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Londrina 2014
MARCELO SEIJI MISSAKA
USO DAS TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO (TIC´s) COMO APOIO PARA
APRENDIZAGEM NO JUDÔ
CENTRO DE PESQUISA EM CIÊNCIAS DA SAÚDE MESTRADO PROFISSIONAL EM EXERCÍCIO FÍSICO NA
PROMOÇÃO DA SAÚDE
Londrina 2014
USO DAS TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO (TIC´s) COMO APOIO PARA
APRENDIZAGEM NO JUDÔ
Dissertação apresentada à Universidade Norte do Paraná - UNOPAR como requisito parcial para a obtenção do título de Mestrado Profissional em Exercício Físico na Promoção da Saúde. Orientador: Prof. Dr. Dartagnan Pinto Guedes.
MARCELO SEIJI MISSAKA
AUTORIZO A REPRODUÇÃO TOTAL OU PARCIAL DESTE TRABALHO, POR QUALQUER MEIO CONVENCIONAL OU ELETRÔNICO, PARA FINS DE ESTUDO E PESQUISA, DESDE QUE CITADA A FONTE.
Dados Internacionais de catalogação-na-publicação
Universidade Norte do Paraná Biblioteca Central
Setor de Tratamento da Informação
Missaka, Marcelo Seiji M662u Uso das tecnologias de informação e comunicação (TIC’s) como apoio
para aprendizagem no judô / Marcelo Seiji Missaka. Londrina: [s.n], 2014. viii; 69f. Dissertação (Mestrado). Exercício Físico na Promoção da Saúde.
Universidade Norte do Paraná. Orientador: Prof. Dr. Dartagnan Pinto Guedes 1- Educação física - dissertação de mestrado - UNOPAR 2-
Exercício físico 3- Mídia eletrônica 4- Esporte 5- Lutas 6- Motivação I- Guedes, Dartagnan, orient. III- Universidade Norte do Paraná.
CDU 796.85
Londrina, _____de ___________de 2014.
Prof. Dr. Dartagnan Pinto Guedes Universidade Norte do Paraná
Prof. Dr. Denilson de Castro Teixeira Universidade Norte do Paraná
Prof. Dr. Ronaldo José do Nascimento Universidade Estadual de Londrina
MARCELO SEIJI MISSAKA
USO DAS TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO (TIC’S) COMO APOIO PARA
APRENDIZAGEM NO JUDÔ
Dissertação apresentada à Universidade Norte do Paraná - UNOPAR como
requisito parcial para a obtenção do título de Mestrado Profissional em Exercício
Físico na Promoção da Saúde, aprovado pela Banca Examinadora formada pelos
membros:
AGRADECIMENTOS
Primeiramente a Deus e a minha esposa Ivomary Ramos S. Missaka
que sempre esteve presente em todos os momentos desse processo de formação
profissional.
Aos meus pais Shoiti Missaka e Terezinha Mello Missaka que sempre
me conduziram para minha formação como ser humano.
Ao meu orientador Prof. Dr. Dartagnan Pinto Guedes que me
oportunizou a realização do mestrado profissional e me acompanhou para sua
concretização.
Ao Prof. Dr. Ronaldo José Nascimento que além de grande amigo,
ofereceu grande apoio para efetivação da proposta do trabalho.
À Profª. Joana Elisabete Ribeiro Pinto Guedes, coordenadora de minha
Unidade de Trabalho (UNIFIL) pelo constante apoio e incentivo a minha qualificação
profissional.
À Federação Paranaense de Judô e aos professores Luiz H. Iwashita,
Liogi Suzuki e Helder Faggion que muito contribuíram para viabilizar a elaboração do
trabalho.
Aos amigos que me apoiaram diretamente nesse processo, Murilo
Mendes, Alexandre Segantin, Kamila Grandolfi e Aílton de Jesus.
À todos aqueles professores da Universidade Norte do Paraná -
UNOPAR e colegas do Curso de Mestrado que dividiram comigo as alegrias e as
dificuldades encontradas durante esse processo.
Aos colegas-professores do Departamento de Esportes da
Universidade Estadual de Londrina pelo apoio e inspiração para os estudos.
“Nada sob o céu é mais importante que a
educação. Os ensinamentos de uma pessoa
virtuosa podem influenciar uma multidão.
Aquilo que foi bem aprendido por uma geração
pode ser transmitido a outras cem.”
(JIGORO KANO).
MISSAKA, Marcelo Seiji. Uso das tecnologias de informação e comunicação (TIC’s) como apoio para aprendizagem no judô. 2014. 69 f. Dissertação (Mestrado Profissional em Exercício Físico na Promoção da Saúde) - Centro de Pesquisa em Ciências da Saúde, Universidade Norte do Paraná, Londrina, 2014.
RESUMO
O objetivo do trabalho foi delinear e desenvolver mídia eletrônica com material didático direcionado a auxiliar praticantes de judô em idades jovens nos exames de promoção do nível de graduação – faixas. A metodologia adotada para definição do material foi constituída por: (a) revisão de literatura específica envolvendo o tema; (b) gravação em vídeo dos conteúdos exigidos no nível básico (faixa branca até a faixa laranja); (c) edição dos vídeos; (d) inserção dos vídeos em mídia interativa com utilização de quizz. Para gravação e edição dos vídeos foi utilizada câmera filmadora digital e equipamento de computação, mediante programa de edição Adobe Premiere CS6 e programa de finalização Adobe Encore CS6. Os vídeos foram colocados em mídia interativa por intermédio do programa Windows Media Player. As questões do quizz foram realizadas no programa Power Point e as animações e fotos mediante programa Photoshop. Espera-se com a proposição da mídia eletrônica facilitar a aprendizagem dos jovens judocas e auxiliar profissionais da área na definição da sequência pedagógica do ensino do judô, na seleção dos elementos associados e na a avaliação em cada nível de graduação – faixa. Deverá também, proporcionar a inclusão digital e despertar o interesse dos praticantes de judô em relação ao uso das TIC’s em várias outras áreas.
Palavras-chave: Mídia eletrônica. Esporte. Lutas. Motivação.
MISSAKA, Marcelo Seiji. The use of information and communication technologies (ICT) to support learning in judo. 2014. 69 f. Dissertação (Mestrado Profissional em Exercício Físico na Promoção da Saúde) - Centro de Pesquisa em Ciências da Saúde, Universidade Norte do Paraná, Londrina, 2014.
ABSTRACT
The objective of this study was to delineate and develop electronic media with educational material targeted to assist young judo practitioners in the examinations for rank – belt promotion. The methodology adopted for the definition of the material was composed of: (a) review of specific literature involving the theme; (b) video recording of content required in basic level (white to orange belt); (c) editing of the videos; (d) insertion of videos into interactive media with the use of quiz. For video recording and editing a digital camcorder and computer equipment were used with the Adobe Premiere CS6 editing software and the Adobe Encore CS6 authoring software. The videos were inserted into interactive media using the Windows Media Player software. The questions of the quiz were done using the Power Point software and the animations and images using the Photoshop software. With the proposition of electronic media it is expected to facilitate the learning of young judoka and to assist professionals of this area in the definition of the pedagogical sequence of teaching Judo, in the selection of the associated elements and in the evaluation at each rank level. It should also provide digital inclusion and awaken the interest of judo practitioners regarding the use of ICT in several other areas.
Key-words: Electronic media. Sport. Fights. Motivation.
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 – Cores das faixas – nível básico ................................................................ 19
Figura 2 - Capa da mídia ........................................................................................... 27
Figura 3 - Imagem do programa Adobe Encore CS6 ................................................ 29
Figura 4 - Exemplo de imagem com utilização de grua ............................................. 30
Figura 5 - Exemplo de imagem de fotograma ........................................................... 30
Figura 6 - Exemplo de imagem com utilização de vídeo ........................................... 31
Figura 7 - Exemplo de imagem com close circulando os detalhes técnicos do
golpe ......................................................................................................... 31
Figura 8 – Menu inicial da mídia ................................................................................ 32
Figura 9 – Menu faixa branca .................................................................................... 33
Figura 10 – Menu dos conteúdos - faixa branca ....................................................... 33
Figura 11 – Saudações – descrição .......................................................................... 34
Figura 12 – Saudação em pé – Ritsu-rei ................................................................... 34
Figura 13 – Conteúdos específicos – faixa branca .................................................... 35
Figura 14 – Quizz ...................................................................................................... 36
Figura 15 – Resposta incorreta e correta .................................................................. 36
LISTA DE QUADROS
Quadro 1 – Ordem de graduação conforme cores das faixas – nível básico ............ 19
Quadro 2 – Ordem de graduação conforme cores das faixas – nível
intermediário ............................................................................................. 19
Quadro 3 – Ordem de graduação conforme cores das faixas – nível graduado ....... 20
Quadro 4 – Ordem de graduação conforme cores das faixas – nível
graduação superior ................................................................................... 20
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ............................................................................................... 10
1.1 CONTRIBUIÇÃO ESPERADA ........................................................................ 11
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ..................................................................... 12
2.1 LUTAS E ARTES MARCIAIS .......................................................................... 12
2.2 JUDÔ .............................................................................................................. 13
2.2.1 Elementos do Judô ......................................................................................... 15
2.2.2 Classificação das Técnicas do Judô ............................................................... 16
2.2.3 Graduação nas Artes Marciais ........................................................................ 18
2.3 TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO (TIC’s) ................... 20
2.3.1 Aplicação das TIC’s no Esporte ...................................................................... 24
2.4 GERAÇÃO NET (Y) – Quem São Estes Jovens? ........................................... 25
3 DESENVOLVIMENTO .................................................................................... 27
3.1 MODO DE USAR A MÍDIA ............................................................................. 32
REFERÊNCIAS .............................................................................................. 37
APÊNDICES ................................................................................................... 39
Apêndice A – Artigo Científico ........................................................................ 40
ANEXOS ....................................................................................................... 60
Anexo A – Certificado de validação técnica – Federação Paranaense
de Judô (FPJ) ................................................................................ 61
Anexo B – Registro de direitos autorais .......................................................... 62
Anexo C – Conteúdos da CBJ ........................................................................ 65
10
1 INTRODUÇÃO
Com a evolução tecnológica o uso das Tecnologias de Informação e
Comunicação (TIC’s) vem contribuindo no apoio, na melhoria e na monitoração do
desempenho esportivo de atletas iniciantes e de alto-rendimento. Cada vez mais
apresenta contribuições relevantes, no sentido de ampliar o embasamento científico,
aumentando a qualidade da atuação profissional, seja para otimizar o rendimento de
atletas ou melhorar a saúde da população em geral.
Presente na sociedade moderna seja em casa, no trabalho ou na
escola, as TIC’s é um conjunto de ferramentas tecnológicas indispensáveis no cotidiano
das pessoas (celular, controle remoto, computador, etc.). Este recurso tecnológico se
constitui em importante aliado na prática pedagógica durante o processo de ensino-
aprendizagem, oferecendo condições de enriquecer as mensagens de aprendizagem e
trazendo maior motivação e conhecimento aos aprendizes.
Observa-se grande desenvolvimento na área de tecnologias voltadas à
educação, não somente em ferramentas auxiliares nos contatos presenciais, mas
também, ferramentas para o ensino a distância (vídeo conferências e outras mídias). As
ferramentas tecnológicas, com suas cores e sons, podem atenuar as diferenças
existentes entre o universo educacional e o mundo externo.
A utilização das TIC’s é uma realidade irreversível e se tornou
indispensável no processo educacional, promovendo uma integração mais efetiva entre
professor e aprendiz através de troca de informações. A tecnologia educacional é uma
ferramenta primordial na construção de uma sociedade baseada na informação, no
conhecimento e no aprendizado.
