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Julho_10 Ano 26 Nº 266 Gratuito Director António Castanho Pub na Notícias de Alverca ENTREVISTA. Rui Vitória é o primeiro treinador de Alverca a liderar uma equipa da I Liga de Futebol. Diz sentir-se preparado para o maior desafio desportivo da sua carreira. Em entrevista, fala dos seus sonhos e do necessita para ter sucesso em Paços de Ferreira. Av. Capitão Meleças, N.º 11 Edifício Europen 1.º Sala 101 2615 097 ALVERCA Tel./Fax: 219584537 Web: www.audiovital.pt Email: [email protected] DESTAQUE. A obra de regularização do rio Crós-Cós, em Alverca, está a avançar “de acordo com os timings previstos”. Mas os tim- ings não agradam aos comerciantes das zonas afectadas. “O negócio caiu 50%”, afirmam. p. 2,3 LOCAL. As facturas da água relativas aos meses de Março e Abril continham erros que apresentavam valores de taxas muito superiores aos consumos efectivos de água. O erro foi entretanto corrigido. p. 4 REPORTAGEM. O alargamento do Aterro do Mato da Cruz e a falta de trata- mento de algumas zonas verdes estão a preocupar a população de Arcena, que reclama por mais qualidade de vida. p. 5 SOCIEDADE. O curso de Técnico de Manutenção Aeronáutica, fruto de uma parceria entre a Escola Gago Coutinho e a OGMA, começa agora a dar frutos. Os esta- giários querem garantir um lugar na empresa. p. 12 Rui Vitória à conquista da I Liga

Notícias de Alverca

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Edição 266 - Julho 2010

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Page 1: Notícias de Alverca

Julho_10 Ano 26 Nº 266 Gratuito

DirectorAntónio Castanho

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ENTREVISTA.

Rui Vitória é o primeiro treinador de Alverca a liderar uma equipa da I Liga de Futebol.

Diz sentir-se preparado para o maior desafio desportivo da sua carreira.

Em entrevista, fala dos seus sonhos e do necessita para ter sucesso em Paços de Ferreira.

Av. Capitão Meleças, N.º 11 Edifício Europen 1.º Sala 101 2615 097 ALVERCA Tel./Fax: 219584537 Web: www.audiovital.pt Email: [email protected]

DESTAQUE. A obra de regularização do rioCrós-Cós, em Alverca, está a avançar “deacordo com os timings previstos”. Mas os tim-ings não agradam aos comerciantes das zonasafectadas. “O negócio caiu 50%”, afirmam.p. 2,3

LOCAL. As facturas da água relativas aosmeses de Março e Abril continham errosque apresentavam valores de taxas muitosuperiores aos consumos efectivos de água.O erro foi entretanto corrigido.p. 4

REPORTAGEM. O alargamento doAterro do Mato da Cruz e a falta de trata-mento de algumas zonas verdes estão apreocupar a população de Arcena, quereclama por mais qualidade de vida.p. 5

SOCIEDADE. O curso de Técnico deManutenção Aeronáutica, fruto de umaparceria entre a Escola Gago Coutinho e aOGMA, começa agora a dar frutos. Os esta-giários querem garantir um lugar na empresa.p. 12

Rui Vitóriaà conquista da I Liga

Page 2: Notícias de Alverca

Mário Caritas

Aobra de alargamento eregularização do rioCrós-Cós “está a avançar

a bom ritmo”, garante a CâmaraMunicipal de Vila Franca de Xira,responsável pela execução do pro-jecto. No entanto, têm sido váriasas consequências da mesma notecido urbano de Alverca,nomeadamente implicações aonível da circulação rodoviária e depeões que, por sua vez, têm afec-tado o negócio dos comerciantes.Actualmente os trabalhos decor-rem sobretudo na zona com-preendida entre o complexodesportivo do Futebol Clube deAlverca e a Praça de S. Pedro,condicionando o trânsito e o esta-cionamento em toda aquela área.E, dada a impossibilidade tem-porária dos condutores “atal-harem” pela Rua César AugustoFerreira (situada entre o Campoda Feira e a Praça de S. Pedro),fica gorado um dos principais“acessos” ao centro de Alverca.Esta situação manter-se-á pelomenos até ao próximo dia 17 deJulho. Mas os comerciantes dazona não se conformam com aforma como estão a decorrer ostrabalhos. É o caso de LuísMedronheira, responsável pelo es-tabelecimento “A Sangria”, queviu as receitas caírem drastica-mente. Ainda mais em ano decrise. “A obra tem que ser feitamas, conforme esta fosseavançando, deveria ser tapada ereaberta ao trânsito e à passagempedonal. Logo penso que a obraestá a ser muito mal conduzida

porque isso não está a acontecer.”Segundo este responsável, cujocafé/snack se situa junto à Praçade S. Pedro, “os prejuízos têmsido muito avultados, já que aspessoas não conseguem chegaraqui; na minha opinião estão ademorar imenso tempo, seriabom que os trabalhos termi-nassem o mais rapidamente pos-sível”.

“Comerciantesnão foram tidosem conta”

Maria Adelina, outra comerciantelocal, também se queixa. Reco-nhece que as obras têm que serfeitas, mas deviam ser conduzidasde outra maneira. “Como estaárea está fechada, os clientes vãoembora, só cá vêm mesmo os vi-zinhos que têm consideração pornós. De resto isto está 100%morto e ninguém nos explicounada, fecharam o taipal de umahora para a outra e nós ficámos deboca aberta.”Adelina diz que todos estão namesma situação. “O negócio caiumais de metade. Se já estava mau,agora assim… Eu sei que as coisastêm de ser feitas, mas havia dehaver uma maneira de nos prote-ger também a nós pois ficámosaqui engaiolados. Se lhe disserque faço caracóis e tenho que osdeitar fora porque não se vendem,quem vinha aqui comer caracóisdeixava o carro no estaciona-mento, como agora não há esta-cionamento não vêm cá!”António Gonçalves, responsávelpelo restaurante/marisqueira “Sol

Nascente”, com a frente viradapara a Estrada Nacional 10(EN10), é um dos mais contes-tatários, após ter visto desaparecertemporariamente o estaciona-mento das traseiras que serviamuitos dos seus clientes e ter fi-cado posicionado entre as chapasde zinco que delimitam as obras.“O negócio caiu mais de 50%.Bloquearam o parque de esta-cionamento, as pessoas não têmonde estacionar e não vêm cá.Aliás nas traseiras o restaurantequase não se vê por estar tapadocom as chapas. Esta situação prej-udica todo o comércio, penso queos comerciantes não foram mini-mamente tidos em conta.”

O que vai mudarna cidadea partirde agora

A partir da segunda quinzena deJulho e por um período de cercade dois meses, será feita a travessiada EN10. A obra terá depois con-tinuidade no sentido de mon-tante na Rua José RaimundoNogueira (paralela à Casa S.Pedro de Alverca). Em simultâ-neo estão a ser desenvolvidos tra-balhos na zona da Proverba eentre o complexo desportivo doFCA e a linha do caminho-de--ferro. Em Outubro/Novembroprevê-se que a obra chegue àAvenida 5 de Outubro (Choupal)– Esta será fechada ao trânsito nasduas vias do sentido ascendente(Alverca – Bom Sucesso), pas-sando a circulação rodoviária a serfeita nas duas vias do sentido de-

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DESTAQUE. A interdição temporária de várias zonas do centro

de Alverca, na sequência da obra de regularização do rio Crós-

Cós, está a ser acompanhada pela Protecção Civil Municipal. Os

comerciantes queixam-se com a quebra do negócio

Comente emhttp://noticiasalverca.wordpress.comwww

A obra conforme fosse avançando,devia ser tapada e reaberta ao trânsitoe à passagem pedonal.Logo, está a ser muito mal conduzida.

Luís Medronheira

“Pub

Obra do Crós-Cós cumpre calendá

Page 3: Notícias de Alverca

População acompanha os trabalhos

“Obra necessáriamas timings errados”

Apopulação de Alverca concorda com a realizaçãodesta intervenção de fundo, orçada em cerca de seis

milhões de euros, apesar dos incómodos que está e con-tinuará a causar. Enquanto observa os trabalhos na Praçade S. Pedro, José Pedro aplaude a ideia mas adverte quenão é esta obra que irá salvar Alverca de uma eventual

catástrofe. “Estão a alargar o rio e não a afundá-lo. Umdia que venha uma enxurrada como tem acontecido naFrança e em Espanha, isto fica tudo coberto de água – setapam a linha de água, a água por algum lado tem quepassar. Mas acho que esta era uma obra necessária.”António Sanona também concorda com a realização destaempreitada, mas critica os timings escolhidos: “Deviamprimeiro terminar os trabalhos junto ao Alverca e à escolado campo da bola e só depois avançar para cima. Masnão, cortaram toda esta zona e está tudo por acabar por aíabaixo. Eu sou apenas morador e isso não me faz dife-rença nenhuma, mas aos comerciantes faz.”

