos. Eu e o Mateus não sabemos porque ela nos disse aquilo.

E aí – e já não era mais sonho – uma garotinha goia-niense, ouvindo “O Guarani” de Carlos Gomes e olhando os fogos explodindo lá em cima, perguntou para o pai dela:

– É Deus, pai? É Deus que está fazendo isso?Não, menina, não era Deus, não. Era o povo mesmo,

era o cidadão lá do Brasil Central.Que me desculpe o Juscelino e todos aqueles que

moram – e mamam- em Brasília, mas quando o meu que-rido São João Bosco, sonhou com uma cidade do futuro no interior do Brasil, foi com Brasília não. O buraco era um pouco mais embaixo.

Pra ser mais exato, 202 quilômetros pra baixo.A cidade azul de Dom Bosco, o mundo azul de Gagarin,

chama-se Goiânia. Uma cidade onde os ricos emergentes não latem. Nem mordem.

Paulo Diniz Presidente do Sinat

A cidade era uma menina de 66 anos. O prefeito andava com

segurança (e sem segurança) no meio do povo. E, no auge da sinfonia russa, uma festa de

rojões, luzes e pirotecnia invadia o espaço. Viva Goiânia!

“ “Tá duvidando? Vai lá, vai.O duro é voltar para São Paulo, esta unha encra-

vada e desgovernada há tanto tempo, que continua se achando culta e civilizada”.

É lamentável que a nossa “unha” tenha se en-veredado pelo caminho da metropolização e tenda também a se encravar. No rastro de São Paulo, temos importado dela e de outras assemelhadas os grandes problemas. Melhor seria que, no caminho inverso, as tivéssemos ensinado o nosso provincianismo de cidade pacata, segura por natureza, hospitaleira. Que nossos espaços são direcionados para o nosso conforto e os nossos veículos podem parar ao lado das ruas e avenidas, sem sermos abordados por agentes, ou por assaltantes. Que nossas casas se apresentam abertas, sem muros e grades. Que a corrupção e a violência são apenas notícias de jornais alienígenas. Que nossos governantes cuidam, com presteza e competência, dos anseios da população quanto a saúde, a educação e o lazer. Que tudo se passa aqui como no sonho de Dom Bosco.

Mas, aqui não estamos sonhando. Pelo contrário, estamos acordados! Parabéns Goiânia pelo seu octa-gésimo aniversário.

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GESTÃO DE NEGÓCIOS

Essenciais para o bom funcionamento de uma organização comercial, os gerentes devem preocupar-se com a própria equipe e com a satisfação do cliente

O papel do gerente comercial

O gerente comercial de uma empresa é peça fundamen-tal para o seu sucesso em

manter uma equipe unida e eficiente. É de sua competência dentro de uma organização (seja ela comercial, in-dustrial ou de prestação de serviços)

Para Hélio, o gerente pode contribuir para o sucesso de sua empresa mostrando-se presente e acompanhando de perto o trabalho de seus colaboradores. Essa proximidade pode ocorrer das seguintes formas: física, no próprio local de trabalho (sem divisórias ou separações, o gerente e os colabo-radores ficam frente a frente); vir-tual, por meio de e-mails enviados aos clientes; almoços e reuniões periódicos; análise de vários relató-rios com os respectivos feedbacks (visitas, vendas, despesas, resulta-dos, etc). Por meio desse processo é possível entender as dificuldades enfrentadas pela equipe, apontar as possíveis soluções e escolher a melhor e mais adequada para resolver determinado problema. O gerente da Purifilter compara uma organização a uma orquestra, onde os “músicos (colaboradores), regidos pela batuta de um maestro (gerente), proporcionam à plateia (clientes) uma agradável sinfonia”. O trabalho do gerente também se mostra essencial para que a empresa na qual trabalha se des-taque no mercado. Hélio destaca as seguintes atividades que devem ser desempenhadas pelo gerente para que sua organização cresça:• Planejar ações e metas baseando--se em dados históricos;• Dirigir seus colaboradores com espírito de parceria;• Organizar com atenção o traba-lho diário, semanal e mensal, de forma justa e imparcial;• Controlar periodicamente os resultados obtidos, agindo rapida-mente quando identificar alguma alteração que os comprometa.• Em caso de risco, é seu dever agir rapidamente, visando garantir o cumprimento do que foi planejado ou até mesmo alterar a situação diante de um novo cenário.

