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SUMÁRIO APRESENTAÇÃO 3 1 DIREÇÃO DEFENSIVA 4 1.1 Conceito 4 1.2 Objetivo do manual 5 1.3 Regras de segurança 7 1.3.1 Manutenção periódica e preventiva 7 1.3.2 Cuidados com os pneus 8 1.3.3 Cuidados com os cintos de segurança 9 1.3.4 Cuidados com os sistemas de iluminação 10 1.3.5 Cuidados com os freios 11 2 CONDIÇÕES DE RISCO 12 2.1 Condições adversas 12 2.2 Condições climáticas 13 2.2.1 Como se defender das más condições causadas pelo tempo? 14 2.3 Pista 15 2.3.1 Como se defender de problemas ocorridos na pista? 16 2.4 Trânsito 17 2.4.1 Como se defender dessas condições? 18

manual direção defensiva 2013

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SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO 3

1 DIREÇÃO DEFENSIVA 4

1.1 Conceito 4

1.2 Objetivo do manual 5

1.3 Regras de segurança 7

1.3.1 Manutenção periódica e preventiva 7

1.3.2 Cuidados com os pneus 8

1.3.3 Cuidados com os cintos de segurança 9

1.3.4 Cuidados com os sistemas de iluminação 10

1.3.5 Cuidados com os freios 11

2 CONDIÇÕES DE RISCO 12

2.1 Condições adversas 12

2.2 Condições climáticas 13

2.2.1 Como se defender das más condições causadas pelo tempo? 14

2.3 Pista 15

2.3.1 Como se defender de problemas ocorridos na pista? 16

2.4 Trânsito 17

2.4.1 Como se defender dessas condições? 18

2.5 Postura ao volante 19

2.5.1 Como se defender dessas condições? 20

2.6 Postura do motorista 21

3 EVITANDO ACIDENTES 27

REFERÊNCIAS 29

ANEXO A – CHECK LIST VEÍCULOS 31

3

APRESENTAÇÃO

O Manual de Direção Defensiva tem o intuito de cumprir como um

material de apoio na questão da segurança no trânsito, bem como o de

atualizar e aprimorar os conceitos defensivos no trânsito, que devem

ser seguidos pelos empregados da Ascar, visando salvaguardar a vida

e a saúde daqueles que conduzem os veículos.

A elaboração deste manual foi feita com informações coletadas de

profissionais habilitados no treinamento de direção defensiva, bem

como do Detran de Pernambuco, através da cartilha de direção

defensiva, do Denatran, através do material Direção Defensiva

Trânsito Seguro é um Direito de Todos, e do eng. Antonio Fernando

Navarro, através do Programa Interno de Treinamento em Direção

Defensiva.

Antônio Augusto Braga Guimarães Engenheiro de Segurança da Ascar

4

1 DIREÇÃO DEFENSIVA

1.1 Conceito

Direção defensiva, também conhecida como direção segura, é a

maneira correta de dirigir e se comportar no trânsito, pois ajuda a

preservar a vida e a saúde. Então, o que é a direção defensiva? É a

técnica indispensável de conduta na qual o motorista trata de forma

correta o uso do veículo na forma de dirigir, diminuindo a possibilidade

de envolvimento em acidentes de trânsito, ou seja, é uma atitude pró-

ativa de segurança e prevenção dos acidentes.

A forma correta de dirigir permite ao motorista reconhecer

antecipadamente as situações de perigo e prever o que pode acontecer

com ele, com seus acompanhantes, com o seu veículo e com os outros

usuários da via.

A direção defensiva pode ser dividida em:

preventiva: deve ser a atitude permanente do motorista para

evitar acidentes;

corretiva: é a atitude que o motorista deverá adotar ao se

defrontar com a possibilidade de acidente, corrigindo situações

não previstas.

A primeira etapa importante a frisar é que o acidente não acontece

por acaso, por obra do destino ou por azar. Na grande maioria das

vezes, nos acidentes, o fator humano está presente, ou seja, cabe aos

condutores e aos pedestres uma boa dose de responsabilidade.

“Toda ocorrência trágica, quando previsível, é evitável.”

