63
Utilização de Processos com Membranas no Reúso de Água Industrial Prof. José Carlos Cunha Petrus Depto de Engenharia Química e Engenharia de Alimentos LABSEM - Laboratório de Processos Separação com Membranas Universidade Federal de Santa Catarina Florianópolis – SC E-mail: [email protected]

Membra Nasr Eu So Agua

Embed Size (px)

DESCRIPTION

nnn

Citation preview

Page 1: Membra Nasr Eu So Agua

Utilização de Processos com Membranas no Reúso de Água Industrial

Prof. José Carlos Cunha Petrus

Depto de Engenharia Química e Engenharia de Alimentos LABSEM - Laboratório de Processos Separação com Membranas

Universidade Federal de Santa Catarina Florianópolis – SC

E-mail: [email protected]

Page 2: Membra Nasr Eu So Agua

IV Workshop sobre gestão e reúso de água na indústria Jurerê Beach Village Hotel - Florianópolis-SC

Novembro-2008

Page 3: Membra Nasr Eu So Agua

Alguns dados sobre as nove edições do “Workshop sobre gestão e reúso de água na

indústria” realizadas de 2005 a 2013

Indústrias participantes: 230 Participantes: 1400 Palestras apresentadas: 210 (42 Petrobras, 105 outras

indústrias, 63 universidades e centros de pesquisa) Utilizando membranas visando reúso de água: 85 Experiências internacionais: 5 (Estados Unidos, Itália,

Inglaterra, Alemanha e Japão)

X Workshop: 27 e 28/11/2014 Majestic Palace Hotel, Beira-Mar Norte, Florianópolis

Page 4: Membra Nasr Eu So Agua

Planeta Terra

Page 5: Membra Nasr Eu So Agua

Diâmetro aproximado das gotas (Km): Gota maior: 1.385 – água total Gota média: 273 - água doce total Gota pequena: 56 – água doce disponível

Água disponível no planeta

Page 6: Membra Nasr Eu So Agua

Consumo de água superficial

Page 7: Membra Nasr Eu So Agua

O Brasil abriga cerca de 18% da água doce do planeta. No entanto, essa água está mal distribuída: quase 70% das águas doces do Brasil estão na Amazônia, onde vivem apenas 7% da população. Essa distribuição irregular deixa apenas 3% de água para o Nordeste. Essa é a causa do problema de escassez de água.

Page 8: Membra Nasr Eu So Agua

Situações críticas por falta de água

Page 9: Membra Nasr Eu So Agua
Page 10: Membra Nasr Eu So Agua
Page 11: Membra Nasr Eu So Agua

Indústrias de transformação

Passado Presente

Page 12: Membra Nasr Eu So Agua

Fábrica de celulose e papel

Page 13: Membra Nasr Eu So Agua

Consumo médio de água na indústria de celulose

Ano 1959 1969 1975 1979 1985 1988 1999

2013 (fábrica nova)

m3/tproduto 240 156 111 96 79 72 60 25

Redução de praticamente 1 ciclo logarítmico (10 vezes) o consumo de água

Page 14: Membra Nasr Eu So Agua

A degradação dos recursos hídricos devido a exploração desmedida é uma constante ameaça ao meio ambiente.

Page 15: Membra Nasr Eu So Agua

Estima-se que somente 36% do efluente sanitário e

industrial gerado hoje no Brasil seja tratado.

Page 16: Membra Nasr Eu So Agua

Reúso de água

Page 17: Membra Nasr Eu So Agua

Uso de membranas no reúso de água industrial

Page 18: Membra Nasr Eu So Agua

Mercado Mundial para os Processos com Membranas

0,0

2,0

4,0

6,0

8,0

10,0 12,0

14,0

16,0

18,0

Bilh

ões

US$

Ano

Osmose inversa, ultrafiltração e microfiltração

2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012

Page 19: Membra Nasr Eu So Agua

Conceito de membrana

Dentre várias definições, uma membrana pode ser entendida como sendo uma barreira capaz de separar duas fases, restringindo total ou parcialmente o transporte de uma ou mais espécies químicas presentes nessas fases.

