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1 Arquitetura Paisagísta dezembro/2014 ISSN 2179-5568 Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - 8ª Edição nº 009 Vol.01/2014 dezembro/2014 Arquitetura Paisagísta Ully Gobitsch Paixão - [email protected] MBA Master em Arquitetura Instituto de Pós-Graduação e Graduação IPOG Belém, PA, 07 de março de 2014 Resumo O desenvolvimento deste artigo se deu pela ambição em por à vista que a arquitetura paisagística no Brasil vai além de um simples capricho ao projeto arquitetônico. A pesquisa surgiu do questionamento de qual seria a importância do projeto paisagístico. Objetivando identificar sua peculiaridade. Adotando uma pesquisa simples de modalidade bibliográfica, baseada no artigo de Maria Francisca Machado Lima, sobre “Estéticas da Paisagem e Arquitectura Paisagística”, fundamentando-se cerca de 70% no artigo mencionado e os demais 30% distribuídos em pesquisas realizadas na internet, livros e revista. Os resultados indicam a problemática em identificar que o paisagismo deixou de ser apenas um “artigo de luxo” na arquitetura , para apenas embelezar o meio. Conclui-se que é possível viabilizar o uso da arquitetura paisagística para valorização do local, agregação de áreas verdes em metrópoles, bem como na ajuda ao meio mais sustentável. Palavras-chave:Paisagismo. Arquitetura Paisagística. Projeto Paisagístico. 1. Introdução O motivo pelo qual essa pesquisa foi incitada se deu pelo deslumbramento em espaços verdes, como praças e jardins. Na busca por mais conhecimento surgiu a ideia de explorar como a arquitetura paisagística se evidencia perante o projeto arquitetônico, uma vez que é possível desenvolver-se grandes projetos nesta área, como já foram feitos no Brasil e em outros países, com grande paisagistas e arquitetos-paisagistas de renome. Com o intuito de exteriorizar aos demais pesquisadores, curiosos, estudantes e afins, a abundância que o tema tem a apresentar para contribuição na contínua evolução da arquitetura paisagística, esta pesquisa procura fazer conhecer a importância do uso da vegetação em todo e qualquer espaço (interior e exterior). Há trabalhos realizados na mesma linha de pesquisa, em especial o artigo de Maria Francisca Machado Lima, que contribui extraordinariamente para este artigo, sob o título: “Estéticas da Paisagem e Arquitetctura Paisagística”. 2. O meio ambiente natural De uma forma legal, meio ambiente é “o conjunto de condições, leis, influências e interações de ordem física, química e biológica, que permite, abriga e rege a vida em todas as suas formas” (art. 3º, I, da Lei nº. 6.938/81, que dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente). Meio ambiente é um conjunto de unidades ecológicas que funcionam como um sistema natural, e incluem toda a vegetação, animais, microorganismos, solo, rochas, atmosfera e fenômenos naturais que podem ocorrer em seus limites. Meio ambiente também compreende

Modelo para a formatação dos artigos a serem utilizados no ... · Roberto Burle Marx, defendendo o uso da flora tropical. Hoje os paisagistas brasileiros se espelham nos seus grandes

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Arquitetura Paisagísta dezembro/2014

ISSN 2179-5568 – Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - 8ª Edição nº 009 Vol.01/2014 dezembro/2014

Arquitetura Paisagísta

Ully Gobitsch Paixão - [email protected]

MBA Master em Arquitetura

Instituto de Pós-Graduação e Graduação – IPOG

Belém, PA, 07 de março de 2014

Resumo

O desenvolvimento deste artigo se deu pela ambição em por à vista que a arquitetura

paisagística no Brasil vai além de um simples capricho ao projeto arquitetônico. A pesquisa

surgiu do questionamento de qual seria a importância do projeto paisagístico.

Objetivando identificar sua peculiaridade. Adotando uma pesquisa simples de modalidade

bibliográfica, baseada no artigo de Maria Francisca Machado Lima, sobre “Estéticas da

Paisagem e Arquitectura Paisagística”, fundamentando-se cerca de 70% no artigo

mencionado e os demais 30% distribuídos em pesquisas realizadas na internet, livros e

revista. Os resultados indicam a problemática em identificar que o paisagismo deixou de ser

apenas um “artigo de luxo” na arquitetura , para apenas embelezar o meio. Conclui-se que é

possível viabilizar o uso da arquitetura paisagística para valorização do local, agregação de

áreas verdes em metrópoles, bem como na ajuda ao meio mais sustentável.