Baseando nessas evidências torna-se importante a proposição de
ferramentas tecnológicas capazes de difundir o conhecimento técnico associado à
prática do judô e disponibilizar recursos para aprimoramento da capacitação de
profissionais da área.
Neste sentido, o objetivo do presente trabalho de conclusão final de
curso é delinear e desenvolver mídia eletrônica como material didático direcionado a
auxiliar praticantes de judô em idade jovens nos exames de promoção de nível de
11
graduação e faixas.
1.1 CONTRIBUIÇÃO ESPERADA
As TIC’s promovem mudanças no cotidiano das pessoas, além de
exercer enorme fascínio sobre as crianças e os jovens pela sua dinamicidade,
interatividade e possibilidades de uso. Na atualidade as TIC’s já são utilizadas em
diversos seguimentos da sociedade, e podem se constituir em ferramenta muito
importante no processo de ensino-aprendizagem do judô. Também, define-se como
uma forma de unir duas atividades que geram prazer às crianças e aos jovens, a prática
de esporte e o uso de tecnologia eletrônica.
Com essas evidências torna-se necessário delinear e desenvolver
mídia interativa que venha a contemplar os conteúdos específicos do judô. Além de
facilitar a aprendizagem por parte dos jovens praticantes, também poderá auxiliar
profissionais da área na definição da sequência pedagógica do ensino do judô, na
seleção dos elementos associados e na sua avaliação em cada nível de graduação –
faixa. Poderá ainda, proporcionar a inclusão digital e despertar o interesse dos
praticantes de judô em relação ao uso das TIC’s em várias outras áreas.
12
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
2.1 LUTAS E ARTES MARCIAIS
Com intuito de classificar as formas de combate corporal, alguns
autores utilizaram conceitos filosóficos, região de origem da luta e características da
modalidade. Para Craig (2005), lutas são práticas que possuem embate corporal,
enquanto artes marciais são métodos de guerra ou conjuntos de preceitos (éticos,
estéticos e morais) que um guerreiro utiliza.
As lutas podem ser classificadas em orientais e ocidentais. Entre as
orientais estão o kung-fu, o tai-chi-chuan, o karatê, o judô, o jiu-jitsu, o aikidô, o tae-
kwon-do, o sumô e o kendô. Fazem parte das ocidentais o boxe, a esgrima, a luta
greco-romana, a luta livre, o kick-boxe e a capoeira (CORDEIRO JÚNIOR, 1999).
Os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN’s) da Educação Física
caracterizam as lutas como disputas em que os oponentes devem ser subjugados, com
técnicas e estratégias de desequilíbrio, contusão, imobilização ou exclusão de
determinado espaço na combinação de ações de ataque e defesa. Caracterizam-se por
regulamentação específica a fim de punir atitudes de violência e deslealdade. Podem
ser citados exemplos de luta, as brincadeiras de cabo de guerra e braço de ferro, até as
práticas mais complexas de capoeira, judô e karatê. (BRASIL, 1998).
O início do contato corporal na forma de combate é baseado em lendas
e contos, passado de geração em geração, na forma oral e com muito mistério, gerando
assim uma escassez documental (WILSON, 2007). Assume-se que os combates
surgiram com a necessidade de defesa pessoal e de territórios, como diferentes
manifestações sociais, como rituais indígenas, na preparação de exércitos para a
guerra, como jogo e como exercício físico (BREDA et al., 2010).
No século VI, um príncipe indiano, Bodhidharma, foi para um templo
budista na China e ensinou para os monges técnicas de defesa pessoal baseadas na
forma de lutar dos animais. Os monges agregaram essas técnicas aos hábitos de
meditação e mediante estudos se tornaram exímios praticantes desta luta que foi
denominada kung-fu, considerado o estilo que originou a maioria das artes marciais
13
(NATALI, 1981).
No Japão novas artes marciais, como jiu-jitsu, foram surgindo. Não
existe consenso sobre a exatidão do seu nascimento. As lendas relatam que um monge
chinês ensinou essa arte a alguns samurais. O princípio básico do jiu-jitsu é “não resistir
ao esforço direto do oponente, mas ceder aparentemente, a fim de posteriormente,
conseguir a vitória definitiva” (SUZUKI, 1994, p. 34).
De acordo com Suzuki (1994) o jiu-jitsu prosperou no Japão por meio
dos samurais, se ramificando em vários estilos e escolas com o uso de instrumentos
mediadores (arco e flecha, espadas, punhais, bastões) e lutas de mãos vazias
(derrubar, imobilizar, torcer e golpear partes do corpo do adversário).
Durante período Tokugawa (1603-1867), o jiu-jitsu teve seu apogeu,
sendo cultuado como arte nobre e refinada. Os samurais seguiam um código de honra
secreto, o Bushido (caminho do guerreiro). Nesses dois séculos, vivendo o feudalismo,
o Japão se fechou ao mundo ocidental que crescia sob o impulso da revolução
industrial. Com a abertura dos portos em 1865, por meio do tratado de “Comércio, Paz
e Amizade” firmado com os Estados Unidos, iniciou o processo de transformação
político-social do Japão denominado “Restauração Meiji ou Renascença Japonesa”
(SUZUKI, 1994).
Como descrito por Wilson (2007), em consequência a essa
transformação político-social, houve grande valorização dos costumes e avanços
tecnológicos ocidentais e, em contrapartida, esquecimento da cultura milenar japonesa,
incluindo as artes marciais. O jiu-jitsu foi renegado e os antigos samurais se tornaram
artesãos, pescadores, e em casos extremos se suicidaram. Passado a euforia
ocidental, a cultura milenar japonesa voltou a ser valorizada e o jiu-jitsu passou a ser
ensinado em escolas de defesa nacional. Mas, devido a sua filosofia que buscava
sempre ferir ao invés de somente autodefesa e a falta de pedagogia educacional, o jiu-
jitsu abriu caminho para o surgimento do Judô.
2.2 JUDÔ
Jigoro Kano, nascido em 1860 e filho de família nobre japonesa, era
baixo e franzino. Por ser brutalizado pelos colegas de classe iniciou a prática do jiu-jitsu
14
com o intuito de se defender. (FREITAS; VIEIRA, 2006). Como descrito pelo próprio
Kano, estudou jiu-jitsu com muitos mestres famosos e percebeu diferenças nas formas
de ensino das técnicas entre um professor e outro. A falta de orientação didática e de
obediência a qualquer princípio no ensinamento dessas técnicas causava dúvidas
sobre o que era correto ou errado. Após abrangente estudo percebeu que um único
princípio envolvia tudo, era necessário fazer o uso mais eficiente possível das energias
mental e física, determinando o “Princípio da Eficácia Máxima”. Assim, descartou
algumas técnicas do jiu-jitsu que não faziam parte desse princípio e substituiu por
outras em que o mesmo estava corretamente aplicado. O conjunto das técnicas
resultantes que atendiam a esse princípio foi denominado judô.
O judô teve sua origem em 1882, quando Jigoro Kano fundou sua
própria escola denominada Kodokan, com propósito de formar e preparar o indivíduo
por meio de atividade física de luta corporal (condicionamento físico) e de
aperfeiçoamento moral: humildade, perseverança, disciplina, respeito, tolerância,
cortesia (MIARKA, 2005).
A palavra Judô é escrita com dois ideogramas chineses, o ju significa
“gentilmente” ou “suavidade” e o do “princípio” ou “caminho”, podendo ser traduzida
como “caminho suave” (KANO, 2008).
Para Jigoro Kano praticar judô é mais que aprender com eficiência suas
técnicas, mas sim, ajudar no desenvolvimento pessoal do indivíduo, ajudando-o a
controlar seus impulsos e emoções, a ser disciplinado e perseverante, formando um
cidadão virtuoso. A essência dessa filosofia é a base do judô cultivada ainda hoje em
todo o mundo. Responsável pela expansão do judô, Kano se transformou no mais
famoso mestre japonês de artes marciais (FREITAS; VIEIRA, 2006).
No Brasil, por volta de 1922, Eisei Maeda, conhecido como Conde
Koma, fez sua primeira apresentação de judô em Porto Alegre, passando pelos estados
do Rio de Janeiro e São Paulo, transferindo-se depois para o Pará onde popularizou
seus conhecimentos relacionados ao judô. A escalada do judô no Brasil se deve a
chegada de um grupo de nipônicos ao país em 1938, liderados por Riuzo Ogawa, que
fundou a Academia Ogawa com objetivo de aprimorar a cultura física, moral e espiritual.
A partir daí, a cultura e os ensinamentos do mestre Jigoro Kano se disseminaram pelo
15
Brasil e em 1969 foi fundada a Confederação Brasileira de Judô, sendo reconhecida em
1972 por decreto (CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE JUDÔ, 2012).
O judô se tornou oficialmente modalidade olímpica a partir dos Jogos
Olímpicos de Munique em 1972, com a participação da equipe brasileira. Desde então
acumulou 19 medalhas olímpicas: três de ouro, três de prata e treze de bronze
(CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE JUDÔ, 2012).
Por ser baseado em princípios filosóficos e éticos, o judô atualmente
além de ser uma modalidade de destaque no cenário esportivo, é também uma
ferramenta importante na formação de um cidadão mais respeitador, consciente e útil a
sociedade.
2.2.1 Elementos do Judô
O Judô é constituído de saudações, posturas, pegadas, movimentações
e quedas, padronizadas em todo o mundo. As saudações (Rei-ho) são oferecidas a um
companheiro ou a um oponente, e é uma forma de demonstrar respeito e cortesia. O
Ritzurei é uma saudação realizada em pé, utilizada quando o judoca entra ou sai do
tatame (Dojo) durante o treino ou em competição (no início e no fim dos combates). O
Zarei é uma saudação mais cerimoniosa, empregada no início e no fim de uma lição
coletiva e nos katas, e é executado na posição ajoelhada (WILSON, 2007).
Conforme Kano (2008), a eficiência na execução das técnicas ou
golpes depende fundamentalmente de uma boa postura corporal, que serve de base
para todos os movimentos do judô. Na postura natural básica denominada Shizen
Hontai o judoca se posiciona em pé, com os calcanhares afastados cerca de 30 cm, e
os braços em posição relaxada ao lado do corpo. Enquanto na postura defensiva
básica, Jigo Hontai, consiste em o judoca se posicionar em pé, com os pés afastados
cerca de 75 cm, com os joelhos flexionados.
Outro elemento importante para aplicação mais eficiente das técnicas é
a pegada (Kumi Kata), a maneira de segurar no kimono (Judogui) do oponente. A
pegada básica é sempre a mesma independentemente da postura utilizada. O judoca
deve segurar a gola esquerda do parceiro com a sua mão direita, na altura da axila, e
com a mão esquerda segurar a lateral externa da manga direita do mesmo, na altura do
16
cotovelo, ou ao contrário (KANO, 2008).
Para que o judoca se movimente para frente, para trás e para os lados
(Shintai) rapidamente e com equilíbrio, deve deslizar os pés pelo tatame com a maior
parte do peso sobre o pé da frente, ou sobre o pé que se move primeiro, sem cruzá-los.
O estilo natural de caminhar chama-se Ayumi-ashi. Os passos sucessivos e deslizados
(Tsugi-ashi) é a forma mais comum de movimento, utilizada quando o oponente está
perto, não devem ser muito largos e os pés nunca devem ficar unidos. As
movimentações giratórias, as esquivas (Tai-sabaki), são utilizadas para o judoca sair do
raio de ação do oponente, e executar de maneira mais eficiente as técnicas de
arremesso (KANO, 2008; WILSON, 2007).
