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lona.redeteia.com Invicto há cinco jogos, o time paranista enfrenta hoje o ABC do Rio Grande do Norte na cidade de Natal “O nível do Cantareira voltou a cair na quarta-feira, dia 22. O reservatório opera com 3,2% de capacidade.” “Mais importante do que apenas deli- berar sobre as consequências, é discu- tir as causas do problema.” O cantor Ney Matogrosso lança novo álbum e uma turnê que passa pela capital paranaense. “Somos influenciados pelo que presen- ciamos e ouvimos. Quando um adoles- cente ouve uma música que objetifica a mulher, atomaticamente ele achará isso normal e divertido.“ “Saber que os salários de algum time brasileiro estão atrasados não é mais nenhuma novidade. Os grandes clubes do Brasil possuem dívidas milionárias e continuam a gastar loucamente”. Paraná Clube luta para sair de vez da Zona de Rebaixamento UP recebe debate entre representates estaduais Dentre os assuntos do debate, a discussão sobre a maioridade pe- nal gerou divergência de opiniões entre os representantes partidá- rios dos presidenciáveis Ano XV > Edição 957 > Curitiba, 24 de outubro de 2014 Ana Santos Lucas Karas COLUNISTAS OPINIÃO EDITORIAL #PARTIU p. 2 p. 5 p. 5 p. 2 p. 6 p. 4 p.3 O único jornal-laboratório diário do Brasil Foto: Lucas Souza Foto: Arquivo Paraná Clube

Lona 957 (24/10/14)

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Invicto há cinco jogos, o time paranista enfrenta hoje o ABC do Rio Grande do Norte na cidade de Natal

“O nível do Cantareira voltou a cair na quarta-feira, dia 22. O reservatório opera com 3,2% de capacidade.”

“Mais importante do que apenas deli-berar sobre as consequências, é discu-tir as causas do problema.”

O cantor Ney Matogrosso lança novo álbum e uma turnê que passa pela capital paranaense.

“Somos influenciados pelo que presen-ciamos e ouvimos. Quando um adoles-cente ouve uma música que objetifica a mulher, atomaticamente ele achará isso normal e divertido.“

“Saber que os salários de algum time brasileiro estão atrasados não é mais nenhuma novidade. Os grandes clubes do Brasil possuem dívidas milionárias e continuam a gastar loucamente”.

Paraná Clube luta para sair de vez da Zona de Rebaixamento

UP recebe debate entre representates estaduaisDentre os assuntos do debate, a discussão sobre a maioridade pe-nal gerou divergência de opiniões entre os representantes partidá-rios dos presidenciáveis

Ano XV > Edição 957 > Curitiba, 24 de outubro de 2014

Ana Santos

Lucas Karas

COLUNISTAS

OPINIÃO

EDITORIAL

#PARTIU

p. 2

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O único jornal-laboratório diário do Brasil

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LONA > Edição 957 > Curitiba, 24 de outubro de 2014

EDITORIAL OPINIÃO

Toda vez que aparece na mídia um caso de um menor que co-meteu latrocínio (a tentativa de assalto, que acaba em morte), a discussão sobre a redução da maioridade penal vem à tona. Tanto pela mídia sensacionalista, quanto pelos espectadores brasi-leiros que assistem a tudo.

Dados levantados no ano de 2013 pela 3ª Vara da Infância e Juven-tude da capital paranaense mos-tram que apenas 3% dos 2.337 atos infracionais de adolescentes registrados em Curitiba, naquele mesmo ano, equivalem a crimes hediondos, como estupro ou ho-micídio. Os principais crimes co-metidos pelos jovens menores de idade curitibanos são posse ou tráfico de drogas e pequenos fur-tos e roubos.

Se os delitos graves são exceção, por que essa discussão é tratada como se trasse de uma vingança sangrenta da sociedade que pre-cisa retalhar atitudes horríveis? Não se pode tratar um assunto tão grave com imediatismo. Mais importante do que apenas de-liberar sobre as consequências, é discutir as causas que levaram esses 3% dos nossos jovens a co-meter um ato como matar.

A violência está ligada a questões como desigualdade social, exclu-são social, impunidade, falha na educação familiar e/ou escolar e, analisando a sociedade atual, podemos também botar a culpa no consumismo e na cultura do prazer, já que muitos adolescen-tes roubam e matam para poder comprar o tênis Nike que viram no pé do amigo playboy.

