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INTRODUÇÃO: UMA VIAGEM PELA ARTE · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · 8

COMO LER ESTE LIVRO · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · 10

AS GRUTAS DE ALTAMIRA (ARTE PRÉ-HISTÓRICA) · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · 12

O TÚMULO DE NEBAMUN (ARTE ANTIGA) · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · 14

LAOCOONTE E OS SEUS FILHOS (ARTE ANTIGA) · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · 16

O MOSAICO DE ALEXANDRE (ARTE ANTIGA) · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · 18

PAINÉIS DE SÃO VICENTE DE FORA (ARTE MEDIEVAL) · · · · · · · · · · · · · · · ·20

A MAESTÀ DE DUCCIO (ARTE MEDIEVAL) · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · 24

O CASAL ARNOLFINI (RENASCIMENTO) · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · 26

O NASCIMENTO DE VÉNUS (RENASCIMENTO) · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · ·30

DAVID CONTRA GOLIAS (RENASCIMENTO) · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · 31

MONA LISA (RENASCIMENTO) · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · 32

O JARDIM DAS DELÍCIAS TERRENAS (RENASCIMENTO) · · · · · · · · · · · · · · · · 34

A ARTE DA PINTURA (BARROCO) · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · 38

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AS MENINAS (BARROCO) · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · 42

NATUREZA-MORTA COM FLORES E DOCES (BARROCO) · · · · · · · · · · · · · · · · · 43

A LIBERDADE GUIANDO O POVO (ROMANTISMO) · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · ·44

DESTERRADO (ROMANTISMO) · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · ·45

O BAILE NO MOULIN DE LA GALETTE (IMPRESSIONISMO) · · · · · · · · · · · · · · 46

UMA TARDE DE DOMINGO NA ILHA DE GRANDE JATTE (IMPRESSIONISMO) · · ·50

A NOITE ESTRELADA (PÓS-IMPRESSIONISMO) · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · ·54

TIGRE (SURPREENDIDO) NUMA TEMPESTADE TROPICAL (PÓS-IMPRESSIONISMO) · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · 56

GUERNICA (CUBISMO) · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · 58

A PERSISTÊNCIA DA MEMÓRIA (SURREALISMO) · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · 62

TROU DE LA SERRURE PARTO DA VIOLA BON MÉNAGE FRAISE AVANT-GARDE (MODERNISMO) · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · 64

FONTE (MODERNISMO/READY-MADE) · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · 65

PINTURA DE AÇÃO (EXPRESSIONISMO ABSTRATO) · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · 66

BIBLIOTECA EM FOGO (ARTE ABSTRATA) · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · 67

OUTRAS FORMAS DE ARTE NO MUNDO + BIOGRAFIA DOS AUTORES · · · · · · 68

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Como ler este livro:

Alguns quadros vão ter jogos para procurares objetos de forma a tornar ainda mais divertida a

descoberta da pintura. Imagem bonita da obra

que iremos abordar.Período

artístico

Existem também umas «casinhas» que indicam os locais onde o quadro ou escultura referidos se encontram em exposição, para, quem sabe, um dia poderes visitá-los com a tua família e amigos.

No fundo da página, relembramos o

período artístico a que pertencem as obras de arte.

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Na arte pré-histórica encontramos as mais antigas manifestações artísticas criadas pelos homens e mulheres. Mas como a pré-história é o período an-terior à invenção da escrita, delas temos poucas in-formações. Os achados arqueológicos permitem fa-zer algumas interpretações. Acredita-se, por exem-plo, que a arte começou na decoração de objetos do dia a dia. Uma lâmina, uma lança, um arco ou um vaso. Também uma pulseira ou uma pedra.

Mais tarde, há cerca de 80 mil anos, começaram a surgir pequenas estátuas, que simbolizavam a

fertilidade da terra. Mas o que mais impressiona na arte pré-histórica são as pinturas nas grutas, onde se desenhavam animais, sobretudo cavalos e bi-sontes, mãos e outros símbolos.

DENTRO DE GRUTASAs pinturas, na pré-história, eram feitas dentro das grutas, em sítios abrigados e por vezes de di-fícil acesso. Como nómadas, os humanos andavam sempre de um lado para o outro. Viviam na entrada das grutas para se protegerem do frio ou do calor.

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Na arte pré-histórica encontramos as mais antigas manifestações artísticas criadas pelos homens e mulheres. Mas como a pré-história é o período an-terior à invenção da escrita, delas temos poucas in-formações. Os achados arqueológicos permitem fa-zer algumas interpretações. Acredita-se, por exem-plo, que a arte começou na decoração de objetos do dia a dia. Uma lâmina, uma lança, um arco ou um vaso. Também uma pulseira ou uma pedra.