Segundo Kano (2008), o ato de desequilibrar o oponente se denomina
Kuzushi, e consiste em empurrá-lo e puxá-lo utilizando não só os braços, mas todo o
corpo. O kuzushi pode ser realizado em oito direções: para frente, para trás, para a
esquerda, para a direita, em diagonal direita à frente ou atrás e em diagonal esquerda à
frente ou atrás. Porém, antes de aprender a derrubar é muito importante que o judoca
aprenda a cair com segurança. As quedas (Ukemi) são realizadas para trás (Ushiro-
ukemi), para um dos lados (Yoko-ukemi), para a frente (Mae-ukemi) e com rolamento
para a frente (Mae-mawari-ukemi).
2.2.2 Classificação das Técnicas do Judô
As técnicas (Wazas) do judô são classificadas em três categorias:
Nage-waza (técnicas de projeção), Katame-waza (técnicas de solo) e atemi-waza
(técnicas de autodefesa), e cada categoria contém subdivisões.
Nage-waza é técnica em que o judoca tem por objetivo projetar o
oponente de costas contra o solo. Pode ser dividida em quatro grandes grupos: Ashi-
waza (técnicas de perna) que contém 21 golpes, Koshi-waza (técnicas de quadril) com
11 golpes, Te-waza (técnicas de mão) com 15 golpes e Sutemi-waza (técnicas de
sacrifício) com 20 golpes (WILSON, 2007).
Técnicas de solo (Katame-waza) têm por objetivo imobilizar o oponente
ou fazê-lo desistir da luta mediante estrangulamentos, torções ou estiramentos
(chaves). São divididas em três grupos: Osae-komi-waza (técnicas de imobilização)
17
composta por sete golpes, Shime-waza (técnicas de estrangulamento) com 12 golpes e
Kansetsu-waza (técnicas de chaves de braço) com 10 técnicas (KANO, 2008; WILSON,
2007).
Atemi-waza (técnicas de autodefesa) utiliza do ataque em pontos vitais
do oponente para causar dor, perda da consciência, incapacitação ou morte. Elas são
divididas em Ude-waza (golpes com o braço) e Ashi-ate (golpes com a perna). Ao
contrário das técnicas de projeção e de solo, Atemi-waza nunca é usado em
competições, geralmente é praticado na forma de Kata (luta imaginária).
Katas consiste na demonstração de um conjunto de técnicas e foi
criado para perpetuá-las. Jigoro Kano dizia que os katas são a ética do judô, sem os
quais é impossível compreender o seu alcance. O objetivo é apresentar os golpes, o
espírito e a finalidade da arte, contribuindo na melhora da fluência dos movimentos do
judoca. Existem oito diferentes katas, com grupos de técnicas específicas (FREITAS;
VIEIRA, 2006).
Nague-no-kata foi o primeiro kata a ser criado em 1886, para ensinar os
elementos de postura, pegada, movimentação dos pés e do corpo, projeção e
finalização com equilíbrio. Possui um total de 15 técnicas divididas em cinco grupos,
com ênfase nas técnicas de projeção. O segundo a ser criado foi o Katame-no-kata,
que reúne 15 técnicas de solo, dividido em três grupos: osae-komi-waza, shime-waza e
kansetsu-waza. Reunindo 20 técnicas de defesa pessoal contra combates com as mãos
ou com armas, surgiu por volta de 1906 o Kime-no-kata, que também é conhecido como
Shinken-shobu-no-kata. Utilizando os princípios do Ju (arte de ceder) que usa a força
do oponente para criar desequilíbrio (kuzushi) foi desenvolvido em 1888 o Ju-no-kata,
composto por 15 técnicas. Preservando as técnicas oriundas do jiu-jitsu foi criado o
Koshiki-no-kata, com 21 técnicas no qual é essencial que os judocas se imaginem
lutando com armadura pesada. Baseado nos movimentos da natureza e composto por
cinco técnicas surge em 1888 o Itsutsu-no-kata. Já o Seiryoki-zenko-kokumin-taiiku-no-
kata foi criado baseado no princípio da máxima eficácia, como forma de preparação
física e utilizado nas escolas do Japão. Em 1956 para complementar o kime-no-kata,
com técnicas de autodefesa contra ataques armados e desarmados, foi criado o
Goshin-jutsu-no-kata que reúne técnicas de projeção, chaves de braço, pancadas e
18
chutes (FREITAS; VIEIRA, 2006; WILSON, 2007).
2.2.3 Graduação nas Artes Marciais
O sistema de graduação nas artes marciais tradicionalmente é realizada
por faixas (judô, karatê, tae-kwon-do), por cordões (capoeira) e pelo kurang (barbante
trançado usado no braço de lutadores de muay-thai) para distinguir, através de cores,
os diferentes níveis dos lutadores. Provavelmente esse sistema de graduação foi
baseado no Menkyo, que no Japão significa diplomas em várias áreas (LOWRY, 2011).
Para diferenciar os praticantes novos sem graduação (mudansha) dos
praticantes mais avançados e mais graduados (yudansha), Jigoro Kano deu uma faixa
preta para os seus auxiliares mais graduados, diferenciando-os dos iniciantes. O
sistema dos dez níveis de graduação de Kano é usado até hoje no Japão, com as
faixas branca, marrom e preta, diferente da graduação com faixas coloridas utilizadas
no resto do mundo, devido à impaciência do ocidental (LOWRY, 2011).
A graduação no judô pode variar de acordo com o país em que é
praticado, de acordo com níveis de aquisição dos conhecimentos históricos e
filosóficos, dos princípios do judô, do domínio e habilidade na execução das técnicas
(CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE JUDÔ, 2011).
No Brasil, desde 2011, a Confederação Brasileira de Judô, por meio da
Comissão Nacional de Grau, padronizou os conteúdos para o sistema de promoção de
faixas, levando em consideração o desempenho, a carência e o tempo de prática da
modalidade. A divisão entre as faixas esta discriminada nos quadros 1, 2, 3 e 4.
19
Quadro 1 – Ordem de graduação conforme cores das faixas – nível básico
Fonte: Confederação Brasileira de Judô (2012).
Figura 1 – Cores das faixas – nível básico
Fonte: Confederação Brasileira de Judô (2012).
Quadro 2 – Ordem de graduação conforme cores das faixas – nível intermediário
Fonte: Confederação Brasileira de Judô (2012).
20
Quadro 3 – Ordem de graduação conforme cores das faixas – nível graduado
Fonte: Confederação Brasileira de Judô (2012).
Quadro 4 – Ordem de graduação conforme cores das faixas – nível graduação superior
Fonte: Confederação Brasileira de Judô (2012).
2.3 TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO (TIC’S)
Os rápidos avanços tecnológicos presentes em nosso cotidiano de
forma muito significativa provocam um estado contínuo e interminável de mudanças e
adaptações.
Segundo Medeiros e Medeiros (1993) a tecnologia é o conjunto de
saberes práticos e científicos aliados a anos de técnica.
Rodrigues, 1998 (apud CARVALHO NETO; MELO, 2001) refere-se à
etimologia da palavra na qual tecno do grego Techno quer dizer “habilidade” e logia do
grego Logo que deriva da palavra estudo, tratado, conhecimento.
Com o advento da revolução agrícola o homem passou a utilizar o uso
21
da terra como principal recurso de vida. Por outro lado, na revolução industrial as
matérias primas passaram a predominar; e na revolução tecnológica passou a utilizar o
conhecimento por meio da informação (COELHO, 2008).
De acordo com Lima (2008), o homem, desde que vive em sociedade,
tem a necessidade de transmitir informações e conhecimentos para a melhoria das
condições de vida. Porém, devido à capacidade limitada de armazenamento do cérebro
humano, surgem as TIC’s.
As TIC’s são conceitos relacionados ao tratamento, ao controle e à
comunicação de informações, baseadas nos meios de informática, como a TV a cabo, a
internet com banda larga, os sistemas de GPS, os celulares de terceira geração, os
notebooks, os sistemas de armazenamentos digitais, os leitores de música, as redes de
computadores, os servidores bases de dados e os computadores pessoais. Portanto, as
TIC’s’ podem ser consideradas um conjunto de ferramentas tecnológicas, cada vez
mais presentes no cotidiano, e imprescindível para um grande número de profissionais
de diferentes áreas de atuação (BIANCHI; HATJE, 2007).
Em síntese, as TIC’s resultam da informática, das telecomunicações e
das mídias eletrônicas, sendo infinitas as suas possibilidades de uso e incluem toda a
diversidade de jogos on-line, casas e automóveis inteligentes, androides reais e virtuais.
No campo do ensino-aprendizagem as ferramentas utilizadas vão desde giz e quadro
negro até computadores e mídias tradicionais (BELLONI, 2001).
As TIC’s geram oportunidades para incorporar, engrandecer e expandir
materiais instrucionais, propiciando novas formas de interação e comunicação entre
professores/instrutores e alunos/aprendizes. Para Nascimento (2003), as formas de
utilização das TIC’s no campo da aprendizagem estão surgindo de maneira que, além
de propiciar rápida difusão de material de apoio didático e de informações de interesse
para professores/instrutores e alunos/aprendizes, as novas tecnologias permitem entre
outras possibilidades, a construção interdisciplinar de informações produzidas
individualmente ou em grupo e o desenvolvimento colaborativo de projetos por
profissionais geograficamente dispersas, o que permite a troca de experiências entre
segmentos de diferentes regiões e cultura do país.
Os meios tradicionais de divulgação do conhecimento (livros, manuais,
22
apostilas, aulas expositivas, etc.), em muitas das situações atuais podem não
corresponder às necessidades reais dos alunos/aprendizes. Neste caso, uma das
formas de trabalhar a pluralidade de interesses (professor/instrutor-aluno/aprendiz e
aluno/aprendiz-professor/instrutor) é por intermédio de mídia-educação. Ou seja,
proposta educativa que engloba não somente a fala, o quadro e o giz; mas igualmente
outras tecnologias. Algumas tecnologias não tão recentes como a mídia impressa e o
rádio; porém, aliadas a outras mais inovadoras, como a Internet e o CD-ROM
(MISSAKA, 2007).
O uso adequado das TIC’s propicia a integração professor/instrutor e
aluno/aprendiz, por meio da troca de informações e experiências, descentralizando o
poder de comunicar em sala de aula, anteriormente centrado no professor/instrutor.
Assim, o aluno/aprendiz adquire autonomia, sobretudo, na Educação à Distância
(BIANCHI; HATJE, 2007). Contudo, o uso das TIC’s no processo de ensino-
aprendizagem tem gerado importantes discussões acerca de suas vantagens e
desvantagens. Entre as vantagens destaca-se criação de ambientes para
aprendizagem mais interativos e desafiadores, realização de ajustes no tempo e no
espaço disponível, ampliação e democratização da inclusão digital, conquista de
autonomia pelo aluno/aprendiz, transformação na maneira de assimilar o conhecimento
e facilitação da formação continuada em diversas áreas.
Em contrapartida, podem ser identificadas entre as desvantagens,
aprendizagem de má-qualidade quando não orientada diretamente pelo
professor/instrutor, encantamento pela mídia eletrônica assumindo a concepção de que
a presença do professor/instrutor não é mais necessária, dificuldade em identificar a
tecnologia e a metodologia que deve ser utilizada, medida ideal entre o ensino/instrução
presencial e o ensino/instrução à distância, e limitações ao acesso das TIC’s.
