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nualmente, a 7 de Abril, é celebrado o Dia Mundial da Saúde, uma iniciativa que pretende assinalar o aniversário da fundação da Organização Mundial da Saúde (OMS), em 1948. Em cada ano, a OMS aproveita a data comemorativa para fomentar a consciência da população sobre um desafio único de saúde com impacto global. Neste sentido, a OMS organiza uma campanha global, com eventos a nível internacional, regional e local, para promover o tema escolhido. O tema definido para este ano centrou-se na questão da importância do controlo da pressão arterial e da hipertensão. Neste âmbito, no dia 8 de Abril foi organizada, pelo Pelouro da Intervenção Cívica e Promoção para a Saúde do NEF/ AAC, uma sessão de rastreios à entrada da faculdade. Estes tiveram como objectivo promover a consciencialização sobre as causas e consequências da hipertensão, incentivar as pessoas a mudar hábitos propícios a esta doença e demonstrar a importância de controlar a pressão arterial regularmente. Os rastreios consistiram na medição da pressão arterial e no cálculo do índice de massa corporal. A hipertensão arterial potencia o risco de ataques cardíacos, acidente vascular cerebral (AVC) e insuficiência renal. O risco de desenvolver estas complicações é maior na presença de outros factores de risco, tais como excesso de peso, alimentação desequilibrada, consumo excessivo de tabaco e álcool e falta de exercício físico. No entanto, a hipertensão arterial pode ser prevenida. Para tal, deve-se reduzir a ingestão de sal, optar por uma dieta equilibrada, evitar o uso abusivo do álcool, praticar actividade física de forma regular, manter um peso corporal saudável, evitar o consumo de tabaco, assim como o stress. Segundo dados da OMS, em 2008 cerca de 40% da população mundial com mais de 25 anos de idade tinha pressão arterial elevada. No mesmo ano, 17.3 milhões de pessoas morreram vítimas de doenças cardiovasculares.

Newsletter "O Pilão" / N.º 1 / Maio de 2013

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Newsletter do Núcleo de Estudantes de Farmácia da Associação Académica de Coimbra (NEF/AAC)

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nualmente, a 7 de Abril, é celebrado o Dia Mundial da Saúde, uma iniciativa

que pretende assinalar o aniversário da fundação da Organização Mundial da Saúde (OMS), em 1948. Em cada ano, a OMS aproveita a data comemorativa para fomentar a consciência da população sobre um desafio único de saúde com impacto global. Neste sentido, a OMS organiza uma campanha global, com eventos a nível internacional, regional e local, para promover o tema escolhido. O tema definido para este ano centrou-se na questão da importância do controlo da pressão arterial e da hipertensão. Neste âmbito, no dia 8 de Abril foi organizada, pelo Pelouro da Intervenção Cívica e Promoção para a Saúde do NEF/AAC, uma sessão de rastreios à entrada da faculdade. Estes tiveram como objectivo promover a consciencialização sobre as causas e consequências da hipertensão, incentivar as pessoas a mudar hábitos propícios a esta doença e demonstrar a

importância de controlar a pressão arterial regularmente. Os rastreios consistiram na medição da pressão arterial e no cálculo do índice de massa corporal. A hipertensão arterial potencia o risco de ataques cardíacos, acidente vascular cerebral (AVC) e insuficiência renal. O risco de desenvolver estas complicações é maior na presença de outros factores de risco, tais como excesso de peso, alimentação desequilibrada, consumo excessivo de tabaco e álcool e falta de exercício físico. No entanto, a hipertensão arterial pode ser prevenida. Para tal, deve-se reduzir a ingestão de sal, optar por uma dieta equilibrada, evitar o uso abusivo do álcool, praticar actividade física de forma regular, manter um peso corporal saudável, evitar o consumo de tabaco, assim como o stress. Segundo dados da OMS, em 2008 cerca de 40% da população mundial com mais de 25 anos de idade tinha pressão arterial elevada. No mesmo ano, 17.3 milhões de pessoas morreram vítimas de doenças cardiovasculares.

