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Marcio valadão n°184 como desfrutar da felicidade

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Uma publicação da Igreja Batista da Lagoinha

1ª Edição: abril/2011

Transcrição:

Vanessa Coelho

Copidesque:

Adriana Santos

Revisão:

Nicibel Silva

Capa e Diagramação:

Matheus Freitas

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Introdução

Estamos vivendo tempos difíceis. Inúmeras são as notícias que têm entristecido a nossa alma. Mui-tas delas de mortes, e por mais que esta seja um fato na vida de todo ser vivo, não é nada fácil enfrentá-la, pois conforme a Bíblia mesmo nos diz, ela é inimiga. Somente Jesus Cristo pode nos dar uma explicação acerca desse acontecimento. No evangelho de Lu-cas, capítulo 13, versos de 1 a 5, temos a narração da morte dos galileus. Muitas foram as vidas ceifadas por Pilatos e pela torre de Siloé. Diante de tanta tra-gédia, as pessoas foram a Jesus buscando uma res-posta, conforme nos mostra o texto sagrado:

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“Naquela mesma ocasião, chegando alguns, fala-vam a Jesus a respeito dos galileus cujo sangue Pilatos misturara com sacrifícios que os mesmos realizavam. Ele, porem, lhes disse: Pensais que esses galileus eram mais pecadores do que todos os outros galileus, por te-rem padecidos dessas coisas? Não eram, eu vo-lo afirmo; se, porém, não vos arrependerdes, todos igualmente pereceis. Ou cuidais que aqueles dezoito sobre os quais desabou a torre de Siloé e os matou eram mais culpados que todos os habitantes de Jerusalém? Não eram, eu vo-lo afirmo; mas, se não vos arrependerdes, todos igual-mente perecereis”.

Eram duas situações de mortes distintas, mas o Se-nhor trouxe a mesma resposta para ambas. As pessoas da época acreditavam que mortes terríveis aconteciam com aqueles que eram pecadores, por isso eles mere-ciam morrer. Contudo, Jesus lhes disse que se eles não se arrependessem, todos iriam perecer igualmente. No evangelho de Mateus, capítulo 5, temos o chama-do Sermão da Montanha. Jesus faz a introdução deste com as bem- aventuranças. Ser bem-aventurado é o mesmo que ser feliz, e ninguém pode desfrutar da feli-cidade aqui na terra se não olhar a vida através dessas bem-aventuranças. O texto que as contém diz assim:

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“Vendo Jesus as multidões, subiu ao monte, e, como se assentasse, aproximaram-se os seus discípu-los; e ele passou a ensiná-los, dizendo: Bem-aventura-dos os humildes de espírito, porque deles é o reino dos céus. Bem- aventurados os que choram, porque serão consolados. Bem-aventurados os mansos, porque herdarão a terra. Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão fartos. Bem-aventurados os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia. Bem-aventurados os limpos de coração, porque verão a Deus. Bem-aventurados os pacificadores, porque serão chamados filhos de Deus. Bem-aventurados os perseguidos por causa da justiça, porque deles é o reino dos céus. Bem-aventurados sois quando, por mi-nha causa, vos injuriarem, e vos perseguirem, e, men-tindo, disserem todo mal contra vós. Regozijai-vos e exultai, porque é grande o vosso galardão nos céus; pois assim perseguiam os profetas que viveram antes de vós”.

Se você perguntar alguém para descrever como é uma pessoa feliz, dificilmente ele irá mencionar as características das bem-aventuranças. Isso por-que, hoje, a felicidade “aos olhos do mundo” é com-pletamente diferente daquilo que Jesus Cristo nos

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ensina. Arrisco-me a dizer que se você espremer cada página da Bíblia terá uma gota de bem-aven-turança em seu coração. Elas são muitas, e podem ser encontradas em muitos textos da Bíblia Sagra-da. Nesta mensagem, quero que conheça algumas destas bem-aventuranças que não fazem parte da relação de Mateus 5.