Moradores da Formigueira avisam

“Andam a deitaresgoto no rio”

Os moradores do Casal da Formigueira afirmam ver “es-goto que emana um cheiro nauseabundo” na parte

descoberta do rio Crós-Cós que passa nessa zona. Estes já fi-zeram exposições à câmara municipal e Junta de freguesia,sublinhando que “seguramente alguém deita esgoto num dospontos do leito do rio”.

scendente (um sentido em cada via).A intervenção na estrada nacionaltrará naturais condicionamentos detráfego devido à interrupção parcialdessa via: entre 19 de Julho e 19 deAgosto será cortado o sentido Lisboa– Vila Franca de Xira, devendoquem circula nesse sentido desviarpela Rua César Augusto Ferreira; de20 de Agosto a 20 de Setembro, serácortado o sentido contrário (VilaFranca – Lisboa) e, nesse caso, otrânsito que circula nessa direcçãopassará a fazê-lo pela faixa contráriae os outros condutores (Lisboa –Vila Franca) continuarão a circularpela César Augusto Ferreira (traseirasda Praça de S. Pedro).

A câmara afirma que “tem vindo aequacionar a circulação de trânsitocom a PSP, a Junta de Freguesia deAlverca (JFA) e com os própriosmoradores”, acrescentando que “aobra desenvolvida em zona urbanatem a situação acautelada, nomeada-mente no que concerne à passagemde peões nos locais em apreço, e temanalisado o assunto desde logo comos comerciantes”. A conclusão dostrabalhos está prevista para oprimeiro semestre de 2011.O presidente da JFA, AfonsoCosta, sustenta, por seu turno,que “obras desta envergaduratrazem sempre inconvenientes,mas espero que tragam o mínimo

de incómodos possível”. Quemtem acompanhado esta inter-venção de perto é o responsávelpela Protecção Civil Municipal,António Carvalho, referindo quea mesma irá entrar numa fasecrítica que é a do atravessamentoda EN10. “Vamos avaliar quais osimpactos que poderá ter essa in-tervenção. Claro que essa fase daobra deverá merecer uma grandeatenção e preocupação da nossaparte tendo em conta o volume detráfego que ali circula diaria-mente, embora coincida com umperíodo de férias em que existemenor afluência de trânsito.”

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ário com implicações no comércio

A passagem junto ao Sol Nascente continuará condicionada até 17 de Julho

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Ana Filipa de Sousa

Alguns consumidores da freguesia deAlverca foram, nos últimos meses,surpreendidos com os valores das

suas facturas da água. Em muitos casos osdocumentos enviados pelos Serviços Muni-cipalizados de Água e Saneamento (SMAS)do Município de Vila Franca de Xira apre-sentavam valores de taxas em muito superi-ores aos do consumo efectivo de água.A situação, que atingiu vários consumidoresque acabaram por detectar a situação nasfacturações relativas aos meses de Março eAbril, ficou, segundo os SMAS de VilaFranca de Xira, a dever-se a “um lapso” daentidade externa emissora das facturas, queterá, assim, efectuado “créditos indevidos”durante os dois meses em questão.Detectado o erro, os SMAS vila-franquensesgarantem que a regularização da situaçãocomeçou a ser processada “logo nos mesesseguintes” e sublinham que os serviços daautarquia vila-franquense “estão a prestar es-clarecimentos e pedidos de desculpa aosrespectivos clientes”.Entre os valores das várias taxas cobradas osconsumidores alverquenses estranharam, emparticular, as contas de esgotos e resíduossólidos urbanos, mais concretamente os va-lores cobrados pelo Tratamento de ÁguasResiduais. A autarquia de Vila Franca de Xira explica,no entanto, que embora tenha havido um“lapso” na cobrança de “créditos indevidos”,com a entrada em funcionamento dasETAR’s no concelho de Vila Franca de Xira,e estando a freguesia de Alverca abrangidapor um equipamento do género, passou aser facturada uma taxa correspondente àprestação desse mesmo novo serviço.A autarquia sublinha, de resto, que deacordo com a ligação e o respectivo enca-minhamento das águas residuais para asETAR’s existentes no concelho “é accionadoo custo de 0,4600€ por m3 de água con-sumida”, e que esse mesmo valor cor-responde, precisamente, ao débito feito aoMunicípio de Vila Franca de Xira pelaSIMTEJO – empresa criada em 2001 quepresta o serviço de recolha, tratamento e re-jeição das águas residuais dos municípios de

Amadora, Lisboa, Loures, Mafra, Odivelase Vila Franca de Xira.Os Serviços Municipalizados de Água eSaneamento do Município de Vila Francade Xira asseguram, por outro lado, que nãohouve qualquer agravamento na facturação

cobrada aos consumidores do município,até porque, os preços das contas de água ede esgotos em vigor no concelho, foram cal-culados por deliberação da câmara munici-pal vila-franquense e “são os mesmos quevigoravam em 2009”.

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LOCAL. As facturas de água de alguns consumidores de Alverca apresentaram,

durante dois meses, valores mais elevados de taxas do que de consumo efectivo.

Os SMAS já reconheceram que se tratou de “um lapso”, mas sublinham que a

taxa, que mais surpreendeu os cidadãos afectados, relativa ao tratamento de

águas residuais se deve à entrada em funcionamento da nova ETAR da cidade

Erro assumido pelos SMASafecta consumidores

Moradores pedem soluçõespara a Sabino Faria

LOCAL.Trânsito intenso e estacionamento desorde-nado são uma constante nesta estreita artéria, onde a maioriados residentes são idosos.

Os moradores da Rua Joaquim Sabino Faria, situada nocentro de Alverca (paralela à Avenida Capitão Meleças),

pedem soluções para o trânsito intenso e o estacionamentodesordenado com que convivem diariamente. Devido àsobras de alargamento do rio Crós-Cós, em que foi tapadotemporariamente o acesso rodoviário à zona central viacampo da feira, o caos diminuiu; no entanto, quando essedesvio for reaberto voltarão a passar por aquela artéria “cercade 10.000 carros do por dia”, assegura João Carpinteiro, umdos habitantes do bairro, acrescentando: “Esta é a verdadeiravariante de Alverca!”Quanto ao estacionamento, actualmente os carros ocupam osdois passeios, nalguns casos quase bloqueando as portas dosprédios (existentes num dos lados) ou das vivendas situadasno lado oposto. “Houve um dia em que um carro quase en-trava pela minha porta porque o condutor estacionou a di-reito, ou seja, eu quase não conseguia sair de casa”,recorda-nos, por seu turno, Odete Coelho, residente numa dasreferidas moradias, lamentando ainda o abandono dos doisquintais situados junto ao seu (cujas casas estão desocupadas).“São uma autêntica lixeira, um atentado à saúde pública, àsvezes não posso ter as janelas abertas devido ao mau cheiro.”Quanto ao problema do estacionamento, ambos defendem,como solução de recurso, “encurtar o passeio do lado dasvivendas para criar estacionamentos (fora do passeio)”. Emrelação à eventualidade do estacionamento passar a serproibido num dos lados da rua (como forma de amenizar asituação), João Carpinteiro afirma que tal medida iria re-querer outra medida complementar: “Essa solução poderá atéser uma hipótese viável, desde que fique estacionamento sópara moradores, assim como para veículos de cargas e descar-gas. Mas penso que tem de haver uma solução de fundo, jáque ninguém pode aceitar uma situação em que ou se esta-ciona ou se anda no passeio.”

Mário Caritas

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Arcena espera contrapartidaspelo alargamento do aterro

Mário Caritas

Aproposta de declaraçãode interesse supramu-nicipal do alargamento

do Aterro Sanitário do Matoda Cruz, situado na fronteirageográfica entre as freguesiasde Alverca e da Calhandriz, foiaprovada, por unanimidade,em reunião pública camarária,facto que está a preocupar oshabitantes do lugar de Arcenaque temem pelas eventuaisconsequências ambientais ne-fastas da medida. Prevê-se queárea de expansão seja aindaobjecto de exploração comopedreira por parte da Cimpor.Em compensação, a autarquiavila-franquense receberá daValorsul o montante de ummilhão de euros para aaquisição de equipamentos derecolha de resíduos sólidos ur-banos. Fica também assenteque só poderão ser deposita-dos, no aterro, resíduos prove-nientes dos quatro municípiosfundadores da Valorsul –Amadora, Loures, Lisboa eVila Franca de Xira.Segundo a Valorsul, “a exten-são prevista do novo perímetroé de cerca de 13,5 hectares,área já contemplada no PlanoDirector Municipal para estautilização, devendo a nova

área, como é normal, ser alvode um estudo de impacteambiental e em estreitocumprimento da legislação emvigor”. No entanto, e face asituações do passado de mauscheiros provenientes do local,os habitantes de Arcena estãopreocupados com esta expan-são que levará aquela infra-es-trutura para mais perto dassuas casas.José Avelar, morador no alto deArcena, refere que o caminho aseguir não deve ser “a deposiçãode mais lixo mas antes a suaqueima na incineradora”, acres-centando que “a haver contra-partidas estas deveriam ser paraa população de Arcena”. O even-tual acréscimo da emissão departículas lixiviantes para o rioCrós-Cós, que nasce junto aoaterro, é outra das preocupaçõesdeste e de outros moradores.“Ainda este Inverno a água dorio correu com espuma que davaa ideia de serem lixiviados.”

