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Processo Legislativo Federal
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03/12/2015 Introdução ao Processo Legislativo
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Introdução ao Processo Legislativo
MÓDULO I - INTRODUÇÃO AO PROCESSO LEGISLATIVO
Site: Instituto Legislativo Brasileiro - ILB
Curso: Processo Legislativo Federal - Turma 04 B
Livro: Introdução ao Processo Legislativo
Impresso por: Marcio Felten Flores
Data: quinta, 3 Dez 2015, 09:37
SumárioMÓDULO I - INTRODUÇÃO AO PROCESSO LEGISLATIVO
Unidade 1 - Legislatura - Sessão Legislativa
Pág. 2Pág. 3
Unidade 2 - Sessão Plenária
Pág. 2
Unidade 3 - Posse de Senador, Reunião, Eleição da Mesa
Pág. 2Pág. 3Pág. 4Pág. 5Pág. 6Pág. 7
Unidade 4 - Fases das Sessões
Pág. 2Pág. 3Pág. 4Pág. 5Pág. 6Pág. 7Pág. 8
Unidade 5 - Tipos de Sessão e Modalidades de Votação
Pág. 2Pág. 3Pág. 4
Unidade 6 - Quorum de Iniciativa e Quorum de Votação
Pág. 2Exercícios de Fixação - Módulo I
MÓDULO I - INTRODUÇÃO AO PROCESSO LEGISLATIVO
03/12/2015 Introdução ao Processo Legislativo
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Identificar os fundamentos básicos do Processo Legislativo;
conceituar seus principais elementos;
reconhecer os aspectos e rotinas elementares dos
procedimentos legislativo e
identificar situações ou formas de execução de tramitações,
bem como os mecanismos regimentais na sequência do
processo legislativo.
MÓDULO I - INTRODUÇÃO AO PROCESSO LEGISLATIVOEste primeiro módulo tem por objetivo oferecer os elementos introdutórios ao curso. Veremos aqui os principais conceitos e etapas
que compõem o processo legislativo, bem como informações sobre posse e eleição da Mesa, fases das sessões e tudo o que se
refere a votação.
Unidade 1 -Legislatura- Sessão
Legislativa
"SOB A PROTEÇÃO DE DEUS, INICIAMOS NOSSOS TRABALHOS."
(palavras proferidas pelo Presidente ao declarar aberta a Sessão)
Nesta Unidade 1, vamos estudar o significado de legislatura e de sessão legislativa.
O que é uma Legislatura?
LEGISLATURA é um período de 4 anos (art. 44 CF), correspondente ao tempo de duração do mandato de um deputado. Um
deputado é eleito para uma legislatura, ou seja, o mandato do deputado dura 4 anos. Um senador é eleito para duas legislaturas,
isto é, o mandato do senador dura 8 anos. A Câmara dos Deputados se renova a cada 4 anos, integralmente. O Senado se renova a
cada 4 anos, só que não integralmente, mas alternadamente em 2/3 e 1/3 de sua composição.
Observação: Além de designar o tempo de duração dos trabalhos legislativos coincidentes com um mandato, o termo legislatura é
usado para designar o "corpo de parlamentares" em atividade numa Casa Legislativa. Exemplo: A atual Legislatura tem se
preocupado muito com o tema segurança pública.
Ano da eleição Data da posse Renovação Eleitos
2002 fevereiro de 2003 2/3 54 senadores
2006 fevereiro de 2007 1/3 27 senadores
2010 fevereiro de 2011 2/3foram eleitos 54
novos senadores
Estamos na 56ª Legislatura que vai de 1º de fevereiro de 2015 até 31 de janeiro de 2019. A 57ª Legislatura irá de 1º de fevereiro de
2019 até 31 de janeiro de 2023.
O Decreto Legislativo nº 79, de 1979, dispõe sobre a designação do número de ordem das legislaturas, tomando por base a que
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teve início em 1826, visando manter a continuidade histórica do Parlamento brasileiro.
Falando em tempo, que tal um tempinho para refletir? Um terço, dois
terços: por que a renovação do Senado não acontece de uma só vez?
Pág. 2
E o que é uma SESSÃO LEGISLATIVA?
A sessão legislativa pode ser ordinária ou extraordinária. A sessão legislativa ordinária corresponde a um ano de trabalhos
legislativos.
Assim, a sessão legislativa ordinária começa no dia 02 de fevereiro de cada ano e vai até o dia 22 de dezembro, com intervalo
entre os dias 18 de julho e 31 de julho. Esses são os dois períodos da sessão legislativa: de 02/02 a 17/07 e de 01/08 a 22/12. Nos
intervalos entre esses períodos acontecem os recessos parlamentares. Entretanto, a sessão legislativa não será interrompida no mês
de julho até que o Congresso aprove o projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias LDO (art. 57, § 2º, da CF, e art. 35, § 2º, II, do
ADCT).
As sessões marcadas para as datas acima citadas serão automaticamente transferidas para o primeiro dia útil subsequente, caso
esses dias recaiam em sábados, domingos ou feriados (art. 57, § 1º, da CF).
O Congresso Nacional pode ser convocado a trabalhar extraordinariamente nos períodos destinados ao recesso parlamentar. Esse
período é chamado de sessão legislativa extraordinária.
Quadroresumo
Sessões Primeiro Intervalo entre as SessõesSegundo
período
Intervalo entre
as sessões
Ordinária02/02 a
17/07
18/07 a 31/07 Recesso
parlamentar, após aprovação do
PL de diretrizes orçamentárias
01/08 a
22/12
23/12 a 01/02
Recesso
parlamentar
Extraordinária18/07 a
31/07
Convocação nos períodos
destinados ao recesso
parlamentar
23/12/ a
01/02
Convocação nos
períodos
destinados ao
recesso
parlamentar
Pág. 3.