Mais tarde, há cerca de 80 mil anos, começaram a surgir pequenas estátuas, que simbolizavam a

fertilidade da terra. Mas o que mais impressiona na arte pré-histórica são as pinturas nas grutas, onde se desenhavam animais, sobretudo cavalos e bi-sontes, mãos e outros símbolos.

DENTRO DE GRUTASAs pinturas, na pré-história, eram feitas dentro das grutas, em sítios abrigados e por vezes de di-fícil acesso. Como nómadas, os humanos andavam sempre de um lado para o outro. Viviam na entrada das grutas para se protegerem do frio ou do calor.

AS GRUTAS DE ALTAMIRAARTE PRÉ-HISTÓRICA

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BOA CAÇADAO que signifi ca a representação destes animais? Os historiadores propõem algumas hipóteses. As pinturas de animais mostram como a caça era um elemento cen-tral nas sociedades pré-históricas. Para comer, era preciso caçar. Por isso, estas representações podem estar associadas a cerimónias em que se agradecia uma boa caçada. A ideia de rituais mágicos, ligados ao mistério do mundo, também foi avançada por alguns estudio-sos, que destacam a presença de outros símbolos, como estrelas ou pontos, e imagens próximas de fi guras humanas.

ARTE PRÉ-HISTÓRICA

ALTAMIRAAs grutas de Altamira são conhecidas como a «Capela

Sistina» da arte pré-histórica, numa referência aos seus

incríveis tetos pintados e à qualidade das suas pinturas.

É de facto uma criação extraordinária. A gruta fi ca no

norte de Espanha e tem várias galerias. Nas mais interi-

ores, os tetos estão cheios de bisontes muito bem pinta-

dos, com contornos bem defi nidos. As cores são fortes,

entre o vermelho, o castanho e o preto.

Pintar com rochas e plantasNa pré-história não se ia à loja comprar tintas para pintar. Fazer uma cor era um processo muito demorado e enge-nhoso. Era usada a matéria das rochas e plantas, às vezes da terra, que depois se transformava em pó. A este pó dá--se o nome «pigmento». Juntando gordura animal tinha-se tinta para pintar. Este processo, que atualmente se faz em fábricas, foi usado ao longo de séculos. Algumas cidades ou localidades especializaram-se em determinada cor.

Organiza uma visita com a tua família e os teus amigos ao Parque Arqueológico do Vale do Côa!

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BOA CAÇADAO que signifi ca a representação destes animais? Os historiadores propõem algumas hipóteses. As pinturas de animais mostram como a caça era um elemento cen-tral nas sociedades pré-históricas. Para comer, era preciso caçar. Por isso, estas representações podem estar associadas a cerimónias em que se agradecia uma boa caçada. A ideia de rituais mágicos, ligados ao mistério do mundo, também foi avançada por alguns estudio-sos, que destacam a presença de outros símbolos, como estrelas ou pontos, e imagens próximas de fi guras humanas.

ARTE PRÉ-HISTÓRICA

ALTAMIRAAs grutas de Altamira são conhecidas como a «Capela

Sistina» da arte pré-histórica, numa referência aos seus

incríveis tetos pintados e à qualidade das suas pinturas.

É de facto uma criação extraordinária. A gruta fi ca no

norte de Espanha e tem várias galerias. Nas mais interi-

ores, os tetos estão cheios de bisontes muito bem pinta-

dos, com contornos bem defi nidos. As cores são fortes,

entre o vermelho, o castanho e o preto.

Pintar com rochas e plantasNa pré-história não se ia à loja comprar tintas para pintar. Fazer uma cor era um processo muito demorado e enge-nhoso. Era usada a matéria das rochas e plantas, às vezes da terra, que depois se transformava em pó. A este pó dá--se o nome «pigmento». Juntando gordura animal tinha-se tinta para pintar. Este processo, que atualmente se faz em fábricas, foi usado ao longo de séculos. Algumas cidades ou localidades especializaram-se em determinada cor.

Organiza uma visita com a tua família e os teus amigos ao Parque Arqueológico do Vale do Côa!

ARTE RUPESTRE NO VALE DO CÔAEm Portugal, também há muita e boa arte pré-histórica, nomeada-mente junto ao rio Côa, um afl uente do Douro. Aí foram encontradas milhares de gravuras, desenhos feitos diretamente na pedra. É um achado raro, sobretudo pela quantidade e qualidade destas mani-festações artísticas, realizadas há muitos milhares de anos (entre 22 e 10 mil a. C.), mas também por terem sido feitas ao ar livre. Percor-rendo o Vale do Côa, não muito longe de Vila Nova de Foz Côa, onde há um museu e um parque natural, encontram-se cavalos e bois, por vezes uns desenhados em cima dos outros em épocas diferentes.

