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MULHER TRANSTORNOS DO HUMOR Estudo Diatésico e Tratamento Homeopático Embora nosso objetivo inicial, seja específicamente voltado para os Transtornos do Humor na Mulher – estudo diatésico e tratamento Homeopático, iniciaremos nossa pesquisa, analisando as Causalidades Intrínsecas e Extrínsecas determinantes dos principais desequilíbrios Psicológicos e Psiquiátricos apresentados pela MULHER, na clínica de Ginecologia e Homeopatia, priorizando os Transtornos do Humor mais freqüentes em cada fase da Vida da Mulher: Adolescência, Menacme, Climatério e Menopausa e relacionando-os com as patologias próprias dessas fases da Vida (diagnósticos Clínicos), suas fisiopatologias determinadas por fatoresIntrínsecos (diáteses) e Extrínsecos (detonadores), suas repercussões no diagnóstico constitucional da Mulher. Finalmente , estabelecer relação de semelhança entre o transtorno natural (desequilíbrio – doença funcional e/ou orgânica) e o transtorno artificial(patogenesias), tão importantes na prevenção e tratamento da Mulher.Vamos nos nortear pelas modernas classificações internacionais: pelo CID 10 e pelo Manual de Diagnóstico e Estatística das Perturbações Mentais - publicação da American Psychiatric Association , Washington D.C., na sua 4ª edição conhecida pela designação “DSM-IV” (instrumento de trabalho de referência para os profissionais da saúde mental).Provavelmente nos próximos anos surgirão novos subtipos de transtornos afetivos, melhorando a precisão dos diagnósticos. Os Transtornos do Humor inclui os transtornos que têm como característica predominante uma perturbação no humor. É importante conhecer as características dos episódios de humor (Episódio Depressivo Maior, Episódio Maníaco, Episódio Misto e Episódio Hipomaníaco), para conveniência de diagnósticos dos vários Transtornos do Humor. Estes episódios não têm seus próprios códigos diagnósticos nem podem ser diagnosticados como entidades distintas; entretanto, eles servem de “blocos de construção” para o diagnóstico dos Transtornos do Humor (p. ex., Transtorno Depressivo Maior, Transtorno Distímico, Transtorno Bipolar I). Os conjuntos de critérios para a maior parte dos Transtornos do Humor exigem presença ou ausência dos episódios de humor. Porque? O que? Quanto? Como? Porque? Mulheres são mais vulneráveis e mais predispostas a desenvolverem Transtornos do Humor? O que? causa as discrepâncias de Sexo/Gênero? Como? podemos identificar melhor as Mulheres que estão sob risco? desenhar melhores Intervenções e Tratamentos específicos para as Mulheres? Que medidas preventivas podem ser adotadas?

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MULHER TRANSTORNOS DO HUMOR

Estudo Diatésico e Tratamento Homeopático

Embora nosso objetivo inicial, seja específicamente voltado para os Transtornos do Humor na Mulher – estudo diatésico e tratamento Homeopático, iniciaremos nossa pesquisa, analisando as Causalidades Intrínsecas e Extrínsecas determinantes dos principais desequilíbrios Psicológicos e Psiquiátricos apresentados pela MULHER, na clínica de Ginecologia e Homeopatia, priorizando os Transtornos do Humor mais freqüentes em cada fase da Vida da Mulher: Adolescência, Menacme, Climatério e Menopausa e relacionando-os com as patologias próprias dessas fases da Vida (diagnósticos Clínicos), suas fisiopatologias determinadas por fatoresIntrínsecos (diáteses) e Extrínsecos (detonadores), suas repercussões no diagnóstico constitucional da Mulher. Finalmente , estabelecer relação de semelhança entre o transtorno natural (desequilíbrio – doença funcional e/ou orgânica) e o transtorno artificial(patogenesias), tão importantes na prevenção e tratamento da Mulher.Vamos nos nortear pelas modernas classificações internacionais: pelo CID 10 e pelo Manual de Diagnóstico e Estatística das Perturbações Mentais - publicação da American Psychiatric Association, Washington D.C., na sua 4ª edição conhecida pela designação “DSM-IV” (instrumento de trabalho de referência para os profissionais da saúde mental).Provavelmente nos próximos anos surgirão novos subtipos de transtornos afetivos, melhorando a precisão dos diagnósticos. Os Transtornos do Humor inclui os transtornos que têm como característica predominante uma perturbação no humor. É importante conhecer as características dos episódios de humor (Episódio Depressivo Maior, Episódio Maníaco, Episódio Misto e Episódio Hipomaníaco), para conveniência de diagnósticos dos vários Transtornos do Humor. Estes episódios não têm seus próprios códigos diagnósticos nem podem ser diagnosticados como entidades distintas; entretanto, eles servem de “blocos de construção” para o diagnóstico dos Transtornos do Humor (p. ex., Transtorno Depressivo Maior, Transtorno Distímico, Transtorno Bipolar I). Os conjuntos de critérios para a maior parte dos Transtornos do Humor exigem presença ou ausência dos episódios de humor.

Porque? O que? Quanto? Como?

� Porque? Mulheres são mais vulneráveis e mais predispostas a

desenvolverem Transtornos do Humor?

� O que? causa as discrepâncias de Sexo/Gênero?

� Como? podemos identificar melhor as Mulheres que estão

sob risco? desenhar melhores Intervenções e Tratamentos

específicos para as Mulheres?

� Que medidas preventivas podem ser adotadas?

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Pesquisas epidemiológicas envolvendo crianças e adolescentes demonstraram que a diferença de gênero na incidência de depressão maior se manifesta primeiramente entre os 11 e 14 anos, assim se mantendo no decorrer da vida adulta, o que pode sugerir um papel determinante dos hormônios sexuais, especialmente considerando que outras situações de variação hormonal também têm sido associadas a humor depressivo, como o período pré-menstrual, puerpério, menopausa, uso de contraceptivos orais e terapia de reposição hormonal. No entanto, revisões sistemáticas têm falhado em identificar associações entre esses fatores e taxas mais elevadas de depressão maior em mulheres. Além disso, o efeito da gravidez na incidência e recorrência de depressão tem se mostrado insignificante. A única exceção parece ser o período pós-parto, associado a aumento substancial das taxas de depressão. Os casos que irrompem pela primeira vez nesse período ocorrem com maior freqüência em mulheres que têm forte história familiar de depressão, comparados com os quadros recorrentes. Vulnerabilidade poderia ser entendida como resultado da combinação entre mudanças decorrentes da flutuação hormonal e fatores e circunstâncias externas, os quais não são propriamente função do ciclo menstrual, mas que podem modular e influenciar a maneira como a mulher reagirá e administrará as mudanças ao longo do ciclo. Embora não seja um resultado consensual, uma associação entre piora dos sintomas pré-menstruais durante situações adversas ou experiências estressantes tem sido documentada em algumas investigações, condizendo com a experiência clínica de profissionais envolvidos com o atendimento e pesquisa da síndrome pré-menstrual. Expectativas negativas em relação à menstruação, aprendidas no ambiente social da mulher, também são citadas como um fator determinante.

Women's mental health: what don't we know?

Saúde mental da mulherO que não sabemos?

Steiner Meir. Women's mental health: what don't we know?. Rev. Bras. Psiquiatr.2006 Associação Brasileira de Psiquiatria

(ABP)

Uma recente edição da revista Science, marcando seus 125 anos, foi dedicada a 125 questões "O que não sabemos?". Uma das perguntas inquiria sobre a relevância da variação genética na saúde pessoal, reconhecendo que a análise genética de doenças como câncer, asma e doença cardíaca está crescendo exponencialmente, ao passo que o progresso em outras doenças, como a depressão, é muito lento. Avaliando os impactos físicos, sociais e mentais da doença, a depressão foi a quarta causa mais importante da lista Global Burden of Illness em 1990 e se prevê que será a causa mais importante em 2020. A morbidade associada à depressão nas mulheres é ainda maior. Não somente o dobro de mulheres sofre desse transtorno em comparação aos homens, mas elas possuem também um índice mais alto de condições comórbidas, tanto físicas como mentais. A partir da idade da menarca até bem após a menopausa, as mulheres também sofrem de transtornos de humor específicos, incluindo disforia pré-menstrual, depressão perinatal e perimenopáusica, assim como transtornos de humor e de ansiedade associados à infertilidade e a gestações abortadas. As mulheres sofrem mais de transtornos alimentares, transtorno de ansiedade generalizada (TAG), transtorno de estresse pós-traumático (TEPT) e doenças auto-imunes. As mulheres são também menos tolerantes ao uso de álcool e possuem uma maior prevalência de transtornos de dor. São influenciadas em maior grau pela sazonalidade, sofrem mais de problemas advindos da mudança de fuso horário nas viagens e do trabalho em turnos rotativos e, por último, mas não em importância, metabolizam as drogas de forma diferente dos homens. A maior parte dessas informações muito valiosas somente foi coletada nos últimos 30 anos, mas muito mais precisa ser conhecido. Algumas das

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perguntas mais importantes a serem respondidas são óbvias: por que as mulheres são mais vulneráveis e correm mais riscos de desenvolverem tais transtornos? O que causa as discrepâncias de sexo/gênero? Como podemos identificar melhor as mulheres que estão sob risco? Que medidas preventivas podem ser adotadas? E por último, mas não menos importante: como podemos desenhar melhores intervenções/tratamentos específicos para as mulheres? Além disso, a questão, ainda muito discutida, sobre a origem biológica x criação (nature versus nurture) parece ser ainda mais relevante para a maior prevalência de transtornos do humor e de ansiedade entre as mulheres. A perspectiva evolucionista sugere que possíveis assimetrias entre homens e mulheres na preferência por certos tipos de relações, no investimento diferenciado na reprodução e no cuidado das crianças, bem como nas opções sociais (ou a falta delas), contribuem em conjunto para que as mulheres sejam mais vulneráveis a transtornos do humor (depressão maior e distimia) bem como de ansiedade (especialmente TAG e TEPT). As mulheres estão mais expostas a estressores incontroláveis, tanto psicológicos como físicos, incluindo violência, abuso e estupro, a partir de uma idade precoce, muito mais freqüentemente do que os homens.

Prevalência

� Maior predisposição genética?

� Maior vulnerabilidade a eventos estressantes?

� Modulação do S. Neuroendócrino pela

flutuação dos hormônios gonadais ?

� Combinação de alguns ou de todos estes

fatores?Steiner e al.,2003- Psiquiatra e Neurocientista

Observada a partir da Puberdade e menos evidente após a Menopausa (Weissman e al.,1995).Porém ocorre em ambos os sexos – presumindo-se que existam fatores comuns para o seu desenvolvimento= Steiner e al.2003. O Principal Constituinte Dessa Teoria Unificadora Parece Ser Predisposição Genética .A despeito de muitas incertezas, as evidências têm apontado para o fato de o estrogênio, que é sintetizado nos ovários, placenta, tecido adiposo e também no cérebro, AFETAR O HUMOR E A COGNIÇÃO, atuando não só no hipotálamo, mas também no hipocampo e cerebelo (Li e Shen, 2005; Seeman, 1997). Suas Múltiplas Ações No Sistema Nervoso Central Relacionam-se Com Crescimento e Diferenciação de Dendritos e Axônios No Cérebro Em Desenvolvimento, Com Arborização Dendrítica e Sinaptogênese no Cérebro Maduro, Com a Modulação da Produção e Liberação de Neurotransmissores e Como Protetor Contra Citotoxicidade Glutamatérgica (Li e Shen, 2005). Já se argumentou que a ciclicidade na liberação de estrogênio, com grande flutuação de suas quantidades circulantes, típica do funcionamento da mulher entre a menarca e a menopausa, poderia ser mais importante que os níveis absolutos de hormônio circulante, enquanto Causa da Vulnerabilidade ao Estresse e Indiretamente à Depressão (Seeman,1997). ?? Aparentemente, o estrogênio favorece tanto a neurotransmissão serotonérgica quanto a noradrenérgica (Parker e Brotchie, 2004) e não parece lógico que a vulnerabilidade a sintomas afetivos ocorresse por causa de sua maior disponibilidade no organismo de mulheres em idade fértil.?? A progesterona parece interferir de modo aproximadamente oposto ao estrogênio, inclusive aumentando a atividade da monoaminoxidase (Parker e Brotchie, 2004). Assim, os hormônios gonadais circulantes modulam os fenômenos de neurotransmissão cerebral e participam da regulação dos estados de humor em diferentes situações que envolvem sintomas depressivos. Existem diversas alterações Hormonais e de Neurotransmissores no controle do Humor e Comportamento.. Os Hormônios esteróides gonadais alteram direta ou indiretamente os sistemas de neurotransmissores: glutamato, ácido gama-aminobutírico(Gaba), acetilcolina, serotonina, dopamina, noradrenalina e neuropeptídeos