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A bondAde de deus

A primeira bem-aventurança que vamos abordar está no Salmo 65, verso 4: “Bem-aventurado aquele quem escolhes e aproximas de ti, para que assista nos teus átrios; ficaremos satisfeitos com a bondade de tua casa no teu santo templo”. No meio de tanta gente Deus escolheu você. Muitas vezes achamos que Ele escolhe os melhores, “the best”. Mas isso não é ver-dade. Não sei se você já observou a seguinte cena num supermercado: uma senhora idosa fazendo compras de laranjas. Normalmente, ela escolhe as

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melhores, mesmo que isso leve muito tempo, pois ela não tem muita pressa. A senhora escolhe laranja por laranja, rejeita todas as que têm um mínimo de defeito. Fazendo uma ilustração, imagine se Jesus fosse essa senhora e nós, as laranjas, você acha que Ele escolheria somente as melhores? Se assim fosse, certamente Ele não levaria nenhuma para casa, pois todos somos carentes da graça e misericórdia dele, todos somos pecadores, cometemos inúmeros er-ros. Jesus não nos escolheu pelos nossos méritos, pelas nossas virtudes, pela nossa integridade, pela nossa pureza, Ele simplesmente nos amou do jeito que somos, incondicionalmente, por isso somos bem-aventurados. Se hoje podemos participar de um culto, congregar, ter comunhão com os irmãos, é somente por amor, Ele nos escolheu apesar de tudo. “Bem-aventurado aquele a quem escolhes e aproximas de ti [...]”

Normalmente, uma pessoa considerada impor-tante, famosa, é cercada por seguranças, quase nin-guém pode ser aproximar dela, porém, quem de fato é importante, a Pessoa mais gloriosa de todo o mun-do, um dia abriu os braços e disse: “Vinde a mim, to-dos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos

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aliviarei”. (Mateus 11.28.) Jesus abriu os braços para os menos importantes, para os desprezados, para os rejeitados, para as prostitutas, para os ladrões, para os assassinos, para os tidos como escória da socieda-de. Pessoas as quais julgamos, apontamos os dedos, rejeitamos, Ele abre os braços e as chama de bem-aventuradas quando estas se aproximam dele. A fé cristã não é um conjunto de doutrinas, ela nos per-mite aproximar do Senhor, tocá-lo; ouvir o compul-sar do coração dele. Muitas são as vezes que o diabo bombardeia sua mente com mentiras, dizendo que você não é nada, que ninguém se preocupa com a sua vida, que você não é digno, mas quando olhamos para a história do filho pródigo, vemos que ao voltar para casa, foi o pai quem se aproximou dele, correu ao seu encontro e o beijou. O filho sabia que não era digno, que não merecia, mas a graça o alcançou.

Ter comunhão com Deus é se relacionar com Ele, e, infelizmente, esse relacionamento às vezes é mal interpretado por muitos. Um exemplo das formas de relacionamento com o Senhor é o que chamamos de culto, as reuniões nas congregações. Estar reunido com os irmãos para adorar ao Senhor é uma expressão de culto, mas o culto não é o que

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muitas pessoas imaginam, com horário de início e término. O culto começou no dia e na hora em que você se aproximou do Senhor, momento quando seus olhos foram abertos e você viu a beleza do amor dele. Algumas pessoas têm o hábito de ora-rem assim: “Pai, entramos em tua presença...” Na ver-dade, entramos na presença de Deus uma só vez, no dia em que nos convertemos a Ele. Nesse dia en-tramos para não mais sairmos da presença de Deus.