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ARTE DO ANTIGO EGITO No Egito, nas margens do rio Nilo, por volta de 3000 a. C., surgiu uma grande civilização. É uma das mais antigas do mundo, que se destacou pela sua monumentalidade.

Os antigos egípcios prestavam culto a muitos deu-ses e também consideravam o seu faraó, o nome que davam ao rei, um deus na Terra. Além disso,

acreditavam que depois da morte se iniciava uma longa viagem, para a qual era necessário indica-ções claras, comida, barcos e companhia.

A arte egípcia é essencialmente religiosa, com muitos templos e túmulos, como as famosas pirâ-mides. Nos seus interiores, havia enormes pinturas nas paredes que celebravam a glória dos faraós.

O TÚMULO DE NEBAMUNARTE ANTIGA

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UM GATO BEM FELINONão é só Nebamun que é um bom caçador. Este gato é bem felino. Tem na boca um pato e prende outro com as garras. Os gatos eram dos animais domésticos preferidos dos antigos egípcios, que os adoravam como deuses. Eram particularmente úteis para caçar ratos, que destruíam as plantações.

QUE RICOS PÂNTANOSNebamun está a caçar nos pântanos que surgiam nas cheias do Nilo. Quan-do o rio avançava, as terras eram inun-dadas. Quando recuava, os campos fi -cavam húmidos e prontos para serem cultivados. Os egípcios chamavam-lhe «o milagre do Nilo», porque a terra tornava-se muito fértil.

Museu Britânico, Londres.

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UM GATO BEM FELINONão é só Nebamun que é um bom caçador. Este gato é bem felino. Tem na boca um pato e prende outro com as garras. Os gatos eram dos animais domésticos preferidos dos antigos egípcios, que os adoravam como deuses. Eram particularmente úteis para caçar ratos, que destruíam as plantações.

QUE RICOS PÂNTANOSNebamun está a caçar nos pântanos que surgiam nas cheias do Nilo. Quan-do o rio avançava, as terras eram inun-dadas. Quando recuava, os campos fi -cavam húmidos e prontos para serem cultivados. Os egípcios chamavam-lhe «o milagre do Nilo», porque a terra tornava-se muito fértil.

Museu Britânico, Londres.

CAMINHAR COMO UM EGÍPCIOAs pinturas murais dos antigos egípcios são tão estranhas ao primeiro olhar que até deram origem a uma música que brincava com a forma como eles andavam. Reparando bem, percebe--se que as pernas e a cabeça estão de lado, mas o peito está virado para a frente, para o espetador.

Na verdade, os antigos egípcios não se preocu-pavam muito com o realismo das suas pinturas. O mais importante era mostrar o poder de quem estava a ser representado. Por exemplo, quanto maior era a fi gura, mais poder tinha. Nebamun é muito mais alto do que as outras duas fi guras, a sua mulher e fi lha. Ele também está a caçar, uma atividade reservada a muito poucos.

ARTE ANTIGA

UM FUNCIONÁRIO PODEROSO

Não eram só os faraós que tinham direito a

túmulos vistosos. A elite administrativa, os

funcionários que geriam o império egípcio,

que ia desde o Mediterrâneo a norte aos de-

sertos do Sudão a sul, também queria ser lem-

brada depois da morte. E os mais poderosos

investiam muito tempo e dinheiro. Foi o que

fez Nebamun, que viveu durante o Império

Novo, por volta de 1600 a. C. Nas paredes do

seu túmulo há imagens suas e da sua família

em momentos de trabalho e lazer.

Escrever com bonecosUm olho, um pássaro, uma pena, uma bola. Podem pare-cer desenhos sem grande signifi cado, mas era a escrita que os antigos egípcios usavam. Chamam-se hieróglifos e pertencem à família das escritas pictóricas. Os símbolos podiam representar uma única palavra, como «casa» ou «cidade», ou uma ou mais consoantes (não havia vogais). O nome dos faraós ou dos funcionários mais importantes apareciam dentro de caixas ovais. Nesta pintura mural pode ler-se que Nebamun está a divertir-se e a contemplar a beleza da paisagem.

CURIOSIDADEEsta imagem é apenas um fragmento de um mural bastante maior que representava di-versas cenas da vida de Nebamun, desde os luxuriantes jardins aos seus trabalhadores a guardarem o gado, e também de cerimónias de oferendas aos deuses.

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