“Populaçãodeveria sertida em conta”

O próprio presidente da Juntade Freguesia de Alverca,Afonso Costa, também semostra preocupado e já pediuà câmara para que “seja feito o

estudo de impacte ambiental esó depois poderemos emitirum parecer formal sobre o as-sunto”. O responsável afirmaainda que irá exigir contra-partidas para a freguesia.José Santos, outro morador doalto de Arcena, mostra igual-mente a sua preocupação.“Não interessa a ninguém teraqui a lixeira, ainda para maisa 500 metros da nossa casa!...”O arcenense Eduardo Pires, es-tudioso destas matérias,elaborou, em 2005, um tra-

balho final de licenciatura emEngenharia Mecânica com otema: “Biogás produzido noAterro do Mato da Cruz e suautilização.” Este adverte que,“com um controle rigoroso dosresíduos urbanos que venhama ser ali despejados e com asmedidas que existem para oacondicionamento dos resí-duos, o aterro não oferecerágrandes perigos para a popu-lação circundante; o problema,no entanto, poderá estar nosurgimento de eventuais

rupturas, nomeadamente o nãose soterrar os resíduos emtempo útil – isso aconteceu nopassado e teve consequênciasgravíssimas, principalmente narede freática, com alturas emque o cheiro era quase impos-sível de tolerar”. Por fim, estesustenta que a opinião da pop-ulação deveria ser tida emconta nesta matéria, “fazendo-se representar por uma comis-são junto das restantesentidades”.

*com Jorge Talixa

REPORTAGEM.O anunciadoalargamento doAterro do Matoda Cruz está apreocupar apopulação deArcena, que verá olixo ser depositadomais perto da suaporta. O municípiogarante que haverãocontrapartidasfinanceiras daValorsul

Mário Caritas

Mais de 200 moradoresdo vale de Arcenasubscreveram um

abaixo-assinado, que foi entregueem Junho na Câmara Municipalde Vila Franca de Xira, recla-mando “uma rápida e urgentemudança de atitude da edilidadeem relação ao bairro”. Estesqueixam-se do alegado desprezoe abandono a que algumas zonasverdes têm sido votadas, afir-mando viverem “sob condiçõesinaceitáveis, pois não há cuidadonem zelo em manter os espaçosverdes ou o pouco que resta dosmesmos”.Paulo Santos, Marília Ro-drigues e Alexandre Cámostraram ao “NA” algunsdesses exemplos, todos situados

no contexto da urbanizaçãoNova Arcena (que se estendepor várias fases). Observámos,entre outras situações, um ter-reno baldio desordenado onde

outrora existiu um estaleiro daPromocasa, um pátio ondecrescem ervas e mato situadojunto à escola básica do 1.º ciclo(onde também existe uma pe-

quena ribanceira, sem pro-tecções, junto ao portão de en-trada/saída dos alunos) e, porfim, o desordenamento dasmargens do rio Porto onde pro-

lifera “todo o tipo debicharada”.Entretanto os serviços ca-marários actuaram numa zonaverde situada nas traseiras da

escola “cortando o denso matoque ali estava há meses”; e, se-gundo o presidente da Junta deFreguesia de Alverca, AfonsoCosta, a câmara já está a tratarde todos os espaços sob suaresponsabilidade, pois os sítiosa cargo da junta “nunca foramdescurados”. Quem também sequeixa são os moradores da ur-banização das Faias, situadadepois da ponte do rio Crós-Cós, cujo jardim das traseiras“só tem mato e as crianças jánão brincam ali”. Uma questãofinal: “Para quando aconstrução da ligação pedonal,há tanto prometida, ao Centrode Saúde de Arcena/BomSucesso que, por enquanto, nãopassa de uma rampa íngreme,em terra batida, inacessível àmaioria das pessoas idosas?”

Moradores dizem que Arcena está “abandonada”LOCAL. Os habitantes do vale de Arcena reclamam o tratamento condigno das suas zonas verdes e a construção da ligação pedonal ao

centro de saúde situado no Bom Sucesso

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Paulo Santos, Alexandre Cá e Marília Rodrigues junto ao único acesso ao centro de saúde

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06 | Notícias de Alverca Julho 2010

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Nuno LopesMário Caritas

N.L.

“República: umséculo, 100 anos,cinco gerações” foi

o mote do tradicional arraial defim de ano lectivo da FundaçãoCEBI, em Alverca. O espec-táculo coreográfico e teatral, quedurou mais de duas horas,movimentou todo o staff dainstituição – alunos, professores,educadoras e auxiliares –mostrando, mais uma vez, quese pode atingir um nível de es-pectáculo bastante elevado ape-nas com os profissionais docolégio. Às centenas de prota-gonistas, juntaram-se milharesde espectadores (na maioria paise familiares dos alunos) e o re-sultado final foi a recreação dosprincipais acontecimentos doséculo XX português.Quem passou pela CEBI,naquele final de tarde/noite dodia18 de Junho, começou porser transportado para a Lisboado início do século passado.Para 1908, mais precisamente.Podia-se passear pelo Mercadoda Ribeira, fazer compras nosArmazéns do Chiado ou na

Feira da Ladra, ir a uma con-feitaria típica da época ou fre-quentar o café “A Brasileira”.Ninguém esperava, no entanto,era que em breve a Monarquiacairia para dar lugar àRepública.

Tudo começoucom o regicídio...

O primeiro grande acto da noitefoi a simulação do Regicídio, ouseja, o bárbaro assassinato doRei D. Carlos, na célebre tardede 1 de Fevereiro de 1908, pro-tagonizado pelos alunos do 5.ºano do Colégio José ÁlvaroVidal. D. Manuel II foi o seusucessor mas não estavapreparado para governar e caiudo trono. Nascia assim aRepública – no dia 5 de Ou-tubro de 1910. Portugal mu-dava a sua Bandeira e, pelaprimeira vez, ouvia-se o HinoNacional! Seguiu-se a conquistado ar, a agitação social agravadapela participação de Portugal na1.ª Guerra Mundial e, entrandonos loucos anos 20, dava-se aprimeira grande emancipaçãoda Mulher – Tudo isto foirepresentado a rigor.

A transição para o Estado Novofoi também recreada e, conse-quentemente, a instalação dacensura. Entrávamos numregime ditatorial.

A visita da Rainha

Um dos pontos altos da noiteestava guardado para a recreaçãoda visita da Rainha Isabel II aonosso país, em 1957. Os alunosdo pré-escolar do colégio repre-sentaram com rigor a coberturajornalística que tal aconteci-mento mereceu, tendo tidohonras de banquete e sendoacompanhado por coreografiasda época – o fandango a cargodos alunos do pré-escolar e mo-mentos de dança com alunos(ginastas) de várias idades (do1.º ao 3.º ciclo).Em 1974 o Movimento dasForças Armadas devolvia-nos aliberdade “roubada” pela di-tadura e, em 1986, Portugalassinava o Tratado de Adesão àComunidade Económica Eu-ropeia. Para o final estavaguardada música dos anos 80,acompanhada por coreografias emomentos de dança protagoni-zados pelos alunos de dança docolégio.

“A qualidademelhora de anopara ano”

José António do Carmo, presi-dente do conselho de adminis-tração da fundação, sublinhou ànossa reportagem que esta festatem apresentado uma qualidadecrescente. “Faço um balançomuito positivo, há muito tra-balho por detrás deste espec-táculo, tudo feito com a prata dacasa e com muitas horas de en-saios. Esta é uma festa que temvindo a melhorar ano após ano,o que se deve sobretudo à par-ticipação de todos os colabo-radores da fundação. Penso queo segredo é que as pessoas queaqui trabalham o fazem poramor e isso faz com que se con-sigam superar todas as dificul-dades.”Acima de tudo, foi um espec-táculo entusiasmante. Foi umaautêntica lição de história!“Gostei, estava bem organizado.Gostei muito do tema escolhidoe da maneira como se organizouas crianças”, dizia-nos SílviaRaminhos, uma das inúmerasmães ali presentes.

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REPORTAGEM. Professores e alunos da Fundação CEBI presentearam os milhares de visitantes com uma viagem pela história

do século XX. No tradicional arraial de fim de ano, as coreografias e a qualidade dos cenários encheram as medidas da assistência

Arraial da CEBI celebrou o século XX

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08 | Notícias de Alverca Julho 2010

Nuno LopesMário Caritas

N.L.