Merece destaque que, as TIC’s facilitam o acesso as informações;
porém, não podem garantir sua democratização, considerando que alguns
alunos/aprendizes poderão construir um conhecimento mais elaborado, enquanto
outros deverão apenas reproduzir as informações. Portanto, é importante salientar a
necessidade de uma contextualização que, integrada aos conteúdos com qualidade
científica e pedagógica, possam ser os elementos de sucesso na aprendizagem e fator
23
motivacional aos alunos/aprendizes (NASCIMENTO, 2003).
As TIC’s podem ser aplicadas na Informática (tratamento da informação
por meios automáticos), na burótica (designa a aplicação de meios informáticos no
tratamento e circulação de informações em escritório, residência, etc.), telemática
(conjuga os meios informáticos – computadores e modems, com meios de comunicação
à distância ou telecomunicações – satélites e linhas telefônicas) e controle de
Automação (trata-se da intervenção de sistemas ou meios informáticos no controle de
mecanismos industriais).
Os sistemas informáticos são constituídos pelo hardware e pelo
software. Não é possível conceber um sistema informático sem hardware, e este por
sua vez, torna-se inútil sem o software (COELHO, 2008).
Hardware refere-se a todos os dispositivos físicos que constituem os
sistemas informáticos, responsável por quatro funções especiais: entrada de dados
(input) - comunicação dos dados a serem processados, processamento - manipulação
dos dados para obter informação, armazenamento - armazenamento da informação
para posterior reutilização, e saída de dados (output) - visualização e obtenção da
informação produzida. Componente mais complexo de todo o sistema informático, o
CPU é um circuito integrado constituído por milhares de componentes eletrônicos, que
determina o funcionamento e o desempenho do computador. Indispensável ao
funcionamento do sistema informático existe a memória, que determina a capacidade
de armazenamento de informação, medida em bytes. A memória primária armazena
informações fundamentais ao funcionamento do computador (programas e dados), e a
memória secundária armazena de forma mais permanentes os dados e programas
(discos rígidos, pen-drive, CD, DVD). A motherboard (placa mãe) é uma placa de
circuito impresso que liga ou encaixa todos os componentes. Os dispositivos de entrada
permitem introduzir dados para o interior de um sistema informático (teclado, mouse,
scanner, microfone, webcam). Os dispositivos de saída permitem ao sistema
informático enviar dados para o exterior (monitor, impressora, projetor de vídeos,
fones), enquanto os dispositivos de entrada e saída realizam as duas funções
(multifuncional, modem, touchscreen, headset).
Software é a parte lógica do sistema informático, diz respeito a
24
programas escritos em diversas linguagens de programação. Software de sistema é
fundamental para o funcionamento do computador, sendo responsável por gerir os
recursos do hardware (MS-DOS, Windows, Linux), enquanto software de aplicação
engloba todos os programas que permitem ao utilizador executar tarefas de seu
interesse (Microsoft Office, Internet Explorer, Chrome, etc.).
2.3.1 Aplicação das TIC’s no Esporte
A tecnologia está presente em todas as manifestações do homem, e
sua relação com o esporte tem sido direcionado na avaliação e em pesquisas que
buscam melhorar o desempenho de atletas e equipes por meio de equipamentos
especiais, utilizados tanto na preparação física, como na técnico-tática e também
psicológica. As TIC’s também estão sendo utilizadas para divulgar a cultura do esporte
e promovê-lo como potencial educativo.
Liu, Song e Zhang (2004) comentam que a bioinformática e as TIC’s
quando direcionadas ao esporte, à educação física e à saúde produzem uma nova
disciplina, a informática do esporte. Trabalhada com grande ênfase na
interdisciplinaridade, sendo utilizada em diversas áreas como exemplo a Biologia,
Fisiologia, Psicologia, Ciências cognitivas, Biomecânica, Treinamento desportivo,
Avaliação física e Gestão de informação.
Não se pode esquecer que as tecnologias são importantes também no
aspecto de qualificação dos profissionais que irão trabalhar nessas áreas.
Nascimento (2003) aponta que há uma necessidade imediata de
reciclagem permanente, pois os avanços tecnológicos rapidamente mudam os
conceitos técnicos, e ratifica que se o profissional não utiliza as TIC’s de forma
inteligente, rapidamente seus conceitos estarão defasados.
A aplicação das TIC’s na área esportiva também acontece por meio do
uso de games que possibilita ao usuário conhecer e praticar diversas modalidades
esportivas, transpondo barreiras em relação ao clima, a cultura e área financeira.
(ARAÚJO et al., 2011).
No formato de educação à distância – EAD Pierre (1998 apud
SANTOS, 2007) cita dois trabalhos sobre fitness de sucesso nos EUA que utilizaram a
25
internet como mídia principal e websites para acesso aos materiais das aulas. No Brasil,
vislumbrando o potencial das TIC’s foi criado o Centro Esportivo Virtual (CEV –
www.cev.org.br) um espaço para busca de informações, discussões e acesso a links e
periódicos da Educação Física.
Utilizando meios tecnológicos de Ensino à Distância Nascimento (2003)
realizou um estudo com graduandos de Educação Física sobre o ensino de basquete à
distância e observou efeitos positivos no auxilio ao aprendizado.
Da mesma forma, Sobrinho (2004) trouxeram um estudo no qual alunos
de Educação Física do Ensino Médio que utilizaram suporte tecnológico tiveram notas
superiores aos que não utilizaram esse recurso.
Seguindo essa mesma linha, Santos (2007) validou um software para
ensinar Tênis de Campo na plataforma à distância.
Atualmente existem inúmeros instrumentos de TIC’s voltados ao
esporte e a Educação Física como sites institucionais e pessoais, sites de venda de
produtos esportivos, cursos on-line, jornais eletrônicos, banco de dados para pesquisa,
etc. E apesar dos avanços tecnológicos constantes nessa área é importante que o
profissional a utilize mas sem se tornar refém da mesma (NASCIMENTO, 2003).
O conhecimento por intermédio das TIC’s deve ser ofertado e
incentivado, mas deve-se ter cuidado para escolher as tecnologias que realmente
auxiliem no processo de formação profissional, sem esquecer que as mesmas não
substituem o papel do professor, mas sim são um meio de auxiliar nesse processo.
2.4 GERAÇÃO NET (Y) – QUEM SÃO ESTES JOVENS?
Para melhor entender a geração Y ou geração NET é necessário
entender as gerações antecessoras desse processo. Baby Boomer, geração que surgiu
na década de 1950, por conta de uma explosão populacional alicerçada em elevada
taxa de natalidade de crianças com característica revolucionária, determinadas a buscar
o direito de ser jovem a todo custo; e a geração X, que surgiu nas décadas de 1960 e
1970, apoiada nas conquistas da geração anterior, caracterizada pela busca do prazer
sem culpa e da individualidade, amantes de estereótipos e influenciadas pelo avanço
do marketing e da publicidade (FERREIRA; LEBON, 2011).
26
A denominada geração NET, geração Y ou Millennials é formada pelos
nascidos nas décadas de 1980 e 1990, período em que a internet invadiu as
residências. Portanto, essa foi a primeira geração a crescer com acesso fácil às
tecnologias de informação e comunicação, indicando estreito vínculo entre internet,
infância e juventude. Um dos pioneiros desse pensamento, Tapscott, advoga que, pela
primeira vez na história, crianças e adolescentes passaram a ser consideradas
autoridades em algum assunto, a conhecer mais que os professores e os pais
(FERREIRA; LEBON, 2011).
Com curiosidade, confiança e muita destreza essa geração domina o
uso de computadores, internet e telefones celulares para os mais diversos fins
(entretenimento, aprendizagem, informação, consumo, comunicação, consolidação das
redes sociais, construção de personalidade e identidade pessoal). Jovens dessa
geração nunca pensaram um mundo sem internet, chats, celulares, pois, desde o
nascimento, eles são influenciados pelo veloz e complexo mundo da tecnologia, e não
sentem a menor dificuldade em utilizá-las. Sentem-se à vontade utilizando ao mesmo
tempo o rádio, a televisão e a internet, a separação do real e o virtual é imperceptível
(FREIRE FILHO; LEMOS, 2008).
De acordo com vários estudos, em relação ao impacto das tecnologias
na cognição dos jovens, comprovou-se aprimoramento na capacidade de aprendizagem
indicando uma expertise natural para o uso das TIC’s. Esses adolescentes, prodígios
em tecnologia relacionados à cultura tecnológica, que remonta à década de 1980, são
alguns dos criadores de computadores pessoais, videogames e internet, que mesmo
sem ter terminado a sua graduação já se tornaram grandes executivos que por meio de
grandes descobertas revolucionaram o mundo da indústria tecnológica. Por exemplo,
Bill Gates (fundou a Microsoft aos 19 anos) e Steve Jobs (fundou a Apple com 21
anos). Atualmente, a imagem do jovem prodígio perdura, convertidos em
microempresários da noite para o dia ao criarem sites que participam da atual
renovação da web – Google, YouTube, Facebook. Eles passaram a preconizar um novo
modelo de relação com o trabalho, com menos níveis hierárquicos, maior flexibilidade
no horário de trabalho, no qual o despojamento e a autonomização da rotina desperta o
interesse nos mesmos (FREIRE FILHO; LEMOS, 2008).
27
3 DESENVOLVIMENTO
O Conselho Nacional de Graduação da Confederação Brasileira de
Judô (CBJ), na intenção de resgatar e preservar os valores históricos, culturais, éticos e
morais no ensino do Judô, sem perder o reconhecimento como esporte de competição
consagrado em Olimpíadas e Mundiais, realizou estudo visando à reformulação no
Regulamento de Exame e Outorga de Faixas e Graus, o que foi adotado também pela
Federação Paranaense de Judô. O regulamento contempla todos os requisitos mínimos
necessários para que o judoca tenha acesso ao exame de faixa ou grau.
Com base no Regulamento de Exame e Outorga de Faixas e Graus da
CBJ foi delineada e desenvolvida a TIC’s, constituída por manual eletrônico (mídia) para
auxiliar na aprendizagem dos elementos do Judô, no nível básico – até a faixa laranja.
(Figura 1).
Figura 2 - Capa da mídia
Fonte: Do autor.
28
A metodologia adotada para definição do material foi constituída por:
a) Revisão de literatura específica;
b) Gravação em vídeo dos conteúdos exigidos no nível básico (faixa
branca até a faixa laranja);
c) Edição dos vídeos;
d) Inserção dos vídeos em mídia interativa, com utilização de quizz.
Com o intuito de preservar os direitos autorais do material produzido,
bem como a proteção em relação ao direito de imagem, foi definido que os judocas
expostos no vídeo fossem os próprios idealizadores do trabalho. Em relação ao registro
de marcas e patentes, o material foi provisoriamente registrado em cartório. Na
sequência, deverão ser encaminhados os procedimentos para registro de marcas e
patentes. A validação da mídia com relação à execução técnica e conteúdos teóricos foi
realizada pela comissão de grau da Federação Paranaense de Judô, pelos avaliadores
Liogi Suzuki - 9º Dan e Helder Marcos Faggion - 5º Dan.
Os vídeos foram gravados na sede da Associação Esportiva de
Londrina. Para gravação e edição dos vídeos foi utilizada câmera digital filmadora da
marca Sony NX5 Full HD. Para sua edição recorrer-se-á ao equipamento de
computação Intel Cora I7-2600k CPU@ 340GHZ, 8 giga de memória e periféricos,
mediante programa de edição Adobe Premiere CS6 e programa de finalização Adobe
Encore CS6. Os vídeos foram colocados em mídia interativa através do programa
Windows Media Player. As questões do quizz foram ser realizadas no programa Power
Point e as animações e fotos mediante programa Photoshop. (figura 3).