Quem pode convocar o Congresso? (art. 57, § 6º, da CF)
Pode convocar o
Congresso:Quando?
Em caso de decretação de estado de defesa ou de intervenção
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Presidente do
Senado
federal, de pedido de autorização para decretação de estado de sítio
e para tomar o compromisso e dar posse ao Presidente e ao Vice
Presidente da República
Presidente da
RepúblicaEm caso de urgência ou interesse público relevante
Os Presidentes da
Câmara dos
Deputados e do
Senado Federal
Em caso de urgência ou interesse público relevante
A maioria dos
membros da
Câmara e do
Senado
Também em caso de urgência ou interesse
público relevante
Na convocação extraordinária, o Congresso passa por uma sessão legislativa extraordinária, sem prazo definido constitucionalmente
para funcionar, ou seja, sua duração é definida no ato convocatório ou na Mensagem do Presidente da República. Durante a sessão
legislativa extraordinária, o Congresso somente delibera sobre as matérias para as quais foi convocado e sobre as medidas
provisórias em tramitação (art. 57, §§ 7º e 8º, da CF).
Então, se uma legislatura é um período de quatro anos, podemos, com
certeza, dizer que cada legislatura tem quatro sessões legislativas
ordinárias, mas nunca podemos afirmar quantas sessões legislativas
extraordinárias haverá numa legislatura. Certo? É isso mesmo.
A partir da Emenda Constitucional (EC) nº 50, de 2006, para que o Congresso Nacional seja convocado em caso de vigência de
interesse público relevante, por iniciativa tanto do Presidente da República como dos Presidentes da Câmara dos Deputados e do
Senado Federal ou a requerimento da maioria dos membros da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, é necessário que haja
aprovação da maioria absoluta de cada uma das Casas do Congresso Nacional (art. 57, § 6º, II).
Unidade 2 - Sessão PlenáriaNa Unidade 1, vimos os conceitos de legislatura e sessão legislativa ordinária e extraordinária. Na presente Unidade 2, vamos
estudar a sessão plenária.
Sessão legislativa ordinária corresponde a um ano dos trabalhos legislativos do Congresso Nacional.
Sessão legislativa extraordinária é aquela que se realiza, por convocação, nos períodos de recesso do Poder Legislativo.
Sessão plenária é cada unidade de trabalho, a cada dia. Às vezes, no mesmo dia, podemos ter mais de uma sessão do Senado. Ou,
então, uma sessão plenária do Senado e outra, conjunta do Congresso Nacional. Então, sessão plenária é cada unidade de trabalho.
As sessões plenárias do
Senado podem ser:
As sessões plenárias conjuntas do
Congresso podem ser:
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1. deliberativas (ordinárias ou
extraordinárias)
1. conjuntas;
2. não deliberativas; 2. conjuntas solenes.
3. especiais
Pág. 2Em uma sessão legislativa, seja ordinária (um ano de trabalhos), seja extraordinária, podem acontecer várias sessões plenárias
deliberativas (ordinárias ou extraordinárias), não deliberativas e especiais. Podem acontecer também sessões conjuntas do
Congresso.
Quadro Resumo
Sessão Legislativa
Ordinária Extraordinária
de 02/02 a 17/07 e de 01/08 a 22/12 quando o CN for convocado
Sessão Plenária
Deliberativa (ordinária ou extraordinária) Conjunta
Não deliberativa Solene (ou conjunta solene)
Especial
Qual é a diferença entre sessão legislativa ordinária e sessão deliberativa
ordinária?
Você pode assistir à Sessão Plenária diariamente por meio da TV Senado.
Unidade 3 - Posse de Senador, Reunião, Eleição da MesaVeremos nesta Unidade 3 como um Senador toma posse e se investe no mandato. Em seguida, veremos os três usos do conceito de
reunião e como acontece a eleição da Mesa do Senado.
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Você sabia que a posse é um ato público?
A posse é um ato público, durante o qual o Senador se investe no mandato. Ela acontece perante o Senado, em reunião
preparatória, durante uma sessão deliberativa ordinária ou extraordinária ou durante uma sessão não deliberativa. Se o Congresso
estiver em recesso, a posse acontecerá no gabinete do Presidente do Senado, em solenidade pública. Em todos os casos, o fato será
publicado no Diário do Senado Federal (DSF) (art. 4ºRISF).
O que é necessário para um Senador tomar posse?
Para tomar posse, em qualquer caso, o Senador precisa apresentar à Mesa o original do diploma expedido pela Justiça Eleitoral, que
será publicado no Diário do Senado Federal. A apresentação do diploma poderá ser feita pelo próprio diplomado, por ofício ao 1º
Secretário, por intermédio do seu Partido ou de qualquer Senador. Devem ser apresentadas cópias da última declaração do Imposto
de Renda, sua e do cônjuge, e preenchido formulário contendo informações requeridas pelo Código de Ética e Decoro Parlamentar
(Resolução nº 20, de 1993). O Senador deve comunicar à Mesa seu nome parlamentar e a filiação partidária (art. 7ºRISF).
Se a posse ocorrer numa sessão do Senado, o Presidente designará comissão de três Senadores para introduzir o diplomado no
plenário e conduzilo à Mesa, onde, perante todos de pé, prestará o compromisso.
O compromisso é o seguinte:
"Prometo guardar a Constituição Federal e as leis do País, desempenhar fiel e
lealmente o mandato de Senador que o povo me conferiu e sustentar a união, a
integridade e a independência do Brasil."
Se houver mais de um Senador a tomar posse na mesma ocasião, um fará o pronunciamento e os outros, conforme forem sendo
chamados, dirão:
"Assim o prometo".
Pág. 2.O Senador deve tomar posse dentro de 90 dias, contados da instalação da sessão legislativa, ou, se ele for eleito durante a sessão
legislativa, contados da sua diplomação, podendo ter o prazo prorrogado por motivo justificado, a seu requerimento, por mais 30
dias.