Dentre as principais falhas humanas, estão:

5

negligência: definido como descaso, displicência ou desleixo, que

podem ser: do órgão com jurisdição sobre a via, do proprietário

do veículo (pela falta de manutenção do veículo e por permitir

que não habilitados conduzam) ou do condutor;

imperícia: ocorre quando o condutor não tem habilidade na

prática da direção, ou seja, não apresenta conhecimentos técnicos

em realizar manobras necessárias ao ato de dirigir, que podem

ser: não estar suficientemente capacitado ou familiarizado com o

veículo ou não saber reagir a situações adversas ou de

emergência;

imprudência: ocorre quando o condutor tem conhecimentos das

leis e das regras de trânsito e age de forma irresponsável,

deixando de respeitá-las. Podem ser: assumir riscos

desnecessários ao volante, conduzir de forma incompatível com

as condições da via, desconsiderar fatores de risco ou achar-se o

“ás“ do volante. (PERNAMBUCO, [20--]).

1.2 Objetivo do Manual

Capacitar os empregados que utilizam dos veículos da empresa a

adotar uma postura defensiva na direção dos veículos, incentivando-os a

adotar sempre esta postura.

Atuar defensivamente ao volante de um carro não é armar-se e

atacar os outros, mas sim conseguir escapar ileso do trânsito e dos

problemas que acontecem no meio do caminho, chegando ao destino

planejado. Para tanto, todos devem:

estar com o veículo sempre em ótimas condições de

manutenção;

confiar em seus instintos e princípios;

conhecer o local para onde vão, e;

desconfiar o tempo todo de tudo e dos outros.

6

Nunca acredite que as coisas são como deveriam ser, fique atento,

pois o fato de o veículo da frente estar com o pisca alerta ligado para a

direita pode ser que, de repente, o motorista resolva ir para a esquerda,

se parar de repente sem sinalizar, pode ser que as luzes estejam

queimadas, então, observe o que acontece em sua volta e fique alerta!

Geralmente, uma análise de acidentes nos permite verificar que a

maioria deles ocorre devido à imprudência do próprio motorista e não

dos outros. Quase sempre o excesso de confiança é mais prejudicial do

que benéfico.

Estatísticas demonstram que o perfil do motorista que está mais

propício a sofrer acidente é:

motoristas com baixo nível de percepção;

motoristas que aceitam facilmente a provocação dos outros

motoristas;

motoristas distraídos;

motoristas sob elevado nível de estresse;

motoristas sob a ação de medicamentos;

motoristas irresponsáveis;

motoristas sem experiência;

motoristas que viajam com os filhos;

motoristas fumantes;

motoristas que falam ao celular;

motoristas que confiam mais nos outros do que em si;

motoristas que confiam mais em si do que nos outros;

motoristas que escutam música ao dirigir e trocam CD com o

carro em movimento;

motoristas que fazem lanche enquanto viajam;

motoristas que gostam de correr;

motoristas que se acham os donos da razão.

7

Lembre-se sempre que “O EXCESSO DE CONFIANÇA CAUSA

TANTO MAL QUANTO A FALTA DELA”.

Lembre-se também que “O BOM MOTORISTA É AQUELE QUE

FICA ATENTO NO MOMENTO EM QUE SENTA AO VOLANTE,

DIRIGINDO POR SI E PELOS DEMAIS MOTORISTAS”. (NAVARRO,

[201-]).

1.3 Regras de segurança a serem seguidas antes de colocar o

veículo em movimento

Algumas recomendações são de extrema importância para quem

quer dirigir o veículo com segurança. Assim, antes de dar a partida no

motor, certifique-se dos seguintes itens:

1.3.1 Manutenção periódica e preventiva

O desgaste de um componente pode prejudicar o funcionamento de

outros, vindo a comprometer a sua segurança. Isso pode ser evitado,

observando a vida útil e a durabilidade definidas pelos fabricantes para

os componentes, dentro de certas condições de uso.

Visando manter o veículo em condições seguras, crie o hábito de

fazer periodicamente a manutenção preventiva, respeitando os prazos e

as orientações do manual do proprietário e, sempre que necessário,

contrate profissionais habilitados.

Uma manutenção feita em dia evita quebras, custos com consertos

e, principalmente, acidentes.

8

Fonte: Brasil, 2005.

1.3.2 Cuidados com os pneus

calibragem: siga as recomendações do fabricante do veículo,

observando a situação de carga (vazio e carga máxima). Lembre-

se que pneus murchos têm sua vida útil diminuída, prejudicam a

estabilidade, aumentam o consumo de combustível e reduzem a

aderência em piso com água;

desgaste: o pneu deverá ter sulcos de, no mínimo, 1,6 milímetro

de profundidade. A função dos sulcos é permitir o escoamento de

água para garantir segurança e perfeita aderência ao piso em caso

de piso molhado;

deformações da carcaça: veja se os pneus não têm bolhas ou

cortes. Essas deformações podem causar um estouro ou uma

rápida perda de pressão;

dimensões irregulares: não use pneus de modelo ou dimensões

diferentes das recomendadas pelo fabricante para não reduzir a

estabilidade e desgastar outros componentes da suspensão.

