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PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA DE PROTEÇÃO CIVIL
MUNICIPIO DE LOULÉ
CÂMARA MUNICIPAL DE LOULÉ
SERVIÇO MUNICIPAL DE PROTEÇÃO CIVIL
2014
Edição Câmara Municipal de Loulé
Elaboração Divisão de Proteção Civil e de Vigilância | Serviço Municipal de Proteção Civil de Loulé
Direção Vitor Manuel Goncalves Aleixo Presidente da Câmara Municipal de Loulé
Coordenação João Matos Lima Coordenador do SMPC
Equipa Técnica Fernando Leandro Hugo Guerreiro Serviço Municipal de Proteção Civil de Loulé
Serviço Municipal de Proteção Civil Loulé Rua Frutuoso da Silva, nº72 8100-657 Loulé Tf: 289 400827 | Fax: 289400907 | [email protected]
Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Loulé
PARTE I - ENQUADRAMENTO GERAL DO PLANO 3
ÍNDICE GERAL
Parte I – Enquadramento Geral do Plano
1. Introdução
2. Âmbito de Aplicação
3. Objetivos Gerais
4. Enquadramento Legal
5. Antecedentes do Processo de Planeamento
6. Articulação com os Instrumentos de Planeamento e Ordenamento do Território
7. Ativação do Plano
7.1. Competência para a ativação do PMEPC de Loulé
7.2. Critérios para a ativação do Plano
8. Programa de Exercícios
Parte II – Organização da Resposta
1. Conceito de Atuação
1.1. Comissão Municipal de Proteção Civil
1.2. Sistema de Gestão de Operações
2. Execução do Plano
2.1. Fase de Emergência
2.2. Fase de Reabilitação
3. Articulação e Atuação de Agentes, Organismos e Entidades
3.1. Missão dos Agentes de Proteção Civil
3.2. Missão dos Organismos e Entidades de Apoio
Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Loulé
PARTE I - ENQUADRAMENTO GERAL DO PLANO 4
Parte III – Áreas de Intervenção
1. Administração de meios e recursos
2. Logística
2.1. Apoio logístico às forças de intervenção
2.2. Sectorização do teatro de operações
2.3. Apoio logístico às populações
3. Comunicações
3.1. Rede estratégica do plano municipal de emergência de proteção civil de Loulé
4. Gestão da informação
4.1. Gestão da informação entre as entidades envolvidas nas operações
4.2. Gestão da Informação entre as entidades intervenientes no PMEPCL
4.3. Gestão da Informação Pública
5. Procedimentos de Evacuação
5.1. Zonas de concentração local e abrigo temporário
6. Manutenção da ordem pública
7. Serviços Médicos e Transporte de Vítimas
7.1. Apoio social e psicológico
8. Socorro e salvamento
9. Serviços mortuáriosErro! Marcador não definido.
10. Protocolos
Parte IV – Informação Complementar
PARTE IV - INFORMAÇÃO COMPLEMENTAR - SECÇÃO I
1. ORGANIZAÇÃO GERAL DA PROTECÇÃO CIVIL EM PORTUGAL
1.1. Estrutura da Proteção Civil
1.2. Estrutura das Operações
1.2.1. Estrutura de Coordenação Institucional
1.2.2. Estruturas de Direção e Comando
2. MECANISMOS DA ESTRUTURA DE PROTEÇÃO CIVIL
Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Loulé
PARTE I - ENQUADRAMENTO GERAL DO PLANO 5
2.1. Composição, Convocação e Competências Comissão Municipal de Proteção Civil (CMPC)
2.2. Critérios e Âmbito para a Declaração das Situações de Alerta de Âmbito Municipal
2.2.1. Acidente Grave
2.2.2. Catástrofe
2.3. Sistema de Monitorização, Alerta e Aviso
2.3.1. Sistemas de Monitorização
2.3.2. Rede Nacional de Postos de Vigia (Incêndios Florestais)
2.3.3. Sistema de Sistema de Avisos Meteorológicos (Situações Meteorológicas Adversas)
2.3.4. Sistemas de Alerta
2.3.5. Sistemas de Aviso
PARTE IV - INFORMAÇÃO COMPLEMENTAR - SECÇÃO II
1. CARACTERIZAÇÃO GERAL
2. CARACTERIZAÇÃO FÍSICA
3. CARACTERIZAÇÃO SÓCIO ECONÓMICA
3.1. Dinâmica Demográfica
4. CARACTERIZAÇÃO DAS INFRAESTRUTURAS
4.1. Rede Rodoviária
4.2. Rede Ferroviária
4.3. Aeroportos e aeródromos
4.4. Escolas e Estabelecimentos de Ensino
4.5. Lares e Centros de dia
4.6. Rede de Abastecimento de Água
4.6.1. Sistemas Abrangidos e a Abranger pelo Sistema Multimunicipal
4.6.2. Abastecimento de Água Vertente em “Alta”
4.6.3. Abastecimento de Água Vertente em “Baixa”
4.7. Rede de Saneamento
4.7.1. Caracterização da situação atual e evolução recente
4.8. Rede Elétrica
4.8.1. Rede de Muito Alta Tensão
4.8.2. Rede Nacional de Distribuição
Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Loulé
PARTE I - ENQUADRAMENTO GERAL DO PLANO 6
4.9. Rede de Telecomunicações – Telefones
4.10. Portos
4.11. Rede de distribuição de combustíveis
4.12. Património arquitetónico e arqueológico
4.13. Zonas Industriais
4.14. Hospitais e Serviços de Saúde
4.15. Instalações dos Agentes de Proteção Civil
4.15.1. Agentes de Proteção Civil (localizados na sede do concelho)
4.15.2. Agentes de Proteção Civil (localizados nas restantes freguesias do concelho)
4.15.3. Organismos e Entidades de Apoio (localizados no concelho)
5. CARACTERIZAÇÃO DO RISCO
5.1. Análise de Riscos
5.1.1. Riscos no concelho de Loulé
5.1.2. Hierarquização dos Riscos
5.2. Análise da Vulnerabilidade
5.3. Estratégias para a Mitigação de Riscos
5.3.1. Legislação
5.3.2. Planos que integram a gestão do risco
5.3.3. Projetos e programas integrados destinados a reduzir o risco
5.3.4. Avaliações de impacte ambiental na vertente de proteção civil
5.3.5. Planos de ordenamento do território
5.3.6. Protocolos
5.3.7. Atividade da Comissão Municipal de Proteção Civil
5.3.8. Atividade das estruturas autárquicas, dos agentes e de organismos de apoio
5.3.9. Ações estratégicas de mitigação do risco
6. CENÁRIOS
7. CARTOGRAFIA
7.1. Índice de Mapas
Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Loulé
PARTE I - ENQUADRAMENTO GERAL DO PLANO 7
PARTE IV - INFORMAÇÃO COMPLEMENTAR – SEÇAO III
1. INVENTÁRIO DE MEIOS E RECURSOS
1.1. Agentes de Proteção Civil
1.2. Alojamentos Temporários
1.2.1. Escolas
1.2.2. Câmara Municipa
1.2.3. Campismo
1.2.4. Pensões/Residenciais/Hospedaria/Albergaria/Aparthotel/Ald. Turísticos/hotéis
1.3. Alimentação/Confeção de Alimentos
1.4. Combustíveis
1.5. Depósitos de Combustível Móveis
1.6. Oficinas e Pneus
1.7. Agências Funerárias
1.8. Edifícios Camarários com Geradores
1.9. Infraestruturas de Apoio às operações de Proteção Civil
1.10. Contactos das Empresas de Infraestruturas Municipais
1.11. Hipermercados
1.12. Águas e Refrigerantes
1.13. Lares de Idosos
1.14. Farmácias
1.15. Instituições Públicas de Solidariedade Social (IPSS)
1.16. Máquinas e equipamentos
2. LISTA DE CONTACTOS
2.1. Comissão Municipal de Proteção Civil (Restrita)
2.2. Comissão Municipal de Proteção Civil (Alargada)
2.3. Contactos dos Dirigentes da CML
2.4. Contactos dos Coordenadores da CML
2.5. Contactos das Câmaras Municipais limítrofes
2.6. Contactos das Juntas de Freguesia do Concelho
2.6. Contactos de outros organismos e entidades de apoio
3. MODELOS DE RELATÓRIOS E REQUISIÇÕES
3.1. Relatório Imediato de Situação
3.2. Relatório Final
Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Loulé
PARTE I - ENQUADRAMENTO GERAL DO PLANO 8
3.3. Modelo de Requisição
4. MODELOS DE COMUNICADOS
4.1. Modelo de Aviso
4.2. Modelo de Comunicado
4.3. Modelo de Declaração de Alerta de Âmbito Municipal
4.4. Modelo de Comunicado do Serviço Municipal de Proteção Civil em caso de ocorrência de Sismo
5. LISTA DE CONTROLO DE ACTUALIZAÇÕES DO PLANO
6. LISTA DE REGISTOS DE EXERCICIOS DO PLANO
7. LISTA DE DISTRIBUIÇÃO DO PLANO
8. LEGISLAÇÃO
9. BIBLIOGRAFIA
10. GLOSSÁRIO
Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Loulé
PARTE I - ENQUADRAMENTO GERAL DO PLANO 9
ACRÓNIMOS
AdAlgarve – Adutora do Algarve
AFN – Autoridade Florestal Nacional
AI – Áreas de intervenção
AML – Autoridade Marítima Local
ANPC – Autoridade Nacional de Proteção Civil
APA – Agencia Portuguesa do Ambiente;
APC – Agentes de Proteção Civil
AS – Autoridade de Saúde
AT – Abrigo Temporário
BHSP – Base de Helicópteros em Serviço Permanente
BL – Bombeiros de Loulé
CCBSA – Centro de Coordenação de Busca e Salvamento Aéreo
CCOD – Centro de Coordenação Operacional Distrital;
CCON - Centro de Coordenação Operacional Nacional;
CDOS – Comando Distrital de Operações de Socorro
CDPC – Comissão Distrital de Proteção Civil;
CMDT – Comandante
CML – Câmara Municipal Loulé
CMPC – Comissão Municipal de Proteção Civil
CNOS – Centro Nacional de Operações de Socorro
CNOS – Comando Nacional de Operações de Socorro;
CNPC – Comissão Nacional de Proteção Civil
CODIS – Comandante Operacional Distrital
CODU – Centro Orientação Doentes Urgentes
COM – Comandante Operacional Municipal
COS – Comandante das Operações de Socorro
CP – Comboios de Portugal
CPX – Comand Post Exercise
CVP – Cruz Vermelha Portuguesa
DCPT - Departamento Central de Policia Técnica
DFCI – Defesa da Floresta Contra Incêndios
DIOPS - Diretiva Operacional Nacional n.º 1 - Dispositivo Integrado das Operações de Proteção e Socorro
DISV – Divisão de Intervenção Social e Voluntariado
DON – Diretiva Operacional Nacional
EAT – Equipas de Avaliação Técnica
ECRA – Equipa Canina de Resgate do Algarve
EDP – Energias de Portugal
Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Loulé
PARTE I - ENQUADRAMENTO GERAL DO PLANO 10
EMGFA – Estado Maior General das Forças Armadas
EMIF – Equipa Municipal de Intervenção Florestal;
EN – ESTRADA Nacional
EP – Estradas de Portugal
ERAS – Equipas de Reconhecimento e de Avaliação da Situação
FA – Forças Armadas
GECI – Gabinete de Eventos, Comunicação e Imagem
GIPS – Grupo de Intervenção de Proteção e Socorro
GNR – Guarda Nacional Republicana
ICNF – Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas
IM – Instituto de Meteorologia
IMPA – Instituto Português do Mar e da Atmosfera
INAC – Instituto Nacional de Aviação Civil
INAG – Instituto da Água
INEM – Instituto Nacional de Emergência Médica
INMLCF – Instituto Nacional de medicina Legal e Ciências Forenses
INSA – Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge;
IPMA – Instituto Português do Mar e da Atmosfera;
IPSS – Instituição Privada de Solidariedade Social
IPSS – Instituições Públicas de Solidariedade Social
JF – Junta de Freguesia
Livex – Live Exercise
LNEC – Laboratório Nacional de Engenharia Civil
LPC – Laboratório de Policia Cientifica
MR – Máquina de Rasto
NEP – Norma de execução Permanente
OA- Organismos de Apoio
OCS – Órgãos de Comunicação Social
PC – Posto de Comando
PCMun – Posto Comando Municipal
PCO – Posto de Comando Operacional
PCOC – Posto de Comando Operacional Conjunto
PCT – Posto de Controlo de Trafego
PCTEA – Plano Contingência para Temperaturas Extremas Adversas
PCTEMC - O Plano de Contingência para Temperaturas Extremas Adversas Modulo Calor;
PDEPCF – Plano Distrital de Emergência de Proteção Civil de Faro
PDM – Plano Diretor Municipal
Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Loulé
PARTE I - ENQUADRAMENTO GERAL DO PLANO 11
PEERST –Alg – Plano Especial de Emergência de Proteção Civil para o Risco Sísmico e de Tsunamis na Região do
Algarve
PGF - Planeamento ou Apoio à Gestão Municipal ou Privada das Áreas Florestais
PMDFCI – Plano Municipal da Defesa da Floresta Contra Incêndios
PMEPC – Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil
PMEPCL – Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Loulé
PROTAL – Plano Regional de Ordenamento do Território do Algarve
PSP – Policia de Segurança Publica
PT – Portugal Telecom
RCL – Rádio Clube de Loulé
REFER – Rede Ferroviária Nacional
REN – Rede Elétrica Nacional
REPC – Rede Estratégica de Proteção Civil
RNPV - Rede Nacional de Postos de Vigia
ROB – Rede Operacional dos Bombeiros
SAA - Sistemas de Abastecimento de Água
SEF – Serviço de Estrangeiros e Fronteiras
SGO – Sistema de Gestão das Operações
SIOPS – Sistema Integrado de Operações de Proteção e Socorro
SIRESP- Sistema Integrado das Redes de Emergência de Segurança de Portugal
SMPC – Serviço Municipal de Proteção Civil
START – Simples Triagem e Rápido Tratamento
SVPP – Serviço de Vigilância e Proteção do Património
TO – Teatro de Operações
UCI – Unidade de Cooperação Internacional
ZA – Zona de Apoio
ZCL – Zona de Concentração Local
ZCR – Zona de Concentração e Reserva
ZRR – Zona de Receção de Reforços
ZS – zona de Sinistro
Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Loulé
PARTE I - ENQUADRAMENTO GERAL DO PLANO 12
Parte I – Enquadramento Geral do Plano
Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Loulé
PARTE I - ENQUADRAMENTO GERAL DO PLANO 13
ÍNDICE
Índice de figuras ............................................................................................................................. 13
Índice de tabelas ............................................................................................................................ 13
ÍNDICE
1. Introdução .............................................................................................................................. 15
2. Âmbito de Aplicação ............................................................................................................... 17
3. Objetivos Gerais ...................................................................................................................... 18
4. Enquadramento Legal .............................................................................................................. 19
5. Antecedentes do Processo de Planeamento ............................................................................. 19
6. Articulação com os Instrumentos de Planeamento e Ordenamento do Território ...................... 20
7. Ativação do Plano ................................................................................................................... 23
7.1. Competência para a ativação do PMEPC de Loulé ...................................................................... 23 7.2. Critérios para a ativação do Plano .............................................................................................. 24
8. Programa de Exercícios ............................................................................................................ 27
Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Loulé
PARTE I - ENQUADRAMENTO GERAL DO PLANO 14
ÍNDICE DE FIGURAS
Figura 1. Critérios para a ativação do plano ..................................................................................... 25
ÍNDICE DE TABELAS
Tabela 1. Circunstancias que fundamentam a ativação do PMEPC de Loulé (Grau de Gravidade) . 26
Tabela 2. Circunstâncias que fundamentam a ativação do PMEPC de Loulé (Grau de Probabilidade)
........................................................................................................................................................... 27
Tabela 3. Exercícios e Simulacros...................................................................................................... 29
Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Loulé
PARTE I - ENQUADRAMENTO GERAL DO PLANO 15
Introdução
Os riscos naturais e tecnológicos constituem ameaças constantes no quotidiano das populações, logo
existe a necessidade de precaver e mitigar os riscos, o que levou a que a Camara Municipal de Loulé,
através de seu Serviço Municipal de Proteção Civil, que procedesse a revisão, alteração e
operacionalização do antigo Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Loulé datado do ano de
1999.
O Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Loulé (PMEPCL) trata-se de um Plano Geral
elaborado para o Concelho de Loulé. É um documento dinâmico contemplando os riscos e
vulnerabilidades do município, e será atualizado sempre que se justifique. Este Plano foi elaborado para
enfrentar a generalidade das situações de acidente grave ou catástrofe que possam vir a ocorrer no
município de Loulé, exprimindo assim um conjunto de medidas, normas, procedimentos e missões,
relativamente ao modo de atuação dos vários organismos e estruturas a empenhar numa situação de
exceção.
As razões que nos levaram à sua elaboração foram dotar os Serviços Municipais, Autoridade de Proteção
Civil, e entidades cooperantes de um instrumento capaz de minimizar os efeitos de qualquer catástrofe
ou acidente grave, e o restabelecimento da normalidade em situações de Emergência.
Trata-se de um documento formal no qual são definidas as principais orientações relativas ao modo de
atuação dos vários organismos, serviços e estruturas a empenhar em operações de proteção civil.
Os maiores constrangimentos sentidos foram ao nível do planeamento, nomeadamente na
caracterização do território, na medida em que ainda não existem cartas para todos os riscos existentes
no município, devido a sua dimensão. A cartografia existente foi validada em 2009, sendo que o atual
processo de validação ainda se encontra em curso.
Este Plano, é constituído por um conjunto organizado de documentos, que com base na situação
concreta do concelho e dos riscos naturais e tecnológicos a que está sujeito e que possam ocorrer,
define e clarifica missões e fortalece a estrutura global da autarquia no desempenho das actividades de
Proteção Civil.
O Diretor do Plano é o Presidente da Câmara Municipal de Loulé, enquanto Autoridade Municipal de
Proteção Civil, podendo ser substituído pelo Vereador com o Pelouro da Proteção Civil, quando por
algum motivo se encontre impossibilitado de exercer as suas funções.
Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Loulé
PARTE I - ENQUADRAMENTO GERAL DO PLANO 16
Salienta-se ainda o facto de o anterior PMEPCL nunca ter sido ativado, o que leva a que não se possa
aferir a eficiente resposta a cada ocorrência.
A organização do PMEPCL divide-se em quatro partes:
Parte I - Apresenta o enquadramento do Plano em termos legais e relativamente a outros
instrumentos de planeamento e gestão do território, e abordam-se as questões relacionadas com a
sua ativação. Definem-se mecanismos que permitem a otimização da gestão dos meios e recursos
existentes no concelho através da organização de exercícios de emergência;
Parte II - Aborda-se o ponto referente à organização da resposta, define-se o quadro orgânico e
funcional da Comissão Municipal de Proteção Civil (CMPC) a convocar na iminência ou ocorrência de
situações de acidente grave ou catástrofe, bem como o dispositivo de funcionamento e
coordenação das várias forças e serviços a mobilizar em situação de emergência;
Parte III - Refere-se as diversas áreas de intervenção, entidades envolvidas e formas de atuação;
Parte IV - Relativa à informação complementar, apresenta-se uma caracterização do concelho.
Identificam-se os diferentes riscos a que o concelho de Loulé se encontra exposto, avaliando-se a
probabilidade da sua ocorrência e os danos que lhe poderão estar associados. Indicam-se os
contactos das várias entidades e respectivos intervenientes, bem como, o inventário de meios e
recursos disponíveis para responder a situações de emergência, para além de modelos a nível
documental de controlo e registo.
Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Loulé
PARTE I - ENQUADRAMENTO GERAL DO PLANO 17
Âmbito de Aplicação
O PMEPCL é um plano de âmbito municipal, abrangendo todo o território do município de Loulé no
âmbito das ações de prevenção dos riscos naturais e tecnológicos, e das operações de Proteção Civil
decorrentes de acidentes graves ou catástrofes.
O município de Loulé tem uma área de total de 763,67 Km2, dividido pelas suas 9 freguesias, localiza-se
no distrito de Faro.
O Município está sujeito a diversos riscos inerentes a situações de acidente grave ou catástrofe, neste
sentido os riscos inventariados neste Plano, são os seguintes:
Naturais:
Precipitação intensa
Ciclones e tempestades
Ondas de calor
Vagas de frio
Nevões
Cheias e inundações
Secas
Galgamentos costeiros
Sismos
Tsunamis
Movimentos de massa em vertentes
Erosão costeira/ Instabilidade de arribas
Mistos:
Incêndios Florestais;
Acidentes de poluição
Tecnológicos:
Acidente grave de tráfego rodoviário
Acidente grave de tráfego ferroviário
Acidente grave de tráfego aéreo
Acidente grave de tráfego marítimo
Acidente no transporte de mercadorias
perigosas
Colapso de estruturas
Incêndios em edifícios
Acidente em instalações de combustíveis
Acidente em parques industriais
Colapso de galerias e cavidades de minas
Colapso de túneis, pontes e outras
infraestruturas
Concentrações humanas
Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Loulé
PARTE I - ENQUADRAMENTO GERAL DO PLANO 18
Objetivos Gerais
O PMEPCL constitui-se uma plataforma para responder organizadamente aos danos provocados por
situações de acidente grave ou catástrofe, definindo a estrutura de coordenação, direção, comando e
controlo, regulando a forma como é assegurada a coordenação entre as diferentes entidades a envolver
nas operações.
O presente Plano deve ser revisto, no mínimo, bienalmente ou ainda revisto aquando da perceção de
novos riscos ou da identificação de novas vulnerabilidades na área do Município, devendo ainda ser
objeto de exercícios, com a finalidade de testar a sua operacionalidade.
O PMEPCL tem como principais objetivos:
Providenciar, através de uma resposta concertada, as condições e os meios indispensáveis à
minimização dos efeitos adversos de um acidente grave ou catástrofe;
Definir as orientações relativamente ao modo de atuação dos vários Organismos, Serviços e
Estruturas a afetar ou alocar em operações de Proteção Civil;
Definir a Unidade de Direção, Coordenação e Comando das ações a desenvolver;
Coordenar e sistematizar as ações de apoio, promovendo maior eficácia e rapidez de
intervenção das entidades intervenientes;
Inventariar os meios e recursos disponíveis para acorrer a um acidente grave ou catástrofe;
Minimizar as perdas de vidas e bens, atenuar ou limitar os efeitos de acidentes graves ou
catástrofes e restabelecer o mais rapidamente possível, as condições mínimas de normalidade;
Assegurar a criação de condições favoráveis ao empenhamento rápido, eficiente e coordenado
de todos os meios e recursos disponíveis num determinado território, sempre que a gravidade e
dimensão das ocorrências o justifique;
Habilitar as entidades envolvidas no Plano a manterem o grau de preparação e de prontidão
necessário à gestão de acidentes graves ou catástrofes;
Promover a informação das populações através de ações de sensibilização, tendo em vista a sua
preparação, através de uma cultura de autoproteção e o entrosamento na estrutura de resposta
à emergência.
Este Plano Municipal entra em vigor no dia útil a seguir à publicação da respetiva declaração de
aprovação em Diário da República e será atualizado, sempre que se considere necessário, dando
conhecimento a todas as entidades da lista de distribuição.
Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Loulé
PARTE I - ENQUADRAMENTO GERAL DO PLANO 19
Enquadramento Legal
O PMEPCL foi elaborado em conformidade com os diplomas legais em vigor na área da proteção civil, nomeadamente:
Legislação Estruturante
Lei nº 65/2007, de 12 de Novembro, com as alterações introduzidas pelo Decreto – Lei
nº144/2011 de 30 de Novembro – Define o enquadramento institucional e operacional da Proteção
Civil no âmbito municipal, estabelece a organização dos Serviços Municipais de Proteção Civil
(SMPC) e determina as competências do Comandante Operacional Municipal (COM);
Decreto-Lei nº 134/2006, de 25 de Julho - Sistema Integrado de Operações de Proteção e Socorro
(SIOPS) com as alterações introduzidas pelo Decreto-Lei n.º 144/2011, de 30 de Novembro e pelo
Decreto – Lei nº 72/2013, de 31 de maio;
Lei nº 27/2006, de 3 Julho – Lei de Bases da Proteção Civil (LBPC) com as alterações introduzidas
pela Lei Orgânica nº1/2011, de 30 de Novembro; define os princípios, objetivos e as orientações
para a atividade de proteção civil;
Lei Orgânica nº 1/2011, de 30 de Novembro – Transfere competências dos Governos Civis e dos
Governadores civis para outras entidades da Administração Pública em matérias de reserva de
competência legislativa da Assembleia da República.
Legislação Especifica
Resolução nº 25/2008, de 18 de Julho da Comissão Nacional de Proteção Civil (CNPC) - Define os
critérios e normas técnicas para a elaboração e operacionalização de planos de emergência de
proteção civil.
Antecedentes do Processo de Planeamento
A realização do PMEPCL teve por base o anterior Plano, aprovado em reunião de Câmara no dia 13 de
Janeiro de 1999, elaborado pelo Serviço Municipal de Proteção Civil.
Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Loulé
PARTE I - ENQUADRAMENTO GERAL DO PLANO 20
Durante o período em que vigorou o referido Plano, foram efetuadas continuamente atualizações,
nomeadamente ao nível dos contactos e da legislação. Não foi ativado, nem foram realizados quaisquer
exercícios com o intuito de testar a sua operacionalidade.
O presente Plano foi produzido na sequência da publicação da Resolução da Comissão Nacional de
Proteção Civil com o nº 25/2008, no dia 18 de Julho de 2008, iniciando-se assim o processo de
elaboração de uma nova versão do documento.
Esta nova versão do PMEPCL esteve em consulta pública de 2 de Agosto de 2010 a 11 de Janeiro de
2011. A CMPC reuniu no dia 24 de Janeiro de 2011, tendo emitido o parecer favorável para a sua
aprovação.
Foi entregue pelo SMPC, no Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Faro no dia 31 de
Janeiro de 2011.
Em 13 de Julho de 2012, foi emitido parecer da Comissão Nacional de Proteção Civil para introdução de
medidas corretivas a esta nova versão do PMEPCL.
Em 23 de Junho de 2014, foi emitido parecer favorável da Comissão Nacional de Proteção Civil depois da
introdução das medidas corretivas necessárias, conforme vosso parecer da ANPC.
Articulação com os Instrumentos de Planeamento e Ordenamento do Território
A articulação do PMEPCL com os instrumentos de planeamento e ordenamento do território, baseou-se
no Plano Distrital de Emergência de Proteção Civil de Faro (PDEPCF), Plano Especial de Emergência de
Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Loulé
PARTE I - ENQUADRAMENTO GERAL DO PLANO 21
Proteção Civil para o risco Sísmico e de Tsunamis na Região do Algarve (PEERST-Alg), Planos Municipais
de Emergência de Proteção Civil dos concelhos vizinhos (S. Brás de Alportel; Silves; Almodôvar; Tavira,
Alcoutim, Albufeira e Faro), Plano Mar Limpo, Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios
(PMDFCI) de Loulé e Plano Diretor Municipal (PDM) de Loulé.
Plano Distrital de Emergência de Proteção Civil de Faro (PDEPCF) – À data da elaboração do PMEPCL o
PDEPCF encontra-se em fase de revisão, de acordo com a legislação em vigor (Resolução nº 25/2008 de
18 de Julho), assim sendo os conteúdos e a respetiva disposição serão conformes com o PMEPCL.
Plano Especial de Emergência de Proteção Civil para o risco Sísmico e de Tsunamis na Região do
Algarve (PEERST-Alg) – Neste plano é definido a organização operacional de toda a região do Algarve
face à ocorrência de um sismo de grande intensidade. Esta organização contempla estruturas a dois
níveis em estreita articulação, designadamente:
A nível Municipal a criação de um posto de Comando Municipal, onde é definida a organização e o
funcionamento da CMPC e organismos e entidades de apoio, em caso de ativação do Plano, integrando
assim os princípios previstos no PEERST – Alg. Este Plano sectoriza os Municípios, definindo os concelhos
como um Teatro de Operações (TO), com as respetivas Zonas de Concentração e Reserva (ZCR), pontos
de encontro e apoio às populações e zona de concentração de mortos.
Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios (PMDFCI) de Loulé – Importante instrumento
de apoio em todas as matérias relacionadas com a Defesa da Floresta Contra Incêndios (DFCI), tais como
a definição de zonas criticas, gestão de infraestruturas, definição de prioridades de ação na defesa,
estabelece os mecanismos e procedimentos para uma ação concertada entre todos os intervenientes na
Defesa da Floresta Contra Incêndios (DFCI). O PMDFCI contempla medidas de prevenção, previsão e
planeamento integrado das intervenções das diversas entidades envolvidas aquando da ocorrência de
incêndios florestais.
Plano Diretor Municipal (PDM) de Loulé – PDM de Loulé aprovado pela Assembleia Municipal de Loulé
em 28 de Janeiro de 2008 e publicado no Diário da República 2.ª Série, Aviso n.º 5374/2008, de 27 de
Fevereiro de 2008, com as alterações introduzidas pelo Aviso n.º 14022/2010, de 14 de Julho de 2010,
publicado igualmente no Diário da República, 2.ª Série.
Planos Municipais de Emergência de Proteção Civil dos Concelhos vizinhos (Albufeira; Alcoutim;
Almodôvar; Faro; Silves; S. Brás de Alportel e Tavira)
A articulação com os PMEPC dos concelhos adjacentes que já estão aprovados pela CNPC é feita em
particular no que se refere aos aglomerados populacionais que se localizam nos limites administrativos,
Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Loulé
PARTE I - ENQUADRAMENTO GERAL DO PLANO 22
e que carecem de infraestruturas de apoio, as quais podem ser complementadas com os meios
disponíveis no concelho vizinho.
À data da elaboração do PMEPCL a situação dos Planos Municipais de Proteção Civil (PMEPC) dos
concelhos adjacentes a Loulé é a seguinte:
Albufeira, aprovado pela Comissão Nacional de Proteção Civil (CNPC), no dia 15 de Março de 2012 e
Publicado no Diário da Republica 2ª Série, Resolução nº 23/2012, no dia 20 de Junho de 2012;
Alcoutim, aprovado pela CNPC no dia 14 de Dezembro de 2011 e Publicado no Diário da Republica 2ª
Série, Resolução nº11/2012, no dia 15 de Março de 2012. Encontra-se neste momento em fase de
revisão;
Almodôvar, encontra-se em revisão de acordo com a legislação em vigor (Resolução nº 25/2008, de 18
de Julho);
Faro, aprovado pela CNPC no dia 11 de Dezembro de 2011 e Publicado no Diário da Republica 2ª Série,
Resolução nº 49/2012, no dia 6 de Dezembro de 2012;
Silves, aprovado pela CNPC no dia 29 de maio de 2013 e Publicado no Diário da Republica 2ª Série,
Resolução nº19/2013, no dia 5 de Agosto de 2013;
S. Brás de Alportel, aprovado pela CNPC no dia 26 de Abril de 2012 e Publicado no Diário da Republica
2ª Série, Resolução nº 23/2012, no dia 20 de Junho de 2012;
Tavira, aprovado pela CNPC dia 31 de Maio de 2011 e Publicado no Diário da Republica 2ª Série,
Resolução nº 10/2011, no dia 16 de Junho de 2011.
Na próxima revisão do PMEPCL será realizada a respetiva articulação com os que se encontram em
revisão de acordo com a Resolução nº 25/2008, de 18 de Julho.
Plano Mar Limpo – Este plano foi aprovado pela Resolução do Conselho de Ministros nº25/93, de 15 de
Abril, o qual estabelece que é a Autoridade Marítima Local (AML) que assume a responsabilidade pela
condução das operações de combate à poluição por hidrocarbonetos e de outras substâncias perigosas
nas águas marítimas, portos e trechos navegáveis dos rios. Está previsto a constituição de um conselho
consultivo, onde poderão estar elementos representantes das autarquias locais das áreas onde ocorram
Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Loulé
PARTE I - ENQUADRAMENTO GERAL DO PLANO 23
situações de poluição, o qual será convocado sempre que esteja iminente ou aconteça uma situação
grave de poluição. Este plano define quatro graus de prontidão, sendo que para além das várias
entidades de carácter regional, as autarquias serão alertadas para o segundo grau de prontidão para
eventuais ações no terreno.
Pelas razões expostas, o PMEPCL, deverá articular-se com o Plano Mar Limpo de modo a que em caso de
acidentes que envolvam o transporte de substâncias perigosas por via marítima, nomeadamente, e caso
seja necessário se proceda à mobilização de meios para limpeza das zonas afetadas e de apoio à
população afetada.
Ativação do Plano
A ativação do PMEPCL visa assegurar a colaboração das várias entidades intervenientes, garantindo a
mobilização mais rápida dos meios e recursos afetos ao Plano, e uma maior eficácia e eficiência na
execução das ordens e procedimentos previamente definidos em caso de acidente grave ou catástrofe.
As declarações de situação de contingência ou calamidade poderão também implicar a ativação do
PMEPCL.
A ativação/descativação do PMEPCL será sempre comunicada ao Comando Distrital de Operações de
Socorro (CDOS) de Faro.
Adicionalmente a ativação do Plano será comunicada aos municípios vizinhos.
7.1. Competência para a ativação do PMEPC de Loulé
Tem competência para determinar a ativação e descativação do PMEPCL, a Comissão Municipal de
Proteção Civil (CMPC) de Loulé, sob proposta do Diretor do Plano ou, na sua ausência ou impedimento,
pelo Vereador, designado como substituto nos termos da legislação em vigor.
Na impossibilidade de reunir pelo menos metade dos membros da Comissão em tempo útil, esta
delibera por maioria dos membros presentes e a sua deliberação será retificada pelo plenário, logo que
possível. Tal situação ocorre quando a natureza do acidente grave ou catástrofe assim o justificar, por
razões de carácter de urgência, o Presidente da Câmara Municipal de Loulé ou seu substituto legal, pode
reunir a CMPC de Loulé reduzida.
A desativação do PMEPCL ocorre por deliberação da CMPC e é publicitada com os meios abaixo
descritos, sendo a mesma efetuada apenas quando estiver garantida a segurança das populações e as
condições mínimas de normalidade dos serviços básicos essenciais.
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PARTE I - ENQUADRAMENTO GERAL DO PLANO 24
Os meios a utilizar para publicitação de ativação/descativação do PMEPCL são os seguintes:
Site da Camara Municipal, www.cm-loule.pt;
Órgãos de comunicação social (rádios e jornais);
Colocação de edital no Edifício da Câmara Municipal e Juntas de Freguesia.
7.2. Critérios para a ativação do Plano
A ativação do PMEPCL é feita quando existe a necessidade de adotar medidas preventivas ou especiais
de reação que não estejam expressas na atividade normal da proteção civil, ou seja, iminência ou
ocorrência de uma situação de acidente grave ou catástrofe, da qual se prevejam danos elevados para a
população, bens e ambiente, que justifiquem a adoção imediata de medidas excecionais de prevenção,
planeamento e informação.
Embora, dada a transversalidade dos riscos considerados num Plano Municipal de Emergência de
Proteção Civil, seja difícil a definição de parâmetros universalmente aceites e coerentes, consideramos
que os critérios que permitem apoiar a decisão de ativação do Plano Municipal de Emergência de
Proteção Civil são suportadas na conjugação do grau de intensidade das consequências negativas, ou
seja, o grau de gravidade com o grau de probabilidade de consequências negativas (Diretiva Operacional
Nacional Nº1/ANPC/2007, de 16 de Maio).
Os critérios a considerar são os seguintes:
Acidente grave ou catástrofe iminente
Acidente grave ou catástrofe iminente
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PARTE I - ENQUADRAMENTO GERAL DO PLANO 25
Figura 1: Critérios para a ativação do plano
Neste sentido, apresentamos de seguida um esquema que representa os mecanismos e as
circunstâncias que fundamentam a ativação do Plano:
Grau de Gravidade
Gravidade Descrição
Residual
Não há feridos nem vitimas mortais;
Não há mudança/retirada de pessoas, ou apenas de um número restrito, por um período
curto – até 12 h;
Pouco ou nenhum pessoal necessário;
Danos sem significado;
Não há, ou há um nível reduzido de constrangimentos na comunidade;
Não há impacte no ambiente;
Não há perda financeira.
Reduzida
Pequeno número de feridos mas sem vítimas mortais;
Algumas hospitalizações;
Retirada de pessoas por um período inferior a 24 horas;
Algum Pessoal de apoio e reforço necessário;
Alguns danos;
Disrupção inferior a 24 horas;
Acentuado ou Crítico
Reduzido ou Residual
Sim
Sim
Não
Não
Grau de probabilidade
elevado?
Entidades de Proteção Civil atuam dentro do
funcionamento normal
Grau de gravidade?
Ativação do Plano Municipal de Emergência
de Proteção Civil
Declaração de situação de alerta
Agravamento previsível da ocorrência?
Moderado
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PARTE I - ENQUADRAMENTO GERAL DO PLANO 26
Pequeno impacto no ambiente sem efeitos duradouros;
Alguma perda financeira.
Moderada
Tratamento médico necessário, mas sem vítimas mortais;
Algumas hospitalizações;
Alguns Danos;
Disrupção inferior a 24 horas;
Pequeno impacto no ambiente sem efeitos duradouros;
Alguma perda financeira.
Acentuada
Numero elevado de feridos e hospitalizações;
Numero elevado de retirada de pessoas por um período superior a 24 horas;
Vitimas mortais;
Recursos externos exigidos para suporte ao pessoal de apoio;
Danos significativos que exigem recursos externos;
Funcionamento parcial da comunidade com alguns serviços indisponíveis;
Alguns impactos na comunidade com efeitos a longo prazo;
Perda financeira significativa e assistência financeira necessária.
Crítica
Situação Crítica;
Grande número de feridos e hospitalizações;
Retirada em grande escala de pessoas por uma duração longe;
Significativo número de vítimas mortais. Pessoal de apoio e reforço necessário;
A comunidade deixa de conseguir funcionar sem suporte significativo;
Impacto ambiental significativo e/ou danos permanentes.
Tabela 1. Circunstancias que fundamentam a ativação do PMEPC de Loulé (Grau de Gravidade)
Grau de probabilidade
Probabilidade Descrição
Confirmada Ocorrência real verificada
Elevada
É expectável que ocorre em quase todas as circunstâncias;
Nível elevado de incidentes registados;
Fortes evidências;
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PARTE I - ENQUADRAMENTO GERAL DO PLANO 27
Forte probabilidade de ocorrência de um evento;
Fortes razões para ocorrer;
Pode ocorrer uma vez por ano ou mais.
Média - alta
Irá provavelmente ocorrer em quase todas as circunstâncias;
Registos regulares de incidentes e razões fortes para ocorrer;
Pode ocorrer uma vez em cada 5 anos.
Média
Poderá ocorrer em algum momento;
Periodicidade incerta, aleatória e com fracas razões para ocorrer;
Poderá ocorrer uma vez em cada 20 anos;
Média-baixa
Não é provável que ocorra;
Não há registo ou razões que levem a estimar que ocorram;
Pode ocorrer uma vez em cada 100 anos.
Baixa Poderá ocorrer apenas em circunstâncias excecionais;
Poderá ocorrer uma vez em cada 500 anos ou mais.
Tabela 2. Circunstâncias que fundamentam a ativação do PMEPC de Loulé (Grau de Probabilidade)
Programa de Exercícios
De modo a garantir e testar a permanente operacionalidade do Plano e de forma a avaliar os
pressupostos nele contidos, serão realizados exercícios com periodicidade mínima bienal (uma vez em
cada dois anos), os quais poderão envolver o teste da totalidade ou apenas parte do plano.
Em relação ao tipo de exercícios, estes poderão ser caracterizados em dois tipos:
Live Exercise (Livex) - é um exercício de ordem operacional, no qual se desenvolvem missões no
terreno, com meios e equipamento, permitindo avaliar as disponibilidades operacionais e as
capacidades de execução das entidades envolvidas.
Comand Post Exercise (CPX) - é um exercício que se realiza em contexto de sala de operações e
tem como principal objetivo testar o estado de prontidão e a capacidade de resposta de
mobilização dos meios e recursos das diversas entidades ou serviços envolvidos nas operações
de proteção e socorro.
Sem prejuízo da periodicidade referida anteriormente, após a aprovação do Plano deve ser realizado um
exercício no prazo máximo de 180 dias.
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PARTE I - ENQUADRAMENTO GERAL DO PLANO 28
Quanto a tipologia dos exercícios escolhidos esta deverá ter em linha de conta os principais riscos
identificados no concelho, assim como, os meios matérias e humanos cuja eficiência e eficácia se
pretenda testar.
Nestes exercícios, são simuladas situações de acidente grave ou catástrofe a diferentes escalas, tendo
como objetivo avaliar no terreno, a capacidade de mobilização, interação e cooperação entre as varias
entidades e serviços com responsabilidades ano nível da proteção civil que intervirão no teatro de
operações.
No final de cada exercício deverá ser realizado um “ debriefing” para avaliar os resultados operacionais
com o objetivo de identificar as principais ações efetuadas, e em particular, os aspetos a melhorar na
próxima ocorrência/exercício do género.
A seleção e calendarização de exercícios constituem uma das responsabilidades da CMPC, logo o
programa de exercício está dependente das deliberações da CMPC de Loulé, que promove a realização
de exercícios, simulacros ou treinos operacionais que contribuam para a eficácia de todos os serviços
intervenientes em ações de proteção civil.