“Notícias de Alverca”:Quando é quesurgiu a sua li-

gação ao futebol?Rui Vitória: Desde muitonovo. Como praticante estouligado desde os nove anos,mas antes já acompanhava osmeus pais, o meu pai parti-cularmente a ver os jogos doAlverca. “NA”: Abraçou a carreira detreinador também muitocedo…RV: Sim. Num dia estava a

treinar como jogador e nodia seguinte comecei comotreinador (aos 32 anos) – Erajogador do Alcochetense(terceira divisão nacional) erecebi um convite para irtreinar o Vilafranquense nasegunda divisão. Este é umcaso raro, ou seja, deixar dejogar num dia e no outro diajá estar a treinar um clube,inclusive subi de escalão poisestava a jogar na terceira di-visão e fui treinar na segundadivisão nacional.“NA”: Quando é que entroua carreira de professor?RV: Foi muito antes. Come-cei a dar aulas com 19 anosna Escola Secundária Infante

D. Pedro. Nessa altura nãohavia professores de educaçãofísica em número suficiente econvidaram-me para comple-tar um horário. Entretanto fiza minha faculdade, ao mesmotempo que dava aulas e quejogava futebol; foi uma alturadifícil porque tinha queandar sempre para trás e paraa frente.“NA”: Nunca procurouseguir a carreira de futebolistaa tempo inteiro?RV: Essa foi uma das razõesporque agora decidi aceitar odesafio da I Liga. Enquantojogador tive uma ou outraoportunidade de poder jogara um nível mais elevado, mas

ou porque estava a tirar omeu curso académico, ouporque tinha a vida aqui or-ganizada, nunca quis arriscar.Também é verdade que nuncative um convite que fosse, defacto, muito aliciante, maspodia ter tentado dar osalto… Desta vez decidi ar-riscar!

O futebolistaque estudavae ensinava…

“NA”: Como é que conseguiaser, ao mesmo tempo, jo-gador, professor e estudanteuniversitário?RV: Fazia um grande sacrifí-cio. Hoje posso dizer que melembro de muito poucoscolegas de faculdade porqueacabei por não viver a vidaacadémica na sua plenitude.Na altura estava a dar aulasna Escola Soeiro PereiraGomes (Alhandra), depois iater aulas na faculdade (CruzQuebrada) e, no final do dia,vinha ter treinos no Vilafran-quense. Às vezes fazia o con-trário, ou seja, ia a uma aulade manhã, depois vinha daraulas a Alhandra, ia de novopara a Cruz Quebrada teraulas e finalmente vinha à

noite para Vila Francatreinar.“NA”: Qual é a profissãomais aliciante: professor outreinador?RV: Para mim a de treinadoré muito mais aliciante. Rea-lizo-me até mais do que en-quanto jogador, porquetemos nas mãos a possibili-dade de jogar com uma sériede variáveis que podem influ-enciar os rendimentos e issopara mim é muito aliciante.“NA”: Qual foi o treinadorque mais o marcou?RV: Não tive um treinadorque mais me tivesse marcado.Houve vários que hoje recon-heço que me influenciaram,quer pela negativa, quer pelapositiva. Quando digo pelanegativa não é que me ten-ham influenciado mal, mashavia algumas coisas que elesfaziam de forma implícita eque eu não achava correcto…hoje começo a reconhecerque havia ali algo de impor-tante por detrás daquelastomadas de decisão. Portantonão houve alguém que tivessetido um papel preponderante,houve sim um conjunto detreinadores que me ajudarama formar a minha forma deestar também comotreinador.

“Sinto-mepreparado paraeste desafio”

“NA”: O Fátima acabou porser a “montra” do RuiVitória. Qual é o balanço quefaz da passagem pelo clube?RV: O Fátima foi, é e serásempre um clube fundamen-tal na minha carreira e naminha vida. Mas achei que secalhar esta era a altura idealpara sair, já que havia a pos-sibilidade de ir para a I Liga.Não é que eu esteja obcecadopor ser um treinador de ILiga, aliás se calhar é por issoque eu acabo por dar estepasso só agora, porque nuncapus as expectativas muitoelevadas e nunca quis de umaforma rápida e obcecadachegar à I Liga.“NA”: Mas teve convitesanteriormente?RV: Houve sondagens, masnunca uma coisa muito con-creta. Agora houve um dadomuito objectivo e eu entendique estava preparado paraagarrar esse desafio. Mas oFátima foi um clube onde eugostei muito de trabalhar e éum clube que ficará sempremarcado na minha carreira –

Rui Vitóriae o desafioda I Liga

Rui Vitória, professor de Educação Física e treinador de

futebol, assinou um contrato de uma época para ir

treinar o Paços de Ferreira na I Liga. Este é talvez o

maior desafio desportivo do técnico alverquense até ao

momento, mas diz sentir-se preparado para levar o barco

a bom porto. Em entrevista, este fala das suas expectati-

vas e faz um balanço positivo do que ficou para trás

ENTREVISTA.

Rui Vitória

40anos, natural de Alverca e residente na Póvoa de Santa Iria, formou-se nas ca-madas jovens do FCA, representando em sénior o Fanhões, Vilafranquense,FCA, Seixal, Casa Pia e Alcochetense. Aos 32 anos tornou-se treinador:

primeiro no Vilafranquense, depois a orientar os juniores do Benfica e, nos últimos quatroanos, ao serviço do Fátima. É licenciado em Educação Física e Desporto pela Faculdade deMotricidade Humana do Instituto Superior Técnico, sendo professor nessa área: começoupor leccionar na Escola Secundária Infante D. Pedro e, nos últimos anos, foi professor naEscola Secundária de Gago Coutinho, em Alverca

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quando se tem duas subidasde divisão, quando se écampeão nacional, quando setem alguns desempenhoscomo nós tivemos, natural-mente que as duas partes têmque estar muito ligadas.“NA”: Mas a sua saída esteveenvolvida nalgumaceleuma…RV: Não comento, apenasdigo que as coisas não sãoexactamente como o presi-dente do Fátima disse.“NA”: Está de consciênciatranquila?RV: Sim. Claro que eugostava que as coisas tivessemsido um pouco diferentes…Eu fiz o que achei que deviater feito, informei as pessoasque achei que devia informare prossegui o caminho queachei que devia prosseguir. Asdecisões de treinador muitasvezes não são fáceis e estatambém não foi uma decisãofácil pois as pessoas queriamque eu continuasse. Agoravirou-se a página e vou olharem frente.

“Houvemuita genteque me ajudou”

“NA”: O que é que esperafazer no Paços de Ferreira?RV: Uma característicaminha é que não gosto defalar em objectivos muitodefinidos. O que está implí-cito é que o Paços é um clubepara estar na I Liga, ou seja,a manutenção está implícitasem a Direcção me dizer queesse é claramente o objectivo.“NA”: Quais são os requisitosnecessários para se ser umbom treinador?RV: É uma pergunta interes-sante e difícil de responder.Uma coisa eu sei: não há umareceita concreta e definidapara se ser um bom treinador.Há treinadores que vencemcom uma determinadametodologia e outros comoutra. Se olharmos para orendimento do Luís FelipeScolari e do José Mourinho,

ambos tiveram sucesso emcircunstâncias diferentes ecom formas de estar, de ac-tuar, de metodologias e per-sonalidades completamentediferentes. Aquilo que meparece fundamental é sabergerir os recursos humanos, ouseja, conhecer muito bem ocontexto onde se está a tra-balhar e depois actuar etomar as melhores decisõesem função disso. Isso levanta--nos a questão da sensibili-dade para a modalidade poistomar as melhores decisõesnas alturas certas não é fácil,e é isso que depois faz a dife-rença.“NA”: Tem algum modelo detreinador que lhe sirva dereferência?RV: Não… Admiro o tra-balho de várias pessoas. Claroque hoje qualquer ser hu-mano olha para o José Mou-rinho e diz que ele tem queter muita qualidade porqueganha em vários campe-onatos. Eu, pessoalmente,não tento seguir particular-

mente nenhum treinador,tento sim agarrar aspectosque me foram transmitindoos meus treinadores eprocuro aplicá-los consoanteas circunstâncias.“NA”: Se tudo correr bemcomo treinador, não voltará aensinar…RV: Eu gosto muito de ensi-nar. Já gostei mais, fruto detudo o que se tem passado emtorno do ensino. Se as coisascorrerem bem é possível queseja difícil voltar a dar aulas,mas sou um privilegiadoporque se voltar a dar aulas,volto para uma profissão deque também gosto muito evolto sem qualquer problema.Tenho um contrato anualcom o Paços de Ferreira, fuieu próprio que assim o quis eno final da época faz-se o ba-lanço. Mas, em relação aopassado, quer como treinador,quer como jogador, nunca mehei-de esquecer de onde é quevim e de quais foram as min-has raízes, e reconhecer quehouve muita gente que me

ajudou neste percurso. Dessaspessoas que estiveram semprecomigo e que me ajudaram aalcançar alguma coisa, nuncame esquecerei delas e, acimade tudo, nunca me esquecereide onde é que venho: as min-has raízes são raízes humildese isso fez-me muito bem.

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O Paços de Ferreira é um clube paraestar na I Liga, a manutenção estáimplícita sem a Direcção me dizerque esse é claramente o objectivo.

Rui Vitória irá liderar osadjuntos Arnaldo Teixeira,Sérgio Botelho e Pedro(ex-guarda-redes do Paçosde Ferreira). Arnaldo Teixeiraacompanha-o já há vários anos.