Já foi comprovado nos países que aderiram a maioridade penal que essa medida não reduz a violên-cia, alguns até voltaram atrás, como a Espanha e a Alemanha. Aqui no Brasil, o debate é mais infundado ainda, pois a medida é inconstitucional, a questão da maioridade faz parte das cláu-sulas pétreas da Constituição de 1988. Muitos dos que defendem a prisão dos jovens com menos de 18 anos como adultos prova-velmente são a favor da pena de morte. Ora, não seria mais uma forma de vingança?

Vale lembrar como funciona o sis-tema carcerário brasileiro antes de querer reduzir a maioridade penal. Algo completamente caó-tico, com cadeias superlotadas e condições desumanas não con-segue recuperar ninguém, muito menos um adolescente, o qual pode sair de lá mais infiltrado na

criminalidade do que quando en-trou. Sem falar da reincidência, que nesse sistema é de 60%, se-gundo o Ministério da Justiça.

Os jovens infratores devem pagar pelo que fizeram, entretanto, não se deve desistir de tentar recu-perá-los, entender a raiz do pro-blema e partir para uma solução efetiva, não apenas para uma me-dida paliativa que deixará a par-te mais extremista da população satisfeita. Existem medidas socio-educativas, como liberdade assis-tida, serviços comunitários e, nos casos mais graves, internação.

O Governo deve investir na pre-venção da criminalidade, criando meios que possam afastar os ado-lescentes do crime, como escolas de tempo integral e atividades de lazer e cultura, pois o jovem que se mantém ocupado e se sente incluso em algo bom, não pensa em seguir o caminho errado.

O nível do Cantareira voltou a cair na quarta--feira, dia 22. Segundo a Sabesp, o reservatório, principal fornecedor de água da Grande SP, agora opera com somente 3,2% de sua capaci-dade total, índice considerado o menor da his-tória. Chuvas têm atingido o sistema desde o dia 19, registrando pluviometria de aproxima-damente 24,7 milímetros, mas a quantidade de água do Cantareira não aumenta.

No dia 21, Geraldo Alckimin afirmou, em entre-vista concedida à Jovem Pan, que as medidas necessárias para a captação da segunda reser-va técnica já estão prontas. O governador de São Paulo também comentou que há no Canta-reira um terceiro volume morto, que poderá ser utilizado caso a crise hídrica persista. Contudo, o presidente da Agência Nacional de Águas (ANA), Vicente Andreu, explicou que após a re-tirada do segundo volume morto restará ape-nas lodo, e que, se a falta de chuvas persistir, o reservatório não conseguirá se recuperar.

A crise no sistema Cantareira tem como ori-gem causas naturais e estruturais. A seca que São Paulo vive hoje é a pior em 70 anos e tem afetado atividades domésticas e comerciais. Além disso, o reservatório abastecia, quando cheio, milhões de residências, revelando um grave problema de planejamento. O aumento populacional de algumas cidades que utilizam o Cantareira é outra questão que deve ser ana-lisada, já que em algumas regiões a disponibi-lidade de água por habitante é de apenas 200 metros cúbicos por ano.

Uma das medidas tomadas pela Sabesp é a redução na conta de água das residências que diminuírem o consumo. Quem economizar de 10% a 15%, ganhará desconto de 10%, e quem reduzir de 20% a 25%, terá desconto de 20%. No entanto, o governo do estado de São Paulo insiste em não declarar racionamento, medi-da que é necessária, visto que muitas regiões já estão sofrendo com as constantes faltas de água. Se está havendo algum tipo de restrição no abastecimento, ele deve não deve ser mas-carado, já que situação atual de São Paulo apro-xima-se a de calamidade pública.