Na realização de exercícios relacionados com a ativação do PMEPCL, existem objetivos que são
transversais, permitindo, uma avaliação, analise e melhoria continuas.
Alguns desses objetivos são:
Avaliar a articulação entre a CMPC;
Avaliar a articulação entre todas as entidades e serviços envolvidos e a capacidade de resposta;
Definir uma estrutura de meios humanos e materiais para fazer face à emergência;
Estabelecer procedimentos para agilizar a coordenação e gestão de meios;
Avaliar, analisar e melhorar a operacionalidade e eficácia dos recursos humanos e materiais;
Articular a atuação com planos de emergência existentes, caso se justifique;
Avaliar zonas de risco, identificando pontos críticos e nevrálgicos relativamente ao acesso
terrestre e aéreo bem como a possível obstrução dos mesmos e à propensão para a queda de
escombros;
Testar, avaliar e prever o tipo de apoio administrativo, logístico, comunicações e transportes;
Verificar a adequabilidade de meios e recursos aos diferentes tipos de emergência;
Avaliar as necessidades de formação e de realização de novos exercícios.
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PARTE I - ENQUADRAMENTO GERAL DO PLANO 29
O SMPC prepara e propõe a execução de exercícios e simulacros que contribuam para uma atuação
eficaz de todas as entidades intervenientes nas ações de proteção civil, tendo deste modo previsto a
seguinte tabela:
PERÍODO TIPO DE EXERCÍCIO RISCO OBSERVAÇÕES
180 dias após
aprovação do Plano CPX
Incendio
Florestal
O exercício deverá centrar-se na avaliação da capacidade de
comunicação entre os diferentes agentes de proteção civil e
entidades de apoio.
1º Semestre de
2015
Livex
Incendio
Florestal
Deverá ter como principal objetivo avaliar a eficácia nas ações
de evacuação de locais mais sensíveis (devido ao facto das
habitações estarem inseridos em espaços florestais).
Deverá ter-se prioridades o controlo da progressão da frente
do incendio, mobilização de máquinas, recorrendo a diferentes
itinerários de emergência, colocação de meios de transporte,
controlo do processo de evacuação (movimento ordeiro das
populações e evitando-se o pânico), registo das pessoas
deslocadas, apoio social e alimentação, e aferição do tempo
das operações.
Nota: Deverá ser equacionado um exercício para o Risco de Tsunami, devido aos 14km de costa existentes no nosso concelho, essencialmente
como forma de teste aos procedimentos de alerta à população.
Tabela 3. Exercícios e simulacros
Parte II – Organização da Resposta
Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Loulé
PARTE II – ORGANIZAÇÃO DA RESPOSTA 2
ÍNDICE
Índice de figuras .............................................................................................................................. 3
ÍNDICE
1. Conceito de Atuação ................................................................................................................. 4
1.1. Comissão Municipal de Proteção Civil ........................................................................................... 6
1.2. Sistema de Gestão de Operações.............................................................................................. .... 8
2. Execução do Plano................................................................................................................... 10
2.1. Fase de Emergência ...................................................................................................................... 10
2.2. Fase de Reabilitação ..................................................................................................................... 12
3. Articulação e Atuação de Agentes, Organismos e Entidades ..................................................... 13
3.1. Missão dos Agentes de Proteção Civil .......................................................................................... 14
3.2. Missão dos Organismos e Entidades de Apoio............................................................................. 19
Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Loulé
PARTE II – ORGANIZAÇÃO DA RESPOSTA 3
ÍNDICE DE FIGURAS
Figura 1 - Organização das Comunicações em caso de Emergência ................................................... 4
Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Loulé
PARTE II – ORGANIZAÇÃO DA RESPOSTA 4
1. Conceito de Atuação
O conceito de atuação visa estabelecer os princípios orientadores a aplicar numa operação de
emergência de proteção civil, definindo a missão, tarefas e responsabilidades dos diversos agentes,
organismos e entidades e identificando as respetivas regras de atuação e ordem a assegurar a criação de
condições favoráveis ao empenhamento, rápido e eficiente, dos recursos disponíveis e tipificar as
medidas adotar para resolver ou atenuar os efeitos decorrentes de um acidente grave ou catástrofe.
A atuação das entidades que ao nível do concelho possuem responsabilidades na área da proteção civil
compreende necessariamente três fases: a fase de normalidade, caracterizada por pré-acidente grave
ou catástrofe, onde as várias entidades desenvolvem a sua atividade de forma regular e de acordo com
o estipulado na sua estrutura de comando e direção interna; a fase de emergência, onde se torna
necessária uma atuação articulada entre os agentes de proteção civil, que atuam ao nível do concelho e
as entidades e organismos de apoio e por fim a fase de reabilitação que consiste no restabelecimento
da normal atividade da comunidade afetada.
Atendendo ao referido anteriormente e tendo em conta o ciclo de desenvolvimento de uma
emergência, as diversas entidades com responsabilidade no âmbito da proteção civil, deverão basear a
sua atuação em três eixos fundamentais de ação: Prevenção e Planeamento, Socorro e Assistência e
Reabilitação, tendo em conta o ciclo da emergência, o qual se representa na seguinte figura.
Figura 1 – Ciclo de Emergência
Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Loulé
PARTE II – ORGANIZAÇÃO DA RESPOSTA 5
Este Plano visa criar e assegurar as condições para uma rápida e eficiente coordenação tanto dos meios
e recursos disponíveis no município, como também dos meios que porventura lhe sejam
disponibilizados para as operações de proteção civil em situação de emergência, incluindo as ações de
planeamento e preventivas, de modo a assegurar as condições para prevenir riscos, atenuar ou limitar
os seus efeitos e socorrer e assistir as pessoas em perigo e repor a normalidade e a sua reabilitação.
O Diretor do Plano é o Presidente da Câmara Municipal de Loulé que assume a direção das atividades de
proteção civil. Neste sentido, é intenção do Diretor do Plano:
Promover, de forma articulada e permanente as medidas adequadas para prevenir os riscos
previsíveis e atenuar os seus efeitos, mantendo-os em níveis aceitáveis;
Promover através do SMPC uma informação atualizada e em tempo, em termos de previsão,
levantamento, e avaliação dos riscos e vulnerabilidades do município que persistam;
Assegurar o enquadramento institucional e operacional da proteção civil no âmbito
municipal, com base na CMPC, SMPC e COM;
Promover uma atuação oportuna, concertada e adequada na eventualidade de acidente
grave ou catástrofe;
Promover a análise conjunta da situação, em caso de acidente grave ou catástrofe, tendo em
vista a eventual decisão de ativação do PMEPCL, através da CMPC;
Assegurar que o sistema de gestão das operações considere a doutrina e terminologia
padronizada no Sistema Integrado de Operações de Proteção e Socorro (SIOPS), no que
respeita à organização dos Teatros de Operações (TO) e dos Postos de Comando (PC) e do
desenvolvimento da Cadeia de Comando;
Declarar, quando a natureza dos acontecimentos a prevenir ou enfrentar e a gravidade e
extensão dos seus efeitos atuais ou potenciais o justificarem, a situação de Alerta.
Na inexistência de meios adequados para uma resposta eficiente, o Diretor do PMEPCL,
poderá solicitar apoio ao CDOS (principio da subsidiariedade);
Em caso de emergência o Diretor do PMEPCL e a CMPC, manterão um contacto permanente
com o CDOS, de modo a garantir a eficácia e eficiência das ações a implementar, assim como
a permanente atualização da informação disponível;
Exercer as demais competências que lhe advenham da lei ou regulamento no âmbito da
proteção civil municipal.
Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Loulé
PARTE II – ORGANIZAÇÃO DA RESPOSTA 6
1.1. Comissão Municipal de Proteção Civil
De acordo com o constante no artigo 3º, da Lei nº 65/2007, de 12 de Novembro, a Comissão Municipal
de Proteção Civil (CMPC) é presidida pelo Presidente da Camara Municipal (ou seu substituto legal), é o
órgão que assegura que todas as entidades e instituições do município imprescindíveis às operações de
proteção e socorro, emergência e assistência previsíveis ou decorrentes de acidente grave ou catástrofe
se articulam entre si, garantindo os meios considerados adequados à gestão da ocorrência em cada caso
concreto.
A CMPC é constituída pelos seguintes elementos:
Presidente da Câmara Municipal de Loulé que preside;
Vice-Presidente com o pelouro da Proteção Civil;
Comandante Operacional Municipal (COM);
Um elemento do comando do corpo de Bombeiros de Loulé (BL);
Representante do Gabinete de Eventos, Comunicação e Imagem (GECI);
Chefe de Divisão de Proteção Civil e de Vigilância;
Autoridade Marítima Local (AML);
Guarda Nacional Republicana (GNR);
Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF);
Autoridade de Saúde do Município (AS);
Cruz Vermelha Portuguesa (CVP);
Diretor Executivo do Aces Central;
Diretor do Centro Hospitalar do Algarve;
Representante dos Serviços de Segurança Social e Solidariedade;
Representante das Forças Armadas;
Presidente de Junta em Representação das Juntas de Freguesia.
À CMPC estão atribuídas as seguintes competências:
Acionar a elaboração do Plano Municipal de Emergência, acompanhar a sua execução e remetê-
-lo para aprovação pela Comissão Nacional de Proteção Civil (CNPC);
Acompanhar as políticas diretamente ligadas ao sistema de proteção civil que sejam
desenvolvidas por agentes públicos;
Avaliar a situação tendo em vista o acionamento do Plano Municipal de Emergência;
Determinar o acionamento do Plano Municipal de Emergência quando tal o justificar;
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PARTE II – ORGANIZAÇÃO DA RESPOSTA 7
Garantir que as entidades e instituições que integram a CMPC acionam, ao nível municipal, no
âmbito da sua estrutura orgânica e das suas atribuições, os meios necessários ao
desenvolvimento das ações de proteção civil;
Gerir a participação operacional de cada força ou serviço nas operações de socorro a
desencadear;
Difundir comunicados e avisos às populações e às entidades e instituições, incluindo os órgãos
de comunicação social;
Preparar e realizar exercícios de treino, testando a operacionalidade do PMEPCL.
Quanto ao princípio de atuação da CMPC, deverá promover a diminuição de riscos nas fases que
decorrerem dos acidentes graves ou catástrofes, garantir uma atuação articulada e eficiente de todas as
entidades que a compõem durante as situações de emergência, promovendo no mais curto espaço de
tempo a regeneração da situação de normalidade da população civil do concelho ou freguesia atingida.
Local de funcionamento da CMPC:
As reuniões da CMPC serão convocadas pelo Presidente, e terão lugar no Edifício Eng.º Duarte Pacheco
(Sala da Assembleia Municipal) ou no Salão Nobre do edifício Paços do Concelho, em caso de
emergência ou impedimento do mesmo, o local alternativo será no Quartel de Bombeiros de Loulé
(Salão Nobre), em virtude do gerador existente no mesmo.
Os elementos da CMPC serão informados no prazo máximo de 3 horas após o acidente grave ou
catástrofe, ou outras ocorrências que, pela sua dimensão ou consequência, justifiquem uma eventual
convocação da CMPC. Findo esse prazo, na ausência de qualquer contacto, deverão os elementos da
CMPC dirigir-se ao local de funcionamento da respetiva Comissão.
1.2. Centros de Coordenação Operacional
Face à legislação em vigor não esteja previsto a constituição de um centro de coordenação operacional
municipal, o facto é que o artigo 11º da Lei nº65/2007, de 12 de Novembro, com as alterações
introduzidas pelo Decreto-Lei 114/2011 de 30 de Novembro, indica que as comissões municipais de
proteção civil asseguram ao nível municipal a coordenação institucional (para além da coordenação
politica), sendo deste modo responsável pela gestão da participação operacional de cada força ou
serviço nas operações de socorro a desencadear.
Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Loulé
PARTE II – ORGANIZAÇÃO DA RESPOSTA 8
Da mesma forma, a Diretiva Operacional Nacional nº 1/2010 da Autoridade Nacional de Proteção Civil
(Dispositivo Integrado das operações de Proteção e Socorro) indica que a Comissão Municipal de
Proteção civil assume, par além da coordenação política da atividade de proteção civil de municipal, o
papel de coordenação institucional.
Assim, considerando o estabelecido na legislação acima mencionada, verifica-se que em caso de
emergência a CMPC assume o papel de coordenação institucional das forças e serviços empenhados nas
operações de socorro. No ponto 1 da Secção I – Parte IV descreve-se pormenorizadamente o
enquadramento da CMPC no âmbito da organização geral da proteção civil em Portugal.
1.3. Sistema de Gestão de Operações
O Sistema Integrado de Operações de Proteção e Socorro (SIOPS) é o conjunto de estruturas, normas e
procedimentos que asseguram que todos os Agentes de Proteção Civil (APC) atuam no plano
operacional, articuladamente sob um comando único, sem prejuízo da respetiva dependência
hierárquica e funcional, tendo em vista uma plena operacionalização deste sistema em qualquer Teatro
de Operações (TO).
O Sistema de Gestão de Operações (SGO) é uma forma de organização operacional que se desenvolve
de uma forma modular e evolutiva de acordo com a importância e o tipo de ocorrência.
Sempre que uma força de socorro de uma qualquer das organizações integrantes do SIOPS seja
acionada para uma ocorrência, o chefe da primeira força a chegar ao local assume de imediato o
comando da operação e garante a construção de um sistema evolutivo de comando e controlo da
operação.
A decisão do desenvolvimento da organização é da responsabilidade do comandante das operações de
socorro, designado por COS, que a deve tomar sempre que os meios disponíveis no ataque inicial e
respetivos reforços se mostrem insuficientes.
O comando das operações deve ter em conta a adequação técnica e a capacidade operacional dos
agentes presentes no teatro das operações e a sua competência legal.
Sem prejuízo do disposto na legislação em vigor, o desenvolvimento e a simbologia do sistema de
gestão de operações é estabelecido por despacho do Presidente da ANPC, sob proposta do comandante
nacional.
O Posto de Comando Operacional (PCO) é o órgão diretor das operações no local da ocorrência
destinado a apoiar o COS na tomada das decisões e na articulação dos meios no teatro de operações.
Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Loulé
PARTE II – ORGANIZAÇÃO DA RESPOSTA 9
A Zona de Sinistro (ZS) é a superfície na qual se desenvolve a ocorrência, de acesso restrito, onde se
encontram exclusivamente os meios necessários à intervenção direta e com missão atribuída, sob a
responsabilidade do COS.
A Zona de Apoio (ZA) é uma zona adjacente à Zona de Sinistro, de acesso condicionado, onde se
concentram os meios de apoio e logísticos estritamente necessários ao suporte dos meios em operações
e onde estacionam meios de intervenção para resposta imediata.
A Zona de Concentração e Reserva (ZCR) é uma zona do TO onde se localizam temporariamente meios
e recursos disponíveis sem missão imediata e onde se mantém o sistema de apoio logístico às forças.
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PARTE II – ORGANIZAÇÃO DA RESPOSTA 10
2. Execução do Plano
O plano Municipal de Emergência de Proteção Civil define a organização geral das operações de
proteção civil, de modo assegurar a criação das condições favoráveis ao empenhamento rápido,
eficiente e coordenado, de todos os meios e recursos disponíveis, bem como dos meios de reforço
externos que venham a ser obtidos.
No desencadear do processo de execução do PMEPCL, terão que se efetuar e verificar os seguintes
procedimentos:
1º Acidente grave ou catástrofe (ocorrência ou iminência da ocorrência)
2º Declaração ou não da situação de Alerta
3º Convocação da CMPC
4º Ativação do PMEPCL
O diretor do Plano presidente da Câmara Municipal de Loulé ou o seu substituto legal, assume a direção
das atividades de proteção civil, nos termos da lei e preside a CMPC, competindo-lhe assegurar a
conduta da mesma.
A execução do plano compreende duas fases distintas: a fase de emergência e a fase de reabilitação.
A primeira fase tem por objetivo executar as ações de resposta e a segunda as ações e medidas de
recuperação destinadas à reposição urgente da normalidade. Em qualquer destas fases, deve ser dada
prioridade na manutenção, execução das operações e segurança dos elementos envolvidos na
intervenção, a qual deverá ser objeto de atenção redobrada ao longo de toda a cadeia de comando
operacional.
2.1. Fase de Emergência
Na Fase de Emergência, pretende-se promover a avaliação e compatibilização das tarefas inter-
relacionadas, preparar as operações de proteção civil a desencadear e estabelecer as prioridades a
atribuir aos pedidos recebidos, em função das informações disponíveis.
Nesta fase, o Diretor do Plano pode convocar para a reunião da CMPC, coordenadores, técnicos ou
delegados de outras entidades ou organismos, tendo em conta a tipologia do risco em questão e cuja
competência seja essencial para a tomada de decisão sobre a conduta das operações de socorro.
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PARTE II – ORGANIZAÇÃO DA RESPOSTA 11
Deste modo, as ações imediatas a adotar para a proteção de pessoas, bens e ambiente, no sentido de
criar resposta sustentada às solicitações decorrentes de situação acidente grave ou catástrofe são:
Convocar de imediato a CMPC;
Difundir, de forma reservada pelos coordenadores das Áreas de Intervenção, a informação
obtida;
Disponibilizar pelo SMPC os inventários de meios e recursos;
Ativar os meios humanos e materiais adicionais (da Camara e/ou organismos e entidades de
apoio) que se verifiquem ser necessários face a natureza da ocorrência;
Alertar as entidades/serviços de apoio para que estas se encontrem em estado de prevenção
(nomeadamente as que possam prestar apoio nos centros de acolhimento temporário);
Difundir, através dos Órgãos de Comunicação Social (OCS) ou de outros meios, os conselhos e
medidas de auto proteção a adotar pelas populações em risco;
Mobilizar prioritariamente os meios e recursos do setor publico, tendo em consideração fatores
como a localização dos recursos face ao local de sinistro, disponibilidade e eficácia dos mesmos;
Acionar os pedidos de meios e reforços das diversas entidades, nos termos da lei;
Coordenar e promover a atuação dos meios de intervenção, de modo a possibilitar, o mais
rapidamente possível, o controlo da situação e a prestação do socorro às pessoas em perigo,
através das ações de proteção, busca, salvamento, combate e mortuária adequada;
Promover a evacuação dos feridos e doentes para os locais destinados à prestação de cuidados
médicos;
Coordenar e promover a evacuação das populações sedeadas nas zonas em risco, bem como as
medidas destinadas ao seu alojamento, alimentação e agasalho;
Assegurar a manutenção da lei e da ordem, garantindo a circulação nas vias de acesso
necessárias à movimentação dos meios de socorro e evacuação das populações em risco;
Assegurar o transporte de pessoas, bens, água potável e combustível;
Garantir as ações adequadas a minimizar as agressões ao ambiente, bem como à salvaguarda do
património histórico e cultural;
Proceder às ações de desobstrução, reparação e restabelecimento do fornecimento de água e
energia;
Informar da situação o Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Faro e solicitar os
apoios e meios de reforço que considere necessários;
Declarar o final da emergência;
Aceder a fundos de emergência.
Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Loulé
PARTE II – ORGANIZAÇÃO DA RESPOSTA 12
2.2. Fase de Reabilitação
A fase de reabilitação caracteriza-se pelo conjunto de ações e medidas de recuperação destinadas à
reposição urgente da normalização das condições de vida das populações atingidas, ao rápido
restabelecimento das infraestruturas e dos serviços públicos e privados essenciais. Neste sentido é
necessário tipificar as ações a concretizar, identificando as autoridades, organismos e entidades a
envolver e respetiva cadeia de responsabilidades. Assim nesta fase compreenderá as seguintes ações:
Adotar as medidas de reabilitação necessárias à urgente normalização da vida das populações
atingidas, procedendo ao rápido restabelecimento dos serviços públicos essenciais,
fundamentalmente os abastecimentos de água e saneamento básico, energia e comunicações;
Promover a demolição, desobstrução e remoção dos destroços e obstáculos, a fim de evitar o
perigo de desmoronamento e restabelecer a circulação;
Promover a reunião das famílias atingidas e o regresso das populações, bens e animais
deslocados;
Prestar apoio psicossocial da população afetada (principalmente à família das vitimas e dos
elementos das equipas de intervenção);
Elaborar um relatório circunstanciado relativo a todas as operações de socorro e assistência
desenvolvidas;
Realizar um estudo sobre a possibilidade de adotar medidas de segurança complementares que
permitam reduzir a ocorrência de outras situações idênticas;
Proceder à avaliação e quantificação dos danos pessoais e materiais, assim como à elaboração
do relatório previsto no Ponto 3.1 da Secção III- Parte IV;
Proceder à distribuição e controle de meios e subsídios a conceder.
A fase de reabilitação destina-se ao restabelecimento das infraestruturas, de modo a repor as condições
mínimas de normalidade e funcionamento. Considera-se que esta fase se mantém até que todas as
redes técnicas essenciais voltem a funcionar corretamente.
A curto prazo, a reabilitação trata de repor as redes técnicas vitais de apoio à vida das populações. A
longo prazo – que pode durar anos – a reabilitação procura repor as condições existentes antes da
catástrofe, tendo a preocupação de aproveitar a oportunidade para adotar soluções que, na medida do
possível, minimizem os efeitos de nova ocorrência.
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PARTE II – ORGANIZAÇÃO DA RESPOSTA 13
3. Articulação e Atuação de Agentes, Organismos e Entidades
Os agentes de proteção civil (APC), as estruturas autárquicas, os organismos e as entidades de apoio
com competências e atribuições próprias no âmbito da proteção civil, em situação de iminência ou de
ocorrência de acidente grave ou catástrofe, devem articular-se nos termos do Sistema Integrado de
Operações de Proteção e Socorro (SIOPS), de modo a garantir que as operações se realizam sob um
comando único (COS – Comandante das Operações de Socorro), mas sem prejuízo das estruturas de
direção, comando e chefia das diferentes instituições.
Deste modo, é a articulação entre os diversos agentes, organismos e entidades empenhadas nas
operações de proteção civil que ditam o sucesso das operações de salvamento.
A CMPC assegura que todos os APC, organismos e entidades de apoio de âmbito municipal com
responsabilidades nas operações de proteção e socorro, emergência e assistência decorrentes de
acidente grave ou catástrofe se articulam entre si, assegurando os meios adequados à gestão da
ocorrência em cada situação.
Nos termos da Lei de Bases da Proteção Civil são APC, de acordo com as suas atribuições próprias:
Os Corpos de Bombeiros;
As Forças de Segurança;
As Forças Armadas;
As Autoridades Marítima e Aeronáutica;
O instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) e demais serviços de saúde;
Os Sapadores Florestais;
A Cruz Vermelha Portuguesa exerce, em cooperação com os demais agentes e de harmonia com
o seu estatuto próprio da intervenção, apoio, socorro e assistência sanitária e social.
Têm especial dever de cooperação, com os APC, os Serviços e Instituições, Públicos ou Privados, com
competências específicas em domínios com interesse para a prevenção, a atenuação e o socorro às
pessoas, aos bens e ao ambiente. Entre eles contam-se:
Instituto Nacional de Medicina Legal e Ciências Forenses;
Instituições de Segurança Social;
Instituições com fins de socorro e de solidariedade;
Organismos responsáveis pelas florestas, conservação da natureza, industriais e energia,
transportes, comunicações, recursos hídricos e ambiente;
Serviços de segurança e socorro privativos das empresas públicas e privadas.
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PARTE II – ORGANIZAÇÃO DA RESPOSTA 14
3.1. Missão dos Agentes de Proteção Civil
Os agentes de proteção civil tanto na fase de emergência como para a fase de reabilitação são entidades
que exercem funções de proteção civil acordo com as suas competências e especificidades, previamente
definidas, ou outras atividades no âmbito das suas competências, fornecendo ainda dentro das suas
disponibilidades, o apoio que lhe for solicitado.
Neste sentido, são atribuídas as seguintes missões:
3.1.1. Bombeiros de Loulé (BL)
MISSÃO
FASE DA EMERGÊNCIA
Avaliar a situação e identificar o tipo de ocorrência, o local e a extensão, o número potencial de vítimas e os
meios de reforço necessários;
Mobilizar os meios adequados à intervenção;
Combater incêndios florestais e urbanos;
Socorrer as populações em caso de incêndios, inundações e desabamentos;
Realizar ações de busca e salvamento;
Promover o abastecimento de água às populações necessitadas;
Colaborar nas ações de aviso às populações;
Assegurar a evacuação primária das vítimas e no transporte de pessoas, animais e bens;
Socorrer náufragos e proceder a buscas subaquáticas;
Socorrer e transportar acidentados e doentes, incluindo a urgência pré-hospitalar;
Colaborar nas ações de mortuária;
Apoiar a GNR na evacuação das populações e colocam os meios próprios disponíveis à disposição da
evacuação das populações com necessidades especiais;
Dispensar o pessoal de reforço necessário ao funcionamento das comunicações no SMPC;
Elaborar Relatório de Situação Imediatos, periódicos, finais, enviando-os à CMPC, de forma a mantê-la
sempre informada sobre a situação e sua evolução;
Integrar a CMPC de modo a contribuir na definição de estratégias de intervenção;
Exercem quaisquer outras atividades no âmbito das suas competências.
FASE DE REABILITAÇÃO
Proceder as operações de rescaldo de incêndios;
Apoiar nas operações de reabilitação das redes e serviços públicos, procedendo a escoramentos,
demolições e desobstruções;
Apoiar as ações de instalação e gestão dos centros de acolhimento provisório, bem como a assistência e
bem-estar e normalização da vida das populações afetadas;
Apoiar o transporte de regresso de pessoas, animais e bens deslocados;
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PARTE II – ORGANIZAÇÃO DA RESPOSTA 15
Colaborar nas ações de mortuária (transporte de vitimas para o local de reunião de mortos);
Exercer quaisquer outras atividades no âmbito das suas competências;
Elaborar Relatório de Situação Imediatos, periódicos, finais, enviando-os à CMPC, de forma a mantê-la
sempre informada sobre a situação e sua evolução.
3.1.2. Autoridade Marítima Local (Delegação de Quarteira)
MISSÃO
FASE DA EMERGÊNCIA
Atuar no âmbito do alerta, aviso, intervenção, busca e salvamento no espaço de jurisdição marítima, no
contexto dos riscos marítimos, solicitando quando necessário a colaboração do SMPC;
Assumir o comando das operações de socorro no espaço de jurisdição marítima, articulando-se com o
SMPC, com o CDOS na condução das operações e atua de acordo com os dispostos na Diretiva Operacional
Nacional nº 1/2010 – Dispositivo Integrado de Operações de Proteção e Socorro;
Integrar a CMPC de modo a contribuir na definição de estratégias de intervenção;
Colaborar com o SMPC fora do espaço de jurisdição marítima sempre que se torne necessário, articulando-
se no teatro de operações com o COS;
Desenvolver operações conducentes à contenção e recolha de hidrocarbonetos derramados;
Propor, em caso de acidente grave ou catástrofe no espaço de jurisdição marítima (ex. Maré negra de
grande dimensão), em sede de Comissão Municipal de Proteção Civil medidas conducentes à contenção e
recolha de hidrocarbonetos derramados;
Garantir a manutenção da lei, ordem e segurança de pessoas e bens no espaço de jurisdição marítima;
Proceder ao resgate e encaminhamento, de acordo com a lei, de cadáveres encontrados no espaço de
jurisdição marítima;
Difundir alerta de emergência e aviso às populações relativamente à segurança nas praias;
Prestar auxílio a náufragos e embarcações;
Proceder ao reconhecimento e avaliação de danos no espaço de jurisdição marítima, iniciando pelos pontos
e instalações críticas;
Elaborar Relatório de Situação Imediatos, periódicos, finais, enviando-os à CMPC, de forma a mantê-la
sempre informada sobre a situação e sua evolução;
FASE DE REABILITAÇÃO
Promover ações, de modo a garantir a manutenção da lei e ordem e segurança de pessoas e bens no
espaço de jurisdição marítima;
Difundir alerta de emergência e aviso às populações relativamente à segurança nas praias;
Disponibilizar meios para apoio às operações nas zonas sinistradas;
Prestar auxílio a náufragos e embarcações;
Proceder ao resgate e encaminhamento, de acordo com a lei, de cadáveres encontrados no espaço de
jurisdição marítima;
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PARTE II – ORGANIZAÇÃO DA RESPOSTA 16
Proceder no âmbito das suas competências (sinalização marítima, balizagem, atividades técnico-
administrativas, etc.), em articulação com outras entidades, na recuperação da normalidade das atividades
marítimo-portuárias;
Coordenar eventuais operações de combate à poluição marítima por hidrocarbonetos ou outras
substâncias perigosas conforme previsto no Plano Mar Limpo.
Elaborar Relatório de Situação Imediatos, periódicos, finais, enviando-os à CMPC, de forma a mantê-la
sempre informada sobre a situação e sua evolução;
3.1.3. Guarda Nacional Republicana (GNR) de Loulé
MISSÃO
FASE DA EMERGÊNCIA
Desenvolver as ações para promover a segurança e ordem pública, movimentação de meios e Evacuação
das populações;
Integrar a CMPC de modo a contribuir na definição de estratégias de intervenção;
Assegurar a operacionalidade permanente dos meios necessários à manutenção da segurança e evacuação
das populações, bem como da movimentação dos organismos e entidades de apoio operacionais, assim
como o controlo de tráfego;
Colaborar em ações de busca e salvamento;
Colaborar no apoio logístico às populações afetadas;
Assegurar a operacionalidade permanente dos equipamentos de comunicações das respetivas unidades;
Prevenir atividades criminosas;
Garantir, em caso de necessidade, um serviço de estafetas;
Assegurar as radiocomunicações entre os centros de acolhimento provisório e o SMPC;
Assegurar a participação na difusão de avisos e informação pública às populações, através de veículos
próprios com equipamentos adequados;
Garantir a segurança no Teatro de Operações;
Garantir a segurança de pessoas e bens, nomeadamente nas ZS, ZA e ZCR, bem como nas áreas e centros de
acolhimento provisório e armazéns de emergência;
Controlar o acesso aos postos de triagem, assistência pré-hospitalar, evacuação secundária, locais de
concentração de mortos e morgues provisórias;
Garantir a segurança de edifícios públicos considerados vitais (Centro de Saúde de Loulé, Câmara Municipal
de Loulé (CML), Tribunal), proteção de infraestruturas fixas e temporárias (Zonas de Concentração Local e
abrigos Temporários) e de instalações de interesse público ou estratégico;
Garantir o controlo do trafego e manter desobstruído os corredores de circulação de emergência e
evacuação;
Inspecionar objetos e equipamentos suspeitos de conter engenhos explosivos;
Detetar e inativar engenhos explosivos;
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PARTE II – ORGANIZAÇÃO DA RESPOSTA 17
Exercer quaisquer outras atividades no âmbito das suas competências.
Elaborar Relatório de Situação Imediatos, periódicos, finais, enviando-os à CMPC, de forma a mantê-la
sempre informada sobre a situação e sua evolução.
FASE DE REABILITAÇÃO
Colaborar nas ações de identificação das vítimas, desalojadas e de mortuária;
Garantir a segurança de edifícios públicos considerados vitais (Centro de Saúde de Loulé, CML), Tribunal,
proteção de infraestruturas fixas e temporárias (Zonas de Concentração Local e abrigos Temporários) e de
instalações de interesse público ou estratégico;
Impedir o acesso a zonas acidentadas onde a segurança para o público ainda não esteja garantida;
Controlo do trânsito nas zonas acidentadas para facilitar o acesso e o trabalho de maquinaria pesada;
Exerce quaisquer outras atividades no âmbito das suas competências;
Elaborar Relatório de Situação Imediatos, periódicos, finais, enviando-os à CMPC, de forma a mantê-la
sempre informada sobre a situação e sua evolução.
3.1.4. Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM)
MISSÃO
FASE DA EMERGÊNCIA
Articular-se, no cumprimento de todas as missões de apoio e assistência no local da ocorrência com o COS;
Integrar a CMPC de modo a contribuir na definição de estratégias de intervenção;
Constituir e coordenar postos de triagem e de primeiros socorros;
Prestar ações de socorro médico no local da ocorrência;
Realizar o transporte assistido das vítimas para unidades de saúde adequadas;
Prestar o necessário apoio psicossocial às vítimas;
Montar postos médicos avançados;
Colaborar nas ações de mortuária;
Elaborar Relatório de Situação imediatos, periódicos ou finais, enviando-os à CMPC.
FASE DE REABILITAÇÃO
Desenvolver as atividades próprias das suas competências no apoio às populações afetadas.
Coordenar as atividades de saúde e evacuação secundária, assegurando uma única cadeia de comando para
as áreas de intervenção médica e sanitária;
Organizar o registo de feridos e mortos;
Assegurar os cuidados sanitários nos centros de acolhimento provisório;
Providenciar as medidas de proteção da saúde pública na área do sinistro;
Exercer quaisquer outras atividades no âmbito das suas competências.
Efetuar relatórios conjuntos da ocorrência;
Adotar as medidas necessárias à reposição da normalidade;
Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Loulé
PARTE II – ORGANIZAÇÃO DA RESPOSTA 18
Atuam dentro da sua orgânica na reabilitação de acordo com o acidente grave ou catástrofe;
Elaborar Relatório de Situação, imediatos, periódicos ou finais, enviando-os à CMPC.
3.1.5. Cruz Vermelha Portuguesa (CVP) delegação de Almancil
MISSÃO
FASE DA EMERGÊNCIA
Atuar nos domínios de intervenção, apoio, busca, salvamento e socorro, assistência sanitária e psicossocial,
de acordo com o seu estatuto próprio e disponibilidades próprias, em coordenação com os demais Agentes
de Proteção Civil;
Integrar a CMPC de modo a contribuir na definição de estratégias de intervenção;
Colaborar na montagem de postos de triagem e administração de estruturas de apoio ao alojamento
temporário, agasalho, bem-estar e alimentação da população deslocada;
Colabora na evacuação e transporte de desalojados e ilesos;
Colaborar na identificação das vítimas, sua recolha e destino;
Colabora no sistema de recolha e armazenamento de dádivas;
Exerce quaisquer outras atividades no âmbito das suas competências;
Articular-se, no cumprimento de todas as missões de apoio e assistência no local da ocorrência com o COS;
Elaborar Relatório de Situação, imediatos, periódicos ou finais, enviando-os à CMPC.
FASE DE REABILITAÇÃO
Colabora de acordo com as suas atribuições e disponibilidade, o apoio que for solicitado pela CMPC.
Apoia o regresso das populações, nomeadamente no transporte de acidentados e doentes;
Apoio psicossocial;
Colabora na distribuição de roupas e alimentos às populações;
Colabora nas ações de mortuária;
Elaborar Relatório de Situação, imediatos, periódicos ou finais, enviando-os à CMPC.
3.1.6. Sapadores da Associação de Produtores Florestais da Serra do Caldeirão
MISSÃO
FASE DA EMERGÊNCIA
A colaboração dos Sapadores Florestais da associação dos produtores florestais da serra do Caldeirão, será
requerida quando a situação assim o exija;
Elaborar Relatório de Situação, imediatos, periódicos ou finais, enviando-os à CMPC.
Apoiar o combate aos incêndios florestais e as subsequentes operações de rescaldo e vigilância;
Colaborar nas ações de aviso às populações;
Disponibilizar veículos todo-o-terreno ou Máquinas de Rasto (MR), e ferramentas manuais, nomeadamente,
motosserras e outro tipo de equipamento, que possam apoiar uma operação de proteção e socorro;
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PARTE II – ORGANIZAÇÃO DA RESPOSTA 19
Apoiar as ações de evacuação;
Intervir e atuar nos domínios do apoio e assistência a operações de proteção e socorro, de acordo com o
seu estatuto, com as suas disponibilidades e em coordenação com os demais APC e CMPC;
Articular-se, no cumprimento das missões de intervenção, no âmbito do DIOPS, no local da ocorrência, com
o COS;
Exercer quaisquer outras atividades no âmbito das suas competências.
FASE DE REABILITAÇÃO
Dentro da sua orgânica cumprir com o plano de reabilitação a elaborar de acordo com o acidente grave ou
catástrofe;
Apoiar as operações de rescaldo dos incêndios florestais;
Desenvolver as atividades próprias das suas competências em apoio das populações afetadas;
Elaborar Relatório de Situação, imediatos, periódicos ou finais, enviando-os à CMPC.
3.1.7. Forças Armadas
MISSÃO
FASE DA EMERGÊNCIA
A colaboração das Forças armadas em ações de proteção civil será solicitada quando a gravidade da
situação assim o exija, ao Estado Maior General das Forças Armadas (EMGFA), através do Centro de
Situação e Operações Conjunto (CSOC), pela Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC), de acordo com a
disponibilidade e prioridade de emprego dos meios militares, mas sempre enquadrada pelos respetivos
comandos militares e legislação específica;
A colaboração das Forças Armadas (FFAA) é concretizada através das ações previstas na legislação aplicável
e de outras que, em termos genéricos, podem englobar as seguintes:
Patrulhamento, vigilância, prevenção, deteção, rescaldo e vigilância pós-incêndio florestal;
Reforço de pessoal civil nos campos da salubridade e da saúde, nomeadamente na triagem, cuidados
médicos de emergência e na hospitalização e evacuação de feridos e doentes;
Ações de busca e salvamento;
Disponibilização de equipamentos e apoio logístico, quer para aa operações, quer para a população
afetada. Pode incluir fornecimento de alimentação (eventualmente confeção) e distribuição de
abastecimentos, nomeadamente medicamentos, agua e combustíveis;
Fornecimento temporário de alojamento, na sua capacidade sobrante, ou com possibilidade de recurso a
tendas;
Trabalho indiferenciado com pessoal não especializado, incluindo montagem de acampamentos de
emergência;
Reabilitação de infraestruturas e/ou ações de apoio técnico;
Prestação de apoio em comunicações;
Contribuir na preparação e implementação dos planos de emergência, elaborados aos diferentes níveis,
(nacional, regional, distrital e municipal), nos termos da legislação em vigor.
Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Loulé
PARTE II – ORGANIZAÇÃO DA RESPOSTA 20
FASE DE REABILITAÇÃO
Patrulhamento, vigilância, prevenção, deteção, rescaldo e vigilância pós-incêndio florestal;
Reforço de pessoal civil nos campos da salubridade e da saúde, nomeadamente na triagem, cuidados
médicos de emergência e na hospitalização e evacuação de feridos e doentes;
Ações de busca e salvamento;
Disponibilização de equipamentos e apoio logístico, quer para aa operações, quer para a população
afetada. Pode incluir fornecimento de alimentação (eventualmente confeção) e distribuição de
abastecimentos, nomeadamente medicamentos, agua e combustíveis;
Fornecimento temporário de alojamento, na sua capacidade sobrante, ou com possibilidade de recurso a
tendas;
Trabalho indiferenciado com pessoal não especializado, incluindo montagem de acampamentos de
emergência;
Reabilitação de infraestruturas e/ou ações de apoio técnico;
Prestação de apoio em comunicações;
Contribuir na preparação e implementação dos planos de emergência, elaborados aos diferentes níveis,
(nacional, regional, distrital e municipal), nos termos da legislação em vigor.
3.2. Missão dos Organismos e Entidades de Apoio
Os organismos e entidades de apoio são todos aqueles que apesar de não serem agentes de proteção
civil podem fornecer informação de carácter técnico e científico, apoio logístico aos APC e população,
assistência sanitária, socorro, serviços médicos e de saúde, apoio social, organização e gestão dos
centros de alojamento, radiocomunicações de emergência, educação e informação pública e gestão de
voluntariado.
A definição do âmbito de atuação de cada um dos organismos e entidades de proteção civil é essencial
para que estes se possam articular de forma eficaz e otimizada nas ações conjuntas a desenvolver quer
na fase de emergência quer na fase de reabilitação, devem elaborar Relatório de Situação, imediatos,
periódicos ou finais, enviando-os à CMPC, de forma a mante-la sempre informada sobre a situação e sua
evolução, conforme previsto neste PMEPC.
Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Loulé
PARTE II – ORGANIZAÇÃO DA RESPOSTA 21
3.2.1. Autoridade de Saúde (AS)
MISSÃO
FASE DA EMERGÊNCIA
Prestar os cuidados médicos às vítimas até ao limite da sua capacidade, ou seja garante a máxima assistência
médica possível nas instalações do centro de saúde;
Garantir a ligação com os hospitais de evacuação que forem estabelecidos;
Mobilizar os meios próprios necessários à intervenção;
Assegurar a montagem de postos de triagem, de assistência pré hospitalar e de evacuação secundária, em
estreita colaboração com o INEM;
Colaborar com as Juntas de Freguesia na identificação dos munícipes cujas incapacidades físicas levam à
necessidade do emprego de meios especiais em caso de evacuação;
Dirigir as ações de saúde pública;
Exercer quaisquer outras atividades no âmbito das suas competências.
FASE DE REABILITAÇÃO
Desenvolve as ações de mortuária em estreita colaboração com o Ministério Público;
Organizar o registo de feridos e mortos;
Assegurar os cuidados sanitários nos centros de acolhimento provisório;
Providenciar as medidas de proteção da saúde pública na área do sinistro;
Exercer quaisquer outras atividades no âmbito das suas competências;
Elaborar Relatório de Situação, imediatos, periódicos ou finais, enviando-os à CMPC.
