36
GEOLOGIA Geologia do Brasil O Brasil está totalmente contido na Plataforma Sul-Americana, cujo embasamento de evolução geológica é muito complexo, remontando à era Arqueano. Teve a sua consolidação completada entre o período Proterozóico Superior e o início do período Paleozóico, com o encerramento no ciclo Brasiliano. Área Clara – Escudos Cristalinos Área Escura – Bacias Sedimentares O embasamento da Plataforma Sul-Americana acha-se essencialmente estruturado sobre rochas metamórficas de fácies anfibolito a granutlito e granitóides de idade arqueana, associado às unidades proterozóicas que são representadas por faixas de dobramentos normalmente de fácies xisto-verde e coberturas sedimentares e vulcânicas, pouco o nada metamorfizadas e diversos granitóides. Esse embasamento acha-se extensamente exposto em grandes escudos, separados entre si por coberturas fanerozóicas,

Material Ibama - Geologia

Embed Size (px)

Citation preview

GEOLOGIA

Geologia do Brasil

O Brasil está totalmente contido na Plataforma Sul-Americana, cujo embasamento de evolução geológica é muito complexo, remontando à era Arqueano. Teve a sua consolidação completada entre o período Proterozóico Superior e o início do período Paleozóico, com o encerramento no ciclo Brasiliano.

Área Clara – Escudos CristalinosÁrea Escura – Bacias Sedimentares

O embasamento da Plataforma Sul-Americana acha-se essencialmente estruturado sobre rochas metamórficas de fácies anfibolito a granutlito e granitóides de idade arqueana, associado às unidades proterozóicas que são representadas por faixas de dobramentos normalmente de fácies xisto-verde e coberturas sedimentares e vulcânicas, pouco o nada metamorfizadas e diversos granitóides. Esse embasamento acha-se extensamente exposto em grandes escudos, separados entre si por coberturas fanerozóicas, cujos limites se estendem aos países vizinhos. Destacam-se os escudos das Guianas, Brasil Central e Atlântico. O escudo das Guianas compreende o norte da bacia do Amazonas. O escudo do Brasil-Central, ou Guaporé, estende-se pelo interior do Brasil e sul dessa bacia, enquanto o escudo Atlântico expõe-se na porção oriental atingindo a borda atlântica. Esses escudos estão expostos em mais de 50% da área do Brasil. Sobre essa plataforma desenvolveram-se no Brasil, em condições estáveis de ortoplataforma, a partir do Ordoviciano-Siluriano, as coberturas sedimentares e

vulcânicas que preencheram espacialmente três estensas bacias com caráter de sinéclise: Amazonas, Paraíba e Paraná. Além dessas bacias, diversas outras bacias menores, inclusive bacias costeiras e outras áreas de sedimentação ocorrem expostas sobre a plataforma.

Geomorfologia

O relevo do Brasil, de acordo com a classificação de Aziz Ab'Saber, é dividido em duas grandes áreas de planalto e três de planície, a saber:

Planalto das Guianas, abrangendo a região serrana e o Planalto Norte Amazônico. Localizado no extremo norte do país, é parte integrante do escudo das Guianas, apresentando rochas cristalinas do período Pré-Cambriano. É nessa área que se situa o pico culminante do Brasil - Pico da Neblina, com altitude de 3.014 m.

Planalto Brasileiro, subdividido em Central, Maranhão-Piauí, Nordestino, serras e planalto do Leste e Sudeste, Meridional e Uruguaio-Riograndense, é formado por terrenos cristalinos bastante desgastados e por bolsões sedimentares. Localiza-se na parte central do país, estendendo-se por grandes áreas do território nacional.

Planícies e terras baixas amazônicas. Localizadas na Região Norte do país, logo abaixo do Planalto das Guianas, apresenta três níveis altimétricos distintos - várzeas, constituídas por terrenos de formação recente situadas próximo às margens dos rios; teços ou terraços fluviais, com altitudes máximas de 30 m e periodicamente inundados; e baixos-planaltos ou platôs, formados por terrenos de Terciário.

Planície do Pantanal, localizada na porção oeste do estado do Mato Grosso do Sul e sudoeste de Mato Grosso, é formada por terrenos do Quartenário.

Planícies e terras baixas costeiras, acompanhando a costa brasileira do Maranhão ao sul do país, é formada por terrenos do Terciário e por terrenos atuais do Quartenário.

Deve-se ressaltar que o relevo brasileiro não apresenta formação de cadeias montanhosas muito elevadas, predominando altitudes inferiores a 500 m, uma vez que o mesmo se desenvolveu sobre uma base geológica antiga, sem movimentações tectônicas recentes.

Áreas De Estudo Da Geologia

Geofísica - reconhece as propriedades físicas da Teerra. Por exemplo, estudando o campo magnético terrestre (intensidade, configuração e variação), o fluxo de calor interno da Terra, o movimento das ondas sísmica, que estão associadas aos terremotos. A geofísica combina geologia com física para solucionar problemas como encontrar reservas de gás, óleo, metais, água...

Geoquímica - trata da química do planeta. E atualmennte pode ser dividida em geoquímica sedimentar, geoquímica orgânica, o novo campo da geoquímica ambiental, e muitos outros. O grande interesse da geoquímica está na origem e evolução das principais classes de rochas e minerais. O geoquímico estuda especificamente os elementos da natureza - por exemplo, os ciclos geoquímicos do carbono, nitrogênio, fósforo e enxofre; distribuição e abundância de isótopos na natureza e a exploração geoquímica, também chamada de prospecção geoquímica, que é aplicada para a exploração mineral.

Petrologia - trata da origem, estrutura, ocorrência,, e da história das rochas ígneas, metamórficas e sedimentares. Os petrólogos estudam as mudanças que ocorrem nas rochas e são capazes de fazer um detalhado mapeamento mostrando os tipos de rochas existentes em uma área.

Mineralogia - trata dos minerais encontrados na crostta terrestre, e até mesmo os encontrados ou originados fora dela. A cristalografia estuda a forma externa e a estrutura interna dos cristais naturais ou sintéticos. Há quem considere a mineralogia a arte de identificar os minerais baseando-se nas suas propriedades físicas e químicas. A mineralogia econômica focaliza os processos responsáveis pela formação dos minerais, especialmente os de uso comercial.

Geologia Estrutural - estuda atualmente as distorções das rochas em geral. Usualmente comparando as formas obtidas e as classificando. Essas distorções podem ser vistas tanto macroscopicamente quanto microscopicamente. Os geólogos estruturais são capacitados para localizar armadilhas estruturais que podem conter petróleo.

Sedimentologia - refere-se ao estudo dos depósitos sedimmentares e das suas origens. Os sedimentólogos estudam inúmeras feições apresentadas nas rochas que podem indicar os ambientes que existiam no local no passado e assim entender os ambientes atuais.

Paleontologia - estuda a vida pré-histórica, tratando ddo estudo de fósseis de animais e plantas micro e macroscópicos. Os fósseis são importantes indicadores das condições de vida existentes no passado geológico, preservados por meios naturais na crosta terrestre.

Geomorfologia - trabalha com a evolução das feições obsservadas na superfície da Terra, identificando os principais agentes formadores dessas feições e

caracterizando a progressão da ação de agentes como o vento, gelo, água... que afetam bastante o relevo terrestre.