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Trabalho:

Epidemiologia dos transtornos psiquiátricos na Mulher

Laura Helena S. G. De Andrade

Maria Carmen Viana

Camila Magalhães Silveira

RevPsiq - IPq-HC-FMUSP

Transtornos Mentais representam um sério problema de saúde pública

Publicação OMS e por pesquisadores da

Universidade de Harvard, em 1994 (Lopez e Murray, 1998)

Utilizando como medida uma combinação do número de anos vividos com incapacidade, e conseqüente deterioração da qualidade de vida, e do número de anos perdidos por morte prematura causada pela doença (medidos pela unidade Disability Adjusted Life Years – DALYs), verificou-se que doenças como transtornos depressivos e transtornos cardiovasculares estão rapidamente substituindo a desnutrição, complicações perinatais e doenças infecto contagiosas em países subdesenvolvidos, onde vivem quatro quintos da população do mundo. Em países da Ásia e da América Latina, essa transição epidemiológica vem ocorrendo sem a devida adequação do planejamento de serviços e assistência à saúde pública (Thornicroft e Maingay, 2002). Das dez principais causas de incapacitação, cinco delas são transtornos psiquiátricos, sendo a depressão responsável por 13% das incapacitações, alcoolismo por 7,1%, esquizofrenia por 4%, transtorno bipolar por 3,3% e transtorno obsessivo-compulsivo por 2,8% (Lopez e Murray, 1998). Na idade adulta emergem grandes diferenças entre homens e mulheres em relação aos transtornos mentais. A mulher apresenta vulnerabilidade marcante a sintomas ansiosos e depressivos, especialmente associados ao período reprodutivo. A depressão é, comprovadamente, a doença que mais causa incapacitação em mulheres, tanto em países desenvolvidos como naqueles em desenvolvimento. No mundo, a morte por suicídio é a segunda causa de morte para mulheres na faixa de 15 a 44 anos de idade, sendo precedida somente por tuberculose. Além da depressão, dentre as dez principais causas de mortalidade prematura e incapacitação em mulheres em países desenvolvidos no ano de 1990, a esquizofrenia ficou em segundo lugar, o transtorno afetivo bipolar, em quarto, transtorno obsessivo-compulsivo, em quinto, abuso de álcool, em sexto e suicídio, em nono lugar. As mesmas condições aparecem entre as 15 principais causas de sobrecarga global em regiões subdesenvolvidas, porém em diferente ordenação, e suicídio sobe para a quarta colocação. Tabagismo, abuso de drogas ilícitas e sexo desprotegido foram outras condições que se mostraram, direta ou indiretamente, associadas a transtornos mentais da mulher e que se constituem em

importantes fatores de risco para outras condições deletérias à saúde.

Fatores Culturais

- Aptidões tipicamente masculinas ou femininas.

Anatômica, Química e Funcionalmente distintos,

nas áreas do cérebro envolvidas

Emoção, Cognição, Memória e Comportamento.

A prevalência de depressão em mulheres é duas vezes maior que os homens (Young et al.,2000).

Diferenças do Cérebro Masculino e Feminino

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A maioria das nossas decisões é influenciada por emoções. Alguns especialistas vão além e afirmam que o êxito nas distintas áreas da vida e o sucesso em nossos objetivos não são conseguidos apenas com a razão, mas sobretudo com o coração, por meio de nossa capacidade de canalizar os sentimentos. Compreender os demais, conhecer o que se sente, controlar as próprias reações, se auto-motivar e decidir com intuição são fatores decisivos para o êxito e a satisfação pessoal, familiar, laboral e social e para ter boa saúde, segundo os defensores da inteligência emocional (IE), uma idéia que iniciou sua caminhada há alguns anos e que avança dia-a-dia. Segundo um dos criadores do conceito, o psicólogo Daniel Goleman, da Universidade de Harvard, nos EUA, "a abundância das qualidades da IE origina uma maior capacidade de auto-motivação e autodisciplina, preocupação com os demais e colaboração, o que faz com que a vida seja mais satisfatória". Além das especificidades biológicas, outras teorias têm sido exploradas para explicar as diferenças de gênero na prevalência de depressão, como, por exemplo, maior persistência dos episódios depressivos em mulheres que em homens, permeada pela influência de pressões sociais, estresse crônico e baixo nível de satisfação associados ao desempenho de papéis tradicionalmente femininos, ou pela forma diferencial entre gêneros de lidar com problemas e buscar soluções. Fatores de risco associados à depressão têm sido identificados, incluindo história familiar, adversidade na infância, aspectos associados à personalidade, isolamento social e exposição a experiências estressantes. Pesquisas de enfoque genético envolvendo o estudo de gêmeos têm demonstrado forte e equivalente hereditariedade para depressão em homens e mulheres. Há, ainda, indicação de que fatores genéticos possam influir na vulnerabilidade para eventos depressogênicos de modo diferencial em meninas pós-puberais comparadas a meninas pré-puberais e a meninos pré e pós-puberais. O perfil de comorbidade também parece diferir entre gêneros, com mulheres apresentando maiores taxas de ansiedade associada à depressão e homens mostrando maior abuso de substâncias psicoativas e transtornos de conduta. História familiar, principalmente parental, de depressão foi mais comum neste subgrupo, assim como abuso sexual e negligência na infância. Na análise desses dados, o sintoma “sensibilidade à rejeição interpessoal” surgiu como um aspecto importante do quadro, assim como a presença de sintomas ansiosos e reatividade do humor associada à irritabilidade, ficando a hipersônia e o ganho de peso como sintomatologias não específicas.

Dr Oswaldo Frota-Pessoa, Biólogo e Doutor em Genética,

Professor titular do Depto de Biologia da USP Trabalhos publicados respectivamente em 1986/1989 /1990

“Genes e Ambiente: O Comportamento”

“Genética do Comportamento”

“Epidemiologia e Genética dos Distúrbios de Humor”

Transtornos recorrentes

* Estresse

Influência de Genes

e

Fatores Ambientais

Efeitos Interativos

Transição entre Distúrbios do HumorComorbidades

“Regras epigenéticas moduladas pelo Ambiente, masenraizadas nos genes, orientam nosso desenvolvimentomental e constroem nosso estilo”

Prof.Dr.Oswaldo Frota-Pessoa - 1990

Multifatorial poligênica

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Mulheres apresentam maior comorbidade entre DEPRESSÃO E TRANSTORNOS DE ANSIEDADE, particularmente transtorno de pânico e fobias simples. Em “Epidemiologia e Genética dos Distúrbios de Humor” - trabalho publicado no Jornal Brasileiro de Psiquiatria de Julho de 1990 vol 39, Dr Oswaldo Frota – Pessoa, biólogo e doutor em genética, professor titular do Depto de Biologia da USP “Explica-se como se localizaram três genes moduladores da predisposição aos distúrbios de humor (doenças afetivas, psicose maníaco-depressiva): um deles no cromossomo 11 e dois no cromossomo X. Apresenta-se a classificação moderna dos distúrbios do humor. Revêem-se os dados sobre filhos adotivos e sobre gêmeos, que provam a influência de genes e de fatores ambientais na etiologia dessas afecções. Conclui-se que o distúrbio de humor tem determinação multifatorial poligênica, o que dá conta da transição contínua que existe entre as formas reconhecidas de distúrbio de humor. Com base nesse tipo de herança, propõe-se uma explicação para as contradições que têm ocorrido no campo da localização molecular de genes de predisposição ao distúrbio de humor e à esquizofrenia”. A alteração do humor em geral se acompanha de uma modificação do nível global de atividade, e a maioria dos outros sintomas são quer secundários a estas alterações do humor e da atividade, quer facilmente compreensíveis no contexto destas alterações. A maioria destes transtornos tendem a ser recorrentes e a ocorrência dos episódios individuais pode freqüentemente. estar relacionada com situações ou fatos estressantes. Avança-se, por fim, a hipótese dos poligenes e polimenes comutativos para explicar a concentração concomitante do distúrbio de humor e de alcoolismo nas mesmas famílias.

www.psiquiatriageral.com.br/. ../indice_humor.jpg

� Nosso cérebro - recolhe, compara, analisa, sintetiza, e usa as

Emoções e as Intuições - abstrações novas e inusitadas.

� Impulsos Nervosos que geram a Percepção e o Pensamento -

Potenciais de Ação, movem-se através do Córtex.

� Controle de suas execuções a partir do próprio corpo do

indivíduo.

LURIA, A. R. Fundamentos de neuropsicologia. RJ, LTC/EDUSP, 1984.

Formação e Organização de Comportamentos

Sistemas Funcionais Atividade Psíquica.

Processos Psicológicos

SISTEMA LÍMBICO É a principal fonte de nossos humores e emoções, de nossos interesses. Papel importante no comportamento emocional do indivíduo.Com certo grau de plasticidade no sentido de aprendizado e soluções de problemas com base na experiência imediata. É a parte do Córtex que se desenvolve primeiro. 0 neocórtex, que surge depois, é dividido nos lobos frontal, temporal, parietal e occipital, que são separados por sulcos. Os impulsos nervosos que geram a percepção e o pensamento, conhecidos como potenciais de ação, movem-se através do córtex. Nosso cérebro faz muito mais que recolher, ele compara, analisa, sintetiza, e como nenhum computador usa as emoções e as intuições, gerando abstrações novas e inusitadas, projeta-nos no futuro, liberta-nos do presente. O estudo do cérebro ocorre dentro de um princípio holístico (A. R. Luria), Baseia-se na idéia de que processos psicológicos em larga escala operam em sistemas funcionais intimamente integrados. Desempenham cada qual um papel na atividade psíquica. São responsáveis pela manutenção do tono do córtex, estado indispensável para o correto recebimento, processamento, elaboração e conservação da informação, assim como Processos de formação e organização de comportamentos e também pelo controle de suas execuções a partir do próprio corpo do indivíduo. LURIA, A. R. Fundamentos de neuropsicologia trad. de Juarez Aranha Ricardo.

RJ, LTC/EDUSP, 1984. 346p. A porção alta do tronco encefálico (substância reticular, mesencéfalo) e gânglios da base, tem centros com participação importante na procriação, na predação, no instinto de território e no modo de vida gregário (evolui há centenas de milhões de anos). Intimamente relacionado e circulando parte destas estruturas está o sistema límbico, que tem papel importante no comportamento emocional do indivíduo, apresenta certo grau de plasticidade no sentido de aprendizado e soluções de problemas com base na experiência imediata. É a principal fonte de nossos humores e emoções, de nossos interesses e cuidados com os jovens (evolui há dezenas de milhões de anos). Século XX: década de 40: Von Euler - vínculo da Neuroquímica e comportamento

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AferênciaDetonadora

Sistema Funcional de P. K. Anokhin

Tomada deDecisão

Aparelho receptordo resultado da

Ação

Programa de

Ação

SÍNTESE AFERENTE EXCITAÇÕES EFERENTES

Resultado

Ação

Parâmetros

Memória

AferênciaSituacional

Motivação Dominante

Aferência de retorno

Anokhin, K.P. – Problemas do Centro e da periferia na Fisiologia do Sistema Nervoso - 1935

Para isso nossa ABORDAGEM CLÍNICA tanto micro e macroscópica será SISTÊMICA baseada na TEORIA DOS SISTEMAS FUNCIONAIS IDEALIZADA POR ANOKHIN que em seu laboratório em Moscou criou as BASES PARA ESTUDO DA MODERNA FISIOLOGIA que é dinâmica e integrada.Esta teoria foi introduzida e ampliada na Homeopatia pelo Prof. Romeu Carillo Jr., que emitiu, através dela importante teoria para explicar a AÇÃO DO MEDICAMENTO HOMEOPÁTICO, mostrando-nos como a mesma se encaixa de maneira particularmente perfeita à Homeopatia, por seu caráter holístico-dinâmico. Depreende-se daí como fica lógico entender os complexos mecanismos e sistemas funcionais envolvidos na coordenação do CICLO MENSTRUAL NA MULHER. O sistema funcional é definido como aparelho fisiológico concreto, centro periférico, cíclico, que se encontra na base da auto-regulação . Parte do príncipio da auto-regulação fundamentada no resultado de sua atividade. Qualquer que seja o desvio de tais resultados, através de vias neurológicas ou humorais, ou por meio de excitações eletivas de diferentes setores do sistema nervoso Central, ocorrerá inclusão seletiva de diferentes orgãos e processos, cuja atividade conjunta deverá promover a homeostase.