3.2.2. Centro Hospitalar do Algarve, EPE- Unidade de Faro
MISSÃO
FASE DA EMERGÊNCIA
Garantir a máxima assistência médica possível nas instalações do hospital;
Garantir uma reserva estratégica de camas disponíveis para encaminhamento de vítimas;
Garantir um reforço adequado de profissionais de saúde;
Prestar assistência médica às populações evacuadas;
Avaliar os recursos do hospital e propõe a sua afetação, em conformidade com os objetivos definidos;
Elaborar Relatório de Situação, imediatos, periódicos ou finais, enviando-os à CMPC;
Exercer quaisquer outras atividades no âmbito das suas competências.
FASE DE REABILITAÇÃO
Efetuar relatórios conjuntos da ocorrência;
Adotar as medidas necessárias à reposição da normalidade;
Atuam dentro da sua orgânica na reabilitação de acordo com o acidente grave ou catástrofe.
Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Loulé
PARTE II – ORGANIZAÇÃO DA RESPOSTA 22
3.2.3. ACES Central
MISSÃO
FASE DA EMERGÊNCIA
Assegurar uma permanente articulação com o Centro Hospitalar do Algarve, (Hospital da área de influência
do município de Loulé) e com os centros de saúde da sua área de jurisdição com vista a garantir a máxima
assistência médica possível nas instalações dos mesmos;
Garantir, em todas as unidades de saúde, que se encontrem operativas, quer na ZS, quer nas áreas
adjacentes, uma reserva estratégica de camas disponíveis para encaminhamento de vítimas;
Garantir um reforço adequado de profissionais de saúde em todas as unidades de saúde que se encontrem
operativas, quer na ZS, quer nas áreas adjacentes;
Mobilizar e destacar para o INEM os médicos disponíveis para fins de reforço dos veículos de emergência
médica, postos médicos avançados e hospitais de campanha;
Propor critérios de articulação entre as instituições e serviços prestadores de cuidados de saúde;
Propor e executar ações de vacinação nas zonas consideradas de risco;
Avaliar os recursos do sector da saúde e propõe a sua afetação, em conformidade com os objetivos definidos;
Coordenar as atividades das instituições e serviços prestadores de cuidados de saúde integrados no Serviço
Nacional de Saúde.
FASE DE REABILITAÇÃO
Prestar assistência médica às populações evacuadas;
Coordenar a recuperação psicológica das populações afetadas;
Efetuar relatórios conjuntos da ocorrência;
Exercer quaisquer outras atividades no âmbito das suas competências;
Elaborar Relatório de Situação, imediatos, periódicos ou finais, enviando-os à CMPC.
Adotar as medidas necessárias à reposição da normalidade.
3.2.4. Ministério Público
MISSÃO
FASE DA EMERGÊNCIA
Gerir as ações de mortuária;
Garantir a autorização de remoção de cadáveres para autópsia.
FASE DE REABILITAÇÃO
Gerir as ações de mortuária;
Garantir a autorização de remoção de cadáveres para autópsia.
Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Loulé
PARTE II – ORGANIZAÇÃO DA RESPOSTA 23
3.2.5. Policia Judiciária
MISSÃO
FASE DA EMERGÊNCIA
Apoiar nas ações de combate à criminalidade;
Proceder à identificação das vítimas através do Departamento Central de Policia Técnica (DCPT) e do
Laboratório de Policia Científica (LPC);
Acionar a Unidade de Cooperação Internacional (UCI) para obtenção de dados para identificação de vítimas
de nacionalidade estrangeira.
FASE DE REABILITAÇÃO
Apoiar nas ações de combate à criminalidade;
Proceder à identificação das vítimas através do Departamento Central de Policia Técnica (DCPT) e do
Laboratório de Policia Científica (LPC);
Acionar a Unidade de Cooperação Internacional (UCI) para obtenção de dados para identificação de vítimas
de nacionalidade estrangeira.
3.2.6. Instituto de Registos e Notariado
MISSÃO
FASE DA EMERGÊNCIA
Proceder ao assento de óbitos e garantir toda a tramitação processual e documental associada.
FASE DE REABILITAÇÃO
Proceder ao assento de óbitos e garantir toda a tramitação processual e documental associada..
3.2.7. Equipa Canina de Resgate do Algarve
MISSÃO
FASE DA EMERGÊNCIA
Colaboram nas buscas e salvamento, sob coordenação da GNR;
FASE DE REABILITAÇÃO
Colaboram nas buscas e salvamento, sob coordenação da GNR;.
3.2.8. Águas do Algarve
MISSÃO
FASE DA EMERGÊNCIA
Garantir a avaliação de danos e intervenções prioritárias para o rápido restabelecimento do abastecimento
de água potável ao município;
Garantir a operacionalidade de piquetes de emergência, para eventuais necessidades de intervenção na rede
em alta e nas estações de tratamento;
Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Loulé
PARTE II – ORGANIZAÇÃO DA RESPOSTA 24
Repor com caráter prioritário, a prestação do serviço nos pontos de entrega ao município.
FASE DE REABILITAÇÃO
Garantir a operacionalidade de piquetes de emergência para eventuais necessidades de reposição do serviço;
Assegurar o controlo da qualidade da água na rede em alta e na entrega ao município;
Repor com caráter prioritário, a prestação do serviço nos pontos de entrega do município:
3.2.9. Empresas com Maquinaria
MISSÃO
FASE DA EMERGÊNCIA
Apoiar logisticamente as forças de intervenção através da disponibilização de maquinaria.
FASE DE REABILITAÇÃO
Apoiar logisticamente as forças de intervenção através da disponibilização de maquinaria.
3.2.10. Empresas de Bens de Primeira Necessidade
MISSÃO
FASE DA EMERGÊNCIA
Apoiar logisticamente as forças de intervenção através da disponibilização de bens de primeira necessidade;
Colaborar na distribuição de alimentos e outros bens essenciais às populações deslocadas.
FASE DE REABILITAÇÃO
Colaborar na distribuição de alimentos e outros bens essenciais às populações deslocadas.
3.2.10.1. Empresas de Construção Civil
MISSÃO
FASE DA EMERGÊNCIA
Colaborar, disponibilizando os meios disponíveis de modo a mitigar os efeitos associados ao acidente grave
ou catástrofe;
Colaborar na realização de obras de emergência como sejam desobstruções de vias, estabilizações e
demolições de emergência;
Apoiar logisticamente as forças de intervenção;
Auxiliar na reparação e recuperação das de infraestruturas afetadas.
FASE DE REABILITAÇÃO
Colaborar na realização de obras de emergência, tais como desobstrução de vias, estabilização de
emergência e demolição.
Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Loulé
PARTE II – ORGANIZAÇÃO DA RESPOSTA 25
3.2.11. Empresas de Venda de Combustíveis
MISSÃO
FASE DA EMERGÊNCIA
Disponibilizar combustíveis para as viaturas e maquinaria empregue em ações de emergência.
FASE DE REABILITAÇÃO
Disponibilizar combustíveis para as viaturas e maquinaria empregue em ações de emergência.
3.2.12. Instituto Nacional de Aviação Civil (INAC)
MISSÃO
FASE DA EMERGÊNCIA
Promover a segurança aeronáutica;
Participar nos sistemas nacionais de coordenação civil e militar em matéria de utilização do espaço aéreo;
Participar nos sistemas nacionais de coordenação civil e militar em matéria dessegurança interna e de
Proteção Civil;
Colaborar na resposta de proteção civil e socorro, de acordo com as missões operacionais legalmente
definidas;
Cooperar com a entidade responsável pela prevenção e investigação de acidentes e incidentes com
aeronaves civis.
FASE DE REABILITAÇÃO
Colaborar na resposta de proteção civil e socorro, de acordo coma s missões operacionais legalmente
definidas;
Participar nos sistemas nacionais de coordenação civil e militar em matéria de utilização do espaço aéreo.
3.2.13. Órgãos de Comunicação Social
MISSÃO
FASE DA EMERGÊNCIA
Assegurar a divulgação de informação pública disponibilizada pela CMPC.
FASE DE REABILITAÇÃO
Assegurar a divulgação de informação pública disponibilizada pela CMPC.
3.2.14. Instituto da Conservação da Natureza e Florestas (ICNF)
MISSÃO
FASE DA EMERGÊNCIA
Mobilizar, em caso de incêndio florestal nas áreas protegidas, técnicas de apoio à gestão técnica da
ocorrência;
Apoiar com meios próprios as ações de 1ª intervenção;
Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Loulé
PARTE II – ORGANIZAÇÃO DA RESPOSTA 26
Produzir cartografia para apoio ao planeamento de operações de combate a incêndios;
Colaborar nas ações de socorro e resgate, nas áreas protegidas;
Colaborar nas ações de informação Pública.
FASE DE REABILITAÇÃO
Apoiar com meios próprios as ações de vigilância e rescaldo a incêndios;
Apoiar na execução de planos de estabilização de emergência e reabilitação dos espaços florestais;
Desencadear ações necessárias à reposição da normalidade nas áreas protegidas;
Adotar medidas de recuperação das áreas afetadas;
Colaborar nas ações de informação pública.
3.2.15. Missão das Estruturas Autárquicas
As estruturas autárquicas assumem um papel preponderante no apoio às operações a desenvolver no
caso de ocorrência de acidente grave ou catástrofe, garantindo a mobilização de todos os meios
públicos e/ou privados, considerados uteis às operações em curso ou em pré definição. Tais como a
Câmara Municipal com os seus Departamentos, Divisões e Serviços e Empresas Municipais.
Neste quadro o SMPC assume um papel de relevo uma vez que lhe compete, em conjunto com a CMPC,
acionar e coordenar os meios e recursos necessários para apoio nas fases de emergência e de
reabilitação.
De referir ainda, as juntas de freguesia, que pela sua proximidade às populações desempenham um
papel fundamental, e também elas prestando apoio ao SMPC, agentes de proteção civil, entidades e
organismos de apoio.
3.2.15.1. Câmara Municipal de Loulé
Gabinete Eventos, Comunicação e Imagem
MISSÃO
FASE DA EMERGÊNCIA
Assegurar a operacionalidade permanente dos meios humanos e materiais à disposição da CMPC;
Elaborar e difundir os comunicados resultantes das informações recebidas do SMPC;
Estabelecer a ligação com os órgãos de comunicação social (OCS), com vista à difusão da informação;
Atuar como porta-voz para os OCS, em nome do Diretor do Plano e da CMPC;
Assegurar a informação às populações deslocadas;
Estabelecer e informar sobre o local das conferências com os OCS;
Divulgar avisos e informações às populações, no âmbito da sua missão de serviço público;
Redige e emite comunicados de imprensa.
Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Loulé
PARTE II – ORGANIZAÇÃO DA RESPOSTA 27
FASE DE REABILITAÇÃO
Assegurar a operacionalidade permanente dos meios humanos e materiais à disposição da CMPC;
Elaborar e difundir os comunicados resultantes das informações recebidas do SMPC;
Estabelecer a ligação com os órgãos de comunicação social (OCS), com vista À difusão da informação;
Assegurar a informação Às populações deslocadas;
Estabelecer e informar sobre o local das conferências com os OCS;
Divulgar avisos e informações às populações, no âmbito da sua missão de serviço público;
Redige e emite comunicados de imprensa.
Direção Municipal e de Administração Geral MISSÃO
FASE DA EMERGÊNCIA
Através da Divisão Jurídica e do Contencioso
Prestar apoio e assessoria jurídica ao Diretor do plano e à CMPC;
Emitir pareceres de natureza jurídica;
Monitoriza a conformidade dos atos administrativos municipais;
Colaborar com o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) na emissão de certificados de registo de cidadãos;
Praticar todos os atos não explicitamente referidos mas necessários e inerentes, ao cabal e completo
desempenho da sua missão no apoio à CMPC;
Exercer quaisquer outras atividades no âmbito das suas competências.
Através da Divisão de Informática e Administração de Sistemas
Prestar apoio informático à CMPC, ao SMPC, e PCO, nomeadamente na instalação do software aplicacional
integrado nos sistemas de informação, promovendo a sua interligação funcional;
Disponibilizar em permanência apoio técnico à gestão da emergência;
Exercer quaisquer outras atividades no âmbito das suas competências.
FASE DE REABILITAÇÃO
Através da Divisão Jurídica e do Contencioso
Exercer as competências de âmbito jurídico, solicitadas pelo Presidente da Câmara Municipal.
Através da Divisão de Informática e Administração de Sistema
Prestar apoio informático à CMPC, ao SMPC, e PCO, nomeadamente na instalação do software aplicacional
integrado nos sistemas de informação, promovendo a sua interligação funcional;
Colaborar no desenvolvimento do Sistema de Informação Geográfica do Município;
Praticar todos os atos não explicitamente referidos mas necessários e inerentes, ao cabal e completo
desempenho da sua missão;
Exercer quaisquer outras atividades no âmbito das suas competências.
Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Loulé
PARTE II – ORGANIZAÇÃO DA RESPOSTA 28
Departamento de Administração e Finanças
MISSÃO
FASE DA EMERGÊNCIA
Através da Divisão de Gestão de Pessoas e da Qualidade
Praticar todos os atos necessários e inerentes, ao cabal e completo desempenho da sua missão e que visem a
colaboração técnica necessária ao funcionamento da CMPC;
Exercer quaisquer outras atividades no âmbito das suas competências.
Através da Divisão de Finanças, Património e Aprovisionamento
Assegurar a operacionalidade permanente dos meios humanos e materiais à disposição da CMPC;
Controlar o sistema de requisições feitas aos armazéns de emergência;
Proceder à liquidação das despesas suportadas pela CMPC;
Gerir a prestação de serviços por parte de entidades privadas contratadas no âmbito da ativação do PMEPCL;
Proceder à aquisição de bens e serviços requisitados pelo SMPC;
Propor a constituição, gestão e controlo dos armazéns de emergência;
Propor as medidas indispensáveis à obtenção de fundos externos.
Elaborar Relatório de Situação Imediatos, periódicos, finais, enviando-os à CMPC, de forma a mantê-la
sempre informada sobre a situação e sua evolução;
Exercer quaisquer outras atividades no âmbito das suas competências.
Através da Divisão de controlo de Atividades Económicas e Fiscalização
Constituir Equipas de Reconhecimento e Avaliação de Situação (ERAS) e informar o Posto de Comando
Operacional relativamente aos danos sofridos na zona avaliada;
Exercer quaisquer outras atividades no âmbito das suas competências.
FASE DE REABILITAÇÃO
Através da Divisão de Gestão de Pessoas e da Qualidade
Exercer quaisquer atividades no âmbito das suas competências.
Através da Divisão de Finanças, Património e Aprovisionamento
Assegurar a operacionalidade permanente dos meios humanos e materiais à disposição da CMPC;
Administrar os donativos, subsídios e outros apoios materiais e financeiros recebidos;
Proceder à liquidação das despesas suportadas pela CMPC;
Proceder à aquisição de bens e serviços requisitados pelo SMPC;
Propor as medidas indispensáveis à obtenção de fundos externos.
Controlar o sistema de requisições feitas aos armazéns de emergência;
Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Loulé
PARTE II – ORGANIZAÇÃO DA RESPOSTA 29
Gerir a prestação de serviços por parte de entidades privadas contratadas no âmbito da ativação do PMEPCL;
Elaborar Relatório de Situação Imediatos, periódicos, finais, enviando-os à CMPC, de forma a mantê-la sempre
informada sobre a situação e sua evolução;
Exercer quaisquer outras atividades no âmbito das suas competências.
Através da Divisão de Controlo de Atividades Económicas e Fiscalização
Colaborar na avaliação e quantificação de danos;
Exercer quaisquer outras atividades no âmbito das suas competências.
Departamento de Planeamento e Administração do Território
MISSÃO
FASE DA EMERGÊNCIA
Através da Divisão de Planeamento e de Informação Geográfica e Cadastro
Apoiar no sistema de informação geográfica a CMPC, ao SMPC, e PCO, nomeadamente na operacionalização
do software aplicacional integrado nos sistemas de informação, promovendo a sua interligação funcional;
Disponibilizar em permanência apoio técnico à gestão da emergência;
Constituir Equipas de Avaliação Técnica (EAT) e informar o Posto de Comando Operacional relativamente às
infraestruturas afetadas nomeadamente quanto à estabilidade e operacionalidade das mesmas;
Praticar todos os atos não explicitamente referidos mas necessários e inerentes, ao cabal e completo
desempenho da sua missão e que visem a prossecução dos objetivos;
Exercer quaisquer outras atividades no âmbito das suas competências.
Através da Divisão de Urbanização e Edificação
Constituir Equipas de Avaliação Técnica (EAT) e informar o Posto de Comando Operacional relativamente às
infraestruturas afetadas nomeadamente quanto à estabilidade e operacionalidade das mesmas;
Prestar apoio técnico e logístico por determinação do presidente da Câmara ou do vereador com
competência delegada;
Praticar todos os atos não explicitamente referidos mas necessários e inerentes, ao cabal e completo
desempenho da sua missão e que visem a prossecução dos objetivos;
Exercer quaisquer outras atividades no âmbito das suas competências.
FASE DE REABILITAÇÃO
Através da Divisão de Planeamento e de Informação Geográfica e Cadastro
Apoiar com o sistema de informação geográfica ao SMPC, e outras entidades de acordo com as solicitações;
Praticar todos os atos não explicitamente referidos mas necessários e inerentes, ao cabal e completo
desempenho da sua missão e que visem a prossecução dos objetivos;
Colaborar na avaliação e quantificação de danos;
Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Loulé
PARTE II – ORGANIZAÇÃO DA RESPOSTA 30
Prestar apoio técnico e logístico por determinação do presidente da Câmara ou do vereador com
competência delegada.
Exercer quaisquer outras atividades no âmbito das suas competências
Através da Divisão de Urbanização e Edificação
Desenvolver medidas para a reabilitação e requalificação urbana;
Contactar os proprietários de edifícios degradados, situados preferencialmente em zonas históricas,
propondo uma utilização que conciliem a defesa do património com o interesse particular, coordenando e
preparando candidaturas para financiamento de obras particulares;
Colaborar na avaliação e quantificação de danos;
Praticar todos os atos não explicitamente referidos mas necessários e inerentes, ao cabal e completo
desempenho da sua missão;
Prestar apoio técnico e logístico por determinação do presidente da Câmara ou do vereador com
competência delegada;
Exercer quaisquer outras atividades no âmbito das suas competências.
Departamento de Obras e Gestão de Infraestruturas Municipais
MISSÃO
FASE DA EMERGÊNCIA
Divisão de Edifícios, de Equipamentos e Energia
Constituir Equipas de Avaliação Técnica (EAT) e informar o Posto de Comando Operacional relativamente às
infraestruturas afetadas nomeadamente quanto à estabilidade e operacionalidade das mesmas;
Prestar apoio técnico e logístico por determinação do presidente da câmara ou do vereador com
competência delegada;
Apoiar logisticamente a manutenção das operações de proteção civil e socorro, colocando todos os
equipamentos e máquinas à disposição para uma rápida e eficaz intervenção, de acordo com as
necessidades;
Proceder ao escoramento de edifícios em risco de desabamento em coordenação com outras entidades
competentes;
Praticar todos os atos não explicitamente referidos mas necessários e inerentes, ao cabal e completo
desempenho da sua missão e que visem a colaboração técnica necessária ao funcionamento da CMPC;
Constituir Equipas de Reconhecimento e Avaliação de Situação (ERAS) e informar o Posto de Comando
Operacional relativamente aos danos sofridos na zona avaliada;
Exercer quaisquer outras atividades no âmbito das suas competências.
Divisão de Saneamento Básico, Rede Viária e Trânsito
Mobilizar os meios próprios necessários à intervenção;
Promover e garantir com equipamentos específicos a sinalização de infraestruturas, nomeadamente
Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Loulé
PARTE II – ORGANIZAÇÃO DA RESPOSTA 31
rodoviárias nas vias da sua responsabilidade, para prevenção e proteção dos cidadãos e para uma utilização
mais rápida e eficaz por parte dos meios de intervenção;
Garantir toda a sinalização para a proteção de pessoas e bens, que por precaução seja necessária, devido a
acidentes ou fenómenos meteorológicos, indicando também os caminhos alternativos;
Apoiar logisticamente a manutenção das operações de proteção civil e socorro, colocando todos os
equipamentos e máquinas à disposição para uma rápida e eficaz intervenção, de acordo com as
necessidades;
Garantir o apoio na resposta às ocorrências, através do envolvimento de elementos, no terreno, para o
reconhecimento e orientação;
Garantir a manutenção e a reparação do equipamento existente na rede de distribuição de água ao
Concelho;
Assegurar a operacionalidade permanente dos meios humanos e materiais à disposição da CMPC;
Assegurar com equipamentos específicos, a proteção e manutenção das infraestruturas rodoviárias das
áreas/locais afetados por um acontecimento, bem como a respetiva recuperação;
Acautelar a prestação de serviços de saneamento básico às populações;
Disponibilizar os meios, recursos e pessoal para a resposta operacional, de acordo com as missões
legalmente definidas ou aquelas que lhe forem solicitadas;
Colaborar nas ações de gestão de emergência, sempre que necessário, em estreita colaboração com o
Serviço Municipal de Proteção Civil;
Providenciar equipamento e pessoal destinados a inspeção, escoramento e demolição de estruturas,
desobstrução de vias e remoção de destroços;
Prestar apoio nas ações necessárias à evacuação das populações no que se refere à criação de barreiras e
sinalização de trânsito;
Prestar apoio logístico quer às forças de intervenção quer à população;
Prestar colaboração na manutenção e reparação de equipamentos;
Praticar todos os atos não explicitamente referidos mas necessários e inerentes, ao cabal e completo
desempenho da sua missão e que visem a colaboração técnica necessária ao funcionamento da CMPC;
Assegurar as operações de reabastecimento de combustíveis e lubrificantes às viaturas afetas ao teatro de
operações;
Constituir Equipas de Reconhecimento e Avaliação de Situação (ERAS) e informar o Posto de Comando
Operacional relativamente aos danos sofridos na zona avaliada;
Exercer quaisquer outras atividades no âmbito das suas competências.
FASE DE REABILITAÇÃO
Divisão de Edifícios, de Equipamentos e Energia
Proceder à avaliação dos estragos sofridos pelas infraestruturas e apoiar a sua reabilitação;
Proceder ao escoramento de edifícios em risco de desabamento em coordenação com outras entidades
competentes;
Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Loulé
PARTE II – ORGANIZAÇÃO DA RESPOSTA 32
Procede à reparação das infraestruturas afetadas pelo evento;
Coordenar a reabilitação das redes e serviços públicos, nomeadamente abastecimento de energia elétrica,
gás, água e telefones;
Apoiar logisticamente a manutenção das operações de proteção civil e socorro, colocando todos os
equipamentos e máquinas à disposição para uma rápida e eficaz intervenção, de acordo com as
necessidades;
Prestar apoio técnico e logístico por determinação do presidente da Câmara ou do vereador com
competência delegada.
Praticar todos os atos não explicitamente referidos mas necessários e inerentes, ao cabal e completo
desempenho da sua missão e que visem a colaboração técnica necessária ao funcionamento da CMPC;
Exercer quaisquer outras atividades no âmbito das suas competências.
Divisão de Saneamento Básico, Rede Viária e Trânsito
Proceder à avaliação dos estragos sofridos pelas infraestruturas e apoiar a sua reabilitação;
Proceder à reparação das infraestruturas afetadas pelo evento;
Colocar os meios próprios
Proceder à reposição das condições de normalidade;
Colaborar nas ações de gestão de emergência, sempre que necessário, em estreita colaboração com o
Serviço Municipal de Emergência;
Colaborar no levantamento e inventário dos prejuízos causados pela emergência e inerentes aos trabalhos
de restabelecimento;
Assegurar as operações de reabastecimento de combustíveis e lubrificantes às viaturas afetas ao teatro de
operações;
Proceder à recolha de resíduos, destroços e demais detritos resultantes do acidente grave ou catástrofe;
Prestar apoio técnico e logístico por determinação do presidente da Câmara ou do vereador com
competência delegada.
Prestar o apoio logístico quer às forças de intervenção quer à população;
Prestar colaboração na manutenção e reparação de equipamentos;
Mobilizar os meios próprios necessários à intervenção;
Garantir a avaliação e quantificação dos danos;
Coordenar a reabilitação das redes e serviços públicos, nomeadamente saneamento básico;
Mobilizar os meios próprios necessários à intervenção;
Exercer quaisquer outras atividades no âmbito das suas competências.
Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Loulé
PARTE II – ORGANIZAÇÃO DA RESPOSTA 33
Departamento de Ambiente e Serviços Urbanos
MISSÃO
FASE DA EMERGÊNCIA
Através da Divisão de Ambiente, Espaços Público e de Transportes
Exercer apoio técnico nas ações a desenvolver para a preservação do património ambiental;
Colaborar no transporte da população a evacuar colocando à disposição as viaturas de passageiros que
possui;
Mobilizar os meios próprios necessários à intervenção;
Colaborar na manutenção e limpeza dos locais de alojamento temporário;
Praticar todos os atos não explicitamente referidos mas necessários e inerentes, ao cabal e completo
desempenho da sua missão e que visem a colaboração técnica necessária ao funcionamento da CMPC;
Assegurar as operações de reabastecimento de combustíveis e lubrificantes às viaturas afetas ao teatro de
operações;
Constituir Equipas de Reconhecimento e Avaliação de Situação (ERAS) e informar o Posto de Comando
Operacional relativamente aos danos sofridos na zona avaliada;
Exercer quaisquer outras atividades no âmbito das suas competências.
Através da Divisão de Higiene Pública e Resíduos Sólidos
Prestar apoio técnico nas áreas da sua especialidade, designadamente ao nível da higiene pública veterinária,
sanidade animal, inspeção, controlo e fiscalização higieno-sanitária, profilaxia e vigilância epidemiológica;
Promover a captura, remoção, apanha, tratamento e detenção de animais, nos termos da lei;
Apoiar ações de deslocação e alimentação de animais;
Praticar todos os atos não explicitamente referidos mas necessários e inerentes, ao cabal e completo
desempenho da sua missão e que visem a colaboração técnica necessária ao funcionamento da CMPC.
FASE DE REABILITAÇÃO
Através da Divisão de Ambiente, Espaços Público e de transportes
Mobilizar os meios próprios necessários à intervenção;
Colaborar no transporte de regresso de pessoas, animais e bens deslocados, colocando à disposição as
viaturas que possui;
Assegurar as operações de reabastecimento de combustíveis e lubrificantes às viaturas afetas ao teatro de
operações;
Apoiar ações de deslocação e alimentação de animais;
Prestar apoio técnico e logístico por determinação do presidente da Câmara ou do vereador com
competência delegada.
Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Loulé
PARTE II – ORGANIZAÇÃO DA RESPOSTA 34
Através de Higiene Pública e Resíduos Sólidos
Mobilizar os meios próprios necessários à intervenção;
Colaborar na manutenção e limpeza dos locais de alojamento temporário;
Indicar os locais do concelho com elevado número de animais e proceder à avaliação fitossanitárias dos
mesmos;
Apoiar ações de deslocação de animais e alimentação de animais;
Prestar apoio técnico e logístico por determinação do presidente da Câmara ou do vereador com
competência delegada.
Praticar todos os atos não explicitamente referidos mas necessários e inerentes, ao cabal e completo
desempenho da sua missão e que visem a colaboração técnica necessária ao funcionamento da CMPC;
Exercer quaisquer outras atividades no âmbito das suas competências.
Departamento de Educação e Desenvolvimento Sociocultural
MISSÃO
FASE DA EMERGÊNCIA
Através da Divisão de Educação
Disponibilizar meios e recursos necessários à ocorrência;
Coordenar a interligação com as escolas do concelho;
Constituir Equipas de Reconhecimento e Avaliação de Situação (ERAS) e informar o Posto de Comando
Operacional relativamente aos danos sofridos na zona avaliada;
Praticar todos os atos necessários e inerentes, ao cabal e completo desempenho da sua missão e que visem a
colaboração técnica necessária ao funcionamento da CMPC.
Através da Divisão de Intervenção Social e Voluntariado
Garantir, na medida do possível, o realojamento dos deslocados;
Colaborar nas ações de instalação e gestão dos campos de deslocados bem como no apoio social a
desenvolver nas ações de realojamento;
Participar na recolha, armazenamento e distribuição de bens necessários às populações desalojadas;
Garantir a prestação de apoio psicossocial à população afetada articulando-se com o INEM, instituições
religiosas e o instituto de segurança Social – Centro Distrital de Faro;
Exercer quaisquer outras atividades no âmbito das suas competências.
Através da Divisão de Bibliotecas Arquivo e Documentação
Praticar todos os atos necessários e inerentes, ao cabal e completo desempenho da sua missão e que visem a
colaboração técnica necessária ao funcionamento da CMPC;
Exercer quaisquer outras atividades no âmbito das suas competências.
Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Loulé
PARTE II – ORGANIZAÇÃO DA RESPOSTA 35
Através da Divisão de Cultura e Património
Disponibilizar meios e recursos necessários à ocorrência;
Acompanhar a evolução do estado, de todo o património cultural, histórico e arquitetónico;
Exercer quaisquer outras atividades no âmbito das suas competências.
Através da Divisão de Desporto e Saúde
Colaborar nas ações de instalação e gestão dos locais de deslocados;
Disponibilizar meios e recursos necessários à ocorrência;
Praticar todos os atos necessários e inerentes, ao cabal e completo desempenho da sua missão e que visem a
colaboração técnica necessária ao funcionamento da CMPC.
Constituir Equipas de Reconhecimento e Avaliação de Situação (ERAS) e informar o Posto de Comando
Operacional relativamente aos danos sofridos na zona avaliada;
Exercer quaisquer outras atividades no âmbito das suas competências.
FASE DE REABILITAÇÃO
Através da Divisão de Educação
Disponibilizar meios e recursos necessários à ocorrência;
Coordenar a interligação com as escolas do concelho;
Praticar todos os atos necessários e inerentes, ao cabal e completo desempenho da sua missão e que visem a
colaboração técnica necessária ao funcionamento da CMPC.
Através da Divisão de Intervenção Social e Voluntariado
Participa na recolha, armazenamento e distribuição de bens necessários às populações afetadas;
Garante o apoio psicológico de continuidade às vítimas;
Garantir a prestação de apoio psicossocial de continuidade à população afetada articulando-se com o
Instituto de Segurança social de Faro e instituições religiosas;
Exercer quaisquer outras atividades no âmbito das suas competências.
Através da Divisão de Bibliotecas Arquivo e Documentação
Praticar todos os atos necessários e inerentes, ao cabal e completo desempenho da sua missão e que visem a
colaboração técnica necessária ao funcionamento da CMPC;
Exercer quaisquer outras atividades no âmbito das suas competências.
Através da Divisão de Cultura e Património
Disponibilizar meios e recursos necessários à ocorrência;
Acompanhar a evolução do estado, de todo o património cultural, histórico e arquitetónico;
Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Loulé
PARTE II – ORGANIZAÇÃO DA RESPOSTA 36
Exercer quaisquer outras atividades no âmbito das suas competências;
Através da Divisão de Desporto e Saúde
Disponibilizar meios e recursos necessários à ocorrência;
Praticar todos os atos necessários e inerentes, ao cabal e completo desempenho da sua missão e que visem a
colaboração técnica necessária ao funcionamento da CMPC.
Exercer quaisquer outras atividades no âmbito das suas competências.
Serviço Municipal de Proteção Civil
MISSÃO
FASE DA EMERGÊNCIA
Disponibilizar (dentro das possibilidades verificadas) os meios e recursos solicitados pelo Comandante das
Operações de Socorro (COS);
Apoiar as ações de evacuação;
Cooperar com as Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS) no realojamento da população
deslocada;
Coordenar as ações de estabilização de infraestruturas, desobstrução de vias, remoção de destroços,
limpeza de linhas de água;
Apoiar a sinalização das estradas e caminhos municipais danificados, assim como, vias alternativas;
Apoiar as ações de aviso às populações;
Proceder, de forma contínua, ao levantamento da situação nas zonas afetadas e remeter os dados
recolhidos para o Diretor do Plano;
Colaborar nas ações de mortuária.
FASE DE REABILITAÇÃO
Avaliar e quantificar os danos pessoais e materiais;
Auxiliar na tarefa de definição de prioridades de intervenção e acompanhar as obras de reconstrução e
reparação de estruturas e equipamentos atingidos;
Promover o restabelecimento dos serviços essenciais junto dos organismos responsáveis (água, eletricidade,
gás e comunicações);
Organizar o transporte e regresso de pessoas, animais e bens deslocados;
Colaborar nas ações de mortuária (transporte de vítimas e operacionalização de locais para o seu armazenamento temporário).
Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Loulé
PARTE II – ORGANIZAÇÃO DA RESPOSTA 37
3.2.15.2. Empresas Municipais (Infra-Quinta, Infra-Moura, Infra-Lobo e LC Global)
MISSÃO
FASE DA EMERGÊNCIA
Constituir Equipas de Apoio ao SMPC;
Constituir Equipas de Reconhecimento e Avaliação de Situação (ERAS) e informar o Posto de Comando
Operacional relativamente aos danos sofridos na zona avaliada;
Apoiar com meios próprios as ações de proteção civil;
Auxiliar logisticamente, na medida das suas possibilidades, o apoio à população afetada;
Apoiar as ações de evacuação na sua área de intervenção, para os centros de acolhimento provisório;
Colaborar com na distribuição de alimentação e água potável;
Disponibilizar todas as informações consideradas úteis ou requisitadas pelo SMPC, COS e CMPC;
Divulgar informação junto da população local;
Colaborar no sistema de recolha e armazenamento de dádivas;
Colaborar na avaliação e quantificação dos dados;
Cooperar com o SMPC e CMPC, na sinalização das estradas e caminhos municipais afetados, assim como, na
sinalização das vias alternativas, no respetivo espaço geográfico;
Elaborar Relatório de Situação Imediatos, periódicos, finais, enviando-os à CMPC, de forma a mantê-la sempre
informada sobre a situação e sua evolução.
FASE DE REABILITAÇÃO
Auxiliar na reparação das infraestruturas afetadas pelo evento;
Colaborar com na distribuição de alimentação e água potável;
Mobilizar os meios e recursos necessários à intervenção;
Colaborar na assistência e bem estar das populações evacuadas;
Informar a CMPC de todas as questões pertinentes para a reposição das condições de normalidade;
Elaborar Relatório de Situação Imediatos, periódicos, finais, enviando-os à CMPC, de forma a mantê-la
sempre informada sobre a situação e sua evolução;
Exercer quaisquer outras atividades no âmbito das suas competências.
3.2.15.3. Juntas de Freguesia
MISSÃO
FASE DA EMERGÊNCIA
Constituir Equipas de Reconhecimento e Avaliação de Situação (ERAS) e informar o Posto de Comando
Operacional relativamente aos danos sofridos na zona avaliada;
Apoiar com meios próprios as ações de socorro;
Auxiliar logisticamente, na medida das suas possibilidades, a população afetada;
Organizar-se de forma a apoiar o SMPC;
Apoiar as ações de evacuação na sua área de intervenção, para os centros de acolhimento provisório;
Promover a identificação dos munícipes com incapacidade física ou outras;
Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Loulé
PARTE II – ORGANIZAÇÃO DA RESPOSTA 38
Colaborar com na distribuição de alimentação e água potável;
Disponibilizar todas as informações consideradas úteis ou requisitadas pelo SMPC, COS e CMPC;
Divulgar informação junto da população local;
Gerir sistemas para atuação imediata de emergência ao nível da avaliação de danos, em particular os danos
humanos;
Colaborar no sistema de recolha e armazenamento de dádivas;
Gerir os sistemas de voluntariado;
Colaborar no recenseamento e registo da população deslocada e ou afetada;
Colaborar na avaliação e quantificação dos dados;
Cooperar com o SMPC e CMPC, na sinalização das estradas e caminhos municipais afetados, assim como, na
sinalização das vias alternativas, no respetivo espaço geográfico.
FASE DE REABILITAÇÃO
Auxiliar na reparação das infraestruturas afetadas pelo evento;
Colaborar com na distribuição de alimentação e água potável;
Promover ações destinadas à obtenção e gestão de fundos externos, recolha e armazenamento de donativos;
Mobilizar os meios e recursos necessários à intervenção;
Apoiar os APC no regresso das populações;
Colaborar na assistência e bem estar das populações evacuadas;
Colaborar na avaliação e quantificação dos dados;
Coordenar os postos locais de recenseamento de voluntários;
Informar a CMPC de todas as questões pertinentes para a reposição das condições de normalidade;
Exercer quaisquer outras atividades no âmbito das suas competências.
3.2.16. Entidades de Apoio
3.2.16.1. Agrupamento de Escolas do Concelho
MISSÃO
FASE DA EMERGÊNCIA /REABILITAÇÃO
Disponibilizar as instalações escolares em situações de acidente grave ou catástrofe, sempre que
necessário;
Estabelecem planos de segurança e evacuação da comunidade escolar em situação de emergência;
Colaborar na receção da população deslocada;
Sensibilizam a população escolar para as ações de proteção civil;
Disponibilizar todas as informações que contribuam para a implementação de procedimentos
conducentes ao bom acolhimento das populações deslocadas.
Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Loulé
PARTE II – ORGANIZAÇÃO DA RESPOSTA 39
3.2.16.2. Empreendimentos Turísticos
MISSÃO
FASE DA EMERGÊNCIA/REABILITAÇÃO
Apoiar e disponibilizar meios para a receção temporária de pessoas deslocadas.
3.2.16.3. Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS) que atuam no Concelho
(Identificadas na parte IV – Secção III) MISSÃO
FASE DA EMERGÊNCIA
Acolher temporariamente a população desalojada;
Apoiar psicologicamente a população afetada;
Colaborar na instalação e organização de abrigos para a população deslocada (zonas de concentração Local);
Disponibilizar o cadastro/lista atualizados de população desprotegida no concelho (idosos sem apoio familiar,
doentes inválidos e sem abrigo;
Prestar apoio domiciliário à população desprotegida (com residência);
Realizar ações de apoio de rua direcionadas aos sem-abrigo;
Participar nas ações de apoio logístico às operações de proteção civil;
Colaborar nas ações de mortuária.
FASE DE REABILITAÇÃO
Apoiar as ações de instalação e gestão dos centros de acolhimento provisório, bem como a assistência e bem-
estar das populações;
Prestar apoio domiciliário à população desprotegida;
Realizar ações de apoio de rua direcionadas aos sem-abrigo;
Colaborar nas ações de mortuária;
Apoiar psicologicamente a população afetada;
Exercer quaisquer outras atividades no âmbito das suas competências.
3.2.16.4. Radioamadores Locais
MISSÃO
FASE DA EMERGÊNCIA/REABILITAÇÃO
Cooperar com as entidades locais oficiais de forma a reforçar o sistema de comunicações via rádio, ou
substitui-lo em caso de inoperacionalidade;
Proceder de acordo com o protocolo estabelecido com o SMPC.
Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Loulé
PARTE II – ORGANIZAÇÃO DA RESPOSTA 40
3.2.16.5. Restaurantes
(Identificados na parte IV – Secção III)
MISSÃO
FASE DA EMERGÊNCIA
Apoiar logisticamente as forças de intervenção através da disponibilização de alimentação e água potável;
Colaborar na distribuição de alimentação às populações deslocadas.
FASE DE REABILITAÇÃO
Colaborar na distribuição de alimentação às populações deslocadas.
3.2.16.6. Farmácias
(Identificados na parte IV – Secção III)
MISSÃO
FASE DA EMERGÊNCIA /REABILITAÇÃO
Apoiar e auxiliar as atividades de assistência medica através da disponibilização de medicamentos;
3.2.17. Missão dos Organismos
3.2.17.1. Instituto Nacional de Medicina Legal e Ciências Forenses (INMLCF)
MISSÃO
FASE DA EMERGÊNCIA
Assumir a investigação forense para identificação dos corpos, tendo em vista a sua entrega aos familiares;
Mobilizar a Equipa Médico-legal de Intervenção em Desastres;
Realizar autópsias com a celeridade necessária para garantir a saúde pública (despiste de doenças inoficiosas
graves).
FASE DE REABILITAÇÃO
Assumir a investigação forense para identificação dos corpos, tendo em vista a sua entrega aos familiares.
3.2.17.2. Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF)
MISSÃO
FASE DA EMERGÊNCIA
Coordenar a cooperação entre as forças e serviços de segurança nacionais e de outros países em matéria de
circulação de pessoas, do controlo de estrangeiros;
Assegurar a realização de controlos moveis e de operações conjuntas com serviços ou forças de segurança
congéneres;
Autorizar e verificar a entrada de pessoas a bordo de embarcações e aeronaves;
Proceder à identificação de cadáveres de cidadãos estrangeiros;
Proceder à avaliação dos decorrentes cenários de risco, no âmbito das suas competências;
Proceder à investigação dos crimes de auxilio à imigração ilegal, bem como investigar outros com ele conexos,
Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Loulé
PARTE II – ORGANIZAÇÃO DA RESPOSTA 41
sem prejuízo da competência de outras entidades;
Orientar os cidadãos estrangeiros, presentes na área do sinistrada, sobre procedimentos a adoptar;
Estabelecer os contactos eventualmente necessários com os diferentes Consulados e Embaixadas;
Impedir o desembarque de passageiros e tripulantes de embarcações e aeronaves que provenham de pontos
ou aeroportos de risco, no aspeto sanitário, sem prévio assentimento das competentes autoridades
sanitárias.