Geologia Econômica - envolve a aplicação de princípios geológicos para o estudo do solo, rochas, água subterrânea para saber como devem influir no planejamento e construção de estruturas de engenharia.

Hidrogeologia - trata do gerenciamento de recursos hídrricos, localização de lençóis freáticos e a construção de poços.

Geologia Ambiental - esse é um campo relativamente novo responsável pela coleta e análise de dados geológicos para evitar ou solucionar problemas oriundos intervenção humana no meio ambiente. Um dos seus ramos é o da Geologia Urbana, que trata dos impactos, geralmente caóticos, gerados sobre o meio ambiente, quando o incontrolável crescimento das cidades agride o ambiente ocasionando catástrofes que afetam diretamente a qualidade de vida da população. Atualmente o geólogo ambiental tem trabalhado bastante na elaboração de RIMAS ( Relatórios de Impacto Ambiental ), exigidos antes da execução de grandes obras.

A Deriva Dos Continentes:O Contexto Na Nova Geologia Global

1. Introdução: A Estrutura Da Terra

Através do estudo da velocidade de propagação das ondas sísmicas no interior das camadas mais profundas durante os terremotos, cientistas e geólogos do mundo inteiro chegaram a um consenso sobre a estrutura interna da terra. Admite-se hoje que a Terra seja formada por uma crosta (com cerca de 30 a 40 Km de espessura em média) e um manto superior (que vai até aos 100 metros de profundidade) que juntos formam a Litosfera rígida e plástica. Abaixo desta camada encontra-se o manto inferior (que vai até aos 2.890 Km), que através de fusões parciais, mantém suas rochas num estado constante de alta viscosidade, que provoca corrente de convecção em direção à Litosfera. O manto inferior contém ainda a ZBV (Zona de baixa Velocidade), a qual o separa do manto superior, formando o que se denomina por Astenosfera.Em seguida, encontra-se um núcleo externo (que chega aos 5100 Km de profundidade) no estado líquido formado por ligas de Ferro e Níquel principalmente. Por fim, o núcleo interno encontra-se no estado sólido com constituição semelhante ao núcleo externo.A crosta é dividida do manto pela descontinuidade de Mohorovicic ou Moh; enquanto que o manto se separa do núcleo pela descontinuidade de Guttemberg.A crosta ainda é dividida em duas partes fundamentais: a Crosta Continental (formada por rochas com densidade em torno de 2,8 e constituída essencialmente por Silício e Alumínio - SIAL) e a Crosta Oceânica (de rochas mais pesadas com cerca de 3,3 de densidade e formadas por Silício e Magnésio - SIMA).

Estrutura interna da Terra

2. Origem

Durante o jurássico, que se iniciou há cerca de 180 milhões de anos, a Pangéia começou a se dividir e a formar os atuais continentes.

A deriva continental está entre as forças mais poderosas que afetam as mudanças evolucionárias.A tectônica das placas tem estado em funcionamento desde os primeiros estágios da Terra e tem desempenhado um papel de destaque na história da vida. As mudanças na configuração relativas dos continentes e dos oceanos têm influenciado o ambiente, os padrões climáticos e a composição e distribuição das espécies. As contínuas mudanças na ecologia do mundo têm exercido um profundo efeito no curso da evolução e, conseqüentemente sobre a diversidade dos organismos vivos.Durante períodos de rápidas convecções do manto os supercontinentes foram divididos. Essa separação levou à compreensão das bacias oceânicas, à elevação do nível do mar e as transgressões marinhas sobre a terra. A rápida convecção do manto aumenta o vulcanismo, o que eleva a quantidade de dióxido de carbono na atmosfera resultando num forte efeito estufa, com condições de calor em todo o mundo. Esses episódios ocorreram de aproximadamente 200 há 50 milhões de anos atrás.Quando a convecção do manto era baixa, as massas da terra juntaram-se num supercontinente. Essa conexão levou ao alargamento das bacias oceânicas, diminuindo os níveis globais do mar e provocando um recuo das águas, da terra para o mar. Além disso, o CO2 atmosférico foi reduzido em conseqüência dos baixos níveis de vulcanismo e de desenvolvimento de um "efeito geleira", o qual produz temperaturas mais frias em todo o mundo.Essas condições prevaleceram de aproximadamente 700 a 500 milhões de anos atrás, e durante a última parte do período Cenozóico.

Correntes de convecção

3. Provas DocumentaisUma evidência é que algumas cadeias de montanhas antigas de um continente têm a sua continuação em outro.Formações geológicas iguais, com rochas e estruturas idênticas são encontradas nos continentes dos dois lados do atlântico.O registro fóssil do Carbonífero e do Permiano é semelhante entre a América do Norte e Europa e entre os continentes do hemisfério Sul e Índia.A concordância entre os litorais da África e América do Sul tem sido admirada uns 350 anos.

4. Evidências

4.1.Paleoclima

Se os continentes ocupam posições diferentes na superfície da Terra, a distribuição das zonas climáticas deve ter mudado no passado e essa mudança é diferente em cada continente.

As glaciações Permocarboníferas mostraram que os continentes do Hemisfério Sul e Índia estavam unidos sobre a região antártica durante esse tempo e, depois saíram daí.Dunas antigas e direção do paleovento.Distribuição de Evaporitos. Para haver acumulação de sal em depósitos espessos é necessário um clima quente e árido. Os depósitos modernos estão se formando nestas condições, por evaporação da água do mar ou lago salgado. Evaporitos encontrados nas plataformas continentais atlânticas da África e da América do Sul são uma das evidências do movimento de separação entre os continentes.Antigos recifes de algas coralíneas foram achados no Paleozóico inferior do círculo ártico, estes corais são característicos do equador, donde se conclui que, no paleozóico inferior, o equador passava por estas regiões.

4.2.Paleomagnetismo

Isso fez com que se criasse a teoria de que o pólo magnético se moveu e ocupou posições distintas através da história da Terra. Mas se isso fosse verdade, todos os continentes tinham que ter suas rochas magnéticas orientadas para a mesma direção em um dado período de tempo. Ao ser feita a curva do movimento do pólo ao longo dos períodos geológicos, verifique-se que cada continente tem sua curva, que é distinta dos outros continentes. Somente uma explicação é possível diante deste resultado: os continentes se moveram independentemente uns dos outros. Ao juntar dois continentes que estariam unidos no passado, pela teoria de Deriva continental, as curvas eram as mesmas.