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Mário Caritas

“Fazer solidariedade éa melhor forma decomemorarmos o

nosso aniversário”, sublinhouCássia Cabral, uma das respon-sáveis do Portal Alverca, duranteo jantar que assinalou o segundoaniversário daquele sítio na in-ternet e cuja receita reverteu natotalidade a favor de uma insti-tuição particular de soli-

dariedade social local, neste casoa AIPNE – Associação para aIntegração de Pessoas com Ne-cessidades Especiais.Cássia Cabral e HélderLourenço estão à frente desteprojecto onde podemos encon-trar notícias, classificados, pub-licidade, informações úteis eagenda de eventos, relacionadoscom a cidade e que têm levadoum número crescente de pessoasa visitar regularmente o portal.Segundo Hélder Lourenço,foram dois anos sempre acrescer. “Tivemos recentementeo melhor mês de sempre emnúmero de visitas, o que querdizer que é o reconhecimentodo nosso trabalho; além dissopenso que também ajuda o factode estarmos divulgados no face-book que é, neste momento, oportal social da moda. DesdeMaio que passámos para valoressuperiores a 10.000 visitas/mês,que são valores interessantespara uma população que rondaos 30.000 habitantes.”Entre os motivos de interesse,destaque para os conteúdos in-formativos que têm sido uma

das grandes apostas dos respon-sáveis. “As pessoas procuram so-bretudo notícias,principalmente as mais mediáti-cas. Temos vindo, de facto, amelhorar os conteúdos informa-tivos mercê da celebração de al-guns protocolos com o centrode formação profissional e esco-las da região, portanto alargá-mos a equipa de trabalho e issotem-nos permitido estar maisatentos às notícias que saem naimprensa local e regional.”

Instituição levou782 euros

Como referimos, a receitaobtida no jantar de aniversário,realizado nas instalações doPingo Doce Retail Park, emAlverca, no passado dia 17 deJunho, foi entregue a uma insti-tuição local – a mais votada noportal entre as várias concor-rentes (as outras eram a Casa S.Pedro, CASBA – Centro deApoio Social do Bom Sucesso eArcena, CerciTejo, FundaçãoCEBI, Misericórdia e Institu-

ição de Apoio a Idosos e Refor-mados de S. Romão), que foicontemplada com 782 euros.Risso Calado, presidente da di-recção da APINE, estava natu-ralmente satisfeito. “O dinheiromove muita coisa mas aquiloque interessa são as acções, são

exemplos como estes. Esperoque este exemplo possa frutificare que nos anos futuros não se-jamos nós mas também outros aser ajudados.”Entre os presentes na cerimóniaencontrava-se o presidente dajunta de freguesia, Afonso

Costa, acompanhado pelorestante executivo, que salientouo “bom” trabalho que tem sidofeito pelo Portal Alverca. “Estáde parabéns e esperamos queassim continue. O portal temdivulgado a freguesia e esperoque tenha vindo para ficar.”

10 | Notícias de Alverca Julho 2010

Casa São Pedro de AlvercaOs conteúdos desta rúbrica são da responsabilidade da Casa de S. Pedro. O jornal pode ser levantado pelos sócios da IPSS na sua sede.

Lar de Idosos – InternatoCentro de Dia – na InstituiçãoApoio Domiciliário – no Domicílio

Actividades Complementares:Ginástica, Hidroginástica, Pintura, Costurae Escolinha dos Avós

Salão de Chá e JardinsLocal agradável onde pode tomar o seu café econviver com familiares e amigos. Aberto todosos dias, incluindo Sábados e Domingos, das10h00 às 18h30m, encerrando das 11h45m às14h00.

Dinâmica da Casa S. PedroAs actividades de recreio e lazer são as mais par-ticipadas e englobam: passeios, colónias de férias,alomoços-convívio, festas, sardinhada, etc.

Dia 2: Missa de S. Pedro

Dia 26: Dia dos avós

Actividades de JulhoActividadesCiência

Foi o poder da nossa inteligênciaQue conseguiu dar luz à obscuridadeEm que vivia a triste HumanidadeUma vida de luta e de indigência.

Sorrimos já de orgulho pela nossa ciênciaQue nos levou a esta actividade,E todos nós sentimos vaidade,Da nossa igualdade e competência.

Assim tem continuado,A ciência a desenvolverAnda-se sempre a aprenderEm relação ao passado.

Os cientistas têm a ciência bem estudada,Têm feito a sua obrigação,Não tínhamos ilusãoQue a ciência está bem pensada.

Dos bons cientistas todos nós nos orgulhamos,Mas, que nem todas as ciências juntasPoderão responder a três perguntasQuem somos? De onde viemos? Ondechegamos?

José Lino Martins Fernandes

Dedicação

O teu nome é AdíliaEu não o posso esquecerPara mim não causa quezíliaLembro-me sempre com prazer.

Tu és a Estrela luminosaDa minha vida passada,És cravo, és violeta ou rosaQue enfeita a minha estrada.

Estrada do meu coração,Que difícil é de esquecerEspero que nunca me digas nãoPois sem ti não posso viver.

Perto de ti sinto-me bem,O meu amor não arrefece,Abraçar-te é o que me convémFalar contigo é o que me apetece.

Foi uma estrada bem comprida,Que tive de caminharMas hoje és a minha vidaSó a ti eu posso amar.

Minha idade já é um pesoA vida não é a mesmaOlho para ti logo pensoÉs o meu amor que beleza.

Nestas palavras tão belasDedico-te todo o meu ser,São poucas, são singelasQuero-te comigo até morrer.

Jaime Matos

Jantar solidário apoia AIPNE

Cuido de animaisTomo conta do seu

animal de estimação,enquanto vai de férias.

O seu cão ou gato ficaráem óptimas mãos.

Resido na área deAlverca do Ribatejo.

Contacto936839051

SOCEIDADE. Na passagem do seu segundo aniversário, o Portal Alverca realizou um jantar solidário cuja receita reverteu para uma

instituição local: a AIPNE – Associação para a Integração de Pessoas com Necessidades Especiais

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SOCIEDADE. Abriu a delegação de Alverca

do SEF, na Praceta Estanislau Raimundo

Nogueira (Chasa), visando um “atendimento

de proximidade a estrangeiros.”

SOCIEDADE. A Turiprojecto apresentou a

1.ª fase da plataforma logística que instalará

no Eco-Industrial Park Azambuja (antiga

GM) um novo centro de distribuição.

DESPORTO. Paulo Gomes foi o escolhido

para treinar o futebol sénior do Alverca, na

próxima época. No Vilafranquense, Paulo Eira

substitui Fernando Ferreira.

LOCAL. Arcena volta a receber as tradi-

cionais Festas de S. Clemente, organizadas

pela junta de freguesia, de 10 a 12 de Setem-

bro próximo.

As crianças e a crise

Olga Fonseca

Psicóloga ClínicaPresidente da [email protected]

Aimagem de como a crise económicaestá a afectar a vida das crianças e dasfamílias em toda a União Europeia

(EU) já se começa a revelar. O desempregoserá a ponta do iceberg, mas o impacto navida dos mais vulneráveis começa já a mostraruma realidade nada agradável e seriamentepreocupante.Estive, na semana passada, em representaçãoda Fundação CEBI no Fórum Político doEurochild (organização europeia de pro-moção dos Direitos da Criança), em Bruxe-las, e foi geral a preocupação dos membrosdos vários países europeus presentes acerca daforma como os governos estão a contornar assuas promessas de investir em esforços parareduzir a pobreza infantil e promover os di-reitos das crianças.As reformulações e os cortes nos apoios soci-ais às famílias são uma das preocupações detodos, com o prognóstico negativo do que iráser o impacto sobre as condições de vida dascrianças e sobre o aumento das situações derisco a que, cada vez mais, ficam sujeitas.

As crianças já eram mais vulneráveis à po-breza antes da actual crise se instalar, comquase uma em cada cinco a viver nessasituação. Agora esses números tendem a sermuito maiores. A necessidade de concentrara atenção política especificamente nascrianças – dentro de uma estratégia de lutacontra a pobreza global – sempre foi uma dasprincipais preocupações do Eurochild. Istoporque, como se sabe, as crianças têm muitasvezes sido ignoradas como um grupo, pen-sando-se nas suas necessidades quase exclusi-vamente no âmbito da política de família.Mas as crianças são cidadãos de pleno direitoda UE e merecem ser tidas como tal e que asua infância seja reconhecida como umperíodo particularmente sensível de mu-dança. A rápida e eficaz intervenção nestafase da vida pode ter impacto a longo prazosobre os resultados e contribuir para romperpadrões inter-geracionais de pobreza e dedesvantagem social.A vivência da crise pode ter impacto du-radouro sobre o desenvolvimento social,

emocional, moral e educacional das crianças.Isso incluirá tantos impactos directos emcasos mais graves, como impactos mais subtisrelacionados, por exemplo, com a formacomo as crianças conseguirão gerir o stress fa-miliar ou como os jovens tomarão decisõessobre o seu futuro, de acordo com as perspec-tivas e oportunidades percebidas.Do ponto de vista do Eurochild, a pobrezainfantil e o bem-estar das crianças devem sermantidos no topo da agenda política comoparte de uma estratégia sustentável de longoprazo para erradicar a pobreza no seio da UE.O investimento nas crianças não pode es-perar, sob pena de terem que acarretar comos reflexos negativos esperados no seu desen-volvimento e que as gerações seguintessentirão.Os membros do Eurochild (entre eles a Fun-dação CEBI), continuam pois a apelar, emdocumentos objectivos, aos governos da UEpara aproveitarem a oportunidade do AnoEuropeu de 2010 Contra a Pobreza e a Ex-clusão Social e adoptarem metas reais e quan-

tificadas de redução da pobreza, bem comopara uma recomendação da União Europeiasobre pobreza infantil e a exclusão social, emque os Estados possam ser responsabilizados.A recomendação deverá incluir um compro-misso de combater a pobreza infantil dentrode um quadro de direitos da criança, bemcomo orientações claras sobre as boas práticase os objectivos adequados no domínio dosserviços de intervenção precoce nos primeirosanos de vida, da educação, da saúde, da pro-tecção infantil, do emprego das famílias, dosserviços sociais e de apoio familiares,habitação e lazer.Os efeitos da crise serão sentidos na so-ciedade mesmo depois da economia começara recuperar. Ao investir, como é dever dos Es-tados, nas crianças, estar-se-á a contribuirpara atenuar o impacto negativo da crise edas situações de pobreza e fragilidade a longoprazo e a construir um futuro mais susten-tável para as crianças e, afinal, para todos.