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[email protected]

aros Colegas,

É com imenso gosto que vos apresentamos uma das novidades do actual

mandato da Direcção do NEF/AAC.

Assumindo que vos manter informados, próximos e devidamente

contextualizados com o trabalho que desenvolvemos, com a academia e mundo

farmacêutico é uma prioridade, assim surge a Newsletter “O Pilão”. Com este

sentido de proximidade, mostramo-nos disponíveis para qualquer tipo de

esclarecimento.

Deixo, desde já, os maiores parabéns a toda a equipa do Jornal “O Pilão”, pela

dedicação e empenho.

Desfrutem desta novidade que vos preparámos.

Saudações Académicas,

João Martins

Presidente da Direcção do NEF/AAC

[email protected]

em-vindos à primeira edição do mais recente meio de comunicação entre o

NEF/AAC e os estudantes da FFUC — a Newsletter “O Pilão”. Esta

newsletter pretende complementar as edições semestrais do Jornal “O Pilão”,

preenchendo assim uma lacuna de informação. Nasce da necessidade cada vez

mais acrescida da selecção de informação relevante e actual, adequada às

necessidades e interesses de todos os estudantes da FFUC.

O Pelouro do Jornal “O Pilão”, através das suas duas edições, da página de

Facebook e agora também através da newsletter, pretende mostrar-te as

novidades do teu núcleo, da tua faculdade, da tua academia e do mundo

farmacêutico.

O NEF/AAC está mais próximo de ti.

Saudações Académicas,

Pedro Martins

Coordenador do Pelouro do Jornal “O Pilão”

Núcleo de Estudantes de Farmácia da Associação Académica de Coimbra João Martins Pedro Martins Pedro Martins Ana Pinheiro, Ana Sofia Teixeira, Anita

Calado, Cristiana Pinheiro, Cristina Rebelo, David Ramos, Diana Marques, Joana Fiteiro, Joana Marinheira, João Durães, Leonor Bruçó, Margarida Viola, Nuno Jesus, Rita Alves, Rita Ribeiro Prof. Dr. João José Sousa, Pedro Reis, Eliana Mota

Bimestral Ordem dos Farmacêuticos, Faculdade de Farmácia da Universidade de Coimbra Plural - Cooperativa Farmacêutica, CRL; ANF - Associação Nacional das Farmácias

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Concurso de Aconselhamento ao Doente (CAD) é um concurso

promovido pela Associação Portuguesa de Estudantes de Farmácia (APEF), cujo conceito se baseou no Patient Counseling Event (PCE) organizado pela IPSF. Conta com oito eliminatórias locais, tantas quanto as universidades/faculdades dos oito membros desta associação – FFUP, FFUL, FFUC, ISCS-N, ISCSEM, ULHT, UAlg, UBI. Cada eliminatória local tem, no máximo, seis participantes e, caso estejam inscritos mais, esta é precedida por uma pré-eliminatória. Uma semana antes da eliminatória local todos os participantes recebem directamente do director do Departamento de Educação e Promoção para a Saúde da APEF (DEPS) os grupos farmacológicos que sairão no caso clínico. No dia da eliminatória os concorrentes recebem o caso clínico uma hora e meia antes de começarem. O Pelouro de Intervenção Cívica e Promoção para a Saúde do NEF/AAC teve como funções montar o cenário de uma farmácia, cumprindo os requisitos mínimos impostos, e organizar a sua eliminatória local. A eliminatória de Coimbra da 15.ª edição do CAD [na fotografia] teve lugar no passado dia 9 de Abril, na sala 1 da unidade prática de farmácia, tendo como júris a Dr.ª Isabel Belchior, representante da Associação Nacional das Farmácias (ANF), a Dr.ª Anabela Mascarenhas, representante da Ordem dos Farmacêuticos (OF) e a Prof.ª Dr.ª Margarida Castel-Branco. O caso da eliminatória local consistia numa utente que trazia consigo uma receita