29
Figura 3 - Imagem do programa Adobe Encore CS6
Fonte: Do autor.
As técnicas de judô foram gravadas com três câmeras de alta definição
em dois ou mais ângulos e utilização de uma grua (figura 4), quando necessário. As
técnicas foram apresentadas em tempo real, slow-motiom (câmera lenta), fotograma
(fotos quadro a quadro – figura 5) e vídeo gif (gravação repetição animada – figura 6).
Ainda para reforço do aprendizado as técnicas foram traduzidas e reforçadas com áudio
e close circulando os detalhes técnicos de cada golpe (figura7).
30
Figura 4 - Exemplo de imagem com utilização de grua
Fonte: Do autor.
Figura 5 - Exemplo de imagem de fotograma
Fonte: Do autor.
31
Figura 6 - Exemplo de imagem com utilização de vídeo
Fonte: Do autor.
Figura 7 - Exemplo de imagem com close circulando os detalhes técnicos do golpe
Fonte: Do autor.
32
3.1 MODO DE USAR A MÍDIA
Abaixo seguem informações para utilização da mídia. O modelo
apresentado, por meio das figuras, é equivalente a todas as faixas.
1. Colocar a mídia em aparelho DVD ou em computador. Após a
abertura surge o menu das faixas. Nele o usuário deverá escolher a categoria de faixa
que deseja estudar, clicando o mouse ou cursor sobre a faixa de preferência (figura 8).
Figura 8 – Menu inicial da mídia
Fonte: Do autor.
2. Após escolha da faixa (figura 9) aparecerá o segundo menu, no qual
contém os conteúdos específicos de cada faixa (vídeos das técnicas de projeção e de
solo, fundamentos, histórico, vocabulário e quizz). Clicar no conteúdo pretendido (figura
10).
33
Figura 9 – Menu faixa branca
Fonte: Do autor.
Figura 10 – Menu dos conteúdos - faixa branca
Fonte: Do autor.
34
3. Ao clicar no conteúdo saudações, aparecerá na tela explicações
sobre esse tema (figura 11). Após a leitura, clicar na denominação da saudação e
surgira a tela com sua execução em vídeo (figura 12).
Figura 11 – Saudações – descrição
Fonte: Do autor.
Figura 12 – Saudação em pé – Ritsu-rei
Fonte: Do autor.
35
4. Ao concluir a execução da saudação, retornará ao menu dos
conteúdos da faixa branca (figura 10), em que o usuário poderá escolher o próximo
conteúdo a ser estudado (ex: amortecimento de quedas, técnicas de projeção e solo,
vocabulário, higiene, educação e quizz – figura 13).
Figura 13 – Conteúdos específicos – faixa branca
Fonte: Do autor.
5. Nos conteúdos de cada faixa, como forma de avaliação, é
disponibilizado um quizz em que o usuário poderá responder questões relacionadas à
sua faixa de graduação (figura 14). Se, eventualmente, o usuário responder as
questões de maneira incorreta o programa retorna à mesma tela. Por outro lado, se a
resposta assinalada estiver correta o programa avança para a próxima tela com uma
nova questão (figura 15).
37
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40
Apêndice A – Artigo Científico
Artigo submetido para publicação no Journal of Sports Science and
Medicine.
Running Head: Motives for Sport Participation
SPORT PARTICIPATION MOTIVES OF YOUNG BRAZILIAN JUDO ATHLETES
MARCELO SEIJI MISSAKA 1 AND DARTAGNAN PINTO GUEDES 2
1 Philadelphia University, Department of Physical Education, Brazil
2 Northern Parana University, Center for Research in Health Sciences, Brazil
____________________________
Address correspondence to Marcelo Seiji Missaka. Rua Garibaldi Deliberador 99. Apto 85. Jardim Claudia. Londrina. Paraná. Brazil. CEP 86050280. email: [email protected]
41
Abstract
The objective of this study was to identify the motives for sport participation in a sample of
young Brazilian judo athletes according to sex, age, and training history. A total of 392 subjects
(163 girls and 229 boys) aged 12 to 18 years old were included in the study. The Portuguese
version of the Participation Motivation Questionnaire (PMQ) was used to identify motives for
sport participation. The statistical treatment of data was performed by univariate and multivariate
analysis of variance, in which the motives for sport participation were the dependent variables
and sex, age and training history (onset of training, training experience, training volume, and
performance level) were the independent variables. Results showed that the most important
motives were Skill Development, Competition and Fitness, whereas the least important were Fun
and Achievement/Status. Multivariate analysis of variance indicated significant differences
between sexes and the age groups studied. Boys reported to give significantly more importance to
sport participation in terms of Competition and Skill Development, whereas girls presented
significantly higher ratings for Teamwork and Friendship. Motivational factors related to
Achievement/Status and Fun presented significantly higher average ratings in younger judo
athletes, whereas average ratings of Competition significantly increased with increasing age.
With respect to indicators of training history, the average ratings related to Fitness, Competition
and Skill Development were proportionally and significantly higher according to training
experience and training volume. Analysis of the performance level indicated significant
differences in average ratings of the eight motivational factors between athletes participating in
regional and international competitions. These results will contribute to establish intervention
programs designed to reduce sport dropout rates among young judo athletes.
Key Words: Motivation, adolescents, sports activities, adherence, dropout.
42
Introduction
The information available in the literature emphasizes the multiple benefits of sport to
promote physical, mental and social well-being at young ages (Fraser-Thomas et al., 2008). In
contrast, however, epidemiological survey have pointed out that a small portion of children and
adolescents participate in regular sport programs (Weingerg et al., 2003) and that, among those
who begin to do so, there is an alarming number of dropouts, with repercussions present and in
adulthood (Sirard et al., 2006) . In this particular, experimental evidence confirm that motivation
is key for achieving adherence to sport practice (Moreno et al., 2007; Ulrich-French and Smith,
2009).
In view of this situation, important studies have sought to apply different theories
developed in the field of psychology that could explain adherence to sport practice (Gill and
Williams, 2008). To do so, it is necessary to identify and understand the motivational factors that
can cause one to sport. The identification of underlying reasons to sport enables the development
of actions that promote this practice and that can allow one to fully achieve one’s proposed goals,
thus enhancing a favorable motivational environment and, consequently, increasing the chances
of adherence and minimizing the occurrence of possible dropouts.
Currently, the self-determination theory is the motivational theory commonly used to
understand the motives for sport participation (Gill and Williams, 2008; Jöesaar and Hein, 2011;
Sirard et al., 2006; Weinberg et al., 2000). The basic premise of the Self-determination theory is
that individuals’ perceptions of behaviors are associated with different types of motives,
influenced by social environmental factors. These motives constitute a continuum of self-
determined behavior that includes intrinsic and extrinsic types of motivation and amotivation
(Deci and Ryan, 1985; 2000). Intrinsic motivation refers to engaging in sport solely for the
pleasure and satisfaction derived from its practice. A young athlete who is intrinsically motivated
will participate in sports voluntarily, in the absence of material rewards or external constraints. In
contrast, extrinsic motivation comes from external sources, such as the lure of awards, trophies,
money, fame, praise and social approval. Interestingly, it has been found that although extrinsic
motivation is a strong motivator, it can undermine intrinsic motivation (Vallerand, 1997).
According to the self-determination theory, behaviors associated to extrinsic motivation should
cover the continuum between intrinsic motivation and amotivation, varying in the extent to which
their regulation is more or less self-determined: integrated, identified, introjected, and external
43
regulation (Deci and Ryan, 1985; 2000).
The motives of young people to participate in sport are a combination of multiple social,
environmental and individual attributes that determine the choice for a specific modality,
persistence in sports, and engagement in more intense training to achieve high performance
(Weinberg et al., 2000). In this respect, studies investigating the motivational factors for sport
participation are important since they permit to identify the reasons that lead young people to
begin participating in sport activities and the factors responsible for their permanence. Although
it is possible to identify common motives, studies indicate that the reasons for sport participation
vary according to the type of sport and cultural context of young people (Jöesaar and Hein, 2011;
Sirard et al., 2006; Weinberg et al., 2000).
Studies on this subject available in the literature involve young athletes from European
(Almagro et al., 2009; Buonamano et al., 1995; Cecchini et al., 2002; Fraile and De Diego, 2006;
Garyfallos and Asterios, 2011; Jöesaar and Hein, 2011; Jones et al., 2006; Koivula, 1999;
Salselas et al., 2007; Zahariadis and Biddle, 2000), North American (Gill et al., 1983; Sirard et
al., 2006; Weinberg et al., 2000), and Asian countries (Gürbuz et al., 2007; Kirkby et al., 1999;
Shang, 1997; Sit and Lindner, 2005; Thiborg, 2005). These studies have identified a consistent
group of motives for participation in sport. However, extrapolation of the results to Latin
American countries is questionable due to specific sociocultural and environmental determinants
associated to the sport participation of these countries. In the Brazilian context, the few studies
carried out were performed with samples poorly representative of young athletes, and the authors
used designs which assessed specific types of sports, such as basketball (Guillén-Garcia et al.,
2005; Rose Júnior et al., 2001), and swimming (Bastos et al., 2008), not considering young judo
athletes.
Judo is a martial art and an Olympic sport, comprising standing and ground wrestling, in
which besides technical skill and tactical strategies, specific physical and physiological
characteristics are also indispensable for success in competition and for training. Competitive
judo can be described as a combative, high intensity sport in which the athlete attempts to throw
the opponent onto his back or to control him during groundwork combat (Franchini et al., 2011).
In Brazil, judo was initiated with the immigration of the first Japanese teachers in the beginning
of the 20th Century, it was developed after teachings in the traditional model of judo. Today, judo
is one of the most practiced sports by young Brazilians and the country has great expression
44
worldwide, evidenced by the results obtained in international competitions.
The objective of the present study was to identify the motives for sport participation in a
sample of young Brazilian judoists according to sex, age, and training history. It was
hypothesized that sex, age and indicators of training (onset of training, training experience,
training volume, and performance level) have a significant effect on the motives for sport
participation. It was also expected that, independently of sex and age, young judoists with a more
effective training history would be more intrinsically motivated toward sports than their peers.
Methods
Participants
The reference population of the study included young athletes of both sexes ranging in
age from 12 to 18 years, who had participated in the final phase of the competitions organized by
the Judo Federation of Paraná, Brazil, in 2013. The State of Paraná is located in the south region
of Brazil. Using the Human Development Index (HDI) as a reference point, Paraná is one of the
most developed state of Brazil. In 2010, the mean HDI of Paraná was .825, which represents
104% of the national average (PNUD, 2010).
Non-probability casual sampling was used for selection of the sample. For this purpose,
all coaches and officials were contacted before the beginning of the competitions and informed
about the nature and objectives of the study and the principle of confidentiality. Next, their
authorization was obtained to contact and invite the athletes and 392 subjects (163 girls and 229
boys) agreed to participate in the study by signing the voluntary informed consent form. This
sample corresponded to about 70% of the participants in the competitions. The study was
approved by the Research Ethics Committee of the State University of Londrina, Paraná
(Protocol 86/2009).
Procedure
The motives for sport participation were obtained by application of the Participation
Motivation Questionnaire (PMQ), which was translated, adapted and validated for the young
Brazilian population (Guedes and Silverio Netto, 2013). Additional questions regarding sex, age,
and training history (age at onset of training, training experience, training volume per week, and
45
performance level) were included. The original English version of the PMQ (Gill et al., 1983) has
been one of the most frequently used and has permitted a fairly balanced comparison between
studies (Buonamano et al., 1995; Garyfallos and Asterios, 2011; Guillén-Gracia et al., 2005;
Gürbuz et al., 2007; Kirkby et al., 1999; Koivula, 1999; Salselas et al., 2007; Shang, 1997; Sirard
et al., 2006; Sit and Lindner, 2005; Thiborg, 2005; Zahariadis and Biddle, 2000).