Fase de ResistênciaAdaptação

Estresse Síndrome Geral de Adaptação

Hans Selye- Fisiologista canadense, 1936 Definiu "stress"

Reação de Alarme Fase de ExaustãoProcessamento Instabilidade

Hans Selye- fisiologista canadense, 1936 introduziu o termo "stress" no campo da saúde para designar a resposta geral e inespecífica do organismo a um estressor ou a uma situação estressante. Posteriormente, o termo passou a ser utilizado tanto para designar esta resposta do organismo como a situação que desencadeia os efeitos desta. Frente a uma situação estressora, o tipo de resposta de cada indivíduo depende, não somente da magnitude e freqüência do evento de vida estressor, como também da conjunção de fatores ambientais e genéticos. Mesmo as capacidades individuais de interpretar, avaliar e elaborar

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estratégias de enfrentamento parecem ser geneticamente influenciadas. A resposta de enfrentamento ao evento estressor, selecionada a partir dos componentes cognitivo, comportamental e fisiológico, caso consiga eliminar ou solucionar a situação estressora provocará uma diminuição da cascata fisiológica ativada. Se a resposta ao estresse gerar ativação fisiológica freqüente e duradoura ou intensa, pode precipitar um esgotamento dos recursos do sujeito com o aparecimento de transtornos psicofisiológicos diversos, podendo predispor ao aparecimento de transtornos de ansiedade entre outros transtornos mentais. O desenvolvimento de um transtorno está diretamente relacionado à freqüência e duração de respostas de ativação provocadas por situações que o sujeito avalia como estressoras para si. Diversos estudos avaliaram a relação entre a ocorrência de eventos de vida estressores e o surgimento de sintomas depressivos. No entanto, poucos dados são encontrados na literatura em relação a sintomas ansiosos frente a estes eventos. Os autores sugerem que mais estudos de enfoque etiológico sejam realizados, avaliando a relação causal entre a exposição a diferentes eventos de vida estressores e o surgimento de sintomas de ansiedade, bem como de transtornos ansiosos. O reconhecimento desta relação causal terá implicações práticas tão relevantes como a prevenção de transtornos ansiosos e o estabelecimento de estratégias de tratamento.

Internos

Externos

Estresse Extressores

Adaptação

Ajustamento

Resposta

Fisiológica

Psicológica

Comportamental

Busca de soluções, selecionando condutas adequadas e preparando o organismo para agir de maneira rápida e vigorosa.

“PROGRAMAS DE AÇÃO” “INPUTS”

O Estresse que é definido como: resposta fisiológica, psicolólgica e comportamental para adaptar-se e ajustar-se às pressões intrínsecas e extrinsecas, e que é uma referência comum no Consultório, pela pacientes. As aferências situacionais (agentes estressores) a que a Mulher de hoje está exposta leva ao quadro do Estresse e a frequentes mecanismos adaptativos. É o modelo ideal dentro da Concepcão Sistêmica de Doença. Leva paradoxalmente, a importante idéia da doença como “forma de solução de problemas”. A idéia da doença como um meio de enfrentar situações estressantes na vida leva naturalmente à noção do significado de doença, ou da “mensagem” transmitida por uma doença – transformação do padrão organizacional do sistema através da Autopoiese, baseados na Cognição e da Adaptação. Doença: instabilidade do processo vital, que pode resultar no seu aniquilamento, deterioração ou adaptação. (Carillo, Jr) Estresse denota o estado gerado pela percepção de estímulos – estressores(detonadores) capazes de provocar num organismo, complexo conjunto de respostas orgânicas, mentais, psicológicas e/ou comportamentais

Geraldo J. Ballone: Estresse – Curso de Psicopatologia)

Inputs Externos

Dissociação

ProcessamentoInputs Internos

Instabilidade - Aprendizado

FísicosPsíquicosSociais

Adaptação Biológica Cognitiva e Social

EliminaçõesEficientes

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Transformação do padrão organizacional do sistema através da Autopoiese, baseados na Cognição e da Adaptação.Neurotransmissores e estresse :Diferentes substâncias têm sido estudadas visando a compreender a neurofisiologia que envolve a ansiedade e o estresse. Entre elas as aminas biogênicas, como a noradrenalina, a dopamina e a serotonina; aminoácidos, como o ácido gama-aminobutírico (GABA), a glicina e o glutamato; peptídeos, como o fator de liberação de corticotropina (CRF), o hormônio adrenocorticotrófico (ACTH) e a colecisticinina (CCK) e esteróides, como a corticosterona. No SNC, neurônios que sintetizam noradrenalina estão situados nas regiões bulbar e pontina, sendo que o grupo mais importante situa-se no locus ceruleus. As células do locus ceruleus, quando ativadas por estímulos estressantes, ameaçadores, produzem uma reação comportamental cardiovascular característica de medo. Acredita-se que o locus ceruleus funcione como um "sistema de alarme", ou seja, exerce a função de atenção, monitorando continuamente o ambiente e preparando o organismo para situações de emergência.6,7 De todos os transtornos de ansiedade, o transtorno do pânico e o estresse pós-traumático são os que apresentam evidências mais contundentes de uma anormalidade do sistema noradrenérgico. A noradrenalina tem sido relacionada também com experiências intrusivas. O locus ceruleus inerva hipocampo, amigdala e neocortex temporal, que são algumas das estruturas neuroanatômicas envolvidas no processo associativo. Na resposta aguda ao estresse, há um aumento importante de noradrenalina na fenda sináptica, resultando num aumento da resposta monosináptica evocada.8 Com relação à dopamina, o estresse aumenta a liberação e o metabolismo deste neurotransmissor no córtex pré-frontal, uma área envolvida na produção de respostas ao estresse9. O envolvimento da dopamina com estados de hipervigilância já está bem estabelecido. Sabe-se que a diminuição da função serotonérgica pode resultar em aumento da função da dopamina, promovendo hipervigilância nas situações de estresse. Acredita-se atualmente que a serotonina exerça um duplo papel na regulação do comportamento de defesa. Os sinais de perigo estimulariam o sistema de defesa através da amígdala e, ao mesmo tempo, ativariam os neurônios serotonérgicos do núcleo dorsal da rafe. Estes, por vias nervosas diferentes, inervam tanto a amígdala quanto a MCP. A serotonina facilitaria as reações ativas de defesa na amígdala e as inibiria na MCP. As respostas mediadas pela serotonina teriam, portanto, um sentido adaptativo, já que para níveis de perigo potencial ou distal é conveniente que os comportamentos de luta e fuga sejam inibidos, possibilitando que o indivíduo adote estratégias mais adequadas, como exploração cautelosa e inibição comportamental.7 Poder-se-ia dizer, ainda, que a serotonina aumenta a ansiedade atuando na amígdala e contém o pânico agindo na MCP. O GABA (acido gama-aminobutírico) é o principal neurotransmissor inibitório do Sistema Nervoso Central. No núcleo dorsal da rafe, exerce uma inibição tônica sobre os neurônios serotonérgicos. Na MCP e colículos superiores, exerce um controle inibitório sobre o substrato neural do medo. No teto mesencefálico, controla aspectos motores relacionados ao comportamento de fuga6,7. Os receptores benzodiazepínicos (BZD) e o GABA estão presentes em toda parte no SNC, afetando diversos sistemas funcionais. Estudos mostram também que o sistema GABA – BZD da amígdala regula não apenas a ansiedade, mas a memória emocional, já que à amígdala também é atribuída a ação amnésica dos compostos BZD.

6,7 Resumindo, nas situações em que o perigo está próximo, o indivíduo irá reagir com comportamentos vigorosos de luta ou fuga. Para tal, fazem-se necessárias alterações cardiovasculares, constituindo em elevação da pressão arterial, taquicardia, vasoconstrição na pele e nas vísceras e vasodilatação nos músculos estriados, bem como hiperventilação. O sistema neural responsável por tais manifestações comportamentais e neurovegetativas de defesa ativa seria a MCP dorsal e o hipotálamo medial. O hipotálamo, uma vez estimulado, libera o fator liberador de corticotrofina (CRF), vasopressina e outros neuropeptídeos reguladores. A liberação de CRF promove, entre outras, a secreção do hormônio adrenocorticotrófico (ACTH), o qual leva à liberação do cortisol pelas adrenais (eixo hipotálamo-hipófise-adrenal)10 . Níveis de cortisol cronicamente elevados podem interferir na estrutura e função hipocampal, produzindo alterações de memória e cognição11.

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EstresseTranstornos do Humor

Estresse e Função Reprodutora Feminina:- Rev.Bras. Saúde Mater. Infant. Vol.5 no1 Recife Jan/Mar.2005Depto de Morfologia e Fisiologia UF-RN

A Interação entre os SISTEMAS HORMONAIS GONADAL X ADRENAL = vem sendo apontada como um dos sensibilizadores para a ocorrência de DEPRESSÃO no período repr. da vida feminina Entretanto, hoje se pensa que diferentes mecanismos neurais e endócrinos estão envolvidos na resposta ao estresse e que podem ser ativados seletivamente. Labrador e cols. (1994)2 distinguem três eixos de atuação da resposta fisiológica ao estresse: • O EIXO NEURAL, o qual se ativa imediatamente, frente a uma situação de estresse. Implica a ativação principalmente do sistema nervoso autônomo (feixe simpático) e do sistema nervoso periférico. Seus efeitos são: aumento do ritmo cardíaco (SNA), aumento da pressão arterial (SNA), secura na boca (SNA), sudorese intensa (SNA), "nó" na garganta (SNA), formigamento dos membros (SNP), dilatação das pupilas (SNP) e dificuldade para respirar. • O EIXO NEUROENDÓCRINO é mais lento em sua ativação e necessita de condições de estresse mais duradoras. Seu disparo ativa a medula das suprarrenais, provocando a secreção de catecolaminas (adrenalina e noradrenalina), o que ajuda a aumentar e manter a atividade adrenérgica somática, produzindo efeitos similares aos gerados pela ativação simpática. É o eixo de luta e fuga, pois prepara o organismo para uma intensa atividade muscular, quando a pessoa percebe que pode fazer algo para controlar a situação (seja enfrentar ou fugir). Seus efeitos são: aumento da pressão arterial, do aporte sangüíneo para o cérebro, do ritmo cardíaco, da estimulação dos músculos estriados, de ácidos graxos, triglicerídeos e colesterol no sangue; secreção de opióides endógenos e diminuição do fluxo sangüíneo nos rins, no trato gastrointestinal e na pele. Esta resposta aumenta o risco de hipertensão, de formação de trombos, de angina do peito, em pessoas propensas. Também aumenta o risco de arritmias, elevando a possibilidade de morte súbita. • O EIXO ENDÓCRINO caracteriza-se por disparo mais lento e por efeitos mais duradouros que os anteriores e necessita de que a situação de estresse mantenha-se por mais tempo. Este eixo é disparado quando a pessoa não dispõe de estratégias de enfrentamento na situação de estresse. Seus principais efeitos são: aumento da glicogênese, aumento da produção de corpos cetônicos, exacerbação de lesão gástrica, aumento da produção de uréia, aumento da liberação de ácidos graxos livres no sistema circulatório, aumento da suscetibilidade a processos ateroscleróticos, aumento da suscetibilidade à necrose miocárdica, supressão de mecanismos imunológicos, diminuição do apetite.

Persistentes Esforços

Adaptativos

Estresse Patológico

Conflito, Ansiedade, Angústia, Depressão

Desestabilização Emocional.

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Imunidade e Emoções Investigações sobre as contribuições do bom humor para a saúde são mais recentes e menos numerosas que os estudos sobre os efeitos danosos da tristeza, da angústia e da raiva.Mas um recente estudo sobre a atividade das células tipo Natural Killer (NK), importantes na imunidade contra tumores, mostrou os efeitos de programas que estimulam o riso e o bom humor no aumento da atividade desses componentes imunológicos, ao mesmo tempo em que os estados depressivos enfraqueciam esse aspecto da defesa orgânica (Takahashi, 2001). Em pacientes com doenças malignas e submetidos à provas de função cerebral (PET) houve significativa correlação entre as atividades dessas células da defesa imunológica, ansiedade e estresse, e atividade do córtex pré-frontal ínfero-lateral, córtex órbito-frontal e córtex temporal anterior. Esses resultados ofereceram dados que servem de suporte para uma hipótese de que a interação psico-imune possa ser mediada também pelo córtex cerebral e pelo Sistema Límbico. Esta resposta biológica ao estressor é complexa e sistêmica e criativa - visando a propiciar uma melhor percepção da situação e de suas demandas, assim como um processamento mais rápido da informação disponível, possibilitando uma busca de soluções, selecionando condutas adequadas e preparando o organismo para agir de maneira rápida e vigorosa. Via de regra o organismo humano vai reagindo fisiologicamente através de uma série de respostas sistêmicas na tentativa de adaptar-se às circunstâncias.