Paleomagnetismo

5. De Onde Surgiu A Idéia?

A idéia dos continentes à deriva é muito antiga e surgiu algum tempo depois que os cartógrafos europeus começaram a mostrar o contorno das costas do novo mundo. Em 1596, quase cem anos após as viagens de Colombo e Cabral, o cartógrafo alemão Abraham Ortelius, de tanto fazer mapas, notou a similaridade no contorno das Américas, Europa e África e concluiu no seu trabalho Thesaurus Geographicus que estes continentes estavam juntos e depois se desmembraram devido às pressões causadas por terremotos e inundações (floods). Um pouco mais tarde, Sir Francis Bacon, no seu trabalho Novanun Organum, publicado em 1620, comentou que as similaridades entre os continentes eram fortes demais para representarem uma simples coincidência. Em 1658 R.P. François Placet escreveu um memorando: La corruption du grand ete petit monde, ou il este montré que devant le déluge, l'Amerique n'était point separée des autre parties du monde no qual sugere que o Novo Mundo se separou do Velho Mundo ocasionando a inundação

do Oceano Atlântico. Alexander von Humboldt em 1800 retorna esta idéia e afirma que o Atlântico é, essencialmente, um imenso vale de rio que foi se separando aos poucos por um grande volume de água.Em 1858 surgem os primeiros argumentos puramente geológicos com Antônio Snider - Pellegrini. No seu trabalho: La Création et Ses Mystèrs Dévoiles é mostrado a semelhança existente entre a flora fóssil de uma camada carvão de 300 milhões de anos aflorante nos Estados unidos e Europa. Para ilustrar a sua explicação para o fato, Snider - Pellegrini criou o primeiro diagrama com a reconstituição dos continentes.Em 1880 Eduard Suess defendeu a idéia que a África, América do Sul, Austrália e Índia faziam parte de um mesmo continente, o qual denominou de Gondwanaland (terra do antigo reino dos Gonds na Índia). Neste mesmo ano Osmond Fisher e George Darwin desenvolveram a hipótese que a Lua se desprendeu da região do Oceano Pacífico, ocasionando o desequilíbrio e movimento dos continentes. Entre 1908 e 1922 dois americanos, Frank B. Taylor e Howard B. Backer, independente e quase simultaneamente publicaram diversos artigos sobre a deriva dos continentes tendo como base a continuidade das cadeias de montanhas modernas nos diversos continentes. Baker, em 1908, acreditava que há 200 milhões de anos atrás havia uma só massa de terra situada na região da Antártida e, dois anos mais tarde, Taylor defendeu que, após o rompimento deste supercontinente, os fragmentos continentais resultantes se movimentaram em direção a região do Equador.Portanto, quando Alfred Lothar Wegener em 1912 publicou o seu primeiro trabalho a idéia de deriva dos continentes já tinha mais de 300 anos. Mas este astrônomo, geofísico e meteorologista alemão construiu uma teoria consubstanciada em argumentos sólidos e dados levantados por diversas áreas do conhecimento científico: geografia, geologia, biologia e climatologia.

5.1.Evidências Geométricas

Como se pode perceber os atuais fragmentos continentais ainda se encaixam como um quebra-cabeça gigante. As imperfeições verificadas na montagem são causadas pela dinâmica da superfície do planeta que, devido à descida subida do nível do mar ou à erosão, alarga ou diminui a costa dos continentes. Como o nível do mar varia bastante ao longo do tempo, fica difícil determinar qual é, o formato dos continentes utilizando-se somente os dados das plantas cartográficas, como havia feito Wegener. Para contornar o problema, os cientistas modernos se utilizam também de dados batimétricos, magnetométricos e gravimétricos, os quais com a ajuda de programas de computador, permitem reconstruir com fidelidade o contorno continental representado pelo início da plataforma.

6. Continentes À Deriva E As Idéias De Wegener

6.1.Evidências Paleológicas.

Os fósseis considerados por Wegener foram:1. Glossopteris - espécie vegetal típica de climas frios existentes no Carbonífero - Permiano

- Triássico (350-200 M.a), encontrada na América do Sul, África, Madagascar, Índia Antártida e Austrália.

2. Mesosaurus - réptil existente no Permiano (245-2866 M.aa) encontrado no Brasil, Argentina e África do Sul.

3. Lystosaurus - réptil existente no Triássico (248-21133 M..a) encontrado África Central, Madagascar, Índia e Antártida.

4. Cynognathus - réptil existente no Triássico (248-21133 M..a) encontrado na América do Sul e África Central.

6.2 Evidências Geológicas

Wegener argumentava que algumas cadeias que se encontravam bruscamente interrompidas, como seria o caso de cadeias na Argentina e África do Sul, adquiriam perfeita continuidade quando se juntavam a América e África. Entretanto, o argumento geológico mais forte que Wegener apresentou está relacionado com o empilhamento estratigráfico de rochas que ocorre no nordeste da Índia, Antártida, sudeste da América do Sul, leste da África e Austrália, as quais possuem idades variando entre 300 e 135 M.a atrás. Esta sucessão de rochas (chamadas de seqüência

Gondwana), sendo resultante dos mesmos processos tectônicos e deposicionais, mas estão distribuídas em diferentes áreas, o que reforça a idéia da junção dos continentes no hemisfério sul em épocas anteriores a 135 M.a.

6.3 - As causas da deriva

Inspirados na idéia de Wegener muitos outros geocientistas aprimoraram a reconstituição do movimento dos continentes, organizando a seguinte seqüência de eventos.

Tempo anterior a 300 M.a: Outras formas continentais em movimento;

Entre 300 a 225 M.a: Formação de um só continente - Pangéia - cercado por um só oceano - Pantalassa; Entre 200 a 180 M.a: Início de separação dos blocos Gondwana e Laurásia e rompimento do Gondwana em dois sub-blocos: (1) África - América do Sul e (2) Antártida – Índia - Austrália. Avanço do Mar de Tétis entre os blocos sub-divididos;135 M.a: Início do rompimento do América do Sul da África e separação da Índia do sub-bloco 2;

65 M.a aos dias de hoje: Movimento de rotação da África para norte, indo de encontro a Eurásia, choque da Índia com a Ásia; separação América do Norte da Eurásia; separação da Austrália da Antártida.

O "Baile" dos continentes

7. A Teoria De Suess

As idéias admitidas até meados do século XIX sobre a origem do relevo da Terra eram as propostas por Edward Suess, geólogo austríaco, no final do resfriamento da crosta através de um processo de contração, tal como uma maçã que vai ressecando sua casca e então enruga. Com isso, Suess explicava como surgiram as altas cadeias montanhosas do mundo. Para explicar a semelhança de faunas e floras fósseis em diferentes partes do mundo, Suess propunha a existência de passarelas de terra entre aos continentes que afundaram posteriormente com os

processos do mar. As regressões e as transgressões marinhas eram explicadas pelo processo de isostasia (uma espécie de lei de compensação de volume). Isso explicaria os depósitos marinhos de sedimentos sobre os continentes, pois através das transgressões marinhas (causadas pelo depósito de sedimentos no fundo dos oceanos) teriam levado estes para cima dos platôs continentais. As regressões seriam causadas devido a rebaixamentos e depressões do fundo oceânico.

8. Conclusão

A deriva continental causou um profundo efeito sobre a vida deste Planeta desde o seu início. Os continentes e as bacias oceânicas estão continuamente sendo remodeladas pelas diversas placas da crosta que estão constantemente em desenvolvimento.A moderna e jovem teoria de tectônica de placas, além de oferecer um modelo completo e elegante sobre o movimento dos continentes, levanta outras questões sobre a Dinâmica da Terra que até então a humanidade desconhecida.Os rumos tomados pela geologia, a partir da segunda metade do século XX apesar de ter comprovado a maioria das evidências de Suess, demonstrou a inviabilidade da teoria das passarelas submersas.Entretanto, alguns problemas de encaixe ainda persistem, principalmente nas costa Leste da África e na região do Caribe, nas quais os dados disponíveis ainda não permitem uma reconstituição exata.