9

Fonte: Brasil, 2005.

Lembre-se que todas essas recomendações também se aplicam ao

pneu sobressalente (estepe), nos veículos em que ele é exigido.

1.3.3 Cuidados com os cintos de segurança

veja se os cintos não têm cortes, para não se romperem em uma

emergência;

confira se não existem dobras que impeçam a perfeita

elasticidade;

teste o travamento para ver se está funcionando perfeitamente;

verifique se os cintos dos bancos traseiros estão disponíveis para a

utilização dos passageiros;

ajuste firmemente ao corpo, sem deixar folgas;

a faixa inferior deverá ficar abaixo do abdômen;

a faixa transversal deve vir sobre o ombro, atravessando o peito,

sem tocar o pescoço;

não use presilhas, pois elas anulam os efeitos do cinto de

segurança.

10

Fonte: Brasil, 2005.

1.3.4 Cuidados com os sistemas de iluminação

faróis queimados, em mau estado de conservação ou

desalinhados: reduzem a visibilidade panorâmica e você não

consegue ver tudo o que deveria;

lanternas de posição queimadas ou com defeito, à noite ou em

ambientes escurecidos (chuva, penumbra): comprometem o

reconhecimento do seu veículo pelos demais usuários da via;

luzes de freio queimadas ou com mau funcionamento (à noite

ou de dia): você freia e isso não é sinalizado aos outros

motoristas, logo, eles terão menos tempo e menor distância para

frear com segurança;

luzes indicadoras de direção (pisca-pisca) queimadas ou com

mau funcionamento: impedem que os outros motoristas

compreendam sua manobra e isso pode causar acidentes.

11

Fonte: Brasil, 2005.

1.3.5 Cuidados com os freios

nível de fluído baixo: é só observar o nível do reservatório;

vazamento de fluído: observe a existência de manchas no piso

sob o veículo;

disco e pastilhas gastos: verifique com profissional habilitado;

lonas gastas: verifique com profissional habilitado.

12

Fonte: Brasil, 2005.

2 CONDIÇÕES DE RISCO

2.1 Condições adversas

São todas aquelas condições que envolvem o motorista e que

podem aumentar os riscos de sua condução. São consideradas como

condições adversas:

estado da pista: (esburacada, sem calçamento, sem sinalização,

estreita, sem acostamento, com quedas de barreiras, estrada de

chão batido, etc);

condições climáticas: (sol, chuvas, neblina, frio, vento, granizo,

calor, etc );

condições de trânsito: (intenso, com desvios, interrompido, com

excesso de veículos lentos, a meia pista, etc).

Para cada uma dessas condições o motorista previdente deve se

cercar de todas as cautelas, planejando suas ações de modo a não ficar

exposto desnecessariamente a riscos, logo a atenção ao volante é

extremamente importante, além de reconhecer o ambiente em que está

dirigindo. (NAVARRO, [201-]).

13

2.2 Condições climáticas

As condições climáticas adversas podem reduzir a visibilidade da

pista e dos outros veículos, restringir a velocidade, tornar a pista

escorregadia, causar desconforto na direção e outros fatores mais.

A chuva, a neblina e o sol reduzem bastante a acuidade visual dos

motoristas, podendo tornar difícil a visibilidade de outros veículos,

principalmente daqueles com cores claras e que não andam com os

faroletes ou faróis baixos acesos. Além da redução da visibilidade, as

chuvas alteram a aderência entre os pneus e a pista, causando

escorregamentos, capotagens, saída da pista, etc.

O sol, quando intenso, reduz a capacidade de visão pelo

ofuscamento; quando baixo, no final da tarde, atrapalha a visão, já que

nem com o quebra sol abaixado consegue-se ter boa visibilidade. Se

refletido nos para-brisas dos veículos que vão à frente ou que cruzam,

pode provocar acidentes pelo ofuscamento.

O frio ou o calor provoca desconforto ao dirigir. O calor ainda é

pior para o motorista, já que o obriga a dirigir com o ar condicionado

ligado, o que pode reduzir a percepção para os barulhos externos,

inclusive a identificação do mau funcionamento do motor do carro.