FASE DE REABILITAÇÃO
Coordenar a cooperação entre as forças e serviços de segurança nacionais e de outros países em matéria de
circulação de pessoas, do controlo de estrangeiros;
Assegurar a realização de controlos moveis e de operações conjuntas com serviços ou forças de segurança
congéneres;
Autorizar e verificar a entrada de pessoas a bordo de embarcações e aeronaves;
Proceder à identificação de cadáveres de cidadãos estrangeiros;
Proceder à avaliação dos decorrentes cenários de risco, no âmbito das suas competências;
Proceder à investigação dos crimes de auxilio à imigração ilegal, bem como investigar outros com ele conexos,
sem prejuízo da competência de outras entidades;
Orientar os cidadãos estrangeiros, presentes na área do sinistrada, sobre procedimentos a adoptar;
Estabelecer os contactos eventualmente necessários com os diferentes Consulados e Embaixadas;
Impedir o desembarque de passageiros e tripulantes de embarcações e aeronaves que provenham de pontos
ou aeroportos de risco, no aspeto sanitário, sem prévio assentimento das competentes autoridades
sanitárias.
3.2.17.3. Misericórdias
As misericórdias existentes no Concelho são a Santa Casa da Misericórdia de Loulé e Santa Casa da
Misericórdia de Boliqueime.
MISSÃO
FASE DA EMERGÊNCIA
Reforçar a capacidade de prestação de cuidados de saúde e assistência social;
Disponibilizar as instalações para diversos fins de assistência humanitária, de acordo com as orientações da
CMPC;
Apoiar as ações de gestão de abrigos, bem-estar das populações, de pesquisa e reunião de desaparecidos,
de gestão de desalojados e na distribuição de alimentos e agasalhos.
Acolher temporariamente a população desalojada;
Apoiar psicologicamente a população afetada;
Colaborar na instalação e organização de abrigos para a população deslocada (zonas de concentração
Local);
Disponibilizar o cadastro/lista atualizados de população desprotegida no concelho (idosos sem apoio
familiar, doentes inválidos e sem abrigo;
Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Loulé
PARTE II – ORGANIZAÇÃO DA RESPOSTA 42
Prestar apoio domiciliário à população desprotegida (com residência);
Realizar ações de apoio de rua direcionadas aos sem-abrigo;
Colabora na receção, seleção e encaminhamento de voluntários de acordo com as indicações da CMPC;
Participar nas ações de apoio logístico às operações de proteção civil;
Colaborar no sistema de recolha de dádivas.
FASE DE REABILITAÇÃO
Reforçar a capacidade de prestação de cuidados de saúde e assistência social;
Prestar apoio à população afetada no sentido desta recuperar a normalidade.
Prestar apoio domiciliário à população desprotegida (com residência);
Acolher temporariamente a população desalojada;
Disponibilizar as instalações para diversos fins de assistência humanitária, de acordo com as orientações da
CMPC;
Colaborar na receção, seleção e encaminhamento de voluntários de acordo com as indicações da CMPC;
Apoiar as ações de gestão de abrigos, bem-estar das populações, de pesquisa e reunião de desaparecidos,
de gestão de desalojados e na distribuição de alimentos e agasalhos;
Apoiar psicologicamente a população afetada;
Colaborar no sistema de recolha de dádivas.
3.2.17.4. Portugal Telecom (PT) e Operadores de Redes móveis
MISSÃO
FASE DA EMERGÊNCIA
Assegurar o restabelecimento e funcionamento das comunicações telefónicas, em situação de emergência
nas suas áreas de intervenção;
Garantir prioridades de acesso, em situação de emergência, aos endereços correspondentes a serviços e
entidades essenciais;
Colocar à disposição da direção do Plano os meios e recursos para cumprimentos das ações que lhe foram
cometidas.
FASE DE REABILITAÇÃO
Colocar à disposição da direção do Plano os meios e recursos para cumprimentos das ações que lhe foram
cometidas;
Executar, dentro das suas competências, as medidas necessárias à normalização dos efeitos do sinistro.
Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Loulé
PARTE II – ORGANIZAÇÃO DA RESPOSTA 43
3.2.6.4. Energias de Portugal (EDP)
MISSÃO
FASE DA EMERGÊNCIA
Assegurar o restabelecimento e funcionamento de energia elétrica, em situação de emergência;
Exercer assessoria técnica especializada à direção do Plano;
Apoiar as ações de proteção e socorro que exijam a inativação de linhas elétricas em zonas de sinistro.
Colocar à disposição da direção do plano os meios e recursos para o cumprimento das ações que lhe foram
cometidas;
FASE DE REABILITAÇÃO
Executar, dentro das suas competências, as medidas necessárias à normalização dos efeitos do sinistro;
Colocar à disposição da direção do plano os meios e recursos para o cumprimento das ações que lhe foram
cometidas.
3.2.6.5. Estradas de Portugal (EP)
MISSÃO
FASE DA EMERGÊNCIA
Presta assessoria técnica especializada;
Executar com os meios e recursos disponíveis as ações de recuperação das vias de comunicação de acordo
com as prioridades de emergência estabelecidas;
Colaboram nas ações de prevenção e controlo de tráfego em situação de emergência, tais como itinerários
alternativos balizagem e sinalização.
FASE DE REABILITAÇÃO
Presta assessoria técnica especializada;
Colaboram nas ações de prevenção e controlo de tráfego em situação de emergência, tais como itinerários
alternativos balizagem e sinalização;
Executar, dentro das suas competências, as medidas necessárias à normalização dos efeitos do sinistro,
tendo em vista o restabelecimento da normalidade.
3.2.6.6. Rede Ferroviária Nacional (Refer)
MISSÃO
FASE DA EMERGÊNCIA
Assegurar a disponibilidade de técnicos e operacionais, com responsabilidade nas infraestruturas afetadas,
para integrar equipas técnicas de avaliação;
Gestão da capacidade operacional de toda infraestrutura;
Garantir, em permanência meios materiais (maquinaria pesada e ligeira de trabalhos na via) e humanos
(próprios ou de prestadores de serviço), fora da zona do sinistro, para manutenção corretiva;
Elaboração da regulamentação para a circulação de comboios.
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PARTE II – ORGANIZAÇÃO DA RESPOSTA 44
FASE DE REABILITAÇÃO
Repõem o normal controlo de trafego ferroviário sinalizando convenientemente todos os condicionalismos
de circulação das vias afetadas;
Assegura a gestão da capacidade operacional de toda infraestrutura;
Executar, dentro das suas competências, as medidas necessárias à normalização dos efeitos do sinistro.
3.2.6.7. Rádio Local (Rádio Restauração Algarve Stars)
MISSÃO
FASE DA EMERGÊNCIA / FASE DE REABILITAÇÃO
Divulgar avisos e informações às populações, no âmbito da sua missão de Serviço Público;
Assegurar a divulgação de informação pública disponibilizada pela CMPC, nomeadamente nos avisos e
medidas de auto proteção e outras informações relevantes;
Exercer quaisquer outras atividades no âmbito das suas competências.
3.2.6.8. Segurança Social
MISSÃO
FASE DA EMERGÊNCIA
Prestar assessoria técnica e especializada à CMPC e ao Diretor do Plano;
Apoiar as ações de instalação e gestão dos centros de acolhimento provisório e proceder ao registo das
famílias e dos munícipes aí instalados;
Colaborar na assistência e bem-estar das populações evacuadas para os centros de acolhimento provisório;
Prestar o necessário apoio social e psicológico à população afetada;
Colaborar na alimentação, agasalhos e distribuição de água à população afetada;
Exercer quaisquer outras atividades no âmbito das suas competências.
FASE DE REABILITAÇÃO
Prestar assessoria técnica e especializada ao SMPC e à CMPC;
Prestar o necessário apoio social e psicológico de continuidade à população afetada;
Proceder ao registo das famílias e dos munícipes desalojados, bem como à sua reabilitação social;
Colaborar na alimentação, agasalhos e distribuição de água à população afetada;
Exercer quaisquer outras atividades no âmbito das suas competências.
3.2.6.9. Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS)
MISSÃO
FASE DA EMERGÊNCIA
Disponibilizar a instalação e gestão dos centros de acolhimento provisório, bem como a assistência e
bem-estar das populações desalojadas.
Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Loulé
PARTE II – ORGANIZAÇÃO DA RESPOSTA 45
FASE DE REABILITAÇÃO
Exercer quaisquer outras atividades no âmbito das suas competências.
3.2.6.10. Tribunal de Loulé
MISSÃO
FASE DA EMERGÊNCIA
Colaborar nos serviços de mortuária.
FASE DE REABILITAÇÃO
Efetuar relatórios conjuntos da ocorrência.
3.2.6.11. Corpo Nacional de Escutas – Agrupamento 290 Loulé
MISSÃO
FASE DA EMERGÊNCIA
Apoiar a instalação e organização dos centros de acolhimento da população deslocada, prestar o apoio com
meios humanos e materiais de acordo com os seus estatutos, para o cumprimento de ações que lhe forem
atribuídas, quando solicitado, designadamente na recolha e distribuição de agasalhos, roupas e bens
alimentares;
Colaborar no salvamento de animais afetados pela contaminação do meio ambiente;
Apoiar as atividades das entidades com responsabilidade nas ações de proteção civil, nomeadamente a
realização de ações de estafeta.
FASE DE REABILITAÇÃO
Apoiar a instalação e organização dos centros de acolhimento da população deslocada, prestar o apoio com
meios humanos e materiais de acordo com os seus estatutos, para o cumprimento de ações que lhe forem
atribuídas, quando solicitado, designadamente na recolha e distribuição de agasalhos, roupas e bens
alimentares;
Colaborar com as entidades, tendo em vista o apoio de regresso das pessoas ao local de origem, assim
como os animais à sua exploração.
3.2.6.12. Párocos e Representantes de outras Religiões
MISSÃO
FASE DA EMERGÊNCIA / REABILITAÇÃO
Acompanhar e apoiar a população afetada pelo acidente grave ou catástrofe;
Colaborar no âmbito das suas disponibilidades com a CMPC.
Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Loulé
PARTE II – ORGANIZAÇÃO DA RESPOSTA 46
3.2.6.13. Outras Organizações
As entidades que possuam meios de proteção e socorro desenvolvem, de forma coordenada, todas as
ações de forma a potenciar, permanentemente, a sua atuação articulada no dispositivo, informando o
Posto de Comando Operacional Conjunto (PCOC);
Todos os organismos, serviços e entidades públicas, de utilidade pública ou privados cujos fins estejam
relacionados com a resposta ao socorro e emergência no âmbito das operações de proteção e socorro,
nas áreas da prevenção, vigilância e intervenção, consideram-se para todos os efeitos colaboradores
nestas atividades, contribuindo com os seus efetivos e meios sempre que mobilizados para o DIOPS e
para desenvolver de forma coordenada todas as ações que permitam potenciar permanentemente a sua
atuação articulada;
Articulam-se no cumprimento das missões de intervenção, no âmbito do DIOPS, no local da ocorrência,
com o COS;
Exercem quaisquer outras atividades no âmbito das suas competências.
3.2.6.14. Funcionários e agentes do Estado e das pessoas coletivas de direito público, membros dos órgãos de gestão das empresas públicas
Tem o dever especial de colaboração com os organismos de proteção civil, a violação do dever especial
de colaboração em situação de alerta implica, consoante os casos, responsabilidade criminal e
disciplinar, nos termos da lei.
3.2.6.15. Cidadãos e demais entidades privadas, responsáveis pela administração, direção ou chefia de empresas privadas
Os responsáveis pela administração, direção ou chefia de empresas privadas cuja laboração, pela
natureza da sua atividade, esteja sujeita a qualquer forma específica de licenciamento, devem
colaboração especial com os órgãos e agentes de proteção civil.
A violação do dever especial de colaboração em situação de alerta implica, consoante os casos,
responsabilidade criminal e disciplinar, nos termos da lei.
Devendo assim, colaborar na prossecução dos fins da proteção civil; Conhecer as disposições
preventivas das leis e regulamentos; Acatar ordens, instruções e conselhos dos órgãos e agentes
responsáveis pela segurança interna e pela proteção civil; Satisfazer prontamente as solicitações que
justificadamente lhes sejam feitas pelas entidades competentes e colaborar pessoalmente naquilo que
pelo Presidente da CML, ou seu substituto legal, lhes for requerido, respeitando as ordens e orientações
que lhes forem dirigidas e correspondendo às respetivas solicitações.
Parte III – Áreas de Intervenção
Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Loulé
PARTE III - ÁREAS DE INTERVENÇÃO 2
ÍNDICE
Índice de figuras .............................................................................................................................. 3
Índice de tabelas ............................................................................................................................. 3
ÍNDICE
1. Administração de meios e recursos ............................................................................................ 4
2. Logística .................................................................................................................................... 9
2.1. Apoio logístico às forças de intervenção ................................................................................... 10
2.2. Sectorização do teatro de operações ........................................................................................ 13
2.3. Apoio logístico às populações ................................................................................................... 14
3. Comunicações ......................................................................................................................... 19
3.1. Rede estratégica do plano municipal de emergência de proteção civil de Loulé ..................... 20
4. Gestão da informação ............................................................................................................. 25
4.1. Gestão da informação entre as entidades envolvidas nas operações ...................................... 27
4.2. Gestão da Informação entre as entidades intervenientes no PMEPCL .................................... 28
4.3. Gestão da Informação Pública .................................................................................................. 29
5. Procedimentos de Evacuação .................................................................................................. 31
5.1. Zonas de concentração local e abrigo temporário.................................................................... 33
6. Manutenção da ordem pública ................................................................................................ 38
7. Serviços Médicos e Transporte de Vítimas ............................................................................... 41
7.1. Apoio social e psicológico ......................................................................................................... 46
8. Socorro e salvamento .............................................................................................................. 50
9. Serviços mortuários ................................................................................................................. 55
10. Protocolos ........................................................................................................................... 59
Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Loulé
PARTE III - ÁREAS DE INTERVENÇÃO 3
ÍNDICE DE FIGURAS
Figura 1 - Organização das Comunicações em caso de Emergência ............................................... 200
Figura 2 - Organograma do sistema de Comunicações do PMEPCL ............................................... 211
Figura 3 - Organização da Gestão de Informação do PMEPCL ........................................................ 266
Figura 4 - Procedimentos de Evacuação ........................................................................................... 34
Figura 5 - Procedimentos de Evacuação Médica ............................................................................ 433
Figura 6 - Organização das Entidades Responsáveis pelas Ações de Socorro e Salvamento .......... 511
Figura 7 - Organização Funcional dos Serviços Mortuários ............................................................ 566
ÍNDICE DE TABELAS
Tabela 1 - Procedimentos para administração de meios e recursos .................................................. 8
Tabela 2 - Procedimentos de apoio logístico às forças de intervenção .......................................... 133
Tabela 3 - Procedimentos de apoio logístico às populações ............................................................ 18
Tabela 4 – Indicativos Municipais da Rede de Rádio ...................................................................... 211
Tabela 5 – Indicativos ANPC – Distrito Faro .................................................................................... 211
Tabela 6 – Indicativos dos Bombeiros Municipais de Loulé da Rede de Rádio ............................... 222
Tabela 7 – Indicativos BHSP e CMA - Distrito Faro .......................................................................... 222
Tabela 8 – Indicativos de outros agentes de proteção civil - Distrito Faro ..................................... 222
Tabela 9 - Procedimentos relativos às comunicações .................................................................... 224
Tabela 10 - Procedimentos para a gestão da informação entre entidades envolvidas nas
operações ........................................................................................................................................ 288
Tabela 11 - Procedimentos para a gestão da informação entre entidades intervenientes no
PMEPCL. ............................................................................................................................................ 29
Tabela 12 - Procedimentos para a gestão da informação pública .................................................. 311
Tabela 13 - Zonas de concentração local e abrigo temporário ....................................................... 333
Tabela 14 - Procedimentos de evacuação ....................................................................................... 377
Tabela 15 - Procedimento para a manutenção da ordem pública .................................................. 400
Tabela 16 - Procedimentos de triagem de feridos – START ............................................................ 411
Tabela 17 - Procedimento para os serviços médicos e transporte de vítimas.................................. 46
Tabela 18 - Procedimentos para o apoio social .............................................................................. 477
Tabela 19 - Procedimentos para o apoio psicológico ....................................................................... 49
Tabela 20 - Procedimentos para o socorro e salvamento ............................................................... 540
Tabela 21 - Procedimento para os serviços mortuários.................................................................. 588
Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Loulé
PARTE III - ÁREAS DE INTERVENÇÃO 4
1. Administração de Meios e Recursos
A área de intervenção de administração de meios e recursos estabelece os procedimentos e
instruções de coordenação quanto às atividades de gestão administrativa e financeira, inerentes à
mobilização, requisição e utilização dos meios e recursos utilizados aquando da ativação do Plano de
Emergência de Proteção Civil.
Tem como funções principais:
Responsabilidade da gestão financeira e de custos;
Supervisão das negociações contratuais;
Gestão dos tempos de utilização dos recursos e equipamentos;
Gestão dos processos de seguros.
No caso de acidente grave ou catástrofe no município de Loulé, a estrutura municipal de proteção civil
mais adequada na resposta, será a Comissão Municipal de Proteção Civil (CMPC) devido à proximidade
às populações, conhecimento do meio, assim como pela rapidez na mobilização dos meios e recursos.
Caso os meios e recursos postos à disposição da CMPC, não sejam suficientes, cabe ao Presidente da
Câmara Municipal de Loulé, requisitar os meios adicionais a entidades públicas e/ou privadas para
uma adequada resposta, dentro das suas disponibilidades financeiras.
Os meios e recursos requeridos devem-se adequar ao objetivo e deve ser dada preferência à utilização
de meios públicos, sobre os privados, conforme constante no nº3 do artigo 10º da Lei nº27/2006, de 3
de Julho – Lei de Bases da Proteção Civil (LBPC), com as alterações introduzidas pela Lei Orgânica n º
1/2011, de 30 de novembro.
Os responsáveis por cada uma das Áreas de Intervenção (AI) devem inventariar os meios e recursos
indispensáveis ao cumprimento das missões e à articulação das restantes AI, executando as tarefas
que lhes estão atribuídas neste Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil (PMEPC).
Caso o acidente grave ou catástrofe seja posteriormente declarado pelo governo situação de
calamidade, a autarquia poderá de acordo com o Decreto-Lei nº 225/2009 de 14 de Setembro
candidatar-se a auxílios financeiros. Sem prejuízo deste apoio a autarquia pode ainda recorrer ao
fundo de emergência municipal, gerido pela Direção – Geral das Autarquias Locais.
Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Loulé
PARTE III - ÁREAS DE INTERVENÇÃO 5
Os subsídios e donativos recebidos em dinheiro, com destino às operações de proteção e socorro, são
administrados pela CML através da sua conta especial de emergência criada para o efeito.
No caso de catástrofe ou calamidade a autarquia pode ainda, articular-se com a ANPC, de modo a
recorrer à conta de emergência titulada pela ANPC, (Decreto-Lei nº 112/2008, de 1 de Julho), neste
caso específico é necessário despacho conjunto dos membros do Governo responsáveis pelas Finanças
e pela Administração Interna.
Os responsáveis de cada APC, entidades, organizações públicas e privadas têm o dever de conhecer o
conteúdo deste PMEPC, para o desempenho das missões previstas e prossecução dos respetivos
objetivos.
Os responsáveis de cada Agente de Proteção Civil (APC), entidades, organizações públicas e privadas
intervenientes neste PMEPC devem promover exercícios particulares de simulação de situação de
emergência para preparação do pessoal, treino de comunicações e execução de procedimentos
operacionais, contando com o apoio do Serviço Municipal de Proteção Civil (SMPC) de Loulé.
No decurso das operações, as estruturas integrantes deste PMEPCL deverão acautelar os períodos de
descanso e a rotatividade dos seus recursos humanos.
Todas as organizações integrantes deste PMEPCL devem, ao seu nível, no âmbito das ações a
desenvolver em prol do presente PMEPCL, promover ações de sensibilização junto dos intervenientes
e da população, tendo em vista a sua preparação e integração na estrutura de resposta à emergência.
ADMINISTRAÇÃO DE MEIOS E RECURSOS
Entidade Coordenadora:
Responsável: Presidente da CML
Substituto: Vice-presidente da CML
ENTIDADES INTERVENIENTES ENTIDADES DE APOIO EVENTUAL
Câmara Municipal de Loulé (SMPC, Direção
Municipal de Administração Geral,
Departamento de Administração e Finanças,
Departamento de Planeamento e
Administração do Território, Departamento
de Obras Municipais e Gestão de
Infraestruturas, Departamento de Ambiente
e Serviços Urbanos e Departamento de
Águas do Algarve
EDP
REN
Empresas com maquinaria
Empresas de bens de primeira necessidade
Empresas de construção civil
Estradas de Portugal
Empresas de venda de combustíveis
Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Loulé
PARTE III - ÁREAS DE INTERVENÇÃO 6
Educação e Desenvolvimento Sociocultural)
Juntas de Freguesia
Bombeiros de Loulé
GNR
Autoridade Marítima Local
Centro de Saúde de Loulé
INEM
Cruz Vermelha Portuguesa
Autoridade de Saúde do município
Santa Casa da Misericórdia
Instituto de Segurança Social – Centro
Distrital de Faro
Agrupamento de Escolas do concelho
REFER
Forças Armadas
CDOS de Faro
IPSS que atuam no concelho
PRIORIDADES DE AÇÃO
Assegurar as atividades de gestão administrativas e financeiras inerentes à mobilização, requisição, e
utilização dos meios e recursos necessários à intervenção, de forma racional e eficiente;
Supervisionar as negociações contratuais;
Gerir o controlar os tempos de utilização de recursos e equipamentos;
Gerir os processos de seguros.
INSTRUÇÕES ESPECÍFICAS
Gestão de Meios
Os meios e recursos pertencentes aos agentes de proteção civil e aos organismos e entidades de apoio
serão colocados à disposição dos Postos de Comando Operacional, e CMPC, que os afetarão de acordo com
as necessidades verificadas a cada momento, sendo dada sempre preferência à utilização de meios
públicos, sobre os privados, conforme consta no nº 3 do artigo 10º da Lei nº 27/2006, de 3 de julho – Lei de
Bases da Proteção Civil (LBC) com as alterações introduzidas pela Lei Orgânica nº 1/2011, de 30 de
novembro;
Deverá ser dada preferência à utilização de meios e recursos pertencentes a entidades públicas (ou detidos
por entidades com as quais tenha sido celebrado protocolo de utilização) em detrimento de recursos
privados;
A CMPC e o Posto de Comando são autónomos para a gestão de meios existentes, assim como para a
gestão de meios de reforço que lhes forem atribuídos;
Todos os pedidos adicionais que as entidades intervenientes necessitem, deverão ser requisitados através
do modelo próprio patente na Parte IV, Secção III;
O SMPC, apoiando-se na Divisão de Finanças, Património e Aprovisionamento, controla os tempos utilizados
pelas diferentes equipas (pertencentes à CMPC; públicas e privadas), nos vários locais de forma a garantir a
maximização da sua eficácia e eficiência (a listagem de meios encontra-se na Secção III- Parte IV).
Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Loulé
PARTE III - ÁREAS DE INTERVENÇÃO 7
Gestão de Pessoal
A coordenação dos meios materiais e humanos a empregar deverá ser efetuada pelos Postos de Comando
Operacional (PCO) na sua área de intervenção e pela CMPC de acordo com a organização prevista na Parte
II do Plano Municipal de emergência de Proteção Civil de Loulé (PMEPCL);
A mobilização do pessoal pertencente a organismos ou entidades públicas, será realizada conforme o
previsto na Lei nº 59/2008, de 11 de Setembro – Regime de Contrato de Trabalho em Funções Públicas;
No decorrer das operações, os agentes de proteção civil e as entidades e organismos de apoio deverão
acautelar os períodos de descanso e a rotatividade dos seus recursos humanos empenhados nas mesmas.
Gestão de Finanças
Cada entidade ou organismo interveniente nas operações de emergência será responsável pela gestão
financeira e de custos associados aos meios e recursos próprios empenhados;
Caso haja necessidade de se recorrer a meios privados, a gestão financeira associada à requisição dos
mesmos será assegurada pela Câmara Municipal de Loulé (CML) através da Divisão de Finanças Património
e Aprovisionamento;
Os agentes de proteção civil e entidades e organismos de apoio, envolvidos nas operações de emergência,
caso afiram a necessidade de aquisição/contratação de bens e serviços a entidades privadas e não
disponham de recursos próprios para o fazer, deverão endereçar ao diretor do PMEPCL uma requisição
para o efeito.
Comissão Municipal de Proteção Civil
O SMPC, com o apoio do Departamento de Obras Municipais e Gestão de Infraestruturas e Departamento
de Ambiente e Serviços Urbanos, em articulação com o diretor do PMEPCL, ficará responsável pela
definição de meios e recursos necessários, negociações contratuais com entidades privadas, pela gestão
dos processos de seguro e controlo e gestão dos tempos. Os contactos e meios mobilizáveis encontram-se
na Secção III – Parte IV;
O controlo e registo da utilização dos meios públicos e privados requisitados (localização dos mesmos e
tempos de utilização) serão assegurados pelo SMPC, com o apoio do Departamento de Obras Municipais e
Gestão de Infraestruturas e Departamento de Ambiente e Serviços Urbanos;
Para as ações de âmbito supra Distrital, é a entidade coordenadora que realiza a supervisão das
negociações contratuais e a gestão dos processos de seguro;
A existência de despesas excecionais por parte dos agentes de proteção civil ou organismos de apoio, que
não tenham capacidade financeira para reparar os equipamentos em tempo útil, poderão solicitar apoio ao
diretor do PMEPCL, o qual apoiado no Departamento de Administração e Finanças, disponibilizará as
Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Loulé
PARTE III - ÁREAS DE INTERVENÇÃO 8
verbas ou os meios oficinais para estes casos excecionais e pontuais. A CMPC recorrerá a meios próprios
ou, em último caso a estabelecimentos privados presentes no concelho;
Todo o pessoal integrado nos serviços, agentes e entidades deste plano, mesmo os requisitados continuam
a ser renumerados pelos organismos de origem, não podendo ser prejudicados de qualquer forma, nos
seus direitos;
A declaração de calamidade por parte do governo permitirá à CMPC, candidatar-se a auxílios financeiros
como o descrito no Decreto-Lei nº 112/2008, de 1 de Julho. Nas situações em que o governo tenha
declarado a situação de catástrofe ou calamidade, a autarquia deverá articular-se com a Autoridade acional
de Proteção Civil (ANPC) no sentido de recorrer à conta de emergência, titulada pela ANPC, de forma a se
apoiar a reconstrução e reparação de habitações, unidades de exploração económica e outras
necessidades sociais prementes. A autarquia poderá ainda recorrer ao Fundo de Emergência Municipal
gerido pela Direção- Geral das Autarquias Locais.
Bolsa de Voluntariado e Bolsa de Colaboradores Internos
O SMPC recorrerá a uma bolsa de voluntariado e uma bolsa de colaboradores interna para apoiar as
diferentes áreas de intervenção caso se verifique necessário.
O pessoal voluntário, cuja colaboração seja aceite a título benévolo, deverá participar a ser coordenado
pelo SMPC, devendo este serviço indicar o local onde os voluntários devem reunir, as suas missões e
disponibilizar-lhes a alimentação, sempre que necessário;
Cabe ao SMPC coordenar as atividades dos colaboradores internos.
O SMPC mantém atualizada a lista de voluntários e colaboradores disponíveis e empenhados nas ações de
emergência;
O SMPC mantem a CMPC informada sobre as atividades desenvolvidas pelos voluntários.
Tabela 1 - Procedimentos para administração de meios e recursos
Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Loulé
PARTE III - ÁREAS DE INTERVENÇÃO 9
2. Logística
No apoio logístico às operações definem-se os procedimentos e instruções de coordenação. E
identificam-se os meios e as responsabilidades dos serviços, agentes de proteção civil, organismos e
entidades de apoio, quanto às atividades de logística destinadas a apoiar as forças de intervenção e a
população.
Quanto ao apoio prestado às forças de intervenção em caso de emergência, subsistem diferentes
necessidades logísticas essenciais para a prossecução das missões a decorrer no terreno, atendendo
ao tipo de situação de emergência. Na Tabela 2 apresentam-se entidades responsáveis pela
coordenação do apoio logístico às forças de intervenção, as entidades e organismos intervenientes, as
prioridades de ação e os procedimentos de coordenação.
Nas situações em que se verifique a necessidade de solicitar outro tipo de equipamento para além dos
previstos no PMEPCL e que tais não se encontrem disponíveis no concelho, poderão ser requisitados
ao Diretor do Plano, fazendo referência à sua necessidade para a continuidade das operações de
proteção civil em desenvolvimento. O SMPC e a Divisão de Ambiente Espaço Publico e Transportes,
estabelecerão os necessários procedimentos e normas de mobilização e transporte dos meios
solicitados, cooperando e articulando-se com os vários agentes de proteção civil, entidades e
organismos intervenientes. Conforme indicado anteriormente, será dada preferência à utilização de
meios e recursos públicos, sobre os privados.
Quanto ao apoio logístico a prestar às populações, compete à CML assegurar a disponibilização dos
meios e bens essenciais, e em caso de necessidade, alojamentos temporários para a população
deslocada, recorrendo ao auxílio de entidades de apoio.
Em caso de evacuação será necessário transporte para deslocar a população para as Zonas de
Concentração Local (ZCL). Os respetivos procedimentos de coordenação e movimentação encontram-
se descritos mais adiante (Ponto 5).
Durante a fase de reabilitação poderá ser útil recorrer à bolsa de voluntariado e de colaboradores
internos, para promover ações de obtenção de donativos bem como fundos externos de apoio à
população.
Na Secção III – Parte IV, é apresentada uma listagem completa de meios e recursos dos organismos e
entidades de apoio a que se poderá recorrer para adquirir os recursos ou serviços de apoio às
populações e forças de intervenção.
Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Loulé
PARTE III - ÁREAS DE INTERVENÇÃO 10
2.1. Apoio logístico às forças de intervenção
APOIO LOGÍSTICO ÀS FORÇAS DE INTERVENÇÃO
Entidade Coordenadora:
Responsável: Comissão Municipal de Proteção Civil
Substituto: O CDOS de Faro, caso a CMPC não apresente
condições mínimas de operacionalidade.
ENTIDADES INTERVENIENTES ENTIDADES DE APOIO EVENTUAL
Câmara Municipal de Loulé (SMPC, Direção
Municipal de Administração Geral,
Departamento de Administração e Finanças,
Departamento de Planeamento e
Administração do Território, Departamento
de Obras Municipais e Gestão de
Infraestruturas, Departamento de Ambiente
e Serviços Urbanos e Departamento de
Educação e Desenvolvimento Sociocultural)
Juntas de Freguesia
Bombeiros de Loulé
Cruz Vermelha Portuguesa (Delegação de
Almancil)
Santa casa da misericórdia de Loulé
IPSS que atuam no concelho
Agrupamento de Escuteiros de Loulé
Águas do Algarve
EDP
REN
REFER
CDOS de Faro
Empresas com maquinaria
Empresas de venda de combustíveis
Empresas de construção civil
Estradas de Portugal
Forças armadas
Empresas de bens de primeira necessidade
Operadoras de telecomunicações
Industrias
Restaurantes
PRIORIDADES DE AÇÃO
Assegurar as necessidades logísticas das forças de intervenção, nomeadamente quanto a alimentação,
distribuição de água potável, combustível, transportes, material sanitário e outros artigos essenciais à
continuidade das missões de socorro, salvamento e assistência;
Garantir o contacto com entidades que comercializem bens de primeira necessidade e a entrega de
mercadorias necessárias;
Prever a confeção e distribuição de alimentação ao pessoal envolvido em ações de socorro;
Organizar a instalação e montagem de cozinhas e refeitórios de campanha para assistência à emergência.
INSTRUÇÕES ESPECIFICAS
Alimentação, Água Potável e Alojamento
Nas primeiras 24 horas a satisfação das necessidades logísticas das equipas envolvidas nas operações
estará a cargo dos próprios agentes de proteção civil, organismos e entidades de apoio;
Após as primeiras 24 horas as necessidades poderão ser suprimidas através dos serviços da CML, caso
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PARTE III - ÁREAS DE INTERVENÇÃO 11
tenha sido requerido pelos agentes de Proteção civil, entidades e organismos de apoio que se encontrem
no terreno;
A distribuição de alimentação e água potável ao pessoal envolvido nas operações de socorro poderá ser
efetuada pelos serviços da CML, apoiando-se, em caso de necessidade, nas Instituições Particulares de
Solidariedade Social (IPSS) que atuam no concelho e em bolsa de voluntariado;
A alimentação dos elementos que integram a CMPC será responsabilidade da CMPC, a qual se apoiará no
SMPC, sempre que não se encontrar estabelecido outro procedimento acordado entre os elementos da
CMPC;
Deverão ser considerados como principais infraestruturas de apoio as cantinas de instalações públicas. Mas
em caso de necessidade deverá recorrer-se a restaurantes do concelho e a empresas de catering;
Na eventualidade dos serviços da CML requeiram apoio nas ações de apoio logístico aos agentes de
proteção civil e entidades de apoio, estes poderão apoiar-se na Santa Casa da Misericórdia de Loulé e
restantes IPSS do concelho e ainda em bolsa de voluntariado e na bolsa de colaboradores.
Combustíveis e Lubrificantes
Os agentes de Proteção Civil, as entidades e organismos de apoio, ficarão responsáveis pelo abastecimento
das suas viaturas e equipamentos, quanto a combustíveis e lubrificantes;
Os combustíveis deverão ser adquiridos nos postos de combustível do concelho (listagem de meios Secção
III - Parte IV);
A CML poderá auxiliar os agentes de proteção civil e as entidades e organismos de apoio na obtenção de
combustíveis e lubrificantes em situações pontuais, recorrendo para tal a meios próprios e aos
estabelecimentos privados presentes no concelho.
Manutenção e reparação de material
Os agentes de Proteção Civil, as entidades e organismos de apoio, ficarão responsáveis pela reparação das
suas viaturas e equipamentos;
Caso se verifique que os agentes de proteção civil, as entidades e os organismos de apoio não tenham
capacidade para reparar os seus equipamentos e caso estes sejam essenciais para as ações de socorro em
desenvolvimento, poderão solicitar auxílio à CML para que esta acione meios que permitam a sua
reparação;
A reparação das infraestruturas básicas essenciais para a atividade dos agentes de proteção civil,
organismos e entidades de apoio será responsabilidade das entidades responsáveis pelas mesmas (Energias
de Portugal (EDP), operadoras de comunicações, etc.).
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PARTE III - ÁREAS DE INTERVENÇÃO 12
Material Sanitário:
A disponibilização e distribuição de material sanitário ficarão a cargo dos APC, entidades e organismos de
apoio (OA);
As entidades que compõem a CMPC deverão disponibilizar instalações próximas do teatro de operações,
como edifícios pertencentes à administração pública, de modo a propiciar instalações sanitárias às várias
entidades envolvidas nas ações de emergência.
Maquinaria e Equipamentos
O (s) comandante das Operações de Socorro (COS), solicita (m) através de requisição à CMPC os meios
considerados necessários (maquinaria para remoção de escombros, estabilizações/demolições de
emergência, geradores elétricos, iluminação exterior, etc.). Os Bombeiros de Loulé participam nas
estabilizações de emergência;
Na eventualidade dos meios solicitados pelo COS não se encontrem disponíveis nas entidades que
compõem a CMPC, esta procederá à sua mobilização recorrendo aos meios públicos e privados definidos
na Secção III da Parte IV do PMEPCL e às várias entidades de apoio previstas para esta área de intervenção;
A CML apoia-se no SMPC e nos serviços técnicos para proceder aos contactos a estabelecer com as
empresas e outras entidades que possuam equipamentos úteis para fazer frente à situação de emergência;
Estes serviços municipais ficarão ainda responsáveis por coordenar estes meios e proceder ao seu
transporte caso se verifique necessário.
Serviços Técnicos
Os serviços técnicos da CML, em coordenação com o COS, avaliam os danos sofridos em reservatórios de
combustíveis líquidos e gasosos, edifícios e noutras infraestruturas;
Os serviços técnicos da CML, em articulação com o Diretor do PMEPCL, apoiam o COS nas ações de
estabilização, demolição ou desativação de infraestruturas;
Os serviços técnicos da CML deverão auxiliar a CMPC a definir medidas de emergência a tomar nas áreas
afetadas (estabilização de edifícios e demolições de emergência, desativação de reservatórios de
combustíveis líquidos ou gasosos, etc.);
Os serviços técnicos da CML indicam a necessidade ou não de se recorrer a serviços técnicos externos à
CML, ficando o pagamento destes serviços a cargo da CML;
Os serviços técnicos da CML em articulação com o Diretor do PMEPCL, ficarão responsáveis por contactar
as entidades públicas e privadas que poderão prestar apoio na definição das estratégias de intervenção a
operacionalizar;
Na fase de reabilitação caberá ainda aos serviços técnicos da CML apresentar estratégias de ação de modo
a reativar os serviços essenciais do concelho (água, eletricidade, saneamento, etc.; Parte II do PMEPCL).
Material de Mortuária
Os equipamentos e materiais que se verifique serem necessários para o cumprimento das ações de
mortuária, deverão ser acionados pela Autoridade de Saúde do Município, a qual se deverá apoiar
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PARTE III - ÁREAS DE INTERVENÇÃO 13
principalmente nas estruturas de saúde do concelho (Centro de Saúde de Loulé).
A Autoridade de Saúde (AS) do Município poderá requisitar, caso verifique a necessidade, materiais e
equipamentos ao Diretor do PMEPCL.
Alojamento
O alojamento do pessoal envolvido nas operações de emergência ficará a cargo das entidades a que
pertencem;
Em caso de necessidade, as entidades envolvidas nas ações de emergência deverão requisitar auxílio à
CML, a qual deverá recorrer de preferência a instalações públicas para alojar temporariamente o pessoal
envolvido ou em alternativa, às instalações dos empreendimentos turísticos existentes no concelho que
não tenham sido afetados de forma grave pelo acontecimento.
Serviços de Saúde
No caso de existência de acidente, os elementos empenhados nas operações de socorro recorrerão à área de
saúde existente no concelho e à rede hospitalar existente nos concelhos vizinhos. No entanto, esta poderá ser
reforçada por estruturas móveis privadas ou militares ou ainda por postos avançados de triagem e socorro
montados pelo INEM, Cruz Vermelha Portuguesa (CVP)(Delegação de Almancil) ou pelas forças Armadas em
colaboração estrita com a CMPC, (vide área de intervenção de Socorro e Salvamento).
Tabela 2 - Procedimentos de apoio logístico às forças de intervenção
2.2. Sectorização do Teatro de Operações
Um teatro de operações (TO) organiza-se em setores a que correspondem zonas geográficas ou
funcionais conforme o tipo de ocorrência e as opções estratégicas consideradas. Cada setor do TO
tem um responsável que assume a definição de comandante de setor.
1. Zona de Sinistro (ZS) – A zona de sinistro é a superfície na qual se desenvolve a ocorrência, de
acesso restrito, onde se encontram exclusivamente os meios necessários à intervenção direta
e com missão atribuída, sob responsabilidade do COS.
2. Zona de Apoio (ZA) – A zona de apoio (ZA) é uma zona adjacente à ZS, de acesso condicionado,
onde se concentram os meios de apoio e logísticos estritamente necessários ao suporte dos
meios em operação e onde estacionam meios de intervenção para resposta imediata.
3. Zona de Concentração e Reserva (ZCR) – A zona de concentração e reserva é uma zona do
teatro de operações onde se localizam temporariamente meios e recursos disponíveis sem
missão imediata e onde se mantém o sistema de apoio logístico às forças.
4. Zona de Receção de Reforços (ZRR) – A zona de receção de reforços é uma zona de controlo e
apoio logístico, sob a responsabilidade do comandante operacional distrital da área onde se
desenvolve o sinistro, para onde se dirigem os meios de reforço atribuídos pelo Centro de
Coordenação Operacional Nacional (CCON) antes de atingirem a ZCR no teatro de operações.
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PARTE III - ÁREAS DE INTERVENÇÃO 14
2.3. Apoio Logístico às Populações
No apoio logístico às populações está prevista a forma de coordenação da assistência àqueles que não
tenham acesso imediato aos bens essenciais de sobrevivência, como por exemplo, água potável.
Prevê-se ainda o alojamento temporário das populações evacuadas ou desalojadas, a realizar fora das
zonas de sinistro e apoio. Os procedimentos têm em conta a alimentação e agasalho das populações
acolhidas em Zonas de Concentração e Apoio à População. Este apoio fica a cargo da Segurança Social
de Faro.
As Zonas de Concentração e Apoio à População, a classificar como de curta ou de longa duração,
deverão satisfazer as seguintes condições mínimas:
Zonas de concentração e apoio à população de curta duração (algumas horas):
Lugares sentados;
Sanitários;
Água;
Alimentação ligeira (eventualmente);
Parqueamento.
Zonas de concentração e apoio à população de média duração (mais de 24 horas):
Dormida;
Higiene pessoal;
Alimentação;
Parqueamento.
Sempre que necessários os centros de alojamento funcionarão como pontos de reunião para controlo
dos residentes e despiste de eventuais desaparecidos.
As Zonas de Concentração e Apoio à população são ativadas por decisão do Diretor do Plano, em
função da localização das áreas evacuadas e das suas condições de utilização, optando-se,
preferencialmente, pelos definidos no inventário de meios e recursos.
A atividade de apoio logístico às populações inclui a criação e a gestão de ações destinadas à obtenção
de fundos externos, recolha e armazenamento de donativos, bem como o controlo e emprego de
pessoal.
