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Lição 6 | Física do Solo I: Granulometria, densidade, consistência e ar do solo Parece‑me provável que Deus, no começo, formou a matéria em partículas sólidas, compactas, duras, impenetráveis e móveis, de tais dimensões e configurações, e com outras propriedades tais, e em tais proporções com o espaço, que sejam as mais compatíveis com a finalidade para que Ele as formou; e que essas partículas primitivas, sendo sólidas, são incomparavelmente mais duras do que quaisquer corpos porosos compostos por elas; realmente tão duras que nunca se desgastam nem se fragmentam, e não existe nenhuma força comum que seja capaz de dividir o que o próprio Deus unificou na criação original. (Isaac Newton, 1642‑1727) Grãos de areia muito fina (0,002 a 0,005 mm) vistos sob microscópio petrográfico em luz polarizada plena (à esq.) e cruzada (à dir.) (Foto: Marlen B. e Silva)

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Lição 6 | Física do Solo I:Granulometria, densidade, consistência e ar do solo

Parece ‑me provável que Deus, no começo, formou a matéria em partículas sólidas, compactas, duras, impenetráveis e móveis, de tais dimensões e configurações, e com outras propriedades tais, e em tais proporções com o espaço, que sejam as mais compatíveis com a finalidade para que Ele as formou; e que essas partículas primitivas, sendo sólidas, são incomparavelmente mais duras do que quaisquer corpos porosos compostos por elas; realmente tão duras que nunca se desgastam nem se fragmentam, e não existe nenhuma força comum que seja capaz de dividir o que o próprio Deus unificou na criação original. (Isaac Newton, 1642 ‑1727)

Grãos de areia muito fina

(0,002 a 0,005 mm) vistos sob

microscópio petrográfico em

luz polarizada plena (à esq.) e cruzada (à dir.)

(Foto: Marlen B. e Silva)

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Fig. 6.1 Tamanho relativo das partículas de areia grossa (acima da escala), areia fina e silte (abaixo). As partículas de argila seriam invisíveis nesta escala de aumento

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Fig. 6.2 Diagrama triangular detalhado (à esq.) e simplificado (à dir.) para determinação das classes texturais de uma amostra de solo. Cerca de um terço do triângulo textural é ocupado pelas classes argila ou muito argilosa

Fonte: Embrapa (2006).

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Fig. 6.3 Esquema da amostragem e preparo de amostras de solo para várias determinações físicas. Depois de destorroada e passada em peneira de abertura de malha de 2 mm, o material do solo é denominado terra fina seca ao ar (TFSA), na qual são feitas também as análises químicas. Amostras indeformadas são utilizadas para determinações da densidade do solo, retenção de umidade e lâminas para estudos micromorfológicos em microscópio

(Fotos: Rodrigo E. Munhoz)

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Fig. 6.4 Esquema da marcha analítica de um método de análise granulométrica da “terra fina seca ao ar” (TFSA) utilizado para solos isentos de carbonatos e com teor de carbono inferior a 3%

Fonte: adaptado de Medina (1962).

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Fig. 6.5 Aspecto de um laboratório onde está sendo efetuada a análise granulométrica. A amostra de solo, depois de pesada, é agitada na “coqueteleira” com água e dispersante. Em seguida, é passada por peneiras que retêm e separam as areias; a suspensão com silte e argila é colocada nos cilindros, onde uma alíquota da argila é pipetada depois de ter passado tempo suficiente (conforme a lei de Stokes) para todo silte ser sedimentado

(Fotos: I. F. Lepsch e Rodrigo E. Munhoz)

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Fig. 6.6 Esquema ilustrando a formação de agregados do solo a partir de partículas unitárias: (A) partículas unitárias do solo (argilas, silte ou areias); (B) microagregados; (C) conjunto de macroagregados em solo (com argila floculada); (D) material do solo não estruturado (com argila dispersa)

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Fig. 6.7 Exemplo de vários tipos de amostras indeformadas que podem ser retiradas de um horizonte do solo para fins de determinação, em laboratório, de algumas propriedades físicas relacionadas à estrutura, porosidade etc. (à esq.: amostra sendo retirada com um anel de Kopeck para a determinação da densidade do solo; à dir.: amostras indeformadas para serem impregnadas para a confecção de lâminas delgadas)

(Fotos: Rodrigo E. Minhoz (esq.) e Marlen B. e Silva (dir.))

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Fig. 6.8 (À esq.) Microfoto de uma seção delgada de um horizonte Bw argiloso que possui agregados granulares, muito pequenos e bem desenvolvidos. (À dir.) Microfoto de horizonte E de textura arenosa. Notar que em ambos os casos dominam poros maiores (macroporos)

(Fotos: Miguel Cooper – USP/ESALQ, Piracicaba)

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Fig. 6.9 Esquema dos diversos graus de consistência do solo e suas relações com adesão, coesão e teores de água da amostra

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Fig. 6.10 Esquema da movimentação dos vários gases da atmosfera e do ar do solo

(Adaptado de Reichardt, 1985)