Instabilidades

Inputs Externos

Dissociação

ProcessamentoDeficienteInputs Internos

FísicosPsíquicosSociais

Eliminaçõesdeficientes

Instabilidade - Deterioração / Aniquilamento

Resposta ao estressor compreende aspectos cognitivos, comportamentais e fisiológicos, visando a propiciar uma melhor percepção da situação e de suas demandas, assim como um processamento mais rápido da informação disponível, possibilitando uma busca de soluções, selecionando condutas adequadas e preparando o organismo para agir de maneira rápida e vigorosa. A sobreposição destes três níveis (fisiológico, cognitivo e comportamental) é eficaz até certo limite, o qual uma vez ultrapassado, poderá desencadear um efeito desorganizador2. Assim, diferentes situações estressoras ocorrem ao longo dos anos, e as respostas a elas variam entre os indivíduos na sua forma de apresentação, podendo ocorrer Manifestações Psicopatológicas diversas como sintomas inespecíficos de depressão ou ansiedade, ou transtornos psiquiátricos definidos, como por exemplo o Transtorno de Estresse Pós-Traumático. Do ponto de vista evolutivo, a ansiedade e o medo, assim como o estresse, têm suas raízes nas reações de defesa dos animais, que ocorrem em resposta aos perigos encontrados em seu meio ambiente. Quando um animal se depara com uma ameaça ao seu bem estar, à sua integridade física, ou até mesmo à sua sobrevivência, ele experimenta uma série de respostas comportamentais e neurovegetativas, que caracterizam a reação de medo. Estresse denota o estado gerado pela percepção de estímulos que provocam excitação emocional e, ao pertubarem a homeostasia, disparam um processo de adaptação caracterizado, entre outras alterações, pelo aumento de secreção de adrenalina produzindo diversas manifestações sistêmicas, com distúrbios fisiológico e psicológico. O termo estressor por sua vez define o evento ou estímulo que provoca ou conduz ao estresse.1 nas situações em que o perigo está próximo, o indivíduo irá reagir com comportamentos vigorosos de luta ou fuga. O sistema neural responsável por tais manifestações comportamentais e neurovegetativas de defesa ativa seria a MCP dorsal e o hipotálamo medial. O hipotálamo, uma vez estimulado, libera o fator liberador de corticotrofina (CRF), vasopressina e outros neuropeptídeos reguladores. A liberação de CRF promove, entre outras, a secreção do

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hormônio adrenocorticotrófico (ACTH), o qual leva à liberação do cortisol pelas adrenais (eixo hipotálamo-hipófise-adrenal)10 . Níveis de cortisol cronicamente elevados podem interferir na estrutura e função hipocampal, produzindo alterações de memória e cognição11.

Transtornos de Humor e Ansiedade

A partir da Menarca até bem após a Menopausa

� Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG),

� Transtorno de Estresse Pós-traumático (TEPT)

� Transtornos Alimentares

� Doenças Auto-imunes.

Disforia

Pré-Menstrual

Depressão Perinatal

Perimenopáusica

Doenças Auto-imunes: Forte tensão, Sentimentos de insegurança, Retraimento social, Dificuldade para expressar sentimentos e Sensibilidade afetiva muito aumentada. Transtornos do Humor Transtornos nos quais a perturbação fundamental é uma alteração do humor ou do afeto, no sentido de uma depressão (com ou sem ansiedade associada) ou de uma elação. A alteração do humor em geral se acompanha de uma modificação do nível global de atividade, e a maioria dos outros sintomas são quer secundários a estas alterações do humor e da atividade, quer facilmente compreensíveis no contexto destas alterações. A maioria destes transtornos tendem a ser recorrentes e a ocorrência dos episódios individuais pode freqüentemente estar relacionada com situações ou fatos estressantes. Este agrupamento contém as seguintes categorias de três caracteres: F30.0 - Hipomania F31 - TRANSTORNO AFETIVO BIPOLAR F32 - Episódios Depressivos F33 - Transtorno Depressivo Recorrente F33 - Transtorno Persistente do Humor F34.0 - Ciclotimia F34.1 - Distimia F34.8 Outros transtornos do humor (afetivos) persistentes F34.9 Transtorno do humor (afetivo) persistente não especificado F38 Outros transtornos do humor (afetivos) F38.0 Outros transtornos do humor (afetivos) isolados F38.1 Outros transtornos do humor (afetivos) recorrentes F38.8 Outros transtornos especificados do humor (afetivos) F39 Transtorno do humor (afetivo) não especificado F39 Transtorno do humor (afetivo) não especificado

Mudança de fuso horário nas viagens e

trabalho em turnos rotativos

� Doenças Ginecológicas:-Anovulação / Distúrbios Menstruais

� Doenças Obstétricas :- Infertilidade / Abortamentos

Sazonalidade

Interferência do Estresse sobre o Ciclo Menstrual. Relação entre evento estressor e Amenorréia.Transtornos da Alimentação, Infertilidade e Disfunção do ciclo menstrual ocorrem com freqüência em mulheres transtornos da Alimentação

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As Várias Categorias Diagnósticas são

doenças com

� Fisiopatologias distintas ou

� Variantes Sintomáticas da mesma condição

Transtornos do Humor

?Livro:- Recuperação em depressão: Moreno, H.D; Bernik, Marcio; Mattos, P.Cordás,A.T.

Baseando em nossos estudos fisiopatológicos da depressão e do tratamento homeopático: �Teoria das doenças cronicas de Samuel Hahnemann �Neurofisiológica de Anoklin �Teoria da Ação do medicamento homeopático de Carillo Chegamos as seguintes proposta, que deverá ser avaliada, pelo levantamento dos casos protocolados. �Reconhecer completamente a origem do distúrbio da saúde que se pretende tratar e ter a capacidade de realizar diagnósticos diferenciais com precisão. �Não basta portanto reconhecer sintomas, mas também sua origem ou fisiopatologia, estabelecendo a relação entre os sistemas funcionais sensibilizados. �Identificar os orgãos afetados tanto na patogenesia quanto no indivíduo a ser tratado.

� Psora

� Sifilinismo

� Sicose

�Tuberculinismo(concepção não

hahnemanniana)

Concepção Hahnemanniana

Intrínsecos Extrínsecos

�Psíquicos

�Higienodietéticos

�Ambientais

�Medicamentosos

�Tóxicos

�Infecciosos, etcSuceptibilidade / Predisposição Mórbida

Doente x Doença - aspecto dinâmico desta relação.

Cada “Miasma”- Diátese : diferente forma de Prescrição“O conhecimento da “Tendência Mórbida” do indivíduo a ser tratado ditava a forma de prescrever”

Samuel Hahnemann

Vulnerabilidade estejam correlacionados com diferentes manifestações sintomáticas, ou seja, em resposta ao mesmo agente precipitante, mulheres com vulnerabilidades diversas apresentariam sintomas também variados. Igualmente, flutuações no estado de vulnerabilidade responderiam pela considerável variação na apresentação dos sintomas, tanto na intensidade quanto no momento de aparecimento, que tem sido verificada em ciclos consecutivos. Nesse sentido, embora uma associação entre disforia pré-menstrual e depressão seja assunto de interesse de longa data, só recentemente tem sido aventado o mesmo em relação aos transtornos ansiosos. Por exemplo, mulheres com disforia pré-menstrual também são mais propensas a desenvolver sintomas ansiosos em resposta à infusão de lactato102,103 e inalação de dióxido de carbono,104 estímulos considerados capazes de distinguir grupos de voluntários sadios de pacientes com transtorno do pânico. foi sugerido que mulheres com mudanças disfóricas associadas ao período pré-menstrual teriam um traço de vulnerabilidade ao desenvolvimento de estados disfóricos, o qual se manifestaria como transtornos depressivos ou ansiosos.105 Assim, algumas delas seriam mais suscetíveis a desenvolver predominantemente sintomas ansiosos no período pré-menstrual e também, transtornos ansiosos ou do pânico, enquanto outras seriam mais vulneráveis a apresentar sintomas depressivos no pré-menstrual, e eventualmente transtorno depressivo. Dessa maneira, a natureza e a constelação dos sintomas estariam associados a particularidades da predisposição individual.

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Características da Concepção Hahnemanniana

Resultado de interações entre

tendências hereditariamente

transmitidas

e

fatores extrínsecos

desencadeantes.

Movimentos ineficazes do

organismo,

na tentativa de restabelecer

a

harmoniosa função vital,

tanto com relação às

sensações quanto funções.

Doenças Crônicas

Samuel Hahnemann

Concepção Sistêmica – Sistemas Complexos

Carillo, Jr. 2005

Do que é feito?

Como funciona?

Qual o padrão?

Instabilidade

do organismo,

que pode levar

�Aniquilamento

�Deterioração

� Adaptação

� Medicamento atua

pela Ação Primária

� Lei da Semelhança

� Estabelecimento daSaúde

Aprendizado

Adaptação

Doença Tratamento

Distúrbio da Saúde

Classificação das Instabilidadesquanto as suas Origens

I. Predominantemente Extrínsecas Agudas

Mecânicas

Indisposições

CrônicasAmbientais

Higienodietéticas

Medicamentosas - intoxicações

Profissionais

II. Mistas(Coletivas): Intrínsecas e Extrínsecas

III. Predominantemente IntrínsecasAgudasCrônicas:- Psora Sicose Tuberculinismo Sifilinismo

Carillo, Jr. 2005

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Doença: instabilidade do processo vital, que pode resultar no seu aniquilamento, deterioração ou adaptação. Na visão sistêmica: conjunto de respostas fisiológicas, cognitivas e comportamentais, na tentativa da manutensão do equilíbrio interno(adaptação). O tempo da doença, intensidade pode levar ao aniquilamento e deterioração. Vamos tomar como exemplo o Estresse que geralmente uma referência inicial e frequente , pelos pacientes, nos consultórios em geral, e em meu consultório, pelas mulheres em particular. A análise desse estresse referido, quando analisado, baseando-se na moderna classificação das Instabilidades(Carillo Jr), nos permite um raciocínio individualizado das interferências predominantemente extrínsecas, mistas e predominantemente intrínsecas que a mulher está submetida e consequentemente da abordagem sistêmica, que devemos dispensar ao caso. Do ponto de vista SISTÊMICO, o fenômeno do estresse ocorre quando uma ou diversas variáveis de um organismo são forçadas até seu limite extremo, o que induz a um aumento de rigidez em todo sistema. Num organismo saudável, as outras variáveis conspirarão para que todo sistema retome seu equilíbrio e restabeleça sua flexibilidade. O aspecto notável dessa resposta é que ela é bastante estereotipada.Os sintomas de estresse fisiológico – garganta apertada, pescoço tenso, respiração superficial, pulsação acelerada, etc. – são virtualmente idênticos em animais e seres humanos, e inteiramente independentes da fonte do estresse. Preparação do organismo para enfrentar o desafio – resposta de luta- ou – fuga. Uma vez que o individuo tenha passado a ação: Lutando ou fugindo – retornará ao estado de relaxamento e finalmente a homeostase: “SUSPIRO DE ALÍVIO” . Se a resposta de LUTA OU FUGA for prolongada ou não pode passar à ação para se livrar do estresse, PODE ADOECER(não houve adaptação): criando alterações físicas e/ou psicológicas, ou seja alterações do seu equilíbrio fisiopatológico – INSTABILIDADES PARTICULARES DE ACORDO COM SUAS INDIVIDUALIDADES – dinâmicas agudas e cronicas, de causas predominantemente extrínsecas/ mistas ou predominantemente intrínsecas.As situações estressantes decorrem não apenas apenas de traumas emocionais pessoais, ansiedades e frustrações, como também do meio ambiente inseguro criado por nosso sistema social e econômico. MODERNA CLASSIFICAÇÃO DE DOENÇAS =I NSTABILIDADES BASEADAS NA CONCEPÇÃO SISTÊMICA, DETERMINADAS POR INTERFERÊNCIAS EXTRÍNSECAS E INTRÍNSECAS Instabilidades por Interferência :Predominantemente Extrínsecas ao Sistema AGUDAS: Mecânicas - Compressão/ Ferimentos/ Fraturas/ Obstrução/ Queimaduras/ Rupturas. O organismo avalia e monta Programas de ação inatos e adquiridos: Toma uma decisão, no sentido de preservar a Estrutura. Agudas: Indisposições - Alimentares/ Climáticas e Sobrecargas Instabilidades de caráter temporário interessando fundamentalmente o componente dissipativo de inputs não requisitados. Interferências no equilíbrio ecológico - Contaminação ambiental: no ar que respiramos- que afeta os seres humanos e os sistemas ecológicos de quem dependemos / nos alimentos que comemos e na água que bebemos - desastre ecológico. A superpopulação e a tecnologia industrial têm contribuido de várias maneiras para uma grave deterioração do meio ambiente natural, do qual dependemos completamente ( Capra pg 21) .........levando o organismo a instabilidades contínuas e permanentes de caráter agudo e crônico(Maísa).........nossa saúde e bem estar estão seriamente ameaçados (Capra) Extrínsecas Crônicas: Instabilidades oriundas da tentativa de adaptação do sistema a inputs não requisitados(extrínsecos), persistentes de ação direta ou através do produto da dissipação impropriamente assimilado com possivéis consequências sobre a autopoiese, a estrutura e o próprio padrão de organização. Em fase tardia com a persistência da interferência há uma alteraçào do processo cognitivo- memória e vias cognitivas, com elaboração de um programa de ação com a finalidade de adaptação . Os sistemas envolvidos se tornam mais dominantes(priorização de sistemas), quanto maior for o comprometimento autopoiético, estrutural ou dissipativo e mais vitais forem as estruturas ou os referidos processos acometidos. Na Resposta Ao Estresse em relação ao NÍVEL COGNITIVO: Modo de responder diante da situação estressora e a forma como o mesmo será afetado pelo ESTRESSE (frequência e duração de respostas de ativação - provocadas por situações que o sujeito avalia como estressoras para si). Frente a uma Situação Estressora, o tipo de resposta de cada indivíduo depende, não somente da magnitude e freqüência do evento de vida estressor, como também da conjunção de fatores ambientais e genéticos(extrins e intríns.) Mesmo as capacidades individuais de interpretar, avaliar e elaborar estratégias de enfrentamento parecem ser geneticamente influenciadas. A resposta de enfrentamento ao evento estressor, selecionada a partir dos componentes cognitivo, comportamental e fisiológico, caso consiga eliminar ou solucionar a situação estressora provocará uma diminuição da cascata fisiológica ativada. Se a resposta ao estresse gerar ativação fisiológica freqüente e duradoura ou intensa, pode precipitar um esgotamento dos recursos do sujeito com o aparecimento de transtornos psicofisiológicos diversos, Os problemas são sistêmicos, isto é estão intimamente interligados e são interdependentes, podendo ser implementada uma resolução se a estrutura da própria teia for mudada, o que envolverá transformações profundas em nossas instituições sociais, em nossos valores e idéias. A visão sistêmica e dinâmica, corresponde uma conexão profunda entre crise: perigo e mudança: oportunidade – Desafio/resposta. Um desafio do ambiente natural ou social provoca uma resposta criativa numa sociedade, ou num grupo social. O padrão inicial de desafio-e-resposta é repetido em sucessivas fases de crescimento, pois cada resposta bem sucedida produz um desequilíbrio que requer novos ajustes criativos.