Caso o veículo não possua ar condicionado, o motorista é obrigado a

andar com os vidros da porta abertos, sujeitando-se a ser atingido por

insetos, principalmente besouros ou abelhas, e pedras ou outros

objetos levantados da pista pelos pneus dos carros que estão a sua

frente. (NAVARRO, [201-]).

14

Fonte: Brasil, 2005.

2.2.1 Como se defender das más condições causadas pelo tempo?

O primeiro passo é planejar a viagem de modo que não se tenham

essas condições no caminho. Se não houver possibilidade, devem-se

ter cuidados maiores na verificação das condições do seu veículo,

principalmente quanto a luzes, pneus e freios (não se deve esquecer

que o bom motorista é aquele que verifica constantemente todos

os itens de segurança do veículo antes de sair com ele).

Nosso alerta é: Atenção máxima, em todas as circunstâncias:

15

se a pista estiver molhada, não exceda o limite de velocidade que

permite uma boa aderência entre os pneus e a pista, ou seja,

sempre obedeça o que é informado nas placas de sinalização. Nos

pneus, deve existir um sulco mínimo de 1,6 mm;

não confie que não haverá um veículo parado na curva;

não acredite que a poça d’água na pista é rasa e não esconde um

buraco;

não deixe de observar as encostas, principalmente se elas

estiverem sem vegetação natural;

à noite, tenha o cuidado redobrado, principalmente com o

ofuscamento provocado pelos faróis dos carros que vêm em

sentido contrário;

ao se sentir cansado, pare no acostamento e jogue um pouco de

água no rosto. No primeiro posto de gasolina, pare e descanse um

pouco.

Se a chuva for intensa, certifique-se de que as palhetas do limpador

de para-brisa estejam funcionando adequadamente. Lembre-se de que

no início das chuvas, quando a pista geralmente fica mais

escorregadia, devido à presença de óleo, areia ou outras impurezas,

esse óleo costuma sujar os vidros, dificultando a visibilidade. Assim, é

sempre bom ter algum produto químico desembaçante misturado à

água do limpador de para-brisa.

2.3 Pista

A pista é por onde os veículos transitam. Pode ser calçada ou não.

De um modo geral, as pistas calçadas são melhores para a rodagem

dos veículos.

São consideradas condições adversas de pista: bloqueios, buracos,

adensamentos, estreitamentos, queda de barreiras, água ou lama na

pista, falta de acostamento, largura das pistas, existência de pistas

simples, existência de árvores nas margens das pistas, presença de

quebra-molas, sujeira na pista, etc.

16

Muitos motoristas confiam em suas habilidades, sorte e perícia,

acreditando que nada acontecerá com eles. Quase sempre, são os que

mais correm, ou os que desafiam todas as leis do trânsito. São aqueles

que andam em alta velocidade porque assim ficam com um nível

maior de adrenalina e mantêm-se espertos.

Nesses casos, temos um grande problema, que é o de confiar no

reflexo desses motoristas para não sofrermos acidentes, ou, então, agir

preventivamente. (BRASIL, 2005).

Fonte: Pernambuco, [20--].

2.3.1 Como se defender de problemas ocorridos na pista?

Devem ser verificadas as condições da pista, observando-se as

placas de sinalização, constantemente. Caso haja, na pista oposta, um

buraco grande, com certeza os veículos que ali trafegam irão querer se

desviar, ou irão para o lado do acostamento ou para o seu lado.

Se um veículo estiver ultrapassando outro e, na pista, houver um

buraco, é provável que queira deslocar-se para o lado do acostamento.

Quando há estreitamento de pista, se um veículo está ultrapassando

outro, a tendência é aumentar a velocidade para conseguir ultrapassar,

porém, muitos motoristas não gostam de ser ultrapassados, assim,

também aumentam a velocidade, reduzindo as chances de uma boa

ultrapassagem dos outros, o que ocasiona o risco de acidente.

17

Não é raro descobrirmos as imperfeições da pista depois que já

passamos por elas.

2.4 Trânsito

O trânsito representa o fluxo de veículos em uma pista, de maneira

ordenada ou caótica. Quando se processa ordenadamente, tem-se um

fluxo regular; quando não, têm-se os inevitáveis engarrafamentos.

Os problemas mais comuns que podem representar riscos

adicionais para os motoristas são:

excesso de veículos na pista;

bloqueios diversos provocados por fiscalização rodoviária;

presença de animais atravessando as pistas;

presença de veículos lentos, como tratores, máquinas agrícolas,

vias vicinais com trânsito elevado, e outras.

Fonte: Pernambuco, [20--].