Page 20: Membra Nasr Eu So Agua

Representação esquemática de um processo de separação por membranas

Separação com membranas - princípio da separação -

Page 21: Membra Nasr Eu So Agua

Filtração estática e filtração tangencial

Configuração de escoamento em processos com membranas

– filtração estática e filtração tangencial -

Page 22: Membra Nasr Eu So Agua

Sólidos suspensos Macromoléculas

Íons multivalentes Íons monovalentes Água

Tipos de membranas/processos Pressão mecânica

MF UF NF OI

Page 23: Membra Nasr Eu So Agua

Materiais das membranas

As membranas podem ser de natureza orgânica ou inorgânica

Membranas orgânicas (poliméricas) são mais amplamente utilizadas;

Membranas minerais são restritas aos processos de microfiltração e ultrafiltração.

Page 24: Membra Nasr Eu So Agua

Tubo de permeado

Anel de vedação

Suporte da membrana

Membrana

Condutor do permeado Espaçador

Detalhes de uma membrana espiral

Page 25: Membra Nasr Eu So Agua

Detalhes de uma membrana espiral

Page 26: Membra Nasr Eu So Agua

Koch Membrane Systems

Membrana tubular

Page 27: Membra Nasr Eu So Agua

PAM Membranas Seletivas Ltda.

Membrana fibra-oca

Page 28: Membra Nasr Eu So Agua

Módulos de membrana na configuração fibra-oca

Page 29: Membra Nasr Eu So Agua

Membranas cerâmicas tubulares

Page 30: Membra Nasr Eu So Agua

Princípio de funcionamento de uma unidade de filtração tangencial com membranas

Page 31: Membra Nasr Eu So Agua

Principais parâmetros de desempenho de uma unidade de

membranas

Fluxo de permeado (F): quantidade obtida de permeado em litros, por m2 de membrana por hora (L m-2h-1);

Coeficiente de retenção: expressa em porcentagem R = (1-Cp/Ci)*100, Ci = concentração inicial de um componente na alimentação; Cp = concentração deste mesmo componente no permeado;

Page 32: Membra Nasr Eu So Agua

Unidades industriais de membranas

Page 33: Membra Nasr Eu So Agua

Unidade piloto de ultrafiltração

Page 34: Membra Nasr Eu So Agua

Projeto Senai/SC Uso do CPS na produção de sorvetes,

iogurtes, ricota e bebida láctea

Unidade piloto de UF Unidade de UF em operação

Amostras Preparação dos produtos

Page 35: Membra Nasr Eu So Agua

Unidade de microfiltração

Page 36: Membra Nasr Eu So Agua

Unidade de microfiltração

Page 37: Membra Nasr Eu So Agua

Unidade de microfiltração/ultrafiltração

Page 38: Membra Nasr Eu So Agua

Sistema de ultrafiltração

Page 39: Membra Nasr Eu So Agua

Aplicação de Membranas no reúso de água

Page 40: Membra Nasr Eu So Agua

Unidades de osmose inversa

Dessalinização de água

Page 41: Membra Nasr Eu So Agua

Planta dessalinizadora de Llobregat

Page 42: Membra Nasr Eu So Agua

Alguns dados sobre a Planta dessalinizadora de Llobregat

Investimento da ordem de: 230 milhões de euros Capacidade: 200.000 metros cúbicos de água potável/dia Salinidade da água do mar: 39.700 ppm Salinidade da água tratada: 110 ppm Rendimento na eliminação de sais: 99.7% Fator de conversão: 45% Permite satisfazer a demanda de água potável até 2020.

