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Maricultura da
Macroalga
Kappaphycus alvarezii
no Litoral Sul do
Estado do
Rio de Janeiro
Miguel Sepúlveda
Biólogo Marinho
Seaweed Cosultant
MD ALGAM MARICULTURA
www.mdalgam.com.br
2001
Todos os direitos reservados
MD ALGAM MARICULTURA
> IMPLANTAÇÃO DE
FAZENDAS COMERCIAIS
> CAPACITAÇÃO TÉCNICA
> PROGRAMA DIRIGIDO A GERAÇÃO DE
EMPREGO E RENDA NAS
COMUNIDADES COSTEIRAS
> MONITORAMENTO AMBIENTAL
ASSESSORIA E CONSULTORIA
TÉCNICA
Parceiros:
Instituto Jardim Botânico
Universidade Federal Fluminense
Sete Ondas Biomar
Kappaphycus alvarezii
Foi introduzida e “domesticada” em 25 países:
China, Japão, Micronesia (Ponape), Fiji, Kiribati,
Belize, Zanzibar, Cuba, Venezuela, Madagascar,
Maldivas, Vietnam,
India, Moçambique, Panama, Colômbia e
Brasil etc. para fins de maricultura.
É considerada uma espécie inócua no
ambiente, devido a sua propagação ser
preferencialmente vegetativa e não possuir
estruturas de fixação.
Atualmente a matéria prima para a obtenção
de CARRAGENA é dominada pela algas do
gênero Kappaphycus.
A importância comercial da Carragena é devido a
sua utilização na indústria de Alimentos,
Farmacêutica, Cosméticos e Têxtil.
Todos os anos o Brasil importa milhões de
dólares em algas Kappaphycus e Carragena.
Utilização Aplicação
Sorvetes Estabilizante
Cosméticos Espessante e suspensão
Milk Shake e
Achocolatados
Estabilizante e espessante
Flavorizante de leite Espessante e suspensão
Pudins instantâneos Espessante
Iogurtes e Queijos
cremosos
Espessante
Sucos de frutas Espessante
Cerveja e Vinhos
finos
Estabilizante e Clarificador
Pão comum e Bolos Espessante
Tortas e glacê Gelatinização
Geléias e confeitos Gelatinização
Creme dental Ligamento
Balas e caramelos Ligamento
Mostarda Espessante
Temperos p/ salada Espessante
Produtos dietéticos Gelatinização
Comida para cães Estabilizante e Gelatinização
Carnes congeladas Ligamento
Fonte: The SeaPlant Handbook –Iain C.Neish, SuriaLink 2001.
51,4%
31,4%
8,6%
5,7%
2,9%
Carragena
Alimentação direta
Agar
Alginatos
Outros
Consumo Mundial de Algas Marinhas
Produção da Alga Kappaphycus no mundo
Fonte: The SeaPlant Handbook –Iain C.Neish, SuriaLink 2001.
1998 – Introdução e Cultivo experimental da Macroalga
Kappaphycus alvarezii para estudos de Ecologia e
Maricultura na Ilha Grande – Angra dos Reis - RJ.
> Origem das Algas (mudas): Venezuela;
> Certificado Fitossanitário Venezuelano;
> Certificado de Origem – Empresa Biotecmar;
> Quarentena (Laboratório Camarões Marinhos - UFSC – SC);
2002 – Cultivo Comercial – Ilha Grande – RJ.
Histórico do cultivo de Kappaphycus no Rio de Janeiro
Certificados de Origem da Alga Kappaphycus
Escolha da área de cultivo
As áreas devem estar em baías ou enseadas;
Deve haver boa troca de água do mar (correntes) assegurando um
bom nível de nutrientes;
Não deve haver excesso de água doce (rios próximos);
Temperatura da água do mar entre 20 e 30° C;
Instalar módulos experimentais antes da implantação do cultivo
em larga escala.
Cultivos na Ilha Grande
Áreas propícias para cultivo de Kappaphycus
Sistema de Cultivo
Cultivo suspenso – Balsas de PVC 100 mm com 150 metros de extensão e
3 m de largura (450m²);
Uma rede de nylon é instalada
abaixo da balsa com o objetivo
de proteger as algas contra
herbívoros e para evitar a
perda no ambiente.
Tecnologia de Cultivo (Plantio)
Nó de forca
Tecnologia de Cultivo
Tecnologia de Cultivo
Nó de forca
Fazenda Marinha MD ALGAM MARICULTURA
Fazenda Marinha MD ALGAM MARICULTURA
Colheita
A colheita das algas é realizada a cada 60 dias;
Ao redor de 30% das algas devem ser selecionadas em mudas para
plantio e 70% do restante devem ser destinadas para secagem.
Colheita
A área de secagem é constituída demesas de
secagem feitas de bambú ou madeira
revestidas com tela mosquiteiro.
Uma Fazenda de 1 hectare deve contar com
100 mesas de 10 m².
A secagem das algas deve ser feita na razão
de 10 kg/m².
O tempo ideal de secagem das algas é de
72 horas ao sol devendo ficar com uma
porcentagem final de umidade de no máximo
38%.
Em caso de chuva, as algas
devem ser recolhidas ou cobertas com
plástico. A água da chuva prejudica a
qualidade das algas.
Secagem
Média de 8 / ton vivas (800 k secos) 1 balsa (450m2)
A razão do peso úmido - seco é de 10/1.