The PMQ is a 30-item questionnaire describing the possible reasons for sport
participation. Each item was answered on a 5-point Likert scale. Respondents replied to the stem:
“I participate in sport because ... “, indicating their preference from 1 (“not at all important”) to
5 (“extremely important”). The results of factor analysis of the Portuguese version of the PMQ
indicated eight factors: Achievement/Status, Teamwork, Fitness, Competition, Skill Development,
Friendship, Fun, and Emotion reasons as basic motives for participation.
The instrument was applied individually to each athlete and by the same researcher.
Application of the instrument in situations of pre- or post-competition stress was avoided. Thus,
the questionnaire was applied when the athletes were not in the environment of the competition,
or when they were only watching the competitions. The participants received the questionnaire
with instructions and recommendations on how to fill it out. No time limit was established for
completing the questionnaire. Eventual doubts reported by the respondents were readily clarified
by the researcher who accompanied the data collection.
Data analysis
Initially a confirmatory factor analysis was conducted with the maximum likelihood
estimation method, to see if the factor structure found by Guedes and Silverio Neto (2013) fit the
data. The fit of the model was evaluated by means of the following indices (goodness-of-fit
indices): χ2 goodness of fit statistic, χ2/df, Comparative Fit Index (CFI), Incremental Fit Index
(IFI), Tucker-Lewis Index (TLI), Root Mean Square Error of Approximation (RMSEA), and
Standardized Root Mean Square Residual (SRMR). Cronbach’s alpha coefficient was used to
assess the internal consistency reliability of each factor.
Next, in order to select the most appropriate statistics for correlating intensive and
selective aspects of sport participation motivation, goodness-of-fit tests (Kolmogorov-Smirnov
statistic with a Lilliefors significance level) were used to determine whether the difference
between the empirical distribution function of the variables and the distribution function expected
46
under the hypothesis of normality was statistically significant. The data showed a normal
distribution and parametric tests were therefore applied. The basic descriptive parameters (mean
and standard deviation) were used to determine the importance of the sport participation motives.
Average ratings of the motives for sport participation were compared by multivariate
(MANOVA) and univariate (ANOVA) analysis of variance, in which the motivational factors
were the dependent variables and sex, age, age at onset of training, training experience, training
volume per week, and performance level were the independent variables. Multiple comparisons
by the post-hoc Scheffé test were also performed. The various analyses were carried out with the
SPSS Version 20.0.
Results
The distribution of the young judo athletes included in the study according to sex, age and
training history is shown in Table 1. Among the 392 athletes studied, 42% were girls.
Considering both sexes, similar proportion of subjects was observed in the three age groups
considered. However, a higher proportion of girls (42.9%) was ≤ 14 years, while a higher
proportion of boys (67.7%) was ≥ 15 years. With respect to training history, a higher proportion
of girls (35.6%) and boys (41.0%) began training at ≤ 9 years of age. The experience of training
was shorter among girls, with 58.3% reporting ≤ 4 years of training compared to 43.6% of boys.
A training duration ≥ 7 years was observed in 17.8% of girls and in 29.3% of boys. With respect
to training volume, 56.3% of the participants trained 6-8 hours/week and 21.5% trained ≥ 9
hours/week. Most athletes (52.3%) had experience in national competitions. Among the
remaining subjects, 32.4% and 15.3% reported experience in regional and international
competitions, respectively.
The confirmatory factor analysis indicated a fit to the data: χ2(240, N=392) = 782.48, p <
.001; χ2/df = 3.26; CFI = .961; IFI = .962; TLI = .949; RMSEA = .050; and SRMR = .058. All
indices indicated a good fit and similar to previously observed factor structure (Guedes and
Silverio Netto, 2013). Internal consistency reliabilities from the current data were:
Achievement/Status (Cronbach’s α = .86), Teamwork (α = .81), Fitness (α = .79), Emotion (α =
.76), Competition (α = .77), Skill Development (α = .69), Friendship (α = .66), and Fun (α =
.59).
47
Table 1 – Characteristics of the young judo athletes studied.
Girls (n = 163)
Boys (n = 229)
Both sexes (n = 392)
Age group ≤ 14 years
15-16 years ≥ 17 years
Onset of training ≤ 9 years
10-11 years 12-13 years ≥ 14 years
Training Experience ≤ 2 years 3-4 years 5-6 years ≥ 7 years
Training volume ≤ 5 hours/week 6-8 hours/week ≥ 9 hours/week
Performance level International
National Regional
70 (42.9%) 49 (30.1%) 44 (27.0%)
58 (35.6%) 47 (28.8%) 33 (20.2%) 25 (15.3%)
29 (17.8%) 66 (40.5%) 39 (23.9%) 29 (17.8%)
45 (27.6%) 90 (55.2%) 28 (17.2%)
24 (14.7%) 78 (47.9%) 61 (37.4%)
74 (32.3%) 82 (35.8%) 73 (31.9%)
94 (41.0%) 54 (23.6%) 45 (19.7%) 36 (15.7%)
39 (17.0%) 61 (26.6%) 62 (27.1%) 67 (29.3%)
42 (18.3%) 131 (57.2%) 56 (24.5%)
36 (15.7%) 127 (55.5%) 66 (28.8%)
144 (36.7%) 131 (33.4%) 117 (29.9%)
152 (38.8%) 101 (25.8%) 78 (19.9%) 61 (15.6%)
68 (17.3%) 127 (32.4%) 101 (25.8%) 96 (24.5%)
87 (22.2%) 221 (56.3%) 84 (21.5%)
60 (15.3%) 205 (52.3%) 127 (32.4%)
Table 2 shows the mean ratings of each motivational factor for sport participation
reported by the young judoists. The most important motives were related to Skill Development
(4.18 ± 0.84), Competition (4.16 ± 1.11) and Fitness (4.11 ± 0.91). The least important motives
were related to Fun (3.01 ± 1.12) and Achievement/Status (2.99 ± 1.18). The three other
motivational factors assumed an intermediate position with mean ratings obtained for Friendship
(3.84 ± 1.09), Teamwork (3.79 ± 1.07) and Emotion (3.64 ± 1.12).
Table 2 – Mean ratings of the motivational factors for participation in Brazilian young judo athletes obtained by application of the Participation Motivation Questionnaire.
Motivational factor Mean ± standard deviation
Skill development Competition Fitness
4.18 ± 0.84 a 4.16 ± 1.11 a
4.11 ± 0.91 a
Most important
Friendship Teamwork Emotion
3.84 ± 1.09 b 3.79 ± 1.07 b 3.64 ± 1.12 b
Intermediate importance
Fun Achievement/Status
3.01 ± 1.12 c 2.99 ± 1.18 c
Least important
Mean values followed by the same superscript letters did not differ significantly from one another (p < .01)
48
Table 3 shows the results of statistical analysis of the motivational factors according to
sex and age. MANOVA indicated main effects of sex (Wilks’ lambda = .952; F = 2.404; p =
.015) and age group (Wilks’ lambda = .879; F = 3.184; p < .001). In this respect, boys reported to
give significantly more importance to sport participation in terms of Competition (F = 5.394; p =
.021) and Skill Development (F = 5.533; p < .017), whereas girls presented significantly higher
ratings for Teamwork (F = 9.819; p = .002) and Friendship (F = 7.715; p < .001). With respect to
age, motivational factors related to Achievement/Status (F = 4.441; p = .012) and Fun (F = 8.276;
p < .001) presented significantly higher mean ratings in younger judoists, whereas mean ratings
of Competition (F = 5.207; p = .006) significantly increased with increasing age. Interestingly,
the most important statistical differences in mean ratings were observed between judoists ≤ 14
years and those ≥ 17 years. No significant differences in mean ratings were observed between
judoists aged 15-16 years and those ≥ 17 years.
The results of statistical analysis shown in Table 4 indicated significant main effect for the
four indicators of training history on the mean ratings of motives for participating in sport
reported by the judoists. Motivational factors related to Fitness (F = 7.605; p < .001),
Competition (F = 9.405; p < .001) and Skill Development (F = 4.224; p = .006) differed
significant between ages at the onset of training. The most important differences in mean ratings
were observed between athletes who began training at ≤ 9 years of age compared to those starting
at ≥ 14 years, with the observation of higher ratings in the former. With respect to experience of
training, the results showed significantly and proportionally higher mean ratings of motivational
factors related to Fitness (F = 7.271; p < .001), Competition (F = 8.048; p < .001), and Skill
Development (F = 8.795; p < .001) as the time of sport experience increased. However, athletes
with ≤ 2 years of training presented higher mean ratings of motivational factors related to
Friendship (F = 4.423; p = .005) and Fun (F = 6.041; p < .001) than those with ≥ 7 years of
training.
Regarding training volume, the mean ratings of motivational factors related to Fitness (F
= 5.602; p = .001), Competition (F = 9.429; p < .001) and Skill Development (F = 9.448; p < .001)
were proportionally and significantly higher in judoists training more hours/week compared to
those with a lower training volume. Analysis of the performance level showed a significant and
proportional increase in mean ratings of motivational factors related to Fitness (F = 5.283; p <
.001), Competition (F = 7.408; p < .001), and Skill Development (F = 6.277; p < .001) with
49
increasing competitive level from regional to international. The opposite was observed for
motivational factors related to Achievement/Status (F = 7.119; p < .001), Teamwork (F = 4.610; p
= .019), Emotion (F = 4.942; p = .001), Friendship (F = 8.679; p < 0,001), and Fun (F = 3.396; p
= .034). In this case, judoists participating only in regional competitions presented significantly
higher mean ratings than those participating in international competitions.
50
Table 3 – Multivariate and univariate analysis of motivational factors according to sex and age group.
Achievement/ Status
Teamwork
Fitness
Emotion
Competition
Skill Development
Friendship
Fun
Sex Multivariate analysis: Wilks’ lambda = .952; F(8,383) = 2.404; p = .015 Girls 2.97 ± 1.22 4.02 ± 1.02 4.14 ± 0.84 3.69 ± 1.11 4.05 ± 1,13 4.06 ± 0.88 3.88 ± 1.07 3.06 ± 1.12 Boys 3.06 ± 1.14 3.68 ± 1.09 4.07 ± 0.94 3.62 ± 1.13 4.31 ± 1,01 4.32 ± 0.78 3.55 ± 1.13 3.02 ± 1.11
Univariate analysis F = 2.255 (ns)
F = 9.819 (p = .002)
F = 1.510 (ns)
F = 0.384 (ns)
F = 5.394 (p = .021)
F = 5.533 (p = .017)
F = 7.715 (p = < .001)
F = 0.151 (ns)
Age group Multivariate analysis: Wilks’ lambda = .879; F(16,764) = 3.184; p < .001 ≤ 14 years 3.19 ± 1.21 3.86 ± 1.01 4.12 ± 0.87 3.56 ± 1.17 3.89 ± 1.20 4.22 ± 0.78 3.93 ± 1.20 3.23 ± 1.09
15- 16 years 2.99 ± 1.19 3.80 ± 1.03 4.13 ± 0.84 3.71 ± 1.06 4.25 ± 1.07 4.18 ± 0.83 3.84 ± 0.99 3.07 ± 1.07 ≥ 17 years 2.75 ± 1.17 3.75 ± 1.11 3.99 ± 1.03 3.69 ± 1.13 4.31 ± 1.03 4.14 ± 0.91 3.88 ± 1.10 2.68 ± 1.11
Univariate analysis F = 4.441 (p = .012)
F = 1.178 (ns)
F = 2.903 (ns)
F = 1.757 (ns)
F = 5.207 (p = .006)
F = 0.330 (ns)
F = 1.229 (ns)
F = 8.276 (p < .001)
Analysis adjusting for sex and age group.