18

2.4.1 Como se defender dessas condições?

Quando se fala de trânsito, deve-se pensar, imediatamente, em

paciência, não adianta ficar buzinando para que o veículo da frente

ande meio metro em um engarrafamento quilométrico porque isso

somente o deixará mais irritado.

Não adianta querer ficar com raiva porque um motorista mais

esperto aproveitou-se que você não acelerou o suficiente e lhe passou

a dianteira.

Não adianta reclamar do motorista que só anda no acostamento

para não ficar engarrafado.

O que se observa é que a maior parte dos problemas decorre da

falta de educação dos outros motoristas.

Lembre-se sempre que a melhor arma que você tem é a paciência e

a educação.

Há casos em que os motoristas procuram descarregar ao volante de

seu veículo as raivas e as mágoas acumuladas durante um dia inteiro

de estresse. Lembre-se que, se você estiver na hora errada e no

momento errado e revidar as grosserias dos outros, poderá sair mal

dessa.

Lembre-se constantemente que atuar defensivamente na direção

não é ficar armado ou andando com porretes dentro do carro.

Quando estiver transitando em uma área rural, poderá defrontar-se

com animais ou tratores que cruzam a pista. Assim, se houver um

cavalo pastando na margem da via, não se espante se ele resolver

atravessar a pista sem lhe avisar. Lembre-se que os atropelamentos

com cavalos ou bois costumam ser fatais, para o motorista e para os

animais.

19

O motorista deve ter a consciência de que, se o limite de velocidade

máxima de uma via urbana é de 60 km/h, isso não quer dizer que ele

tenha que andar o tempo todo a 60 km/h, os limites são fixados pelos

órgãos de trânsito, visando disciplinar o fluxo de carros e de pedestres.

Ultrapassá-lo pode significar risco para as pessoas ou para você.

2.5 Postura ao volante

Postura ao volante é a maneira que o motorista assume na direção

do carro, essa postura é importante para a prevenção de acidentes.

Um motorista, quando não segura adequadamente o volante, corre

sério risco de não se desviar rapidamente do perigo à frente, lembre-se

que a posição correta ao dirigir evita desgaste físico e contribui para

evitar situações de perigo. Siga as seguintes orientações:

dirija com os braços e pernas ligeiramente dobrados, evitando

tensões;

apoie bem o corpo no assento e no encosto do banco, o mais

próximo possível de um ângulo de 90 graus;

ajuste o encosto de cabeça de acordo com a altura dos ocupantes

do veículo, de preferência, na altura dos olhos;

segure o volante com as duas mãos, como os ponteiros do relógio

na posição de 9 h e 15 min, assim você enxerga melhor o painel,

acessa melhor os comandos do veículo e, nos veículos com air

bag, não impede o seu funcionamento;

procure manter os calcanhares apoiados no assoalho do veículo e

evite apoiar os pés nos pedais quando não os estiver usando;

utilize calçados que fiquem bem fixos aos seus pés para que você

possa acionar os pedais rapidamente e com segurança;

coloque o cinto de segurança, de maneira que ele se ajuste

firmemente ao seu corpo. A faixa inferior deve passar pela região

do abdômen e a faixa transversal deve passar sobre o peito e não

sobre o pescoço;

20

fique em posição que permita enxergar bem as informações do

painel e verifique sempre o funcionamento de sistemas

importantes como, por exemplo, a temperatura do motor.

Fonte: Escola de Postura Brasil, [20--].

2.5.1 Como se defender dessas condições?

Sempre que entrar no veículo, ajuste a posição do banco de forma a

proporcionar um maior conforto, que possibilite ter uma visão total do

entorno do veículo, através dos espelhos retrovisores, que facilite uma

rápida mudança de direção, se assim precisar, para desviar-se dos

possíveis obstáculos que possam aparecer no percurso.

Procure certificar-se de que não há objetos soltos dentro do carro

que possam deslocar-se em curvas mais fechadas. Por exemplo, há

aqueles que não se esquecem de sua garrafa de água, que costuma

andar por todo o carro nas curvas, ou então aquele que não deixa seu

celular devidamente posicionado, e esse se desloca a cada curva.

Importante saber que todas as atenções devem estar voltadas para o

que ocorre fora do veículo e não para dentro dele.

JOELHO FLEXIONADO

1

2

REGULAGEM:

1. ASSENTO

2. ENCOSTO

BACIA APOIADA NO

ENCOSTO DO BANCO

COTOVELO FLEXIONADO

21

“PARA FREAR COM SEGURANÇA, É PRECISO ESTAR

ATENTO. MANTENHA DISTÂNCIA SEGURA E FREIOS EM BOM

ESTADO! A POSIÇÃO CORRETA AO DIRIGIR PRODUZ MENOS

DESGASTE FÍSICO E AUMENTA A SUA SEGURANÇA!”

