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Para Mike e Myrna Burg
e Alfred e Carolyn Mann,
que nos deram tudo.
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Sumário
1 Ambição ............................................................................. 9
2 O Segredo ........................................................................ 16
3 A Lei do Valor ................................................................... 27
4 A condição ....................................................................... 39
5 A Lei do Retorno ............................................................. 42
6 Servindo café .................................................................... 53
7 Rachel ............................................................................... 57
8 A Lei da Infl uência .......................................................... 62
9 Susan ................................................................................ 71
10 A Lei da Autenticidade .................................................... 78
11 Gus ................................................................................... 92
12 A Lei da Receptividade .................................................... 96
13 O círculo se fecha .......................................................... 107
14 Doação ........................................................................... 114
As Cinco Leis do Sucesso Extraordinário .................... 121
Agradecimentos ............................................................. 122
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Ambição
SE HAVIA UM PROFISSIONAL dinâmico e agressivo na Clason-
-Hill Trust Corporation, esse alguém era Joe. Ele trabalha-
va duro, era ágil e batalhava para chegar ao topo. Pelo menos,
esse era seu plano. Joe era um jovem ambicioso que queria
alcançar as estrelas.
No entanto, às vezes parecia que quanto mais arduamente
ele trabalhava, mais distantes fi cavam suas metas. Ele se dedi-
cava muito, mas obtinha poucos resultados.
Como estava sempre ocupado, não tinha tempo para pensar
no assunto. Especialmente em um dia como hoje – sexta-feira,
a uma semana do fi m do trimestre e com um prazo crítico a
cumprir. Um prazo que ele não podia deixar de cumprir.
NO FINALZINHO DA TARDE, Joe decidiu que estava na hora de
cobrar um favor, então deu um telefonema. Mas a conversa
não foi como ele esperava.
– Carl, não acredito que você está me dizendo uma coisa
dessas... – Joe respirou para não transparecer o desespero em
sua voz. – Neil Hansen? Quem diabos é Neil Hansen? Bom,
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não ligo para o que ele está oferecendo, podemos cumprir
aquelas exigên... Espere aí, Carl, você me deve uma! Você sabe!
Lembra quem salvou sua pele da última vez? Então, Carl, va-
mos lá... Carl?
Joe desligou o telefone sem fi o e se obrigou a baixar calma-
mente o aparelho. Respirou fundo.
Ele tentava a todo custo conseguir uma grande conta, uma
conta que achava que merecia – e da qual precisava, se quisesse
bater sua meta do terceiro trimestre. Já não havia batido as
metas do primeiro nem do segundo trimestres. Duas bolas
fora... Nem queria pensar numa terceira.
– Joe? Você está bem? – perguntou uma voz feminina.
Joe levantou os olhos e viu a expressão preocupada no ros-
to de sua colega Melanie Matthews. Ela era uma pessoa bem-
-intencionada e muito bacana. E era exatamente por isso que
Joe duvidava de que ela sobreviveria por muito tempo em um
ambiente competitivo como o do sétimo andar, onde os dois
trabalhavam.
– Estou – disse ele.
– Era Carl Kellerman ao telefone? Sobre a Grande Conta?
Joe suspirou.
– Era.
Ele não precisou explicar. Todo mundo naquele andar
sabia quem era Carl Kellerman: um corretor corporativo que
procurava a empresa certa para pegar o projeto de um cliente
muito importante que Joe apelidou de a Grande Conta, ou
GC, para resumir.
Segundo Carl, o chefe da Grande Conta achava que a
empresa em que Joe trabalhava não tinha “infl uência e pres-
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tígio” sufi cientes para cuidar do negócio. Agora um sujeito
de quem Joe nunca ouvira falar oferecia um preço menor e
ganhava o negócio. Carl alegou que não havia nada que ele
pudesse fazer.
– Eu simplesmente não entendo – queixou-se Joe.
– Eu sinto muito – disse Melanie.
– Bem, um dia é da caça... – Joe abriu um sorriso confi an-
te, mas não conseguia esquecer as palavras de Carl. Enquanto
Melanie voltava para sua mesa, ele fi cou sentado, perdido em
pensamentos. Infl uência e prestígio...
Minutos depois, ele se levantou de um salto e foi até a mesa
de Melanie.
– Ei, Mel!
Ela olhou para ele.
– Você se lembra daquela conversa que teve com Gus outro
dia, sobre um grande consultor que vai dar uma palestra em
algum lugar no mês que vem? Um cara com um nome e um
apelido estranhos.
Melanie sorriu e disse:
– Pindar, o Conselheiro.
Joe estalou os dedos.
– É esse mesmo! Qual é o sobrenome dele?
Melanie franziu o cenho.
– Acho que... – Ela deu de ombros. – Acho que nunca ouvi
o sobrenome dele. Todo mundo o chama de Conselheiro, ou
só de Pindar. Por quê? Você quer ir à palestra?
– Sim... Talvez.
Mas Joe não estava interessado em uma conferência que só
aconteceria dali a um mês. Estava interessado em apenas uma
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coisa – algo que precisava acontecer até a sexta-feira seguinte,
quando o terceiro trimestre se encerraria.
Depois de uma pausa, Joe continuou:
– Eu estava pensando... Esse sujeito é bom mesmo, não é?