51
Table 4 – Multivariate and univariate analysis of motivational factors according to training history.
Achievement/ Status
Teamwork
Fitness
Emotion
Competition
Skill Development
Friendship
Fun
Onset of training Multivariate analysis: Wilks’ lambda = .913; F(24,1106) = 1.867; p = 0.010 ≤ 9 years 3.13 ± 1.18 4.02 ± 0.95 4.31 ± 0.92 3.66 ± 1.19 4.41 ± 1.20 4.30 ± 0.67 3.91 ± 1.19 2.93 ± 1.23
10-11 years 3.04 ± 1.26 3.82 ± 1.11 4.17 ± 0.79 3.73 ± 1.03 4.30 ± 0.96 4.26 ± 0.81 3.99 ± 1.09 3.19 ± 1.01 12-13 years 2.87 ± 1.12 3.65 ± 1.07 3.94 ± 0.83 3.53 ± 1.07 4.12 ± 1.04 4.14 ± 0.98 3.81 ± 1.05 2.99 ± 0.99 ≥ 14 years 2.82 ± 1.18 3.77 ± 1.14 3.74 ± 1.10 3.58 ± 1.15 3.87 ± 1.15 3.90 ± 0.91 3.82 ± 1.03 2.91 ± 1.15
Univariate analysis F = 2.071 (ns)
F = 1.833 (ns)
F = 7.605 (p < .001)
F = .528 (ns)
F = 9.405 (p = < .001)
F = 4.224 (p = .006)
F = .542 (ns)
F = 1.372 (ns)
Training experience Multivariate analysis: Wilks’ lambda = .880; F(24,1106) = 2.071; p = .002 ≤ 2 years 3.12 ± 1.16 3.84 ± 1.01 3.83 ± 0.81 3.58 ± 1.11 3.89 ± 1.16 3.98 ± 0.87 4.13 ± 0.98 3.21 ± 1.06 3-4 years 2.98 ± 1.23 3.86 ± 1.09 3.96 ± 1.02 3.60 ± 1.21 4.05 ± 1.15 4.08 ± 0.86 4.06 ± 1.07 3.10 ± 1.06 5-6 years 3.17 ± 1.17 3.90 ± 1.10 4.23 ± 0.75 3.62 ± 1.08 4.21 ± 1.10 4.25 ± 0.77 3.81 ± 1.25 3.07 ± 1.15 ≥ 7 years 3.23 ± 1.21 3.66 ± 1.03 4.39 ± 1.00 3.76 ± 1.08 4.37 ± 1.05 4.43 ± 0.82 3.60 ± 1.04 2.60 ± 1.12
Univariate analysis F = 2.045 (ns)
F = 1.724 (ns)
F = 7.271 (p < .001)
F = 1.022 (ns)
F = 8.048 (p < .001)
F = 8.795 (p < .001)
F = 4.423 (p = .005)
F = 6.041 (p < .001)
Training volume Multivariate analysis: Wilks’ lambda = .889; F(16,764) = 1.912; p = .015 ≤ 5 hours/week 3.15 ± 1.18 3.87 ± 1.09 3.91 ± 0.94 3.64 ± 1.04 3.69 ± 1.09 3.83 ± 0.89 3.83 ± 1.15 2.86 ± 1.21 6-8 hours/week 3.08 ± 1.19 3.75 ± 1.05 4.05 ± 0.91 3.60 ± 1.14 3.92 ± 1.06 4.18 ± 0.81 3.85 ± 1.06 3.02 ± 1.08 ≥ 9 hours/week 3.29 ± 1.22 3.92 ± 1.17 4.21 ± 0.72 3.71 ± 1.20 4.65 ± 0.72 4.86 ± 0.73 4.03 ± 1.27 3.13 ± 1.15
Univariate analysis F = 2.131 (ns)
F = 1.175 (ns)
F = 5.602 (p = .001)
F = 1.959 (ns)
F = 9.429 (p < .001)
F = 9.448 (p < .001)
F = 1.308 (ns)
F = 2.322 (ns)
Performance level Multivariate analysis: Wilks’ lambda = .861; F(16,764) = 8.430; p < .001 International 2.77 ± 1.20 3.67 ± 0.99 4.23 ± 0.84 3.32 ± 1.12 4.39 ± 1.13 4.53 ± 0.64 3.63 ± 1.09 2.90 ± 1.20
National 2.96 ± 1.18 3.74 ± 1.09 4.08 ± 0.94 3.58 ± 1.09 4.15 ± 1.09 4.18 ± 0.85 3.84 ± 1.10 2.87 ± 1.11 Regional 3.22 ± 1.24 4.04 ± 1.05 3.85 ± 1.15 3.81 ± 1.12 3.72 ± 1.20 3.98 ± 0.84 4.17 ± 1.13 3.17 ± 1.15
Univariate analysis F = 7.119 (p < .001)
F = 4.610 (p = .019)
F = 5.283 (p < .001)
F = 4.942 (p = .001)
F = 7.408 (p < .001)
F = 6.277 (p < .001)
F = 8.679 (p < .001)
F = 3.396 (p = .034)
Analysis adjusting for sex and age group.
52
Discussion
The objective of this study was to identify the motives for sport participation in a sample
of young Brazilian judo athletes according to sex, age, and training history. This approach
permits better understanding of the motivations of young judoists and provides relevant
information that contributes to promote sports among young people. Motivational factors were
identified by application of the PMQ as previously translated to Portuguese and validated for the
Brazilian population. The PMQ, through its translated versions adapted to different languages, is
probably the most widely used instrument for the analysis of motives that lead young people to
participate in sport (Buonamano, et al., 1995; Garyfallos & Asterios, 2011; Guillén-Gracia, et al.,
2005; Gürbuz, et al., 2007; Kirkby, et al., 1999; Koivula, 1999; Salselas, et al., 2007; Shang,
1997; Sirard, et al., 2006; Sit & Lindner, 2005; Thiborg, 2005; Zahariadis & Biddle, 2000).
The eight-factor structure of the PMQ translated and adapted to Portuguese by Guedes
and Silverio Netto (2013) is similar to that of the original version proposed by Gill et al. (1983)
and of most studies published that used the same experimental design. Internal consistencies of
motivational factors determined by Cronbach’s alpha coefficient were generally acceptable in the
current sample and higher than those of the original version. In addition, the difference between
highest (.86) and lowest scores (.59) was smaller than that obtained for the original version of the
PMQ (.78 and .30, respectively), suggesting a greater balance between motivational factors in the
translated version. These findings might be explained by differences in the size of the rating
scales used for the two versions of the PMQ and in the characteristics of the sample selected in
each study. A 3-point scale was used in the original version, whereas a 5-point scale that provides
greater discriminatory power was employed in the present study. In addition, the original PMQ
was applied to young people engaged in summer leisure programs (Iowa Summer Sports School),
whereas the young athletes studied here were competing at a higher level while participating in
the final phase of the competitions organized by the Judo Federation of Parana, the main state
competitions for judoists under the age of 18. As a consequence, the context of the two studies
may have tapped differences in sport interests.
The present results showed that Skill Development, Competition and Fitness were
generally the main motivational factors for sport participation reported by the young judoists, i.e.
the respondents indicated that they practice sport mainly to improve and maintain their technical
skills and physical condition. Although the subjects were young athletes, these findings are not
53
surprising since young people who decide to practice sport favor motives that are intimately
related to the success of their activity. Similar results have been reported in studies involving
young people from different sociocultural backgrounds (Cecchini et al., 2002; Sirard et al., 2006;
Weinberg et al., 2000).
On the other hand, motivational factors related to Fun and Achievement/Status contributed
the least to the option of sport participation by the judoists. According to the literature,
Achievement/Status is indeed considered to be of little importance by young athletes for the
decision to participate in sport (Alderman and Wood, 1976; Williams and Cox, 2003). However,
no consensus exists in the literature regarding motives related to Fun. In fact, some studies
reported this motive to be one of the most important for youth participation in sport (Campbell et
al., 2001; Weinberg et al., 2000), whereas others were unable to confirm this finding (Cecchini et
al., 2002; Sirard et al., 2006). One possible explanation for this discrepancy might be the
semantic meaning attributed to the expression “fun”. For some young people, amusement and
entertainment may not be understood as something to be enjoyed, but rather as playing, and are
therefore rejected since, for them, sport is something very serious, a fact explaining the
inconsistency of the results reported in the different studies.
Motivational factors related to Friendship, Teamwork and Emotion, which are
predominantly intrinsic factors, were of moderate importance for the decision of young athletes
to participate in judo and significantly less important than the classical extrinsic motivational
factors, Fitness, Competition and Skill Development. These are interesting findings that should be
investigated in future studies designed to propose theoretical assumptions that assign more
importance to attributes linked to the intrinsic motivation of young people when they decide to
practice sports (Gill and Williams, 2008).
Analysis of the motives for sport participation according to sex showed that boys gave
significantly more importance to the motivational factors Competition and Skill Development
than girls, whereas girls gave more importance to motives related to Teamwork and Friendship.
Evidence in the literature confirms the tendency of girls to more intensely identify themselves
with social and group motives for sport participation, whereas boys tend to give importance to
attributes related to challenge and striving for technical excellence (Cecchini et al., 2002; Sirard
et al., 2006; Weinberg et al., 2000).
54
With respect to age, although the mean ratings of the motives Achievement/Status and Fun
were the lowest when compared to the other factors identified in the study, younger judoists gave
significantly more importance to these two factors than judoists ≥ 17 years. This finding confirms
the typical predisposition of younger people to the appreciation of the ludic component of sport
while establishing expectations of being recognized within the social context through their sport
participation (Gill and Williams, 2008). Older athletes were found to be significantly more
motivated by factor related to Competition than those ≤ 14 years. Similar results have been
reported in previous studies (Cecchini et al., 2002; Hellandsig 1998; Nigg, 2003) and can be
explained by the fact that athletes ≥ 17 years attribute a more competitive meaning to sport and
that sport offers an opportunity to prove their personal competency.
Indicators of training history reported by the judoists also had repercussions on the level
of motivation for sport participation. Judoists who began training at an early age and had a longer
duration of training tended to give significantly more importance to motives related to Fitness,
Competition and Skill Development. In contrast, athletes who had a shorter period of training
gave significantly more importance to the motivational factors Friendship and Fun. These results
are consistent with theoretical (Gill and Williams, 2008) and empirical evidence (Petherick and
Weigand, 2002) reported in the literature and support the hypothesis that beginners are typically
more motivated by reasons related to fellowship and playfulness, whereas more experienced
athletes preferentially search for challenges and strive for excellence in terms of technical skills
and physical conditioning.
Training volume, evaluated based on the hours of training per week, was also an
important attribute related to training history and had a significant impact on the motives for
sport participation reported by the athletes. In this respect, the more the athletes trained per week,
the greater the importance attributed to motivational factors related to Fitness, Competition and
Skill Development. These results agree with those reported in the few studies on this topic
(Cecchini et al., 2002; Weinberg et al., 2000). However, the cross-sectional design of these
studies and of the present investigation does not permit to determine whether the motivation to
search for challenges and strive for excellence in terms of technical skills and physical
conditioning is responsible for or is a consequence of the higher training volume, highlighting the
possible reversibility of this relationship.