"...é como que se tudo passasse ao recortarmos uma folha de jornal. Basta apenas juntarmos os pedaços para encontramos os segredos da Terra..." (Alfred Lothar Wegener)

Os Tipos De RochasAs rochas são classificadas em três grupos:

Ígneas ou Magmáticas;

Sedimentares;

Metamórficas.

Rochas Ígneas

São aquelas resultantes da solidificação do magma.

O Magma é uma fusão silicatada formada em grandes profundidades na Terra, seu componentes são:Silicatos;

Óxidos;

Voláteis - H2O, CO2, CO, H2, N2, SO2, S2, S3, HCl, H2S.

Quando extravasa em superfície o magma é chamado de lava.

Formação Das Rochas Ígneas

A formação das rochas ígneas se dá pelo resfriamento do magma. As características das rochas vão depender fundamentalmente das condições de resfriamento.Assim tem-se que:

A. Rochas plutônicas são holocristalinas, de textura fanerítica grossa, devido ao resfriamento lento;

B. Rochas hipoabissais podem ser holocristalinas ou conter componentes vítreos e em geral são porfíricas ou faneríticas finas;

C. Rochas vulcânicas ou extrusivas tendem a ser vítreas ou afaníticas, devido ao resfriamento rápido. Podem ser porfíricas.

Quando há condições de cristalização de fases minerais a partir do magma, esta se dá de forma seqüenciada, seguindo a ordem dos pontos de fusão dos minerais. A seqüência de cristalização é concedida como a série de Bowen.

Classificação

1 - Quanto à ocorrência

A) Extrusivas: são resultantes da solidificação de uma lava na superfície. Ex: basalto, riolito.

Cones vulcânicos;

Derrames, trapes.

B) Intrusivas: são aquelas originadas pela solidificação de uma lava vulcânica no interior da crosta.Ex: gabro, granito.

Diques;

Sills;

Stoks;

Bossas;

Batólitos;

Lacólitos;

Facólitos;

Lopólito;

Apófises;

Neck.

Obs:Em A os cristais dos minerais não tem tempo de crescerem, por isto são de tamanho microscópico (invisíveis a olho nu). Já em B ocorre o contrário e os cristais são grandes, bem visíveis a olho nu. Ex: granito.

2 - Composição química dos magmas

A. Ácidos: SiO2 > 65%;

B. Intermediários: 52% < SiO2 < 65%;

C. Básicos: 45% < SiO2 < 52%;

D. Ultrabásicos: SiO2 > 45%.

Ácidos Básicos

Temperatura 650 - 700ºC 1350 - 1400ºC

Polimerização Alta Baixa

Viscosidade Alta Baixa

Teor de Mg e Fe Baixo Alto

Teor de H2O 10 - 15% 1 - 2%

Solidificação em profundidade 10 - 15%

Ascensão e derrame na superfícies

Rochas Ácidas: Ex: granito, riolito.

Rochas Intermediárias: Ex: sienito, andesito.

Rochas Básicas: Ex: basalto, gabro.

3 - Quanto à cristalinidade

A. Cristalina: quando a maior parte dos minerais é formada por cristais. Ex: granito.

B. Vítreo-cristalina: quando parte dos minerais é formada por cristais. O restante é formado por minerais vítreos, isto é, na forma não cristalina. Ex: basalto, andesito, riolito.

C. Vítrea: quando a maior parte é formada por minerais na forma de vidro. Ex: pedra pomicce.

4 - Quanto ao tamanho dos minerais

Chama-se de textura ao conjunto de propriedades geométricas das rochas que decorrem da morfologia e do arranjo de seus constituintes fundamentais.

A. Afanítica: quando a maior % dos minerais é invisível a olho nu. Ex: basalto, riolito, andesito.

B. Sub-Afanítica: quando maior parte dos minerais é visível a olho nu. Ex: diabásio.

C. Fanerítica: quando a totalidade dos minerais é visível a olho nu. Ex: granito, gabro, sienito.

D. Textura vítrea.

E. Textura fragmentária.

F. Textura porfirítica.

5 - Quanto ao tipo de feldspato presente

A. Sódica (Na): quando o mineral for de cor esbranquiçada. Ex: granito.

B. Potássica (K): quando o mineral for de cor rósea. Ex: alguns granitos.

6 - Classificação quanto ao tipo de estruturra

São as descontinuidades apresentadas pelas rochas e todas as modalidades de variações texturais

A. Maciça: quando a rocha não apresenta vazios na amostra. Ex: granito - alguns basaltos.

B. Vesicular: quando a rocha apresenta vazios na amostra. Ex: basalto.

C. Amigdalóidal: quando a rocha apresenta vazios preenchidos parcialmente por minerais secundários;

D. Disjunção colunar.

E. Estruturas lamelar ou linear.

7 - Quanto ao índice de cor

A. Félsicas: minerais escuros < 30%;

B. Mesótipas: 30% < minerais escuros < 60%;

C. Máficas: 60% < minerais escuros < 90%;

D. Ultramáficas: minerais escuros > 90%.

Rochas Sedimentares

São rochas formadas pelos sedimentos oriundos da ação física e química dos agentes do intemperismo sobre rochas pré - existentes.

São chamados sedimentos as partículas sólidas que são carreadas pelos agentes geológicos. Os agentes geológicos são os modificadores da superfícies da Terra: água corrente, as geleiras, os ventos e os fluxos gravitacionais.Os sedimentos incluem:

Fragmentos de minerais e rochas;

Fragmentos de vegetais e animais;Precipitados químicos de soluções aquosas, com ou sem a interferência dos seres vivos.

Os sedimentos são produzidos por uma grande variedade de processos atuantes na superfície da Terra, envolvendo o intemperismo e a ação dos organismos vivos. O intemperismo é um conjunto de processos que tendem a fragmentar e alterar quimicamente as rochas na superfície.

A Gênese Das Rochas Sedimentares

Pelo intemperismo são produzidos os sedimentos na área-fonte. Os agentes geológicos promovem:

A remoção dos produtos do intemperismo, em um processo chamados de erosão;

O transporte dos sedimentos das áreas-fonte até o local de acumulação denominado bacia sedimentar;A deposição na bacia sedimentar.

As áreas-fonte de sedimentos são todas as porções elevadas da superfície da Terra. As bacias sedimentares são porções deprimidas das superfície do planeta, que sofrendo subsidência, são capazes de acumular sedimentos.Após a deposição nas bacias sedimentares os sedimentos são litificados, i.e., convertidos em rochas, por um conjunto de processos chamado diagênese. A diagênese inclui:

compactação dos sedimentos e expulsão de água;

precipitação de minerais nos poros, causando a cimentação;

amplo espectro de reações químicas a baixas temperatura e pressões entre soluções aquosas e rocha.

Classificação

1 - Classes de sedimentos

Os sedimentos podem ser classificados como:Detríticos, clásticos;

Biogênicos;

Químicos.

E ainda como:Terrígenos ou siliciclásticos;

Carbonáticos;

Vulcanoclásticos.

2 - Classificação dos sedimentos detríticos segundo Wentworth

Tamanho (mm) Partículas Sedimento Rocha

256matacão

cascalhoconglomerado brecha

calhau64

seixo4

microseixo2

areia muito grossa

areia arenito

1areia grossa

1/2areia média

1/4areia fina

1/8areia muito fina

1/16silte silte siltito

1/256argila argila argilito, folhelho

Obs:A textura esta ligada ao tipo de gênese da rocha sedimentar e esta pode ser:

Clástica: abrange todas rochas sedimentares de origem mecânica. Ex: arenito, siltito, argilitos, conglomerados;Não Clástica: compreende todas rochas sedimentares de origem química e orgânica. Ex: calcários, antracitos, folhelhos, coquinas.