Se o Senador não tomar posse no prazo de 90 dias, nem pedir a prorrogação, considerase que ele renunciou ao mandato, sendo
chamado, então, seu primeiro suplente, que também é convocado sempre que o titular se licenciar por um prazo superior a 120 dias
para tratar de interesse particular, ou por motivo de doença. Nesses casos, o suplente terá 30 dias improrrogáveis para prestar o
compromisso.
Para tratar de interesse particular, o titular só pode tirar licença por mais de 120 dias, desde que não seja
na mesma sessão legislativa.
O suplente também assume nos casos de vaga por falecimento, renúncia ou perda de mandato do titular.
Ou, ainda, nos casos de afastamento do titular para ocupar cargo de Ministro de Estado, Governador de
Território, Secretário de Estado, do DF, de Território, de Prefeitura de Capital ou, então, de Chefe de
Missão Diplomática Temporária.
Nos casos de vaga ou de afastamento para assumir esses outros cargos, o suplente tem o prazo de 60
dias para assumir o exercício do mandato, prazo esse que poderá ser prorrogado por motivo justificado, a
requerimento dele próprio, por mais 30 dias.
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Se dentro desse prazo o suplente não tomar posse nem requerer sua prorrogação, também é considerado que tenha renunciado ao
mandato e se convocará o segundo suplente, que, em qualquer hipótese, terá 30 dias para prestar o compromisso.
O suplente convocado pela primeira vez presta o compromisso na forma já acima mencionada. Se ele voltar a exercer o mandato na
mesma legislatura, o Presidente da Casa apenas comunica ao Plenário o fato, não necessitando prestar novo compromisso.
Entretanto, se for reeleito suplente para um novo mandato, terá que prestar o compromisso novamente.
Pág. 3
Quando acontece uma vaga de Senador?
Por falecimento;por renúncia;
por perda de mandato.
Considerase haver renunciado o Senador, titular ou suplente, que, convocado, não prestar compromisso na data estabelecida pelo
Regimento.
Deve renunciar a um dos cargos o Senador que for eleito para mais de um cargo ou mandato público eletivo, conforme preceitua a
Constituição. Ele vai ter que renunciar a um deles. Exemplo: é frequente a eleição de Senadores para Governos estaduais. Para ser
empossado Governador, o Senador deverá renunciar a seu mandato no Senado Federal.
Observações importantes:
1. um senador pode tomar posse durante o recesso parlamentar;2. posse sempre é um ato público;3. o diploma do senador expedido pelo Tribunal Eleitoral é documento imprescindível para que ele tome posse.
E um Senador pode perder o seu mandato?
Pág. 4
Perde o mandato o Senador que infringir qualquer das proibições constantes no art. 54 da Constituição, quais sejam:
1. Desde a diplomação:
firmar ou manter contrato com pessoa jurídica de direito público, autarquia, empresa pública, sociedade e economia mista
ou empresa concessionária de serviço público, salvo quando o contrato obedecer a cláusulas uniformes;
aceitar ou exercer cargo, função ou emprego remunerado, inclusive os de que seja demissível ad nutum, nas entidades
acima descritas;
2. Desde a posse:
ser proprietário, controlador ou diretor de empresa que goze de favor decorrente de contrato com pessoa jurídica de direito
público, ou exercer função remunerada nessas empresas;
ocupar cargo ou função de que seja demissível ad nutum em empresas públicas, autarquias, sociedades de economia mista,
empresa concessionária de serviço público;
patrocinar causa em que seja interessada qualquer uma dessas empresas acima mencionadas.
Perde também o mandato o senador que:
tiver procedimento incompatível com o decoro parlamentar ou deixar de comparecer
à terça parte das sessões ordinárias do Senado em cada sessão legislativa, salvo se
estiver em licença ou em missão autorizada;
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perder ou tiver suspensos os direitos políticos ou, quando o decretar a Justiça
Eleitoral;
sofrer condenação criminal em sentença definitiva e irrecorrível.
Em casos de falecimento, renúncia e perda de mandato, falase em vacância.
.Pág. 5
Outro conceito bastante importante a ser tratado é o de REUNIÃO. Veja abaixo:
a) Todas as vezes em que uma sessão plenária não puder ser realizada, por falta de quorum para
seu início (1/20 da composição do Senado) ou por motivo de força maior assim definido pela
Presidência, o que acontece é uma reunião.
Nesse caso, o Presidente declara que não pode ser realizada a sessão, determina a publicação do
expediente que há sobre a mesa, independentemente de sua leitura, e a Secretaria de Ata
prepara uma ata dessa reunião.
b) As comissões não realizam sessões; seus encontros chamamse reuniões. Isso tanto para as comissões no Senado ou no
Congresso, permanentes ou temporárias.
c) Antes do início da primeira e da terceira sessão legislativa ordinária da legislatura, o Senado reúnese em reuniões preparatórias.
Esses são os três usos do conceito de REUNIÃO.
Pág. 6
Vamos estudar, agora, para que servem as REUNIÕES PREPARATÓRIAS.
Na primeira sessão legislativa ordinária da legislatura, são realizadas três reuniões preparatórias:
a primeira, a partir do dia 1º de fevereiro, para dar posse aos novos Senadores;
a segunda, para eleger o Presidente da Mesa;
a terceira, para eleger os demais Membros da Mesa, ou seja, dois VicePresidentes, quatro
Secretários e quatro Suplentes de Secretário.
Na terceira sessão legislativa ordinária da legislatura são realizadas duas reuniões preparatórias: a primeira, no 1º dia de
fevereiro, para eleger o Presidente; e a segunda, os demais Membros da Mesa.