Trabalhando para o sucesso

exercer o papel de liderança sobre aqueles que fazem parte de sua equi-pe de trabalho, além de se preocupar em proporcionar as condições de trabalho e ferramentas necessárias a ela, para que todos desempenhem suas tarefas de forma satisfatória e atinjam as metas traçadas.

De acordo com o gerente de vendas da Purifilter, Hélio Valério, o gerente deve estar sempre atento às necessidades de sua equipe, se-jam elas profissionais ou pessoais, mesmo que neste último caso ele precise exercer o papel de psicólo-go. Ele também diz que a liderança do gerente deve ser conquistada e nunca imposta, para assim evitar comprometer os resultados es-perados. É seu papel atuar como líder, conquistando a confiança dos membros da equipe, ajudando-os a buscar soluções para os problemas diários, comemorando com eles suas conquistas e premiando-os, como nos casos de venda fechada, abertura de uma nova conta e redu-ção de custo.

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Hélio Valério, gerente da Purifilter

É sempre importante lembrar que o relacionamento do gerente (podendo considerá-lo como uma peça social na composição de uma organização comercial) com outras pessoas, seja com a equipe de traba-lho e clientes, é fundamental para o crescimento e sucesso da empresa. Para Hélio, a confiança mútua é a base da relação entre gerência e equipe de trabalho e ambos devem estar conscientes disso. O colabora-dor deve realizar suas tarefas tendo em mente que precisa finalizá-las com eficiência (bem feito) e eficácia (atingir os resultados traçados) e cabe ao gerente proporcionar as con-dições necessárias para a execução dessas atividades.

Já com relação aos consumi-dores (clientes), é preciso ouvi-los com atenção, pois são a razão de existência da empresa. Hélio destaca que esta é a principal atitude de um bom gerente. Ele diz também que, no caso de uma reclamação sobre um produto fornecido ou um serviço realizado de forma insatisfatória, o gerente deve anotar a reivindicação, identificar os motivos que causaram o conflito e dar feedback ao cliente, se possível pessoalmente. Esse pro-cesso só pode ser concluído quando o cliente se mostrar satisfeito com as ações realizadas, pois, dessa forma, ele se tornará um divulgador positi-vo da empresa.

Pontos fundamentaisRay Butkus é presidente da

DonnelleyGroup, uma divisão da InfoUSA. Inc. Marketing Solutions, e escreveu o artigo Excellence at the Cutting Edge of Sales Management (A excelência da administração de vendas),onde diz que os melhores gerentes comerciais devem exibir os seguintes pontos:

Relacionamento: equipe e clientes

Entendimento: Os gerentes têm um entendimento do produto e podem ajudar sua equipe a con-verter o conhecimento do produto em benefício específico para seus cl ientes. Eles conhecem a sua própria companhia, seus compe-tidores, o segmento que integram e sua equipe de vendas (coletiva e individualmente). O conhecimento do produto e o conhecimento da indústria são dois dos três alicerces para estabelecer a credibilidade nos vendedores, representantes e distribuidores;Preocupação: gerentes se preocu-pam por sua equipe, conhecendo o que afeta e o que interessa à sua força de venda, individualmente e como grupo. Também se preocupam com o cliente, com a intenção de

oferecer o melhor serviço possível. Para esses gerentes, os resultados significam uma profunda preocu-pação, já que estão unidos ao lucro das metas de desempenho.Ensinamento: passam de 25% a 33% do dia oferecendo capacitação a outros e na maior parte do tempo se ocupam dos quadros médios de suas equipes comerciais. Isso com o intuito de aumentar o nível de desempenho e de lucros.Inspiração: inspiram sua equipe ao estabelecer um padrão superior e ao contribuir depois com as ferramentas e confiança que os membros dessa equipe precisam para chegar a esse padrão elevado. Rompem barreiras, comunicam-se bem, orientam sua equipe e mostram o caminho a ser seguido.