Calamidade públicaNão à redução da maioridade penalAna Paula Severino

ExpedienteReitorJosé Pio Martins Vice-Reitor e Pró-Reitor de AdministraçãoArno GnoattoDiretor da Escola de Comunicação e NegóciosRogério Mainardes

Pró-Reitora AcadêmicaMarcia SebastianiCoordenadora do Curso de JornalismoMaria Zaclis Veiga Ferreira Professora-orientadoraAna Paula Mira

Coordenação de Projeto GráficoGabrielle Hartmann GrimmEditoresAna Justi, Alessandra Becker e Bruna KarasEditorialCamilla Oliveira

Ilustração: Pixabay

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Curitiba, 24 de outubro de 2014 > Edição 957 > LONA

NOTÍCIAS DO DIA

Pesquisadores se encontram na UP

A 5ª edição do Encontro de Pesquisas e Iniciação Científica (Epic) marcou o fim da rodada 2013/2014 do Programa de Iniciação Científica da Universidade Positivo. No evento iniciado quarta-fei-ra, os alunos participantes puderam expor seus trabalhos e o resultados das pesquisas, além de participar de palestras e da premiação, ao final do evento. A cerimônia de abertura reali-zada pela coordenadora do programa Arileide Cristina Alves, seguido de seis rodadas de apresentações de traba-lhos, no bloco bege. Foram 283 inicia-ções em dois dias. Estiveram presentes projetos de diversas áreas, englobando as quatro grandes escolas da UP: Ciências da

Saúde, Ciências Exatas, Ciências Humanas e Sociais e a Escola de Comunicação e Negócios. O trabalho “Avaliação da quali-dade de água do rio tibagi, na região do reservatório da UHE mauá, antes e após o represamento, com base em estatística descritiva”, elaborado pelas estudantes Fabiana Sottomaior e Juliane Knopik, re-cebeu o primeiro lugar em Ciências da Saúde e o primeiro lugar geral do EPIC. “A nossa pesquisa é uma parte do nosso TCC. De maneira alguma esperávamos ganhar algum prêmio, ainda mais com trabalhos tão bacanas concorrendo”, disse Fabiana. A pesquisa “Estudo de viabilida-de de implementação de usina eólica no estado do Paraná – Brasil”, desenvolvida

pelos estudantes Guilherme Botega, Julia Maluceli e Karen do Amaral do curso de Engenharia Civil ficou em segundo lugar no ranking geral, e a pesquisa “Efeitos de histórias de reforçamento sobre a va-

riação e a repetição” feita pelos alunos André Luiz, Ana Cardoso, Aline Paixão e Bruno Strepasson do curso de Psico-logia, em terceiro lugar dos trabalhos avaliados com maior média.

A apenas dois dias do segundo turno das eleições, Edson Lau Filho, presi-dente e assessor especial de Políticas Públicas para a Juventude do Gover-no do Estado do Paraná (JPSDB-PR) e Welitton Geronale, Secretário Estadual do PT-PR, participaram como represen-tantes dos candidatos à Presidência da República Aécio Neves (PSDB) e Dilma Rousseff (PT), respectivamente, no de-bate realizado pelo Centro Acadêmico Ubaldino do Amaral, do Curso de Direi-to da Universidade Positivo.

Entre ataques e discussões, os repre-sentantes partidários defenderam as propostas de campanha apresentadas pelos candidatos nas áreas de econo-mia, educação, desemprego, seguran-ça pública, corrupção, desenvolvimen-to sustentável, infraestrutura, reforma política, logística portuária e direitos

Edson Filho, assessor do PSDB-PR, e Welitton Geronale, secretário estadual do PT, discutiram as propostas dos presidenciáveis em debate organizado por alunos de direito da Universidade Positivo

LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Tra-vestis, Transexuais e Transgênicos). O debate dividido em quatro blocos teve início depois de trinta e cinco minu-tos de atraso, e sofreu com pequenas pausas por conta de erros cometidos pela mesa mediadora. Manifestações da plateia em aprovação e desaprova-ção aos discursos dos representantes também acarretaram pausas durante o debate.

Um dos pontos debatidos foi a questão da redução da maioridade penal, opini-ões que colocam os candidatos á Presi-dência em lados opostos de governança. Segundo o representante do candidato tucano, Edson Lau Filho, a redução da maioridade de 18 para 16 anos não al-teraria em nada a atual situação dos jo-vens em não conformidade com a lei. “A proposta que o candidato Aécio Neves defende, é a diminuição da idade penal

em casos de reincidências e crimes he-diondos, o que significa cerca de 1% dos jovens em não conformidade”, disse.