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� Humor deprimido

� Apetite alterado

� Sono alterado

� Fadiga

� Baixa auto-estima

� Concentração alterada

� Dificuldade para decisões

� Desesperança

Ignatia Amara

Lycopodium

Psorinum

Distimia

DepressãoPsora

Distimia: Os traços essenciais são o estado depressivo leve e prolongado, além de outros sintomas comumente presentes. Pelo critério norte americano são necessários dois anos de período contínuo predominantemente depressivo para os adultos e um ano para as crianças sendo que para elas o humor pode ser irritável ao invés de depressivo. Importante excluir fases de exaltação do humor como a mania ou a hipomania, assim como a depressão maior. Causas externas também anulam o diagnóstico como as depressões causadas por substâncias exógenas. Durante essa fase de dois anos o paciente não deverá ter passado por um período superior a dois meses sem os sintomas depressivos. O início da distimia pode ocorrer na infância caracterizando-a por uma fase anormal. O próprio paciente descreve-se como uma criança diferente, brigona, mal humorada e sempre rejeitada pelos coleginhas. Nessa fase a incidência se dá igualmente em ambos os sexos. A distimia é sub-dividida em precoce e tardia, precoce quando iniciada antes dos 21 anos de idade e tardia após isso. Os estudos até o momento mostram que o tipo precoce é mais freqüente que o tardio. Por outro lado estudos com pessoas acima de 60 anos de idade mostram que a prevalência da distimia nessa faixa etária é alta, sendo maior nas mulheres . Para preencher o diagnóstico de depressão os pacientes além do sentimento de tristeza prolongado precisam apresentar dois dos seguintes sintomas: Falta de apetite ou apetite em excesso /Insônia ou hipersonia /Falta de energia ou fadiga /Baixa da auto-estima/Dificuldade de concentrar-se ou tomar decisões /Sentimento de falta de esperança.Estudos mostram que o sentimento de inadequação e desconforto é muito comum, a generalizada perda de prazer ou interesse também, e o isolamento social manifestado por querer ficar só em casa, sem receber visitas ou atender ao telefone nas fases piores são constantes. Esses pacientes reconhecem sua inconveniência quanto à rejeição social, mas não conseguem controlar. Geralmente os parentes exigem dos pacientes uma mudança positiva, mas isso não é possível para quem está deprimido, não pelas próprias forças. A irritabilidade com tudo e impaciência são sintomas freqüentes e incomodam ao próprio paciente. A capacidade produtiva fica prejudicada bem como a agilidade mental. Assim como na depressão, na distimia também há alteração do apetite, do sono e menos freqüentemente da psicomotricidade. Os mais velhos apresentaram mais queixas físicas enquanto os mais novos mais queixas mentais. A distimia começa sempre de forma muito gradual, O próprio paciente tem dificuldade para determinar quando seu problema começou, a imprecisão gira em torno de meses a anos. Como na maioria das vezes a distimia começa no início da idade adulta a maioria dos pacientes tende a julgar que seu problema é constitucional, ou seja, faz parte do seu ser e não que possa ser um transtorno mental, tratável.

Última Ref. Bibliograf: Liv 01 Liv 03 Liv 17 Liv 13 Psychiatry Research 2001; 103:219-228 Clinical Features of Dysthymia and Age

Silvio Bellino

Psora� Ansiedade� Ciclotimia� Distimia � Distúrbios Alimentação� Transtornos Neuróticos, 2.aria situações Estressantes e

Somatomorfos� Episódios Depressivos e� Episódios de Ansiedade

� No Transtorno de Ajustamento(ou Reação Neurótica Aguda)

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Uma revisão de estudo epidemiológico concluiu que a diferença de prevalência entre os sexos para a depressão maior surge na adolescência, quando ocorrem mudanças hormonais. No entanto, quando alterações comparáveis ocorrem em outros momentos de vida da mulher, como gravidez, menopausa e durante o uso de anticoncepcionais, estas não teriam influência significativa nas taxas de prevalência de depressão (Kessler, 2003). A clarificação do que é válido e relevante nas diferenças de gênero para as depressões pode ser importante para várias ações científicas e assistenciais, inclusive com melhora da capacidade diagnóstica e maior adequação de tratamentos. Até o presente momento, as controvérsias ainda são mais freqüentes do que as conclusões bem fundamentadas

http://www.homeopatias.com/jornal_2004_fisica.jsp

Hialuronidase

IgA

Hipersuprarenalismo

Hipotireoidismo

Infecções Crônicas

Vacinação

Trauma de Crâneo

Transição AstênicaEstênica

Edema Retardo das Trocas

e N.T. Bloqueio

Hidrogenismo

Sicose

Depressão Atípica

THUYA CCIDENTALIS

NATRUM SULPHURICUM

NATRUM CARBONICUM

CAUSTICUM

STAPHYSAGRIA

SEPIA

Reatividade do humor

Ganho de peso

Aumento do apetite

Hipersonia

Paralisia “de chumbo”

Sensibilidade persistente

à rejeição pessoal

DepressãoSicose

O conceito de Depressão Atípica (DeA) surgiu com o trabalho de West e Dally, em 1959, estudando pacientes responsivos e irresponsivos a IMAO (Inibidores da Mono-Amino-Oxidase) e notando a presença do histórico de fobias, de "conversões histéricas" e de ausências de sintomas neurovegetativos melancólicos entre os pacientes responsivos a IMAO6,7. Desde então, temos até hoje divergências quanto à possibilidade da depressão atípica ser uma categoria diagnóstica única e constante. Diversos autores8-10 em trabalhos atuais contestam a validade dos atuais critérios do DSM-IV-TR, principalmente quanto à permanência do Critério A (humor reativo) como necessário para validar os achados do Critério B (duas das seguintes: ganho de peso, hipersonia, paralisia "de chumbo" e sensibilidade à rejeição interpessoal.). Estes pacientes não podem ter critérios para melancolia ou depressão psicóticas (Critério C).7,10. Outro quadro mais comum em mulheres é a depressão atípica, caracterizada principalmente por sintomas vegetativos reversos, como hipersonia e hiperfagia. No estudo NCS, os casos detectados de depressão atípica foram comparados com os de depressão não atípica (39% de todos os casos detectados de depressão). A porcentagem de mulheres foi maior no grupo com depressão atípica e a idade de início foi mais precoce. O grupo com depressão atípica apresentou maiores índices de sintomas depressivos, idéias e tentativas de suicídio, comorbidade psiquiátrica (pânico, fobia social e dependência a substâncias psicoativas), maior incapacitação e uso de recursos de saúde

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Dist. S.R.E Hepático

de linfócitos T

Hiposuprarenalismo

Hipertireoidismo

Toxinas

Doenças anergisantes

Alt. higienodietéticas

Desidratação

Tuberculinismo

Hipersensibidade nervosa/ Enfraquecimento nervoso-Astenia

Instabilidade nervosa

Desmineralização

Depressão MelancólicaHumor depressivo

Perda do prazer

Falta de reatividade

Agrava pela manhã

Despertar muito cedo

Anorexia ou perda de Peso

Culpa excessiva ou inadequada

Retardo ou agitação Psicomotora

PHOSPHORUS

NATRUM MURIATICUM

PULSATILLA NIGRICANS

SILICEA

DepressãoTuberculinismo

Insuf. Hepática

Cirrose

Alt. Arteriais

Alt. Sangue

Glandulares

Ossos

Metabolismo precário

Alcoolismo

Sífilis

Epilepsia

Tu cerebrais

Trauma crâneo

Paralisia Geral

D. Infecciosas

Deficiência do Metabolismo Intermediário

Sifilinismo

S.R.E. Desnutrição

Sifilinismo: impregnação hereditária pela “toxina sifilínica”~ manifestações patogenéticas - Mercurius e Luesinum.Tais manifestações tb estariam em concordância com os sintomas encontrados no grupo de medicamentos ditos sifilínicos – utilidade prática à teoria. Estado luético tem sido interpretado como modalidade reacional orgânica frente a agente agressor, “toxina sifilínica” ou agente mórbido similar, que possam originar reações orgânicas semelhantes.Portanto além da chamada “toxina sifilínica”encontrar-se iam outros fatores na gênese do sifilinismo, tais como os que pudessem resultar em crescimento deficiente, infecções com reação ganglionar ou óssea, alcoolismo, paludismo,