médica prescrevendo Sinvastatina e Aprovel (irbesartan), utente esta que tinha começado há pouco tempo a fazer uma “dieta das revistas” e exercício físico. Além da prescrição a utente fazia também intenção de comprar um laxante (com o objectivo de ajudar na dieta) e um complexo vitamínico para a queda de cabelo. A utente tinha ainda há pouco tempo adquirido um medidor de pressão arterial para ter em casa. Como participantes concorreram Ana Machado (a vencedora da eliminatória), Anaísa Bartolomeu (2.º lugar), Diogo Silva (3.º lugar), Filipa Marta (4.º lugar), Cátia Madaíl (5.º lugar) e David Melo (6.º lugar). O papel de utente coube a Rui Liceia, considerado o melhor utente a nível nacional pela DEPS. A final nacional do XV CAD teve lugar a 21 de Abril na Faculdade de Farmácia da Universidade de Coimbra, contando como júris com a Dr.ª Aurora Simón, do Centro de Informação do Medicamento da OF (CIM), a Dr.ª Helena Amado, representante da OF, o Dr. Nuno Augusto, representante da ANF e a Dr.ª Sandra Lino, do Centro de Informação sobre Medicamentos da ANF (CEDIME). Os participantes, e vencedores das respectivas eliminatórias, foram Mariana Noronha da ULHT (vencedora da final nacional), Débora Horta da FFUL (2.º lugar), Ana Neves do ISCS-N (3.º lugar), Alice Duarte da UBI, Ana Machado da FFUC, Catarina Periquito do ISCSEM, Philippe Simão da UAlg e Rita Marques da FFUP. O papel de utente coube a Mariana Rocha, do

ISCS-N. A vencedora da final nacional teve como prémio a participação no 59.º Congresso Mundial da IPSF, a realizar em Junho em Utrecht, Holanda. O prémio de melhor cenário coube à Associação de Estudantes de Ciências Farmacêuticas da Universidade Lusófona (AECFUL). O NEF/AAC ficou em terceiro lugar, depois do NCF/AEISCS-N, em segundo. A primeira edição do Concurso de Conhecimentos Clínicos (CCC), igualmente organizado pela APEF e cujo conceito se baseia no Clinical Skills Event (CSE) organizado pela IPSF, teve lugar na FFUC, no passado dia 21 de Abril. Sete participantes disputaram a final nacional, onde se pretendia que estes resolvessem em 7 minutos sete casos clínicos, sendo avaliadas r e a c ç õ e s a d v e r s a s , i n t e r a c ç õ e s farmacológicas e farmacocinética. O júri foi constituído pela Prof.ª Dr.ª Isabel Vitória, em representação da ANF, Dr.ª Ana Marta Anes e Dr. Carlos Alves, estes dois em representação da Sociedade Portuguesa de Farmácia Clínica e Farmacoterapia. O vencedor foi Luís Requetim, estudante da Universidade do Algarve. No âmbito destes dois concursos decorreu ainda na FFUC, no dia 20 de Abril, o Seminário de Prática Farmacêutica "Adapta-te à realidade da farmácia comunitária!", que contou com a presença da Dr.ª Ema Paulino, Dr.ª Lúcia Santos e Dr.ª Ana Margarida Abreu.