Produção na Ilha Grande - RJ
• Temperatura da água do mar (25 – 28° C);
• Salinidade (acima de 30 ups);
• Não deve haver descargas de rios próximos ao local de cultivo;
• Luminosidade de 8-9 h luz/dia (média de 200 dias sol/ano);
• Hidrodinamismo: ondulações pequenas;
• Correntes marinhas com boa troca de água do mar.
Fatores que influenciam na sobrevivência e no crescimento
das algas:
• Branqueamento ou “ice-ice”: A parte afetada se desintegra onde se
desprendem as partes adjacentes do talo da alga.
• Pragas: são algas ou animais indesejáveis que se aderem
as algas e nas linhas, prejudicando o crescimento das plantas.
Doenças e Pragas
Herbivoria (predadores)
Unidades de cultivo de aproximadamente 1 Hectare:
6 pessoas podem operar fazenda de forma independente;
O período de instalação de 1 hectare (10 balsas) é em torno de 6 meses;
O ciclo de produção da alga Kappaphycus é de 8 semanas.
Considerações sobre a maricultura
de Kappaphycus
BRASIL - A empresa SETE ONDAS BIOMAR foi recentemente criada
na região de Itacuruça – RJ. A empresa possui uma fábrica de
processamento de algas secas para extração de Carragena na região
de Itaguaí – RJ.
A AGAR BRASILEIRO LTDA. processa algas nativas do litoral de
Pernambuco para a extração de Agar e Carragena. Importam e
cultivam Kappaphycus para extração de Carragena.
O LABORATÓRIO GRIFFITH DO BRASIL, importa das Filipinas 100
ton/secas/mês da alga Kappaphycus para a extração de Carragena,
sendo posteriormente vendida para o mercado interno.
CHILE - (Empresas) GELYMAR; DANISCO; ALGAS MARINAS,
GRINSTED E COBRA. O país obtém retornos da ordem de 60
milhões de dólares/ano com a venda de algas secas e Carragena.
Anualmente importam ao redor de 500 toneladas secas de
Kappaphycus.
ARGENTINA - SORIANO S.A é a única empresa que processa e
exporta algas no país. Importam Kappaphycus para obtenção de
Carragena.
Comercialização para a Indústria
Como Fonte de Biomassa para a produção de Etanol
Projeto “Pro-Alga” UFRJ
Dados ÚNICA
(União da Indústria de
Cana de Açúcar)
Cana Açúcar
Alga
Kappaphycus
Toneladas
Colhidas
Hectare/Ano
85,00
1133,33
Toneladas
Álcool
6,08
7,25
Créditos de
Carbono
1,00
2,47
Fermentação da Alga Kappaphycus convertida em Etanol
Agregar Valor (Empacotamento e Gel)
Legalização da atividade
2006 - SEAP (Secretaria Especial Aqüicultura e Pesca) e IBAMA
“Reunião Sobre a Regulamentação do Cultivo de Macroalgas Exóticas
no Brasil em Itajaí – SC”.
2007 - 2 Laudos Técnicos, 2 Monografias e 1 Tese de Mestrado (UERJ e UFF)
foram realizados, mostrando a viabilidade técnica e ambiental para o cultivo
de Kappahycus na Baía da Ilha Grande.
2007 – 2008 Estudo de Monitoramento Ambiental – Jardim Botânico – RJ
Prof. Dra. Renata Reis.
INSTRUÇÃO NORMATIVA No- 185, DE 22 DE JULHO DE 2008
Liberação para cultivos na Região
Sudeste – Sul (Sepetiba - RJ até Ilha Bela - SP).
2008 - MPA e IBAMA liberam o cultivo da alga Kappaphycus no Brasil, desde
que realizada de maneira criteriosa e ambientalmente responsável.
Efeitos Positivos do Cultivo de Algas para o Ambiente
Aumento Invertebrados, Peixes e
Tartarugas
Formação de Atrator Biológico
Aumento da Produtividade Costeira
Proteção de espécies em estágios
Larvais
Aumento da produção de Oxigênio
ECO - TURISMO
Turistas observando Peixes e
Tartarugas
O Cultivo de Algas já
faz parte do roteiro de
atrações da
Ilha Grande
Potencial Social - Econômico do Cultivo de Algas
em Angra dos Reis - Baía da Ilha Grande
Estimativa para 2009:
1.000 empregos diretos
10.000 empregos indiretos
Renda mínima por Família de
R$ 1.500,00 / mês
Ingresso de Capital para o
Município de Angra dos Reis de
R$ 1.000.000,00 (milhão) Ano.
Kiribati - Oceania
Mandapam – India – 2000 Familias na atividade
TANZANIA
INDIA
INDONESIA
Atualmente Cem Mil Familias vivem do cultivo
de Kappaphycus nas Filipinas
EXTRAÇÃO
DE
CARRAGENA
SEMI – REFINADA (SRC)
Filipinas
ALGAS SECAS
Extração em
meio
Alcalino Lavagem das Algas
Recuperação do
Alcool
Precipitação Filtragem
Lavagem do
Precipitado
Secagem
Moagem
Classificação
CARRAGENA
(SRC)
Controle de
Qualidade
MÉTODO EXTRAÇÃO CARRAGENA
ALGAS SECAS
LAVAGEM DAS ALGAS
EXTRAÇÃO EM MEIO ALCALINO
FILTRAGEM
PRECIPITAÇÃO
LAVAGEM DO PRECIPITADO
SECAGEM
CLASSIFICAÇÃO
CONTRÔLE DE QUALIDADE
CARRAGENA
(SRC)
CARRAGENA
CARRAGENA
Obrigado!
Miguel Sepúlveda
Biólogo Marinho
www.mdalgam.com.br