55
Performance level was the factor that most revealed significant differences in the level of
motivation of young judo athletes to participate in sport. Judoists who so far had only participated
in regional competitions gave significantly more importance to the factors Achievement/Status,
Teamwork, Emotion, Friendship, and Fun. On the other hand, Fitness, Competition and Skill
Development were significantly more valued by athletes who had already participated in
international competitions. These findings agree with previous studies highlighting the concern
and attention that need to be paid to social and emotional motives in early stages of the sport
career of young athletes (Gill and Williams, 2008). However, as the stages of sport performance
progress from national to international competitions, the greater requirements make motives
associated with challenge and physical and technical competence more attractive to high-
performance young athletes.
The results of the present study should be interpreted in view of some limitations. Firstly,
the ability to generalize the current findings is limited by the fact that only young judo athletes
participating in the final phase of the competitions organized by the Judo Federation of Paraná of
the Parana, the main state competitions for judoists under the age of 18, were sampled. Thus, it is
not known to what extent our findings represent other universes of young judoists. Secondly, this
was a cross-sectional study, therefore not suitable to establish inferences of causality between
motives and aspects of judo practice. However, the current findings can be used to call attention
to the possible motivational factors for participation in judo among young Brazilian athletes.
Furthermore, as in any study that relies on self-report, there are questions of possible bias,
including the possibility of the young athletes overestimating or underestimating specific
behaviors associated with participation in sports.
Conclusion
The young judoists selected for this study were motivated to participate in sport
particularly for reasons related to self-realization and dominance or improvement of sport skills,
as well as physiological reasons related to physical conditioning, since the motivational factors
Skill Development, Competition and Fitness received the highest ratings. In addition, important
effects of sex, age and training history on the motivational factors for sport participation were
identified. These findings highlight the importance of sport participation motives related to the
dominance and improvement of sport skills, execution of physical exercise, and maintenance of
56
good physical conditions. Thus, according to the Self-determination theory, they are behaviors of
regulations less self-determined associated to extrinsic motivation that are related to the activity
itself, instead of the enjoyment that the activity can provide, i.e., more intrinsically motivated
toward the sports. Within this context, interventions addressing these motivational requirements
should be offered in order to improve the social-emotional quality of routine trainings and,
consequently, to increase the chance of present and future adherence to sport. Further
longitudinal studies using similar experimental designs are needed to better understand the
impact of the interaction between sex, age and training history on the motivational factors for
sport participation during specific periods of the career of young athletes and in adult life.
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66 CAPÍTULO IV – CONDIÇÕES PARA EXAME DE FAIXAS E GRAUS Art. 4º - É condição básica e fundamental ao judoísta, para ter acesso ao exame de qualquer faixa ou grau, atender as condições abaixo: I – Ter comprovada idoneidade moral - apresentar bom relacionamento interpessoal; respeitar os princípios éticos e moral do judô; II – Demonstrar conhecimento teórico e prático sobre o Judô, pertinentes ao conteúdo da graduação da qual é portador. CAPÍTULO V – PROGRAMA PARA EXAME DAS DIFERENTES FAIXAS E GRAUS Art. 5º - No exame de faixas e graus, serão avaliados conhecimentos teóricos e práticos sobreJudô, conforme programa abaixo: (segue a orientação mínima, podendo o professor exigir mais conhecimento dos seus alunos). I - FAIXA BRANCA / CINZA - 11º KYÛ a) Idade mínima - 04 anos. b) Carência - mínimo de 03 meses como Faixa Branca. c) Demonstrar saudação em pé (Ritsurei). d) Demonstrar amortecimento de quedas (Ukemi) para trás (Ushiroukemi) e lateral (Yokoukemi) executado na posição deitado. e) Demonstrar uma técnica de projeção (Naguewaza) - integrante do 1º Kyô. f) Demonstrar uma técnica de imobilização (Ossaewaza). g) Vocabulário - Sensei (professor). II – FAIXA CINZA - 10º KYÛ a) Idade mínima - 05 anos. b) Carência - mínimo de 03 meses como Faixa Branca / Cinza. c) Demonstrar saudação ajoelhado (Zarei). d) Demonstrar amortecimento de quedas (Ukemi) lateral (Yokoukemi) executar a partir da posição agachada, em pé e para frente com rolamento (Maemawariukemi). e) Demonstrar duas técnicas de projeção (Naguewaza) - integrante do 1º Kyô. f) Demonstrar duas técnicas de imobilização (Ossaewaza). g) Vocabulário - contar até 10 em japonês (iti, ni, san, shi, go, roku, shiti, hati, kyû, jû) – peças que compõem local de treinamento ou competição (Tatami), uniforme do praticante de judô (judogui). h) Histórico – nome do criador do Judô (Jigoro Kano), Em que país (Japão).
67 III – FAIXA CINZA / AZUL – 9º KYÛ a) Idade mínima - 06 anos. b) Carência – mínimo de 06 meses como Faixa Cinza. c) Demonstrar formas de pegar no judogui (Kumikata) d) Demonstrar os três tipos de amortecimento de queda (Ukemi) em movimento. e) Demonstrar três técnicas de projeção (Naguewaza) – integrantes do 1º Kyô. f) Demonstrar três técnicas de imobilização (Ossaewaza). g) Vocabulário: - parar (Mate), começar (Hajime), terminou (Soremade), não se mova (Sonomama) e atenção ou posição de sentido (Kiotsuke). h) Histórico: - nome da primeira escola de Judô (Kodokan). IV – FAIXA AZUL – 8º KYÛ a) Idade mínima - 07 anos. b) Carência - mínima de 06 meses como Faixa Cinza / Azul. c) Demonstrar formas de desequilíbrio (Kusushi). d) Demonstrar uma seqüências de golpes (Renrakuwaza). e) Demonstrar quatro técnicas de projeção (Naguewaza) – integrantes do 1º Kyô. f) Demonstrar três técnicas de imobilização (Ossaewaza). g) Demonstrar duas viradas, quando o Uke em decúbito ventral. h) Vocabulário: - nome do uniforme de Judô (Judogui), calça (Shitabaki), casaco (Uwagui), faixa (Obi), chinelo (Surippa), i) Amarrar corretamente a faixa. j) Histórico: - a data da fundação do Kodokan, - maio de 1882, - a arte que deu origem ao Judô, o Jujutsu (arte da maleabilidade espiritual). k) Princípio do Judô – quem teme perder já está vencido. V – FAIXA AZUL / AMARELA – 7º KYÛ a) Idade mínima – 08 anos. b) Carência – mínimo de 06 meses como Faixa Azul. c) Saber a ordem das faixas no Judô: 1 – Kyûs (graus inferiores) – Básicos (Branca, Branca/Cinza, Cinza, Cinza/Azul, Azul, Azul/Amarela, Amarela, Amarela/Laranja), - Intermediários (Laranja, Verde, Roxa e Marrom). 2 – Yûdansha (Faixas Pretas do 1º ao 5º grau). 3 – Kodansha (Faixas Vermelha e Branca do 6º ao 8º graus e Faixas Vermelha do 9º ao 10º grau). d) Demonstrar duas seqüências de golpes (Renrakuwaza). e) Demonstrar um contra golpe (Kaeshiwaza). f) Demonstrar cinco técnicas de projeção (Naguewaza) – integrante do 1º Kyô. g) Demonstrar quatro técnicas de imobilização (Ossaewaza). h) Demonstrar duas viradas, quando o Uke em decúbito ventral. i) Vocabulário: - treinamento de entrada das técnicas (Utikomi), treino livre (Randori), competição (Shiai), academia (Dôjô) e local de competição (Shiaijô).
68 j) Histórico: 1 - Nascimento do Prof. Jigoro Kano –28 de outubro de 1860, província de Hiyogo, no Japão. 2 - Demonstrar os tipos de postura (Shissei): - Postura natural (Shizen-hontai). - Postura natural à direita (Miguishizentai). - Postura natural à esquerda (Hidarishizentai). - Postura defensiva (Jigohontai). - Postura defensiva à direita (Miguijigotai). - Postura defensiva à esquerda (Hidarijigotai). k) Princípio do Judô: - conhecer-se e dominar-se, dominar-se é triunfar. VI – FAIXA AMARELA – 6º KYÛ a) Idade mínima - 09 anos. b) Carência – mínimo de 06 meses como Faixa Azul/Amarela. c) Demonstrar três Seqüências de golpes (Renrakuwaza). d) Demonstrar dois contra golpes (Kaeshiwaza). Excluído: e) Demonstrar seis técnicas de projeção (Naguewaza) – integrantes do 1º Kyô. f) Demonstrar cinco técnicas de imobilização (Ossaewaza). g) Demonstrar três viradas, quando o uke em decúbito ventral. h) Vocabulário: - judoista ativo (Tori), judoista passivo (Uke). i) Histórico: - a morte do Prof. Jigoro Kano, 04 de maio de 1938, a bordo de um navio que o transportava de volta para Japão, da cidade de Cairo, Egito, onde participou da Assembléia Geral do Comitê Olímpico Internacional. j) Demonstrar dois tipos de deslocamento (Shintai) sobre o Tatami - passadas naturais em todasas direções (Ayumiashi) e passadas sucessivas (Tsuguiashi). k) Princípio do Judô: - O judoista não se aperfeiçoa para lutar, luta para se aperfeiçoar. l) Executar defesa (Fussegui) com as pernas em (Katamewaza). VII – FAIXA AMARELA/LARANJA – 5º KYÛ a) Idade mínima - 10 anos. b) Carência – mínimo de 01 ano como Faixa Amarela. c) Demonstrar quatro seqüências de golpes (Renrakuwaza). d) Demonstrar três contra golpes (Kaeshiwaza). e) Demonstrar todas as técnicas de projeção (Naguewaza) – integrantes do 1º Kyô. f) Demonstrar seis técnicas de imobilização (Ossaewaza). g) Demonstrar quatro viradas, quando o Uke em decúbito ventral. h) Vocabulário: - significado da palavra Judô – caminho da suavidade, sendo que a palavra Ju –significa suavidade, não resistência e Dô - significa meio, caminho, doutrina. i) Histórico: - realização do 1º Campeonato Brasileiro de Judô -1954. j) Demonstrar formas de movimentos rotatórios do corpo (esquiva) (Taissabaki). k) Princípios que resumem o que é o Judô: - (Seiryokuzenyô), melhor uso da energia vital,(Jitakyôei), amizade e prosperidade mútua. l) Demonstrar defesas (Fussegui) de técnicas em pé (Tatiwaza).
69 VIII – FAIXA LARANJA – 4º KYÛ a) Idade mínima - 11 anos. b) Carência – mínimo de 01 ano como Faixa Amarela/Laranja. c) Demonstrar cinco seqüências de golpes (Renrakuwaza). d) Demonstrar quatro contra golpes (Kaeshiwaza). e) Demonstrar todas as técnicas de projeção (Naguewaza) – integrantes do 2º Kyô. f) Demonstrar sete técnicas de imobilização (Ossaewaza). g) Demonstrar cinco viradas, quando o uke em decúbito ventral. h) Vocabulário: Sugestão da Comissão Estadual de Graus: Aluno mais novo, que se matriculou depois (Kohai), Aluno mais velho, que se matriculou antes (Sempai), Mestre (Shiran), Alunos não Graduados - da Faixa Branca até a Faixa Marrom - (Dangai),Graduados - Faixa Preta do 1° Dan ao 5° Da n - (Yudansha), Pós Graduados - Faixa Coral do 6°Dan ao 8° Dan e Faixa Vermelha 9° Dan e 10° Dan - (Kodansha