Cobra honorários caríssimos por uma consultoria, só trabalha
para as maiores e melhores empresas. Tem muita infl uência.
Sei que podemos cuidar da GC, mas vou precisar de armas
poderosas para recuperar o negócio. Preciso de ajuda. Você
tem alguma ideia de como posso entrar em contato com o
escritório desse Conselheiro?
Melanie olhou para Joe como se ele estivesse fi cando
maluco.
– Você quer ligar para ele?
Joe deu de ombros.
– Claro. Por que não?
Melanie sacudiu a cabeça.
– Não faço ideia de como entrar em contato com ele. Por
que não pergunta ao Gus?
AO VOLTAR À PRÓPRIA MESA, Joe se perguntou como Gus con-
seguira durar tanto na Clason-Hill. Nunca o vira fazendo
nenhum trabalho de verdade. E, no entanto, Gus tinha uma
sala só dele, enquanto Joe, Melanie e uma dezena de outros
dividiam o espaço aberto do sétimo andar. Alguns diziam que
Gus conseguira a sala porque estava na empresa havia muito
tempo. Outros diziam que ele a conquistara por mérito.
Segundo os boatos do escritório, já fazia anos que Gus não
conseguia uma conta sequer e a gerência o mantinha apenas por
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consideração. No outro extremo, havia também rumores de que
ele tinha sido muito bem-sucedido na juventude e que agora era
um rico excêntrico e independente que guardava seus milhões
sob o colchão enquanto levava uma vida de aposentado.
Joe não acreditava em nenhum desses boatos. Tinha certe-
za absoluta de que Gus havia conquistado algumas contas, mas
era difícil imaginá-lo como um astro das vendas. Ele se vestia
como um professor britânico e lembrava mais um médico
aposentado do interior do que um homem de negócios em
atividade. Com seu jeito tranquilo e relaxado, suas demora-
das conversas ao telefone com clientes em potencial (sobre os
mais diversos assuntos, menos negócios) e suas férias erráticas
e prolongadas, Gus parecia uma relíquia de tempos há muito
passados – não um profi ssional arrojado.
Joe parou junto à porta aberta da sala de Gus e bateu deli-
cadamente.
– Entre, Joe – foi a resposta.
– VOCÊ QUER LIGAR AGORA e tentar encontrar o homem pessoal-
mente? – Gus folheou com cuidado seu grande porta-cartões,
encontrou o que procurava, copiou o número do telefone em
um pedacinho de papel e entregou-o a Joe. Ele observou en-
quanto Joe digitava os números em seu celular.
– Numa sexta à tarde? – Joe deu um sorriso forçado. – Sim,
vou fazer exatamente isso.
Gus assentiu.
– Uma coisa eu tenho de reconhecer, Joe. Você tem am-
bição. Admiro isso. – Ele passou o dedo em seu cachimbo ao
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falar. – Você é uma das poucas pessoas realmente esforçadas
neste andar.
– Obrigado, Gus – disse Joe, emocionado, voltando para
sua mesa.
Às suas costas, Gus gritou:
– Não me agradeça ainda.
Depois de um único toque, Joe foi recebido pela voz ani-
mada de uma mulher que se identifi cou como Brenda. Ele se
apresentou, disse que precisava ver o Conselheiro e depois
se pre parou para levar um fora.
Em vez disso, fi cou chocado ao ouvi-la dizer:
– É claro que ele poderá encontrar o senhor. Pode ser ama-
nhã pela manhã?
– A-amanhã? – gaguejou. – Sábado?
– Sim, se não houver problema para o senhor. Às oito é
cedo demais?
Joe fi cou perplexo.
– Não... Ah, não é preciso verifi car com ele primeiro?
– Ah, não – foi a resposta calma de Brenda. – Amanhã pela
manhã será ótimo.
Houve um curto silêncio. Joe se perguntou se ela o havia con-
fundido com outra pessoa. Alguém que esse Pindar conhecesse.
– Senhora? – ele conseguiu fi nalmente dizer. – Bem, a se-
nhora sabe que é meu primeiro encontro com ele, não sabe?
– Claro que sei – ela respondeu, animada. – O senhor ou-
viu falar do Segredo dos Negócios e quer aprender sobre isso.
– Bem, sim, é isso, mais ou menos – respondeu Joe. Segredo
dos Negócios? O homem estava disposto a compartilhar seu
segredo para o sucesso? Joe mal acreditava em sua sorte.
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– Ele o receberá uma vez – continuou Brenda. – Depois
disso, se o senhor concordar com suas condições, ele vai mar-
car outras reuniões para lhe ensinar o Segredo.
– Condições? – Joe desanimou. Tinha certeza de que es-
sas “condições” envolveriam pesados honorários que ele não
poderia pagar. E, mesmo que pudesse, talvez exigissem cre-
denciais que ele certamente não tinha. Será que valia a pena
continuar? Ou seria melhor encontrar uma forma educada de
recuar agora? – Certo... – continuou. – E, ah, quais são essas
condições?
– Isso o senhor terá de ouvir diretamente do Velho – disse
ela com uma risadinha.
Joe anotou o endereço que Brenda lhe deu, murmurou
agradecimentos e desligou o telefone. Em menos de 24 ho-
ras ia se encontrar com – do que mesmo ela o chamara? – o
Velho.
E por que ela riu quando disse isso?
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