As reuniões preparatórias são iniciadas com o quorum de 1/6 de Senadores e dirigidas pelos Membros da Mesa anterior (excluídos,
na reunião do início da legislatura, aqueles que tiverem concluído seu mandato no dia 31/01, ainda que reeleitos). Na Câmara dos
Deputados, como ela se renova em sua totalidade, assume a direção dos trabalhos o último Presidente, se tiver sido reeleito
Deputado, e, na sua falta, o mais idoso dentre os de maior número de legislaturas.
Pág. 7 Como acontece a ELEIÇÃO DA MESA DO SENADO?
Os Membros da Mesa são eleitos para um mandato de dois anos, em escrutínio secreto e por maioria simples de votos (a maioria
de votos, estando presente a maioria absoluta dos Senadores), assegurada, tanto quanto possível, a participação proporcional das
representações partidárias e dos blocos parlamentares com atuação no Senado.
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A eleição para preenchimento do cargo de Presidente do Senado é feita em uma reunião preparatória. As demais, na outra reunião,
na seguinte ordem: uma votação para os dois VicePresidentes, uma outra votação para os quatro Secretários, e ainda uma terceira
votação para os quatro Suplentes de Secretário. Entretanto, as eleições dos VicePresidentes e dos Secretários podem ser realizadas
em um único escrutínio, desde que seja aprovado requerimento nesse sentido, subscrito por 1/3 de Senadores ou líder que
represente esse número.
As eleições dos VicePresidentes, Secretários e Suplentes de Secretário são feitas com cédulas uninominais, ou seja, que
contenham, cada uma, o nome do candidato e o cargo ao qual ele concorre, cédula que o Senador coloca em uma sobrecarta. A
eleição do Presidente não é necessariamente realizada por esse sistema.
Para a apuração dos votos, o Presidente fará a separação das cédulas referentes ao mesmo cargo, lendoas em seguida, uma a
uma, e passandoas ao SegundoSecretário, que anotará o resultado.
O painel eletrônico de votação no plenário, por preservar o sigilo da eleição, vem sendo utilizado nos casos em que haja candidato
único disputando a vaga.
Ainda se faz necessário explicar a diferença entre Mesa e Comissão Diretora do Senado.
A eleição é para a Mesa. É ela que dirige os trabalhos do Senado por dois anos. A Comissão Diretora é composta pelos mesmos
Membros da Mesa. Ela dirige as atividades administrativas da Casa.
A Constituição de 1988, em seu art. 57, § 5º, instituiu a Mesa do Congresso Nacional, que é presidida pelo Presidente do Senado e
tem seus demais cargos preenchidos, por alternância, entre Membros da Mesa da Câmara e do Senado. Assim, o Primeiro Vice
Presidente da Mesa do Congresso é o Primeiro VicePresidente da Mesa da Câmara: o Segundo VicePresidente da Mesa do
Congresso é o Segundo VicePresidente da Mesa do Senado. E assim por diante. Não há suplente na Mesa do Congresso Nacional.
QuadroResumo
Posse Reunião Eleição da Mesa
do Senador titular do mandato não realização da sessão Presidente (1)
de 1º Suplente trabalho das comissões VicePresidente (2)
de 2 º Suplente preparatória Secretários (4)
Suplentes de Secretário (4)
Unidade 4 - Fases das Sessões
Já descrevemos, sucintamente, os tipos de sessão no Senado e no Congresso. Vamos, agora, detalhálos.
No Senado, elas podem ser:
1. deliberativas (ordinárias ou extraordinárias);
2. não deliberativas;
3. especiais.
No Congresso:
1. conjuntas;
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2. solenes (ou conjuntas solenes).
Que tal revermos um quadroresumo sobre as tipos de Sessões?
Sessão Legislativa
Ordinária Extraordinária
de 02/02 a 17/07 e de 01/08 a 22/12 quando o CN for convocado
Sessão Plenária
Senado Federal Congresso Nacional
. Deliberativa (ordinária ou extraordinária) . Conjunta
. Não deliberativa . Solene (ou conjunta solene)
. Especial
Pág. 2
Qual é a diferença entre sessão deliberativa e não deliberativa?
A diferença é que a primeira (sessão deliberativa) possui Ordem do Dia, momento da sessão em que há deliberação sobre matérias
legislativas, e a segunda (não deliberativa) não possui este momento, sendo destinada a pronunciamentos de Senadores,
comunicações, leitura de expediente e outros assuntos de interesse político e parlamentar.
As sessões deliberativas ordinárias e as não deliberativas são realizadas de 2ª a 5ª feira, às 14h. Na 6ª feira, a sessão iniciase
às 9h. Se houver Ordem do Dia, será uma sessão deliberativa ordinária. Caso contrário, uma sessão não deliberativa. As sessões
deliberativas extraordinárias não têm horário preestabelecido no Regimento. Esse horário é definido pelo Presidente, no momento
de sua convocação, que o fará ouvidas as lideranças partidárias, quando as circunstâncias o recomendarem, ou sempre que haja
necessidade de deliberação urgente.
Além do horário, as sessões deliberativas ordinárias e extraordinárias se diferenciam pela determinação de sua Ordem do Dia. Para
as primeiras, as matérias que farão parte das deliberações são definidas com 3 sessões deliberativas ordinárias (art. 170, § 2º, III
RISF) de antecedência. Já para as extraordinárias, como o próprio nome diz, não há previsão. Sua Ordem do Dia e seu horário de
realização são definidos pelo Presidente no momento da convocação.
Tanto as sessões deliberativas quanto as não deliberativas precisam da presença em
plenário de, no mínimo, 1/20 dos Senadores para serem iniciadas ou para terem
continuação.