LEIA ATACADISTA I 29

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Tenho empregada

doméstica. E agora?Neste ano a CLT completa setenta anos e, parado-

xalmente, os trabalhadores brasileiros ainda não conquistaram em plenitude condições dignas de

trabalho. As razões somam fatores culturais, econômicos, sociais e, em especial, políticos. O trabalhador brasileiro patina no próprio suor para sustentar uma máquina de fazer sumir dinheiro público, enquanto sua família é destroçada por falta de educação, de saúde, moradia, segurança.

E o Estado, carunchado e delinquente, se assemelha ao moribundo diabético que de face chora os males da doença e, consigo e de si mesmo, esconde toda sorte de guloseimas no travesseiro, onde de recosta em berço esplêndido.

Notem, por exemplo, que este é um ano todo especial para uma categoria esquecida, a dos empregados domésticos, que conquistaram uma aparente isonomia quanto aos direitos básicos trabalhistas. Mas ‘esse doce já veio mordido’.

O trabalho dos domésticos é regulado pela Lei n. 5.859, de 11 de dezembro de 1972 e suas alterações, onde se preveem, com indisfarçável discriminação, minguados direitos trabalhistas.

O avanço dos direitos dos domésticos se deu de forma tímida durante esses quarenta anos, com destaque para a Convenção 189 e a Recomendação n. 201/11, da OIT. Por fim, em 26 de março de 2013, a Emenda Constitucional n. 72, conhecida por ‘PEC das domésticas’, veio materializar essa conquista, numa tentativa de sepultar de vez a discriminação sofrida pela Categoria durante décadas.

Contudo, se é verdade que a PEC 72 garantiu certa isonomia de direitos ao trabalhador doméstico, também o é o fato de que os encargos incidentes sobre seus salários inviabilizam o próprio contrato. Além disso, a nova legislação pede regulamentação em sete dos dezesseis novos direitos, o que assombrou empregadores.

Na dúvida quanto ao alcance e o sentido da Lei, boa par-te do patronato doméstico preferiu rescindir seus contratos, gerando mais litígios e desemprego.

No intuito de contribuir para a longevidade contratual e equilíbrio nas relações entre empregadores e empregados domésticos, seguem abaixo apontamentos que poderão ser de interesse para se evitar o pânico contratual que se alastra.

O DOMÉSTICOÉ todo trabalhador maior de 18 anos que preste servi-

ço a pessoa física ou família em um ambiente residencial e familiar, sem fins lucrativos. Entre eles estão: profissionais de limpeza, lavadeira, passadeira, babá, cozinheira, jardineiro, caseiro (rural ou urbano), motorista particular, cuidador de idosos e até piloto de aviões particulares. A jurisprudência excetua diaristas, pedreiros, empreiteiros e autônomos em geral; voluntários, etc..

DIREITOSANTERIORES À PEC

Carteira assinada, salário mínimo mensal, previdência social, folga semanal (preferencialmente aos domingos), férias anuais remuneradas,13ª salário, aposentadoria, irredu-tibilidade dos salários, licenças maternidade e paternidade, aviso prévio.

DEPOIS DA PECDireitos com validade e eficácia imediatos: jornada de

trabalho de 8 horas diárias e 44 horas semanais, hora extra, respeito às normas de segurança de higiene, saúde e segu-rança no trabalho, reconhecimento de acordos e convenções coletivas dos trabalhadores, proibição de diferenças de salá-rios, de exercício de funções e de critério de admissão por motivos de sexo, idade, cor ou estado civil ou para portador de deficiência e proibição do trabalho noturno, perigoso ou insalubre ao trabalhador menor de 16 anos.

Precisam ser regulamentados: adicional noturno, obri-gatoriedade do recolhimento do FGTS, seguro-desemprego, salário-família, auxílio-creche e pré-escola, seguro contra acidentes de trabalho e indenização em caso de despedida sem justa causa.