3 - Rochas sedimentares de origem química:

São rochas inorgânicas que se formaram pela precipitação de soluções químicas nas bacias sedimentares e dividem-se em:

Rochas Calcárias: compreende depósitos calcários tais como:

Calcários Calcíferos - CaCO3;

Calcários Dolomíticos - MgCO3 > 5%;

Mármores Sedimentares;

Estalactites e Estalagmites.

Obs:

os calcários são usados para fabricação de cimento Portland (% MgCO3 < 5%);

os calcários são solúveis em H2O.

Rochas Ferruginosas: são formadas pela ação de bactérias sobre Fe2O3;

Rochas Silicosas: são formadas pela precipitação de SiO2 nas bacias de sedimentação;

Rochas Evaporíticas: são formadas pela precipitação de cloratos, sulfatos, boratos, etc. em bacias de sedimentação.

4 - Rochas sedimentares de origem orgânica:

São formadas pelo acúmulo de matéria orgânica em bacias de sedimentação e dividem-se em

Calcárias: São calcárias originadas pelo transporte CaCO3 e MgCO3 até as bacias;

Carbonosas: a matéria orgânica se acumula nas bacias.Ex.

Lentrito;

Carvão-betuminoso;

Antracito - carvão mineral maturo;

Argilas orgânicas.

5 - Características a serem observadas nas rochas sedimentaresCor;

Morfologia dos corpos sedimentares:

Camadas;

Lentes;

Cunhas;

Cordões.

Estrutura:

Primárias: são aquelas se originadas junto com a rocha.

I. Maciça: Ex: - grão de areia (quartzo), arenito.

II. Marcas de Ondas: Estas marcas são preservadas pela deposição rápida de sedimentos sobre as marcas de ondas impressas em arenito depositadas em praias. Ex: arenitos, argilitos.

III. Estratificação plano paralelo: As camadas se depositam na horizontal. A idade aumenta para as camadas mais profundas. Ex: Pequenas camadas paralelas de siltito.

IV. Estratificação cruzada: Os estratos são depositados discordantemente um com os outros, o ambiente de deposicional pode ser aquático ou desértico (eólico).

Secundárias: são aquelas originadas após a formação da rocha. Ex: falhas, fraturas, concreções, manchas com cores diversas.

6 – Cimento

É a substância que liga os grãos das rochas sedimentares tornando-os mais coesos entre si: O cimento pode ser:

Argiloso;

Carbonático;

Óxido de ferro;

Silicoso (SIO2).

Rochas Metamórficas

São rochas originadas pela fusão parcial de rochas pré-existentes.

As rochas metamórficas são geradas pelo metamorfismo. Chama-se metamorfismo ao conjunto de transformações físicas e químicas no estado sólido às quais são submetidas as rochas, as temperatura e pressões elevadas.

Agentes do Metamorfismo

Aumento de Temperatura: ocorre pelo contato ou proximidade com uma fonte termal (Ex: lavas)

Região com arenitos se transformando em quartzito

Aumento de pressão (Metamorfismo dinâmico): é provocado pela movimentação de massas rochosas - locais ou regionais:

Aumento de pressão mais temperatura (Metamorfismo dinamo-termal): neste caso a associação de pressão + temperatura provoca mudanças na estrutura original da rocha bem como na composição química dos seus minerais.

Classificação Prática

Quanto à estrutura

I. Gnáissica: a maior parte dos minerais é quase sempre visível a olho nu. Os minerais ocorrem em faixas paralelas, alternadas de minerais claros e escuros, as quais não se destacam facilmente. Ex:- gnaisse, mármore.

II. Xistosa: a maior parte dos minerais é invisível a olho nu e existem faixas paralelas de minerais. Ex: Xistos, Ardósia, Filitos, Quartzito

Quanto à textura

I. Granoblástica: quando os minerais são visíveis a olho nu. Ex: gnaisse, xistos, quartzito, mármore.

II. Lepidoblástica: quando os minerais são invisíveis a olho nu, mas há xistosidade. Ex: ardósia, filito, quartzito.

A Magnitude Do Tempo GeológicoMesmo hoje a quantidade real de tempo geológico decorrido, visto que e tremendamente grande, significa pouco, sem qualquer base de comparação. Para este fim, têm sido inventados numerosos esquemas nos quais, eventos geológicos chaves são localizados proporcionalmente, em unidades de comprimento ou tempo atuais, de modo a tornar o tempo geológico um tanto mais compreensível.Comprimam-se. Por exemplo, todos os 4,5 bilhões de anos do tempo geológico em um só ano. Nesta escala, as rochas mais antigas reconhecidas datam de março. Os seres vivos apareceram inicialmente nos mares em maio. As plantas e animais terrestres surgiram no final de novembro e os pântanos, amplamente espalhados que formaram os depósitos de carvão pensilvanianos, “floresceram” durante cerca de quatro dias no início de dezembro. Os dinossauros dominaram nos meados de dezembro, mas desapareceram no dia 26, mais ou menos na época que as montanhas rochosas se elevaram inicialmente. Criaturas humanóides apareceram em algum momento da noite de 31 de dezembro, e as recentes capas de gelo continentais começaram a regredir da área dos Grandes lagos e do norte da Europa a cerca de 1 minuto e 15 segundos antes da meia-noite do dia 31. Roma governou o mundo ocidental por 5 segundos, das 23h: 59mim: 45s até às 23h: 59mim: 50s. Colombo descobriu a América 3 segundos antes da meia-noite, e a ciência da geologia nasceu com os escritos de James Hutton exatamente há mais que 1 segundo antes do final de nosso movimentado ano dos anos.Os especialistas interessados na idade total da Terra comumente consideram o princípio quando a Terra alcançou sua presente massa. Provavelmente, este era o mesmo ponto em que a crosta sólida da Terra se formou de início, mas não se tem rochas que datem deste tempo inicial. Na verdade, as evidências atualmente disponíveis sugerem que nenhuma rocha permaneceu do primeiro bilhão de anos, mais ou menos, da história da Terra. Antes do princípio, processos cósmicos desconhecidos estavam produzindo a matéria, como a conhecemos hoje, para a Terra e para o nosso sistema solar. Este intervalo incluímos no tempo cósmico. É o tempo, desde o início da Terra, que constitui propriamente o tempo geológico.