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ara a celebração da décima quinta edição do Encontro Nacional de

Estudantes de Farmácia (ENEF), a Associação Portuguesa de Estudantes de Farmácia convidou todos os estudantes de Ciências Farmacêuticas a permanecerem um fim-de-semana (22 a 25 de Março) em Ofir, Esposende, para celebrarem da melhor forma este encontro. Desde há vários anos que o ENEF se tem vindo a tornar um evento de referência, caracterizado não só pelo excelente convívio que proporciona e pela oportunidade única dos estudantes das várias Faculdades conviverem entre si, mas também pela ampla variedade de workshops e actividades que lhes proporciona. Assim, a actividade começou na sexta-feira,

22 de Março, com a recepção aos participantes, na qual foram feitos alguns jogos, os conhecidos ice breaking games, que decorreram num ambiente bastante agradável. A primeira noite temática proporcionou-se sobre o tema “Festa do acessório – Traz o teu!”, na discoteca Bibofir. O dia de sábado foi preenchido com a Taça ENEF, um torneio de futebol que envolveu bastantes alunos das várias faculdades, bem como com a realização de diversos trainings onde os alunos puderam aprender e pôr em prática algumas soft skills tão necessárias nos dias de hoje. A noite de sábado teve como tema “Pharma gone wild – Veste a t-shirt do ENEF e deixa a tua marca!”, onde todos os estudantes escreveram nas t-shirts

dos outros algumas memórias deste evento e, ao mesmo tempo, os pensamentos que lhes iam na cabeça. O último dia de actividade, o domingo, foi aproveitado para momentos de maior descontracção junto à piscina e nos campos de desporto, onde todos trocaram impressões sobre os seus percursos académicos e sobre as suas vidas. A última noite reservou-se para todos mostrarem o seu verdadeiro espírito tuga, com uma “Tuga night”. De facto, todo este evento foi possível graças às várias entidades que de algum modo apoiaram a actividade, tanto a nível institucional, como a nível do apoio com géneros.

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1st reSEARCH Coimbra foi um projecto desenvolvido por um grupo ambicioso

e motivado de estudantes de diferentes áreas: Ciências e Tecnologia, Ciências Farmacêuticas, Medicina, Psicologia e Economia. Os seus principais objectivos foram promover a investigação translaccional e estimular a produção científica da Universidade de Coimbra (UC) na área das Ciências da Saúde. Esta primeira edição focou-se em três áreas: neurociências, ciências forenses e oncobiologia. Na sessão de abertura, João Gabriel Silva, Magnífico Reitor da UC, aproveitou a ocasião para frisar a importância da investigação em Portugal para o desenvolvimento económico do país. Realçou ainda que as ciências forenses estão pouco desenvolvidas em Portugal comparativamente com outros países. No dia seguinte, o médico espanhol Ángel Carracedo frisou este mesmo ponto, quando nos falou da genómica aplicada às ciências forenses, neurociência e oncobiologia, comparando a situação em Espanha. No primeiro dia, destacaram-se as neurociências e a necessidade de encontrar biomarcadores para o diagnótico de algumas patologias como a doença de Alzheimer ou o autismo. Desta forma, o diagnóstico destas doenças é subjectivo, como se compreendeu através dos diferentes pontos de vista dos oradores

Guiomar Oliveira, médica doutorada e professora na Faculdade de Medicina da UC (FMUC), e Nuno Lobo Antunes, médico e director do PIN - Centro para as Perturbações do Desenvolvimento O segundo dia foi inciado por Duarte Nuno Vieira, professor da FMUC e presidente do Instituto Nacional de Medicina Legal, que nos trouxe a temática “Tortura e violação dos direitos humanos” e mostrou de que forma as ciências forenses podem ser usadas para detectar estas situações. Ainda sobre as ciências forenses, a mesa redonda contou com a participação de Helena Teixeira, farmacêutica e especialista em toxicologia forense, que nos falou sobre o que será possível fazer nesta área, tendo como referência o mundo irreal de séries televisivas como “CSI” ou “Ossos”. De tarde, ocorreram sessões paralelas. Na sessão de oncobiologia esteve presente João Nuno Moreira, farmacêutico e professor da FFUC, que explicou a importância do estudo do microambiente tumoral no sucesso de fármacos antitumorais, expondo uma área de estudos interessante e cuja acção dos farmacêuticos é pertinente. O congresso foi encerrado com a discussão “Financiamento e empreendedorismo em investigação”, que contou com a participação de Amílcar Falcão, vice-reitor para a investigação científica da UC e professor da FFUC, Hugo Prazeres, co-