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AtItudes sábIAs

A vida cristã é o caminhar, é a aproximação, é conhecer a cada dia esse nosso Deus maravilhoso, conforme nos ensina a Palavra dele: “Conheçamos e prossigamos em conhecer ao Senhor; como a alva, a sua vinda é certa [...]” (Oséias 6.3.) Em Efésios, capítu-lo 1, versos de 3 a 14, está escrito:

“Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cris-to, que nos tem abençoado com toda sorte de bênção espiritual nas regiões celestiais em Cristo, assim como nos escolheu, nele, antes da fundação do mundo, para

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sermos santos e irrepreensíveis perante ele; e em amor nos predestinou para ele, para a adoção de filhos, por meio de Jesus Cristo, segundo o beneplácito de sua vontade, para o louvor da glória de sua graça, que ele nos concedeu gratuitamente no Amado, no qual temos a redenção, pelo seu sangue, a remição dos pe-cados, segundo a riqueza da sua graça, que Deus der-ramou abundantemente sobre nós em toda a sabedo-ria e prudência, desvendando-nos o mistério da sua vontade, segundo o seu beneplácito do que propusera em Cristo, de fazer convergir nele, na dispensação da plenitude dos tempos, todas as coisas, tanto as do céu como as da terra; nele, digo, no qual fomos também feitos herança, predestinados segundo o propósito daquele que faz todas as coisas conforme o conselho da sua vontade, a fim de sermos para o louvor da sua glória, nós, os que de antemão esperamos em Cristo; que em também vós, depois que ouviste a palavra da verdade, o evangelho da vossa salvação, tendo nele também crido, fostes selados com o Santo Espírito da promessa; o qual é o penhor da nossa herança, até ao resgate da sua propriedade, em louvor da sua gloria”.

Vimos no verso 4 que Deus escolheu nos amar antes mesmo da fundação do mundo. Antes mesmo

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do primeiro versículo da Bíblia, “no principio, criou Deus os céus e a terra”, Deus sabia que no dia 24 de novembro de 1948 eu nasceria fisicamente, e que no dia 19 de maio de 1966 eu nasceria para Ele, espiritu-almente. Ele me escolheu e eu me deixei ser escolhi-do por Ele. E você? Será que já percebeu a imensidão do amor de Deus pela sua vida? Se você soubesse o valor que tem para Ele, do amor dele pela sua vida, certamente viveria melhor, bem melhor, não faria tantas bobagens, não falaria tantas coisas inconve-nientes.

No livro de Apocalipse, capítulo 19, verso 9, te-mos outra bem- aventurança: “Bem-aventurados aqueles que são chamados à ceia das bodas do Cor-deiro. E acrescentou: São estas as verdadeiras pa-lavras de Deus”. Em todo o universo, o momento mais glorioso e espetacular será esse, o das bodas do Cordeiro, todos anseiam, esperam por ele. Em Isaías, capítulo 51, verso 2, está escrito: “Olhai para Abraão, vosso pai, e para Sara, que vos deu à luz; por-que era ele o único, quando eu o chamei, o abençoei e o multipliquei”. A expressão “abençoei” refere-se à bem-aventurança dos filhos espirituais descenden-tes de Abraão, descendência que chegou às nossas

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vidas exatamente através de nossa crença em Je-sus Cristo. Em Mateus, capítulo 16, versos 16 e 17, temos o momento quando Pedro confessa a Jesus Cristo como o messias, o Filho de Deus. Nesse mo-mento, o Espírito do Senhor vibrou: “Respondendo Simão Pedro, disse: Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo. Então, Jesus lhe afirmou: Bem aventurado és, Simão Barjonas, porque não foi carne e sangue que to revela-ram, mas meu Pai, que está nos céus”. Você, que con-fessa Jesus Cristo como Filho do Deus vivo, é bem-aventurado, pois milhões de pessoas ainda não têm essa bem-aventurança, ainda não confessaram Jesus como Filho do Deus vivo, não o reconhecem como Jesus, o Messias, o Senhor e Salvador de nos-sas vidas. Jesus deu a Pedro, e dá a todos os bem-aventurados a chave que abre todas as cadeias de satanás. Essa chave liberta a nossa família, os nossos amigos, a nossa saúde, ela é a revelação de que Je-sus Cristo é o Filho do Deus vivo. A Palavra nos diz que “se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente se-reis livres”. (João 8.36.) E qual é palavra que liberta? É a que você conhece, a que você pratica, a que você proclama. O Senhor disse a Pedro: “Bem-aventurado és Simão Pedro, porque não foi carne nem sangue que