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PARTE III - ÁREAS DE INTERVENÇÃO 15
APOIO LOGÍSTICO ÀS POPULAÇÕES
Entidade Coordenadora:
Responsável: Comissão Municipal de Proteção Civil
Substituto: O CDOS de Faro, poderá substituir-se à
CMPC caso esta não tenha as condições mínimas de
operacionalidade.
ENTIDADES INTERVENIENTES ENTIDADES DE APOIO EVENTUAL
Câmara Municipal de Loulé (SMPC, Direção
Municipal de Administração Geral, Departamento
de Administração e Finanças, Departamento de
Planeamento e Administração do Território,
Departamento de Obras Municipais e Gestão de
Infraestruturas, Departamento de Ambiente e
Serviços Urbanos e Departamento de Educação e
Desenvolvimento Sociocultural)
Juntas de Freguesia
Bombeiros de Loulé
Cruz Vermelha Portuguesa (Delegação de Almancil)
GNR
INEM
Autoridade de Saúde do Município
Autoridade Marítima Local
Santa Casa da Misericórdia
Instituto de Segurança Social – Serviço Local
(Delegação de Loulé)
Centro de Saúde de Loulé
IPSS que atuam no Concelho
Agrupamento de Escolas
Sapadores Florestais
Empresas de bens de primeira necessidade
Empresas com maquinaria
Empreendimentos turísticos
Farmácias
Restaurantes
Indústrias
EDP
Portugal Telecom
Forças Armadas
CDOS de Faro
PRIORIDADES DE AÇÃO
Assegurar as necessidades logísticas da população deslocada, nomeadamente quanto a alimentação
distribuição de água potável, agasalhos, transporte, material sanitário e outros artigos essenciais ao seu
bem-estar;
Garantir a receção, registo, pesquisa, diagnóstico de necessidades e assistência individual a deslocados e
vítimas;
Garantir a ativação dos meios materiais e humanos necessários para o acolhimento da população
deslocada;
Manter atualizado o registo do número de pessoas assistidas e com necessidade de continuidade de
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PARTE III - ÁREAS DE INTERVENÇÃO 16
acompanhamento;
Assegurar a ativação de ZCL e de abrigos temporários da população deslocada e informar as forças de
socorro e os cidadãos da sua localização através dos canais disponíveis e mais apropriados;
Garantir a segurança das Zonas de Concentração Local e dos abrigos temporários da população deslocada.
Garantir o registo de todos os indivíduos que se encontram nas Zonas de Concentração Local (ZCL) e nos
abrigos temporários;
Garantir a segurança das ZCL e dos abrigos temporários da população;
Garantir o contacto com entidades que comercializem alimentos confecionados, bens de primeira
necessidade e assegurar a entrega dos bens e mercadorias necessárias nas zonas de concentração local
(locais para onde se deslocou temporariamente a população residente nos locais mais afetados);
Organizar a instalação e montagem de cozinhas e refeitórios de campanha para assistência à emergência.
INSTRUÇÕES ESPECÍFICAS
Alimentação, Água Potável
A satisfação das necessidades da água potável e alimentação ficará a cargo da CML;
Serão estabelecidos programas de atuação de serviços técnicos, no âmbito da reabilitação dos serviços
mínimos essenciais em consonância com as entidades e organismos essenciais;
A distribuição de alimentos e água potável ao pessoal envolvido nas ações de acolhimento da população
deslocada ficará a cargo da CML. No entanto as entidades e organismos de apoio sempre que possam
deverão recorrer a meios próprios, não sobrecarregando assim a organização logística de emergência;
Deverão ser consideradas como principais estruturas de apoio as cantinas de instalações públicas, no caso
de se verificar a necessidade deverá recorrer-se a restaurantes do concelho e a empresas de catering.
Agasalhos
A distribuição de agasalhos pela população deslocada será responsabilidade da CML;
A CMPC deverá numa primeira fase avaliar a disponibilidade de distribuição de agasalhos por parte de
Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS), Instituto de Segurança Social I.P – Serviço Local
(Delegação de Loulé) e Cruz Vermelha Portuguesa (CVP) (Delegação de Almancil). No caso em que se tenha
recorrido a entidades e organismos e não se tenha conseguido o número suficiente de agasalhos para
satisfazer as necessidades apuradas, deverá recorrer-se a entidades privadas.
Zonas de Concentração Local e Abrigos Temporários (Identificadas no Anexo IV – III – II)
A definição de Zonas de Concentração Local (ZCL) e de abrigos temporários da população deslocada deverá
ser feita pela CMPC, ficando a operacionalização destas zonas sob responsabilidade da CML, recorrendo a
entidades de apoio (Santa Casa da Misericórdia, IPSS, juntas de freguesia, etc.);
Os locais escolhidos para ZCL, deverão apresentar um mínimo de condições, nomeadamente dormida,
alimentação e higiene pessoal, bons acessos e parqueamento;
A CMPC define para cada ZCL um elemento que ficará responsável por coordenar as várias atividades
necessárias. Este elemento deverá encontrar-se em permanente ligação com a CMPC;
O elemento responsável por ZCL, deverá manter um registo dos meios disponíveis e dos necessários;
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PARTE III - ÁREAS DE INTERVENÇÃO 17
Os elementos responsáveis por cada uma das ZCL, deverão manter um registo atualizado das pessoas que
se encontram na ZCL;
Para além da utilização de instalações sob administração pública e de empreendimentos turísticos poderá
recorrer-se à montagem de tendas de campanha, recorrendo-se para tal à CVP (Delegação de Almancil) e às
Forças Armadas (FA);
As ZCL e os abrigos temporários deverão ter disponíveis balneários e instalações sanitárias e locais amplos
para a distribuição de colchões;
As ZCL deverão ter um limite máximo de 100 pessoas (recomendações surgidas após o sismo de Aquila
Itália em 2009, onde campos que continham mais de 150 pessoas tornavam-se de difícil gestão);
Garantir o fornecimento de eletricidade à ZCL, recorrendo em caso de necessidade a geradores
disponibilizados pelos agentes de proteção civil e CML.
A CMPC avalia a necessidade de ativar um local de armazenamento temporário de bens de primeira
necessidade a distribuir pela população necessitada, em ZCL e/ou em zonas afetadas;
A CMPC, através do SMPC, deverá ponderar a necessidade de recorrer a bolsa de voluntariado e
colaboradores para recolha de dádivas (bens alimentares, de higiene, vestuário e agasalhos). A bolsa de
voluntariado poderá ainda auxiliar nas várias tarefas associadas à atividade das ZCL e executar ações de
estafeta transportando bens e pessoas.
Transporte
O transporte da população afetada para as ZCL e para os abrigos temporários será responsabilidade da
CMPC, a qual deverá recorrer aos meios próprios da CML e Juntas de Freguesia (JF);
Em caso de necessidade a CMPC deverá recorrer ao aluguer de viaturas privadas para garantir o transporte
da população afetada para as ZCL e para os abrigos temporários.
Material Sanitário
A distribuição deste material será assegurada pela CML, podendo esta recorrer a entidades de apoio para
esta tarefa, banco de voluntários ou bolsa de colaboradores;
A CML deverá em primeiro lugar recorrer aos meios disponíveis na Câmara Municipal e aos fornecedores
habituais para este tipo de material;
Caso se verifique a necessidade, a CML poderá recorrer a superfícies comerciais para se abastecer, ficando
responsável por suportar os custos associados;
Em caso de necessidade de instalações sanitárias adicionais, a CMPC deverá recorrer a sanitários portáteis.
A CMPC poderá solicitar ao CDOS apoio para esta tarefa.
Acompanhamento Médico
Solicitar à AS do município que garanta o acompanhamento clínico da população deslocada;
Solicitar à AS do município para avaliar a necessidade de se prestar apoio psicológico à população afetada,
principalmente aos elementos mais jovens, idosos, deficientes e no caso de terem ocorrido vítimas mortais,
a elementos que perderam familiares. Os psicólogos necessários para esta tarefa serão disponibilizados
pelo Instituto de Emergência Médica (INEM) e pela CML;
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PARTE III - ÁREAS DE INTERVENÇÃO 18
A distribuição de medicamentos pela população deslocada será responsabilidade da Autoridade de Saúde
do município, coordenando-se com a CMPC;
Caso se verifique a incapacidade por parte da AS de suportar os custos associados a esta tarefa poderá esta
entidade, solicitar à CML que suporte os mesmos.
Bolsa de Voluntariado
A CMPC avalia a necessidade de se ativar ou não a bolsa de voluntariado de modo a se recolher bens de
primeira necessidade (em armazéns, instalações comerciais ou provenientes de doação) e distribui-los pelas
ZCL.
Tabela 3 - Procedimentos de apoio logístico às populações
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PARTE III - ÁREAS DE INTERVENÇÃO 19
3. Comunicações
Em situações de pré-emergência ou de emergência, as comunicações assumem um papel
preponderante. No decorrer de uma situação de emergência é fundamental ter o conhecimento
concreto da situação real, por forma a transmitir essa informação rapidamente à CMPC, de forma
precisa, coerente e concisa, para que se possam colocar os recursos necessários para o
restabelecimento das normais condições de vida da população. O sucesso das operações de socorro
depende, entre outros fatores, de um eficaz funcionamento das comunicações do teatro de
operações.
A nível nacional, a organização das comunicações assenta no princípio da intercomunicabilidade entre
o CNOS e o CDOS, e entre estes e os postos de comando operacional, sendo a centralização da
informação realizada nos CDOS. Assim, garante-se a hierarquização da ligação de todos os postos de
comando instalados no teatro de operações, veículos não integrados em teatros de operações,
responsáveis operacionais aos diferentes níveis, oficiais de ligação das diversas entidades públicas e
com as equipas de apoio de outras entidades privadas, tal como, esquematicamente, se apresenta na
Figura 2.
O sistema de Comunicações Operacionais de Proteção Civil visa assegurar as ligações entre os Serviços,
Agentes, Entidades e Organizações de Apoio que participam nas atividades previstas no PMEPC de
Loulé. O PMEPC utiliza os meios das telecomunicações públicas e privadas, nomeadamente as redes
telefónicas fixas e móveis, a Rede Estratégica de Proteção Civil (REPC), e a rede privada da CML.
A REPC é uma rede VHF/FM, interligada por repetidores e links, de cobertura nacional, com
interligação entre os Serviços Municipais de Proteção Civil (SMPC’s) e ainda os diferentes Agentes de
Proteção Civil (APC’s). Têm acesso à REPC, no respeito pelos procedimentos estabelecidos na sua
utilização os SMPC’s, os Corpos de Bombeiros, bem como outras entidades especificamente
autorizadas pela ANPC para o efeito.
No teatro de operações compete ao comandante das operações de socorro estabelecer o plano de
comunicações e definir, em articulação com o CDOS, os respetivos canais de comando, táticos e de
manobra. Cada teatro de operações deverá ser considerado como uma zona isolada, sendo que
qualquer contacto rádio, com e a partir do mesmo será feito em exclusivo através do Posto de
Comando de Operacional e pelo CDOS.
O COS deverá ainda ter sempre em conta as normas técnicas para a utilização da Rede Estratégica de
Proteção Civil (REPC), a qual permitirá a ligação com a CMPC (via SMPC), Agentes da proteção Civil
(APC) e organismos e entidades de apoio em situações de emergência.
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PARTE III - ÁREAS DE INTERVENÇÃO 20
A rede privada da CML é composta por uma estação de base fixa com frequência de emissão 162.7750
MHz, 2 bases móveis com frequência de emissão 158.1750 MHz, vários rádios portáteis que cobrem
todo o concelho através de três repetidores instalados em Alfeição, nos Cavalos e Malhão.
Encontra-se também disponível a Rede Operacional dos Bombeiros (ROB), controlada pelo CDOS.
Segundo a ANPC, esta rede divide-se em 4 conjuntos canais, os distritais, de comando, táticos, e de
manobra.
Os canais de comando distrital e de comando, operam no modo semi-duplex, os canais comando
táticos e de manobra em simplex, com 3,5 e 7 canais respetivamente. Para além dos Corpos de
Bombeiros, têm acesso à ROB em canal de manobra e outras entidades, especificamente autorizadas
pela ANPC, que possuam meios de combate a incêndios, e que estejam empenhadas em operações
conjuntas com os Corpos de Bombeiros. As Normas de Execução Permanente (NEP) nº
NEP/8/NT/2010, DE 10 de Dezembro, definem os procedimentos e normas de exploração de redes de
emergência da ANPC (REPC e ROB).
Rede SIRESP - Sistema Integrado de Redes de Emergência e Segurança de Portugal, trata-se de uma
rede com um sistema único de comunicações, baseado numa só infraestrutura de telecomunicações
nacional, partilhado, que deve assegurar a satisfação das necessidades de comunicações das forças de
segurança e emergência, satisfazendo a intercomunicação e a interoperabilidade entre as diversas
forças e serviços e, em caso de emergência, permitir a centralização do comando e da coordenação.
3.1. Rede estratégica do plano municipal de emergência de proteção civil de Loulé
Legenda: CNOS – Comando Nacional de Operações de socorro; CDOS – Comando Distrital de Operações de Socorro; CMPC – Comissão Municipal de Proteção Civil; PCO – Posto de Comando Operacional. *Estas comunicações serão estabelecidas por iniciativa do PCO
Figura 1 - Organização das Comunicações em caso de Emergência
CNOS
CDOS
Posto Comando Municipal
Posto Comando Operacional
Posto de Comando Municipal
Oficiais de Ligação Veículos
CMPC Agentes de proteção
civil e organismos e
entidades de apoio
Representantes de Entidades que poderão ser chamadas a intervir
Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Loulé
PARTE III - ÁREAS DE INTERVENÇÃO 21
Figura 2 - Organograma do sistema de Comunicações do PMEPCL
INDICATIVOS MUNICPAIS DA REDE DE RÁDIO
CONCELHO CENTRAL DO SMPC (MIKE)
VEICULOS DE COMANDO E
COMUNICAÇÕES (VCOC)
CENTRO DE OPERAÇÕES
AVANÇADAS (RUBI)
PRESIDENTE DA CÂMARA (AS)
VEREADOR DO PELOURO
(SENA)
COORDENADOR DO SMPC
(QUINA)
COORDENADOR ADJUNTO DO SMPC (QUADRA)
MÓVEL PORTÁTIL COM
ALBUFEIRA MIKE 8.1 VCOC 8.10 RUBI 8.1 AS 8.1 SENA 8.1 QUINA 8.1 QUADRA 8.1 MÓVEL 8.1.1
A 8.1.N PORTATIL 8.1.1 A
8.1.N COM 8.1
ALCOUTIM MIKE 8.2 VCOC 8.20 RUBI 8.2 AS 8.2 SENA 8.2 QUINA 8.2 QUADRA 8.2 MÓVEL 8.2.1
A 8.2.N PORTATIL 8.2.1 A
8.2.N COM 8.2
ALJEZUR MIKE 8.3 VCOC 8.30 RUBI 8.3 AS 8.3 SENA 8.3 QUINA 8.3 QUADRA 8.3 MÓVEL 8.3.1
A 8.3.N PORTATIL 8.3.1 A
8.3.N COM 8.3
CASTRO MARIN MIKE 8.4 VCOC 8.40 RUBI 8.4 AS 8.4 SENA 8.4 QUINA 8.4 QUADRA 8.4 MÓVEL 8.4.1
A 8.4.N PORTATIL 8.4.1 A
8.4.N COM 8.4
FARO MIKE 8.5 VCOC 8.50 RUBI 8.5 AS 8.5 SENA 8.5 QUINA 8.5 QUADRA 8.5 MÓVEL 8.5.1
A 8.5.N PORTATIL 8.5.1 A
8.5.N COM 8.5
LAGOA MIKE 8.6 VCOC 8.60 RUBI 8.6 AS 8.6 SENA 8.6 QUINA 8.6 QUADRA 8.6 MÓVEL 8.6.1
A 8.6.N PORTATIL 8.6.1 A
8.6.N COM 8.6
LAGOS MIKE 8.7 VCOC 8.70 RUBI 8.7 AS 8.7 SENA 8.7 QUINA 8.7 QUADRA 8.7 MÓVEL 8.7.1
A 8.7.N PORTATIL 8.7.1 A
8.7.N COM 8.7
LOULÉ MIKE 8.8 VCOC 8.80 RUBI 8.8 AS 8.8 SENA 8.8 QUINA 8.8 QUADRA 8.8 MÓVEL 8.8.1
A 8.8.N PORTATIL 8.8.1 A
8.8.N COM 8.8
MONCHIQUE MIKE 8.9 VCOC 8.90 RUBI 8.9 AS 8.9 SENA 8.9 QUINA 8.9 QUADRA 8.9 MÓVEL 8.9.1
A 8.9.N PORTATIL 8.9.1 A
8.9.N COM 8.9
OLHÃO MIKE 8.10 VCOC 8.100 RUBI 8.10 AS 8.10 SENA 8.10 QUINA 8.10 QUADRA 8.10 MÓVEL 8.10.1
A 8.10.N PORTATIL 8.10.1
A 8.10.N COM 8.10
PORTIMÃO MIKE 8.11 VCOC 8.110 RUBI 8.11 AS 8.11 SENA 8.11 QUINA 8.11 QUADRA 8.11 MÓVEL 8.11.1
A 8.11.N
PORTATIL 8.11.1 A 8.11.N
COM 8.11
S. BRÁS ALPORTEL
MIKE 8.12 VCOC 8.120 RUBI 8.12 AS 8.12 SENA 8.12 QUINA 8.12 QUADRA 8.12 MÓVEL 8.12.1
A 8.12.N
PORTATIL 8.12.1 A 8.12.N
COM 8.12
SILVES MIKE 8.13 VCOC 8.130 RUBI 8.13 AS 8.13 SENA 8.13 QUINA 8.13 QUADRA 8.13 MÓVEL 8.13.1
A 8.13.N PORTATIL 8.13.1
A 8.13N COM 8.13
TAVIRA MIKE 8.14 VCOC 8.140 RUBI 8.14 AS 8.14 SENA 8.14 QUINA 8.14 QUADRA 8.14 MÓVEL 8.14.1
A 8.14.N PORTATIL 8.14.1
A 8.14.N COM 8.14
VILA DO BISPO MIKE 8.15 VCOC 8.150 RUBI 8.15 AS 8.15 SENA 8.15 QUINA 8.15 QUADRA 8.15 MÓVEL 8.15.1
A 8.15.N PORTATIL 8.15.1
A 8.15.N COM 8.15
VILA REAL DE STº ANTONIO
MIKE 8.16 VCOC 8.160 RUBI 8.16 AS 8.16 SENA 8.16 QUINA 8.16 QUADRA 8.16 MÓVEL 8.16.1
A 8.16.N PORTATIL 8.16.1
A 8.16.N COM 8.16
Tabela 4 – Indicativos Municipais da Rede de Rádio
Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Loulé
PARTE III - ÁREAS DE INTERVENÇÃO 22
Tabela 5 – Indicativos ANPC – Distrito Faro
BOMBEIROS DE LOULÉ
COMANDANTE 2º COMANDANTE BASE
LOBO 8 LOBO 8.1 Central Bombeiros de Loulé
Tabela 6 – Indicativos dos Bombeiros de Loulé da Rede de Rádio
BHSP e CMA - DISTRITO DE FARO
ENTIDADE CARGOS / INDICATIVOS
BHSP LOULÉ BHSP LOULÉ
CMA CACHOPO CMA CACHOPO
CMA MONCHIQUE CMA MONCHIQUE
Tabela 7 – Indicativos BHSP e CMA - Distrito Faro
OUTROS AGENTES DE PROTECÇÃO CIVIL
ENTIDADE / ORGANISMOE POSTOS FIXOS MÓVEIS OU PORTATEIS
ARMADA BASE NAVAL (LOCAL) FOCA 8 a 8.N
AUTORIDADE MARITIMA CAPITANIA (LOCAL) LANCHA 8 a 8.N
EXÉRCITO QUARTEL (LOCAL) PARDAL8 a 8.N
FORÇA AÉREA
BASE AÉREA (LOCAL) ÁGUIA 8 a 8.N
GNR - COMANDO TERRITORIAL
COMANDO TERRITORIAL (LOCAL) TIGRE8 a 8.N
PSP - COMANDO DISTRITAL PSP (LOCAL) ORCA8 a 8.N
CVP CRUZ VERMELHA (LOCAL) GAIO8 a 8.N
INEM CODU (LOCAL) MÉDICO8 a 8.99
Tabela 8 – Indicativos de outros agentes de proteção civil - Distrito Faro
INDICATIVOS ANPC – DISTRITO FARO
ENTIDADE COMANDANTE OPERACIONAL
DISTRITAL (FALCÃO)
2º COMANDANTE OPERACIONAL
DISTRITAL (FALCÃO)
COMANDO DISTRITAL DE OPERAÇOES DE SOCORRO DE FARO
(SALOC-CDOS)
VEÍCULO DE PLANEAMENTO,
COMANDO E COMUNICAÇÕES (VPCC)
EQUIPAMENTO PORTÁTIL DO CDOS
(PORTATIL)
CDOS FARO CODIS 1 FARO CODIS 2 FARO CDOS FARO VPCC 8 A 8.9 PORTATIL 8.1 A 8.N
Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Loulé
PARTE III - ÁREAS DE INTERVENÇÃO 23
COMUNICAÇÕES
Entidade Coordenadora:
Responsável: Comandante das
Operações de Socorro (COS) Substituto:
Comandante Operacional Municipal
(COM)
ENTIDADES INTERVENIENTES ENTIDADES DE APOIO EVENTUAL
Câmara Municipal de Loulé (SMPC, Direção Municipal de Administração
Geral, Departamento de Administração e Finanças, Departamento de
Planeamento e Administração do Território, Departamento de Obras
Municipais e Gestão de Infraestruturas, Departamento de Ambiente e
Serviços Urbanos e Departamento de Educação e Desenvolvimento
Sociocultural)
Bombeiros de Loulé
GNR
Autoridade Marítima Local
INEM
Operadores de telecomunicações
(rede fixa e móvel)
CDOS de Faro
Forças Armadas
Radioamadores locais
PRIORIDADES DE AÇÃO
Estabelecer um Plano de Comunicações que permita a troca de informação entre todas as entidades intervenientes e,
consequentemente, o efetivo das funções de comando, controlo e coordenação da operação;
Mobilizar e coordenar as ações das associações de radioamadores;
Auxiliar nas ações de operacionalização dos meios de comunicação;
Manter um registo atualizado do estado das comunicações e dos constrangimentos existentes.
INSTRUÇÕES ESPECIFICAS
O sistema de comunicações tem por base os meios dos diferentes agentes de proteção civil, organismos e entidades de
apoio, cabendo a cada um daqueles assegurar as comunicações entre os elementos que os constituem;
Imediatamente após a ocorrência de acidente grave ou catástrofe, devem ser efetuados testes de comunicações em
todos os sistemas e com todas as entidades intervenientes de modo a colocá-las por um lado imediatamente em
estado de prontidão e, por outro, para avaliar constrangimentos;
Os elementos que se apresentem na CMPC estabelecerão contacto com as organizações a que pertencem por canais
próprios ou através dos meios disponíveis nas instalações designadas para a reunião da CMPC (o local de reunião da
CMPC encontra-se indicado no ponto1, da Parte II);
O Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS) e a CMPC encontram-se permanentemente em contacto entre si;
Compete ao COS estabelecer o plano de comunicações para o teatro de operações tendo em conta a NEP/8/NT/2010
de 10 de dezembro. O Posto de Comando Operacional mantém-se em contacto permanente com a CMPC e CDOS. A
ligação do Posto de Comando Operacional (PCO) com a CMPC será feita via Presidente da CMPC ou, em alternativa via
COM;
Na eventualidade de existirem vários teatros de operações (TO), os respetivos Comandantes de Setor serão
responsáveis pelas comunicações desses TO. Nestes casos, os COS direcionam a informação ao PCO, o qual se articula
com o COM (elemento de ligação com a CMPC) e CDOS;
Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Loulé
PARTE III - ÁREAS DE INTERVENÇÃO 24
No Posto de Comando Operacional as ligações entre diferentes entidades (por exemplo entre os corpos de bombeiros,
Autoridade Marítima, GNR e SMPC) poderão ser garantidas através de oficiais de ligação (metodologia que permitirá
ultrapassar as dificuldades de comunicação entre os sistemas privados de radiocomunicações das várias entidades);
No caso de se verificar a necessidade de se evacuarem locais e proceder ao realojamento da população afetada em
abrigos temporários ou em ZCL, as comunicações poderão ser efetuadas através do serviço telefónico (fixo e/ou móvel)
ou, caso se considere ser mais útil ou aquelas infraestruturas se encontrem danificadas, recorrendo à rede das forças
de segurança destacadas para esses locais (equipamento rádio móvel);
As entidades com meios próprios, deverão, caso se verifique útil, disponibilizar meios de comunicação portátil às
entidades previstas no PMEPCL, que mostrem ter dificuldades ao nível das comunicações;
Os operadores das redes comerciais, fixa e móvel, deverão disponibilizar um relatório de situação onde conste
eventuais áreas de cobertura afetada, níveis de saturação e tempos de reposição. Deverão ainda estar preparados para
assegurar o restabelecimento e o reforço das comunicações telefónicas, garantir prioridades de acesso aos endereços
correspondentes a serviços e entidades essenciais e colaborar na redução/eliminação do tráfego existente na (s) zona
(s) de sinistro;
Os operadores das redes comerciais, fixa e móvel, caso necessitem de maquinaria de apoio para o rápido
restabelecimento das infraestruturas afetadas consideradas críticas para as operações de socorro, deverão indicá-lo à
CMPC de modo a que esta possa desencadear os necessários procedimentos para a mobilização dos mesmos;
O pedido de auxílio a radioamadores licenciados poderá ser feito via telefónica, presencial, ou através de comunicados
emitidos pelos principais órgãos de comunicação, do qual se destacam as rádios locais;
Em situações de emergência, onde se verifique o dano ou destruição de importantes infraestruturas de apoio às
comunicações, correndo-se o risco da troca de informações entre os elementos constituintes da CMPC se processar
deficientemente, comprometendo a indispensável cadeia de comando, dever-se-á recorrer a meios provenientes de
entidades privadas, como sejam, radioamadores, rádios locais e/ou estabelecimentos comerciais especializados em
equipamentos de comunicação, de forma a reforçar a rede existente ou substituindo as inoperacionais (consultar
meios e contactos da Secção III -Parte IV);
Em caso de manifesta necessidade, a CMPC poderá recorrer a bolsa de voluntariado ou de colaboradores internos,
para serviço de estafeta, a utilizar como ligação;
O fluxo de informação necessário à ação articulada das várias entidades intervenientes nas ações de socorro (fora dos
TO) será assegurado pelos representantes presentes na CMPC.
Tabela 9 - Procedimentos relativos às comunicações
Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Loulé
PARTE III - ÁREAS DE INTERVENÇÃO 25
4. Gestão da informação
A gestão da informação compreende três níveis:
Informação necessária para a gestão dos teatros de operações,
Informação necessária para a atividade da CMPC
Informação pública.
Toda a divulgação de informação tem como finalidade possibilitar uma resposta mais adequada e
eficaz em situações críticas e suprimir as consequências associadas a acidente grave ou catástrofe.
A gestão de informação entre as entidades presentes no (s) teatro (s) de operações é da
responsabilidade do Comandante das Operações de Socorro (COS), o qual irá articular localmente com
os vários agentes de proteção civil a atuar no teatro de Operações (TO), a um nível superior com o
CDOS e a nível municipal com a CMPC e o Presidente da Câmara Municipal. O COS deverá apoiar-se na
célula de Planeamento e Operações do Posto de Comando Operacional. Quanto aos dados a ser
fornecidos ao COS, deverão ser os solicitados por este às entidades que entender ser necessárias ao
desenvolvimento das ações de emergência. O Posto de Comando Operacional deverá preparar e
receber os relatórios imediatos e elaborar um relatório de âmbito geral da situação, devendo ser
estabelecido entre este e o CDOS a periodicidade para a entrega dos referidos relatórios.
A CMPC fica responsável por apoiar o COS nas ações a desenvolver no (s) TO (s) e desencadear outras,
que sejam necessárias para apoio à população afetada, sendo essencial a existência de normas, que
permitam uma eficaz gestão da informação. A informação será recolhida e difundida através de canais
próprios e através da elaboração de relatórios de situação. Para a constituição da informação a CMPC
recorrerá a dados fornecidos pelos vários serviços técnicos disponíveis na CML, e baseando-se nessa
dita informação, em situações de pré-emergência ou emergência, procederá à avaliação dos riscos
associados à situação, os danos causados e as operações a desencadear.
Quanto à informação a disponibilizar à população, importa definir no PMEPCL os procedimentos que
garantirão uma correta informação, no que respeita ao desenvolvimento das ações, localização da
população deslocada, procedimentos de autoproteção a adotar e comportamentos de cooperação
com os agentes de proteção civil a cumprir.
Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Loulé
PARTE III - ÁREAS DE INTERVENÇÃO 26
Figura 3 - Organização da Gestão de Informação do PMEPCL
INFORMAÇÃO ANPC INEM
IPMA ICNF GNR APA
Outras entidades
CMPC (Comissão Municipal de
Proteção Civil)
GAB. EVENTOS, COMUNCIÇÃO E
IMAGEM
PRESIDENTE DA CML
TEATRO DE OPERAÇÕES - Informação dos meios utilizados - Avaliação de danos - Solicitação de meios e procedimentos - Informação do decorrer da situação
Conferência de Imprensa
Comunicação a população e
comunicação social
Centro de informação à
população atingida
Outras informações /solicitações
Relatórios imediatos e gerais
de situação
REALOJADOS Registo da população transferida para ZCL
Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Loulé
PARTE III - ÁREAS DE INTERVENÇÃO 27
4.1. Gestão da informação entre as entidades envolvidas nas operações
GESTÃO DA INFORMAÇÃO ENTRE AS ENTIDADES ENVOLVIDAS NAS OPERAÇÕES
Entidade Coordenadora:
Responsável: Comandante das Operações de Socorro
Substituto: No teatro das operações existe sempre um
Comandante das Operações de Socorro, o seu substituto
deverá seguir a hierarquia definida na Diretiva Operacional
nº1/2010 da ANPC.
ENTIDADES INTERVENIENTES ENTIDADES DE APOIO EVENTUAL
Câmara Municipal de Loulé /SMPC
Bombeiros de Loulé
GNR
Autoridade Marítima Local
Centro de Saúde de Loulé
Autoridade de Saúde do Município
Sapadores Florestais
CDOS de Faro
ICNF
PRIORIDADES DE AÇÃO
Recolher a informação necessária para os processos de tomada de decisão;
Analisar possíveis cenários e resultados de modelos de previsão;
Analisar dados ambientais e sociais relevantes para o apoio à decisão nas operações de emergência;
Assegurar a notificação e passagem de informação diferenciada às autoridades políticas, CDOS, agentes de
proteção civil, organismos e entidades de apoio;
Elaborar com periodicidade pré- definidos pontos de situação gerais;
Analisar e tratar todas as informações consideradas relevantes.
INSTRUÇÕES ESPECÍFICAS
O responsável pela gestão de informação no TO é o COS. Deverá transmitir ao Posto de Comando
Operacional os pontos de situação necessários e solicitar os meios necessários, caso se justifique;
No Posto de Comando é competência da célula de Planeamento e Operações a articulação e avaliação da
informação externa e interna (por exemplo, número de vítimas, área afetada, infraestruturas em risco de
colapso, estradas intransitáveis e alternativas, locais de evacuação médica primária, estimativa de número
de pessoas afetadas e de deslocados, etc.). Para tal deverá comunicar quer com os agentes de proteção
civil, organismos e entidades de apoio presentes no terreno, quer com o CDOS e CMPC;
É responsabilidade da Célula de Planeamento receber e processar toda a informação provinda dos escalões
inferiores e do nível político, prestando aconselhamento nesta matéria ao responsável pelo Posto de
Comando;
Os Relatórios Imediatos de Situação poderão ser transmitidos pelo COS ao respetivo Posto de Comando
Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Loulé
PARTE III - ÁREAS DE INTERVENÇÃO 28
por via escrita ou, excecionalmente, por via oral, passados posteriormente a escritos no mais curto espaço
de tempo possível. Poderá ser usado como modelo tipo o previsto na Secção III - Parte IV do PMEPCL para a
atividade da CMPC;
Os relatórios gerais de situação serão da responsabilidade do COS, sendo que a sua periodicidade não
deverá ser superior a 4 horas, salvo indicação expressa em contrário;
Poderão ser solicitados pelo COS às entidades envolvidas nas ações, relatórios de situação especial, com a
finalidade de esclarecer os aspetos específicos associados às operações de emergência;
A informação constante nos relatórios deverá ser sobre o ponto de situação das operações em curso, as
forças envolvidas, vítimas humanas, danos materiais em edifícios, vias de circulação, redes e
infraestruturas, avaliação das necessidades e perspetivas de evolução da situação de emergência.
Tabela 10 - Procedimentos para a gestão da informação entre entidades envolvidas nas operações.
4.2. Gestão da Informação entre as entidades intervenientes no PMEPCL
GESTÃO DA INFORMAÇÃO ENTRE AS ENTIDADES INTERVENIENTES NO PMEPCL
Entidade Coordenadora:
Responsável: Diretor do Plano, Presidente da Câmara
Municipal
Substituto: Vice-Presidente da Câmara Municipal
ENTIDADES INTERVENIENTES ENTIDADES DE APOIO EVENTUAL
Câmara Municipal de Loulé / SMPC
Juntas de Freguesia
Bombeiros de Loulé
GNR
Autoridade Marítima Local
Centro de Saúde de Loulé
Autoridade de Saúde do município
Sapadores Florestais
Instituto de Segurança Social – Serviço local (Delegação
de Loulé)
Santa Casa da Misericórdia de Loulé
Agrupamento de escolas do concelho
Corpo de Escutas – agrupamento de Loulé Nº 290
ICNF
INAC
Instituto de Meteorologia
Estradas de Portugal
Órgãos de Comunicação Social
CDOS de Faro
PRIORIDADES DE AÇÃO
Obter e assegurar a informação sobre pontos de situação, junto dos agentes de proteção civil e outras
entidades intervenientes;
Recolher e tratar informação necessária à previsão da evolução da situação de emergência;
Analisar e avaliar dados ambientais e sociais relevantes para o apoio à decisão nas operações de
emergência;
Analisar e avaliar possíveis cenários e resultados de modelos de previsão;
Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Loulé
PARTE III - ÁREAS DE INTERVENÇÃO 29
Elaborar com periodicidade pré-definida pontos de situação gerais;
Assegurar a fluência de informação diferenciada entre as entidades intervenientes no PMEPCL,
designadamente autoridades políticas, agentes de proteção civil e organismos e entidades de apoio;
Analisar, avaliar e tratar outras informações relevantes.
INSTRUÇÕES ESPECÍFICAS
A periodicidade mínima dos pontos de situação a enviar pelos vários agentes de proteção civil e entidades e
organismos de apoio à CMPC não deverá ser superior a 4 horas;
Os agentes de proteção civil e os organismos e entidades de apoio deverão enviar à CMPC pontos de situação
escritos, sempre que forem solicitados. Em situações excecionais deverão ser enviados à CMPC pontos de
situação por via oral, ficando o Gabinete de Comunicação e Imagem responsável por passar a escrito as
informações enviadas;
O SMPC e os serviços técnicos da CML são os responsáveis pela recolha e divulgação de informação necessária
para os processos de tomada de decisão por parte da CMPC (por exemplo, estabilidade dos edifícios,
localização de infraestruturas, dados meteorológicos, etc.;
O SMPC ficará responsável por elaborar relatórios gerais e final de situação de acordo com o modelo presente
na Secção III da Parte IV do PMEPCL;
A CMPC deverá solicitar e divulgar (através de informação disponibilizada pelo CDOS, agentes de proteção
civil e entidades e organismos de apoio) informação relativa a estradas intransitáveis e alternativas, locais
com infraestruturas em risco de colapso, locais com vítimas e locais onde se ativarão Zonas de Concentração
Local, abrigos temporários e outras informações relevantes;
As informações a disponibilizar aos agentes de proteção civil e organismos e entidades de apoio serão
realizadas pelos elementos de ligação presentes na CMPC, ou em alternativa pelo SMPC ou COM;
As entidades de apoio eventual disponibilizam informação de carácter técnico considerada útil pelo
Presidente da Câmara e COS no apoio à decisão, assim como, na gestão das operações de socorro;
A CMPC deverá atualizar a informação útil das entidades que embora ainda não se encontrem a participar nas
ações de emergência, se encontrem em estado de prontidão.
Tabela 11 - Procedimentos para a gestão da informação entre entidades intervenientes no PMEPCL.
4.3. Gestão da Informação Pública
Gestão da Informação Pública
Entidade Coordenadora:
Responsável: Diretor do Plano - Presidente da Câmara
Municipal
Substituto: Vice-Presidente da Câmara Municipal
ENTIDADES INTERVENIENTES ENTIDADES DE APOIO EVENTUAL
Câmara Municipal de Loulé/SMPC
Juntas de Freguesia
Instituto de Segurança Social – Serviço Local (Delegação
de Loulé)
Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Loulé
PARTE III - ÁREAS DE INTERVENÇÃO 30
Bombeiros de Loulé
GNR
Centro de Saúde de Loulé
Autoridade de Saúde do Município
Autoridade Marítima Local
Sapadores Florestais
Centro Hospitalar do Algarve (hospital de
referência)
Santa Casa da Misericórdia de Loulé
Agrupamento de escolas do concelho
Corpo de Escutas – agrupamento de Loulé nº 290
ICNF
INAC
Instituto de Meteorologia
Estradas de Portugal
Órgãos de Comunicação Social
CDOS de Faro
IPSS que atuam no município
PRIORIDADES DE AÇÃO
Divulgar informação à população sobre locais de receção de donativos e locais para inscrição para serviço
voluntário;
Assegurar a informação à população de forma continuada, para que esta possa adotar as instruções das
autoridades e as medidas de autoproteção mais convenientes;
Assegurar a divulgação à população da informação disponível, incluindo números de telefone de contacto
(em particular, linhas da Câmara Municipal geridas pelo Gabinete de Eventos Comunicação e Imagem e
SMPC), indicação de pontos de reunião ou centros de deslocados/assistência, listas de desaparecidos,
mortos e feridos, bem como dos locais de acesso interdito ou restrito e outras instruções consideradas
necessárias;
Garantir a ligação com os órgãos de comunicação social e preparar, com periodicidade determinada (inferior
a 24 h), comunicados a distribuir;
Organizar visitas dos órgãos de comunicação social ao TO garantindo a sua receção e acompanhamento;
Organizar, preparar e realizar conferências de imprensa por determinação do Diretor do Plano;
Garantir a articulação entre as informações divulgadas pelo Diretor do PMEPCP e pela ANPC (CDOS ou
CNOS).
INSTRUÇÕES ESPECÍFICAS
O responsável pela definição dos conteúdos dos comunicados à comunicação social é o Diretor do PMEPCL;
A ligação em permanência do Diretor do PMEPCL com o CDOS garante a uniformização da informação a
disponibilizar aos órgãos de comunicação social;
O Diretor do PMEPCL apoia-se no Gabinete de Apoio ao Presidente, Gabinete de Eventos Comunicação e
Imagem da CML, COM e SMPC para preparação de conferências de imprensa, comunicados à comunicação
social e na divulgação de informação à população através de meios próprios;
Os comunicados a distribuir pelos órgãos de informação deverão ter por base os modelos indicados na
Secção III - Parte IV do PMEPCL. A informação disponibilizada deverá esclarecer a população sobre o evoluir
da situação de emergência e as ações que se estão a desenvolver para a resolução da mesma. Deverá ainda
indicar quais os procedimentos de segurança, autoproteção e de ajuda às ações de socorro a serem
Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Loulé
PARTE III - ÁREAS DE INTERVENÇÃO 31
seguidos pela população, bem como os locais de concentração local, números de telefone para a obtenção
de informação, locais de receção de donativos e de inscrição para o serviço de voluntariado;
As conferências de imprensa deverão ser efetuadas pelo presidente da Câmara Municipal ou pelo Vice-
Presidente, em sua representação. Em casos excecionais poderá ser efetuado por um elemento
pertencente aos serviços da CML designado pelo Presidente da Câmara Municipal para o efeito;
A periodicidade dos comunicados será definida pelo Diretor do PMEPCL, devendo ser igual ou superior a
uma hora e inferior a quatro (mesmo que não se tenham verificado alterações relativamente ao evoluir da
situação);
Os meios a utilizar para divulgação de informação serão os órgãos de comunicação social (rádios e
imprensa escrita), página da Internet e linhas telefónicas da Câmara Municipal designadas para o efeito,
viaturas equipadas com megafones e por via pessoal (agentes de proteção civil, SMPC, juntas de freguesia,
entidades e organismos de apoio);
Os comunicados a disponibilizar pelo Gabinete de Eventos Comunicação e Imagem da CML aos órgãos de
comunicação social deverão ir sempre assinados pelo Presidente da Câmara ou seu substituto;
Cada elemento de ligação da CMPC (representante das várias entidades que integram a CMPC) deverá
disponibilizar dados ao da CML com uma periodicidade não superior a duas horas;
Para além de comunicados a distribuir pela comunicação social (rádios e imprensa escrita), a Câmara
Municipal, através do seu Gabinete de Eventos Comunicação e Imagem e/ou SMPC deverá disponibilizar
uma linha telefónica para prestar esclarecimentos à população, e colocar informação na sua página da
Internet (informação útil à população e aos órgãos de comunicação social). Este serviço terá por finalidade
informar se a pessoa desaparecida ou procurada consta dos registos de população alojada em ZCL e em
abrigos temporários, e indicar as ações de autoproteção e de colaboração com os agentes de proteção civil
a adotar;
O Gabinete de Eventos Comunicação e Imagem da CML deve encontrar-se em permanente ligação com o
(s) elemento (s) responsável (eis) pela (s) Zona (s) de Concentração Local, de modo a compilar informação
relativa à identificação das pessoas que foram deslocadas para aquelas instalações, e em permanente
ligação com a Autoridade de Saúde do município de modo a obter e centralizar toda a informação relativa à
identificação e localização de feridos, promovendo os contactos entre familiares;
O SMPC apoia tecnicamente a ação do Gabinete de Eventos Comunicação e Imagem da CML;
O tipo de informação de autoproteção e de apoio à emergência que deverá ser disponibilizada à população
face a ocorrência dos diferentes riscos, está disponível na Secção III, da Parte IV.