1 - A Cronologia Das Idéias Sobre O Tempo Geológico

- Entre 1500 e 1600. Nicolau Steno descreveu os princípios básicos da estratigrafia sobre a sucessão de estratos (início das idéias de tempo relativo).- 1654. O Arcebispo Usher, baseado na geneologia da Bíblia assumiu que a Terra foi criada no dia 26 de outubro do ano 4004 ac, às 9:00h. Assim a Terra tinha 6.000 anos.- 1785. James Hutton, reconhece os processos atuantes no modelamento da superfície terrestre, tais como erosão, deposição e atividade vulcânica.- 1815. Smith elaborou o princípio da sucessão faunística (usado para definir o incremento do tempo relativo).- 1830. Charles Lyell, introduziu o conceito de tempo ilimitado e fundou a Geologia Histórica.- 1859. Charles Darwin, afirmou que a maior parte do tempo geológico era representado por quebras de registros ou por camadas estéreis do que por camadas fossilíferas.- 1896. Henry Bequerel, descobriu a radioatividade do Urânio.- 1897. Lord Kelvin, calculou a idade da Terra entre 24 e 40 milhões de anos, baseado nas estimativas de perda de calor do planeta.- 1889-1901. John Joly, calculou a idade da Terra com base na taxa de saturação de sal nos oceanos em, aproximadamente 90 a 100 milhões de anos.- 1907. Boltwood, com base no decaimento radioativo do Urânio para o Chumbo, calculou a idade da Terra em 1,64 bilhões de anos.Atualmente, a rocha mais antiga da Terra, datada por espectrômetro de massa, tem idade 3,96 ba. E as rochas datadas mais antigas foram as da lua e de meteoritos, com idades na ordem de 4,6 bilhões de anos.

A Divisão Do Tempo Geológico

As primeiras pessoas que tentaram entender as relações geológicas de unidades de rochosas foram os mineiros. A mineração era de interesse comercial desde o tempo dos romanos, mas não foi até 1500 e 1600 que estes esforços produziram um interesse em relações de rochas locais.

Notando as relações entre as diferentes unidades de rochas, Nicolaus Steno, em 1669 descreveu dois princípios básicos da Geologia. O primeiro que as rochas sedimentares são depositadas de forma horizontal, e o segundo que as unidades de rochas mais jovens foram depositadas sobre unidades de rochas mais antigas. Um conceito adicional foi introduzido por James Hutton em 1795, e depois enfatizado por Charles Lyell antes de 1800. A idéia era que processos geológicos naturais eram uniformes em freqüência e magnitude ao longo de tempo, essa idéia conhecida como "Princípio do Uniformitarismo".

Os princípios de Steno permitiram os trabalhadores nos anos1600-1700 começarem a reconhecer as sucessões de rochas. Porém, as rochas eram descritas localmente pela cor, textura, ou até mesmo pelo cheiro, comparações entre sucessões de rochas de diferentes áreas não eram freqüentemente possíveis. O uso de fósseis foi o que permitiu os trabalhadores correlacionarem áreas geograficamente distintas. Esta contribuição foi possível porque os fósseis eram encontrados em amplas regiões da crosta terrestre.

A outra maior contribuição para a compreensão do tempo geológico veio dos agrimensores, construtores de canais e geólogos amadores da Inglaterra. Em 1815, Smith produziu um mapa geológico da Inglaterra no qual ele demonstrou a validade do princípio da sucessão faunística. Este princípio simplesmente declarava que os fósseis seriam encontrados nas rochas numa ordem muito definida. Este princípio conduziu outros que se seguiram a usarem os fósseis para definir incrementos dentro do tempo relativo.

A história da terra está hierarquicamente segmentada em divisões para descrever o tempo geológico. Com unidades crescentes de tempo, as divisões geralmente aceitadas são eon, era, período, época e idade. Na escala do tempo mostrada, são representados só os dois níveis mais altos desta hierarquia. O Eon de Fanerozóico representa o tempo durante o qual a maioria de organismos macroscópicos, algas, fungos e plantas viveram.

Quando foi proposta a primeira divisão de tempo geológico, começando pelo Fanerozóico (aproximadamente 540 milhões de anos ) pensava-se que o mesmo coincidia com o começo de vida. Em realidade, esta coincidia com o aparecimento de animais que eram envolvidos por esqueletos externos, como conchas e alguns animais mais recentes com esqueletos internos, tais como os elementos ósseos.

O tempo antes do Fanerozóico normalmente era chamado Pré-cambriano, o que qualifica como um " eon " ou " era ".

Em todo caso, o Eon Pré-cambriano normalmente é dividido nas três eras: Hadeano, Arqueano e Proterozóico. O Fanerozóico possui três divisões principais: as eras Cenozóico, Mesozóico e Paleozóico.

O " Zoic " vem de "Zoo" que significa animal. Esta é a mesma raiz como nas palavras Zoologia e Parque Zoológico (ou Jardim zoológico). "Cen " quer dizer recente, "Meso" quer dizer meio, e "Paleo" quer dizer antigo.

Estas divisões refletem as principais mudanças na composição das faunas antigas, cada era sendo reconhecida por dominação por um grupo particular de animais. O Cenozóico, às vezes foi chamado a " Idade de Mamíferos ", o Mesozóico a "Idade de Dinossauros" e o Paleozóico a " Idade de Pesca ". Esta é uma visão demais simplificada que tem pouco valor . Por exemplo, outros

grupos de animais viveram durante o Mesozóico. Além dos dinossauros, animais como mamíferos, tartarugas, crocodilos, rãs, e variedades incontáveis de insetos também viveram na terra.Adicionalmente, havia muitos tipos de plantas que viveram no passado e já não vivem hoje. Floras antigas também passaram por grandes mudanças, e nem sempre nos mesmos momentos em que os grupos animais mudaram.

Escala do Tempo GeológicoEra Período Época Idade Características

Cenozóico

QuaternárioHoloceno (Recente) 0,01 Aparecimento do homem / Glaciação no

hemisfério norte

Idade dos mamíferos

Pleistoceno 1,6

Terceário

Plioceno 5,3

Mioceno 23,7

Oligoceno 36,6 Proliferação dos primatas

Eoceno 57,8

Paleoceno 65,4 Primeiros cavalos

Mesozóico

Cretáceo 144Plantas com

floresExtinção dos dinossauros

Idade dos répteisJurássico 208 Primeiros pássaros e mamíferos

Triássico 245 Primeiros dinossauros

Paleozóico

Permiano 286 Extinção dos trilobitasIdade dos anfíbiosCarbonífero 360

Primeiros répteisGrandes árvores primitivas

Devoniano 408 Primeiros anfíbios Idade dos peixesSiluriano 438 Primeiras plantas terrestres

Ordovicano 505 Primeiros peixes Idade dos invertebradosCambriano 570 Primeiras conchas / Trilobitas dominantes

Pré-Cambriano

Proterozóico 2.500 Primeiros organismos multicelulares

Arqueano 3.800 Primeiros organismos unicelularesIdades das rochas mais

antigasHaddeano 4.500

GEOLOGIA - A CIÊNCIA DA TERRA

1 - INTRODUÇÃO

Porque se estuda a Terra? A curiosidade natural do homem em desvendar os mistérios da natureza levou-o ao estudo da Terra.

Perguntas tais como: de onde vêm as lavas dos vulcões; o que causa os terremotos; como se formaram os planetas e as estrelas, e muitas outras, sempre foram enigmas que o homem vem tentando decifrar.

O principal fator que impulsiona o homem a melhor conhecer a Terra é o fato de ter que usar materiais extraídos do subsolo para atender as suas necessidades básicas.

Na Idade Média, acreditava-se que a Terra era o centro do Universo e que todos os outros astros, como o Sol , a Lua, os planetas e as estrelas giravam em torno dela. Com o desenvolvimento da ciência e da tecnologia, o homem pôde comprovar que a Terra pertence a um grupo de planetas e outros astros, que giram em torno do Sol, formando o Sistema Solar.