Já o representante da candidata Dilma Rousseff, Welitton Geronale, se mostrou contrário a esta posição, propondo ações de ressocialização do jovem na socieda-de. “A redução da maioridade penal seria negativo ao nosso país. É preciso trazer os jovens que cometeram crimes de vol-ta à sociedade, oferecer a ele educação e melhores chances de trabalho, para que seja um cidadão emancipado e haja uma diminuição na reincidência carcerária”.

Na avaliação dos representantes o de-bate foi caloroso e serviu como apoio na tomada de decisão do eleitor uni-versitário indeciso. “É muito importan-te informar, colocar as propostas que os candidatos têm e comparar os pro-jetos, só assim é possível tomar partido e defender ideais”, disse o represen-tante estadual do candidato do PSDB. “Os dois partidos possuem projetos de governança diferentes, temos opiniões divergentes sobre a maioria dos temas e eu acho que esse contraposto é mui-to positivo aos eleitores”, finaliza o re-presentante da candidata pelo PT.

Representantes estaduais discutem propostas em debateLucas Souza

Lucas Souza

Edson Lau Filho representando Dilma Rousseff > Foto: Lucas Souza

Fabiana Sottomaior, aluna de Biologia vencedora do EPIC > Foto: Lucas Souza

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LONA > Edição 957 > Curitiba, 24 de outubro de 2014

Após a importante vitória contra a Por-tuguesa na terça-feira, dia 21, o time do Paraná Clube não teve tempo para descansar e já encara mais um desafio na Série B do Campeonato Brasileiro. O adversário da vez é o ABC-RN, que está em situação delicada na tabela. O time potiguar é o 15º colocado com 35 pontos, dois a mais do que o primeiro time dentro da zona de rebaixamento: o rival, América-RN.

Já o Tricolor paranaense precisa de mais duas vitórias para se livrar com-pletamente do risco de ser rebaixado para a Série C. Com 40 pontos, o time paranaense ocupa a 13º colocação. Além disso, o Paraná Clube está invicto há cinco jogos. Durante esse período, foram duas vitórias e três empates.

Dentro de campoApesar das duas baixas em relação ao jogo de terça-feira, o técnico Ricardi-nho não deve ter grandes problemas para escalar a equipe que enfrentará o ABC-RN. O jogador meio campista Lucas Otávio e o atacan-te Giancarlo estão ambos lesionados, e nem viajaram para Natal, no Rio Grande do Norte.

Para o jogo de hoje, Ricardinho poderá fazer três mudan-ças em relação ao último desafio do time. O lateral direito Edson Sitta, que cumpriu suspensão contra a Portu-guesa pelo terceiro cartão amarelo é o mais cotado para entrar no lugar do meio campista Lucas Otávio.

Já para o comando do ataque, Adaíl-ton que, marcou o único gol contra a Portuguesa, de São Paulo, pode ser o substituto do atacante Giancarlo e o goleiro Marcos, que também estava suspenso pelo terceiro cartão amarelo, volta ao natural a meta paranista.

Paraná enfrenta o ABC-RN para eliminar risco de rebaixamentoA cada ano ganha força o movimento que busca conscientizar e ajudar mulheres a respeito do Câncer de mama

A provável escalação do Paraná Clube conta com: Marcos no gol; o lateral Chi-quinho; os zagueiros Cleiton e Alison e o lateral Paulinho; os volantes Jean e Edson Sitta; os meias Henrique Santos e Lúcio Flávio; e os atacantes Carlinhos

e Adaílton.

Fato novoO ABC/RN não quer passar o ano do centenário do clube disputando a tercei-ra divisão nacional. O time segue a dis-puta vindo de três

derrotas seguidas. Na rodada anterior, o time foi até a cidade de Joinville e perdeu de 3 a 0. Com o resultado, o técnico Moacir Junior deixou a equipe. Quem tem a missão de evitar o rebai-xamento é Roberto Fonseca. Seu úl-timo trabalho foi na Linense, time do interior de São Paulo, no primeiro se-mestre desse ano.

Sem muito tempo para trabalhar com o grupo, o técnico teve tempo para fa-zer apenas um treinamento para a par-tida de hoje. A provável equipe que irá enfrentar o Paraná Clube conta com:

Gilvan; Madson, Diego Jussani, Marlon e Samuel; Fábio Bahia, Daniel Amora, Michel e Xuxa; Rodrigo Silva e Zambi.