Palavras-chave:Paisagismo. Arquitetura Paisagística. Projeto Paisagístico.

1. Introdução

O motivo pelo qual essa pesquisa foi incitada se deu pelo deslumbramento em espaços verdes,

como praças e jardins. Na busca por mais conhecimento surgiu a ideia de explorar como a

arquitetura paisagística se evidencia perante o projeto arquitetônico, uma vez que é possível

desenvolver-se grandes projetos nesta área, como já foram feitos no Brasil e em outros países,

com grande paisagistas e arquitetos-paisagistas de renome. Com o intuito de exteriorizar aos

demais pesquisadores, curiosos, estudantes e afins, a abundância que o tema tem a apresentar

para contribuição na contínua evolução da arquitetura paisagística, esta pesquisa procura fazer

conhecer a importância do uso da vegetação em todo e qualquer espaço (interior e exterior).

Há trabalhos realizados na mesma linha de pesquisa, em especial o artigo de Maria Francisca

Machado Lima, que contribui extraordinariamente para este artigo, sob o título: “Estéticas da

Paisagem e Arquitetctura Paisagística”.

2. O meio ambiente natural

De uma forma legal, meio ambiente é “o conjunto de condições, leis, influências e interações

de ordem física, química e biológica, que permite, abriga e rege a vida em todas as suas

formas” (art. 3º, I, da Lei nº. 6.938/81, que dispõe sobre a Política Nacional do Meio

Ambiente).

Meio ambiente é um conjunto de unidades ecológicas que funcionam como um sistema

natural, e incluem toda a vegetação, animais, microorganismos, solo, rochas, atmosfera e

fenômenos naturais que podem ocorrer em seus limites. Meio ambiente também compreende

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recursos e fenômenos físicos como ar, água e clima, assim como energia, radiação, descarga

elétrica, e magnetismo.

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Nas últimas décadas tem sido a grande preocupação de todas as comunidades do planeta, seja

pelas mudanças provocadas pela ação do homem na natureza, seja pela resposta que a

natureza dá a essas ações.

Figura 01: Meio ambiente

Fonte: Google imagens

A expressão meio ambiente (milieu ambiance) foi utilizada pela primeira vez pelo naturalista

francês Geoffrey de Saint-Hilaire em sua obra Études progressives d´un naturaliste, de 1835,

onde milieu significa o lugar onde está ou se movimenta um ser vivo, e ambiance designa o

que rodeia esse ser.

3. Paisagismo

O paisagismo é determinado atualmente como arquitetura de paisagem, sendo definido como

a arte e a técnica de promover o projeto, planejamento, gestão e preservação de espaços livres,

urbanos ou não. É uma arte assim como a própria arquitetura, um campo multidisciplinar.

Apesar de ser normalmente associado à jardinagem pelo público leigo, a arquitetura

paisagística envolve todos os possíveis elementos constituintes da paisagem ecológica, sejam

eles naturais ou não.

Figura 02: Paisagismo

Fonte: http://escrevendoaoleu.blogspot.com.br/2012_07_01_archive.html

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De início essa ideia surgiu como uma simples ornamentação do ambiente, introduzindo mais

tarde estudos mais avançados na área, tornando-se parte da arquitetura.

O paisagismo tornou-se totalmente técnico, sendo aplicado para melhorar a estética,

funcionalidade, segurança, conforto e privacidade dos ambientes. Passa longe da simples

intuição, exige conhecimento técnico das plantas, transformando ambientes em paisagem. Os

jardins têm se adequado à modernidade, aos novos estilos arquitetônicos e enfatizando a real

necessidade e benefícios de sua criação. o paisagismo ao longo do tempo foi abarcando

escalas e propostas maiores, chegando a se confundir com o desenho urbano e incorporando

as variáveis sócio-econômicas relativas aos problemas em questão.