Tabela 12 - Procedimentos para a gestão da informação pública
Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Loulé
PARTE III - ÁREAS DE INTERVENÇÃO 32
5. Procedimentos de Evacuação
Relativamente aos procedimentos de evacuação, estão estabelecidos os procedimentos e instruções
de coordenação, bem como a identificação dos meios e das responsabilidades dos serviços, agentes de
proteção civil, organismos e entidades de apoio, associados às operações de evacuação e
movimentação das populações, designadamente abertura de corredores de emergência, controlo de
acessos às áreas afetadas e controlo de trafego.
Um acidente grave ou catástrofe é um acontecimento que poderá levar à necessidade de evacuar uma
zona ou mais zonas afetadas, o que poderá implicar o alojamento e realojamento e mobilização da
população em risco. Quando essa necessidade se verificar, compete ao (s) COS fazer uma avaliação dos
riscos associados à ocorrência e as necessidades para desencadear os devidos procedimentos de
evacuação. A evacuação é proposta pelo comandante das operações de socorro, validada pelo
Presidente da Câmara Municipal e coordenada pelas forças de segurança (GNR ou AML), conforme a
sua área geográfica de atuação. Caso se verifique a necessidade extrema, o COS poderá iniciar as ações
de evacuação, comunicando-as de imediato ao diretor do PMEPCL, para que se possam desencadear
os procedimentos necessários ao realojamento (transportes, Zonas de Concentração Local e/ou
abrigos temporários);
A nível operacional são definidos no presente plano dois níveis de evacuação:
A evacuação primária, que ocorre logo após o sinistro e corresponde à retirada da população da
zona em risco ou afetada para um local de segurança nas imediações (ZCL);
A evacuação secundária, que corresponde ao deslocamento da população afetada do local de
segurança para instalações de abrigo, onde poderão garantir as suas necessidades básicas
(alimentação, agasalho e instalações sanitárias).
Pode acontecer, que o local escolhido para a evacuação primária apresente condições para albergar a
população deslocada por um período de tempo mais alargado, fazendo com que não seja necessário
deslocações (evacuação secundária). O processo de evacuação deverá ser realizado de uma forma
ordeira, impedindo situações de pânico entre a população e garantindo a rapidez e fluidez da
operação.
O Concelho de Loulé tem previsto para cada freguesia, Zonas de Concentração Local (ZCL), que
servirão para reunir e acolher pessoas vindas de zonas sinistradas, as quais coincidem com
infraestruturas fixas, de fácil identificação, tais como: campos de futebol, pavilhões gimnodesportivos,
praças públicas, entre outras (Anexo II, da Secção III, da Parte IV).
Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Loulé
PARTE III - ÁREAS DE INTERVENÇÃO 33
Quando se verificar a necessidade de realizar uma evacuação primária, seguida de uma evacuação
secundária, a população será acolhida em locais de abrigo temporário, que não permitem a
permanência da população por mais de 24 horas, como por exemplo Juntas de freguesia ou largos nas
povoações, procedendo-se posteriormente à evacuação secundária para ZCL com melhores condições
de acolhimento. No concelho de Loulé, as infraestruturas que poderão ser utilizadas como abrigos
temporários (para um menor número de pessoas) e como ZCL (para um maior número de pessoas)
encontram-se identificadas (Anexo II, da Secção III, da Parte IV).
5.1. Zonas de concentração local e abrigo temporário
Em cada freguesia existem espaços livres destinados à concentração da população das zonas
adjacentes com as seguintes localizações:
ZONAS DE CONCENTRAÇÃO LOCAL E ABRIGO TEMPORÁRIO
LOCAIS MORADA COORDENADAS
DATUM WGS 84
ZONAS
Almancil Largo do mercado, junto ao campo de futebol N 37º 05,014´; W 8º 02,139´. Abrigo Temporário
Alte Parque de estacionamento junto ao cemitério N 37º 1358,1; W 8º 1050,6´. Abrigo Temporário
Ameixial Campo de futebol N 37º 2153,9; W 7º 5731,7´. Zona de Concentração Local
Benafim Campo de futebol na quinta do freixo N 37º 13,305´; W 8º 10.395´. Zona de Concentração Local
Boliqueime Campo de futebol N 37º 07.871´; W 8º 08,768´. Zona de Concentração Local
Quarteira Largo do mercado na Fonte Santa N 37º 426,2;
W 8º 437,4´.
Abrigo Temporário
Querença
Terreno a Norte do Largo de Querença, junto ao
jardim Dr. Manuel Gomes Guerreiro, anexo à
azinhaga com o mesmo nome
N 37º 125,0;
W 7º 5914´.
Abrigo Temporário
Salir Complexo desportivo N 37º 1444; W 8º 258,7´. Zona de Concentração Local
São Clemente Largo mercado abastecedor, junto ao Estádio
Municipal
N 37º 759,5; W 8º 12,6´. Abrigo Temporário
São Sebastião Terreno ente o poço do pez e a Estrada Nacional
270
N 37º 835,9 ; W 8º 33,9´. Abrigo Temporário
Tôr Campo de futebol N 37º 1128,9; W 8º 231,4´. Zona de Concentração Local
NOTA: Existem mais infraestruturas de apoio às operações de Proteção Civil identificadas pelo SMPC.
Tabela 13 - Zonas de concentração local e abrigo temporário
Ainda quanto às ZCL, distinguem-se as que darão resposta a emergência de pequena dimensão, onde
será necessário garantir o alojamento temporário de um número relativamente pequeno de
população, daquelas que deverão ser usadas para acolher um número elevado de população
deslocada. No primeiro caso deverá recorrer-se a empreendimentos turísticos do concelho e no
segundo a instalações de escolas, pavilhões ou campos desportivos (Secção III, Parte IV), ou mesmo
grandes espaços abertos onde se organizarão e implementarão campos de deslocados.
Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Loulé
PARTE III - ÁREAS DE INTERVENÇÃO 34
Figura 4 - Procedimentos de Evacuação
Após controlada a situação de emergência e assim que se encontrem reunidas condições suficientes, a
população deslocada deverá ser reconduzida à sua área de residência, caso essas condições não se
verifiquem, a população deslocada deverá prolongar a sua estadia nos locais previamente definidos e
nos empreendimentos turísticos existentes, quando o número de deslocados o permita.
Para além das evacuações necessárias a realizar nas áreas de risco, há a considerar as realizadas no
âmbito da medicina, a serem coordenadas pelo INEM. Estas poderão igualmente compreender duas
fases; uma primária, quando os feridos serão deslocados para hospitais de campanha ou instalações
de apoio temporário e uma segunda, onde os feridos serão transportados dos locais de apoio
temporário para unidades hospitalares. Todos estes procedimentos estão definidos no ponto relativo
aos serviços médicos e transporte de vítimas.
A definição de percursos de evacuação, que garantirão não só a máxima rapidez de deslocação das
forças de socorro (agentes de proteção civil e entidades de apoio), bem como a sua desobstrução de
quaisquer destroços ou viaturas, devendo o acesso a estes itinerários ser controlado pelas forças de
segurança do concelho, revestem-se de preponderantes para garantir uma eficiente evacuação.
OCORRÊNCIA OU IMINÊNCIA DE ACIDENTE GRAVE OU
CATÁSTROFE
DECISÃO DE EVACUAÇÃO (cos + Diretor do PMEPCL)
EVACUAÇÃO IMEDIATA (Perigo iminente)
A População desloca-se para os Locais de segurança definidos no PMEPCL
EVACUAÇÃO PRIMÁRIA (para abrigos temporários que no caso de sismo serão os locais identificados na Tabela 13)
EVACUAÇÃO SECUNDÁRIA Sempre que se verifique existirem locais que apresentem melhores condições para acolher a população deslocada
EVACUAÇÃO SECUNDÁRIA Zonas de concentração local de grande escala: Pavilhões e recintos desportivos
EVACUAÇÃO SECUNDÁRIA Zonas de concentração local de pequena escala: empreendimentos turísticos e similares
Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Loulé
PARTE III - ÁREAS DE INTERVENÇÃO 35
Podem ser auxiliadas pelas entidades de apoio, as quais deverão identificar as zonas que foram
afetadas pelo fenómeno (destroços ou viaturas acidentadas) e informar as forças de segurança da sua
localização, por forma a definirem caminhos alternativos.
Na Parte IV; Secção III; Anexo IV; são identificados percursos principais de evacuação do concelho de
Loulé, e na Parte IV; Secção III; Anexo II, a localização das principais ZCL.
Na definição destes percursos foram tidas em conta vários aspetos, como por exemplo: o tipo de via
(traçado e velocidade de circulação) e a sua proximidade às povoações, de modo a maximizar a rapidez
das ações de emergência e evacuação em caso de acidente grave ou catástrofe e minimizar possíveis
perdas de tempo devido a obstruções.
Ao incluir no mapa as ZCL pretende-se facilitar o processo de avaliação conjunta da rede viária que
deverá ser usada em caso de emergência e perspetivar possíveis vias alternativas, bem como da
proximidade destas à população deslocada.
Concluindo: os procedimentos relativos à evacuação das populações de áreas, localidades ou
edificações, devem ser muito concretos. Em geral, a evacuação é validada pela autoridade política de
Proteção Civil. A tarefa de orientar a evacuação e a movimentação das populações, quer seja de áreas,
de localidades ou de edificações, deve ser da responsabilidade das forças de segurança.
PROCEDIMENTOS DE EVACUAÇÃO
Entidade Coordenadora:
Responsável: Forças de segurança: GNR e Autoridade
Marítima Local (cada uma na sua área geográfica de
intervenção)
Substituto: Uma vez que estas ações envolverão
necessariamente forças de segurança não se indica outra
entidade em sua substituição
ENTIDADES INTERVENIENTES ENTIDADES DE APOIO EVENTUAL
Câmara Municipal de Loulé /SMPC
Bombeiros de Loulé
GNR
Autoridade Marítima Local
Juntas de Freguesia
Centro de Saúde de Loulé
Autoridade de Saúde do município
Instituto de Segurança Social, I.P. – Serviço local
(Delegação de Loulé)
Santa casa da misericórdia de Loulé
Agrupamento de escolas do Concelho
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PARTE III - ÁREAS DE INTERVENÇÃO 36
Corpo de Escutas – agrupamento de Loulé nº 290
IPSS que atuam no concelho
Cruz Vermelha Portuguesa – Delegação de Almancil
Empreendimentos Turísticos
CP – Comboios de Portugal
REFER
Empresas de Transportes de passageiros
Forças Armadas
PRIORIDADES DE AÇÃO
Coordenar as operações de movimentação das populações (evacuação e regresso);
Difundir junto das populações afetadas, recomendações de evacuação;
Definir Zonas de Concentração Local;
Ativar Zonas de Concentração Local;
Definir itinerários primários de evacuação;
Controlar o acesso às zonas afetadas, às ZCL e aos abrigos temporários;
Garantir o controlo das vias de circulação, por forma a não serem afetadas as movimentações das forças de
intervenção nem da população deslocada;
Criar pontos de controlo e barreiras de encaminhamento de tráfego.
INSTRUÇÕES ESPECÍFICAS
A evacuação é proposta pelo COS e validada pela autoridade politica de proteção civil;
Elaborar, com a máxima urgência, um plano de evacuação onde conste a Zona a evacuar, o tempo estimado para
terminar as operações de evacuação, a estimativa de população deslocada, o método de aviso à população, definição
das instalações temporárias a serem disponibilizadas (ZCL), o transporte a ser disponibilizado aos deslocados e vias
através das quais a população deverá ser encaminhada;
As forças de segurança apoiam-se nos de Bombeiros de Loulé, SMPC e CML;
Depois de identificadas as zonas a evacuar, o tráfego rodoviário deverá ser reencaminhado pelas Forças de Segurança,
que poderão criar barreiras de encaminhamento do tráfego;
Proceder, de imediato, à constituição de um perímetro de segurança através do corte de estradas ao trânsito e ao
desimpedimento de vias que se encontrem obstruídas por viaturas, deverá realizar-se imediatamente após a chegada
ao local o levantamento dos acessos que apresentam constrangimentos;
Nas evacuações primárias deverá recorrer-se apenas a Percursos Primários de Evacuação definidos, nas evacuações
secundárias estes devem ser utilizados preferencialmente;
Informar a população da necessidade de evacuação recorrendo a megafones ou pessoalmente pelas forças de
segurança presentes no local;
Avisar a população para a necessidade de trazerem consigo a sua documentação e medicamentos;
Desencadear as operações de evacuação mantendo permanentemente atualizado o registo das habitações/ruas
evacuadas;
Coordenar o controlo de acessos à zona sinistrada;
Deverá chegar à zona de evacuação, como medida de precaução, uma equipa de emergência médica como medida de
Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Loulé
PARTE III - ÁREAS DE INTERVENÇÃO 37
precaução (possibilidade de atropelamentos devido ao pânico gerado);
Disponibilizar meio de transporte para a população que não possua transporte próprio. As forças de segurança
poderão solicitar apoio à CMPC. Caso as entidades que compõe a CMPC não possuam viaturas adequadas ou em
número suficiente, a CMPC procederá ao aluguer de viaturas de transporte recorrendo aos meios identificados no
presente PMEPCL;
Acompanhar e orientar a população que se desloque através de viaturas próprias (deverá ser restringida a sua
utilização, devido ao aumento de tráfego e por inerência o aumento da dificuldade de controlo no TO e nos itinerários
principais de evacuação;
Proceder à desobstrução dos acessos à população a evacuar (caso existam);
Indicar à população que possua viaturas próprias se o local para onde pretendem dirigir poderá ser alcançado em
segurança ou será mais prudente dirigirem-se para uma ZCL;
Acompanhar e escoltar a população ao longo do percurso de forma a garantir a manutenção da ordem na
movimentação. Caso se considere necessário, deverão instalar-se Postos de Controlo de Tráfego (PCT) por parte das
forças de segurança ou Forças Armadas em caso de reforço, para que a zona afetada seja evacuada mais rapidamente;
Garantir o esforço de remoção e salvaguarda de alguns bens da população evacuada cujas habitações se encontram em
maior risco;
De modo a evitar o aumento de emergências em pequena escala, deverá reduzir-se ao mínimo possível o número de
ZCL. Por outro lado, em situações de acidente grave ou catástrofe que envolvam evacuações de grande escala, a
capacidade de pequenos núcleos de realojamento ficarão esgotadas, pelo que a melhor opção é a criação de campos
de deslocados. Estas infraestruturas, uma vez operacionalizadas, dispõem de capacidade para fornecer alimentos,
agasalhos e condições de higiene para um elevado número de deslocados;
Garantir a ligação permanente entre ZCL, os abrigos temporários e o Gabinete de Eventos Comunicação e Imagem, de
forma a facilitar a localização de pessoas e os contactos familiares;
Determinar quais as organizações a contar para prestarem auxílio à população deslocada (Santa Casa da Misericórdia
de Loulé ou Cruz Vermelha Portuguesa, por exemplo);
Organizar a lista de pessoal a contactar para garantir as necessidades básicas da população deslocada (alimentação,
agasalhos e higiene), com especial atenção com crianças, crianças de colo, grávidas, deficientes e idosos;
Fazer chegar à ou às ZCL, equipas de identificação e de apoio a carências ou necessidades da população (alimentos,
agasalhos, alojamento, apoio psicológico e médico), através do SMPC, Autoridade de Saúde do Município, Santa Casa
da Misericórdia de Loulé, IPSS do concelho, Cruz Vermelha;
Proceder à disponibilização de camas e/ou colchões;
Identificar os deslocados, através do preenchimento de uma ficha com a listagem de apoio que cada pessoa recebeu
(alimentos, agasalhos, alojamento, apoio psicológico e médico);
Garantir a comunicação em permanência com o Presidente da Câmara Municipal.
Tabela 14 - Procedimentos de evacuação
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PARTE III - ÁREAS DE INTERVENÇÃO 38
6. Manutenção da ordem pública
No que diz respeito à manutenção da ordem pública, estão estabelecidos os procedimentos e
instruções de coordenação destinados a assegurar a manutenção da ordem pública, a limitação do
acesso à zona do sinistro e de apoio e a segurança das infraestruturas consideradas sensíveis ou
indispensáveis às operações de proteção civil (tais como instalações dos agentes de proteção civil,
centros de saúde, escolas, etc.)
A ocorrer um acidente grave ou catástrofe no concelho de Loulé, a segurança das operações de
emergência e a manutenção da ordem pública é garantida pelas forças de segurança presentes no
concelho, nomeadamente a GNR.
Responsável pelas instruções de coordenação destinadas a assegurarem a manutenção da ordem
pública, as forças de segurança têm como principais ações a desenvolver: controlo do acesso às zonas
de sinistro, apoio às entidades responsáveis por cuidados médicos, apoio à população afetada,
proteção das infraestruturas consideradas sensíveis ou indispensáveis às operações de Proteção Civil,
patrulhamento do concelho e articulação com outros serviços de investigação criminal, ou mesmo com
empresas privadas de segurança. No entanto, a sua resposta variará mediante a natureza e efeitos
previstos ou confirmados do acidente grave ou catástrofe.
A atuação dos vários agentes e entidades previstos no âmbito do PMEPCL, deverá ser de forma
articulada, com objetivos comuns, como a conservação do maior número de vidas, o impedimento do
agravamento do desastre e a minimização de prejuízos. Na tabela seguinte (tabela 15), são indicadas
as entidades responsáveis pela coordenação da manutenção da ordem pública, as entidades
intervenientes, as prioridades de ação e os procedimentos e instruções de coordenação.
MANUTENÇÃO DA ORDEM PÚBLICA
Entidade Coordenadora:
Responsável: Forças de segurança: GNR e Autoridade
Marítima Local (cada uma na sua área geográfica de
intervenção)
Substituto: Uma vez que estas ações envolverão
necessariamente forças de segurança não se indica outra
entidade em sua substituição.
ENTIDADES INTERVENIENTES ENTIDADES DE APOIO EVENTUAL
GNR
Autoridade Marítima Local
Câmara Municipal de Loulé (SMPC e Serviço de
Vigilância e Proteção do Património - SVPP)
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PARTE III - ÁREAS DE INTERVENÇÃO 39
Serviço de Estrangeiros e Fronteiras
Empresas de segurança privada
Forças Armadas
PRIORIDADES DE AÇÃO
Garantir a manutenção da lei e da ordem, nos termos da lei, em situações de pânico distúrbios e tensões
internas;
Coordenar o acesso às áreas afetadas, incluindo o teatro de operações (TO);
Proteger bens pessoais, evitando roubos e pilhagens;
Garantir a segurança de infraestruturas consideradas sensíveis ou indispensáveis às operações de proteção
civil, tais como: (instalações de agentes de proteção civil, unidades locais de saúde ou Zonas de
Concentração Local e os abrigos temporários de população deslocada);
Controlar acessos nos itinerários de socorro.
INSTRUÇÕES ESPECÍFICAS
Segurança Pública
A manutenção da ordem pública é competência primária das forças de segurança (GNR ou AML), conforme
a área de jurisdição;
Após a definição da zona de sinistro e de apoio, o tráfego rodoviário deverá ser reencaminhado pelas
forças de segurança, de modo a não interferir com a movimentação das populações a evacuar nem com a
mobilidade das forças de intervenção;
Garantir a segurança das pessoas e bens de zonas afetadas;
Proteger as propriedades afetadas ou que sofreram colapso, por se encontrarem sujeitas a saques ou
outras atividades criminosas;
Deverá ser criado um perímetro de segurança que consiste na separação física de local, espaço ou zona,
assegurada ou não por elementos das forças de segurança (com a eventual colaboração das Forças
Armadas), que visa reduzir, limitar ou impedir o acesso de pessoas, veículos ou outros equipamentos a
locais onde não estão autorizados a permanecer;
Comunicar sempre à CMPC a distribuição dos meios das forças de segurança do concelho pelas diferentes
áreas de intervenção, por forma a poder definir-se estratégias de supressão de carências (recurso a equipas
de segurança privada, por exemplo);
As forças de segurança, para além de garantirem a segurança no (s) TO, na deslocação das populações
afetadas, nas ZCL, nos locais de abrigo temporário e noutras instalações consideradas sensíveis, deverão
ter previstas ações de patrulhamento no concelho de modo a garantir a segurança da população (evitar
alterações da ordem pública);
Assegurar a segurança de instalações sensíveis e vitais às operações de proteção civil tais como a Câmara
Municipal de Loulé, instalações dos agentes de proteção civil (centro de saúde, zonas de concentração
local, zonas de concentração de mortos ou abrigos temporários da população deslocada, GNR, Bombeiros),
e outras que se considerem necessárias;
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PARTE III - ÁREAS DE INTERVENÇÃO 40
As zonas onde existam superfícies comerciais ou industriais consideradas críticas, deverão ser alvo de
patrulhamento, sempre que os meios do dispositivo operacional assim o permitam, sendo útil considerar o
recurso a empresas privadas da especialidade;
As forças de segurança poderão recorrer ao auxílio de empresas privadas de segurança e do SVPP da CML,
FA, para ações de proteção a instalações e infraestruturas consideradas sensíveis ou indispensáveis às
operações de proteção civil. As empresas privadas de segurança poderão igualmente apoiar as ações de
patrulhamento de zonas comerciais e zonas sinistradas (efeito dissuasor). Os elementos (vigilantes) de
empresas de segurança privada deverão encontrar-se devidamente identificados e em permanente ligação
com as forças de segurança;
As forças de segurança poderão pedir auxílio a outras entidades (como elementos das FA, do SMPC ou
SVPP, por exemplo), para os auxiliarem em tarefas de vigilância e de encaminhamento da população
deslocada para ZCL;
Controlo dos acessos aos itinerários de socorro;
Vedar o (s) TO recorrendo a barreiras físicas, na medida do possível e onde que considerar pertinente, com
controlo de acesso por parte das forças de segurança territorialmente competentes, permitindo o acesso a
viaturas de emergência e de proteção civil (ANPC e SMPC);
Patrulhamento do (s) TO e condicionamento do trânsito local;
Acompanhar e controlar o acesso ao TO, por parte dos órgãos de comunicação social;
Proceder à desobstrução das vias de socorro que se encontrem condicionadas por viaturas mal
parqueadas;
Apoiar as ações de outros agentes de proteção civil quando solicitado e sempre que tenham
disponibilidade para tal;
Colaborar no aviso às populações coordenando-se com a CMPC e recorrendo a megafones e a ações
presenciais;
Colaborar em ações de identificação de cadáveres, em articulação com o Ministério Público e Instituto de
Medicina Legal;
Impedir ainda, agressões ambientais.
Tabela 15 - Procedimento para a manutenção da ordem pública
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PARTE III - ÁREAS DE INTERVENÇÃO 41
7. Serviços Médicos e Transporte de Vítimas
Nos serviços médicos e transporte de vítimas, estão identificados os procedimentos e instruções de
coordenação bem como os meios e as responsabilidades dos serviços, agentes de proteção civil,
organismos e entidades de apoio, quanto às atividades de saúde e evacuação secundária, face a um
elevado número de vítimas.
Conforme o referido na Diretiva Operacional n.º 1/2010 da Autoridade Nacional de Proteção Civil, o
INEM coordena todas as atividades de saúde pré-hospitalar, a triagem, evacuações médicas primárias
(para zonas de triagem) e evacuações médicas secundárias (para unidades de saúde), a referenciação e
transporte de feridos para as unidades de saúde adequadas, a montagem de Postos Médicos
Avançados. Assim, e em caso de emergência deverá existir uma forte articulação entre o INEM (a
quem compete coordenar as ações de saúde em ambiente pré-hospitalar), a autoridade local de saúde
e o centro de saúde de Loulé, tendo como objetivo primordial a maximização da eficiência das
operações.
Para agilizar esta articulação entre as entidades mencionadas, foi tido em conta o modelo START
(Simples Triagem e Rápido Tratamento), que tem como finalidade alocar recursos e hierarquizar o
atendimento de vítimas de acordo com um sistema de prioridades, de forma a possibilitar o
atendimento e o transporte rápido do maior número possível de vítimas, conforme tabela 16.
PROCEDIMENTOS DE TRIAGEM DE FERIDOS – (MÉTODO START)
CÓDIGO DE CORES TIPO TRATAMENTO / PRIORIDADE OBS.
Prioridade baixa Tratamento atrasado / terceira prioridade São as vítimas que apresentam lesões menores ou sinais e sintomas que não requerem atenção imediata.
Prioridade intermedia Tratamento urgente / segunda prioridade
São as vítimas que apresentam sinais e sintomas que permitem adiar a atenção e podem aguardar pelo transporte.
Prioridade imediata Tratamento e transporte imediatos / primeira prioridade:
São as vítimas que apresentam sinais e sintomas que demonstram um estado crítico e necessitam tratamento e transporte imediato.
Prioridade nula A vítima encontra-se cadáver / sem prioridade Não é necessária intervenção médica
Tabela 16 - Procedimentos de triagem de feridos – START
Relativamente a serviços médicos, importa aqui salientar o papel que o Centro Hospitalar do Algarve
(hospital de referência para o concelho de Loulé), que poderá prestar em situações de emergência que
envolvam um elevado número de vítimas.
Para além dos meios existentes no concelho (Secção III – Parte IV), esta estrutura pode em caso de
necessidade, ser reforçada com postos de socorro e triagem montados pelo INEM, Forças Armadas,
Cruz Vermelha Portuguesa (Delegação de Almancil), em colaboração com o Centro de Saúde de Loulé,
garantindo desta forma uma assistência pré-hospitalar à população afetada.
Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Loulé
PARTE III - ÁREAS DE INTERVENÇÃO 42
Quanto à estrutura de saúde do concelho, baseia-se no Centro de Saúde de Loulé, sendo que os meios
materiais e humanos dos mesmos poderão prestar apoio em situações de emergência. Em caso de
necessidade os serviços de saúde pública poderão ser complementados por serviços de saúde privados
e farmácias (secção III – Parte IV) ou pela Cruz Vermelha Portuguesa- (Delegação de Almancil).
Relativamente ao transporte de vítimas, esta atividade será igualmente coordenada pelo INEM o qual
recorrerá a meios próprios, podendo no entanto apoiar-se nos meios de outras entidades,
nomeadamente os Bombeiros de Loulé e bombeiros de concelhos vizinhos, Forças Armadas e a Cruz
Vermelha Portuguesa -Delegação de Almancil.
Todas estas entidades independentemente do nível a (que operam municipal e/ou distrital), ficarão
responsáveis por apoiar o INEM, quando solicitado, nas ações de serviços médicos e transporte de
vítimas em caso de emergência. O INEM deverá articular-se com o sistema nacional de proteção civil
para acionar os meios adicionais de apoio, nomeadamente através do CDOS ao nível distrital e através
da CMPC ao nível municipal.
Nos casos em que for ativado o PMEPCL, poderão verificar-se dois cenários:
Cenário 1 – Em que a dimensão do acidente não obriga à criação de um posto de triagem,
sendo os feridos deslocados diretamente do TO, para as unidades hospitalares (ação
coordenada pelo INEM, apoiado ou não nas estruturas de saúde do concelho).
Cenário 2 – Situação em que devido à dimensão do acidente se torna necessário criar postos
de triagem. O INEM, em coordenação com a Autoridade de Saúde do município, criará esses
postos de triagem (que poderão ser nas instalações do centro de saúde), para
encaminhamento dos feridos ligeiros e para estabilizar os feridos graves, que posteriormente
serão encaminhados, de acordo com a disponibilidade de meios, para as unidades hospitalares
(evacuação médica secundária).
Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Loulé
PARTE III - ÁREAS DE INTERVENÇÃO 43
Figura 5 - Procedimentos de Evacuação Médica
SERVIÇOS MÉDICOS E TRANSPORTE DE VÍTIMAS
Entidade Coordenadora:
Responsável: INEM.
Substituto: Autoridade de Saúde do município.
ENTIDADES INTERVENIENTES ENTIDADES DE APOIO EVENTUAL
INEM
Centro Hospitalar do Algarve (hospital de
referência)
Centro de Saúde de Loulé
Autoridade de Saúde do município
Bombeiros de Loulé
Cruz Vermelha Portuguesa – Delegação de Almancil
Forças Armadas
Outros APC e entidades de apoio, de acordo com
natureza da situação de emergência.
TEATRO DE OPERAÇÕES
AÇÕES DE BUSCA E SOCORRO
MORTOS FERIDOS
ZONA DE TRIAGEM Método START
MORTOS FERIDOS GRAVES
ILESOS E FERIDOS LIGEIROS
TRANSPORTE EVACUAÇÃO MÉDICA (INEM+BML)
(eventualmente Forças Armadas e CVP)
TRNSPORTE (BML+CML)
ZONA DE REUNIÃO DE MORTOS
ZONA DE CONCENTRAÇÃO LOCAL (ZCL)
POSTO MÉDICO AVANÇADO EVACUAÇÃO MÉDICA SECUNDADRIA
UNIDADE HOSPITALAR
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PARTE III - ÁREAS DE INTERVENÇÃO 44
PRIORIDADES DE AÇÃO
Garantir a prestação de cuidados médicos de emergência nas áreas atingidas, nomeadamente a triagem,
estabilização e transporte das vítimas para as Unidades de Saúde;
Assegurar, em caso de necessidade, a montagem e funcionamento de Postos Médicos Avançados onde se
processarão as ações de triagem secundária;
Assegurar, em caso de necessidade, a montagem, organização e funcionamento de hospitais de campanha;
Implementar um sistema de registo de vítimas desde o Teatro de Operações até à Unidade de Saúde de
destino;
Inventariar danos e perdas nas capacidades dos serviços de saúde, bem como das que se mantêm
operacionais na Zona de Sinistro;
Organizar o fornecimento de recursos médicos.
INSTRUÇÕES ESPECÍFICAS
O INEM presta os primeiros socorros às vítimas, que se encontrem nas zonas afetadas pelo acidente grave
ou catástrofe;
No Teatro de Operações são posicionados meios móveis do INEM, para apoio imediato às ações de
socorro;
A triagem primária é da competência da Área de Intervenção de Socorro e Salvamento, sendo em regra
realizada pelos Corpos de Bombeiros. O INEM colabora nessa ação de acordo com as suas disponibilidades;
O INEM determina os hospitais para onde deverão ser transportados os feridos ligeiros e graves;
A localização das zonas de triagem é realizada pelo INEM, apoiando-se nas restantes entidades de saúde do
concelho, devendo encontrar-se tão perto quanto possível das zonas mais afetadas, respeitando as
necessárias distâncias de segurança;
Caso o INEM verifique a necessidade de se ativar uma zona de triagem, deverá ter em consideração aos
meios disponíveis no concelho, articulando-se para tal com a Autoridade de Saúde do município. Deverá
ter ainda em consideração a possibilidade de utilizar o Centro de Saúde como zona de triagem;
As forças de segurança do concelho controlam o acesso e garantem a segurança dos postos de triagem;
A triagem multi-vitimas deverá basear-se na metodologia START sempre que a zona afetada apresente um
número muito elevado de vítimas (superior a 25);
As Forças Armadas colaboram, na medida das suas disponibilidades, na prestação de cuidados de saúde de
emergência;
O INEM, com o apoio das unidades de saúde locais deverá garantir o registo das vítimas desde o teatro de
operações, passando pelas eventuais zonas de triagem até às unidades hospitalares;
As estruturas de saúde poderão recorrer a entidades de apoio como os Bombeiros, entre outros;
O INEM e as estruturas de saúde do concelho procedem ao registo dos sinistrados atendidos e mantêm-nos
permanentemente atualizados. Informação que deverá ser disponibilizada ao Diretor do PMEPCL;
O INEM deverá articular-se com o sistema nacional de proteção civil, para acionar meios adicionais de
apoio (essencialmente meios de ação médica e de transporte de vítimas), nomeadamente o CDOS, a nível
Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Loulé
PARTE III - ÁREAS DE INTERVENÇÃO 45
distrital, e através da CMPC a nível municipal;
O transporte da população que apresente ferimentos ligeiros ou que se encontra ilesa é coordenado pela
CMPC (transporte para as respetivas residências ou para Zonas de Concentração Local);
A autoridade de Saúde do município, em articulação com o INEM, Centro de Saúde de Loulé e o Centro
Hospitalar do Algarve (hospital de referência), deverá inventariar, convocar, reunir e distribuir o pessoal
dos serviços de saúde, nas suas diversas categorias, de forma a reforçar e/ou garantir o funcionamento de
serviços temporários e/ou permanentes;
A Autoridade de Saúde deverá recorrer aos meios disponíveis através da CMPC, para junto das populações,
caso seja considerado necessário, recomendações de carácter sanitário (gestão da informação);
Caso se revele necessário, a Autoridade de Saúde do município, em articulação com a CMPC, deverão
mobilizar as farmácias para apoio e auxílio às atividades de assistência médica;
As necessidades básicas das pessoas afetadas e que se encontrem ao cuidado das estruturas de saúde
(água, alimentação, cuidados sanitários, etc.), é da responsabilidade das respetivas entidades. Estas
poderão solicitar apoio nesta matéria ao Diretor do PMEPCL;
As entidades responsáveis pela prestação de cuidados médicos à população estabelecem e coordenam as
ações que visem o controlo de doenças transmissíveis.
SERVIÇOS DE SAÚDE PARA AS FORÇAS DE INTERVENÇÃO
Em caso de acidente, os elementos envolvidos nas ações de socorro recorrerão às equipas do INEM
presentes no teatro de operações;
Caso a dimensão da situação assim, o exija, e se verifique disponibilidade operacional para tal, caberá ao
INEM criar postos de triagem e socorro, os quais prestarão os primeiros socorros à população afetadas e a
elementos das forças de intervenção;
A CMPC deverá verificar a disponibilidade da Cruz Vermelha Portuguesa (Delegação de Almancil) e outras
IPSS do concelho para disponibilizarem na Zona de Concentração e Reserva do Teatro de Operações
serviços de cuidados médicos para pequenos ferimentos que não necessitem de apoio hospitalar;
As estruturas previstas nos dois pontos anteriores poderão ser reforçadas por infraestruturas privadas ou
militares, mediante as necessidades e disponibilidade verificadas, em articulação com a CMPC;
Em caso de ferimentos graves deverá recorrer-se à rede de saúde existente no concelho e à rede hospitalar
dos concelhos vizinhos.
ACOMPANHAMENTO MÉDICO DA POPULAÇÃO DESLOCADA
Solicitar à Autoridade de Saúde do município para garantir o acompanhamento clinico da população
deslocada;
Solicitar à Autoridade de Saúde do município para avaliar a necessidade de se prestar, principalmente aos
elementos mais jovens, idosos, deficientes e no caso de terem ocorrido vítimas mortais, a elementos que
perderam familiares. Os psicólogos necessários para esta tarefa serão disponibilizados pelo INEM, Instituto
de Segurança Social e pela CML;
A distribuição de medicamentos pela população deslocada será da responsabilidade da Autoridade de
Saúde do município, coordenando-se com a CMPC;
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PARTE III - ÁREAS DE INTERVENÇÃO 46
Em caso de necessidade, a Autoridade de Saúde poderá solicitar à Câmara Municipal de Loulé para
suportar os custos associados a esta tarefa.
Tabela 17 - Procedimento para os serviços médicos e transporte de vítimas
7.1. Apoio social e psicológico
As ações de apoio social consistirão essencialmente na disponibilização de meios de subsistência para
a população afetada (alimentação, vestuário, abrigo, medicamentos e instalações sanitárias). Serão
distribuídos principalmente nas Zonas de Concentração Local e nos abrigos temporários pela CML, em
articulação operacional com entidades de apoio (Santa Casa da Misericórdia de Loulé, IPSS que atuem
no concelho, etc.).
O apoio psicológico à população afetada por acidente grave ou catástrofe, poderá ser prestado tanto a
vítimas como a familiares ou a agentes de proteção civil, organismos e entidades de apoio envolvidas
nas ações de emergência. Este apoio será prestado por psicólogos, sendo que numa primeira fase as
ações deverão ser coordenadas pelo INEM, o qual se apoiará na Divisão de Intervenção Social e
Voluntariado da CML, e no Instituto de Segurança Social – Centro Distrital de Faro para as ações de
apoio continuado. Para além da disponibilização de psicólogos deverá estar prevista a atuação de
párocos e representantes de outras religiões.
Nas tabelas seguintes (Tabela 18 e 19), estão patentes os procedimentos a adotar por forma a garantir
as ações de apoio social e as ações de apoio psicológico a serem implementadas.
APOIO SOCIAL
Entidade Coordenadora:
Responsável: SMPC
Substituto: Instituto de Segurança Social, I.P. – Serviço local
(Delegação de Loulé)
ENTIDADES INTERVENIENTES ENTIDADES DE APOIO EVENTUAL
Instituto de Segurança Social, I.P. – Centro
Distrital de Faro
Gabinete de Eventos Comunicação e Imagem
CML (Divisão de Intervenção Social e
Voluntariado)
Bombeiros de Loulé
Santa Casa da Misericórdia de Loulé
IPSS que atuam no concelho
Cruz Vermelha Portuguesa – Delegação de Almancil
Forças Armadas
GNR
Autoridade de Saúde do município
Centro de Saúde de Loulé
Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Loulé
PARTE III - ÁREAS DE INTERVENÇÃO 47
PRIORIDADES DE AÇÃO
Garantir a receção, registo, pesquisa, diagnóstico de necessidades e assistência individual a deslocados e
vítimas;
Garantir a ativação dos meios materiais e humanos necessários para o acolhimento da população
deslocada;
Manter atualizado o registo do número de pessoas assistidas e com necessidade de continuidade de
acompanhamento;
Assegurar a ativação de ZCL e de abrigos temporários da população deslocada e informar as forças de
socorro e os cidadãos da sua localização através dos canais disponíveis e mais apropriados;
Garantir a segurança das Zonas de Concentração Local e dos abrigos temporários da população deslocada.
INSTRUÇÕES ESPECÍFICAS
As ZCL e os abrigos temporários ativados pela CMPC constituem os locais onde se procede ao apoio da
população afetada;
A GNR garante a segurança da população presente nas ZCL ou nos abrigos temporários;
A primeira ação a desenvolver sempre que alguém dê entrada numa ZCL ou num abrigo temporário é o
registo, de deslocados;
As Forças Armadas, IPSS e organizações não-governamentais apoiam, na medida das suas disponibilidades,
as ações de apoio à população afetada;
Deverão ser constituídos locais de receção de donativos e posteriormente distribuídos pelas ZCL e pelos
abrigos temporários, pelos elementos da bolsa de voluntariado;
A CML, recorrendo a entidades de apoio, assegura a receção, atendimento e encaminhamento da
população deslocada (que tenha chegado a uma ZCL ou a um abrigo temporário por meios próprios ou
através de meios disponibilizados pela CMPC);
Cabe à CMPC mobilizar reservas alimentares e garantir a receção e gestão de bens essenciais (alimentos,
agasalhos, roupas, instalações sanitárias e medicamentos) que sejam entregues nas Zonas de Concentração
Local ou nos abrigos temporários;
O Gabinete de eventos comunicação e imagem coordena-se com o SMPC e com os elementos responsáveis
pelas ZCL e abrigos temporários, de modo a ter acesso à lista de pessoas presente naqueles locais;
O Gabinete de eventos comunicação e imagem gere uma linha de apoio ao munícipe, prestando
informação de natureza diversa (localização da população deslocada, informação sobre o decorrer das
operações de emergência, onde a população se deverá dirigir para pedir apoio, procedimentos a adotar,
locais entrega de donativos, etc.;
Tabela 18 - Procedimentos para o apoio social
Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Loulé
PARTE III - ÁREAS DE INTERVENÇÃO 48
APOIO PSICOLÓGICO
Entidade Coordenadora:
Responsável (apoio imediato): INEM
Substituto (apoio imediato): Câmara Municipal de Loulé /
Divisão de Intervenção Social e Voluntariado (DISV)
Responsável (apoio de continuidade): Instituto de
Segurança Social, I.P. – Serviço local (Delegação de Loulé)
Substituto (apoio de continuidade): Câmara Municipal de
Loulé
ENTIDADES INTERVENIENTES ENTIDADES DE APOIO EVENTUAL
INEM
Instituto de Segurança Social, I.P. – Centro
Distrital de Faro
Câmara Municipal de Loulé / DISV
Hospital de Faro, EPE (Hospital de
referência)
Cruz Vermelha Portuguesa – Delegação de Almancil
Santa casa da misericórdia de Loulé
Párocos e representantes de outras religiões
IPSS que atuam no concelho
PRIORIDADES DE AÇÃO
Assegurar o apoio psicológico imediato a prestar às vítimas e aos seus familiares;
Assegurar o apoio psicológico a todas as forças presentes no teatro de operações (agentes e entidades) e
que intervenham nas operações de socorro e emergência;
Assegurar o apoio psicológico de continuidade à população presente nas ZCL e nos abrigos temporários;
Caso se revele necessário, deverão ser acionadas zonas de acolhimento dedicadas em exclusivo a prestar
apoio psicológico a vítimas.