Recordar é viverParaná e ABC-RN já se enfrentaram onze vezes ao longo de sua história. To-dos os jogos foram válidos pelo Cam-peonato Brasileiro da Série B. Em nú-meros gerais, são quatro vitórias para o time nordestino, dois empates, e cinco vitórias do time paranaense.

Jogando com mando de campo do ABC, foram cinco partidas no total. Destes, dois empa-tes, duas derrotas e uma vitória do Pa-raná. A única vitó-ria foi conquistada na estreia da Série B do ano passado, no dia 25 de maio, o jogo foi realizado, também, na cidade de Natal.

O ABC do Rio Gran-de do Norte man-dou a partida para

a cidade de João Pessoa, na Paraíba, por conta de uma punição anterior. Na ocasião, o Paraná Clube venceu por 2 a 0 com gols de Rubinho e Ronaldo Mendes, que hoje defende as cores da camisa do time potiguar.

Ou seja: jogando na cidade de Natal, o Paraná Clube nunca venceu o time da casa e, ainda por cima, mantém um tabu. Desde 2012, o time paranaense não é derrotado pelo time nordestino. Nesse período, foram três jogos com três vitó-rias paranistas. No total, foram quatro gols marcados e nenhum sofrido.

Paraná Clube e ABC/RN se enfrentam no Estádio do Frasqueirão, hoje às 21h50 pelo horário de Brasília, já que a região nordeste não integra os estados que participam do do horário de verão. No primeiro turno, jogando na Vila Ca-panema, o Paraná Clube venceu pelo placar de 1 a 0, gol do zagueiro Alisson.

Paraná Clube x ABC/ RNLocal: Estádio Maria Lamas Farache (Frasqueirão), em Natal, no Rio Grande do NorteData/Horário: 24 de outubro de 2014, às 21h50 pelo horário de BrasíliaÁrbitro: Alisson Sidnei Furtado (TO)Assistentes: Francisco Casimiro de Sou-sa (TO) e Cipriano da Silva Sousa (TO)

Roberty Souza

GERAL

Jogo será em Natal, no Rio Grande do Norte, no dia 24.

O Paraná Clube está invicto há cinco jogos > Foto: Roberty Souza

Mesmo com duas baixas no jogo anterior, o técnico não terá problema para escalar o time > Foto: Roberty Souza

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COLUNISTAS

What’s the story?

Futebol Cervejeiro

Ana Santos

Lucas Karas

Curitiba, 24 de outubro de 2014 > Edição 957 > LONA

Qualidade musical

O atraso e o resultado

Música: para alguns, tendo um ritmo dançante já está de bom tamanho. Para outros, é necessário apresentar conteúdo. Outros já apreciam uma maior elaboração instrumental e há quem goste do conjunto completo. Da bossa nova ao funk, passando pelo ser-tanejo e o axé, o Brasil é dono de uma variedade de gêneros e pode oferecer opções para todos os gostos. Para o adolescente rebelde, para o vovô, para o casal apaixonado. Porém, ao meu ver, passamos por uma fase musical in-fluenciada por padrões questionáveis

no que diz respeito à produção artís-tica e sua finalidade. Não generalizo e não digo que não há coisa boa sendo produzida nos dias atuais.

Muito pelo contrário, bandas inde-pendentes surgem constantemente e fazem um trabalho de qualidade. Mas devemos observar com mais atenção e senso crítico. Um bom exemplo é o crescente número de produções musi-cais que desvalorizam o sexo feminino, além de incentivar o consumo de dro-gas e colocar os bens materiais como

Saber que os salários de algum time brasileiro estão atrasados não é mais nenhuma novidade. Os grandes clubes do Brasil possuem dívidas milionárias e continuam a gastar loucamente, au-mentando os negativos e, por conse-quência, afetando o futebol praticado pelos jogadores que não recebem o que é deles, por direito.

Contudo, muitas pessoas negam esse discurso – inclusive, os próprios joga-dores. Eles afirmam que mesmo com os salários atrasados, vão continuar jogando normalmente e se dedicando “em respeito à torcida” (um discurso padrão usado pela maioria dos atletas para falar, nas entrelinhas, que “a dire-toria é uma * ”) Mas, convenhamos, a realidade difere do discurso. O atraso nos salários afeta e muito o desem-penho dos atletas. Não diretamente e nem conscientemente. A falta de dinheiro, para pessoas que convivem com uma vida levada, em sua maioria, a alto custo, como é caso dos atletas de

alto nível começa a ficar turbulenta e a preocupação aumenta a cada minuto.

