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MAIO DE 68 - resumo

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Page 1: MAIO DE 68 - resumo

FUNDAÇÃO ESCOLA TÉCNICA LIBERATO SALZANO VIEIRA DA CUNHAAna Karina Christ, Bárbara Froener, Débora Nunes, Dines Audrey, Helena Utzig e Justine Freo

Turma 1311 Disciplina de História Professor Daniel Sebastiani Data: 01/12/2010

MAIO DE 68 - A REVOLUÇÃO

O movimento de maio de 1968 foi uma grande onda de protestos que teve início com manifestações estudantis para pedir reformas no setor educacional. Tudo começou no dia 2 de maio de 1968, quando estudantes franceses da Universidade de Nanterre fizeram um protesto contra a divisão dos dormitórios entre homens e mulheres. Na verdade, esse simples motivo vinha junto de uma nova geração que reivindicava o fim de posturas conservadoras. Aproveitando o incidente, outros universitários franceses e grupos políticos partidários resolveram se juntar aos protestos. Com a cobertura televisiva, o episódio francês ficava conhecido pelo mundo. Os estudantes passaram a exigir a renúncia do presidente Charles de Gaulle, considerado um conservador, e a convocação de eleições gerais. A partir daí a cidade de Paris transformou-se em palco de confrontos entre policiais armados e manifestantes protegidos em barricadas. Desprovidos de igual força bélica, os revoltosos atiravam pedras e coquetéis molotov contra os policiais. No dia 18, os trabalhadores protagonizaram uma greve geral de proporções alarmantes. Mais de 10 milhões de trabalhadores cruzaram os braços exigindo melhores condições de trabalho. Acuado pela proporção dos episódios, o presidente Charles de Gaulle se refugiou em uma base militar alemã, concedeu um abono de 35% ao salário mínimo e convocou novas eleições legislativas. Dessa forma, os trabalhadores esvaziaram os espaços de manifestação e voltaram a ocupar seus postos de trabalho. As eleições foram vencidas por aliados de De Gaulle e a crise acabou.

Os revoltosos tinham por objetivo conscientizar e contestar, sua bandeira era sustentada por palavras de ordem como “É Proibido Proibir”, “O Sol nasce vermelho pra todos”, “Quanto mais faço amor, mais sou revolucionário; quanto mais sou revolucionário, mais faço amor”, “A Imaginação no poder”, “Sejamos realistas: exijamos o impossível”. Estas palavras ecoaram pelas ruas da cidade, riscadas nos muros e impressas nos cartazes.

Vinculado a isso, 68 foi o ano que marcou o fim da Primavera de Praga, um movimento liderado por intelectuais reformistas do Partido Comunista Tcheco, interessados em promover grandes mudanças na estrutura política, econômica e social da Tchecoslováquia. A experiência de um "socialismo com face humana” foi comandada pelo líder do Partido Comunista local, Alexander Dubcek, que decidira-se a fazer uma reforma profunda na estrutura política do pais, como: imprensa livre, judiciário independente e tolerância religiosa. Dubcek introduzia reformas políticas e econômicas, que tinham o objetivo de "desestalinizar" o país, removendo os vestígios de despotismo e autoritarismo com o apoio do Comitê Central. Uma onda de alegria inundou o país e chamou-se o movimento de “ A Primavera de Praga”. O mundo olhava para Praga com apreensão. As liberdades conquistadas em poucos dias pelo povo tcheco eram inadmissíveis aos soviéticos e os seus vizinhos comunistas. Então, numa operação militar de surpresa, as tropas do Pacto de Varsóvia lideradas pelos tanques russos entraram em Praga no dia 20 de agosto de 1968. Sepultaram naquele momento qualquer perspectiva do socialismo poder conviver com um regime de liberdade. As reformas foram canceladas e o regime de partido único continuou a vigorar na Tchecoslováquia. Em protesto contra o fim das liberdades conquistadas, o jovem Jan Palach ateou fogo ao próprio corpo numa praça de Praga em 16 de janeiro de 1969.

O movimento hippie, representava uma contestação aos valores capitalistas da sociedade dos EUA, tais como a corrida desenfreada pelo lucro, o consumismo, o individualismo e a existência em função da obtenção da ascensão social. Criticando as autoridades e os valores da classe média, muitos jovens buscaram estilos alternativos de vida. Os hippies eram jovens da mais diversa extração social que, vestiam-se de uma maneira chocante para o americano médio, usavam roupas simples, decoravam-se com colares e pulseiras, usavam cabelos compridos, defendiam o uso de drogas para a alteração do estado de consciência, e buscavam uma vida sexual mais livre sem a pesada moral americana. A radical oposição à participação dos EUA na guerra do Vietnã foi um fator responsável pela existência do movimento hippie. Passaram a viver em bairros separados ou em comunidades rurais. Rejeitando a sociedade de consumo industrial, viviam do artesanato e, no campo, da horta. Não mantinham as regras esperadas de comportamento, higiene, nem de acasalamento: “Paz e Amor”(Peace and Love) era o seu lema. O apogeu do movimento da contracultura ocorreu no Festival de Woodstock, nas proximidades de Nova Iorque, entre 15 e 18 agosto de 1969, quando 300 a 500 mil jovens reuniram-se em um encontro de massas para celebrar o rock e manifestar-se pela paz.

Os movimentos do ano de 1968 tornaram-se ícone de uma época onde a renovação dos valores veio acompanhada pela força de uma cultura jovem. Tornou-se um ano mítico porque “1968”, porque mesmo sem alcançar algum tipo de conquista objetiva, foi o ponto de partida para uma série de transformações políticas, éticas, sexuais e comportamentais, que afetaram as sociedades da época de uma maneira irreversível. Seria o marco para os movimentos ecologistas, feministas, das organizações não-governamentais (ONGs), dos defensores das minorias e dos direitos humanos.