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Pág. 3 As sessões especiais são destinadas a homenagens ou comemorações. O Senado pode interromper uma sessão ou realizar umasessão especial, a juízo do Presidente ou por deliberação do Plenário, mediante requerimento assinado por pelo menos seis
Senadores e aprovado por maioria simples de votos. Nela podem ser admitidos convidados à mesa e no plenário, sem necessidade
de quorum para ser realizada. A convocação pode ser feita em sessão ou mediante publicação no Diário do Senado Federal. O uso
da palavra é restrito aos oradores designados pelo Presidente. O Senado ainda pode prestar homenagem sem que esta dure uma
sessão inteira. Ela pode ser realizada na primeira parte da sessão, Período do Expediente. Para isso, também é necessário
requerimento assinado por no mínimo seis Senadores e aprovado pelo Plenário. Os Senadores que quiserem fazer uso da palavra,
neste caso, podem se inscrever.
As sessões deliberativas, ordinárias ou extraordinárias, do Senado, possuem três FASES:
Período do Expediente;
Ordem do Dia; e
após a Ordem do Dia
As não deliberativas, como não têm Ordem do Dia, só possuem Período do Expediente.
Quanto às sessões especiais, podem ser divididas?
Não, elas destinamse apenas à homenagem estabelecida.
Pág. 4
E no Congresso, como ocorrem as sessões? No Congresso, as sessões são conjuntas, quer de trabalho, quer de homenagem. As que não tiverem data previamente estabelecida
serão convocadas pelo Presidente do Senado ou seu substituto, com prévia audiência da Mesa da Câmara. As sessões prédatadas
são as de posse do Presidente e do VicePresidente da República (1º de janeiro) (arts. 60 a 67 RCCN) e a destinada a abrir os
trabalhos da sessão legislativa ordinária (02 de fevereiro ou primeiro dia útil subsequente) (arts. 57 a 59 RCCN).
As sessões conjuntas são realizadas no plenário da Câmara dos Deputados, salvo escolha de outro lugar previamente anunciado. Em
geral, nesta hipótese, a opção recai sobre o plenário do Senado Federal.
Nas sessões de trabalho legislativo, havendo Ordem do Dia, os avulsos (publicação) das matérias devem estar disponíveis aos
parlamentares com 24 horas de antecedência. As sessões de trabalho também são divididas em FASES. Por analogia ao Regimentodo Senado, compreendem:
As fases das sessões são:
Período do Expediente Ordem do Dia após a Ordem do Dia
O Congresso Nacional realiza sessão solene para:
Inaugurar sessão legislativa (ordinária ou extraordinária); Dar posse ao Presidente e ao VicePresidente da República;
Promulgar emendas constitucionais;
Homenagear Chefes de Estado estrangeiro;
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Comemorar datas nacionais.
Todas as sessões, do Senado ou do Congresso, têm duração de quatro horas e meia, podendo ser prorrogadas por proposta doPresidente ou a requerimento de qualquer Senador, no Senado, ou de qualquer Congressista, no Congresso, tantas vezes quantas
necessárias. A prorrogação será sempre por prazo fixo, que não poderá ser restringido, salvo por falta de matéria ou de número
para o prosseguimento da sessão.
Pág. 5
As fases das sessões são:
Período do Expediente;
Ordem do Dia; e
após a Ordem do Dia.
Agora você irá compreender melhor o que acontece em cada uma das FASES DAS SESSÕES.
PERÍODO DO EXPEDIENTE
Nas sessões deliberativas ordinárias, esse período dura 120 minutos, contados a partir do real início da sessão. É destinado à
leitura do expediente pelo PrimeiroSecretário, na íntegra ou em resumo, e aos oradores inscritos, que têm até 10 minutos para
fazer seu pronunciamento, sendo permitidos apartes.
O Período do Expediente poderá ser prorrogado pelo Presidente, uma única vez, para que o orador conclua seu pronunciamento,
caso não tenha esgotado o tempo de que disponha, após o que a Ordem do Dia terá início impreterivelmente. Caso haja matéria a
ser deliberada que esteja tramitando no rito de urgência urgentíssima (art. 336, I RISF), não serão permitidos oradores no Período
do Expediente. Esse tempo também pode ser destinado a homenagens.
Nas sessões deliberativas extraordinárias, esse período dura 30 minutos, e só haverá oradores caso não haja número para as
deliberações da Ordem do Dia. No Congresso, o Expediente dura trinta minutos e é destinado à leitura do expediente pelo Primeiro
Secretário e aos oradores inscritos, que poderão usar da palavra pelo prazo máximo de cinco minutos.
Ainda no Período do Expediente podem acontecer votações de requerimentos que não sejam objeto de deliberação na Ordem do Dia.
Pág. 6
No Senado
Encerrado a Período do Expediente, tem início a Ordem do Dia, cuja designação é de competência do Presidente da Casa. As
matérias são incluídas na Ordem do Dia segundo sua antiguidade e importância, observada a seguinte sequência:
medida provisória (art.62CF) a partir do 46º dia de vigência; matéria com urgência constitucional (art. 64 CF) com prazo já
esgotado; matéria em regime de urgência urgentíssima (calamidade pública e perigo de segurança nacional); matéria com
prazo determinado, segundo o art. 172, II, do RISF; matéria em regime de urgência, nos termos do art. 336, II, do RISF;
matéria em regime de urgência, nos termos do art. 336, III, do RISF;
matéria em tramitação normal.
Além desse critério, há precedência de:
matérias em votação sobre as em discussão; matérias da Câmara dos Deputados sobre as do Senado; redações finais sobre
matérias em deliberação do mérito; matérias em turno suplementar, em turno único, em segundo turno e em primeiro
turno, nessa ordem; projetos de lei sobre projetos de decreto legislativo, sobre projetos de resolução, sobre pareceres,
sobre requerimentos, nessa ordem;
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matérias da pauta anterior que não foram deliberadas sobre outras dos grupos a que pertencem.
Os projetos de código serão incluídos com exclusividade na Ordem do Dia. Os pareceres sobre escolha de autoridade serão
colocados ao final da Ordem do Dia.