4. Paisagismo no Brasil

A introdução do paisagismo no Brasil foi tardia se comparada ao que ocorreu no mundo

oriental. Com poucas exceções, os primeiros grandes espaços verdes só apareceram no século

XVIII. O Passeio Público do Rio de Janeiro, por exemplo, um antigo charco, foi aterrado e

ajardinado em 1783. Porém, havia tantas regras para a sua utilização que o local acabou sendo

abandonado.

O Passeio Público é, oficialmente, o mais antigo parque urbano do Brasil destinado a servir à

população. Criado por ordem do vice-rei Luís de Vasconcelos de Sousa, foi projetado por

mestre Valentim da Fonseca e Silva segundo um traçado geométrico, inspirado nas tradições

de desenho do jardim clássico francês. A história documentada iniciou-se com a chegada de

Dom João VI, em 1807, que destinou ao Jardim Botânico do Rio de Janeiro a vocação de

cultivar espécies para a produção de carvão, matéria-prima para a fabricação de pólvora.

Até meados do século XIX, influenciados pelas mulheres, membros da corte solicitavam aos

cônsules e embaixadores, sementes e mudas de espécies floríferas para ornamentar os jardins

dos palacetes que se localizavam no bairro São Cristóvão, no Rio de Janeiro. Com isso

chegaram ao Brasil algumas espécies como: agapantos, roseiras, copos-de-leite, dálias,

jasmins, lírios e craveiros, entre outras.

Figura 03: Agapanto

Fonte: Google Imagens

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A palmeira-imperial (Roystonea oleracea), originária da Venezuela e da Colômbia, chegou ao

Brasil trazida pelos portugueses libertados da Ilha de Maurício. Sementes dessa espécie foram

presenteadas ao príncipe D. João VI, que as plantou no Horto Real. Já a palmeira-real

(Roystonea regia), nativa de Cuba e Porto Rico, de porte mais baixo e estipe mais grosso, foi

introduzida quase um século depois.

Em 1859, Dom Pedro I contratou o engenheiro hidráulico francês August Marie Glaziou,

integrante de uma missão francesa, que foi o principal paisagista do Império e que ocupou o

cargo de Diretor Geral de Matas e Jardins. Entre as suas obras destacam-se o Campo de

Santana e a Quinta da Boa Vista, no Rio de Janeiro. Esse paisagista utilizou, pela primeira

vez, árvores floríferas no paisagismo.

Somente no final do século XVIII é que, no Brasil, com a tentativa de reaproximarem-se do

meio ambiente, os jardins foram adaptados em particularidades, buscando estimular a

sensibilidade à paisagem. Essa preocupação levará à integração dos elementos da flora no

próprio traçado da cidade como reação e, ao mesmo tempo, solução ao problema do

adensamento urbano.

O paisagismo no Brasil definiu-se no século XIX, a partir do surgimento de uma rede

consolidada de cidades, grandes e médias, e com influência européia, mais precisamente

francesa e inglesa e, sob forte influência nacionalista, assumiu uma identidade própria.

O grande marco do paisagismo no país foi o surto de nacionalismo decorrente do pós-guerra.

Seguindo essa linha, chegariam aos jardins as ideias do famoso e conceituado paisagista

Roberto Burle Marx, defendendo o uso da flora tropical. Hoje os paisagistas brasileiros se

espelham nos seus grandes e magníficos jardins tropicais.

5. O paisagismo de Burle Marx no Brasil

5.1. Roberto Burle Marx

Artista plástico brasileiro, de expressão internacional ao exercer a profissão de arquiteto-

paisagista. Nasceu em 1909, no estado de Pernambuco. Morou grande parte de sua vida

no Rio de Janeiro, onde estão localizados seus principais trabalhos, ainda que sua obra pode

ser encontrada ao redor do mundo. Seu primeiro projeto de jardim público foi a Praça de Casa

Forte, localizada no Recife, cidade natal de sua mãe. Com certa influência de sua mãe, que foi

pianista e cantora, acendeu seu amor pela música e pelas plantas, desde pequeno

Figura 04: Copo de leite

Fonte:

http://kmartinsp.blogspot.com.br/2010/10/o-

jardim-ozom.html

Figura 05: Dálias

Fonte: http://conversasaopedomundo.wordpress.com/2014/02/03/dalias-indiferentes/

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acompanhava-a no trato cotidiano de suas flores e demais espécies que haviam no jardim da

residência. Aprendeu a preparar canteiros e atentar para a germinação das sementes (tanto do

jardim quanto da horta).