Pior ainda para aqueles jogadores que estão iniciando a carreira ou que (ainda) não conseguiram ter sucesso e que recebem pouco. Geralmente, eles usam o dinheiro, que não é tanto, para sustentar a família, que costumeira-mente tem origem humilde. O atraso começa a afetar o meio familiar, que passa por reais necessidade com a ex-clusão do recebimento mensal. Com o tempo, a falta de salários começa a provocar uma revolta interior que se exteriora para as panelinhas onde o jo-gador está inserido. Contudo, quando se tem um líder no grupo, essa revolta extrapola as panelas e vai para a cozi-nha inteira. E mais, chega aos quartos, à lavanderia e à sala, onde encontra a porta, para então sair pelo mundo.

A revolta hoje, já não está mais em casa. Os jogadores não tem tanto medo dos diretores e, usando das redes sociais,

meio de poder para adquirir um me-lhor posicionamento social.

Gêneros como o funk ostentação e o ser-tanejo universitário apresentam letras que revelam a realidade daqueles que cantam e podem até levar os ouvintes às mesmas práticas. Somos influencia-dos pelo que presenciamos e ouvimos. Quando um adolescente ouve, por exemplo, uma canção que diz: “Tá doi-da, mas gostosa, turbinada na frente e atrás...” - ou - “A gata endoidou e deu uma empinadinha em mim...” - automatica-mente ele achará isso normal e divertido. No entanto, esse tipo de canção trata a mulher como um objeto a ser consumi-do. É diferente de elogiar uma mulher dizendo: “Olha que coisa mais linda, mais cheia de graça...”, nesse trecho nota-se uma forma mais sutil de elogio.

Outro dia me deparei com uma canção na internet de um “cantor” de apenas 13 anos. Seu nome artístico é MC Pe-drinho e, a meu ver, a letra do funk que ele canta é inapropriada para a idade dele. A música falava sobre bebidas e

sexo. “Traz Whisky, Red Bull pra come-morar...” “40% Oral, 60 pra tu sentar...” Sim, crianças de 13 anos cantam isso e fazem sucesso em algumas regiões do país. Tudo bem, a liberdade de expres-são é uma conquista super valiosa. Mas é um pouco preocupante ver que, cada vez mais cedo, crianças e adolescentes aderem a esse estilo de vida; exaltando sexo e bebidas, por vezes deixando de se dedicar aos estudos e outras coisas apropriadas à idade. É lamentável que esse tipo de cultura prevaleça em um país tão rico culturalmente.

Mas nem tudo está perdido. Desloca-das do contexto e sem atingir àquilo que a grande mídia está buscando atualmente, ainda existem bandas que produzem música de qualidade, com letras boas e instrumentos bem tra-balhados. Há também, aquelas ban-das que, mesmo tendo vários anos, continuam firmes no cenário musical, caso do Skank e do Titãs, que lançaram novos discos com qualidade sonora mostrando que o Brasil é um poço de riqueza musical.

da imprensa e de movimentos dentro do próprio clube ou então em jogos oficiais (!), demonstram sua insatisfa-ção. Vejam, não estou aqui criticando a atitude, que é mais do que justa. O que me impressiona é o poder de articula-ção que os atletas têm hoje.

Afinal, confeccionar uma faixa GRANDE e leva-la ao jogo, para divulgar à meio mundo dos salários atrasados sem que isso chegasse ao conhecimento da di-retoria é algo ousadamente impressio-nante. Ou então, o presidente já não tem apoio nenhum. Mas parece que os salários foram pagos. E o time Co-xa-Branca jogou bem, como sempre e

venceu, como quase nunca. De quebra, conseguiu sair tanto da lanterna quan-to da ZR, mas ainda está de porteiro na área do descenso. Vai ser difícil, mas o Coritiba ainda pode escapar. Basta acre-ditar na força que tem em casa e na união desse grupo que, ano que vem, teremos AtleTiba na série A. Quanto ao presidente, acho que já deu...