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abscessos de repetição e a tuberculose. No alcoolismo, vemos uma necessidade compulsiva de certos indivíduos ingerirem alcool constantemente e compulsivamente: indicando predisposição constitucional. Apresentam de forma constitucional: Cirrose, insuficiência hepática, pancreática, de uma ou mais glandulasendócrinas ou hipotálamo.Metabolismo precário, onde o alcool fornece as calorias necessárias – qdo vai substituindo as refeições colabora para a deficiências metabólicas. Alcoolismo e sífilis ~: IHC e deficiência do armazenamento do Glicogênio e Ferritina.Subst tóxicas e/ou subprodutos da alimentação e do metabolismo=ações deletéricas ~diminuição da capacidade desintoxicante do fígado: hepatócitos(isso tb ocorre na reticuloendoteliose hepatica caract do tuberculinismo). Outra causa intrínseca de alcoolismo, tb de origem sifilínica, é de natureza psíquica *nos heterozigotos epilépticos, i.e que não apresentam “ataques”(ref. Epilepsia, Depressão e Transtornos do Humor- J. Epilepsy Clin Neurophysiol 2004; 10(4suppl2):59-63. (Os transtornos do Humor são uma comorbidade frequente entre pacientes com epilepsia com importantes implicações) Tais pacientes: angústia: sensação estranha de que algo iminente está para acontecer(utilizam o alcool como depressor do S.N.). Alcool ~Sifilinismo pode levar a doenças neurológicas(comprometimento do encéfalo e cerebelo) e inibição das funções psíquicas elevadas: diminui a autocrítica, a modéstia, prudência: Audaz ~Merc.Desrespeito pela vida alheia ou própria, de onde a “coragem”para agredir , matar ou mesmo suicidar-se. Fase Mania(~estímulo inicial da cortex cerebral pelo alcool) depressão=.Nos quadros mais avançados do Sifilinismo: deterioração da inteligência e das emoções. Um dos mais dramáticos: Psicose de Korsakoff- 1853-1900, =conjunto de alterações psíquicas e neurológicas=intenso enfraquecimento da memória, dificuldade e lentidão de percepção, falta de impressão da realidade, que deixa a mente vazia, a qual é pre enchida por ilusões de falsas reminiscências, com diminuição do senso crítico. Retrocede, perde a noção de família. Formas semelhantes: Paralisia geral: No início estado de ansiedade e irritabilidade: neuratênica. Seguem pertubações da memória e do julgamento. Astenia: cansaço físico e mental, com alterações da conduta, descuidos pessoais. Transtornos da afetividade e desaparecimento progressivo da atividade voluntária, levando a apatia ou impulsividade. Sindrome do Pânico: Aconitum napellus Suicídio: Alumina, Argertum nitricum, Aurum metallicum, Capsicum, Naja, Nux vomica, Natrum, Lac vaccinum defloratum, Thea, Terebentina, Zea Italica, Ornithogalum umbellatum, Prumus cerasifera, Rauwolfia serpentina, Rumex crispus Ansiedade: Arsenicum album, Argentum nitricum, Belladonna, Cactus grandiflorus, Graphites, Hyosciamus, Psorinum, Rhus toxicodendron, Thuya occidentalis. Humores oscilantes: Lachesis, Cimicifuga, Ignatia amara, Moschus, Pulsatilla nigricans, Ambra grisea. Esquizofrenia: Anacardium, Alumina, Illecebrum paronichia, Valeriana, Haloperidol. Transtorno Bipolar: Veratrum album, Stramonium, Zincum. Compulsividade : Syphilinum, Lac caninum. Anorexia: Ilex paraguayensis, Latrodectus katipo.

MERCURIUS

AURUM METALLICUM

ARSENICUM ALBUM

ARGENTUM NITRICUM

STRAMONIUM

ANACARDIUM

HYOSCIAMUS

LACHESIS

DEPRESSÃO MAIOR

DEPRESSÃO BIPOLAR

DEPRESSÃO PSICÓTICA

Transtornos do HumorSifilinismo

Episódio Depressivo Maior - : alterações no apetite ou no peso, no sono e na atividade psicomotora; diminuição da energia; sentimentos de desvalia ou culpa; dificuldades para pensar, concentrar-se ou tomar decisões; pensamentos recorrentes sobre morte ou ideação suicida, planos ou tentativas de suicídio. Os sintomas devem persistir na maior parte dos dias, praticamente todos os dias. O episódio deve ser acompanhado por sofrimento ou prejuízo clinicamente significativo no funcionamento social, profissional ou em outras áreas importantes da vida do indivíduo. O episódio não deve decorrer dos efeitos fisiológicos diretos de uma droga de abuso ou um medicamento. Também não deve decorrer de uma condição médica geral e nem ser melhor explicado por luto. A abordagem da epilepsia tem sido muito diferente entre as duas disciplinas médicas que se ocupam do problema: a neurologia e a psiquiatria. Neurologicamente a epilepsia pode ser entendida como uma disritmia cerebral paroxística capaz de provocar alterações no sistema nervoso central e, conseqüentemente, em todo organismo. Sob o ponto de vista psiquiátrico, também se entende a epilepsia como uma disritmia cerebral paroxística, com alterações funcionais do sistema nervoso central e, conseqüentemente, manifestações no comportamento, nas emoções e nos padrões de reações do indivíduo.O termo Epilepsia refere-se a uma condição crônica de ataques periódicos ou repetidos, causados por uma condição fisiopatológica da função cerebral, resultante da descarga espontânea e excessiva de neurônios corticais. Entretanto, não se deve entender a epilepsia como uma doença exclusivamente convulsiva. A convulsão é apenas um dos sintomas da doença, o qual traduz a existência ocasional de uma descarga excessiva e desordenada do tecido nervoso sobre os músculos do organismo. A epilepsia porém, deve ser conceituada atualmente, como uma síndrome com um conjunto de sinais e sintomas decorrentes desta disritmia cerebral paroxística. Nesta síndrome portanto, a convulsão propriamente dita, pode até estar ausente, como se acredita que

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aconteça na maioria dos pacientes disrítmicos.Índice de Comportamento Violento Na disritmia cerebral o distúrbio no padrão elétrico da atividade neuronal mostra-se paroxisticamente e pode ser oriundo de qualquer parte do sistema nervoso central. Entretanto, alguns estudos iniciais pela tomografia de emissão de pósitrons têm mostrado que os focos epilépticos são hipometabólicos nos períodos intercrises, ou seja, o foco será hiperativo durante as crises e hipometabólicos fora das crises, o que significa não funcionarem bem em nenhum momento. Quando a localização do foco epileptógeno é no lobo temporal, esta atividade disrítmica se mostra mais relevante para a psiquiatria. Neste caso será denominada Epilepsia Parcial Complexa, Epilepsia do Lobo Temporal ou Epilepsia Psicomotora.Em estudo realizado no Canadá em 1994 (Nathaniel J.Pollone e James J. Hennessy), num grupo de 372 homens presos de um hospital mental judiciário de segurança máxima, 20 % tinham anormalidades focais temporais do eletroencefalograma, e 41% tinham alterações patológicas da estrutura cerebral no lobo temporal. Isso sugere um relevante papel dos danos neurológicos na formação do comportamento violento. Os dados mostraram uma proporção de 21:1 para agressivos habituais, ou seja, 21 portadores de alterações neurológica para cada 1 agressivo sem essas alterações. Em relação à população normal a incidência foi de 4:1, ou seja, 4 vezes mais freqüente os agressores com as alterações neurológicas que os agressores sem elas

Ansiedade e Estresse – CID 10

� F40 Transtornos de Ansiedade fóbica

Agorafobia/Fobias sociais/Fobias

� F41 Outros transtornos de Ansiedade: Transtorno de

pânico /Transtorno de ansiedade generalizada(TAG)

Transtorno misto ansioso-depressivo.

� F43 Reacões a estresse grave e transtornos de

adaptacão

� F48 Outros transtornos neuróticos: Neurastenia.

Transtorno de despersonalizacão-desrealizacão.

F40.0Agorafobia.F40.1Fobias sociales.F40.2Fobias específicas (aisladas).F40.8Otros trastornos de ansiedad fóbica.F40.9Trastorno de ansiedad fóbica sin especificación.Trastornos por ansiedade que acontecem exclusivamente ou predominantemente em certas situacões bem definidas ou por fatores (externos ao enfermo) que não são generalmente perigosos por si só. En consecuencia, éstos se evitan de un modo específico o si acaso son afrontados con temor. La ansiedad fóbica no se diferencia, ni vivencial, ni comportamental, ni fisiológicamente, de otros tipos de ansiedad y su gravedad puede variar desde una ligera intranquilidad hasta el terror pánico.). La mayor parte de los trastornos fóbicos son más frecuentes en las mujeres que en los varones. F41 Otros trastornos de ansiedad F41.0Trastorno de pánico (ansiedad paroxística episódica).F41.1Trastorno de ansiedad generalizada.F41.2Trastorno mixto ansioso-depresivo.F41.3 Otro trastorno mixto de ansiedad.F41.8Otros trastornos de ansiedad especificados.F41.9Trastorno de ansiedad sin especificación.El síntoma principal de estos trastornos es la presencia de una ansiedad, que no se limita a ninguna situación ambiental en particular. También pueden presentarse síntomas depresivos y obsesivos, e incluso algunos elementos de ansiedad fóbica, con tal de que éstos sean claramente secundarios o menos graves. F42 Trastorno obsessivo-compulsivoF42.0Con predominio de pensamientos o rumiaciones obsesivas.F42.1Con predominio de actos compulsivos (rituales obsesivos).F42.2Con mezcla de pensamientos y actos obsesivos.F42.8Otros trastornos obsesivo-compulsivos.F42.9Trastorno obsesivo-compulsivo sin especificación.La característica esencial de este trastorno es la presencia de pensamientos obsesivos o actos compulsivos recurrentes. Para un diagnóstico definitivo deben estar presentes y ser una fuente importante de angustia o de incapacidad durante la mayoría de los días al menos durante dos semanas sucesivas, síntomas obsesivos, actos compulsivos o ambos. Los síntomas obsesivos deben tener las características siguientes: Neurosis obsesivo-compulsiva. Neurosis obsesiva. Neurosis anancástica. F43.0 Reacción a stress agudo.F43.1Trastorno de stress post-traumático.F43.2Trastornos de adaptación.F43.8 Otras reacciones a estrés grave.F43.9Reacción a estrés grave sin especificación.Incluye trastornos que se identifican no sólo por la sintomatología y el curso, sino también por uno u otro de los dos factores siguientes: antecedentes de un acontecimiento biográfico, excepcionalmente estresante capaz de producir una reacción a estrés agudo o la presencia de un cambio vital significativo, que de lugar a situaciones desagradables persistentes que llevan a un trastorno de adaptación. Aunque situaciones de estrés psicosocial más leve ("acontecimientos vitales") puedan precipitar el comienzo o contribuir a la aparición de un amplio rango de trastornos clasificados en otras partes de esta clasificación, su importancia etiológica no siempre es clara y en cada caso se encontrará que dependen de factores individuales, a menudo propios de su idiosincrasia, tales como una vulnerabilidad específica. En otras palabras, el estrés no es un factor ni necesario ni suficiente para explicar la aparición y forma del trastorno. Por el contrario, los trastornos agrupados en esta categoría aparecen siempre como una consecuencia directa de un estrés agudo grave o de una

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situación traumática sostenida. El acontecimiento estresante o las circunstancias desagradables persistentes son un factor primario y primordial, de tal manera que en su ausencia no se hubiera producido el trastorno. Las reacciones a estrés grave y los trastornos de adaptación se presentan en todos los grupos de edad, incluyendo niños y adolescentes, y por lo tanto deben codificarse de acuerdo con las pautas de esta categoría.

Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG)

� Dificuldade para relaxar / Cansa-se com facilidade

� Sensação que vai estourar/ limite do nervosismo

� Dificuldade de concentração e memória

� Irritabilidade / Tensão muscular

� Dificuldade para adormecer ou sono insatisfatório

� Marcante sofrimento : pessoal, social e familiar.

Preocupação ou ansiedade excessivas, ou com motivos injustificáveis ou desproporcionais ao nível de ansiedade observado

Uma das maneiras de diferenciar a ansiedade generalizada da ansiedade normal é através do tempo de duração dos sintomas. A ansiedade normal se restringe a uma determinada situação, e mesmo que uma situação problemática causadora de ansiedade não mude, a pessoa tende a adaptar-se e tolerar melhor a tensão diminuindo o grau de desconforto com o tempo, ainda que a situação permaneça desfavorável. Assim uma pessoa que permaneça apreensiva, tensa, nervosa por um período superior a seis meses, ainda que tenha um motivo para estar ansiosa, começa a ter critérios para diagnóstico de ansiedade generalizada. Transtornos de ansiedade: Os estudos epidemiológicos apresentados anteriormente evidenciaram que os transtornos de ansiedade ocorrem com maior freqüência em mulheres que em homens, sendo essas diferenças mais acentuadas para as fobias, principalmente fobias de animais, escuro e lugares fechados. Fobias de altura, avião e sangue não se apresentam diferentemente entre os sexos. Para fobia social, embora as prevalências sejam maiores nas mulheres, a procura de tratamento é maior por homens. Diferenças em relação ao sexo também são encontradas no curso e evolução desses transtornos. Yonkers et al. (2003), em estudo longitudinal no qual os pacientes foram avaliados a cada seis meses, durante oito anos, constataram que as mulheres com transtorno de pânico apresentavam mais comorbidades com depressão e agorafobia e três vezes mais recaídas que os homens. Para o transtorno de ansiedade generalizada, os achados caminham nessa mesma direção. Dados coletados em quatro importantes estudos epidemiológicos realizados no Brasil, Holanda, Canadá e Estados Unidos estimaram a prevalência ao longo da vida para o transtorno de ansiedade generalizada (TAG), que variou de 1,9% a 5,3% (prevalência combinada = 3,9%) e de 1,0% a 2,9% (prevalência combinada = 2,1%) no ano anterior. A razão entre as taxas de prevalência em mulheres e homens foi de aproximadamente 2:1 e teve como idade de início o final da adolescência e meados da vida adulta (Kessler et al., 2002). Existem várias explicações para essas diferenças entre os gêneros nas prevalências dos transtornos de ansiedade. Além de fatores como maior aceitação cultural do medo e comportamento de esquiva em mulheres e diferente padrões adaptativos, os homens tendem a usar substâncias, como a nicotina e o álcool, como automedicação, o que poderia mascarar a sintomatologia primária. Para Barlow (2002), as mulheres são mais susceptíveis a eventos estressantes na infância e adolescência, o que, associado à percepção que seus comportamentos causam pouco impacto no ambiente, causaria um sentimento de descontrole e o conseqüente desenvolvimento de padrões pessimistas desadaptativos de avaliação da realidade. Esses fatores associados à vulnerabilidade biológica geneticamente determinada de ser reativo biologicamente às mudanças ambientais explicariam a maior ocorrência desses transtornos em mulheres.