Um leitor, no último número do“NA”, mostrava a sua indignação

sobre o estacionamento abusivo em cimados passeios na rua 9 de Agosto de 1990.Seria o paraíso se tal acontecesse sónaquela rua. Mas, infelizmente paratodos os alverquenses em particular e paraos portugueses em geral, os atropelos aoCódigo da Estrada são o nosso dia-a-dia!Estacionar em cima dos passeios, emcima de passadeiras – ou parar quando secircula impedindo o seu atravessamento–, em zonas verdes (como se de um standse tratasse), à frente das portas, etc., sãoatitudes de uma minoria que reprimequem não o faz.Porque, infelizmente, a maioria das pes-soas e quem deveria zelar pelo cumpri-mento da lei é submissa e passiva peranteestas situações, e por isso é domesticada

pela tal minoria! Ao longo dos anosfomos e vamos sendo educados para ser-mos obedientes e passivos – “O Povo ésereno!” Lembram-se desta frase históricaque, nos idos anos de 70, mostrava à so-ciedade a nossa submissão?Poderemos queixar-nos que as passadeirasna maioria dos casos não são visíveis, masisto não pode ser razão para se parar emcima, obstruindo a passagem dos peõesque se devem sentir seguros na suatravessia.Voltando ao início: nas traseiras da rua 9de Agosto de 1990 existe um parquea-mento, mas a tal minoria acha-se no di-reito de ter um lugar à porta da sua casa,nem que seja dentro das escadas.O parqueamento no espaço da feira se-manal está “às moscas”, mas a tal minoriaprefere estacionar por exemplo no passeio

ou na passadeira em frente à Caixa Geralde Depósitos porque movimentarem-secerca de 50 metros exige muito esforçofísico.O parqueamento existente junto aoJardim Álvaro Vidal está sempre vazio,mas a tal minoria prefere estacionar juntoà piscina dificultando quem por ali tran-sita; e só não estacionam dentro damesma porque poderiam molhar-se eapanhar uma constipação…Os espaços reservados para cargas edescargas do comércio, durante meiahora em certos locais, são transformadosem parques privativos e vitalícios poralguns.Na rua António Sérgio – que atravessa obairro da Chasa – o passeio ascendente éoutro exemplo do que não se deve vernuma cidade que se quer segura e atrac-

tiva para os seus moradores!Este tipo de condutores, a tal minoria quedomestica a maioria, não conhece o sig-nificado da palavra cidadania, nem o queesta comporta – desconhecem os direitos,liberdades e deveres que regulam acidadania da nossa sociedade e o seucomportamento enquanto cidadãos, nafamília, no trabalho, nas relações sociaisda vida quotidiana, etc. Como educarãoos seus filhos? Como reagirão ao ver osseus filhos a circular pela estrada em vezdo passeio? E os filhos, não costumam sero espelho dos pais? È este tipo de so-ciedade que esta gente anda a ajudar aconstruir?Para esta minoria que domestica a maio-ria só existem direitos!... Os deles! Sen-tem-se no direito de atropelar tudo etodos perante a tolerância ou será indife-

rença? De quem deveria zelar pelocumprimento integral do Código daEstrada e pela segurança da população,das nossas crianças, dos invisuais, dos de-ficientes. Percebem a quem me refiro,não percebem?Por tudo isto quero dizer que aceitar estalógica da tal minoria domesticar a maio-ria é aceitar que o “lixo” conspurque asestradas e os passeios do nosso país e,como em democracia deve ser a maioriaa fazer ouvir a sua voz, vamos todos dizera estes imbecis que se comportem de umavez por todas como cidadãos de corpointeiro!Não podemos ser reféns desta minoria,digamos não à imbecilização nas nossasruas de Alverca!

Fernando Moreira

Não se deixe imbecilizar

Correio do Leitor

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12 | Notícias de Alverca Julho 2010

SOCIEDADE. Com quatro anos de existência, o curso de Técnico de Manutenção

Aeronáutica da Escola Secundária de Gago Coutinho começa a formar os primeiros técni-

cos com possibilidades de ingressar na OGMA

Futuros técnicos aeronáuticoslutam por lugar na OGMA

Mário Caritas

Hélder Farinha, 18 anos,natural de Vila de Rei,veio viver sozinho para

Alverca, ainda adolescente, paracorrer atrás de um sonho: sertécnico de aviões. É um dos 25formandos da Escola Secundáriade Gago Coutinho (ESGC) queterminam este ano o curso profis-sional de Técnico de ManutençãoAeronáutica, que dá equivalênciaao 12.º ano e proporciona a opor-tunidade dos melhores poderemficar a trabalhar na OGMA – In-dústria Aeronáutica de Portugal,parceira neste projecto que nasceuhá quatro anos.Aqui os alunos fazem o percursodesde o 10.º até ao 12.º ano de es-colaridade. Em todos os anos lec-tivos há um estágio de um mês emambiente de trabalho na OGMAe se no final a média do aluno for13 ou mais valores “ganha” um es-tágio de seis meses naquela em-presa. Hélder luta agora por isso.É um (bom) exemplo de humil-dade e perseverança. “Vim da terramais central de Portugal à procurade um curso que não havia emmais lado nenhum do país. Vimatrás do sonho. Vim sozinho,moro sozinho, trabalho no MCDonalds em part-time para con-seguir acabar o curso e gostaria deficar aqui a trabalhar. A área quemais me alicia é a dos motores.”Anabela Mesquita, professoraresponsável pela coordenação doscursos de formação profissional daESGC, refere que este não é umdos cursos com maior taxa desucesso, mas isso explica-se devidoao elevado grau de exigência a queos formandos são submetidos:“Penso que isso tem a ver com oscritérios de rigor que são muitoelevados; só este ano havia 26alunos inscritos no 10.º ano e

neste momento restam apenas 14,ou seja, muitos desistem face aograu de exigência.” Ainda assim éum curso cada vez mais procu-rado. “Basta ir ver à secretaria asintenções de candidatura para osvários cursos e este é onde temosmaior procura, com alunos devários pontos do país a can-didatarem-se.”

“Muitos desistemdevido ao graude exigência”

José Matias, coordenador da parteformativa dos jovens na OGMA,explica que o objectivo dos estágiospassa por fornecer as competênciasbásicas para enveredarem pelaprofissão de técnico de

manutenção de aeronaves. “Procu-ramos proporcionar-lhes com-petências técnicas emdeterminadas áreas que eles depoisvão ter que utilizar no futuro.”Actualmente 59 alunos, no total,estão a fazer os chamados estágioscurriculares de um mês: 25 do 12.ºano, 18 do 11.º e 14 do 10.º.A exigência do curso é tambémsublinhada pelo responsável que,em relação aos formandos queconcluíram em 2009(2006/2009), explica que apenasum terço chegou ao fim e só cincoconseguiram assegurar o estágio deseis meses. “Dos 28 alunos queiniciaram nesse 10.º ano, 10chegaram ao fim, dos quais umestá a estagiar noutra empresa, trêsenveredaram pelo ensino superiore um não quis ir estagiar porquese quis candidatar à universidade.Os restantes cinco asseguraram es-

tágio de seis meses: três na aviaçãomilitar e dois na aviação civil,sendo que o estágio já dura há trêsmeses e todos eles têm com possi-bilidades reais de ficar naempresa.”É o caso de Paulo Santos, de 19anos. “Está a correr bem, tenhoaprendido muito. Neste mo-mento a minha prioridade é irpara a universidade e seguir en-genharia, mas também gostava deficar aqui a trabalhar.” João Silva,19 anos, está na mesma situação.Já cumpriu metade dos seis mesesde estágio que a sua média final decurso lhe proporcionou e o seugrande objectivo é ser admitidopela empresa: “Até agora estou agostar, as pessoas são espectacu-lares. Gostava de ficar na OGMAaté porque não me candidatei àuniversidade, ficar aqui é o meuprincipal objectivo.”