Apesar de o Regimento dispor sobre a sequência das matérias, essa ordem pode ser alterada por requerimento assinado por
qualquer Senador, solicitando inversão da pauta, apresentado e votado antes de se iniciar a Ordem do Dia. Depois desta iniciada, a
sequência ainda pode ser alterada por requerimento de preferência de um item sobre outro, assinado por qualquer Senador e
aprovado pelo Plenário.
São lidos no Período do Expediente e votados após a Ordem do Dia da mesma sessão:
Os requerimentos de urgência, nos termos do art. 336, II;os requerimentos que solicitam sessão especial;
os requerimentos que solicitam que o tempo destinado aos oradores do Período do Expediente de uma determinada sessãoseja para prestar alguma homenagem.
Quer visualizar na prática o que estudamos? Acesse a ORDEM DO DIA
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No Congresso
Terminada a leitura do expediente e o horário destinado aos oradores do Expediente, tem início a Ordem do Dia, cuja designação
também é da competência do Presidente do Senado (na condição de Presidente da Mesa do Congresso). Na sua organização, as
proposições em votação têm precedência sobre aquelas em discussão. Projetos de lei têm preferência sobre os projetos de decreto
legislativo, os projetos de resolução e os requerimentos. Também nas sessões conjuntas, a ordem da Ordem do Dia pode ser
alterada por requerimento de inversão da pauta ou de preferência. A diferença é que os requerimentos devem ser apresentados por
líder partidário.
Tanto no Senado quanto nas sessões conjuntas, estando uma matéria em fase de votação e não havendo quorum para as
deliberações, passarseá à matéria que estiver em discussão. Esgotada a matéria em discussão e persistindo a falta de quorum, a
Presidência pode suspender a sessão por prazo não superior a 30 minutos (no Congresso) ou a uma hora (no Senado) ou conceder a
palavra a algum parlamentar. Sobrevindo número para as deliberações, voltarseá às matérias, interrompendose o orador que se
encontra na tribuna.
Nenhum Senador no Senado ou parlamentar no Congresso presente à sessão poderá deixar de votar, salvo quando se tratar de
assunto em que tenha interesse pessoal (nesse caso, o Senador ou parlamentar deve declarar tal fato, sendo, contudo, sua presença
computada para efeito de quorum) ou quando seu partido estiver em obstrução declarada pelo líder.
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APÓS A ORDEM DO DIA
No Senado e no Congresso
Esgotada a Ordem do Dia, o tempo que restar para o término da sessão será destinado, preferencialmente, ao uso da palavra pelas
lideranças e, havendo tempo, pelos oradores inscritos, que no Senado, neste momento, dispõem de até vinte minutos para seu
pronunciamento.
Algumas votações são realizadas nesta fase da sessão no Senado. Alguns exemplos:
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requerimentos de urgência nos termos do art. 336, II, do RISF;
redações finais de matérias em rito normal de tramitação que foram deliberadas na Ordem do Dia, caso haja requerimento
de dispensa de sua publicação.
Uma sessão só não se realiza, no Senado, por falta de quorum, por deliberação do Plenário, quando seu período de duração
coincidir, mesmo que parcialmente, com o de sessão conjunta do Congresso, ou por motivo de força maior, assim definido pela
Presidência da Casa.
No Congresso, ela não se realiza por falta de quorum ou por cancelamento por parte da Presidência do Senado.
O Senado, nos sessenta dias que antecedem as eleições gerais, funciona de acordo com o Regimento Comum, ou seja, suas sessões
se realizam por convocação, como as conjuntas do Congresso. Nesses dias, também o Período do Expediente ou a Ordem do Dia
podem ser dispensados, desde que ouvidas as lideranças.
Unidade 5 - Tipos de Sessão e Modalidades de Votação
TIPOS DE SESSÃO E MODALIDADES DE VOTAÇÃO
Veremos aqui que as sessões, tanto do Senado como as conjuntas do Congresso, podem ser públicas ou secretas. As votações
também podem ser públicas o Regimento usa a palavra "ostensivas" ou secretas.
Quem pode assistir a uma sessão no Senado ou no Congresso?
A maior parte das sessões é pública, ou seja, qualquer pessoa desarmada, ocupando em silêncio o lugar que lhe é reservado, pode
assistir tanto a uma sessão do Senado como do Congresso, na Tribuna de Honra ou nas galerias. À imprensa é reservada uma
bancada própria.
Quem pode entrar no Plenário do Senado?
No plenário do Senado são admitidos, além dos Senadores, os suplentes de Senador, os exSenadores e suplentes que tenham
exercido o mandato, Ministros de Estado, nos casos previstos no Regimento ou seja, quando convocados ou quando solicitarem sua
vinda para expor algum assunto de interesse de sua Pasta. Também são admitidos no plenário funcionários da Casa, quando em
pleno exercício de suas funções. Nas sessões especiais são admitidos convidados, podendo estes, inclusive, a convite do presidente,
compor a Mesa.
Se a maior parte das sessões é pública, quer dizer que podemos divulgá
las?
A divulgação das sessões por reportagem fotográfica no recinto, por
irradiação sonora ou por filmagem e transmissão em televisão,
dependem de autorização do Presidente do Senado.
Das sessões será elaborada ata circunstanciada, que constará do Diário do Senado Federal, tanto durante as sessões legislativas
ordinárias como nas extraordinárias. Nos períodos de recesso, haverá publicação sempre que houver matéria que assim justifique.
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Quando o Senado funcionará secretamente?
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Quando o Senado funcionará secretamente?
Obrigatoriamente, sempre que tiver que deliberar sobre:
acordos de paz;
declaração de guerra;
suspensão de imunidade de Senador durante estado de sítio;
escolha de Chefe de Missão Diplomática os Embaixadores; e
também para deliberar sobre requerimento que solicite sessão secreta do Senado.