Transtorno de Estresse pós-traumático

� Existência de um evento traumatizante

� Predisposições pessoais a este problema

� Mecanismos de enfrentamento e suporte são fracos ou os estímulos são fortes demais.

� Resposta marcante de medo, desesperança ou horrorimediatamente após o evento traumático

� Recordações vivas, intrusivas (involuntárias e abruptas) do evento, incluindo a recordação do que pensou, sentiu ou percebeu enquanto vivia o evento traumático

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O estresse pós-traumático se diferencia dos demais transtornos de ansiedade e da maioria dos transtornos mentais por ser causado a partir de um fator externo. Isso provavelmente ocorre, quando os mecanismos de enfrentamento e suporte contra estresse são fracos ou quando os estímulos são fortes demais. Observa-se que num mesmo evento, algumas pessoas podem apresentar esse transtorno e outras não. Essas variações nos levam a julgar que existem também predisposições pessoais a este problema, o que de fato tem sido constatado.. O primeiro aspecto a ser definido é a existência de um evento traumatizante. Aquele suficientemente marcante, não há dúvidas quanto a ser ameaçador à vida ou à integridade individual, como os seqüestros, assaltos violentos, estupros. Os sintomas têm que estar diretamente relacionados ao evento estressante, as imagens, as recordações e as revivescência têm que ser a respeito do ocorrido e não sobre outros fatos quaisquer ainda que ameaçadores.. Quando esse evento ocorre é necessário também que a pessoa tenha apresentado uma resposta marcante de medo, desesperança ou horror imediatamente após o evento traumático. Depois isso o indivíduo deve passar a ter recordações vivas, intrusivas (involuntárias e abruptas) do evento, incluindo a recordação do que pensou, sentiu ou percebeu enquanto vivia o evento traumático. Podem ocorrer pesadelos baseados no tema. Sentir como se o evento fosse acontecer de novo, chegando a comportar-se como se estivesse de fato vivendo de novo o evento traumático. Nesses eventos é possível que o paciente tenha flashbacks ou alucinações com as imagens do evento traumático. As situações que lembram o evento causam intenso sofrimento e são evitadas. Ter de expor-se novamente ao local pode ser insuportável para o paciente. Por isso o paciente passa a evitar os assuntos que lembrem o evento, como também as conversas, pessoas, objetos e sensações, tudo que se relacione ao trauma. A recordação dos aspectos essenciais do trauma pode também ser apagada da memória. A pessoa pode afastar-se do convívio social e outras atividades mesmo que não relacionadas ao evento. Pode passar a sentir-se diferente das outras pessoas. Pode passar a ter dificuldade de sentir determinadas emoções, como se houvesse um embotamento geral dos afetos. Pode passar a encarar as coisas com uma perspectiva de futuro mais restrita, passando a viver como se fosse morrer dentro de poucos anos, sem que exista nenhum motivo para isso. Outros sintomas podem ser também insônia, irritabilidade, dificuldade de concentração, respostas exageradas a estímulos normais ou banais. Caso o tempo seja inferior a isso não significa que a pessoa não teve nada, só não se pode dar esse diagnóstico. Certos sintomas não compõem o diagnóstico, mas podem ser encontrados nos paciente com estresse pós-traumático como dor de cabeça, problemas gastrintestinais, problemas imunológicos, tonteiras, dores no peito, desconfortos. Os tratamentos preconizados ainda não são plenamente satisfatórios ou estão em início de investigação. Até recentemente a única medicação autorizada oficialmente para tratamento do estresses pós-traumático nos EUA era a sertralina, que continua sendo indicada. Uma medicação promissora talvez mais eficaz que a sertralina é o topiramato. As primeiras investigações com ele mostraram uma resposta altamente satisfatória. Quem não obteve resposta com o tratamento convencional pode experimentar esse novo anticonvulsivante e estabilizador do humor.

Psychiatry Res. 1998; 81: 179-193 Epidemiological and Phenomenological Aspects of Post-Traumatic Stress Disorder

Michael Maes

Transtornos do Comportamento

� F50 Transtornos na Conduta Alimentar

� F51 Transtornos do Sono – não orgânico

� F52 Disfunção sexual – não orgânica

� F53 Transtornos Mentais e do Comportamento no Puerpério

� F54 Fatores psicológicos e do Comportamento em transtornosou outras enfermidades

� F55 Abuso de substâncias que não produzem dependências

� F59 Transtornos do comportamento associados a disfunções fisiológicas e a fatores somáticos

Os transtornos alimentares são mais prevalentes em adolescentes e adultos jovens pertencentes a todos os grupos étnicos, sendo aproximadamente dez vezes mais comuns em mulheres que em homens. Esses transtornos estão associados a conseqüências clínicas e psicológicas devastadoras, incluindo retardo no crescimento e desenvolvimento, infertilidade, osteoporose e morte. Os transtornos alimentares são particularmente comuns em mulheres com diabetes tipo I, em que mais de um terço delas desenvolve transtornos alimentares. Logo, essas mulheres devem ser vistas com maior rigor, em razão do risco aumentado para complicações microvasculares e metabólicas. Problemas de infertilidade e disfunção do ciclo menstrual ocorrem com freqüência em mulheres com comportamentos alimentares anormais,mesmo sem evidência clínica de transtorno alimentar. Na verdade, 58% das mulheres amenorréicas ou oligomenorréicas que vão a clínicas de infertilidade apresentam transtorno alimentar. As mulheres com amenorréia hipotalâmica funcional apresentam altos índices de características psicológicas associadas aos transtornos alimentares, tais como: sensação de inadequação, insegurança, perda de controle em relação à vida e confusão em identificar e responder a diferentes estados emocionais e a sensações do corpo relacionadas à alimentação (Hadigan et al., 2000).

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Mesmo que o peso corporal tenha se restabelecido parcial ou inteiramente, a presença de transtornos alimentares subclínicos pode contribuir para a persistência da amenorréia. Alguns estudos associam história familiar de transtorno do humor em parentes de primeiro grau como fator de risco. A anorexia nervosa (AN) caracteriza-se por recusa em manter o peso corporal dentro do mínimo esperado para a idade e a altura, medo intenso de engordar ou de se tornar obeso (mesmo apresentando déficit e desnutrição), distorção da imagem corporal ou negação da gravidade de sua condição nutricional, amenorréia primária ou secundária. De acordo com o tipo de comportamento alimentar, a AN é também dividida nos subtipos restritivo e purgativo. A bulimia nervosa (BN) define-se pela presença freqüente de compulsão alimentar, com ingestão, em um período curto de tempo (inferior a 2 horas), de grande quantidade de alimento. Esses episódios são acompanhados de sentimento de perda do controle sobre a quantidade de alimentos ingeridos e seguidos freqüentemente de eventos compensatórios para prevenção de ganho de peso (vômitos provocados, uso de laxantes, diuréticos, inibidores de apetite, enemas, realização de exercício excessivo e de jejum). As pacientes com BN podem assemelhar-se muito às que têm NA, visto que possuem medo de ganhar peso, desejam perder peso, apresentam nível equivalente de insatisfação com o próprio corpo e a distorção da imagem corporal também pode estar presente, entretanto um diagnóstico de BN não deve ser dado quando a perturbação ocorrer apenas durante episódios de anorexia nervosa.

AdolescênciaTranstornos do Humor

Diátese “depressogênica” feminina na adolescênciaCyranowski et al., 2000; Seeman, 1997).

Estudo com 303 adolescentes, de ambos os sexos, entre 12 e 13 anos, avaliados anualmente por quatro anos:

Eventos estressores X Transtornos de Ansiedade X Depressão Reuter e cols. (1999)

• Flutuação dos hormônios sexuais: início da menarca

� Hipotalâmico-hipófise-adrenal - vulnerável aos estressores psicossociais externos, à privação do sono e vícios

Steiner al.,2003.

Instabilidade do Humor Gravidez

Meio ambiente X Ciclo reprodutivo X Psiquismo

Essas mudanças biológicas, com estímulos ambientais, têm sido associadas ao surgimento da DIÁTESE “depressogênica” feminina na adolescência (Cyranowski et al., 2000; Seeman, 1997).

Diferenças biológicas, especialmente as de caráter endócrino, são sugestivas não só da autenticidade da distinção entre depressões de homens e de mulheres, mas também levam a

pensar que parte da diferença seja devida a hormônios sexuais. Os estudos disponíveis na literatura, freqüentemente, apresentam resultados discrepantes quando tentam correlacionar transformações

hormonais na adolescência e sintomas afetivos, mas isso ocorre possivelmente em virtude de questões metodológicas (Hayward e Sanborn, 2002). A flutuação dos hormônios sexuais que marca o início da menarca e o estabelecimento dos ciclos menstruais acarreta uma ampla mudança no padrão

hormonal, ao qual todo o resto do sistema tem que se ajustar. Nesse período, o eixo hipotalâmico-hipófise-adrenal encontra-se em amadurecimento e sofre uma série de novos mecanismos de feedback.

Esse tb é um momento em que o eixo encontra-se mais vulnerável aos estressores psicossociais externos, à privação do sono e ao início do uso de nicotina, álcool e outras drogas, ocasionando uma

maior incidência de irregularidades e maior instabilidade do humor (Steiner e al.,2003).

Sintomas Pré Menstruais75% das Mulheres da Menarca- Menopausa

3 - 8 % - DDPM

Humor depressivo X Ansiedade Tensão e Humor eufórico X Hiperatividade e Irritabilidade.

Tensão Pré menstrual - (Frank, 1931),Angst e al.,2001 – Frequência e Prevalência de sintomas perimenstruais por um período de 8 anos

• Irritação 46,2%

•Depressão 30,8%

• Nervosismo 27,1%

•Tensão 27,1%

• Hiperatividade 9,7%

• Ansiedade 4,9%

• Euforia 3,6%

Alterações do Humor

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No CID10 (OMS) apresenta uma definição mais abrangente de transtorno pré-menstrual. Requer somente um sintoma incapacitante.. O importante é determinar o padrão temporal dos sintomas em relação à menstruação, devendo haver uma clara mudança de intensidade nos períodos pré e pós-menstruais e serem clinicamente significativos. As estimativas de Prevalência de Sintomas Pré-menstruais chegam A 75% para Mulheres entre Menarca e Menopausa e as de Transtorno de Disforia pré-menstrual (TDPM) oscilam entre 3% e 8% para essas mesmas mulheres, e ambas as condições são caracterizadas por francas alterações do humor, com acentuada gravidade no TDPM (Steiner et al., 2003). Entretanto, inúmeros estudos têm documentado uma associação específica entre mudanças pré-menstruais e transtornos depressivos. A presente revisão tem como objetivo sintetizar os resultados a respeito da semelhança dos sintomas depressivos no TDPM e nos transtornos depressivos, co-morbidade, história familiar e variáveis biológicas. Evidências de que os sintomas pré-menstruais seriam expressão de vulnerabilidade ao desenvolvimento de estados disfóricos (depressão e ansiedade), assim como as implicações diagnósticas dessa proposta são comentados. Os aspectos psiquiátricos da síndrome, todavia, foram sendo gradativamente enfatizados e o reconhecimento da síndrome pré-menstrual, na qual as mudanças disfóricas do humor (depressão, irritabilidade, ansiedade) são os sintomas mais marcantes, firmava-se como questão importante dentro do campo da saúde mental. Em 1985, foi constituída uma comissão de assessores da Associação Psiquiátrica Americana (APA) com o objetivo de considerar a inclusão, na terceira edição revisada do Manual Diagnóstico e Estatístico - DSM III-R,7 de uma categoria diagnóstica para um subgrupo de mudanças pré-menstruais, caracterizado por predomínio de sintomas emocionais e alterações comportamentais, com gravidade clinicamente significativa, e acompanhados de conseqüências incapacitantes nas atividades familiar, ocupacional e social.

www.pcarp.usp.br/.../ 699/images/pelicanoTPM.jpg

Sindrome Pré Menstrual

Predomínio de sintomas emocionais e alterações comportamentais, com gravidade clinicamente significativa, e acompanhados de conseqüências incapacitantes nas atividades familiar, ocupacional e social.