(NAVARRO, [201-]).

2.6 Postura do motorista

Postura do motorista é a posição que ele assume durante a atividade

de dirigir um veículo. Qualquer que seja o perfil do motorista,

algumas vezes, ele pode atrapalhar-se todo ou então ficar desatento,

aumentando o risco de envolver-se em acidentes, por isso, é

importante que o motorista fique sempre atento, seguindo as seguintes

recomendações:

nunca dirija após ter ingerido bebida alcoólica, mesmo que tenha

sido apenas um gole;

Fonte: Pernambuco, [201-].

não dirija se você ingeriu algum medicamento, pois alguns

afetam, negativamente, o nosso estado físico e mental e o nosso

modo de dirigir (remédios para emagrecer, calmantes ou

antialérgicos, remédios para manter-se acordado, como rebites);

22

Fonte: Pernambuco, [201-].

evite andar nas rotas que costumam ficar engarrafadas, prefira as

com menor trânsito, mesmo que você tenha que andar um pouco

mais;

Fonte: Brasil, 2005.

ao sentir-se cansado, não espere pelo primeiro cochilo ao volante.

Pare na beira do acostamento, saia do carro e ande um pouco,

passe um pano de água fria no rosto. Lembre-se de que um

23

simples cochilo de 1 segundo, a uma velocidade de 80 km/h

representa um percurso de aproximadamente 20 metros;

Fonte: Pernambuco, [201-].

se você estiver chateado com os colegas, os chefes ou a sogra,

procure evitar dirigir, pois você pode transmitir o seu estado de

irritação para o volante, descarregando todas as mágoas,

frustrações e raivas no pedal do acelerador, na alavanca de

marchas ou em outros itens do veículo;

Fonte: Pernambuco, [201-].

tenha sempre as duas mãos ao volante;

24

Fonte: Carvalho, 2011.

não fale ao celular enquanto estiver dirigindo;

Fonte: Manchete Online, 2013.

não acenda cigarros ao volante, pois muitos acidentes ocorrem

com as brasas de cigarros que caem sobre o colo do motorista;

25

Fonte: Souza, 2008.

evite sempre manobras bruscas com o veículo, mesmo que seja

apenas para desviar-se de algo na pista;

Fonte: Fundação Carlos Chagas, 2006.

26

diminua a velocidade quando estiver dirigindo em estradas

esburacadas, estradas de chão ou em locais em que possa haver a

incidência de animais;

Fonte: Brasil, 2005.

não obstrua o vidro traseiro com adesivos ou objetos que venham

a comprometer a visibilidade;

Fonte: Reminerando, [201-].

27

nunca se curve para apanhar objetos que caíram no chão com o

veículo em movimento;

não troque o CD do rádio ou procure outra estação com o veículo

em movimento porque isso pode tirar a sua atenção da estrada.

Evite beber ou comer enquanto estiver dirigindo, lembre-se de que

se cair um pedaço de sanduíche ou derramar bebida no seu colo, você

irá querer limpar a calça com o veículo em movimento. (NAVARRO,

[201-]).

3 EVITANDO ACIDENTES

Algumas medidas, apesar de óbvias, são importantes na prevenção

de acidentes, são elas:

em dias de chuvas intensas, nunca fique colado na traseira dos

veículos, principalmente de caminhões, pois eles levantam uma

neblina de água em seu para-brisa, cheia de óleo diesel e de outras

impurezas da pista, dificultando sua visão. Nesses casos, se você

não estiver com o reservatório de água do limpador de para-brisas

cheio, poderá ter problemas;

evite passar sobre poças de água, pois nunca se sabe se há buracos

fundos nelas;

nunca ultrapasse em curvas, aclives ou quando a linha for

contínua;

antes de ultrapassar uma fila de veículos, certifique-se de que seu

veículo tem motor suficiente e que haverá espaço para que você

retorne para a sua pista antes que outro veículo surja na pista

oposta;

se você estiver a 80 km/h, lembre-se que irá precisar de 80/2 = 40

metros para parar com segurança;

nunca entre em uma curva com o pé no freio ou na embreagem,

caso você tenha que reduzir a velocidade do veículo, que o faça

28

antes de entrar na curva. O correto é que você saia da curva com o

motor do carro acelerado;