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Por alimentos entende-se tudo o que é indispensávelao sustento, habitação e vestuário, assim nos diz on.º 1 do artigo 2003.º do Código Civil. Nos termos

do n.º 2 do artigo 2003.º do Código Civil, o legisladorlançou de um conjunto de critérios para determinar a me-dida dos alimentos, os quais são: i) Necessidade do alimen-tando; ii) Possibilidades do alimentado; e iii) Possibilidadedo alimentando prover à sua subsistência.No entanto, para aferir a medida dos alimentos, tambémdevemos ter em consideração factores, conexos, a saber: onível socioeconómico dos pais, a saúde do menor e as ne-cessidades educacionais. Seria absurdo considerar tão-só asnecessidades vitais do Menor.Sendo o Menor absolutamente incapaz de prover ao seusustento, podemos dizer que a obrigação de alimentos é umelemento integrante da relação de filiação.Tendo presente o acima mencionado, os alimentos sãofixados conforme as capacidades daquele que tiver queprestá-los (uma vez que não se pode exigir ao obrigado aalimentos que ponha em perigo a sua própria condição),bem como as necessidades de quem deles carece de recebê-los.Depois de fixados os alimentos, o obrigado terá de pagar aprestação de alimentos a partir do momento em que estaseja vertida no acordo, desde homologado. Se o acordo nãoestiver homologado, não é possível accionar o Fundo.Assim, não sendo satisfeita a prestação de alimentos, o pro-genitor com quem o Menor vive pode, através de advogadoconstituído, requerer nos autos de incumprimento que otribunal fixe o montante que o Estado deverá pagar emsubstituição do devedor. Acaso não tenha constituído man-datário, poderá dar notícia do incumprimento ao Mi-nistério Público.É de notar que o tribunal só pode aferir das necessidadesdo Menor depois de efectuar as diligências de inquéritoadequadas a tomar conhecimento das condições de vida doMenor e das correspondentes necessidades. Havendo incumprimento, caberá ao devedor da prestaçãoo ónus de provar que não tem meios para cumprir a obri-gação alimentícia, mesmo que parcialmente (n.º 2 do art.º342.º do C.Civ).Aqui chegados, vejamos quais são os pressupostos para queo Fundo possa intervir: a) Estar a pessoa obrigada judicial-mente a prestar alimentos a Menor que resida em Portugal;b) Não ser possível cobrar a prestação de alimentos nos ter-mos do artigo 189.º da OTM (isto é, não ser viável deduzira pensão de alimentos ao vencimento/salário, sob requisiçãodo tribunal dirigida à entidade patronal, seja ela pública ouprivada; não ser viável a dedução nas rendas, pensões, sub-sídios, comissões, percentagens, gratificações, compartici-pações ou rendimentos semelhantes, que o obrigadoreceba.); e c) Que o alimentado não tenha rendimentolíquido superior ao salário mínimo nacional, nem beneficienessa medida de rendimentos de outrem a cuja guarda seencontre, dito de outra forma, a capitação de rendimentosdo agregado familiar não pode ser superior ao saláriomínimo nacional.No agregado familiar deve ser considerado o actual cônjugeou companheiro do progenitor, bem como os filhos destanova relação ou de um deles. Acresce que, in casu, não rarasvezes confunde-se o conceito de rendimento líquido. Orao rendimento líquido não é o rendimento menos despesascom alimentação, vestuário, habitação, etc., mas sim, orendimento que efectivamente se recebe.Questão importante é a de saber a partir de que momentoé que o Fundo está adstrito ao pagamento. Pelo acórdãouniformizador de jurisprudência do Supremo Tribunal deJustiça, decidiu-se que o Fundo só se constitui na obrigaçãode pagar após a data da decisão judicial que julgou o inci-dente de incumprimento do faltoso.

Alimentos devidos a Menores

Carlos Mendes

[email protected]

João Silva e Paulo Santos

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Férias, com subsídio

Luís Ferreira Lopes

Editor de Economia da [email protected]

Pega de Caras

Quem trabalha um ano in-teiro, intensamente, sabebem como é bom ter algu-

mas semanas de pausa. Chegamos aoVerão e pensamos na praia, na viagemque gostaríamos de fazer, nos livros ourevistas que queremos ler, na importân-cia de fazer nada… e, muitas vezes, nãodamos importância à vantagem que éter cerca de 25 dias úteis de férias eainda receber subsídio – isto paraquem não está desempregado, claro.Planeamos passeios por Portugal ou noestrangeiro, fazemos pequenas obrasem casa, aproveitamos os saldos… e,no entanto, quem trabalha por contadoutrem faz esses gastos com o mês deordenado em que não está a produzirna empresa e ainda recebe um mêsextra como bónus. No Natal tem di-reito também a esse subsídio. Hoje emdia não questionamos essa entrada ex-traordinária de receita porque consi-deramo-la “direito adquirido”.Até pode ser adquirido, inegociável e

tudo o mais que possamos argumen-tar, com ou sem postura sindical. Nãoponho em causa a vantagem de rece-ber esses subsídios da minha entidadepatronal, mas é altura de pensar nasustentabilidade desses direitos (e tam-bém das pensões de reforma, saúdegratuita, etc.) nas próximas décadas.Será que a Europa vai conseguiraguentar o modelo social dentro de 20ou mesmo 10 anos? Gostaria de estaroptimista…Questão de fundo: quem paga, quemdesembolsa, quem vê sair da caixa doisordenados para remunerar um mês denão produção tem bastante mérito, so-bretudo em tempos de crise. Sejagrande, médio ou pequeno, o em-presário deve perguntar nesta altura doano: “Porque razão tenho eu de pagara uma pessoa que não está cá a traba-lhar e ainda lhe dou um subsídio parair de férias?”Também por esta altura do ano, o meuirmão e eu costumamos reflectir sobre

esse esforço de tesouraria dos em-presários (do grande industrial ao pro-prietário do café de bairro) e sobre ofacto de, regra geral, não se valorizardevidamente o tal “direito adquirido”do salário + subsídio. A nossa conversatermina, quase sempre, com duasideias que partilho com os leitores:Primeira ideia: E onde estão os direitosdo empresário? Quem tem uma em-presa deve tirar para si também os doissubsídios, além da remuneração men-sal. Só que, em vários negócios comcustos fixos elevados (renda, salários decolaboradores, luz, água, impostos,etc.) e receita fraca, o patrão abdicadesse “luxo” ou, pura e simplesmente,a receita mal dá para cobrir as despesase não é suficiente para o empreende-dor ir de férias tranquilo. Pior: paraaguentar o negócio, nem sequer vai deférias. Se tudo falhar, abre falência,mas os seus direitos no centro de em-prego não são iguais aos do traba-lhador que teve de despedir quando

fechou a loja; são piores, não temapoios.Sei que vários leitores estão a pensarque estou aqui a defender os patrões,esquecendo que também há muitos“malandros exploradores” que sugamas empresas e torram os lucros emluxos imorais nesta “altura do campe-onato”. Não esqueço, mas lembro quequem é dono do dinheiro pode fazercom ele o que bem entender – e podetambém sofrer as consequências da mágestão…Agora, acho que quem apostou numnovo negócio, criou empregos, correuriscos, pagou impostos e depois, sefalir, não tem direito a subsídio de de-semprego, isso não é justo. Legislaçãorecente permitiu atenuar este pro-blema, mas esta realidade afectou, nosúltimos dois ou três anos, milhares decomerciantes e pequenos industriaisdo concelho vilafranquense e do paísem geral.Segunda ideia para reflexão: se o es-

forço de tesouraria de pagar subsídiosem final de Junho ou Julho ou noNatal é tão elevado (além do patrãopagar um ordenado inteiro quando ocolaborador não está na empresa a tra-balhar), por que não optar pelasolução de dividir os subsídios pelosdoze meses do ano?Isso permitiria aumentar o rendi-mento disponível mensal e obrigariaos portugueses a um maior esforço depoupança ou de gestão equilibrada dodinheiro, para evitar que o tal subsídiodiluído pelo ano inteiro não se evaporede repente (ideia apresentada, formal-mente, no início de 2009, no livro queescrevi sobre como dar a volta à crise).Ficam então estas duas ideias para re-flexão na esplanada da praia. Aproveitebem as férias, lembre-se que temosalguns anos de “aperto do cinto” pelafrente, não estoire a massa toda e, setem crianças, aproveite bem para brin-car e admirar o milagre da vida que évê-las crescer.