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te revelaram”. Jesus disse a Pedro que a revelação que ele teve não foi conquistada por estudos teológicos, mas foi dada pelo Espírito Santo, sem ele ninguém reconhece a Jesus como o Filho do Deus vivo. Se não for Ele, o Espírito de Deus, a pessoa apenas repete, pronuncia o nome de Jesus porque outros o dizem. E essa é a vontade de satanás, fazer com que as pes-soas apenas digam o nome de Jesus, que elas não assumam em plenitude o papel delas como cristãos. E, infelizmente, muitas vezes esquecemos quem so-mos, do que o Senhor conquistou para nós, passa-mos a viver as circunstâncias e não a vida que Deus preparou para nós. Não sei se você já ouviu essa história que aconteceu a muitos anos na Inglaterra, quando houve o êxodo, a emigração grande para os Estados Unidos. Com o objetivo também de ir para os EUA, um homem trabalhou muito para isso e con-seguiu embarcar. Nos momentos de refeições, ele não aparecia, ficava na cabine, quieto, só saia quan-do terminavam esses momentos. Ele havia levado um pouco de comida para a viagem, mas devido à distância, o alimento acabou. Depois de longos dias no mar, a viagem estava chegando ao fim. Sentindo muita fome, esse moço estava ansioso para comer, ir

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a um restaurante. E foi isso que ele fez ao chegar aos Estados Unidos. Foi para o restaurante do navio e co-meu tudo o que conseguiu. Comeu muito, e depois de saciar a fome, chamou o garçom e disse que não tinha dinheiro para pagar, que eles poderiam fazer o que quisessem com ele, mas a despesa com a ali-mentação não seria paga. O garçom, educadamente, lhe respondeu: “Eu não vi o senhor nenhum dia aqui no refeitório do navio; não o avisaram que todas as re-feições estavam incluídas no valor da passagem?” Esse homem padeceu, sentiu fome, sofreu desnecessaria-mente, pois tudo já estava pago. Essa história ilustra muito bem o nosso relacionamento com Jesus Cristo, porque muitas vezes negligenciamos essa revelação, a de que somos bem-aventurados, de que Jesus já pagou toda a nossa dívida na cruz do Calvário, mas, infelizmente, vivemos numa sequidão da alma, con-fusos em meio às tribulações da vida, angustiados, enquanto a Palavra nos diz que bem-aventurados são aqueles que conhecem o Senhor, e esse conhe-cimento acerca dele nos leva a exaltá-lo, a bradar alegremente. A matar a nossa fome, a participar do banquete que já está pago por Jesus Cristo.

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não sejA motIvo de tropeço

Eu fico imaginando a chegada de Jesus ao tú-mulo de Lázaro, a reação das inúmeras pessoas an-gustiadas que ali estavam. Provavelmente, o choro era o som daquele lugar, a tristeza era geral. Então, Jesus, também triste pela morte de seu amigo que-rido, levantado os olhos para o céu, disse: “Pai, gra-ças te dou porque me ouviste”. (João 11.41.) Em mo-mento algum Jesus duvidou do poder do Pai, que