nunca confie que somente a marcha do carro servirá para reduzir a

velocidade;

em descidas longas ou em curvas muito abertas, evite usar a

quinta marcha, procure estar em uma marcha que seja de força,

para aumentar a aderência dos pneus do veículo ao solo;

sinalize com antecedência se for mudar de direção, se for parar ou

se for efetuar uma ultrapassagem. Lembre-se de que ninguém tem

a obrigação de adivinhar para onde você vai;

nunca espere coerência de ciclistas, motociclistas ou pedestres

andando no acostamento. Lembre-se de que quem tem que ter

coerência é você e não os outros. Na dúvida, pense e busque

sempre as melhores alternativas;

ao atravessar ruas, certifique-se de que não há veículos que

possam atrapalhá-lo, em todas as direções. Lembre-se de que

muitos acidentes ocorrem porque ninguém poderia imaginar que

as pessoas andariam na contramão, e muitas vezes elas andam;

muito cuidado com os animais que estejam junto ao meio-fio ou à

margem da rodovia, pois, a qualquer momento, eles podem querer

atravessar a pista, causando problemas. Nunca espere coerência

de animais e de seus donos.

“EM TODAS AS CIRCUNSTÂNCIAS, LEMBRE-SE: QUEM FAZ

A SUA SEGURANÇA É VOCÊ MESMO. SE VOCÊ SE SENTIR

SEGURO, COM CERTEZA TERÁ GRANDES CHANCES DE ESTAR

SEGURO”. (NAVARRO, [201-]).

29

REFERÊNCIAS

BRASIL. Ministério das Cidades. Departamento Nacional de Trânsito

(Denatran). Direção defensiva: trânsito seguro é um direito de todos.

[Brasília, DF]: Denatran, 2005. Disponível em:

<http://www.detran.ba.gov.br/noticias/DIRECAO_DEFENSIVA.pdf>.

Acesso em: 25 mar. 2013.

CARVALHO, Raíssa. Posição de dirigir. Quatro Rodas, [São Paulo], jan.

2011. Disponível em: <http://quatrorodas.abril.com.br/reportagens/posicao-

dirigir-615274.shtml>. Acesso em: 25 mar. 2013.

ESCOLA DE POSTURA BRASIL. Rio de Janeiro, [20--]. Disponível em:

<http://www.escoladepostura.com.br/default_frame.asp#>. Acesso em: 25

mar. 2013.

FUNDAÇÃO CARLOS CHAGAS. Direção defensiva: introdução. In:

ASSOCIAÇÃO NACIONAL DOS FABRICANTES DE VEÍCULOS

AUTOMOTORES (ANFAVEA). Manual básico de segurança no

trânsito. São Paulo, 2006. Cap. 4. Disponível em:

<http://www.anfavea.com.br/documentos/capitulo4seguranca.pdf>. Acesso

em: 25 mar. 2013.

MANCHETE ONLINE. Motorista envolvido em acidente por uso de

celular deve responder por crime intencional. Rio de Janeiro: Manchete

Online, 2013. Disponível em:

<http://www.mancheteonline.com.br/motorista-envolvido-em-acidente-

por-uso-de-celular-deve-responder-por-crime-intencional/>. Acesso em: 25

mar. 2013.

30

NAVARRO, Antônio Fernando. Treinamento interno em direção

defensiva. [S.l.], [201-]. Disponível em:

<http://www.ebah.com.br/content/ABAAABin4AA/treinamento-interno-

direcao-defensiva>. Acesso em: 25 mar. 2013.

PERNAMBUCO. Departamento Estadual de Trânsito de Pernambuco

(DETRAN-PE). Direção defensiva e prevenção de acidentes. Recife:

DETRAN-PE, [20--]. Disponível em:

<http://www.detran.pe.gov.br/download/cartilha/Cartilha_DETRAN_Direc

ao_Defensiva.pdf>. Acesso em: 25 mar. 2013.

REMINEIRANDO. [S.l.], [201-]. Disponível em:

<http://www.remineirando.blogspot.com.br/2011_02_01_archive.html>.

Acesso em: 25 mar. 2013.

SOUZA, Alexandre. [Fotografia]. In: GOMES, Arnon; FIALHO, Gustavo.

Motor: fumo e direção uma combinação que rende polêmica. Araçatuba,

SP: Folha da Região, 2008. Disponível em:

<http://www.folhadaregiao.com.br/Materia.php?id=92592>. Acesso em 25

mar. 2013.