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14 | Notícias de Alverca Julho 2010

Aprenda a cuidar dos pés

Como cuidar dos pés?Você já pensou nisso?Os pés são o sustento

do corpo e por vezes são a partemais esquecida e maltratada donosso corpo, já que nos car-regam durante horas sem des-canso, apertados em sapatosdesconfortáveis e andando porterrenos que não os mais indica-dos para se caminhar.Os pés merecem cuidados eatenção, por serem a ferramentaprincipal de locomoção do serhumano; sem esquecer que ospés também demonstram ocuidado que você tem com o seucorpo. Nada é mais feio do queuma mulher usar uma sandáliatendo os pés em péssimascondições, isso é uma demon-stração total de desleixo. Os pésfemininos também são consid-erados um dos símbolos da sen-sualidade da mulher.Os pés femininos são, no en-

tanto, os que mais sofrem.Ficam o dia todo apertados emsapatos de salto alto. Ao fim dodia, inevitavelmente, quase todaa mulher reclama de inchaço,dor e sensação de peso nas per-nas. Mas há muitas opções paraaliviar esses incómodos e deixaros pés impecáveis.Aqui ficam algumas sugestões:Use um hidratante próprio paraos pés; Tenha sempre as unhastratadas; Use talco bactericida;Faça uma esfoliação semanal-mente (No verão pode ser duasvezes por semana); Caso tenhaos pés extremamente secos ecansados, use uma máscaraprópria para os pés antes dedormir; Mude diariamente asmeias que devem ser preferen-cialmente de algodão porque ab-sorvem melhor o suor; Procurenão usar o mesmo par de sap-atos todos os dias; Guarde ossapatos em locais arejados; Os

sapatos devem ser limpos edesinfectados com um spraydesodorizante para evitar o mauodor; Uma recomendaçãomuito antiga – Mergulhe os pésnuma bacia de água quente comum banho relaxante, à noite,durante 30 minutos. Além derelaxar fecha os poros, o quediminui a quantidade de suorevitando o mau cheiro; Após obanho lembre-se de secar muitobem os pés, principalmenteentre os dedos para evitar a for-mação de frieiras e a acumulaçãode fungos.De resto, tente apenas não mal-tratar muito os pés e não ficarmuito tempo em pé com sap-atos fechados ou descon-fortáveis. Na hora do descanso,fique descalço ou com umcalçado bem confortável quedeixe o pé respirar e não forcetanto a musculatura da perna,dos dedos e do pé.

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Fonte: Oriflame

BEM-ESTAR. Os pés merecem cuidados e atenção, por serem a

ferramenta principal de locomoção do ser humano; sem esquecer que

os pés também demonstram o cuidado que você tem com o seu corpo

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SABE O QUE É PODOLOGIA? A Podologia é aciência da área da saúde que estuda, previne, diag-nostica e trata as alterações dos pés e as suas reper-cussões no corpo humano;

UM ADULTO dá em média 4.000 a 6.000 passospor dia, o que equivale a cinco voltas à Terra aolongo da sua vida;

ENTRE 75% E 80% da população adulta temalgum problema nos pés;

TODOS OS ANOS a população feminina perde44 milhões de dias de trabalho devido a dores nas

costas, causadas pelo uso de saltos altos e sapatos in-adequados. Na realidade, as mulheres têm cerca dequatro vezes mais problemas nos pés do que oshomens, sendo o uso de saltos altos um dos factoresque mais contribui para este problema;

SABIA QUE OS NOSSOS PÉS são a zona docorpo com mais glândulas suduríparas por cen-tímetro quadrado? Os pés possuem 250.000 glân-dulas suduríparas que produzem mais de doisdecilitros de suor por dia!;

20% DA POPULAÇÃO considera os pés a zonamenos atraente do seu corpo.

Curi

osid

ades

Page 15: Notícias de Alverca

Julho 2010 http://noticiasalverca.wordpress.com | 15

Pelos caminhosde Portugal

André Porêlo

OPresidente da República pediuaos portugueses que este anogozassem as suas férias no país,

para ajudar a economia nacional. Algunsjornais económicos começaram, desdelogo, a fazer contas para perceber se essa

acção teria algum impacto significativo.Muitos críticos disseram mal, outros beme as agências de viagem não se pronuncia-ram muito.O NA publica este mês um pequeno guiapara que possa escolher um destino parasete noites adequado à sua carteira. Naverdade, opções não faltam e muitas dis-putam, num patamar de interesse e

beleza, com alguma oferta internacional.Se aceitar a nossa sugestão, recomen-damos que acompanhe a nova campanhado Turismo de Portugal adoptada ao mer-cado interno.

* Nesta infografia não contabilizamosgastos com alimentação.

VIAGENS. Pub

A.P.

Page 16: Notícias de Alverca

Mário CaritasHélder Dias

Obalanço da quarta edição das re-tomadas Festas da Cidade e deS. Pedro de Alverca, que tiveram

lugar de 25 a 29 de Junho, foi “positivo”,apesar da ausência de nomes sonantes nocartaz deste ano. Cerca de 50.000 pessoasterão passado pelo campo da feira deAlverca, mostrando que em ano de criseainda há espaço para um pouco de diversão.Segundo o presidente da comissão de festas,José Carlos Dias, as expectativas foram su-peradas: “O balanço é francamente posi-tivo, superou tudo o que tínhamos previsto,foram cinco dias de recinto cheio e com es-pectáculos de muita qualidade, logo só

podemos estar satisfeitos.”Para além dos divertimentos propriamenteditos, os stands representativos de empresase instituições locais voltaram a marcar pre-sença. Algumas das entidades fizeram-serepresentar pela primeira vez e prometemque para o ano é para repetir. É o caso dofotógrafo Ludgero Marques (loja “Foto-Scala”): “Valeu a pena. Foi a primeira vezque vim e mereceu. Vim mostrar estesnovos álbuns digitais, que é o melhor quese faz a nível nacional e até internacional eo balanço é positivo.” Martins Jerónimo(“Ribaseguros”), também estreante nestasandanças, era da mesma opinião: “O ba-lanço é positivo pois demo-nos a conheceràs pessoas, há muita gente que nos conhecee que não sabe que trabalhamos na área dosseguros. Não viemos com a intenção de

fazer negócio mas sim de o promover, es-peramos que futuramente haja contra-partidas dos contactos que fizemos aqui.”

“Esperamosmelhorarpara o ano”

Mas nem todos estavam assim tão satis-feitos. No stand do restaurante “Estrela”,Jorge Bernardino e Acácio Paulinodiziam-nos que o negócio esteve pior quenos outros anos e aquilo que salvou foimesmo o caracol, uma especialidade dacasa: “Este foi o ano mais fraco de festapois não veio nenhum artista forte quechamasse mais população, além dissonota-se que a crise está mesmo instalada

e as pessoas gastam menos dinheiro. Osnossos famosos caracóis é que sevenderam, foi a salvação.”Na última noite, antes do já habitualfogo-de-artifício que encerra as festivi-dades, o presidente do executivoalverquense, Afonso Costa, dirigiu-se àmultidão para anunciar que já reuniucom os proprietários dos terrenos anexos(Quinta do Cochão) com o objectivo dealargar o espaço da festa no próximo ano.“Dessa forma poderemos dar maiordignidade à festa e conseguir trazer outrotipo de divertimentos. Mesmo que oloteamento da Imocochão entretanto nãoavance, é nossa intenção pedir aos propri-etários daqueles terrenos para alargar afesta de forma a colocarmos as diversõesmais afastadas do palco.”

16 | Notícias de Alverca Julho 2010

Últimas

Festas da Cidade e de S. Pedrochamaram 50.000 pessoas

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na Ficha Técnica

Redacção, Publicidade e DirecçãoMorada:Qta. de Stª. Maria – E.N. 10,2615-376 Alverca do Ribatejo Contactos:Tel. 219589130Fax. 219589145E-mail’s:[email protected]@[email protected]@gmail.comDirector: António CastanhoDirector-adjunto: Nuno LopesEditor: Mário CaritasRedacção: Ana Filipa de Sousa eJorge TalixaColaboradores:Adriano Gabriel; Ana Ameixa;Paula Gadelha; Rui Vitória(Desporto); Carlos Mendes(Di-reito); Luís Ferreira Lopes(Economia) e Olga Fonseca(Sociedade)Grafismo e Paginação:André PorêloFotografia:André Porêlo e Mário CaritasPublicidade:Jorge Ferreira93 874 6366Secretariado:Isabel Pinto e Lurdes FarinhaImpressão: CIC - Centro deImpressão CorazeTiragem: 13.500 exemplaresPropriedade: CCS – Cultura eComunicação Social, S.A.Contribuinte: 502788569 Registo ICS: 109974Depósito legal: 78298/94Fundado em: 1984

Medalha de Mérito CulturalCidade de Alverca’ 2004

Membro da

REPORTAGEM. Foram inúmeros os motivos que levaram os alverquenses e populações vizinhas a visitar asFestas da Cidade e de S. Pedro’2010. O balanço é “francamente positivo”

Galardõesde méritoentreguesa 13 de Julho

No próximo dia 13 deJulho, Alverca assinala 20

anos de elevação a cidade. Nasessão magna que irá marcar adata, a ter lugar na SociedadeFilarmónica RecreioAlverquense, serão entregues osgalardões de mérito de 2010,cujos distinguidos serão: JoséManuel Mendes Lopes –Mérito Autárquico; José Fran-cisco Teixeira Teles – MéritoCultural; Assembleia de Deusde Alverca do Ribatejo –Mérito Social; Armando dosSantos Mineiro – MéritoDesportivo e Grupo de Escolasde Condução Coimbra –Mérito Empresarial.

MC

Nota da DirecçãoOs jornais “Notícias de Alverca” e “Vida Ribatejana”, ambos propriedade da empresa CCS– Cultura e Comunicação Social, tinham inicialmente um stand cedido, para estarem entreos expositores presentes na festa. No entanto, à última hora, sem que ninguém da comissãode festas nos avisasse, fomos retirados desse local para dar lugar a uma empresa da zona.Que tenha sido uma falha da organização até se compreende, incompreensível é, no en-tanto, o facto de não termos sido avisados previamente desse facto!

Carla Maria