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Ele tinha poder para ressuscitar seu amigo. Em Lu-cas 8.41 temos o relato de um pedido, um homem de nome Jairo prostrou-se aos pés de Jesus e lhe suplicou que fosse à sua casa porque sua única fi-lha estava à morte. Alguns afirmavam que a menina estava morta, e por isso Jesus não deveria ser inco-modado, que nada mais adiantava fazer, mas Jesus ouvindo o que as pessoas diziam, disse: “Não temas, crê somente, e ela será salva”. (verso 50.) E fé é isso, é crer que Deus vai cumprir tudo o que prometeu em sua Palavra. O povo que estava na casa de Jairo riu das palavras do Mestre, “E riam-se dele, porque sabiam que ela estava morta” (verso 53), falta de fé, essa foi a atitude dessa gente. Eles não deram vivas de júbilos porque precisavam ver para depois crer. Possivelmente eles ficaram perplexos ao contem-plarem o milagre da vida. Jesus Cristo, o Deus res-surreto, ressuscitou a filha de Jairo: “Ele, tomando-a pela mão, disse-lhe, em alta voz: Menina, levanta-te”! (verso 54). É muito fácil cantar após a abertura do mar Vermelho, porém o desejo de Deus é o de que cantemos antes de o mar se abrir. O cristão canta antes, durante e depois de o milagre acontecer, guarde essa verdade no seu coração.

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No evangelho de Mateus, capítulo 11, verso 6, Jesus nos fala de uma bem-aventurança, ele diz que “e bem-aventurado é aquele que não achar em mim motivo de tropeço”. Em Jesus não encontramos nenhum motivo de escândalo, nada, nada, nada, e aquele que caminha com Ele precisa ser seu imita-dor, pois caminhar com Jesus é algo sério e intenso. O agir de Jesus na vida de uma pessoa é especial, é único. Ele não acusa, tampouco julga como nós, pecadores e imperfeitos, julgamos. E um exemplo disso é o que aconteceu com a mulher adúltera de João 8. Os religiosos a arrastaram até Jesus para que Ele a condenasse à morte. “Os escribas e fariseus trouxeram à sua presença uma mulher surpreendi-da em adultério e, fazendo-a ficar de pé no meio de todos, disseram a Jesus: Mestre, esta mulher foi apa-nhada em flagrante adultério. E na lei nos mandou Moisés que tais mulheres sejam apedrejadas; tu, pois, que dizes”? (João 9.3-5). Esses religiosos queriam que Jesus julgasse a mulher para que depois eles julgassem a Jesus, “mas Jesus, inclinando-se, escre-via na terra com o dedo” (verso 6). Então, o Senhor, sabedor dos sentimentos desses homens, respon-deu-lhes: “Aquele que dentre vós estiver sem pecado

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seja o primeiro que lhe atire pedra”. Jesus disse essa frase, e tornou-se a inclinar, continuando a escrever no chão. A partir desse momento Ele permaneceu em silêncio. Mesmo não dizendo nada, o silêncio de Jesus “fala” mais alto do que qualquer som. Resul-tado disso, é que “acusados pela própria consciên-cia, foram-se retirando um por um, a começar pelos mais velhos até aos últimos, ficando só Jesus e a mu-lher no meio onde estava” (verso 9). A única pessoa que poderia atirar pedras na moça era Jesus, pois Ele é o único que não tem pecados, Ele tem toda autoridade para julgar, mas Jesus não o fez. É pos-sível que essa mulher tivesse com os olhos cheios de lágrimas, assustada, trêmula, com medo até do próprio Jesus, mas quando Jesus se levantou e lhe fez uma pergunta, creio que o coração dela se en-cheu esperança: “Erguendo-se Jesus e não vendo a ninguém mais além da mulher, perguntou-lhe: Mu-lher, onde estão aqueles teus acusadores? Ninguém te condenou? Respondeu ela: Ninguém, Senhor! Então, lhe disse Jesus: Nem eu tampouco te condeno; vai e não peques mais”. (versos 10 e 11.) Por isso Jesus disse: “E bem-aventurado é aquele que não achar em mim motivo de tropeço”. Jesus nos ensinou sobre a

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atitude perdoadora ao tratar dessa mulher de João 8. Ele demonstrou que as pedras que deveriam cair sobre ela caiu sobre Ele na cruz do Calvário. Quando nos voltamos para a cruz, vemos Jesus sendo tor-turado e esmagado por mim, por você e por toda a humanidade. Na verdade quem merecia estar ali, éramos nós, que somos pecadores, e não Jesus. Mas Ele escolheu nos amar, amou de tal maneira que se doou...