INSTRUÇÕES ESPECÍFICAS
O INEM é a entidade responsável por prestar o apoio psicológico imediato às vítimas, apoiando-se
posteriormente no Instituto de Segurança Social para prestar apoio psicológico nas ZCL e nos abrigos
temporários. O apoio psicológico de continuidade é responsabilidade do Instituto de Segurança Social;
Os agentes de proteção civil e os organismos e entidades que disponham de psicólogos disponíveis para
apoiar o INEM deverão indicá-lo;
As ações de apoio psicológico para os agentes de proteção civil, organismos e entidades de apoio
envolvidos nas operações de emergência serão efetuadas após controlada a situação de emergência;
O apoio psicológico aos agentes de proteção civil, organismos e entidades de apoio envolvidos nas ações
de emergência é responsabilidade primária das respetivas entidades. Em caso de insuficiência, ou ausência
de meios de apoio, este será garantido por psicólogos disponibilizados pelo Instituto de Segurança Social
em instalações apropriadas para o efeito;
Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Loulé
PARTE III - ÁREAS DE INTERVENÇÃO 49
O apoio psicológico às vítimas e seus familiares, assim como aos familiares das vítimas mortais aquando da
entrega de cadáveres, será realizado nas ZCL e nos abrigos temporários ou em instalações próprias ativadas
para o efeito;
O apoio psicológico de continuidade a realizar principalmente nas ZCL e nos abrigos temporários, é
coordenado pelo Instituto de Segurança Social, podendo este ser apoiado por psicólogos da Câmara
Municipal, Santa Casa da Misericórdia de Loulé, Cruz Vermelha Portuguesa (Delegação de Almancil) e IPSS
que atuam no concelho. O apoio prolonga-se pela fase de reabilitação (pós-emergência);
Os párocos e representantes de outras religiões apoiam as ações de apoio psicológico coordenadas pelo
INEM e Instituto de Segurança Social;
Deverá estar prevista a atuação de psicólogos ao serviço do INEM ou Instituto de Segurança Social nos
principais locais de culto do concelho para apoiar familiares das vítimas.
Tabela 19 - Procedimentos para o apoio psicológico
Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Loulé
PARTE III - ÁREAS DE INTERVENÇÃO 50
8. Socorro e Salvamento
Relativamente ao socorro e salvamento estabelecem-se os procedimentos e instruções de
coordenação, bem como a identificação dos meios e das responsabilidades dos serviços, agentes de
proteção civil, organismos e entidades de apoio, quando às atividades de socorro, busca e salvamento
de vítimas, que podem incluir a extinção de incêndios, o escoramento de estruturas, o resgate ou
desencarceramento de pessoas, a contenção de fugas e derrames de produtos perigosos, etc.
Caso ocorra um acidente grave ou catástrofe no concelho de Loulé, as entidades que prestarão
resposta nas operações de socorro, serão os APC, nomeadamente os Bombeiros, GNR, INEM, e a
Autoridade Marítima Local.
Reveste-se de toda a importância o incremento de ações de informação à população sobre medidas de
autoproteção a adotar face a ocorrência dos diferentes tipos de risco, de modo a se conseguir
minimizar os efeitos dos eventos até se dar a intervenção das forças de socorro.
Na eventualidade de serem necessários meios aéreos, este apoio poderá ser prestado pelos Centros
de Meios Aéreos do Distrito. Nos casos de iminência de acidentes com aeronaves, as entidades de
Proteção Civil devem informar o CDOS e este o CNOS, para que o Centro de Coordenação Operacional
Nacional (CCON) com o apoio do Centro de Coordenação de Busca e Salvamento Aéreo (CCBSA)
coordene as ações da assistência e/ou socorro.
Na tabela seguinte (Tabela 20), indicam-se os procedimentos adotar no âmbito do socorro e
salvamento.
Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Loulé
PARTE III - ÁREAS DE INTERVENÇÃO 51
Figura 6 - Organização das Entidades Responsáveis pelas Ações de Socorro e Salvamento
SOCORRO E SALVAMENTO
Entidade Coordenadora:
Responsável: Comandante das Operações de Socorro
Substituto: O substituto do Comandante das Operações de
Socorro será definido de acordo com o Sistema Integrado
de Operações de Proteção e Socorro.
ENTIDADES INTERVENIENTES ENTIDADES DE APOIO EVENTUAL
Bombeiros de Loulé
GNR
Autoridade Marítima Local
INEM
Câmara Municipal de Loulé (SMPC, Direção Municipal
de Administração Geral, Departamento de
Administração e Finanças, Departamento de
Planeamento e Administração do Território,
Departamento de Obras Municipais e Gestão de
Infraestruturas, Departamento de Ambiente e Serviços
Urbanos e Departamento de Educação e
Desenvolvimento Sociocultural)
Cruz Vermelha Portuguesa – Delegação de Almancil
AÇÕES DE SOCORRO E SALVAMENTO NO TEATRO DE OPERAÇÕES
Apoio eventual
Equipas cinotécnicas da GNR
Meios da CML Centro de Saúde Hospital de Faro
CVP INAC
Forças Armadas
COS CMPC
CDOS Faro
Ações de busca, resgate e socorro
Coordenadas pelos COS recorrendo a: Corpos de Bombeiros, GNR, Autoridade
Marítima Local e INEM
Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Loulé
PARTE III - ÁREAS DE INTERVENÇÃO 52
Forças Armadas
Instituto Nacional da Aviação Civil (INAC)
Centro de saúde de Loulé
Hospital de Faro (hospital de referência)
CDOS de Faro
PRIORIDADES DE AÇÃO
Definir as áreas afetadas onde deverão ser desencadeadas ações de busca e salvamento, tendo em conta
as informações disponíveis quanto ao potencial de vítimas e de sobreviventes;
Avaliar objetivamente a situação de emergência, definindo as áreas afetadas onde deverão ser
desencadeadas ações de busca e salvamento, de acordo com a informação disponível quanto ao potencial
número de vítimas;
Planear e executar o socorro às populações, em caso de incêndios, inundações, desabamentos e, de um
modo geral, em todos os sinistros, incluindo o socorro a náufragos e buscas subaquáticas;
Supervisionar e enquadrar operacionalmente equipas de salvamento de entidades de apoio;
Assegurar a coordenação das operações de desencarceramento de vítimas;
Colaborar na determinação de danos e perdas;
Assegurar a minimização de perda de vidas, através da ação concertada entre as entidades intervenientes
nas ações de busca, socorro e salvamento;
Avaliar objetivamente a situação de emergência, definindo as áreas afetadas onde deverão ser
desencadeadas ações de busca e salvamento, de acordo com a informação disponível quanto ao potencial
número de vítimas;
Planear e executar o socorro às populações, em caso de incêndios, inundações, desabamentos e, de um
modo geral, em todos os sinistros, incluindo o socorro a náufragos e buscas subaquáticas;
Supervisionar e enquadrar operacionalmente equipas de salvamento de entidades de apoio;
Assegurar a coordenação das operações de desencarceramento de vítimas.
Colaborar na determinação de danos e perdas;
Acionar e coordenar a atuação das ERAS, a fim de procederem à avaliação imediata dos prejuízos e danos
sofridos e intervenção pertinente;
Proceder à extinção e/ou controle de incêndios decorrentes do acidente grave ou catástrofe, dando
prioridade aos que poderão gerar um maior número de feridos;
Proceder à estabilização de edifícios (escoramento de estruturas, entre outros procedimentos), a
demolições de emergência, à contenção de fugas e derrames e ao combate de incêndios.
INSTRUÇÕES ESPECÍFICAS
A intervenção inicial face a um acidente grave ou catástrofe cabe, prioritariamente, às forças mais próximas
do local da ocorrência ou que apresentam missão específica mais adequada. De acordo com o Artigo 12º
do Decreto-Lei n.º 134/2006, de 25 de Julho, alterado pelo Decreto-Lei 72/2013 o chefe da primeira equipa
de intervenção assume a função de comandante das operações de socorro. De imediato deve avaliar a
Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Loulé
PARTE III - ÁREAS DE INTERVENÇÃO 53
situação e identificar o tipo de ocorrência, o local e a extensão, o número potencial de vítimas e os meios
de reforço necessários;
A transferência de comando dar-se-á sempre que a natureza do evento exija a ampliação ou contração da
organização. Ou seja, a transferência de comando dar-se-á sempre que se verifique a necessidade de
coordenar meios distritais através do CDOS, ou quando a situação se encontre controlada passando o
comando do CDOS para o comandante de operações que se encontrava previamente no terreno, ou o
comandante da primeira força local a chegar ao local do sinistro. De forma mais simplificada, poder-se-á
dizer que o comando das operações mudará sempre que a responsabilidade primária de gestão do
incidente muda entre entidades, quando o incidente se torna mais ou menos complexo ou quando se
verifica a rotatividade normal de pessoas. A classificação das ocorrências deverá ser efetuada de acordo
com o disposto na NOP 3101- 2012 de 5 de Junho da ANPC (Classificação de Ocorrências);
Sempre que se verifique a mudança de comando deverá ser realizado um briefing ao próximo Comandante
e informar todos os agentes de proteção civil intervenientes nas operações de emergência relativamente à
mudança de comando efetuada;
As forças de segurança asseguram primariamente as operações de busca e evacuação da população
afetada;
As ações de socorro e salvamento serão coordenadas pelo COS, recorrendo aos corpos de bombeiros
disponíveis e ao INEM (o qual por sua vez se irá articular com as estruturas de saúde locais através da
autoridade de saúde do concelho);
Relativamente à prestação de cuidados médicos e transporte de vítimas aplica-se o definido para a área de
Intervenção de Serviços Médicos e Transporte de Vítimas;
Os bombeiros de Loulé serão responsáveis pelas ações de combate a incêndios
Os Bombeiros de Loulé são responsáveis pelo desencarceramento de vítimas recorrendo a meios próprios
e a meios da Câmara Municipal (solicitados pelo COS à CMPC);
As forças de segurança escoltam e acompanham as equipas da comunicação social que se encontrem no (s)
teatro (s) de operações;
As forças de segurança deslocam para a Zona de Concentração e Reserva do Teatro de Operações viaturas
de reboque para se proceder ao rápido desimpedimento de vias, caso seja necessário. Em caso de
necessidade as forças de segurança poderão pedir apoio nesta tarefa à CMPC;
A GNR recorre a equipas cinotécnicas sempre que for necessário e possível;
Quando houver necessidade as forças de segurança recorrem a entidades para apoio nas ações de busca e
salvamento;
As Forças Armadas participam nas operações de busca e salvamento na medida das suas capacidades e
disponibilidades e caso o seu apoio tenha sido solicitado;
O Centro de Coordenação de Busca e Salvamento Aéreo assume a coordenação das operações de busca e
salvamento associados a acidente envolvendo aeronaves;
O COS e/ou o COM mantém a articulação operacional permanente com o Comandante Operacional
Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Loulé
PARTE III - ÁREAS DE INTERVENÇÃO 54
Distrital (CODIS) Lei n.º 65/2007, de 12 de Novembro e SIOPS;
O COS mantém contacto permanentemente com o diretor do PMEPCL;
O COS propõe à CMPC trabalhos de demolição ou de estabilização de infraestruturas, apoiado nos serviços
técnicos da CML e ou empresas da especialidade que venham a ser solicitadas à CMPC;
A CML, coordenando-se com o (s) COS e sempre que tal faça sentido, deverá enviar de forma célere para a
Zona de Concentração de Reserva do Teatro de Operações maquinaria pesada para auxiliar em eventuais
ações de remoção de destroços;
Os serviços técnicos da CML divulgam ao (s) COS informação de carácter técnico útil para a definição de
estratégias de intervenção no (s) teatro (s) de operações, nomeadamente no escoramento e demolição de
estruturas.
Tabela 20 - Procedimentos para o socorro e salvamento
Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Loulé
PARTE III - ÁREAS DE INTERVENÇÃO 55
9. Serviços Mortuários
No que respeita aos serviços mortuários, estão estabelecidos os procedimentos e instruções de
coordenação, bem como identificados os meios e os serviços, agentes de proteção civil, organismos e
entidades de apoio, quanto às atividades de recolha e reunião de vítimas mortais, instalação de
morgues provisorias para identificação e reconhecimento de vítimas mortais e sepultamento de
emergência.
Nos casos em que o número de mortos não seja muito elevado, as vítimas mortais deverão ser
transportadas para a morgue do Centro Hospitalar do Algarve, EPE- Unidade de Faro (hospital de
referência), que limitar-se-á a receber, dentro da sua capacidade no momento. Em situações de
acidente grave ou catástrofe que provoquem um número elevado de vítimas mortais, estas deverão
ser reunidas em locais previamente estabelecidos, dando preferência a estruturas fixas temporárias
(pavilhões desportivos, parques de estacionamento, armazéns, terminais de camionagem, centros de
lazer), com as seguintes características:
Fáceis de limpar;
Em zonas planas e em espaços abertos;
Com boa drenagem;
Com boa ventilação natural;
Com disponibilidade de água corrente;
Com disponibilidade de eletricidade;
Com comunicações;
Com boas acessibilidades
Quando o transporte dos cadáveres para as morgues, durante um determinado período de dias
(dependendo das condições climáticas), não for possível, pode considerar-se a hipótese de se recorrer
a câmaras frigoríficas de superfícies comerciais com área significativa e a indústrias agroalimentares
para posterior realização de autópsias e identificação dos corpos, estabelecendo-se as medidas
sanitárias necessárias.
Todas estas ações deverão ser controladas pelas forças de segurança e a Autoridade de Saúde do
município, as quais em articulação com o Ministério Público e Instituto Nacional de Medicina Legal,
agirão por forma a preservar todas as provas necessárias para determinar as causas dos óbitos,
solicitando os meios considerados necessários à CML.
Na Tabela 21 apresentam-se os procedimentos para os serviços mortuários.
Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Loulé
PARTE III - ÁREAS DE INTERVENÇÃO 56
Figura 7 - Organização Funcional dos Serviços Mortuários
SERVIÇOS MORTUÁRIOS
Entidade Coordenadora:
Responsável: Ministério Público (em ligação permanente
com o Instituto de Medicina Legal)
Substituto: Em caso de extrema necessidade serão as
forças de segurança presentes no concelho a assumir a
coordenação desta tarefa - GNR
ENTIDADES INTERVENIENTES ENTIDADES DE APOIO EVENTUAL
GNR
Autoridade Marítima Local
Autoridade de Saúde do município
Hospital de Faro (hospital de referência)
Instituto Nacional de Medicina Legal
Policia Judiciária
Ministério Público
Bombeiros de Loulé
Cruz Vermelha Portuguesa – Delegação de Almancil
Forças Armadas
Serviço de Estrangeiros e Fronteiras
Instituto de Registos e Notariado – Ministério da
Justiça
Centro de Saúde de Loulé
PRIORIDADES DE AÇÃO
CDOS CMPC
MINISTÉRIO PÚBLICO, POLÍCIA JUDICIÁRIA E INSTITUTO NACIONAL DE MEDICINA LEGAL
BAIXO Número de
vítimas mortais
ELEVADO Número de
vítimas mortais
Morgue do Hospital de
Faro
Outras instalações com
as condições necessárias
Morgue do Hospital de
Faro
Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Loulé
PARTE III - ÁREAS DE INTERVENÇÃO 57
Assegurar a integridade das zonas onde foram referenciados e recolhidos cadáveres com vista a garantir a
preservação de provas, a análise e recolha das mesmas;
Coordenar as ações de mortuária, estabelecendo locais de reunião de mortos e necrotérios provisórios;
Assegurar a presença das Forças de Segurança nos locais onde decorrem operações de mortuária de forma
a garantir a manutenção de perímetros de segurança;
Assegurar o correto tratamento dos cadáveres, conforme os procedimentos operacionais previstos pelas
forças de segurança;
Garantir a eficiência das operações de recolha de informações que permitam proceder à identificação dos
cadáveres;
Garantir a capacidade de transporte de cadáveres ou partes de cadáveres;
Garantir uma correta tramitação processual de entrega dos corpos identificados.
INSTRUÇÕES ESPECÍFICAS
As ações de mortuária exigem a presença de elementos das forças de segurança e de um médico (o qual
poderá ser designado pela Autoridade de Saúde do município);
Os médicos envolvidos nas ações de mortuária verificam os óbitos dos corpos encontrados sem sinais de
vida e procedem à respetiva etiquetagem em colaboração com elementos da Polícia Judiciária ou, em
alternativa, das forças de segurança presentes no local. Caso sejam detetados indícios de crime, o oficial
mais graduado da força de segurança presente no local poderá solicitar exame por perito médico-legal,
antes da remoção do cadáver;
Caso as autópsias sejam realizadas em instalações do concelho (disponibilizadas pela CMPC), deverá ser
assegurada a presença de representantes do Instituto de Registos e Notariado para proceder ao registo de
óbitos e garantir toda a tramitação processual e documental associada;
A autorização de remoção de cadáveres, ou partes de cadáveres, do local onde foram inspecionados até
uma zona de reunião de mortos, exista ou não suspeita de crime, cabe ao Ministério Público e é solicitada
pelo responsável pelas forças de segurança presentes no local;
A autorização do Ministério Público para remoção de cadáveres é transmitida mediante a identificação do
elemento policial da força de segurança presente no local, dia, hora e local da remoção, conferência do
número total de cadáveres ou partes de cadáveres cuja remoção se solicita, com menção do número
identificador daqueles em relação aos quais haja suspeita de crime;
A remoção e transporte dos cadáveres são promovidos pelas forças de segurança disponíveis, apoiando-se
nas viaturas disponíveis pelos corpos de bombeiros e outras entidades competentes para o efeito. Os
cadáveres, ou partes de cadáveres, deverão encontrar-se devidamente etiquetados e acondicionados em
sacos apropriados para o efeito, também estes devidamente etiquetados;
Os cadáveres presentes em zonas de receção de mortos são posteriormente transportados (assim que
exista capacidade operacional para tal) para instalações do Instituto Nacional de Medicina Legal para
realização de autópsia médico-legal e demais procedimentos tendentes à identificação, estabelecimento
de causa de morte e subsequente destino do corpo ou partes do mesmo;
Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Loulé
PARTE III - ÁREAS DE INTERVENÇÃO 58
Os cadáveres que se encontram em hospitais de campanha ou postos médicos avançados são
encaminhados para zonas de receção de mortos, desenvolvendo-se a partir daí os procedimentos já
descritos;
Para os cadáveres que se encontrem em estabelecimentos hospitalares e demais unidades de saúde, cujas
causas de morte decorram de patologias anteriores ao evento que gerou a situação de emergência,
adotam-se os procedimentos habituais de verificação do óbito e, após cumprimento das formalidades
legais internas, entrega-se o corpo à família;
Caso as vítimas sejam de nacionalidade estrangeira (ou assim se suspeite), será acionado o Serviço de
Estrangeiros e Fronteiras e a Unidade de Cooperação Internacional da Polícia Judiciária para obtenção de
dados para a identificação da mesma;
A segurança das zonas ou instalações de receção de mortos é assegurada pelas forças de segurança
presentes no concelho;
A identificação de cadáveres resulta exclusivamente de técnicas médico-legais e policiais, registadas em
formulários próprios;
A identificação das vítimas deverá ser imediatamente disponibilizada às forças de segurança do concelho as
quais procederão ao cruzamento desta informação com a lista de desaparecidos;
A CMPC é responsável por disponibilizar ao Instituto Nacional de Medicina Legal os meios por este
solicitados, como iluminação, mesas de trabalho, sacos de transporte de cadáveres pontos de água e
energia;
As necessidades de transporte de pessoas e equipamentos serão supridos pela CML, de acordo com os
meios disponíveis. Em caso de manifesta necessidade a CML recorrerá a meios privados para a
operacionalização destas ações;
Em caso de necessidade, os cadáveres poderão ser conservados em frio ou mesmo inumados
provisoriamente (se necessário em sepultura comum), assegurando-se a identificabilidade dos mesmos,
até posterior inumação ou cremação;
Em caso de necessidade, poderão ser disponibilizadas instalações no concelho para realização das
autópsias por parte do Instituto Nacional de Medicina Legal. Estes locais serão indicados pela Autoridade
de Saúde do município (que se encontra em permanente ligação com a CMPC), analisados pelos elementos
do Instituto Nacional de Medicina Legal e disponibilizada via CMPC;
As forças de segurança poderão recorrer aos Bombeiros de Loulé, Cruz Vermelha Portuguesa ou Forças
Armadas para o transporte de cadáveres.
Tabela 21 - Procedimento para os serviços mortuários
Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Loulé
PARTE III - ÁREAS DE INTERVENÇÃO 59
10. Protocolos
As entidades privadas que têm protocolos com a CML com interesse e importância para a Proteção
Civil no Município são o Clube de Rádio Amadores de Loulé (RCL), os quais cooperam com as
entidades oficiais de forma a reforçar o sistema de comunicações via rádio, ou substitui-lo no caso de
inoperacionalidade e a Equipa Canina de Resgate do Algarve (ECRA).
Em situações de acidente grave, catástrofe ou o desaparecimento de seres humanos, e como os cães
são elementos de reconhecida capacidade de colaboração nas ações de busca e salvamento de
pessoas que se encontrem em perigo ou desaparecidas tanto em meio rural como urbano, contribuem
de forma decisiva neste propósito.
Parte IV – Informação Complementar
___ Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Loulé
PARTE IV - INFORMAÇÃO COMPLEMENTAR - SECÇÃO I 2
ÍNDICE
Índice de figuras .............................................................................................................................. 3
Índice de tabelas.............................................................................................................................. 4
PARTE IV - INFORMAÇÃO COMPLEMENTAR - SECÇÃO I
1. ORGANIZAÇÃO GERAL DA PROTECÇÃO CIVIL EM PORTUGAL ....................................................... 6
1.1. Estrutura da Proteção Civil ............................................................................................................. 7
1.2. Estrutura das Operações .............................................................................................................. 11
1.2.1. Estrutura de Coordenação Institucional ............................................................................... 11
1.2.2. Estruturas de Direção e Comando ........................................................................................ 11
2. MECANISMOS DA ESTRUTURA DE PROTEÇÃO CIVIL ................................................................... 21
2.1. Composição, Convocação e Competências Comissão Municipal de Proteção Civil (CMPC) ........ 21
2.2. Critérios e Âmbito para a Declaração das Situações de Alerta de Âmbito Municipal ................. 23
2.2.1. Acidente Grave ...................................................................................................................... 24
2.2.2. Catástrofe .............................................................................................................................. 24
2.3. Sistema de Monitorização, Alerta e Aviso .................................................................................... 25
2.3.1. Sistemas de Monitorização ................................................................................................... 25
2.3.2. Rede Nacional de Postos de Vigia (Incêndios Florestais) ...................................................... 27
2.3.3. Sistema de Sistema de Avisos Meteorológicos (Situações Meteorológicas Adversas) ........ 27
2.3.4. Sistemas de Alerta ................................................................................................................. 28
2.3.5. Sistemas de Aviso .................................................................................................................. 29
___ Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Loulé
PARTE IV - INFORMAÇÃO COMPLEMENTAR - SECÇÃO I 3
1. ÍNDICE DE FIGURAS
PARTE IV - INFORMAÇÃO COMPLEMENTAR - SECÇÃO I
Figura 1 - Representação Esquemática da Estrutura de Proteção Civil em Portugal. ................................. 9
Figura 2 - Esquema da Articulação da Estrutura de Proteção Civil com a Estrutura das Operações. ....... 14
Figura 3 - Esquema da Organização e Comando do Teatro de Operações. ............................................... 18
Figura 4 - Sistema de Monitorização, Alerta e Aviso. ................................................................................ 26
___ Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Loulé
PARTE IV - INFORMAÇÃO COMPLEMENTAR - SECÇÃO I 4
2. ÍNDICE DE TABELAS
PARTE IV - INFORMAÇÃO COMPLEMENTAR - SECÇÃO I
Tabela 1 - Competências das Diferentes Entidades, Órgãos e Serviços que Compõem a Estrutura Municipal
de Proteção Civil ........................................................................................................................................ 10
Tabela 2 - Competências das Estruturas de Coordenação Institucional de Nível Municipal..................... 13
Tabela 3 - Grau de Prontidão de Monitorização Associados aos Níveis do Estado de Alerta Especial para o
SIOPS. ......................................................................................................................................................... 19
Tabela 4 - Comissão Municipal de Proteção Civil de Loulé. ....................................................................... 23
Tabela 5 - Critérios e Âmbito para a Declaração da Situação de Alerta e Contingência ........................... 25
Tabela 6 - Cores dos Avisos Meteorológicos, Utilizados pelo Instituto Português do Mar e da Atmosfera
(IPMA). ....................................................................................................................................................... 27
Tabela 7 - Critérios de Emissão dos Avisos Meteorológicos, utilizados pelo Instituto Português do Mar e da
Atmosfera (IPMA) para o Distrito de Faro. ................................................................................................ 28
___ Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Loulé
PARTE IV - INFORMAÇÃO COMPLEMENTAR - SECÇÃO I 5
PARTE IV - INFORMAÇÃO COMPLEMENTAR - SECÇÃO I
___ Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Loulé
PARTE IV - INFORMAÇÃO COMPLEMENTAR - SECÇÃO I 6
1. ORGANIZAÇÃO GERAL DA PROTECÇÃO CIVIL EM PORTUGAL
De acordo com a Lei de Bases da Proteção Civil (Lei nº 27/2006, de 3 de Julho, alterada pela Lei Orgânica nº
1/2011, de 30 de novembro) a Proteção Civil é definida como a atividade desenvolvida pelo Estado, Regiões
Autónomas e Autarquias Locais, pelos cidadãos e por todas as entidades públicas e privadas, tendo em
vista prevenir riscos coletivos inerentes a acidente grave ou catástrofe, de atenuar os seus efeitos e
proteger e socorrer as pessoas e bens em perigo, quando aquelas situações ocorram.
A atividade da Proteção Civil tem caráter permanente, multidisciplinar e plurissectorial, cabendo a todos os
órgãos e departamentos da administração pública promover as condições indispensáveis à sua execução e
às entidades privadas assegurar a necessária cooperação.
Objetivos Fundamentais da Proteção Civil Municipal
De acordo com o nº1, do artigo 2º da Lei nº 65/2007, de 12 de Novembro, com as alterações introduzidas
pelo Decreto-Lei nº 114/2011, de 30 de novembro, os objetivos fundamentais da Proteção Civil Municipal
são:
Prevenir no território municipal os riscos coletivos e a ocorrência de acidente grave ou catástrofe
dele resultante;
Atenuar na área do município os riscos coletivos e limitar os seus efeitos no caso das ocorrências
descritas na alínea anterior;
Socorrer e assistir no território municipal as pessoas e outros seres vivos em perigo e proteger bens
e valores culturais, ambientais e de elevado interesse público;
Apoiar a reposição da normalidade da vida das pessoas nas áreas do município afetadas por
acidente grave ou catástrofe.
Domínio de Atuação da Atividade da Proteção Civil Municipal
De acordo com o nº2, do artigo 2º da Lei nº 65/2007, de 12 de Novembro, com as alterações introduzidas
pelo Decreto-Lei nº 114/2011, de 30 de novembro, a atividade da Proteção Civil Municipal exerce-se nos
seguintes domínios:
A atividade de proteção civil municipal exerce – se nos seguintes domínios:
Levantamento, previsão, avaliação e prevenção dos riscos coletivos do município;
Análise permanente das vulnerabilidades municipais perante situações de risco;
Informação e formação das populações do município, visando a sua sensibilização em matéria de
autoproteção e de colaboração com as autoridades;
Planeamento de soluções de emergência, visando a busca, o salvamento, a prestação de socorro e
de assistência, bem como a evacuação, alojamento e abastecimento das populações presentes no
município;
___ Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Loulé
PARTE IV - INFORMAÇÃO COMPLEMENTAR - SECÇÃO I 7
Inventariação dos recursos e meios disponíveis e dos mais facilmente mobilizáveis, ao nível
municipal;
Estudo e divulgação de formas adequadas de proteção dos edifícios em geral, de monumentos e de
outros bens culturais, de infraestruturas, do património arquivístico, de instalações de serviços
essenciais, bem como do ambiente e dos recursos naturais existentes no município;
Previsão e planeamento de ações atinentes à eventualidade de isolamento de áreas afetadas por
riscos no território municipal.
Colaboração das Juntas de Freguesia na Atividade da Proteção Civil Municipal
De acordo com o artigo 7º e 8º da Lei nº 65/2007, de 12 de Novembro, com as alterações introduzidas pelo
Decreto-Lei nº 114/2011, de 30 de novembro, as juntas de freguesia têm o dever de colaborar com os
serviços municipais de proteção civil, prestando toda a ajuda que lhes for solicitada, no âmbito das suas
atribuições e competências, próprias ou delegadas.
Em função da localização específica de determinados riscos, a comissão municipal de proteção civil pode
determinar a existência de unidades locais de proteção civil de âmbito de freguesia, a respetiva
constituição e tarefas.
1.1. Estrutura da Proteção Civil
De acordo com a Lei de bases da Proteção Civil (Lei nº 27/2006, de 3 de Julho, com as alterações
introduzidas pela Lei Orgânica n.º1, de 30 de novembro) e o Dispositivo Integrado de Operações de
Proteção e Socorro (ANPC, 2010), a Proteção Civil é constituída por três órgãos:
- Direção politica;
- Coordenação politica;
- Execução.
DIREÇÃO POLITICA
Entidades de Direção Política – entidades político-administrativas responsáveis pela prática da proteção civil, são:
Primeiro-ministro (ou Ministro da Administração Interna por delegação do Primeiro-ministro), o qual é
responsável pela política de proteção civil e a quem é incutida a responsabilidade de declarar a situação de
contingência para a totalidade ou parte do território nacional, onde poderá ser abrangido o concelho de Loulé;
Ministro da Administração Interna, ao qual compete ao Ministro da Administração Interna, no exercício de
funções de responsável distrital da política da proteção civil desencadear, na iminência ou ocorrência de
acidente grave ou catástrofe, as ações de proteção civil de prevenção, socorro, assistência e reabilitação
adequadas a cada caso;
___ Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Loulé
PARTE IV - INFORMAÇÃO COMPLEMENTAR - SECÇÃO I 8
Presidente de Câmara Municipal, ao qual compete no âmbito de funções de responsável municipal da proteção
civil desencadear, na iminência ou na ocorrência de acidente grave ou catástrofe, as ações de proteção civil de
prevenção, socorro, assistência e reabilitação adequadas a cada caso. Compete-lhe declarar a situação de alerta
em todo ou em parte do município. É o responsável por convocar a CMPC e coordenar os trabalhos da CMPC
antes, durante e após as situações de emergência.
COORDENAÇÃO POLITICA
Órgãos de Coordenação Politica, são estruturas não permanentes às quais cabe a responsabilidade pela
coordenação da política de proteção civil, e que de acordo com a lei de Bases da Proteção Civil (Lei nº27/2006, de 3
de Julho),com as alterações introduzidas pela Lei Orgânica nº1/2011, de 30 de Novembro são:
Comissão Nacional de Proteção Civil, órgão de coordenação relativamente à proteção civil, a quem compete
apreciar as bases gerais de organização e funcionamento dos organismos e serviços que desempenham funções
de proteção civil e apreciar os planos de emergência, entre outras matérias.
Comissão Distrital de Proteção Civil, órgão Distrital responsável, pelo acionamento dos planos relativamente à
proteção civil de âmbito distrital, a quem compete acompanhar as políticas diretamente ligadas ao sistema de
proteção civil que sejam desenvolvidas por agentes públicos, entre outras matérias.
Comissão Municipal de Proteção Civil, esta comissão assume as competências previstas para as comissões
distritais de proteção civil, adaptadas à realidade do município (Ponto 2.1).
ÓRGÃOS DE EXECUÇÃO
Órgãos de execução, são organismos técnico-administrativos, os quais segundo a lei de Bases da Proteção Civil (Lei
nº27/2006, de 3 de Julho), com as alterações introduzidas pela Lei Orgânica nº1/2011, de 30 de Novembro são
responsáveis pela execução da politica de proteção civil, constituídos por:
Autoridade Nacional de Proteção Civil, a qual tem por missão planear, coordenar e executar a política de
proteção civil, designadamente na prevenção e reação a acidentes graves e catástrofes, de proteção e socorro
de populações e de superintendência da atividade dos bombeiros, bem como assegurar o planeamento e
coordenação das necessidades nacionais na área do planeamento civil de emergência com vista a fazer face a
situações de crise ou de guerra.
Serviço Municipal de Proteção Civil, tem como responsabilidade a prossecução das atividades de proteção civil
no âmbito municipal, normalmente, acompanhar a elaboração do plano municipal de emergência de proteção
civil, inventariar e atualizar permanentemente os meios e recursos existentes no concelho, planear o apoio
logístico a prestar às vitimas e às forças de socorro em situações de emergência, promover campanhas de
informação e sensibilização e colaborar na elaboração e execução de exercícios e simulacros. O SMPC é dirigido
pelo Presidente da Câmara Municipal, com a faculdade de delegação no vereador por si designado.
___ Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Loulé
PARTE IV - INFORMAÇÃO COMPLEMENTAR - SECÇÃO I 9
Figura 1 - Representação Esquemática da Estrutura de Proteção Civil em Portugal.
De modo a clarificar o papel das diferentes entidades, órgãos serviços que compõem a estrutura municipal
de proteção civil, descrevem-se as respetivas competências na Tabela 1.
ENTIDADES/
ÓRGÃOS/
SERVIÇOS
COMPETÊNCIAS
Direção
Politica
Presidente da
Câmara
Municipal
Compete ao presidente da câmara municipal no exercício de funções de responsável municipal da
política da proteção civil;
Desencadear, na iminência ou ocorrência de acidente grave ou catástrofe, as ações de proteção civil de
prevenção, socorro, assistência e reabilitação adequadas em cada caso;
Coordenar os trabalhos a serem desenvolvidos pela CMPC antes, durante e após as situações de
emergência;
Declarar a situação de alerta em todo ou em parte do território municipal;
Convocar a CMPC.
ESTRUTURA NACIONAL DE PROTEÇÃO CIVIL
COORDENAÇÃO POLITICA
EXECUÇÃO DIREÇÃO
POLITICA
Governo
CNPC ANPC
1º Ministro
Ministro da Administração
Interna
NA
CIO
NA
L D
ISTR
ITA
L
CDPC ANPC
MU
NIC
IPA
L
CMPC Presidente da câmara Municipal
SMPC
___ Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Loulé
PARTE IV - INFORMAÇÃO COMPLEMENTAR - SECÇÃO I 10
Coordenação
Politica
Comissão
Municipal de
Proteção Civil
As competências das comissões municipais são as previstas para as comissões distritais adequadas à
realidade e dimensão do município, (ponto 2.1), relativo às competências da CMPC.
Execução
Serviço
Municipal de
Proteção civil
Assegurar o funcionamento de todos os organismos municipais de proteção civil, bem como centralizar,
tratar e divulgar toda a informação recebida relativa à proteção civil municipal;
Acompanhar a elaboração e atualizar o plano municipal de emergência e os planos especiais, quando
estes existam;
Assegurar a funcionalidade e a eficácia da estrutura do SMPC;
Inventariar e atualizar permanentemente os registos dos meios e dos recursos existentes no concelho,
com interesse para o SMPC;
Realizar estudos técnicos com vista à identificação, análise e consequências dos riscos naturais,
tecnológicos e sociais que possam afetar o município, em função da magnitude estimada e do local
previsível da sua ocorrência, promovendo a sua cartografia, de modo a prevenir, quando possível, a sua
manifestação e a avaliar e minimizar os efeitos das suas consequências previsíveis;
Manter informação atualizada sobre acidentes graves e catástrofes ocorridas no município, bem como
sobre elementos relativos às condições de ocorrência, às medidas adotadas para fazer face às
respetivas consequências e às conclusões sobre o êxito ou insucesso das ações empreendidas em cada
caso;
Planear o apoio logístico a prestar às vítimas e às forças de socorro em situação de emergência;
Levantar, organizar e gerir os centros de alojamento a acionar em situação de emergência;
Elaborar planos prévios de intervenção e preparar e propor a execução de exercícios e simulacros que
contribuam para uma atuação eficaz de todas as entidades intervenientes nas ações de proteção civil;
Estudar as questões de que vier a ser incumbido, propondo as soluções que considere mais adequadas.
Propor medidas de segurança face aos riscos inventariados;
Colaborar na elaboração e execução de treinos e simulacros;
Elaborar projetos de regulamentação de prevenção e segurança;
Realizar ações de sensibilização para questões de segurança, preparando e organizando as populações
face aos riscos e cenários previsíveis;
Promover campanhas de informação sobre medidas preventivas, dirigidas a segmentos específicos da
população alvo, ou sobre riscos específicos em cenários prováveis previamente definidos;
Fomentar o voluntariado em proteção civil;
Estudar as questões de que vier a ser incumbido, propondo as soluções que entenda mais adequadas;
Assegurar a pesquisa, análise, seleção e difusão da documentação com importância para a proteção
civil;
Divulgar a missão e estrutura do SMPC;
Recolher a informação pública emanada das comissões e gabinetes que integram o SMPC destinada à
divulgação pública relativa a medidas preventivas ou situações de catástrofe;
Promover e incentivar ações de divulgação sobre proteção civil junto dos munícipes com vista à adoção
de medidas de autoproteção;
Indicar, na iminência de acidentes graves ou catástrofes, as orientações, medidas preventivas e
procedimentos a ter pela população para fazer face à situação;
Dar seguimento a outros procedimentos, por determinação do presidente da câmara municipal ou
vereador com competências delegadas.
Tabela 1 - Competências das Diferentes Entidades, Órgãos e Serviços que Compõem a Estrutura Municipal de Proteção Civil
___ Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Loulé
PARTE IV - INFORMAÇÃO COMPLEMENTAR - SECÇÃO I 11
1.2. Estrutura das Operações
A nível nacional as operações de proteção e socorro encontram-se enquadradas pelo decreto-Lei nº
134/2006, de 25 de Julho, que define o Sistema Integrado de Operações de Proteção e Socorro (SIOPS),
com as alterações introduzidas pelo decreto-Lei nº 144/2011, de 30 de novembro e pelo Decreto-Lei nº
72/2013, de 31 de maio.
O SIOPS consiste num conjunto de estruturas, normas e procedimentos de natureza permanente e
conjuntural que asseguram que todos os agentes de proteção civil atuam, no plano operacional,
articuladamente sob um comando único, sem prejuízo da respetiva dependência hierárquica e funcional.
O SIOPS visa responder a situações de iminência de acidente grave ou catástrofe, assentando o princípio de
comando único em estruturas de coordenação institucional, onde se compatibilizam todas as instituições
necessárias para fazer face a acidentes graves ou catástrofes. Este princípio assenta também em estruturas
de comando operacional que, no âmbito das competências atribuídas à Autoridade Nacional de Proteção
Civil, agem perante a iminência ou ocorrência de acidentes graves ou catástrofes em ligação com outras
forças que dispõem de comando próprio (GNR, Forças Armadas, etc.).(Fig. 2).
1.2.1. Estrutura de Coordenação Institucional
A coordenação institucional é assegurada pela CMPC, a qual tem a responsabilidade pela gestão da
participação operacional de cada força, entidade ou serviço nas operações de socorro a desencadear.
(conforme artigo 11º, da lei nº 65/2007, de 12 de Novembro, com as alterações introduzidas pelo Decreto-
Lei nº 114/2011, de 30 de novembro). Também a Diretiva Operacional Nacional nº1/2010 da ANPC
(Dispositivo Integrado das Operações de Proteção e Socorro) indica que a CMPC assume para além da
coordenação política da atividade de proteção civil de nível municipal, o papel de coordenação
institucional. Por este facto, a atividade da CMPC na iminência ou ocorrência de acidente grave ou
catástrofe compreenderá também a coordenação institucional entre entidades que a compõem,
articulando-se ainda ao nível do Teatro de Operações (TO) com o Posto de Comando Operacional a nível
distrital com o Centro de Coordenação Operacional Distrital (CCOD).
1.2.2. Estruturas de Direção e Comando
Todas as instituições representadas nos centros de coordenação operacional possuem estruturas de
intervenção próprias que funcionam sob a direção ou comando previstos nas respetivas leis orgânicas.
Relativamente à ANPC, esta dispõe de uma estrutura operacional própria, que se apoia em comandos
operacionais de socorro de âmbito nacional e distrital, competindo a esta estrutura assegurar o comando
operacional das operações de socorro e ainda o comando operacional integrado de todos os corpos de
bombeiros.
___ Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Loulé
PARTE IV - INFORMAÇÃO COMPLEMENTAR - SECÇÃO I 12
1.2.2.1. Comando Nacional de Operações e Socorro
O comando Nacional de Operações de Socorro (CNOS) tem como principais competências garantir a
operatividade e articulação de todos os agentes de proteção civil que integram o SIOPS, assegurar o
comando e controlo das situações que pela sua natureza ou gravidade requeiram a sua intervenção e
coordenar operacionalmente os comandos de agrupamento distrital de operações de socorro.