� Porque? algumas mulheres respondem de maneira diferenciada ao

mesmo estímulo - níveis normais de esteróides sexuais e sua flutuação -

e exibem

� Mudanças no humor em fases específicas do ciclo menstrual,

principalmente

� Depressão e Ansiedade, com maior possibilidade da Síndrome pré-

menstrual em pacientes com Depressão maior (Graze,1990).

� Demonstração de Fatores Genéticos envolvidos (Kendler et al.-1998)

DDPM – DSM-IV3% e 8%

Transtorno Disfórico Pré-menstrual (TDPM) é caracterizado por uma constelação de sintomas emocionais e alterações comportamentais, que se manifesta com um padrão temporal cíclico em associação com o período pré-menstrual. Algumas das mulheres que procuram tratamento para a TPM apresentam piora, nessa fase do ciclo, de outros transtornos emocionais pré-existentes, como por exemplo, a bulimia, distimia, transtorno de ansiedade e abuso de substâncias, entre outros (Endicott, 1994).O critério do DSM-IV requer cinco sintomas de uma lista de dez, sendo obrigatório um dos quatro primeiros (humor depressivo ou disforia, ansiedade ou tensão, labilidade afetiva, irritabilidade, diminuição do interesse pelas atividades habituais,dificuldade de concentração, significativa falta de energia, mudanças importantes de apetite – como excessos alimentares ou episódios de voracidade –, hipersônia ou insônia, sensação de estar “no limite” e outros sintomas físicos, como sensibilidade mamária ou inchaço). Os sintomas devem interferir nas atividades habituais, não ser a exacerbação de transtornos preexistentes e ser verificados prospectivamente por dois ciclos menstruais. Essa definição é tão restritiva que somente os casos de maior gravidade são reconhecidos por esse critério. Já a 10a edição da Classificação Internacional de Doenças (OMS) apresenta uma definição mais abrangente de transtorno pré-menstrual. Requer somente um sintoma incapacitante. A maioria das mulheres que procuram ajuda se situa nesses dois extremos de definição. O importante é determinar o padrão temporal dos sintomas em relação à menstruação, devendo haver uma clara mudança de intensidade nos períodos pré e pós-menstruais e serem clinicamente significativos.Kendler et al. (1998) demonstraram que existem fatores genéticos envolvidos. Tanto a supressão temporária da atividade hormonal dos ovários como a menopausa cirúrgica estariam associadas à melhora ou eliminação das queixas pré-menstruais. A atividade ovariana normal seria responsável pela deflagração de eventos bioquímicos no sistema nervoso central e outros tecidos-alvo, causando os sintomas em mulheres vulneráveis. A existência de sintomas de disfunção serotoninérgica comuns para TDPM, ansiedade e depressão, tais como diminuição do controle dos impulsos, humor depressivo, irritabilidade e aumento da necessidade de consumo de carboidratos, assim como o efeito terapêutico de drogas que aumentam a disponibilidade desse neurotransmissor (inibidores de recaptação de serotonina), são fortes evidências Os traços de personalidade mais comuns nas mulheres que apresentavam sintomas com humor depressivo foram labilidade autonômica e agressividade. A importância deste trabalho de Angst consiste em demonstrar que existe um grande componente de depressão no critério de transtorno disfórico pré-menstrual do DSM-IV. Tensão Pré-menstrual (TPM) aparecem em 1931 (Frank, 1931), onde se notava que as mulheres na última fase do

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ciclo menstrual experimentavam tensão emocional e desconforto físico (Soares, 2000). Foram aventadas teorias psicológicas para explicar o fenômeno, incluindo condições neuróticas, de identidade feminina, conflitos, estressores, etc., como a base desse transtorno.Síndrome Pré-menstrual (SPM), onde os principais sintomas físicos seriam o dolorimento e tumefação das mamas (mastalgia), cefaléia e alterações do humor, os quais acometeriam cerca de 75% das mulheres durante 3 a 10 dias anteriores à menstruação. A partir do DSM-IV este distúrbio passou a se chamar: Transtorno Disfórico Pré-menstrual (TDPM) - Nesta classificação o TDPM está incluído em Transtornos Depressivo Sem Outra Especificação. . Sobre o TDPM o DSM.IV diz: " Transtorno disfórico pré-menstrual: na maioria dos ciclos menstruais durante o ano anterior, sintomas (por ex., humor acentuadamente deprimido, ansiedade acentuada, acentuada instabilidade afetiva, interesse diminuído por atividades) ocorreram regularmente durante a última semana da fase lútea (e apresentaram remissão alguns dias após o início da menstruação). Estes sintomas devem ser suficientemente severos para interferir acentuadamente no trabalho, na escola ou atividades habituais e devem estar inteiramente ausentes por pelo menos 1 semana após a menstruação."

Puerpério

“Blues“26-85%

condição benignaInício: 1.os dias Pós-parto

Duração: curta

Intensidade: leve

Sintomas não limitantes• Sentimento de tristeza

• Choro fácil

Variações hormonais pp. ditas

Estudo de 86 puérperas no Brasil, Síndrome

de Hipersensibilidade Emocional da Mulher.Rohde et al. (1997)

Psychiatry Res. 2001; 51: 659-663Evelien Brouwers

Joel Rennó Jr – Psiq – HC-HPsiq-SP-Pró mulher

Depressão pós-parto10-15%

depressão pp.dita

prolongada e incapacitante.

Inicio:- até 6 meses pós parto

Sintomas limitantes

Resposta individual anormal às

variações hormonais

A Tristeza Pós-parto (Blues) Atinge Entre 26% E 85% das Parturientes, E A Depressão Maior Pós-parto chega A 15% (Steiner Et Al., 2003). Vale Lembrar Das Alterações Bruscas De Balanço De Estrogênio E Progesterona Sindromes depressivas verdadeiras são frequentes no puerpério e raras na gravidez. Quanto mais próximo do parto, maior a possibilidade de ser provocada por alterações endócrinas, tão mais fatalmente evoluem patologias do gênero e podem corresponder a ciclotimias bifásicas verdadeiras.Quanto mais tarde após o parto, tanto mais decisivos são os fatores psicoreativos. Quadro clínico endócrino: patologia do humor provocada. Medicamentos: Agn/ Aur/Bell/Cimic/Nat-m/Plat/Puls/Verat .Estudos epidemiológicos têm estimado que a depressão pós-parto ocorre em 10% a 15% das puérperas em países desenvolvidos ocidentais e que a maioria dos casos se resolve espontaneamente em 3 a 6 meses (Boyce, 2003). O quadro clínico de depressão pós-parto apresenta, com freqüência, curso flutuante, maior instabilidade do humor e sintomas intensos de ansiedade, incluindo ataques de pânico. Nos episódios depressivos mais graves, pode haver ideação suicida, pensamentos obsessivos envolvendo violência contra a criança e agitação psicomotora intensa. Sintomas psicóticos, especialmente delírios, também podem ocorrer e,

geralmente, envolvem o recém-nascido.

Transtornos mentais associados a Perimenopausa e Menopausa

Alterações do Humor� Irritabilidade, Labilidade Emocional, Episódios

Freqüentes de Choro Imotivado, Ansiedade, Humor Depressivo, Falta de Motivação e Energia, Dificuldade de Concentração e Memorização e Insônia.

� Parecem ocorrer com maior freqüência quando há flutuações drásticas nos níveis hormonais, e não em função de sua diminuição gradativa

E o jardim tinha florese que não me sei lembrar...

Fernando Pessoa

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A relação entre falência funcional ovariana e manifestações psíquicas não é bem compreendida, mas estas parecem ocorrer com maior freqüência quando há flutuações drásticas nos níveis hormonais, e não em função de sua diminuição gradativa. Estudos epidemiológicos de base populacional não identificam maior incidência de depressão em mulheres nessa faixa etária; no entanto, estudos realizados em serviços de ginecologia têm sistematicamente identificado uma prevalência elevada, maior do que a esperada, de sintomas depressivos durante a perimenopausa e menopausa. Pesquisadores da Universidade de Harvard, em um acompanhamento prospectivo de 996 mulheres durantes 3 anos, identificaram que a presença de história prévia de depressão mostrou-se um fator de risco para o início mais

precoce de sintomas perimenopausais (Harlow et al., 1999).

Complexidade Feminina

Vivência Feminina

Pessoal e Familiar

"Muito do que se passa no Corpo da Mulher ainda está para ser

respondido pela Ciência”.

Biologia Complexa

Neurologicamente a Epilepsia pode ser entendida como uma disritmia cerebral paroxística capaz de provocar alterações no sistema nervoso central e, conseqüentemente, em todo organismo. Sob o ponto de vista psiquiátrico, também se entende a epilepsia como uma disritmia cerebral paroxística, com alterações funcionais do sistema nervoso central e, conseqüentemente, manifestações no comportamento, nas emoções e nos padrões de reações do indivíduo. O termo Epilepsia refere-se a uma condição crônica de ataques periódicos ou repetidos, causados por uma condição fisiopatológica da função cerebral, resultante da descarga espontânea e excessiva de neurônios corticais. Entretanto, não se deve entender a epilepsia como uma doença exclusivamente convulsiva. A convulsão é apenas um dos sintomas da doença, o qual traduz a existência ocasional de uma descarga excessiva e desordenada do tecido nervoso sobre os músculos do organismo. A epilepsia porém, deve ser conceituada atualmente, como uma síndrome com um conjunto de sinais e sintomas decorrentes desta disritmia cerebral paroxística. Nesta síndrome portanto, a convulsão propriamente dita, pode até estar ausente, como se acredita que aconteça na maioria dos pacientes disrítmicos. Psicopatologicamente, a violência e a agressão não podem ser considerados patognomônicos de nenhum estado psicopatológico particular. Sabemos, como também deve saber qualquer profissional da área com bom senso e observação, das relações entre a Epilepsia do Lobo Temporal e crises de furor e agressividade extremada. Também lembramos os casos de Embriagues Patológica, como um bom exemplo de agressividade exagerada e responsável por inúmeros crimes de agressão. Este estado se caracteriza por uma mudança abrupta e profunda na personalidade motivada pela ingestão de bebida alcoólica (mesmo em pequena dose). Ao todo há em torno de 30 tipos diferentes tipos de crises epilépticas. As Crises Parciais quando determinam sintomas elementares são denominadas parciais simples, durante as quais a pessoa pode perceber sensações pouco usuais e estranhas, como movimentos súbitos inesperados de uma parte do corpo, distorções na visão e audição, desconforto estomacal ou uma sensação repentina de medo. A consciência não é prejudicada nas Crises Parciais Simples. Se um outro tipo de crise ocorre depois destas sensações a Crise Parcial passa a ser denominadas de "aura" da próxima crise que está começando. Os estudos parecem apontar na identificação das disfunções neuropsicológicas relacionadas ao comportamento violento estar presente no lobo frontal e nos lobos temporais. O Lobo Frontal se relaciona à regulação e inibição de comportamentos, a formação de planos e intenções, e a verificação do comportamento complexo, suas alterações teriam como conseqüência dificuldades de atenção, concentração e motivação, aumento da impulsividade e da desinibição, perda do autocontrole, dificuldades em reconhecer a culpa, desinibição sexual, dificuldade de avaliação das conseqüências das ações praticadas, aumento do comportamento agressivo e aumento da sensibilidade ao álcool (sintomas positivamente correlacionados com o comportamento criminoso), bem como incapacidade de aprendizagem com a experiência (sintoma correlacionado positivamente com a alta incidência de recidivas entre alguns tipos de criminosos). Os Lobos Temporais regulam a vida emocional, sentimentos, instintos, comandam as respostas viscerais às alterações ambientais. Alterações nesses lobos resultam em inúmeras conseqüências comportamentais, das quais se destacam a dificuldade de experimentar algumas emoções, tais como o medo e outras emoções negativas e, conseqüentemente, uma incapacidade em desenvolver sentimentos de medo das sanções, postura esta freqüente em criminosos. Esses estudos procuram associar o crime com alterações cerebrais específicas. (Cristina Queirós, A importância das abordagens biológicas no estudo do crime)