5.2. A chegada ao Rio de Janeiro

Devido a problemas financeiros com o comércio em São Paulo, seu pai decidiu por mudarem

para o Rio de Janeiro, após período morando na casa de familiares e com resultados positivos

conseguiram adquirir um casarão no bairro do Leme, onde Burle Marx (com 8 anos) começou

a sua coleção de plantas, cultivando suas mudas.

Já com 19 anos, sofreu com problema nos olhos e a família foi para Alemanha em busca de

tratamento. Permaneceram lá de 1928 a 1929, onde Burle Marx entrou em contato com as

vanguardas artísticas. Conheceu um Jardim Botânico com uma estufa mantendo vegetação

brasileira, pela qual ficou fascinado.

As diversas exposições que visitou e, dentre as mais importantes, a de Picasso, Matisse, Paul

Klee e Van Gogh, lhe trouxeram uma nova influência: estudar pintura.

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5.3. Os projetos

Seu primeiro projeto de jardim público foi a Praça de Casa Forte, em Recife, em 1934. Nesse

mesmo ano assumiu o cargo de Diretor de Parques e Jardins do Departamento de Arquitetura

e Urbanismo de Pernambuco, onde ainda lidava com um trabalho de inspiração

levemente eclética, projetando mais de 10 praças. Nesse cargo, fez uso intenso da vegetação

nativa nacional e começou a ganhar renome, sendo convidado a projetar os jardins do Edifício

Gustavo Capanema (então Ministério da Educação e da Saúde).

Em 1935, ao projetar a Praça Euclides da Cunha (ou Praça do Internacional, ou Cactário

Madalena) ornamentada com plantas da caatinga e do sertão nordestino, buscou livrar os

jardins do "cunho europeu", semeando a alma brasileira e divulgando o "senso de

brasilidade". Seu grupo do movimento arquitetônico modernista (junto com Luiz Nunes, da

Diretoria de Arquitetura e Construção, e Attílio Correa Lima, responsável pelo Plano

Urbanístico da cidade), ganhou opositores como Mário Melo e simpatizantes como Gilberto

Freyre, Joaquim Cardozo e Cícero Dias, com os quais sempre se reunia. Em 1937 criou o

primeiro Parque Ecológico de Recife.

Figura 06: Praça de Casa Forte

Fonte: http://www.skyscrapercity.com/showthread.php?t=1655977&page=14

Figura 07: Praça Euclides da Cunha

Fonte: http://www.skyscrapercity.com/showthread.php?t=1655977&page=14

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Sua preponderância na Arquitetura Moderna Brasileira foi fundamental, tendo atuado nas

equipes responsáveis por diversos projetos célebres. O terraço-jardim que projetou para o

Edifício Gustavo Capanema é considerado um marco no paisagismo brasileiro, de vegetação

nativa e formas sinuosas.

A partir daí, Burle Marx passou a trabalhar com uma linguagem bastante orgânica e evolutiva,

identificando-a com a arte abstrata, o concretismo, o construtivismo, entre outras. As plantas

baixas de seus projetos lembram em muitas vezes telas abstratas, nas quais os espaços criados

privilegiam a formação de recantos e caminhos através dos elementos de vegetação nativa.

Figura 08: Jardim Edifício Gustavo Capanema

Fonte: http://quintaldicasa.blogspot.com.br/2012/08/burle-marx.html

Figura 09: Jardim Edifício Gustavo Capanema

Fonte: http://quintaldicasa.blogspot.com.br/2012/08/burle-marx.html

5.4. A modernidade

A grande inovação de Burle Marx em paisagismo foi a de criar, dentro de uma estética ligada

ao Modernismo, um paisagismo tropical. Dentro desta nova proposta estética,a valorização da

flora brasileira teve papel fundamental. Devido à forte influência cultural européia, plantas

exóticas costumavam predominar nos jardins brasileiros.