Importante destacar que todos os novos direitos do doméstico só se aplicam após a promulgação da PEC ou das leis que ainda os regulamentarão, portanto, as mudanças aprovadas não são retroativas ao tempo trabalhado ante-riormente à PEC.

HORAS EXTRAS E JORNADA DE TRABALHO

A hora extra será remunerada com adicional mínimo de 50% e a jornada legal é de 8 horas diárias e 44 horas semanais.

Foto: Arquivo

Dr. Hélio Capel Filho

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Para o controle de horas o ideal é que se adotem folhas de controle de ponto assinadas diariamente pelas partes e onde o próprio empregado doméstico registrará seus ho-rários de entrada e saída do serviço, inclusive a pausa para almoço (mínimo de uma hora).

O uso de equipamentos eletrônicos de controle de ponto não é obrigatório para este caso.

Dentre as propostas de regulamentação, consta o ‘banco de horas’, para compensação sem pagamento de horas extras.

ADICIONAL NOTURNOCaso haja trabalho entre 22 horas e 05 da manhã, de-

verá ser pago adicional noturno, mas a regra ainda carece de regulamentação.

FGTS INSS E SEGURO DESEMPREGOO seguro desemprego, até 31 de março, era restrito aos

empregados cujo FGTS tenha sido depositado por no mínimo 15 meses. O empregado não pode ter outro rendimento, nem estar recebendo pensão ou auxílio-acidente de trabalho pago pela Previdência. O número de parcelas é limitado a três e o valor máximo de cada uma era de um salário mínimo.

Depois da PEC, o direito ao seguro desemprego de-pende de regulamentação, mas já se sabe que terá que comprovar vínculo (carteira assinada) por pelo menos 15 meses nos últimos 24 meses. Serão cinco parcelas do seguro, cujos valores vão variar de acordo com a faixa salarial.

A alíquota para o recolhimento do FGTS é de 8% sobre a remuneração (inclui férias, décimo terceiro salário, hora extra e adicional noturno). O registro e recolhimento do FGTS deverão ser simplificados e a multa para as demissões sem justa causa (hoje de 40% do FGTS) tende a ser menor.

Quanto ao INSS, a obrigação já existia antes da PEC. O empregador é obrigado a arcar com alíquota de 12% do salário e pode descontar do empregado outros 8% (para salários até R$ 1.247,70), de 9% (salários entre R$ 1.247,71 e R$ 2,079,50) e 11% (entre R$ 2.079,51 e R$ 4.159).

VALE TRANSPORTEO vale transporte não muda: só é devido nos casos em

que o empregado doméstico necessita do mesmo para o trabalho e o empregador pode descontar 6% do salário.

CONTRATO DE EXPERIÊNCIAÉ bom que se faça, por escrito, com duração máxima de

90 dias (não dispensa o registro em carteira).

SALÁRIO FAMÍLIA, SEGURO ACIDENTE E AUXÍLIO CRECHETodo trabalhador com renda mensal de até R$ 971,78

tem direito ao benefício do Salário-Família pago pela Previ-dência Social, que é de R$23,36 por filho de até 14 anos de idade. As domésticas poderão ser incluídas no benefício, mas isso ainda depende de regulamentação, assim como o Seguro Contra Acidentes e Auxílio-Creche.

BABÁS, CUIDADORES E ACOMPANHANTES DE IDOSOSSe a babá, cuidador ou acompanhante passa a noite

à disposição do empregador, está em serviço e precisa ser remunerado pelo período, inclusive com adicional noturno.

DIARISTASQuem contrata diarista não precisa se preocupar com

as alterações da PEC. Mas cuidado! Diarista que trabalha três ou mais vezes por semana em dias estabelecidos pelo patrão; recebe por mês ou quinzenalmente um salário fixo; e não pode faltar nos dias combinados, será considerado empregado doméstico.

TUDO NO PAPELÉ bom que se faça um contrato de trabalho, recibos

e folha de ponto, tudo por escrito. Empresários e colabora-dores vinculados às empresas associadas ao Sinat podem contar com consultoria e elaboração de modelos para documentar tudo o que for necessário nesse aspecto. As mudanças são justas e devem ser encaradas como avanço e não como retrocesso.