Descobriu-se também que a própria Terra se modifica através dos tempos. Por exemplo, áreas que hoje estão cobertas pelo mar, há 15 mil anos eram planícies costeiras, semelhantes à baixada de Jacarepaguá; regiões que estavam submersas há milhões de anos, formam agora montanhas elevadas como os Alpes e os Andes. Lugares onde existiam exuberantes florestas estão hoje recobertas pelos gelos da Antártica ou transformaram-se regiões desérticas. O material que atualmente constitui montanhas, como o Pão de Açúcar e o Corcovado, formou-se a centenas ou milhares de metros abaixo da superfície terrestre, há muitos milhões de anos.

Estas transformações são causadas por gigantescos movimentos que ocorrem continuamente no interior e na superfície da Terra. Por serem transformações muito lentas, o homem não pode acompanhá-las diretamente, pois ele só apareceu há cerca de dois milhões de anos. Isso quer dizer que, se toda a evolução da terra fosse feita em um ano, o homem só teria aparecido quando faltasse dois minutos para a meia-noite do último dia do ano. Além disso, o homem só tem acesso à camada superficial do nosso planeta. A distância da superfície até o centro da Terra mede 6.370 km - dois mil quilômetros a mais que a distância entre o Oiapoque e o Chuí, pontos localizados nos extremos norte e sul do Brasil - e a maior perfuração já feita só alcançou 10 km de profundidade

Então, como se pode saber o que existe dentro da Terra em tão grandes profundidades e como descobrir a idade de cada período da história da Terra? Isto é possível através do estudo das rochas, dos terremotos, dos vulcões, dos restos dos organismos preservados nas rochas e das propriedades físicas terrestres, tais como o magnetismo e a gravidade.

As rochas são formadas por minerais, que por sua vez são constituídos por substâncias químicas que se cristalizam em condições especiais. O estudo dos minerais contidos em uma determinada rocha pode determinar onde e como ela se formou. Para medir o tempo geológico, utiliza-se elementos radioativos contidos em certos minerais. Esses elementos são os "relógios da Terra". Eles sofrem um tipo especial de transformação que se processa em ritmo uniforme, século após século, sem nunca se acelerar ou retardar. Por este processo - chamado RADIOATIVIDADE - algumas substâncias se desintegram, transformando-se em outras. Medindo-se a quantidade dessas substâncias em uma rocha, pode-se saber a sua idade.A Terra atrai os corpos pela força da gravidade e pela força magnética. Estas forças variam de local para local, devido a diferenças superficiais e profundas dos materiais que constituem a Terra. A análise dessas diferenças é outra forma de interpretar o que existe no subsolo terrestre.

Todos esses estudos fazem parte da GEOLOGIA - a ciência que busca o conhecimento da origem, composição e evolução da Terra. Outras ciências da Terra, como a GEOGRAFIA, a OCEANOGRAFIA e a METEOROLOGIA, ocupam-se de outros aspectos do nosso planeta.

2 - A TERRA

Origem, evolução e constituição interna

Pela teoria mais aceita estima-se que a formação do Sistema Solar teve início há seis bilhões de anos, quando uma enorme nuvem de gás que vagava pelo Universo começou a se contrair. A poeira e os gases dessa nuvem se aglutinaram pela força da gravidade e, há 4,5 bilhões de anos, formaram várias esferas de gás incandescente que giravam em torno de uma esfera maior, que deu origem ao Sol. As esferas menores formaram os planetas, dentre os quais a Terra. Devido à força da gravidade, os elementos químicos mais pesados como o ferro e o níquel, concentraram-se no seu centro, enquanto que os gases foram, em seguida, varridos da superfície do planeta por ventos solares. Assim, foram separando-se camadas com propriedades químicas e físicas distintas no interior do Globo Terrestre. Há cerca de 4 bilhões de anos, formou-se o NÚCLEO - constituído por ferro e níquel no estado sólido, com um raio de 3.700 km. Em torno do núcleo, formou-se uma camada - o MANTO - que possui 2.900 km de espessura, constituída de material em estado pastoso, com composição predominante de silício e magnésio. Em torno de 4 bilhões de anos atrás, gases de manto separaram-se, formando uma camada de ar ao redor da Terra - a ATMOSFERA - já naquela época muito semelhante à atual.Finalmente, há aproximadamente 3,7 bilhões de anos, solidificou-se uma fina camada de rochas - a CROSTA. A crosta não é igual em todos os lugares. Debaixo dos oceanos, ela tem mais ou menos 7 km de espessura e é constituída por rochas de composição semelhante à do manto. Nos continentes, a espessura da crosta aumenta para 30-35 km, sendo composto por rochas formadas principalmente por silício e alumínio e, por isso, mais leves que as do fundo dos oceanos.

3 - DINÂMICA INTERNA

Movimentos do interior da Terra

Sabe-se hoje em dia que os continentes se movem. Acredita-se que há muitos milhões de anos, todos estavam unidos em um único e gigantesco continente chamado PANGEA. Este teria se dividido em fragmentos, que são os continentes atuais. Foi o curioso encaixe de quebra-cabeça entre a costa leste do Brasil e a costa oeste da África que deu origem a esta teoria, chamada de DERIVA CONTINENTAL.

Ao estudar o fundo do Oceano Atlântico , descobriu-se uma enorme cadeia de montanhas submarinas, formada pela saída de magma do manto. Este material entra em contato com a água, solidifica-se e dá origem a um novo fundo submarino, a medida que os continentes africano e sul americano se afastam. Este fenômeno é conhecido como EXPANSÃO DO FUNDO OCEÂNICO.

Com a continuidade dos estudos, as teorias da Deriva Continental e da Expansão do Fundo Oceânico foram agrupadas em uma nova teoria, chamada TECTÔNICA DE PLACAS: imagine os continentes sendo carregados sobre a crosta oceânica, como se fossem objetos em uma esteira rolante. É como se a superfície da Terra fosse dividida em placas que se movimentam em diversas direções, podendo chocar-se umas com as outras. Quando as placas se chocam, as rochas de suas bordas enrugam-se e rompem-se originando terremotos, dobramentos e falhamentos.

Embora a movimentação das placas seja muito lenta - da ordem de poucos centímetros por ano - essas dobras e falhas dão origem a grandes cadeias de montanhas como os Andes, os Alpes e os Himalaias.

Outro fenômeno causado pelo movimento de placas é o vulcanismo, que pode originar-se pela saída de rochas fundidas - MAGMA - em regiões onde as placas se chocam ou se afastam. Quando o magma que atinge a superfície se acumula em redor do ponto de saída, formam-se VULCÕES.

No Brasil também ocorrem terremotos e vulcões. Os terremotos felizmente são muito raros e de pequena intensidade e somente são encontrados restos de vulcões extintos. Isto ocorre devido ao fato do nosso país situar-se distante de zona de choque e de afastamento de placas.

4 - DINÂMICA EXTERNA

Modificações da Superfície da Terra

A ação da água, dos ventos, do calor e do frio sobre as rochas provoca o seu desgaste e decomposição, causando o que se denomina INTEMPERISMO. O intemperismo implica sempre na desintegração das rochas, que pode se dar de vários modos, pelos agentes químicos, físicos e biológicos. Esta desintegração gera areias, lamas e seixos, também denominados SEDIMENTOS.