Burle Marx trouxe para seus projetos grande número de plantas brasileiras nunca utilizadas

anteriormente, muitas ignoradas ou desconhecidas em seu potencial estético. Sua curiosidade

e preocupação com a flora brasileira levou-o a numerosas expedições científicas através de

florestas e matas brasileiras coletando, analisando, descobrindo novas plantas e introduzindo-

as em paisagismo.

Ele está sempre à procura de uma ordem, um ritmo, uma associação de volumes ou texturas,

aonde.a intenção humana em reorganizar elementos da natureza cria uma paisagem construída

que é uma obra de arte: "Eu não quero criar um jardim que seja uma imitação da natureza.

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Um jardim tem que ser sempre um evento estético", afirma. Neste sentido, o projeto

paisagístico busca a criação de um novo mundo, de uma nova realidade.

Porém na arquitetura moderna, em termos de composição plástica, havia principalmente uma

preocupação projetual com questões relacionadas apenas com os edifícios, e não com o

espaço livre envolvente. Não havia uma resposta equivalente em termos plásticos e estéticos

para o tratamento do espaço livre, que é parte e não complemento do conjunto arquitetônico

(Adams, 1991). O paisagismo de Burle Marx traz uma resposta estética para as soluções

trazidas pela arquitetura moderna brasileira. Ao explicar seus princípios de desenho, ele diz:

"Eu acredito que as palavras de Mies van der Rohe têm uma grande importância: com o

mínimo de meios, dizer o máximo". Burle Marx se refere a famosa frase de Mies, "menos é

mais", um dos lemas da arquitetura moderna. Porém ao invés de criar uma paisagem

monótona, pela qual a arquitetura moderna tem sido criticada, Burle Marx chega a soluções

de desenho exuberantes através da maestria no uso dos materiais naturais. Em seus jardins,

formas curvilíneas e sensuais coexistem em harmonia e beleza com a linha reta. Sensualidade

é sempre uma qualidade de seus projetos; que podem ser encontradas em muitas cidades do

Brasil e no exterior.

Ao longo desses anos, Burle Marx e sua equipe, vêm desenvolvendo um sem número de

projetos paisagísticos, como o Parque Municipal de Ilhéus, na Bahia, e o Parque das

Mangabeiras em Belo Horizonte. Este último tem a importância de ter englobado uma área

verde de preservação em pleno tecido urbano. Do início dos anos 1990 se destacam projetos

não só no Brasil mas também no exterior, como por exemplo um grande parque em Kuala

Lumpur e a Praça Rosa de Luxemburgo, em Berlim. Um dos trabalhos mais importantes então

desenvolvido por eles é o projeto do Jardim Botânico de Fortaleza, no Ceará. Esta área

pertenceu durante muitos anos a uma empresa particular, posteriormente doada à

Universidade Federal do Ceará. Hoje em dia esta área possui a maior e mais importante

coleção de carnaubeiras no Brasil, e, por interesse e iniciativa de Burle Marx, irá se

transformar numa área de uso público para visitação e pesquisa. Este projeto engloba

conceitualmente questões que sempre nortearam seu trabalho: uma preocupação de caráter

preservacionista, educacional e cultural, com ênfase também no aspecto estético.

Figura 10: Parque das Mangabeiras – Belo Horizonte/MG

Fonte: http://portalpbh.pbh.gov.br/pbh/contents.do?evento=conteudo&idConteudo=60155&chPlc=60155

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6. A arquitetura Paisagista:

Resumidamente, é a arquitetura de paisagem; definida como a arte e a técnica de promover o

projeto, planejamento, gestão e preservação de espaços livre.

De início a ideia surgiu como uma simples ornamentação do ambiente, introduzindo mais

tarde estudos mais avançados na área, tornando-se parte da arquitetura.