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bem-AventurAdo Aquele que

crê

O povo que conhece ao Senhor pode vibrar in-dependente de qualquer coisa, quer boas ou ruins. No Salmo 89, verso 15, vemos essa verdade: “Bem- aventurado o povo que conhece os vivas de júbilo, que anda, ó Senhor, na luz da tua presença”. É possível vi-brar por um aumento de salário ou quando se per-de o emprego, quando termina o noivado ou marca

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a data de casamento, quando recebe a cura ou o diagnóstico de uma enfermidade porque em todas as coisas somos mais que vencedores e a alegria do Senhor é a nossa força (Neemias 8.10).

O povo que conhece ao Senhor não murmura, pois sabe que murmurar significa dizer que: “Se eu estivesse no lugar de Deus faria diferente”. Porém, só há um único Deus, e Ele não é nem eu e nem você. Por isso, tudo o que temos que fazer é o deixar ser Deus em nossa vida, pois nele jamais vamos encon-trar motivo de tropeço. No evangelho de Lucas, capítulo 1, verso 45, temos mais uma característica daquele que é bem-aventurado: “Bem-aventurada a que creu, porque serão cumpridas as palavras que lhe forem ditas da parte do Senhor”. A Bíblia é um livro de promessas, de ensinamentos, e ela nos ensina que há uma diferença muito grande entre crença e fé. Crença é aquilo que eu absorvo com a men-te. Crença é aquilo que eu posso codificar em um conceito doutrinário, eu posso crer que uma má-quina que pesa toneladas, chamada avião, é capaz de sair de um lugar, segundo a lei aerodinâmica, e voar de um lugar para o outro, contudo, jamais te-rei coragem de entrar nessa máquina, eu creio nela,

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mas não confio. Já a fé é diferente, é confiar de fato. É crer que “serão cumpridas as palavras que lhe fo-rem ditas da parte do Senhor”. Essa crença se traduz em ato, pois diz que serão cumpridas as palavras que lhe foram ditas da parte do Senhor, por isso querido(a), se Deus lhe deu uma palavra, segure-a, não permita que nada a tire de você, nem o tempo nem as circunstâncias. Creia que Ele é um Deus que fala e zela pela sua Palavra. Ele a cumpre no melhor tempo, no tempo dele, que é perfeito. Se você tem o desejo de se casar, mantenha-se em santidade. Espere o tempo para que a promessa que Ele mes-mo fez, cumpra em sua vida: “Deus faz que o solitário more em família [...]” (Salmo 68.6.)

Em Gálatas 3, verso 9, temos mais uma bem-aventurança acerca daqueles que confiam no Se-nhor e na Palavra dele: “De modo que os da fé são abençoados com o crente Abraão”. Abraão foi cha-mado de amigo de Deus. Não que ele fosse perfeito, mas demonstrou obediência a Deus de maneira in-tensa. Abraão teve a fé testada e aprovada por Deus. Em obediência, ele ofereceu seu único filho em sa-crifico a Deus. Essa atitude revelou que ele temia ao Senhor, por isso nada aconteceu com Isaque, seu

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filho. Deus proveu um cordeiro para que fosse mor-to no lugar do filho de Abraão. Vejamos o texto de Gênesis, capítulo 22, versos 1 a 14, em que Abraão tem sua fé provada:

“Depois dessas coisas, pôs Deus Abraão à prova e lhe disse: Abraão! Este lhe respondeu: Eis-me aqui! Acrescentou Deus: Toma teu filho, teu único filho, Isa-que, a quem amas, e vai-te à terra de Moriá; oferece-o ali em holocausto, sobre um dos montes, que eu te mostrarei. Levantou-se, pois, Abraão de madrugada e, tendo preparado o seu jumento, tomou consigo dois dos seus servos e a Isaque, seu filho; rachou lenha para o holocausto e foi para o lugar que Deus lhe havia indi-cado. Ao terceiro dia, erguendo Abraão os olhos, viu o lugar de longe. Então, disse a seus servos: Esperai aqui, com o jumento; eu e o rapaz iremos até lá e, havendo adorado, voltaremos para junto de vós. Tomou Abraão a lenha do holocausto e a colocou sobre Isaque, seu fi-lho; ele, porém, levava nas mãos o fogo e o cutelo. As-sim, caminhavam ambos juntos. Quando Isaque disse a Abraão, seu pai: Meu pai! Respondeu Abrãao um al-tar, sobre ele dispôs a lenha, amarrou Isaque, seu filho, e o deitou no altar, em cima da lenha; e, estendendo a mão, tomou o cutelo para imolar o filho. Mas do céu

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lhe bradou o Anjo do Senhor: Abraão! Abraão! Ele res-pondeu: Eis-me aqui! Então, lhe disse: Não estendas a mão sobre o rapaz e nada lhe faças; pois agora sei que temes a Deus, porquanto não me negaste o filho, o teu único filho. Tendo Abraão erguido os olhos, viu atrás de si um carneiro preso pelos chifres entre os arbustos; to-mou Abraão o carneiro e o ofereceu em holocausto, em lugar de seu filho. E pôs Abraão por nome àquele lugar – o Senhor Proverá. Daí dizer-se até ao dia de hoje: No monte do Senhor se proverá”.

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A dívIdA já foI pAgA

Somente por meio de Jesus temos nossos pe-cados perdoados. E ser perdoado dos erros que cometemos nos dá paz, muita paz. No salmo 32, os dois primeiros versos trazem exatamente esta bem-aventurança do perdão, vejamos: “Bem-aventurado aquele cuja iniquidade é perdoada, cujo pecado é co-berto. Bem-aventurado o homem a quem o Senhor não atribui iniquidade e em cujo espírito não há dolo”. (Salmo 32.1-2.) Ser perdoado sem mesmo merecer. Normalmente, quando se tem uma dívida financeira,

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ela só é perdoada com o pagamento, mas diante do Senhor não é assim. Dinheiro algum poderia pagar a dívida que tínhamos com Deus, essa dívida foi paga através de Jesus, do sacrifico dele na cruz. Antes de Jesus Cristo render o seu espírito, Ele nos outorgou o perdão dizendo assim: “Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem”. (Lucas 23.34.) Em Colossenses está escrito que com esse perdão todos os nossos pecados foram perdoados, os do passado, os do pre-sente e os do futuro. “Bem-aventurado aquele cuja iniquidade é perdoada, cujo pecado é coberto. Bem-aventurado o homem a quem o Senhor não atribui ini-quidade e cujo o espírito não há dolo”.

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pAlAvrA fInAl

Você não tem que se preocupar com o conceito que os outros têm de você, mas sim com o que Deus diz a seu respeito. O Senhor diz que bem-aventurado é aquele a quem Ele mesmo não atribui iniquidade. Escolha ser um bem-aventurado, um filho que ale-gra o coração do Pai. Deus disse sobre Jesus que Ele era um bem-aventurado, Filho amado a quem Ele se comprazia. Em Romanos, capítulo 4, nos versos 7 e 8 nos diz que:“Bem-aventurados aqueles cujas iniqui-dades são perdoadas, e cujos pecados são cobertos; bem aventurado o homem a quem o Senhor jamais imputará pecado”. No capítulo 4, verso 6, nos fala