fundador da Infogene, e Emir Sirage, representante da Fundação para a Ciência e a Tecnologia. Deste debate final é de realçar que o número de doutorados na UC tem aumentado de forma praticamente exponencial nos últimos anos; tal é simultaneamente motivo de orgulho para a nossa academia e de preocupação para os alunos de doutoramento, dado que o mercado em Portugal não permite que todos eles venham a seguir uma carreira de investigação ou de docente. A agravar esta situação a crise económica não permite que existam tantos apoios e bolsas, como seria desejável. O futuro de um aluno que prossiga para um doutoramento é incerto, embora nos possa ser dada a ideia do contrário. No debate, houve acordo sobre a importância da excelência e da qualidade do trabalho destes estudantes para que tenham sucesso posteriormente, mas também da quantidade de artigos publicados. Segundo Eliana Mota, da comissão organizadora, participaram cerca de 150 congressistas, provenientes de várias partes do país, principalmente Lisboa, Aveiro e Porto. O congresso contou também com a presença de duas estudantes da Polónia e um estudante da Roménia, que se mostraram sempre bastante animados e contentes e agradados com a maneira como foram recebidos na cidade.

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farmacêutica, investigadora e professora catedrática jubilada da

Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa, Maria Odette Santos Ferreira (n. 1925), recebeu o Prémio Nacional de Saúde 2012, distinção atribuída pela Direcção-Geral da Saúde numa cerimónia presidida pelo ministro da Saúde no âmbito das comemorações do Dia Mundial da Saúde 2013, no passado dia 7 de Abril. Este prémio visa distinguir anualmente uma personalidade que tenha contribuído para a obtenção de ganhos em saúde no âmbito do Serviço Nacional de Saúde. Nesta cerimónia foi ainda atribuída uma medalha de ouro a José Aranda da Silva, ex-bastonário da Ordem dos Farmacêuticos. Odette Ferreira é considerada pioneira na investigação sobre infecção pelo VIH/SIDA em Portugal, tendo identificado o HIV tipo 2. A sua vida constitui um exemplo de missão e dedicação ao serviço do sistema nacional de saúde português. O percurso No princípio dos anos 80, em colaboração com a equipa do prof. José Luís

Champalimaud do Hospital Egas Moniz, caracterizou os primeiros casos de infecção por VIH em doentes originários da Guiné-Bissau com um quadro clínico de imunodeficiência. No seguimento desta investigação, identificou um grupo de amostras com um comportamento anormal face ao método de diagnóstico usado, que constituiriam o ponto de partida para a descoberta do VIH do tipo 2. Na década de 80 colabora com o grupo do prof. Luc Montaigner do Instituto Pasteur de Paris, autoridade de renome mundial na matéria, que conduziu à descoberta do VIH do tipo 2. A descoberta deste segundo tipo de vírus da sida teve um impacto enorme na história natural, na epidemiologia e no diagnóstico da infecção VIH. Das funções desempenhadas ao longo do seu percurso profissional salienta-se o cargo de coordenadora da Comissão Nacional de Luta Contra a Sida, que exerceu entre 1992 e 2000, tendo desenvolvido inúmeros projectos com impacto significativo na prevenção e disseminação da doença. O projecto da sua autoria de maior impacto nacional e internacional foi, sem dúvida, o