Figura 11: Croqui de Projeto Paisagístico

Fonte: http://www.drjardim.com.br/salvador-patamares/piscina-e-jardim.asp

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O paisagismo hoje em dia é totalmente técnico, sendo aplicado para melhorar a estética,

funcionalidade, segurança, conforto e privacidade dos ambientes. Onde há necessidade de

manter as funções vitais da paisagem urbana através dos espaços verdes. O conceito de

espaço verde urbano e respectivos usos e funções sofreram profundas alterações ao longo do

tempo, sendo aceita sua importância pelos múltiplos benefícios que lhe estão associados ao

nível da manutenção da funcionalidade ecológica da paisagem urbana e consequentemente o

bem-estar físico e psicológico da população urbana.

7. Meio Ambiente e sustentabilidade

A obrigação imprescindível de espaços verdes urbanos é uma verdade absoluta inquestionável

e que ocorre paralelamente ao crescimento das cidades. Os espaços verdes urbanos, quer

públicos quer privados, assumem uma crescente importância nas políticas regionais e

municipais, procurando-se uma lógica de estrutura verde continua no espaço urbano a qual

estabelece uma relação de continuidade com o espaço natural envolvente.

A sustentabilidade ambiental e ecológica é a manutenção do meio ambiente do planeta Terra,

é manter a qualidade de vida, manter o meio ambiente em harmonia com as pessoas. É cuidar

para não poluir a água, separar o lixo, evitar desastres ecológicos, como queimadas e

desmatamentos. O próprio conceito de sustentabilidade é para longo prazo, significa cuidar

de todo o sistema, para que as gerações futuras possam aproveitar.

É importante que a sustentabilidade do meio ambiente seja cada vez uma prioridade para os

políticos no poder, para que a conservação do meio ambiente possa ser alcançada.

8. A importância do Projeto Paisagístico

Deve-se enfatizar junto ao projeto arquitetônico a necessidade de se realizar um projeto

paisagístico completo, em vez de se partir para a execução do jardim baseado apenas em um

rápido esboço. Certamente, alguns irão argumentar que não é preciso, pois são muitos

detalhes que aumentam o custo e desperdiçam tempo. Entretanto, as grandes diferenças vistas

nos resultados finais e na renovada satisfação do cliente provam que o que merece ser feito

tem de ser bem feito.

Um projeto paisagístico sempre leva em conta: o estilo arquitetônico daquele ambiente, o seu

clima predominante, as características do solo, a topografia, a disponibilidade hídrica, a

beleza das plantas e a presença de crianças, adultos ou animais domésticos. Enfim, tudo o que

se espera do espaço.

http://www.der.ro.gov.br/wp-

content/uploads/2013/06/jaru-principal-

2.jpg

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8.1. As fases do Projeto Paisagístico

Para atingir esses objetivos, torna-se absolutamente necessária uma perfeita comunicação

entre cliente e profissional. O talento e a sensibilidade do paisagista capacita-o a perceber

inclusive detalhes não expressos diretamente.

É elaborado, então, um anteprojeto para que sejam discutidos os pormenores da execução e

objetivos finais da obra. O intuito é sempre ser fiel ao compromisso entre a intenção do

proprietário e arte do paisagista. Para aqueles que tem dificuldade em imaginar o resultado

final, principalmente por não conhecerem todas as plantas e materiais sugeridos, devemos

contar com as fotos das espécies, vasos e materiais expostos neste anteprojeto. A experiência

profissional permite ainda sugerir novas ideias, que oferecem beleza, funcionalidade e

simplificação nos procedimentos de manutenção.

Após apresentação, discussão e ajustes no anteprojeto, o paisagista elaborará o projeto

executivo. Ele se diferencia do anterior porque possui, além de precisão na escala, todos os

elementos necessários à inteira compreensão e execução.

O cliente começa a ter certeza de que suas ideias foram traduzidas em um desenho e a seguir

serão materializadas. Com a implantação do jardim, o que estava no desenho vai se tornando

realidade.

9. Conclusão

O Brasil é um verdadeiro paraíso de vegetação, com uma flora tão rica quanto bela para os

profissionais do paisagismo. Helicônias, bromélias, açaizeiros e espécies de palmeiras (como

fênix e rabo de raposa) são exemplos de como no país a matéria-prima é abundante.