Neste último caso, chegando à Mesa um requerimento solicitando sessão secreta, o Presidente informa ao Plenário sobre a sua
existência, sem, no entanto, comunicar quem é seu autor nem o motivo pelo qual está sendo solicitada a sessão secreta. Para
deliberar sobre esse requerimento, o Senado já funcionará em sessão secreta. O Presidente solicita a retirada dos funcionários e de
todos que estejam assistindo àquela sessão, podendo determinar a presença dos funcionários que julgar necessários.
Leia no Diário do Senado como uma sessão se transforma em secreta.
Já em sessão secreta, o Presidente informa ao Plenário o nome do requerente e o assunto a ser apreciado em sessão secreta. Os
Senadores votam por maioria simples, em votação simbólica, se desejam que aquele assunto seja apreciado em sessão secreta.
Aprovado o requerimento, será marcada essa sessão para o mesmo dia ou o dia seguinte, caso a data da sessão já não venha
preestabelecida no requerimento.
Antes de a sessão voltar a ser pública, o Plenário decide, por meio de debate e votação, por maioria simples, se deseja que seja
divulgado o nome do requerente e o assunto tratado.
Caso o requerimento seja rejeitado, a matéria a que ele se refere será objeto de debates em sessão pública.
As atas das sessões secretas são redigidas pelo SegundoSecretário, assinadas pelo Presidente e pelos Primeiro e Segundo
Secretários, colocadas em sobrecarta (envelope) lacrada, que é rubricada pelos Secretários. Antes de a sessão voltar a ser pública,
a ata é votada com qualquer número.
Em sessão secreta, além dos Senadores e dos funcionários determinados, o Presidente ou um líder podem propor ao Plenário e
este vota a proposta que outras pessoas assistam àquela sessão.
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E as sessões no CONGRESSO? São públicas ou secretas?
As sessões são públicas, como regra, podendo também ser secretas, se assim deliberar o Plenário, mediante proposta da
Presidência ou de líder, prefixandolhe a data.
O procedimento é o mesmo que para o Senado. O Presidente anuncia a existência do requerimento, mas sem dizer seu autor nem
sua finalidade, a qual só será divulgada quando o Congresso já estiver trabalhando em sessão secreta.
Como se dá o registro das sessões?
Também as sessões do Congresso são registradas em ata. As atas das sessões públicas são circunstanciadas; as das sessões
secretas são redigidas pelo SegundoSecretário. A ata será submetida ao Plenário que deliberará com qualquer número, antes de a
sessão voltar a ser pública, , assinada pelos Membros da Mesa, e encerrada em "sim", "não" e "abstenção".
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E no caso de o painel eletrônico não estar funcionando?
Fazse chamada pela lista de comparecimento dos Senadores.
Como se dá a transformação de uma votação simbólica em votação nominal?
Nas votações simbólicas, se algum Senador não concordar ou se tiver dúvida a
respeito do resultado, pode pedir, com o apoiamento de outros três Senadores,
verificação da votação. E a votação, que havia sido feita simbolicamente, passa agora a ser realizada pelo painel eletrônico,
nominalmente, para justamente verificar se o resultado anteriormente anunciado corresponde à realidade.
Uma outra forma de uma matéria que deveria ser votada simbolicamente ser votada nominalmente é através de requerimento
pedindo sua votação nominal. Este deve ser apresentado e votado antes de se passar à votação da matéria em si. Se aprovado, ela
não será submetida à votação simbólica, mas será realizada diretamente por processo nominal.
Assim, os processos simbólico e nominal (no painel ou por chamada) de votação são utilizados para votações ostensivas, ou seja,
para as votações públicas.
Já nas votações secretas só se pode utilizar o sistema nominal, quer no painel, quer por esferas, ou em cédulas, nas eleições. A
diferença é que, nas votações públicas, aparecem, no painel eletrônico, o nome do votante, seu voto e o resultado total da votação.
Nas votações secretas, aparecem tão somente o nome do votante e o resultado total. Não aparece a qualidade do voto.
A norma geral é que as sessões sejam públicas e as votações também. Mas numa sessão pública pode haver votação pública ou
votação secreta. E numa sessão secreta pode haver votação secreta ou votação ostensiva (pública). Depende da matéria que está
sendo deliberada.
Pág. 4 Resumindo:
SESSÕES
São públicas, como regra, podendo também ser
secretas, se assim deliberar o Plenário (mediante
proposta da Presidência ou de líder, prefixandolhe a
data).
São secretas,
obrigatoriamente, sempre
que tiver que deliberar
sobre:
. acordos de paz;
. declaração de guerra;
. suspensão de imunidade de
Senador durante o estado de
sítio;
. escolha de Chefe de Missão
Diplomática os
Embaixadores;
. e também para deliberar
sobre requerimento que
solicite sessão secreta do
Senado.
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VOTAÇÕES
I Ostensivas (públicas)
a) Simbólica
b) Nominal
II Secretas
a) Eletrônica
b) Por meio de cédula
c) Por meio de esfera
Referência:
RISF arts. 182 a 186; 190 a 198; 201 a 208; 289 a 298; 383 a 385.
Unidade 6 - Quorum de Iniciativa e Quorum de Votação
QUORUM DE INICIATIVA E QUORUM DE VOTAÇÃO
Iniciativa é o poder de propor a edição de uma regra jurídica nova. Tal poder pode ser exercido individual ou coletivamente.
Quem pode iniciar uma proposta de regra jurídica nova?
Qualquer membro ou comissão da Câmara dos Deputados, do Senado Federal ou do Congresso Nacional, o Presidente da República,
o Supremo Tribunal Federal, os Tribunais Superiores, o ProcuradorGeral da República e os cidadãos.
Vamos verificar alguns exemplos de iniciativa?
Iniciativa Individual
Presidente da
RépublicaProposta de emenda à Constituição, projeto de lei.
Senador ou Deputado
Projeto de lei, projeto de decreto legislativo, projeto de resolução,
emendas diversas a outras matérias (salvo a proposta de emenda à
Constituição), requerimento.