Page 43: Membra Nasr Eu So Agua

UNIDADE REGAP

Unidades-piloto de membranas: Implantadas e avaliadas na REGAP/Petrobras

Page 44: Membra Nasr Eu So Agua

Unidades – piloto de processos avançados de tratamento de águas e efluentes

15 unidades-piloto automatizadas

PETROBRAS

Page 45: Membra Nasr Eu So Agua

Tratamento e reúso de água nas plataformas de petróleo (offshore)

Page 46: Membra Nasr Eu So Agua

“Petroleiras removem sulfato de água de injeção utilizando a nanofiltração e criam mercado milionário para as membranas” Revista da ABIQUIM/2012

Unidade de nanofiltração offshore

Page 47: Membra Nasr Eu So Agua

Remoção de sulfato da água do mar

Page 48: Membra Nasr Eu So Agua

Membranas na reutilização de efluentes industriais

Vicunha (indústria têxtil – Fortaleza

Petrobras/Brasil

Page 49: Membra Nasr Eu So Agua

(Cortesia: PAM Membranas Seletivas Ltda)

Unidade industrial de microfiltração utilizada no tratamento terciário de efluentes

Page 50: Membra Nasr Eu So Agua

Tratamento de efluente de indústria de pigmentos inorgânicos através de microfiltração

Permeado: NTU = 1,5

Efluente: NTU =735

DuPont Brasil Membranas de microfiltração (PAM Membranas)

Page 51: Membra Nasr Eu So Agua

Biorreator com membranas

Configurações

Page 52: Membra Nasr Eu So Agua

AQUAPOLO Maior projeto de água de reúso do Hemisfério Sul.

Abastecerá o Polo Petroquímico do ABC paulista, localizado em Mauá.

Page 53: Membra Nasr Eu So Agua

Módulos de membranas de fibra oca

Projeto Aquapolo

Área unitária - 1500 m² para cada módulo

Fonte: Koch Membranes

Page 54: Membra Nasr Eu So Agua
Page 55: Membra Nasr Eu So Agua

Membranas submersas

Page 56: Membra Nasr Eu So Agua

Membranas submersas

Page 57: Membra Nasr Eu So Agua

Membranas submersas

Page 58: Membra Nasr Eu So Agua

Água de reúso da SABESP – à partir do esgoto tratado

Page 59: Membra Nasr Eu So Agua

Limpeza das membranas após o uso

Page 60: Membra Nasr Eu So Agua

Limpeza em fluxo reverso (retrolavagem)

Page 61: Membra Nasr Eu So Agua

Programa de limpeza das membranas

Pré-lavagem com água morna - 10 min. Solução alcalina + Hipoclorito a pH ~ 12 a

45oC/30 min. Enxague com água morna ou fria até pH

neutro. Solução ácida a pH ~ 2.0 a 45oC/30 min. Enxague com água morna ou fria até pH

neutro.

Page 62: Membra Nasr Eu So Agua
Page 63: Membra Nasr Eu So Agua

A migração tecnológica para o tratamento por membranas começou em 1988 na plataforma Marathon Oil Brae, no Mar do Norte, quando a empresa desenvolveu em projeto conjunto com a Dow Química uma membrana seletiva, que remove de 98% a 99% do sulfato da água do mar, prejudicial aos poços, ao mesmo tempo em que deixa parte dos sais passar para não comprometer a operação. A Dow mexeu na estrutura dos filmes das membranas de nanofiltração (que por princípio retém particulados até 0.001 mícron) e conseguiu a proeza, mantendo a patente até 2007, quando outros concorrentes passaram a desenvolver alternativas à tecnologia. Até então as plataformas utilizavam para a função a chamada água produzida, que vem junto com o petróleo, e que era separada e tratada na plataforma antes de ser injetada, com produtos químicos injetados em conjunto para evitar o crescimento e a proliferação de bactérias que metabolizam o sulfato da água do mar e liberam H2S. A necessidade de usar a nanofiltração, em primeiro lugar, é para remover os sulfatos e evitar os depósitos inorgânicos por meio da reação com o excesso de bário e estrôncio presentes nos poços. Removendo os íons, evitam-se as precipitações que geram os sulfatos de bário e de estrôncio, altamente incrustantes de poços e tubulações, o que em uma primeira etapa diminui a produtividade de extração de óleo e gás e, em uma segunda, pode vir a condenar o poço ou exigir caras limpezas com navios apropriados para limpar tubulações e outros sistemas afetados.