Isso talvez se explique pelo fato de a profissão ainda não ser regulamentada no Brasil. Só há

um curso de graduação em Composição Paisagística no País, na Faculdade de Belas Artes da

UFRJ. Mas existem cursos técnicos em paisagismo, além do mesmo fazer parte da grade

curricular das faculdades de Arquitetura, e ainda assim, mesmo com estes cursos mais

técnicos para colaborar na formação do profissional paisagista, infelizmente ainda o

confundem com “jardinagem”. E para agravar a situação, as pessoas não têm a cultura do

verde.

De um lado, muitos profissionais não se interessam em buscar mais conhecimento na área, do

outro os clientes também não estão acostumados a investir. Como maior causador desta

dificuldade estão os clientes, por não terem interesse em investir neste ramo da arquitetura,

pois acham que estarão gastando só com “plantas”. Como ocorre por várias vezes, a primeira

solicitação dos clientes é que se arranquem as árvores do local, por atrapalharem no terreno.

A escassez de paisagistas acaba prejudicando a concepção de muitos projetos, por

conseguinte, o projeto paisagístico deve estar amarrado ao arquitetônico desde o princípio,

fazendo questão de chamar a atenção para as peculiaridades da região. É preciso ficar atento,

Figura 11: Maquete eletrônica de Projeto Paisagístico

Fonte: http://www.der.ro.gov.br/?attachment_id=5132

Figura 12: Projeto Paisagístico

Fonte:

http://www.arqplant.com/Planejamento%20Ambiental%20Urbano/PAR

QUE%20ECOLOGICO%20DO%20MANGUEZAL_NUTRE.htm

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não se trata apenas de uma questão estética, mas da escolha da vegetação que melhor se ajuste

ao clima.

O mercado está acostumado a pagar bem e valorizar os projetos de arquitetura, então porque

os projetos de paisagismo que são tão complexos não tem a mesma valorização por parte do

contratante? Está na hora do mercado reconhecer essa importancia e dar o devido tratamento

na hora de precificar o projeto. É incrível como ainda nos dias de hoje existem pessoas que

confundem o paisagista como sendo o jardineiro. Embora o paisagista e jardineiro sejam

complementares, na hora da implantação eles são diferentes na atuação, e é preciso educar

esse mercado sobre essa realidade.

Os jardins estão se adequando à vida moderna, aos novos estilos arquitetônicos e dando

ênfase à necessidade e benefícios, como a diminuição do ar, sonora e visual, amenizando

temperaturas e melhoria dos espaços coletivos. Gerando assim, conforto e bem estar.

Quem procura um profissional para solucionar a questão paisagismo, busca beleza estética,

reencontrando a natureza e um maior contato com verde e valorizando significativmente o

valor do seu imóvel.

A prática profissional do arquiteto paisagista é bastante ampla, abrangendo de projetos para proteção e

recuperação de áreas naturais e o redesenho de espaços livres em áreas rurais e urbanas, a pequenos pátios e

quintais residenciais. (ABAP)

Em residências ou áreas comerciais a natureza ajuda a espantar o estresse. Fumaça, carros,

concreto, buzina, etc., hoje é só o que se vê nas ruas das grandes cidades. A correria do dia a

dia, a ausência do natural, do verde, faz com que as pessoas se estressem com mais facilidade.

Uma boa maneira para estar mais próximo da natureza em meio a isso tudo é projetar

residências e escritórios com plantas ou, se houver espaço, investir em um belo jardim.

Principalmente em cidades grandes, como exemplo São Paulo, as pessoas sentem muita

necessidade de ver mais o verde, de estar em um lugar mais arejado, mais agradável, sem

tanto cimento, tanto concreto. A decoração com plantas deixa o ambiente mais leve, bonito e

agradável. Em ambiente de empresas ou escritórios, que são geralmente mais sérios, um vaso

com planta ou um pequeno jardim podem dar outro astral ao espaço.

As pessoas sentem que o ambiente está melhor e conseguem aproveitar mais o dia a dia no

trabalho. Olhar para uma planta, levantar de vez em quando para regá-la, ver nascer uma flor.