Dica de BeraSaison de Caipira (6,5%), da cervejaria mineira Wäls, feita em parceria com a cervejaria Brooklyn, dos EUA e com adição de Cana de Açúcar! Uma bera super refrescante, para ser consumida entre 5 a 7º C.

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LONA > Edição 957 > Curitiba, 24 de outubro de 2014

Carmo, O ImpricanteLocal: Teatro Regina VogueData: 25 e 26 de outubroHorário: sábado às 21h e domingo às 19hIngressos: R$30 (inteira) e R$15 (meia)

V Mostra Nour El ShamsLocal: Teatro Regina VogueData: 24 de outubroHorário: 20h30Ingressos: R$30 (inteira) e R$15 (inteira)

BlitzLocal: Teatro PositivoData: 24 de outubroHorário: 21h15Ingressos: variam entre R$80 e R$180

Ney MatogrossoLocal: Teatro PositivoData: 25 de outubroHorário: 21hIngressos: R$280 (inteira) e R$140 (meia)

Festival Mondo EstronhoLocal: Cinemateca de CuritibaData: de 24 a 26 de outubroHorário: Ver programaçãoIngresso: gratuito

Ciclo Joseph H. Lewis - Reinado do TerrorLocal: Cineclube da CinematecaData: 25 de outubroHorário: 15hIngresso: gratuito

O cantor Ney Matogrosso vem à capital paranaense para apresentar a sua mais nova turnê “Atento aos Sinais”, no Teatro Positivo. O cantor sobe aos palcos para apresentar ao público um repertório re-cheado de canções no estilo pop rock e um show dançante. Em sua discografia, Ney Matogrosso contabiliza mais de 30 títulos. Com 72 anos de idade e mais de 40 de carreira, o artista receberá neste ano o prêmio Grammy, em Las Vegas, pelo conjunto de sua obra. Ao longo de sua trajetória, Ney já recebeu mais de 10 prêmios. As três primeiras músicas do show são “Rua da passagem”, de Lenine e Arnaldo Antunes; “Incêndio”, de Pedro Luís; e “Roendo as unhas”, de Paulinho da Viola. Os ingressos podem ser adquiri-dos pelo Disk Ingressos ou na bilheteria do Teatro Positivo.

A Cinemateca de Curitiba recebe neste fim de semana o festival Mondo Estranho que mistura literatura e cinema em bate-papos, exibições de filmes, palestras e divulgação da arte curitibana. Os temas envolvem literatura juvenil, cinema de horror, cinema independente, literatura fantás-tica, lançamentos de livros e oficinas.

O festival terá uma oficina especial que pro-moverá um encontro entre escritores que se encontrarão durante a madrugada na Cinema-

teca e escreverão contos de terror com o tema “Uma noite na Cinemateca”, que serão publica-dos em formato eBook no festival de 2015.

Entre os diretores de filmes exibidos no evento estão Paulo Biscaia Filho e Petter Baiestorf. O artista Paulo Dalla Stella se apresentará junto com outros convidados como Duda Falcão, Luís Henrique Pellanda, e outros. Os ingressos são gratuitos e a programação pode ser confe-rida no site da Fundação Cultural.

Festival Mondo Estronho

Tem início a Grande Depressão mundial

No dia 24 de outubro de 1929, teve início o pior e mais longo período de recessão econômica do século XX. o fato se deu quando os valores de ações na bolsa de valores de Nova York caíram exacerbadamente, culmi-nando com o dia conhecido como “a quinta-feira negra”.

O fenômeno, mais conhecido como “a Grande Depressão”, e também chamado de “Crise de 29”, persistiu ao longo da década de 30, findando

apenas com a Segunda Guerra Mun-dial. O período de depressão econô-mica causou elevadas taxas de de-semprego, quedas drásticas do PIB de diversos países, e em praticamente todo medidor de atividade econômi-ca mundial. Dessa forma, milhares de acionistas perderam, literalmente da noite para o dia, grandes quantias di-nheiro. Muitos perderam tudo o que tinham. A crise continuou na segun-da-feira e terça-feira negra (os dias 28 e 29 de outubro).

Atento aos sinais

ACONTECEU NESTE DIA

#PARTIU

A quebra gerou altas taxas de desemprego > Foto: Arquivo Wikimedia Commons

Teatro

Shows

Cinema Alternativo

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Cantor posa para fotos de sua nova turnê > Foto: Divulgação