projecto de troca de seringas nas farmácias denominado “Diz não a uma seringa em segunda mão”, que teve como finalidade diminuir o risco de transmissão do VIH e de outras doenças transmissíveis à população toxicodependente. Este projecto foi aclamado pela Comissão Europeia não só pela inovação, mas por ter sido possível desenvolvê-lo simultaneamente em todo o território nacional. Promoveu, ainda, a reabertura da Linha Sida e desenvolveu inúmeras actividades de reconhecido mérito, com a finalidade de melhorar a qualidade de vida dos doentes hospitalizados infectados pelo VIH/SIDA, garantindo simultaneamente a protecção dos profissionais de saúde. É autora de 87 artigos em revistas científicas internacionais e nacionais com arbitragem e de 29 capítulos de livros na área da microbiologia clínica. Ao longo do seu percurso profissional recebeu várias distinções, entre as quais a Medalha de Honra da Ordem dos Farmacêuticos (1989) e o Prémio Universidade de Lisboa (2006).

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conceito foi criado por Dave Cormier (Universidade de Prince Edward Island,

Canadá), e não é mais do que a criação de cursos na sua maioria gratuitos e abertos a qualquer cidadão com acesso à Internet. Estes visam aumentar o conhecimento dos alunos nas mais diversas áreas. Sendo cursos abertos, não exigem a matrícula numa escola clássica. As aulas são leccionadas e publicadas online sob a forma de vídeos, através de uma plataforma onde são igualmente fornecidos materiais de apoio e a partir dos quais são também realizadas as avaliações. A aprendizagem ocorre então ao próprio passo do aluno. Este tipo de cursos tem vindo a crescer, apoiados por diversas e conceituadas instituições de ensino como, por exemplo, as universidades de Stanford, Harvard, Berkeley, Delft e o MIT.

Recentemente e de forma independente, surgiram projectos como o Coursera, Udacity e edX, que se encontram nesta linha de actividade. Diogo Silva, aluno do 4.º ano do MICF, frequenta um curso na plataforma Coursera. Na sua opinião, esta é «vantajosa na medida em que posso estar a aprender sobre uma infinidade de coisas, desde a área das ciências da saúde ao extremo das artes e cultura, sentado no meu sofá. A plataforma é super interactiva e intuitiva com o utilizador. Talvez uma das desvantagens seja mesmo pagar para o certificado ser válido, embora compreenda o porquê.» Estes cursos estão ainda numa fase imatura, de crescimento e adesão, apresentando um formato bastante próprio e sendo vistos como ferramentas complementares aos cursos tradicionais.

coursera.org udacity.com edx.org ocw.mit.edu mooc-list.com khanacademy.org

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No sentido dos ponteiros do relógio:

III Torneio de Voleibol Feminino - 10 e 17 de Abril, Escola Secundária José

Falcão (Pelouro do Desporto)

XV CAD: Eliminatória local - 9 de Abril (Departamento de Educação e

Promoção para a Saúde da APEF em colaboração com o Pelouro da

Intervenção Cívica e Promoção para a Saúde do NEF/AAC)

Workshop “Capa e Batina” - 17 de Abril (Pelouro da Cultura)

III Botellón Erasmus - 9 de Abril, Átrio das Químicas (Pelouro das Relações

Internacionais)

Visitas ao Laboratório de Análises Clínicas da FFUC - 8, 9 e 10 de Abril

(Pelouro dos Estágios e Saídas Profissionais)

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s recentes casos de fraudes no sector farmacêutico, amplamente difundidos