31

ANEXO A – CHECK LIST VEÍCULOS

CHECK LIST VEÍCULOS

ESTE CHECK LIST DEVERÁ SER PREENCHIDO PELOS USUÁRIOS DOS

VEÍCULOS DA EMPRESA, COM INTERVALO DE PERIODICIDADE DE 15

DIAS, APÓS O QUE ENTREGUE PARA O SESMT. TODOS OS ITENS QUE

ESTEJAM DESCONFORMES DEVERÃO SER CORRIGIDOS DE IMEDIATO

Atividades Check-Up de Segurança Motorista:

Placas do Veículo: Marca/Modelo:

No do RENAVAN: Habilitação: Validade:

Participantes da Avaliação:

Documento de referência: Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997 - Portaria MT nº

204/1997

1) Motorista COM S N NA

1. O motorista encontra-se habilitado para o

veículo específico?

2. A habilitação está válida?

3. O motorista está portando a habilitação?

4. Está portando os documentos do veículo?

5. Possui o curso de Direção Defensiva?

6. O curso de Direção Defensiva foi feito há

menos de 1 ano?

7. Leu o Manual de Direção Defensiva

fornecido pela empresa?

8. Está familiarizado com o veículo da empresa?

32

2) Veículo COM S N NA

1. A documentação do veículo está em dia? 2. O IPVA encontra-se pago e em dia? 3. O manual do proprietário encontra-se no

interior do veículo?

4. Os cintos de segurança estão limpos,

funcionando adequadamente e em bom

estado?

5. A regulagem dos bancos está funcionando? 6. O banco está ajustado para sua altura? 7. Os retrovisores estão limpos, funcionando

adequadamente e em bom estado?

8. Os retrovisores estão ajustados para sua

altura?

9. O óleo de freio foi substituído dentro da

programação?

10. Combustível: o indicado no painel é suficiente

para chegar ao destino?

11. Os faróis estão com as lâmpadas funcionando

e sem danos (alto e baixo)?

12. A luz de ré está com as lâmpadas funcionando

e sem danos?

13. As setas estão com as lâmpadas funcionando e

sem danos?

14. Silencioso e cano de descarga sem danos? 15. O freio de mão está regulado? 16. O freio do pé está regulado? 17. Apresentando vazamento de água? 18. Apresentando vazamento de combustível? 19. Apresentando vazamento de óleo? 20. Mangueiras em boas condições? (furadas,

ressecadas, rígidas ou descascadas)

21. Os pneus estão em boas condições? 22. Os pneus estão calibrados (inclusive o

estepe)?

23. Foi feito o rodízio dos pneus? 24. A buzina está funcionando?

33

25. O extintor de incêndio está recarregado e

dentro da validade?

26. O limpador de para-brisas está com as

borrachas em bom estado?

27. Desembaçadores dianteiro e traseiro (se

existirem) estão funcionando?

28. O esguicho de para-brisa está funcionando? 29. O alternador está em bom estado? 30. Os fusíveis estão com a amperagem correta e

em bom estado?

31. As lâmpadas internas estão funcionando? 32. A bateria está com plena carga e adequada ao

veículo?

33. Os bornes estão em bom estado e sem

oxidação?

34. Há vibração anormal do motor? 35. A direção encontra-se alinhada? 36. Os pneus foram balanceados? 37. Troca de óleo do motor está em dia? 38. Ar condicionado está funcionando

adequadamente e sem vazamento interno de

água?

39. O filtro de ar condicionado está limpo dentro

da programação (1 vez/6 meses)?

40. Os mostradores do painel estão funcionando

adequadamente?

41. As portas estão funcionando adequadamente? 42. Os vidros das portas estão limpos e

funcionando adequadamente?

43. O estepe está em boas condições e calibrado? 44. Macaco, triângulo e chave de roda no veículo

em boas condições?

45. Revisão/manutenção do veículo dentro dos

prazos determinados pelo fabricante?

46. Nível adequado de água do limpador de para-

brisa?

47. Nível adequado de óleo do motor? 48. Nível adequado de óleo no freio?

34

49. Nível adequado de água no radiador? 50. Nível adequado de óleo na direção hidráulica? 51. As placas estão perfeitamente afixadas e com

a pintura em bom estado?

S: Satisfatório N: Não Satisfatório NA: Não aplicável COM: Comentários

Fonte: Navarro, [201-].

Check List Número de

itens

Percentual

atingido TOTAL DE ITENS APLICÁVEIS

TOTAL DE ITENS CONFORMES

TOTAL DE ITENS NÃO CONFORMES

Comentários

Verificador

Fiscalização Data