As pessoas realmente interagem com a vegetação e se sentem bem com isso. No caso de

apartamentos, utilizar a varanda, espaços pela casa, como embaixo da escada, ou fazer um

jardim de inverno pode ser uma ótima escolha para integrar a natureza a casa. Em varandas de

apartamentos, o paisagismo deixa-a convidativa, harmoniosa, bonita, além de dar mais

privacidade às pessoas que moram em prédios que são muito próximos uns dos outros.

No entanto, é nessário consultar um especialista para que ele indique a espécie ideal de planta.

Pois a escolha de espécies depende de vários fatores, entre eles, o tipo de solo, o local, a

disponibilidade da pessoa em cuidá-las, com esses parâmetros é que serão definidas. Sempre

levando em consideração os gostos do cliente.

É importante se manter uma qualidade técnica nos projetos paisagísticos e cobrar o valor que

realmente vale por todo esse esforço de conceituar, representar, projetar e implantar.

Distinguir os projetos corporativos dos residenciais, que são diferentes na forma de atender,

projetar, afinal, o paisagista precisa ser compreendido no mesmo grau de importância que um

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arquiteto pelo fato de ser o responsável por manter a fachada do empreendimento ou da

residência com um aspecto natural e esteticamente agradável, tornando-a um cartão de visitas.

Deve-se enfatizar sobre o processo evolutivo do profissional de paisagismo, no qual existem

duas escolas que norteiam o conhecimento: a escola que tem Burle Marx como referencia e a

escola que tem Benedito Abbud como referência. Na época de Burle Marx o paisagismo era

percebido como algo artístico e tinha uma conotação representativa na beleza artística do

desenho. Já na atual época de Benedito Abbud, o paisagismo é percebido pela exatidão

técnica do projeto para ser compreendido por arquitetos e engenheiros na hora da

implantação. Por isso, atualmente o valor que o mercado percebe e espera de um paisagista é

este conhecimento técnico aliado a habilidade de conceituar artisticamente o projeto, exigindo

que o paisagista se especialize a cada dia para conquistar seu valor e seu espaço no concorrido

mercado da construção civil.

O grande valor percebido no profissional é a habilidade técnica e conceitual acumulado em

seu curriculo durante os anos de experiências práticas e cursos de especialização. É

fundamental que o paisagista entenda de diversas técnicas, sobretudo a botânica, na hora de

projetar, seja em residências, empresas e, principalmente, em áreas urbanas. Isso exige estudo

abrangente que interfere na paisagem e exerce muita importância neste contexto.

É preciso esclarecer que o paisagismo, antes de ser uma arte, é uma técnica. Técnica por que

necessita conhecimentos de botânica, estudos do solo, topografia, disponibilidade hídrica,

exposição ao sol/sombra, e combate de pragas.

Assim, cada paisagismo destina-se a um determinado local, levando-se em consideração o

estilo arquitetônico do ambiente, gostos e preferências do cliente, sua disponibilidade em

cuidados, a presença de animais e crianças, luminosidade, características do solo, dentre

outros fatores que dão caráter exclusivo a cada projeto.

Por isso, um projeto paisagístico é semelhante a um projeto arquitetônico. Cada detalhe é

estudado, as plantas refletem o gosto da pessoa que lá irá conviver e tem uma simbologia.

É importante acrescentar que o paisagismo não é restrito a grandes áreas como chácaras, nem

mesmo a residências. Todo e qualquer local pode acolher plantas.

E é justamente em espaços mais limitados que os projetos ganham sua importância. O

paisagismo pode ser feito em vasos, com árvores frutíferas, exóticas, incluir fontes...

Empresas, escritórios e consultórios também merecem e comportam o paisagismo,

transparecendo primeiramente a beleza do ambiente para todos os que ali frequentam e

também a imagem da lugar/espaço.

O paisagismo pode fazer áreas nulas e sólidas se tornarem mais agradáveis aos olhos. É

responsável por fazer casas que parecem simples se tornarem em casas espetaculares, e

escritórios em ambientes agradáveis e charmosos.

Um bom paisagismo num quintal pode, inclusive, aumentar o valor de um imóvel. É

recomendável que se invista ao menos 2% do valor do imóvel em paisagismo. O investimento

na aparência de uma residência chega a aumentar até 20% o valor estimado do imóvel.

Certamente é uma área que deverá ser considerada.

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