pelos media, associaram a exportação paralela de medicamentos, a venda fictícia de produtos de elevado valor acrescentado e a utilização indevida de receitas médicas. Apesar de já identificados alguns dos prevaricadores, foi passada uma imagem negativa da classe farmacêutica que, lutando num momento de crise, tem ainda de direccionar forças para comprovar a sua dignidade profissional. É, porém, nestes momentos de dificuldades que se reconhecem os vencedores. Esta classe, altamente qualificada em termos académicos e técnicos tem ainda a seu favor a baixa média de idades dos seus membros. Qualquer reportagem sobre a actividade farmacêutica, e em concreto a desenvolvida nas designadas farmácias de oficina, mostra jovens farmacêuticas/os de elevada formação e sentido de responsabilidade. A crise financeira do sector da venda, agudizada pela baixa excessiva do preço dos medicamentos, vem revelar a abnegação de toda a classe suportada por esse conjunto de jovens que pretende demonstrar que a sua formação não se queda pela venda de embalagens. É exactamente por aí que devemos mostrar a relevância da nossa formação. O acto farmacêutico, curiosamente mais reconhecido em ambientes de menor literacia (basta atentar no apoio dado pelos farmacêuticos às populações de ambientes rurais), tem tido dificuldades em ser julgado como ato de elevado valor técnico. A agitação urbana leva a que muitas vezes se opte pela venda rápida em detrimento do aconselhamento. Cabe-nos inverter esta situação e demonstrar quão importante é o acto de prescrição para o médico e quão importante é o acto de aconselhamento do farmacêutico. Basta que se faça a justiça de, como para qualquer acto técnico, se lhe dar o devido valor. O resto temos já connosco à saída da Faculdade: a excelência da formação académica e o elevado sentido de responsabilidade. Com essa formação e a força da jovialidade da profissão, não precisamos de lutar pela credibilização porque ela faz parte integrante da nossa estrutura profissional.

O Professor Doutor João José Sousa, professor auxiliar com agregação, é subdirector da FFUC e coordenador do Centro de Estudos Farmacêuticos (CEF)

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O NEF/AAC é membro fundador da APEF (Associação Portuguesa de

Estudantes de Farmácia), formada em 1998 e que comemora este ano o seu 15.º aniversário? Os outros dois membros fundadores são a AEFFUP e a AEFFUL. A APEF tem, actualmente, oito membros.

O 60.º Congresso Mundial da IPSF (International Pharmaceutical

Students’ Federation), a decorrer em 2014, se vai realizar no Porto? Até à data, o único Congresso Mundial da IPSF

realizado em Portugal tinha acontecido em 1992, em Lisboa.

Segundo dados do Observatório da Empregabilidade da Ordem dos

Farmacêuticos (Outubro de 2012) os farmacêuticos jovens (idade inferior a 35 anos) constituem a principal faixa etária do total de farmacêuticos? A farmácia comunitária/de oficina é a área que tem absorvido mais jovens farmacêuticos. A área das análises clínicas é a mais envelhecida, com o número de jovens a não compensar as aposentações previstas.

15 de Maio Competição de PES e FIFA 18h00 | FFUC, piso -1

28 de Maio Recolha de Sangue e Medula Óssea pelo IPST Todo o dia | Pólo das Ciências da Saúde

28 de Maio Café Cultural (mais informações brevemente)

oão Cordeiro, presidente da Associação Nacional das

Farmácias (ANF) durante mais de 30 anos, renunciou ao cargo com vista à sua candidatura nas próximas eleições autárquicas. Paulo Duarte, desde 2002 secretário-geral da ANF e vice-presidente desde o ano passado, encabeçou a única lista candidata à direcção, nas eleições a 4 de Maio, tendo sido eleito para um mandato de três anos. Paulo Duarte, 40 anos, licenciou-se em 1997 pela FFUL, tendo ocupado outros cargos associativos para além da ANF — foi presidente por duas vezes da AEFFUL e foi

secretário-geral da Ordem dos Farmacêuticos entre 1999 e 2002. É coproprietário de duas farmácias em Lisboa. Defende uma maior i n t e r v e n ç ã o d o s farmacêuticos numa melhor racionalização do sistema de saúde e o alargamento a n o v o s s e r v i ç o s , d e s i g n a d a m e n t e n a monitorização da adesão à terapêutica dos doentes crónicos. A sua primeira reivindicação para Paulo Macedo, ministro da Saúde, será, como já vinha fazendo João Cordeiro, a revisão do sistema de remuneração, com a definição de um valor fixo por embalagem dispensada.