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Muitos filmes são inspirados ou inspiram a história de grandes executivos. A revista “Leia Atacadista” traz duas sugestões que, segundo a revista Forbes, estão entre os dez melhores filmes de todos os tempos que abordam temáticas relativas ao mundo dos negócios. Confira!

Dirigido por Oliver Stone em 1987, Wall Street fala de ganância e cobiça, da busca pela ascensão rápida e conquista de riqueza e poder. A história começa com Buddy Fox (Charlie Sheen), um jovem cor-retor da bolsa. Quando Fox conhece o mi-lionário Gordon Gekko (Michael Douglas), seu ídolo, sua vida muda completamente. Fox é influenciado por Gekko, um homem que não vê barreiras e não tem escrúpu-los ao tratar de negócios. Fox, consequen-temente, conquista o estilo de vida que sempre sonhou, mas a custo de um alto preço: sua consciência e liberdade.

Filme brasileiro de 2011 dirigido por Julia-na Rojas e Marco Dutra, Trabalhar Cansa faz parte de um novo estilo de cinema na-cional, fazendo uso de elementos fantás-ticos e se aproveitando de um terror leve, que foge dos padrões hollywoodianos, assim como o aclamado Som ao Redor (Kleber Mendonça Filho). Em Trabalhar Cansa, acompanhamos a vida da família de Helena, dona de casa que resolve reali-zar um antigo desejo e abre um pequeno mercado. Seu marido Otávio logo perde o emprego e, a partir desse momento, situações estranhas começam a ameaçar os negócios de Helena, ao mesmo tempo em que as relações pessoais entre ela, o marido e a empregada doméstica passam a tomar rumos inesperados.

“Pequenas oportuni-dades são muitas vezes o começo de grandes empreendimentos.”Demóstenes

“Tudo o que um sonho precisa para ser realizado é alguém que acredite que ele possa ser realizado.”Roberto Shinyashiki

“Se quiser derrubar uma árvore na metade do tempo,

passe o dobro do tempo amo-lando o machado.”

Provérbio chinês

“Devemos prometer somente o que podemos

entregar e entregar mais do que prometemos.”

Provérbio chinês

“Se o dinheiro for a sua esperança de indepen-

dência, você jamais a terá. A única segurança

verdadeira consiste numa reserva de sabe-doria, de experiência e

de competência.”Henry Ford

CULTURA

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Os livros conseguem nos transportar para outro universo, viver uma aventura sem sair de casa e expandir nossos conceitos. As dicas de leitura dessa seção são do diretor do Sinat, José Onírio de Rezende.

de Luiz Felipe Pondé, e o terceiro da coleção Politicamente Incorreto. Nele, Pondé, com a ironia costumeira, desbrava a história do politicamente correto, através do pensamento de grandes filó-sofos, como Nietzsche, Darwin, o escritor Nelson Rodrigues, entre outros. “Para os defensores do politicamente correto, tudo é justificado dizendo que você é pobre, gay, negro, índio, ou seja, algu-mas das vítimas sociais do mundo contemporâ-neo. Não se trata de dizer que não há sofrimento na história de tais grupos, mas sim dos exageros do politicamente correto em querer fazer deles os proprietários do monopólio do sofrimento e da capacidade de salvar o mundo. O mundo não tem salvação”. Dividido por temas, a obra se baseia em conceitos defendidos por grandes filósofos do mundo inteiro para abordar assuntos como capitalismo, religião, mulheres, instintos humanos, preconceito, felicidade e covardia. Se até o aeroporto se tornou um churrasco na laje, o futuro mais otimista para o mundo é ser brega. “Guia Politicamente Incorreto da Filosofia” não é um livro sobre a história da filosofia, mas sim um ensaio sobre a filosofia do cotidiano. Luiz Felipe Pondé, o pecador irônico, confessa uma mentira moral e universal na sociedade: o politicamente correto. Porque no fundo, você sabe que também achou graça na piada do seu amigo.