ProcuradorGeral da
República, STF,
Tribunais Superiores
Projeto de lei de matéria atinente à sua competência privativa.
Iniciativa Coletiva
Senadores ou
Deputados
Proposta de emenda à Constituição, emendas à proposta de emenda à
Constituição; na mesma sessão legislativa, projeto de lei ordinária
rejeitado.
SenadoresProjeto de resolução referente à competência tributária dos Estados e do
Distrito Federal.
Projeto de resolução referente às matérias estabelecidas no art. 52 VI,
VII, VIII, IX da Constituição; projeto de resolução relativo à competência
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Comissão tributária dos Estados e do Distrito Federal; projeto de lei, projeto de
decreto legislativo, projeto de resolução suspendendo a execução no todo
ou em parte de lei declarada inconstitucional pelo Supremo Tribunal
Federal
Mesa Provocação à Casa, propondo a perda de mandato de parlamentar.
Partido
político (representado
no Congresso)
Provocação à Casa, propondo a perda do mandato de parlamentar.
Assembleias
Legislativas
Proposta de emenda à Constituição (mais da metade delas, manifestando
se cada uma pela maioria relativa de seus membros).
Cidadãos
Projeto de lei subscrito por, no mínimo 1% do eleitorado nacional,
distribuído pelo menos por cinco Estados, com não menos de 0,3% dos
eleitores de cada um deles.
Pág. 2QUORUM DE VOTAÇÃO
Veremos aqui, segundo a Constituição, que as deliberações de cada uma das Casas do Congresso e de suas comissões são tomadas
por maioria de votos, presente a maioria absoluta dos membros, salvo se dispuser em contrário. E o Regimento do Senado ou o
Regimento Comum também especificam:
Deliberações Quórum de votação
Sentença condenatória de Presidente e VicePresidente da
República, de Ministros de Estado e do Supremo Tribunal Federal,
ProcuradorGeral da República e AdvogadoGeral da República,
todos em casos de crimes de responsabilidade
2/3 de Senadores (54
votos)
Fixação de alíquotas máximas nas operações internas, para
resolver conflito específico que envolva interesse de Estados e do
Distrito Federal
2/3 de Senadores (54
votos)
Suspensão de imunidade de Senadores, durante o estado de sítio2/3 de Senadores (54
votos)
Proposta de emenda à Constituição
3/5 em cada uma das
Casas para aprovação
(49 votos no Senado;
308 na Câmara dos
Deputados
Projeto de decreto legislativo referente a renovação ou não
renovação de concessão ou permissão para serviço de radiofusão
sonora e de sons e imagens
2/5 de votos (33
senadores) para
rejeitar o projeto
Projeto de lei complementarmaioria absoluta de
votos (41)
Exoneração, de ofício, do ProcuradorGeral da república.maioria absoluta de
votos (41)
Perda de mandato de Senador nos casos de infringência do art. 54maioria absoluta de
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da Constituição ou cujo procedimento não seja compatível com o
decoro parlamentar ou que sofrer condenação criminal em
sentença transitada em julgado
votos (41)
Aprovação de ato do Presidente da República que decretar estado
de defesa ou autorização para o Presidente decretar estado de
sítio
maioria absoluta de
votos (41)
Estabelecimento de alíquotas aplicáveis às operações e prestações
interestaduais e de exportação
maioria absoluta de
votos (41)
Estabelecimento de alíquotas mínimas nas operações internas.maioria absoluta de
votos (41)
Autorização de operações de créditos que excedam o montante
das despesas de capital, mediante créditos suplementares ou
especiais específicos
maioria absoluta de
votos (41)
Aprovação do nome indicado para Ministro do Supremo Tribunal
Federal, do Superior Tribunal de Justiça, do Tribunal Superior do
Trabalho, para ProcuradorGeral da República e para membro do
Conselho Nacional de Justiça e do Conselho Nacional do Ministério
Público
maioria absoluta de
votos (41)
Veto presidencial (em sessão conjunta do Congresso) exige
maioria absoluta de votos "'não" em cada uma das Casas para ser
derrubado, ou seja, para ser rejeitado
para ser rejeitado (41
no Senado; 257 na
Câmara dos
Deputados)
Perda de mandato de Deputado ou Senador, por voto secreto da
maioria absoluta da Casa a que pertencer o parlamentar
maioria absoluta (41
no Senado; 257 na
Câmara dos
Deputados).
Observação: Os projetos de decreto legislativo sobre direitos humanos que forem aprovados em cada uma das Casas do Congresso
Nacional com 3/5 de votos (49 no Senado, 308 na Câmara dos Deputados) em 2 turnos serão equivalentes a emenda constitucional.
A publicidade da matéria, o parecer e o quorum, tanto de iniciativa como de votação da matéria a ser deliberada, tanto no Senado
quanto no Congresso, são três formalidades essenciais que nem mesmo o regime de urgência urgentíssima pode dispensar.
Referência:
CF arts. 47, 51, 52, 2º e 4º; 53, §§ 7º e 8º; 55, § 2º e 3º; 60, § 2º; 61; 66, § 4º; 67; 69; 77; 101;103B; 128, §
1º, 2º e 4º;130A; 136, § 4º; 137; 155, § 2º, IV e V, "a" e "b"; 167, III; 223.
RISF arts. 212; 243; 288; 393; 394.
Exercícios de Fixação - Módulo IParabéns! Você chegou ao final do primeiro Módulo de estudo do curso de Processo Legislativo.
Como parte do processo de aprendizagem, sugerimos que você faça uma releitura do mesmo e resolva os Exercícios de
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Fixação. O resultado não influenciará na sua nota final, mas servirá como oportunidade de avaliar o seu domínio do
conteúdo. Lembramos ainda que a plataforma de ensino faz a correção imediata das suas respostas!
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