O Comando Nacional de Operações de Socorro, (CNOS), é constituído pelo comandante operacional
nacional, pelo 2º comandante operacional nacional e por três adjuntos de operações nacionais.
O CNOS compreende a célula operacional de planeamento, operações, monotorização e avaliação do risco
e informações, a célula operacional de logística e comunicações e a célula operacional de gestão de meios
aéreos, dirigidas por chefes de células operacionais.
1.2.2.2. Comando Distrital de Operações de Socorro
Sem prejuízo de outras competências previstas na lei, são competências do Comando Distrital de
Operações de Socorro (CDOS), no âmbito do Sistema Integrado de Operações de Proteção e Socorro
(SIOPS):
Garantir o funcionamento, a operatividade e a articulação com todos os agentes de proteção civil do
sistema de proteção e socorro no âmbito do distrito;
Assegurar o comando e controlo das situações que pela sua natureza, gravidade, extensão e meios
envolvidos ou a envolver requeiram a sua intervenção;
Mobilizar, atribuir e empregar o pessoal e os meios indispensáveis e disponíveis à execução das operações;
Assegurar a gestão dos meios aéreos a nível distrital;
Assegurar a coordenação, no respeito pela sua direção e comando próprios, de todas as entidades e
instituições empenhadas em operações de socorro;
Apoiar técnica e operacionalmente as comissões distritais de proteção civil;
Propor os dispositivos distritais, os planos de afetação de meios técnicos e humanos e as ordens de
operações.
O 2º comandante operacional distrital depende hierarquicamente do comandante operacional distrital e
exerce as competências e funções que este determinar.
O comandante operacional distrital depende hierarquicamente do comandante operacional de
agrupamento distrital, que no caso da região do Algarve é o mesmo.
1.2.2.3. Comando Municipal de Operações de Socorro
A Lei Nº 65/2007, de 12 de Novembro, com as alterações introduzidas pelo Decreto-Lei nº 114/2011 de 30
de novembro, que define o enquadramento institucional e operacional da proteção civil no âmbito
municipal, estabelece que todos os municípios deverão ter um Comandante Operacional Municipal (COM)
ao qual competirá assumir a coordenação das operações de socorro de âmbito municipal, nas situações
___ Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Loulé
PARTE IV - INFORMAÇÃO COMPLEMENTAR - SECÇÃO I 13
previstas no plano de emergência municipal, bem como a dimensão do sinistro requeira o emprego de
meios de mais um corpo de bombeiros. Sem prejuízo da dependência hierárquica e funcional do Presidente
da Câmara, o COM mantém em permanência a ligação e articulação com o Comandante Operacional
Distrital.
Na figura seguinte (Fig. 3), representa-se esquematicamente a interligação entre a estrutura de proteção
civil e a estrutura das operações (de acordo com a Lei de Bases da Proteção Civil Lei nº 27/2006, de 3 de
julho, alterada pela Lei Orgânica nº1/2011, de 30 de novembro; a Lei nº 65/2007, de 12 de novembro, com
as alterações introduzidas pelo Decreto-Lei nº 114/2011 de 30 de novembro; o Decreto-Lei nº 134/2006, de
25 de julho), com as alterações introduzidas pelo Decreto-Lei nº 114/2011, de 30 de novembro e pelo
Decreto-Lei nº 72/2013, de 31 de maio.
ÓRGÃO COMPETÊNCIAS
Comissão Municipal
de Proteção Civil
(CMPC)
Gerir a participação de cada força ou serviço nas operações de socorro (ver ponto 1 da
Parte II do PMEPCL).
Comandante
Operacional
Municipal
Assumir a coordenação das operações de socorro de âmbito municipal, nas situações
previstas no plano de emergência municipal, bem como quando a dimensão do sinistro
requeira o emprego de meios de mais de um corpo de bombeiros;
Comparecer no local do sinistro sempre que as circunstâncias o aconselhem;
Acompanhar permanentemente as operações de proteção e socorro que ocorram na
área do concelho;
Promover a elaboração dos planos prévios de intervenção com vista à articulação de
meios face a cenários previsíveis;
Promover reuniões periódicas de trabalho sobre matérias de âmbito exclusivamente
operacional, com os comandantes dos corpos de bombeiros;
Dar parecer sobre o material mais adequado à intervenção operacional no respetivo
município.
Tabela 2 - Competência da Estrutura de Coordenação Institucional de Nível Municipal (CMPC)
___ Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Loulé
PARTE IV - INFORMAÇÃO COMPLEMENTAR - SECÇÃO I 14
Fonte: ANPC 2004
Figura 2 - Esquema da Articulação da Estrutura de Proteção Civil com a Estrutura das Operações.
1.2.2.4. Posto de Comando Municipal
Em caso de ativação do PMEPCL será criado um Posto de Comando Municipal (PCMun) o qual ficará
responsável pela gestão da resposta operacional ao acidente grave ou catástrofe, acionando todos os
meios disponíveis na área do concelho, assim como os meios de reforço que lhe forem enviados pelo
escalão distrital.
Neste sentido, a missão fundamental do PCMun será garantir uma articulação eficiente entre todas as
entidades que integram a CMPC, organismos e entidades de apoio, e assegurar uma correta ligação entre
as estruturas de comando e as várias equipas que se encontram no terreno.
A atividade do PCMun será apoiada por Equipas de Avaliação e Reconhecimento de Situação (ERAS) e
Equipas de Avaliação técnica (EAT) que terão as seguintes missões:
CNPC MAI
COMANDO OPERACIONAL (permanente)
ESTRUTURA POLITICA ESTRUTURA OPERACIONAL (SIOPS)
COORDENAÇÃO EXECUÇÃO DIREÇÃO
COORDENAÇÃO INSTITUCIONAL
(conjuntural)
Primeiro Ministro
Concelho de Ministros
AR
NA
CIO
NA
L
ANPC
CCON
CCOD
CMPC
CNOS
COM
CDOS
AGR. DISTRITAIS
DIS
TRIT
AL
MU
NIC
IPA
L
CMPC PRES CM SMPC
CDPC
___ Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Loulé
PARTE IV - INFORMAÇÃO COMPLEMENTAR - SECÇÃO I 15
ERAS - Proceder a uma avaliação global dos cenários vividos em diferentes zonas do concelho, sendo
constituídas por elementos das Divisões da CML (Controlo de Atividades Económicas e Fiscalização,
Edifícios, Equipamentos e Energia, Saneamento Básico, Rede Viária e Transito, Ambiente, Espaços
Públicos e Transportes, Educação, Desporto e Saúde e Serviço Municipal de Proteção Civil), das
Empresas Municipais: (Infra – Quinta, Infra – Lobo, Infra – Moura e LC Global) e das Juntas de
Freguesia. As ERAS disponibilizam relatórios de situação orais ao PCMun.
Poderão ainda integrar as ERAS outros elementos considerados pelo PCMun.
EAT – Proceder a uma avaliação técnica das condições de segurança de infraestruturas (em especial edifícios), sendo as equipas constituídas por técnicos da CML.
Nota: Importa ressalvar a necessidade de rotação ao nível dos comandos dos vários agentes de proteção
civil e dos responsáveis pelo SMPC. Neste sentido, será necessário que assim que as estratégias de
intervenção se encontrem definidas e em curso (e sempre que o PCMun se encontre a operar há 18 horas),
os elementos que se encontrem no PCMun sejam rendidos por elementos de escalão hierárquico
imediatamente inferior e que permaneçam em descanso por um período nunca inferior a 8 horas.
1.2.2.5. Organização das Operações no Âmbito do PMEPCL
Sempre que aconteça um acidente no concelho a evolução do comando irá seguir o previsto no Sistema
Integrado de Operações de Proteção e Socorro (SIOPS; Decreto-Lei n.º 134/2006, de 25 de Julho, com as
alterações introduzidas pelo Decreto-Lei nº 144/2011, de 30 de novembro e pelo Decreto-Lei nº 72/2013,
de 31 de maio), ou seja, em caso de acidente, numa primeira fase o comando das operações será
assegurado pelo Comandante das Operações de Socorro, de acordo com o previsto na Diretiva Operacional
N.º1 de 2010. Caso o acidente apresente uma complexidade que assim o exija, o COS deverá montar,
organizar e colocar em funcionamento um Posto de Comando Operacional. Em ocorrências de maior
dimensão, gravidade ou envolvendo várias organizações integrantes do SIOPS, o COS deverão constituir um
Posto de Comando Operacional Conjunto (PCOC) como evolução dinâmica de um Posto de Comando
Operacional (este será tipicamente um cenário que poderá levar à declaração de situação de alerta de
âmbito municipal).
Em caso de ativação do PMEPCL define-se que as ações de socorro serão desenvolvidas em frentes, as
quais poderão ser subdivididas em sectores, que representam áreas geográficas específicas onde se
pretende organizar as várias operações de proteção e socorro (como por exemplo o combate a incêndios) e
operações de apoio (como por exemplo desobstrução de vias, etc.).
___ Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Loulé
PARTE IV - INFORMAÇÃO COMPLEMENTAR - SECÇÃO I 16
1.2.2.6. Posto de Comando Operacional
Quanto às ações no TO, o SIOPS define o sistema de gestão de operações, consistindo, numa organização
operacional que se desenvolve de forma modular, de acordo com a importância e o tipo de ocorrência. Por
este facto, sempre que uma força de socorro integrante do SIOPS seja acionada para uma ocorrência, o
chefe da primeira força a chegar ao local do sinistro, assume a posição de comandante da operação e
garante a construção de um sistema evolutivo de comando e controlo da operação.
Perante o descrito anteriormente, é de referir que é responsabilidade do COS a decisão do
desenvolvimento da organização (recorrer ao auxilio de outras entidades) sempre que os meios disponíveis
no ataque inicial se mostrem insuficientes. De forma a apoiar o COS na preparação das decisões e na
articulação dos meios no teatro de operações, o SIOPS institui um novo órgão designado por Posto de
Comando Operacional (PCO), tendo este as seguintes competências:
A recolha e o tratamento operacional das informações;
A preparação das ações a desenvolver;
A formulação e transmissão de ordens, diretrizes e pedidos;
O controlo da execução das ordens;
A manutenção das operacionalidades dos meios empregues;
A gestão dos meios de reserva.
Quanto ao posto de comando operacional, é composto por três células, (célula de planeamento, célula de
operações, célula de logística), sendo nomeado pelo COS um responsável por cada uma das células, que
assume a designação de oficial de planeamento, oficial de operações e oficial de logística respetivamente.
Estas células são coordenadas diretamente pelo COS, o qual é assessorado por três oficias: um adjunto para
a segurança, um adjunto para as relações públicas e outro para ligação com outras entidades. A
implantação do PCO no teatro de operações deverá ser realizada preferencialmente numa infraestrutura
ou veículo apto para o efeito.
De acordo com a Diretiva Operacional Nacional (DON) – DIOPS n.º 1, de 2010, a responsabilidade da função
do COS cabe:
Ao chefe da primeira equipa a chegar à ocorrência, independentemente do seu posto;
Ao mais graduado dos Bombeiros no teatro de operações;
Ao Comandante do Corpo de Bombeiros da área de atuação;
A um Comandante de Bombeiros designado pelo respetivo CODIS, se a situação o justificar e de
acordo com a DON n.º1, de 2010;
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PARTE IV - INFORMAÇÃO COMPLEMENTAR - SECÇÃO I 17
A responsabilidade do comando e controlo de uma operação de proteção e socorro será do
elemento da estrutura e comando operacional distrital da ANPC, da área de jurisdição, se a
situação o justificar.
Em ocorrências de maior dimensão, gravidade ou envolvendo várias das entidades integrantes do SIOPS, o
COS deverá constituir um Posto de Comando Operacional Conjunto, como evolução de um PCO, acionando-
se nestes casos, um elemento do Serviço Municipal de Proteção Civil, técnicos ou oficiais de ligação das
várias entidades, para apoio ao COS na redefinição do plano de Acão e representantes das autarquias
locais.
Para uma maior funcionalidade e operacionalidade o sistema de gestão de operações prevê a sectorização
do teatro de operações em quatro tipos de zonas:
Zona de Sinistro (ZS) – A zona de sinistro é a superfície na qual se desenvolve a ocorrência, de
acesso restrito, onde se encontram exclusivamente os meios necessários à intervenção direta e
com missão atribuída, sob responsabilidade do COS.
Zona de Apoio (ZA) – A zona de apoio (ZA) é uma zona adjacente à ZS, de acesso condicionado,
onde se concentram os meios de apoio e logísticos estritamente necessários ao suporte dos meios
em operação e onde estacionam meios de intervenção para resposta imediata.
Zona de Concentração e Reserva (ZCR) – A zona de concentração e reserva é uma zona do teatro
de operações onde se localizam temporariamente meios e recursos disponíveis sem missão
imediata e onde se mantém o sistema de apoio logístico às forças.
Zona de Receção de Reforços (ZRR) – A zona de receção de reforços é uma zona de controlo e
apoio logístico, sob a responsabilidade do comandante operacional distrital da área onde se
desenvolve o sinistro, para onde se dirigem os meios de reforço atribuídos pelo Centro de
Coordenação Operacional Nacional (CCON) antes de atingirem a ZCR no teatro de operações.
___ Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Loulé
PARTE IV - INFORMAÇÃO COMPLEMENTAR - SECÇÃO I 18
Figura 3 - Esquema da Organização e Comando do Teatro de Operações.
Na figura anterior (Figura 3) apresenta-se esquematicamente a articulação operacional prevista no PMEPCL
entre o Comandante das Operações de Socorro (COS), a Comissão Municipal Proteção Civil (CMPC) e o
Comandante Distrital Operações de Socorro (CODIS).
1.2.2.7. Estado de Alerta Especial para o SIOPS
A Diretiva Operacional Nacional n.º 1/ANPC/2007, de 16 de Maio, estabelece diretrizes de referência para a
ativação do estado de alerta especial para o SIOPS, aplicáveis às entidades integrantes daquele sistema. No
âmbito da monitorização e gestão do risco o SIOPS inclui dois estados de alerta:
O estado de alerta normal, que compreende a monitorização e o dispositivo de rotina, estando ativado nas
situações que não determinem o estado de alerta especial. Este estado de alerta inclui o nível verde.
O estado de alerta especial, que compreende o reforço da monitorização e o incremento do grau de
prontidão das entidades integrantes do SIOPS, com vista a intensificar as ações preparatórias para as
Responsável por
Coordena-se com
POSTO DE COMANDO OPERACIONAL
Comandante das Operações de Socorro
Célula de Planeamento
Célula de Operações
Célula de Logística
Adjunto para a segurança
Adjunto para ligação com outras
entidades
CMPC
Assessorado
TEATRO DE OPERAÇOES
ZONA DO SINISTRO
ZONA DE APOIO
ZONA DE CONCENTRAÇÃO
ZONA DE RECEPÇÃO DE REFORÇOS
COM
CDOS
Adjunto para as
relações públicas
CCOD
___ Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Loulé
PARTE IV - INFORMAÇÃO COMPLEMENTAR - SECÇÃO I 19
tarefas de supressão ou mitigação das ocorrências, colocando meios humanos e materiais de prevenção em
relação ao período de tempo e à área geográfica em que se preveja especial incidência de condições de
risco ou emergência. Este estado de alerta inclui os níveis azuis, amarelo, laranja e vermelho, progressivos
conforme a gravidade da situação e o grau de prontidão que esta exige.
A ativação do estado de alerta especial para o SIOPS, baseia-se numa matriz de risco, a qual é baseada no
grau de gravidade e no grau de probabilidade associados ao evento. O grau de prontidão e de mobilização
dos meios e recursos das entidades integrantes do sistema é determinado de acordo com o nível de estado
de alerta especial decretado (Tabela 3), sem prejuízo do definido em cada plano e ou diretiva da ANPC para
cada situação em concreto, incluindo os meios e recursos de 1ª intervenção/ataque inicial. O grau de
prontidão e de mobilização é apenas aplicável aos meios e recursos a envolver no reforço em cada tipo de
ocorrência ou risco, tendo em consideração a área geográfica e territorial abrangida.
NÍVEL DO ESTADO DE ALERTA ESPECIAL
GRAU DE PRONTIDÃO GRAU DE MOBILIZAÇÃO
(%)
VERMELHO Até 12 horas 100
LARANJA Até 6 horas 50
AMARELO Até 2 horas 25
AZUL Imediato 10
Tabela 3 - Grau de Prontidão de Monitorização Associados aos Níveis do Estado de Alerta Especial para o SIOPS.
Conforme o constante na Diretiva Operacional Nacional n.º 1/2007, de 16 de Maio, a declaração e/ou
cancelamento da ativação do estado de alerta especial para o SIOPS:
É da competência do Centro de Coordenação Operacional Nacional (CCON);
Pode ser determinada com aplicação geral a todo o território nacional, região, área ou local;
O presidente da ANPC pode alterar o nível do estado de alerta especial;
O comandante operacional nacional pode, em situações de reconhecida urgência e gravidade,
alterar o nível do estado de alerta especial para o SIOPS, sujeito a posterior e oportuna ratificação
do presidente da ANPC;
Compete ao Comando Nacional de Operações de Socorro da ANPC a transmissão das ordens de
declaração/cancelamento/alteração.
As diferentes entidades integrantes do SIOPS estabelecem, através de regulamentação interna, as medidas
sectoriais a implementar em cada nível, harmonizadas com o estado de alerta especial para o SIOPS.
___ Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Loulé
PARTE IV - INFORMAÇÃO COMPLEMENTAR - SECÇÃO I 20
Quanto aos diferentes estados de alerta do SIOPS, estes assumem grande relevância para o PMEPCL, uma
vez que:
Permitem o alerta a parte das entidades que operam a nível municipal (agentes de proteção civil e
CML) nas situações em que o CCON preveja a possibilidade de virem a ocorrer perturbações no
normal funcionamento do concelho;
Permite que automaticamente os agentes de proteção civil do concelho se encontrem em estado
de prontidão nas situações em que o CCON preveja ou em que se tenha verificado a ocorrência
perturbações no normal funcionamento do concelho;
Garante que em caso de necessidade de ativação de meios supramunicipais, os mesmos sejam
rapidamente disponibilizados pelas entidades coordenadas ao nível do CDOS/CCOD, uma vez que já
se encontravam (em parte ou totalmente) em estado de prontidão.
___ Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Loulé
PARTE IV - INFORMAÇÃO COMPLEMENTAR - SECÇÃO I 21
2. MECANISMOS DA ESTRUTURA DE PROTEÇÃO CIVIL
Com o objetivo de garantir a operacionalidade e coordenação dos agentes de proteção civil, essenciais para
uma resposta rápida e eficiente em situações de acidente grave ou catástrofe, e uma efetiva prevenção de
riscos, a Lei de Bases da Proteção Civil (Lei n.º 27/2006, de 3 de Julho) com as alterações introduzidas pela
Lei Orgânica nº1/2011, de 30 de Novembro, prevê a criação de Comissões Municipais de Proteção Civil
(CMPC). Em caso de emergência, ou na sua iminência, compete à CMPC ativar o respetivo Plano de
Emergência que compreende, entre outros elementos, a estrutura organizacional dos diferentes agentes de
proteção civil.
De acordo com a Lei n.º 65/2007, de 12 de Novembro, com as alterações introduzidas pelo Decreto-Lei
114/2011 de 30 de novembro, que define o enquadramento institucional e operacional da proteção civil no
âmbito municipal, em cada município existe uma CMPC, organismo que assegura que todas as entidades e
instituições de âmbito municipal imprescindíveis às operações de proteção e socorro, emergência e
assistência previsíveis ou decorrentes de acidente grave ou catástrofe se articulam entre si, garantindo os
meios considerados adequados à gestão da ocorrência em cada caso concreto.
Com a constituição da CMPC garante-se, portanto, a articulação das entidades e instituições de âmbito
municipal imprescindíveis às operações de proteção e socorro, emergência e assistência previsíveis ou
decorrentes de acidente grave ou catástrofe, promovendo-se uma ação concertada ao nível do município e
integrando-se diferentes competências, experiências e conhecimentos, garantindo os meios considerados
mais adequados à gestão e resposta para cada ocorrência.
À CMPC caberá estabelecer um circuito de comunicação entre as diferentes entidades que a compõem, de
forma a tornar eficiente a partilha de informação e operacionalização das ações a realizar. As entidades que
fazem parte da CMPC devem também estabelecer entre si relações de colaboração institucional, no sentido
de aumentar a eficácia e efetividade das medidas tomadas em casos de emergência.
2.1. Composição, Convocação e Competências Comissão Municipal de Proteção Civil (CMPC)
Na Tabela 4 apresentamos a CMPC de Loulé, a sua composição e as suas competências.
COMISSÃO MUNICIPAL DE PROTEÇÃO CIVIL DE LOULÉ
DESCRIÇÃO Entidades / competências
CONVOCAÇÃO Presidente da Câmara Municipal de Loulé
REUNIÃO
E
MODO
DE CONVOCAÇÃO
O funcionamento da CMPC passará pela definição das responsabilidades de cada uma das entidades e
instituições de âmbito Municipal que a compõe, e necessariamente, pela realização frequente de reuniões
que permitam àquelas entidades acompanhar de perto o evoluir das operações e definir estratégias
conjuntas de ação.
A realização de reuniões possibilita ainda a responsabilização perante a CMPC de cada uma das entidades
___ Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Loulé
PARTE IV - INFORMAÇÃO COMPLEMENTAR - SECÇÃO I 22
que têm a seu cargo ações definidas no PMEPCL, assim como a apresentação e discussão de propostas.
Neste sentido, dada a importância que apresenta a criação de condições que permitam a comunicação
regular entre as entidades com responsabilidades nas operações de proteção e socorro, emergência e
assistência previsíveis ou decorrentes de acidente grave ou catástrofe definiu-se que a CMPC de Loulé
(restrita), reunirá ordinariamente uma vez por semestre, por convocação do Presidente da CML de modo a
garantir o acompanhamento da execução das ações previstas no PMEPCL, bem como a sua monitorização
e definição de estratégias de proteção civil a implementar no concelho.
A convocação dos membros e participantes será realizada através de ofício a remeter via postal com a
antecedência mínima de 10 dias (exceto em situações de manifesta urgência).
A ordem de trabalhos pode incluir outros os assuntos da competência da CMPC, podendo ser indicados
por outros membros, mediante comunicação por escrito a apresentar ao presidente antes de este
convocar a reunião.
A CMPC poderá reunir-se extraordinariamente por convocação:
Do Presidente da Câmara Municipal (ou pelo Vice Presidente caso, se encontre impossibilitado
de exercer as suas funções), como autoridade municipal de proteção civil, em situações de
declaração de alerta, contingência ou calamidade, e/ou outras situações que pelo seu risco
expectável entenda ser prudente adotar medidas extraordinárias;
Por maioria qualificada dos elementos que a constituem.
O modo de convocação extraordinário da CMPC associada à declaração da situação de alerta de âmbito
municipal ou de ativação do PMEPCL será realizado através de envio de SMS ou por contacto via telefónica
(Rede Fixa ou Móvel). A responsabilidade será do Presidente da Camara Municipal de Loulé.
Os elementos da CMPC serão informados no prazo máximo de 3 horas após o acidente grave ou
catástrofe, ou outras ocorrências que, pela sua dimensão ou consequência, justifiquem uma eventual
convocação da CMPC. Findo esse prazo, na ausência de qualquer contacto, deverão os elementos da CMPC
dirigir-se ao local de funcionamento da respetiva Comissão
Nota: A CMPC delibera com a presença da maioria dos seus membros, exceto se for convocada com
caracter de urgência.
COMPOSIÇÃO
O número 3, do artigo 3º, da Lei nº 65/2007, de 12 de Novembro, com as alterações introduzidas pelo
Decreto-Lei 114/2011 de 30 de novembro, define que em cada município existe uma comissão municipal
de proteção civil (CMPC), organismo que assegura que todas as entidades e instituições de âmbito
municipal imprescindíveis às operações de proteção e socorro, emergência e assistência previsíveis ou
decorrentes de acidente grave ou catástrofe se articulam entre si, garantindo os meios considerados
adequados à gestão da ocorrência em cada caso concreto. Integram a comissão municipal de proteção civil
de Loulé os seguintes elementos:
Presidente da Câmara Municipal de Loulé que preside;
Vice-Presidente com o pelouro da Proteção Civil;
Comandante Operacional Municipal (COM);
Um elemento do comando do corpo de Bombeiros de Loulé (BL);
___ Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Loulé
PARTE IV - INFORMAÇÃO COMPLEMENTAR - SECÇÃO I 23
Representante do Gabinete de Eventos, Comunicação e Imagem (GECI);
Chefe de Divisão de Proteção Civil e de Vigilância;
Autoridade Marítima Local (AML);
Guarda Nacional Republicana (GNR);
Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF);
Autoridade de Saúde do Município (AS);
Cruz Vermelha Portuguesa (CVP);
Diretor Executivo do Aces Central;
Diretor do Hospital Central de Faro;
Representante dos Serviços de Segurança Social e Solidariedade;
Representante das Forças Armadas;
Presidente de Junta em representação das Juntas de Freguesia.
COMPETÊNCIAS
O número 3, do artigo 3º, da Lei nº 65/2007, de 12 de Novembro, com as alterações introduzidas pelo
Decreto-Lei 114/2011 de 30 de novembro, define como competências da CMPC as atribuídas por lei às
Comissões Distritais de Proteção Civil (CDPC) que se revelem adequadas à realidade e dimensão do
município, designadamente as seguintes:
Acionar a elaboração do PMEPCL, acompanhar a sua execução e remetê-lo para aprovação pela
Comissão Nacional de Proteção Civil;
Acompanhar as políticas diretamente ligadas ao sistema de proteção civil que sejam desenvolvidas
por agentes públicos;
Determinar o acionamento do Plano Municipal de Emergência quando tal o justificar;
Garantir que as entidades e instituições que integram a CMPC acionam, ao nível municipal, no âmbito
da sua estrutura orgânica e das suas atribuições, os meios necessários ao desenvolvimento das ações
de proteção civil;
Gerir a participação operacional de cada força ou serviço nas operações de socorro a desencadear;
Difundir comunicados e avisos às populações, às entidades e instituições, incluindo os OCS.
LOCAL DAS
REUNIÕES DA
CMPC
As terão lugar no Edifício Eng.º Duarte Pacheco (Sala da Assembleia Municipal) ou no Salão Nobre do
Edifício Paços do Concelho, em caso de emergência ou impedimento dos mesmos, o local alternativo será
no Quartel de Bombeiros de Loulé (Salão Nobre), em virtude do gerador existente no mesmo.
SECRETARIADO
DA CMPC
De acordo com o nº 1, do artigo 10º, da Lei nº 65/2007, de 12 de Novembro, com as alterações
introduzidas pelo Decreto-Lei 114/2011 de 30 de novembro, compete ao SMPC assegurar o
funcionamento dos organismos municipais de proteção civil, logo:
Compete ao SMPC assegurar o funcionamento e o secretariado da CMPC.
Tabela 4 - Comissão Municipal de Proteção Civil de Loulé.
2.2. Critérios e Âmbito para a Declaração das Situações de Alerta de Âmbito Municipal
As declarações de situações de alerta, contingência ou calamidade são mecanismos à disposição das
autoridades políticas de proteção civil para potenciar a adoção de medidas preventivas ou reativas a
desencadear na iminência ou ocorrência de um acidente grave ou catástrofe. Tal declaração é realizada de
acordo com a natureza dos acontecimentos a prevenir ou enfrentar e a gravidade e extensão dos seus
___ Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Loulé
PARTE IV - INFORMAÇÃO COMPLEMENTAR - SECÇÃO I 24
efeitos atuais ou potenciais. Relativamente aos fenómenos que podem proporcionar a declaração de
situação de alerta são:
Acidente Grave
É um acontecimento inusitado com efeitos relativamente limitados no tempo e no espaço, suscetível de
atingir as pessoas e outros seres vivos, os bens ou o ambiente.
Catástrofe
É o acidente grave ou a série de acidentes graves suscetíveis de provocarem elevados prejuízos materiais e,
eventualmente, vítimas, afetando intensamente as condições de vida e o tecido socioeconómico em áreas
ou na totalidade do território nacional.
Quanto aos critérios e ao âmbito em que ocorre a declaração da situação de alerta (que leva ao
acionamento do PMEPCL), encontram-se definidas na Lei de Bases da proteção Civil (Lei n.º 27/2006, de 3
de Julho, alterada pela Lei Orgânica 1/2011, de 30 de novembro) e são apresentados na Tabela 5.
Ainda em relação à declaração de situação de alerta de âmbito municipal não implica por si só a
necessidade de ativação do PMEPCL, bem como a situação inversa. Isto é, a ativação do PMEPCL não leva à
obrigatoriedade de se proceder à declaração da situação de alerta municipal por parte do Presidente da
Câmara Municipal de Loulé. As situações que poderão justificar a declaração de situação de alerta de
âmbito municipal ou a ativação do PMEPCL têm por base a probabilidade de ocorrência de situação de
emergência e o dano (material e humano) esperado ou verificado. A cadeia de decisão encontra-se
tipificada no Ponto 7.2 da Parte I do PMEPCL.
DESCRIÇÃO DECLARAÇÃO ALERTA (art.º 13º, da Lei nº27/2006)
Quando se declara
Face à ocorrência ou iminência de ocorrência de acidente grave ou catástrofe, é reconhecida a
necessidade de adotar medidas preventivas e ou medidas especiais de reação no Município ou em parte
deste.
A declaração será realizada tendo em conta com a especificidade dos acontecimentos, a gravidade e a
extensão dos seus efeitos atuais ou esperados.
A declaração de alerta de âmbito municipal não determina por si só a ativação do PMEPCL. Também a
ativação do PMEPCL, não implica necessariamente a obrigatoriedade de se proceder à declaração da
situação de alerta por parte do Presidente da Câmara Municipal de Loulé, mas se o PMEPCL foi ativado,
parece uma boa conduta que após essa ativação surja uma declaração prévia de alerta de âmbito
municipal.
A necessidade ou não da declaração da situação de alerta de âmbito municipal dependerá da
probabilidade do acidente grave ou catástrofe ocorrer, assim como a gravidade esperada dessa ocorrência
(danos materiais e humanos).
___ Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Loulé
PARTE IV - INFORMAÇÃO COMPLEMENTAR - SECÇÃO I 25
Quem tem
competência para
declarar
Presidente da Câmara Municipal de Loulé
(alerta de âmbito municipal)
Comandante Operacional Distrital
(no todo ou em parte do seu âmbito territorial de competência, precedida da audição, sempre que
possível, dos presidentes das câmaras municipais dos municípios abrangidos)
Ministro da Administração Interna
O que deve
mencionar o ato de
declaração
Para além das medidas especialmente determinadas pela natureza da ocorrência que originou o evento,
a declaração da situação de alerta dispõe expressamente sobre:
O âmbito temporal e territorial;
A estrutura de coordenação e controlo dos meios e recursos a disponibilizar.
Que outros
procedimentos
devem ser
seguidos
A obrigatoriedade da convocação da CMPC;
O estabelecimento dos procedimentos adequados à coordenação técnica e operacional dos serviços
e agentes de proteção civil, bem como dos recursos a utilizar;
O estabelecimento das orientações relativas aos procedimentos de coordenação da intervenção das
forças e serviços de segurança;
A adoção de medidas preventivas adequadas à ocorrência
A obrigação especial de colaboração dos meios de comunicação social, em particular das rádios e das
televisões, assim como a estrutura de coordenação e controlo dos meios e recursos a disponibilizar,
visando a divulgação das informações relevantes relativas à situação;
Tabela 5 - Critérios e Âmbito para a Declaração da Situação de Alerta.
2.3. Sistema de Monitorização, Alerta e Aviso
Os sistemas de monitorização visam uma eficaz vigilância, um rápido alerta aos agentes de Proteção Civil e
entidades envolvidas no PMEPCL e um adequado aviso à população, de modo a garantir que, na iminência
ou ocorrência de um acidente grave ou catástrofe, as entidades intervenientes no plano como as
populações vulneráveis tenham a capacidade de agir de modo a salvaguardar as vidas e a proteção dos
bens.
2.3.1. Sistemas de Monitorização
Os sistemas de monitorização são compostos por um conjunto organizado de recursos humanos e de meios
técnicos, que permitem a observação, medição e avaliação contínua do desenvolvimento de um processo
ou fenómeno, visando garantir respostas adequadas e oportunas. Os sistemas de monitorização em uso
são diferentes conforme as tipologias de risco.
Para a monotorização da situação da tipologia dos riscos no município, os sistemas externos utilizados são:
Sistema de avisos meteorológicos do Instituto Português do Mar e da Atmosfera;
Sistema de Vigilância e Alerta de Recursos hídricos do Instituto da Água;
Rede Nacional de Alerta de Radio atividade no Ambiente, da Agencia Portuguesa do Ambiente;
Índice Ícaro.
___ Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Loulé
PARTE IV - INFORMAÇÃO COMPLEMENTAR - SECÇÃO I 26
O SMPC de Loulé recebe frequentemente comunicados operacionais do CDOS de Faro com estes conteúdos
de informação relevante.
A nível municipal a monitorização relacionada com a Defesa da Floresta Contra Incêndios (DFCI) existe uma
Equipa Municipal de Intervenção Florestal (EMIF), Equipa de Voluntariado Jovem - Vigilantes Florestais e 2
postos de vigia, coordenados pela GNR, não existindo nenhum outro sistema de monitorização específico
para outros riscos.
Figura 4 - Sistema de Monitorização, Alerta e Aviso.
Para além da informação disponibilizada pelos sistemas atrás referidos, o SMPC recolhe informação
complementar no terreno, tendo como principal objetivo aferir a situação à escala do concelho. O
desencadeamento dos procedimentos de emergência e alerta aos agentes de proteção civil, organismos e
entidades de apoio do concelho, está dependente da informação recolhida pelo SMPC no terreno e na
informação difundida pelo CDOS de Faro (Ponto 2.3.2 - Sistemas de alerta).
___ Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Loulé
PARTE IV - INFORMAÇÃO COMPLEMENTAR - SECÇÃO I 27
2.3.2. Rede Nacional de Postos de Vigia (Incêndios Florestais)
De acordo com o Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios (PMDFCI) de Loulé, no concelho
existem dois postos de vigia pertencentes à Rede Nacional de postos de vigia (RNPV): posto de vigia do
Malhão, posicionado no sítio do Malhão freguesia de Salir, que pela sua localização tem uma excelente
visibilidade, e o posto de vigia do Zebro, também situado na freguesia de Salir.
2.3.3. Sistema de Sistema de Avisos Meteorológicos (Situações Meteorológicas Adversas)
O Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) mantém e desenvolve sistemas de monitorização,
informação e vigilância meteorológica, sismológica e da composição da atmosfera, relativas a situações
meteorológicas adversas, através do Sistema de Avisos Meteorológicos, possuindo a exclusividade de
emissão de avisos de mau tempo de carácter meteorológico às entidades públicas e privadas. Dispondo de
uma rede de estações meteorológicas e de postos udométricos distribuídos pelo país, procedendo à
monitorização climatológica, nomeadamente, vento, precipitação, queda de neve, trovoada, frio, calor e
nevoeiro.
Ao IPMA compete assegurar a vigilância meteorológica, através do respetivo sistema de monitorização, e
emitir avisos meteorológicos sempre que se preveja ou se observe a ocorrência de fenómenos
meteorológicos adversos. O sistema de avisos meteorológicos tem por objetivo avisar a ANPC, a Direcção-
Geral da saúde e a população em geral para a ocorrência de situações meteorológicas de risco, que nas
próximas 24 horas possam causar danos ou prejuízos a diferentes níveis, dependendo da sua intensidade.
Os avisos são emitidos à escala distrital para diferentes parâmetros meteorológicos, segundo uma tabela
de cores, que reflete o grau de intensidade do fenómeno.
As cores dos avisos meteorológicos devem ser interpretadas conforme as seguintes considerações:
COR DO AVISO CONSIDERAÇÕES
Verde Não se prevê nenhuma situação meteorológica de risco.
Amarelo Situação de risco para determinadas atividades dependentes da situação meteorológica.
Acompanhar a evolução das condições meteorológicas.
Laranja Situação meteorológica de risco moderado a elevado. Manter-se ao corrente da evolução das
condições meteorológicas e seguir as orientações da ANPC.
Vermelho Situação meteorológica de risco extremo. Manter-se regularmente ao corrente da evolução das
condições meteorológicas e seguir as orientações da ANPC.
Fonte: IPMA
Tabela 6 - Cores dos Avisos Meteorológicos, Utilizados pelo Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).
___ Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Loulé
PARTE IV - INFORMAÇÃO COMPLEMENTAR - SECÇÃO I 28
Tendo em conta as diferentes as diferentes características dos fenómenos meteorológicos, incidência e
efeitos causados, foram estabelecidos critérios de emissão para cada situação, conforme se apresenta na
seguinte tabela:
VARIÁVEL CLIMÁTICA
PARÂMETRO AVISO METEOROLÓGICO
UNIDADES NOTAS AMARELO LARANJA VERMELHO
VENTO
Velocidade média do vento
50 - 70 70 - 90 > 90 km/h
Rajada máxima do vento
70 - 90 90 - 130 > 130 km/h
PRECIPITAÇÃO
Chuva/ Aguaceiros 10 - 20 20 - 40 > 40 mm/1h Milímetros
numa hora Chuva/
Aguaceiros 30 - 40 40 - 60 > 60 mm/6 h Milímetros em 6 horas
TROVOADA
Descargas elétricas
Frequentes e dispersas
Frequentes e concentradas
Muito frequentes e
excessivamente concentradas
NEVOEIRO
Visibilidade *≥ 48h *≥ 72h *≥ 96h *duração
TEMPO QUENTE
Temperatura máxima
33 a 37 38 a 41 > 41 ºC
Duração ≥ 48 horas
TEMPO FRIO
Temperatura mínima
4a1 0 a -1 < -1 ºC
Duração ≥ 48 horas
AGITAÇÃO MARÍTIMA
Altura significativa das
Ondas 2-3 3-5 >5 m
Com Ondulação de Sueste na costa Sul do
Algarve
Tabela 7 - Critérios de Emissão dos Avisos Meteorológicos, utilizados pelo Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA)
para o Distrito de Faro.
Relativamente ao Índice Meteorológico de Risco de Incendio, o IPMA utiliza o sistema canadiano FWI ( Fire Weather
Index). O índice final FWI é distribuído segundo a escala distrital de risco de incendio por um conjunto de cinco classes
de risco: Reduzido, Moderado, Elevado, Muito Elevado e Máximo.
2.3.4. Sistemas de Alerta
As Autoridades, Organismos e Entidades de apoio são notificados face aos dados disponibilizados pelos
sistemas de monitorização com procedimentos específicos, sendo a prioridade do alerta efetuado
consoante o nível da situação, na iminência ou ocorrência de acontecimentos suscetíveis de provocar
danos em pessoas, bens e no ambiente.
Atualmente a CML como não tem um sistema de monitorização próprio, a difusão de alertas baseia-se na
informação recolhida pelo SMPC e em comunicados difundidos pelo CDOS de Faro (sistema de alerta do
SIOPS).
Assim, sempre que o SMPC recolha informação no terreno ou receba um comunicado de alerta do CDOS,
que possa justificar a declaração de alerta de âmbito municipal ou a ativação do PMEPCL, o SMPC procede
à sua divulgação junto dos agentes de proteção civil do concelho e caso seja ou se considere necessário,
tendo em conta a situação de emergência, junto das entidades de apoio implementadas no concelho.
___ Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Loulé
PARTE IV - INFORMAÇÃO COMPLEMENTAR - SECÇÃO I 29
Apesar do sistema de alerta do SIOPS compreender a notificação por parte do CDOS aos agentes de
proteção civil do concelho, é entendimento da CMPC, contactar igualmente estas entidades, de modo a dar
início à necessária articulação entre entidades.
A notificação basear-se-á num sistema redundante, isto é, deverá ser emitido através de diferentes meios
de difusão (SMS, Telefone, fax, comunicados e estafetas), de modo a garantir a comunicação.
2.3.5. Sistemas de Aviso
Os avisos à população referem-se a procedimentos de aviso e a mecanismos de informação e formação,
com vista à sensibilização em matéria de autoproteção das populações e de colaboração com as
autoridades.
A população será informada, também de forma redundante através dos OCS, e avisos sonoros difundidos
por altifalantes dos veículos dos agentes de proteção civil.
Estes avisos à população são efetuados em duas fases distintas:
SISTEMA DE AVISO
Fase Pré-Emergência
Os avisos devem ser emitidos com o intuito de promover e implementar uma maior cultura de segurança na
comunidade. Tendo como principal objetivo a sensibilização e formação conducente à adoção de medidas de
autoproteção e colaboração com as autoridades.
Neste âmbito serão realizadas campanhas de sensibilização à população em geral, comunidade escolar e sénior,
distribuição de material pedagógico (publicações, folhetos, cartazes, sitio da internet).
Fase Emergência
A população será informada conforme consta no ponto 4 da Parte III (Gestão da Informação) deste plano. Nesta
fase a informação a divulgar foca-se sobre: As zonas potencialmente afetadas, itinerários de evacuação, a
localização de zonas de concentração local e os locais de abrigo temporário para onde se devem dirigir e o que
devem levar consigo e as medidas de auto proteção que devem seguir.
Os avisos a utilizar nesta fase deverão ser de forma redundante de modo a alcançar o maior número de pessoas
possível, nomeadamente:
Uso de sistema sonoro das viaturas dos Agentes de Proteção Civil;
Comunicados escritos à população;
Órgãos de Comunicação Social (Rádios, Jornais, Tv);
Sítio da internet da CML.