O deslocamento desses sedimentos da rocha desintegrada é chamado EROSÃO. O transporte desse material para as depressões da crosta, (oceanos, mares e lagos) pode ser realizado pela água (enxurradas, rios e geleiras) ou pelo vento, formando depósitos como areias de praias e de rios, as dunas de desertos e as lamas de pântanos.

5 -TIPOS DE ROCHA

O ramo da Geologia que estuda as rochas chama-se PETROLOGIA. As rochas são de três tipos principais: ígneas, sedimentares e metamórficas.

Como visto anteriormente, a fusão do material do manto e da crosta, dá origem a um líquido denominado MAGMA. O resfriamento e a solidificação do magma formam as rochas ÍGNEAS. Estas rochas mantêm as marcas das condições em que se formaram. Se, por exemplo, elas têm todos os minerais bem cristalizados, do mesmo tamanho, isto indica que o magma se consolidou no interior da Terra, dando tempo para os minerais crescerem de modo uniforme. As rochas ígneas que se consolidam no interior

da Terra chamam-se INTRUSIVAS ou PLUTÔNICAS. O granito é uma delas. Quando os minerais encontrados na rocha são muito pequenos - nem chegam a formar cristais – significa que o magma se resfriou subitamente. Isto acontece, por exemplo, quando o magma extravasa no fundo do mar. Ele resfria tão rapidamente que os cristais não tem tempo de crescer. As rochas ígneas que se formam na superfície da Terra são chamadas EXTRUSIVAS ou VULCÂNICAS. Um exemplo típico é o basalto.

A medida que os sedimentos erodidos vão se acumulando nas depressões, chamadas de BACIAS SEDIMENTARES, eles vão se compactando, transformando-se nas rochas SEDIMENTARES. Elas se formam, geralmente, na superfície, a temperaturas e pressões muito baixas. As rochas sedimentares podem indicar os ambientes nos quais elas foram depositadas. Assim, os arenitos podem ser indicativos, por exemplo, de desertos ou praias; os folhelhos– rochas argilosas folheadas – de pântanos ou mares calmos e, os conglomerados, de rios ou geleiras. Outros tipos de rochas sedimentares, principalmente os calcários, são formados pela precipitação de elementos químicos dissolvidos nas águas, ou por conchas e esqueletos de organismos que se depositam uns sobre os outros.

As rochas METAMÓRFICAS são formadas a partir de modificações de rochas ígneas, sedimentares ou de outras rochas metamórficas, pelo aumento da temperatura e da pressão, porém sem chegarem a se fundir. Isso ocorre, por exemplo, em regiões de choque de placas, onde as rochas são comprimidas ou em regiões em que massas de magma entram em contato com outras rochas, transformando-se por aquecimento. As rochas metamórficas mais comuns são os gnaisses, os xistos e os quartzitos. Cada uma delas, por suas próprias características, pode indicar as condições de temperatura e pressão nas quais se formaram.

6 - OS FÓSSEIS

Restos de seres vivos petrificados.

Quando ocorre a deposição dos sedimentos em um determinado ambiente, restos de animais e vegetais que vivem nesses ambientes podem depositar-se junto com eles. Sendo soterrados rapidamente, esses restos orgânicos poderão ser conservados. A medida que a camada de sedimentos vai passando pelas transformações para se tornar uma rocha sedimentar, esses restos ficarão petrificados. Assim eles se transformam em FÓSSEIS.

A parte da Geologia que estuda os fósseis é chamada de PALEONTOLOGIA. Os fósseis são muito importantes para determinar o ambiente no qual os sedimentos se depositaram, para o estudo da evolução dos seres vivos, e para determinar a idade de formação das rochas.

A idade indicada pelos fósseis é, entretanto, uma idade relativa. Os geólogos dividiram a história da Terra em eras e períodos que são representados pela abundância dos fósseis encontrados nas rochas formadas em um dado período.

Através do estudo dos fósseis, combinado com a determinação da idade das rochas, descobriu-se que as primeiras formas de vida apareceram há 3,5 bilhões de anos. Porém, só há 600 milhões de anos, no início do Paleozóico, houve o desenvolvimento explosivo de seres vivos.

Durante a era Paleozóica, a vida evoluiu dos invertebrados primitivos e das plantas.

7 - APLICAÇÕES DO CONHECIMENTO GEOLÓGICO

O conhecimento geológico é aplicado principalmente na procura de substâncias minerais úteis para o homem, os MINÉRIOS. Quando um minério existe em grande quantidade numa determinada localidade, ele constitui uma JAZIDA MINERAL. Essas concentrações só se formam em condições muito especiais, e muitas vezes é necessário um estudo muito aprofundado para localizar tais ocorrências. As jazidas podem ser constituídas, de rochas, como o calcário, de sedimentos, como a areia, de solo, como a bauxita (de onde é extraído o alumínio); e de combustíveis fósseis, como o carvão e o petróleo.

Outros minérios, como o ouro, as pedras preciosas e a cassiterita (estanho) podem ser extraídos tanto das rochas nas quais se formaram, quanto sedimentos nos quais se depositaram depois de terem sido retirados das rochas pelo intemperismo e pela erosão. O estudo do subsolo, com o objetivo de perfurar poços para obtenção de água subterrânea constitui a HIDROGEOLOGIA. Esta é outra importante aplicação da Geologia que pode solucionar graves problemas de escassez de água em regiões como os desertos e a Região Nordeste do Brasil.

A ocupação do solo é outro importante campo de atuação do geólogo. Nesta atividade, ele trabalha em conjunto com engenheiros e arquitetos, fornecendo-lhes as necessárias informações sobre os terrenos onde estes profissionais irão implantar seus projetos – sejam pequenos loteamentos ou grandes obras de engenharia, como edifícios, usinas hidrelétricas, represas, estradas, túneis ou aeroportos.

O conhecimento geológico é de grande importância para prevenir a ocorrência de problemas futuros, que poderão afetar as obras e causar acidentes, como deslizamentos de terra e rocha, afundamento de terrenos e enchentes.

A prevenção de catástrofes ocasionadas por fenômenos naturais, como terremotos e erupções vulcânicas, também poderá tornar-se realidade em futuro não muito distante. Isto será possível porque o conhecimento sobre suas causas vem se acumulando através do estudo do funcionamento dos processos internos do planeta.

Ultimamente, vem se desenvolvendo a Geologia Ambiental que se preocupa com efeitos da intervenção do homem no meio ambiente. Esses efeitos podem ser causados pelos desmatamentos em grande escala, pela extração irracional dos recursos minerais e pela poluição. Os grandes desmatamentos desprotegem a terra propiciando, então, a sua erosão, e mesmo a sua desertificação.

A exploração contínua e desenfreada de jazidas causa inúmeros problemas ecológicos às regiões minerais, como a destruição das matas, a poluição causada pelo beneficiamento dos minérios e, finalmente, quando a jazida se exaure, o resultado final da exploração: uma enorme cratera, onde antes havia uma montanha.

A Terra leva muito tempo para formar e concentrar os minerais. Portanto, os recursos minerais devem ser utilizados da maneira mais racional possível, para trazer um real benefício para a população atual e futura. As explorações minerais devem promover um desenvolvimento social e econômico progressivo e constante, pois "MINÉRIO NÃO DÁ DUAS SAFRAS", ou seja, é um bem não renovável.