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que “bem-aventurado o homem a quem Deus atribui justiça, independentemente de obras”. Agora o verso 9: “Vem, pois, esta bem-aventurança exclusivamente sobre os circuncisos ou também sobre os incircuncisos? Visto que dizemos: a fé foi imputada a Abraão para a justiça”. Existem pessoas que acreditam na mentira de que serão aceitas por Deus por aquilo que elas fazem, mas conforme lemos no verso 6, não somos aceitos pelo o que fazemos. A Palavra também nos diz que todas as nossas obras de justiça aos olhos de Deus são como que trapos de imundices (Isaías 64.6). Esses trapos os quais a Palavra se refere cobriam feri-das inflamadas, com sangue, mal-cheirosos, algo que causava repulsa, nojo, algo desprezível, e tal como estes, assim são os nossos atos de justiça, aquilo que fazemos por nós mesmo na tentativa de agra-dar a Deus. Há doutrinas religiosas que escravizam as pessoas dizendo que elas precisam se sacrificar para agradar o deus destas. Algumas se abstêm de alimentos essenciais para saúde, por anos, outras fe-rem o próprio corpo, andam de joelhos quilômetros afora, carregam pedras sobre a cabeça, dão chico-tadas na própria carne a ponto de se mutilarem, na tentativa de serem aceitos por obras, mas tudo isso é

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engano, pois a Palavra do único Deus verdadeiro diz que “bem-aventurado o homem a quem Deus atribui justiça, independentemente de tuas obras”. Nada da-quilo que fazemos atribui justiça. Fomos feitos justiça de Deus em Cristo Jesus.

“Ora, tudo provém de Deus, que nos reconciliou consigo mesmo por meio de Cristo e nos deu o minis-tério da reconciliação, a saber, que Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não imputan-do aos homens as suas transgressões, e nos confiou a palavra da reconciliação. De sorte que somos embai-xadores em nome de Cristo, como se Deus exortasse por nosso intermédio. Em nome de Cristo, pois, roga-mos que vos reconcilies com Deus. Aquele que não cometeu pecado, ele o fez pecado por nós; para que, nele, fôssemos feitos justiça de Deus”. (2 Coríntios 5.18-21.)

Deus abençoe!

Márcio Valadão

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jesus te AmA e quer

você!

1º PASSO: Deus o ama e tem um plano maravilhoso para sua vida. “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigê-nito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.“ (Jo 3.16.)

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2º PASSO: O Homem é pecador e está separado de Deus. “Pois todos pecaram e ca-recem da glória de Deus.“ (Rm 3.23b.)

3º PASSO: Jesus é a resposta de Deus, para o conflito do homem. “Respondeu-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim.“ (Jo 14.6.)

4º PASSO: É preciso receber a Jesus em nosso coração. “Mas, a todos quantos o rece-beram, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, a saber, aos que crêem no seu nome.“ (Jo 1.12a.) “Se, com tua boca, confessares Je-sus como Senhor e, em teu coração, creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, será sal-vo. Porque com o coração se crê para justiça e com a boca se confessa a respeito da salva-ção.” (Rm 10.9-10.)

5º PASSO: Você gostaria de receber a Cristo em seu coração? Faça essa oração

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de decisão em voz alta: “Senhor Jesus eu pre-ciso de Ti, confesso-te o meu pecado de estar longe dos teus caminhos. Abro a porta do meu coração e te recebo como meu único Salvador e Senhor. Te agradeço porque me aceita assim como eu sou e perdoa o meu pecado. Eu desejo estar sempre dentro dos teus planos para mi-nha vida, amém”.

6º PASSO: Procure uma igreja evangé-lica próxima à sua casa.

Nós estamos reunidos na Igreja Batista da Lagoinha, à rua Manoel Macedo, 360, bairro São Cristóvão, Belo Horizonte, MG.

Nossa igreja está pronta para lhe acom-panhar neste momento tão importante da sua vida.

Nossos principais cultos são realizados aos domingos, nos horários de 10h, 15h e 18h horas.

Ficaremos felizes com sua visita!

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Uma publicação da Igreja Batista da Lagoinha

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