COOKIES

¾ xícara de açúcar refinado

¾ xícara de açúcar mascavo

¾ xícara de manteiga

02 ovos batidos

02 colheres de chá de essência de baunilha

02 xícaras de farinha de trigo

01 colher de chá de fermento

½ colher de chá de sal

Papel alumínio ou papel filme

1 ½ xícara de chocolate meio amargo picado (ou o que preferir, como gotas de chocolate, castanhas, uvas passas, etc.)

Modo de preparo:

Coloque os açúcares e a manteiga em uma vasilha e bata com uma batedeira. Não bata muito, só até ficar uma massa fofa.

Junte a baunilha e os ovos e bata mais um pouco.

Misture a farinha o sal e o fermento e mexa com uma colher de pau ou espátula.

Coloque o chocolate e misture.Coloque a massa no papel alumínio/

filme e enrole como se fosse um salame. Coloque a massa já enrolada no freezer e espere por uma hora.

Pré-aqueça o forno por 10 minutos em temperatura máxima.

Retire a massa do freezer, tire o papel alumínio e corte em pequenos pedaços de um centímetro de espessura. Coloque a massa cortada em pequenos círculos em uma forma untada.

Coloque no forno em temperatura de 180º até a massa dourar. Isso pode levar uns 20 minutos.

Deixe o cookie esfriar um pouco antes de tirar do forno, se não ele poderá ficar muito mole.

Ingredientes

Este livro reconstitui o conteúdo de mais de dez horas de conversas gravadas no apar-tamento de Fernando Henrique Cardoso, em São Paulo, nos meses de maio a julho de 2011, com adendos extraídos de outras entrevistas já publicadas. Inclui também o texto integral do artigo que dá nome ao livro, ‘A soma e o Resto’, publicado em sua coluna nos jornais ‘O Estado de São Paulo’ e ‘O Globo’ no dia em que com-pletava 80 anos.

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LANÇAMENTOS

CAIXA REGISTRADORA ELETRÔNICA SHARP XE-A206

CONTADORA DE CÉDULAS E IDENTIFICADORA DE NOTAS FALSAS HT 08 PLUS

EMPILHADEIRA A COMBUSTÃO CLX 25– STILL BRASIL

CONTADORA DE MOEDAS PROFISSIONAL FF 2402

Essa caixa registradora imprime recibos rapidamente por meio de impressão térmica. Tem dois displays, sendo um para o cliente e outros para o operador, e quatro mesas de impostos. Ideal para empresas que querem os recursos mais recentes.

Faz a contagem de mil a 1.200 cédulas por minuto e identifica cédulas falsas ao mesmo tempo em que faz a contagem. Pode ser usada em bancos, transportadoras de valores, redes de supermercados, distribuidores e atacadistas.

Conta moedas de forma contínua ou por separação de lotes, faz a contagem de moedas nacionais da família nova e família velha, de todos os valores, de acordo com o diâmetro e espessura da moeda.

O modelo conta com capacidade nominal de carga de 2.500 kg, deslocador lateral dos grafos, iluminação automotiva, transmissão tipo power shift, rodagem pneumática e elevação que pode chegar à seis metros.

EMPILHADEIRA RETRÁTIL ELÉTRICA FMX – STILL

LEITOR METROLOGIC SOLARIS MK7820

O modelo conta com capacidade nominal de carga de 2.500 kg, deslocador lateral dos grafos, iluminação automotiva, transmissão tipo power shift, rodagem pneumática e elevação que pode chegar à seis metros.

Leitor de código de barras a laser com sistema multiinterfaces, compatível com a maioria dos sistemas disponíveis no mercado. Com maior profundidade de campo e avançado software de decodificação, os operadores de caixa podem fazer a leitura de quaisquer códigos de barras na primeira passagem, com mínima preocupação quanto à orientação do código ou com sua qualidade da impressão.

34 I LEIA ATACADISTA 34 I LEIA ATACADISTA

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COLETAS

13 DE AGOSTO: RUA JOSÉ HERMANO, CAMPINAS15 DE AGOSTO: CEASAHORÁRIO: DAS 8 HORAS ÀS 17 HORAS

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SINDICATO DO COMÉRCIO ATACADISTA NO ESTADO DE GOIÁS