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O Encontro Setembro de 2013 A Luz no Caminho - Associação Espiritualista - Distribuição gratuita Bhagavan Sri Ramana Maharshi Editorial Por Marcos Garcia Agenda rece com muitas formas a fim de conceder Sua Graça aos devotos. Em Tiruvannamalai, conta a lenda, Ele se revelou a Brahma e a Vishnu como uma coluna de Fogo, sem início nem fim, para que estes per- cebessem a infinita presença do Ser No dia 1º de setembro de 1896, como descreve o nosso ‘O Encontro’ de agosto, o jovem Venkataraman chegou ao Templo de Arunacha- leswara onde, finalmente, consumou Sua busca, em união com o Pai. Trazemos nesta edição algo mais sobre este templo. O Templo de Arunacha- leswara, um dos mais gran- diosos do sul da Índia, está situado ao sopé do monte Arunachala (ou Annamalai), em Tiruvannamalai. Ele é dedicado ao Senhor Shiva e mantém uma forte as- sociação com o elemento fogo, ou Agni. Shiva, o sem forma, apa- Atravessamos túneis em nossas vidas, alguns deles sem luz, e aí esperamos que o “trem de nos- sas vidas” chegue logo ao final do túnel e, então, a luz apareça. Como somos tolos quando pensa- mos desta forma. A iluminação não está diante de nossos olhos e sim dentro de nós. A luz nem sempre se vê, mas ela está em nós, quan- do entendemos que Ele permanece em nós. Ah, a ansiedade! Como ela afeta o nosso viver. Como criamos obstáculos ao aceitá-la. O Ser que habita em nós, e do qual preci- samos sempre, não convive com a ansiedade, mas sim a combate, numa luta silenciosa que tem como arma a nossa busca Interior. Mande a ansiedade ir embora, que em seu Ser não há tempo para ela. O amor ao Mestre não permite dualidade. Eu prefiro a companhia do Bhagavan. A ansiedade vem em gotas; o amor Dele é do tamanho do oceano, e para quem tem fé, há muita luz no fim do túnel. Quanta luz em toda parte. Sendo esta visão demasiadamente luminosa para os devotos, por compaixão, o Senhor transformou a coluna de Fogo em um monte - o Monte Arunachala - para que os homens pudessem contemplá-lo. Assim, no Templo de Aru- nachaleswara a forma sim- bólica que o Senhor assu- me é de Luz e Fogo – a Luz que revela a verdade, o Fogo que consome as im- purezas e destrói o ego. O Linga é o símbolo de Shiva. Em Tiruvannamalai o Mon- te Arunachala é, ele próprio, um linga de Shiva. Editado por Lêda Maria Fraga. O templo onde a jornada do Mestre teve fim Convite Você sabia que, nas tardes de segunda-fei- ra, às 15h, temos uma reunião dedicada, es- pecificamente, a quem quer aprender a difícil arte da concentração? Se você tem as tar - des livres, estaremos aguardando-o (a) com o amor de sempre!

O Encontro - aluznocaminho.org.br · Em Tiruvannamalai, conta a lenda, ... Você sabia que, nas tardes de segunda-fei-ra, às 15h, ... quem sabe que não

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O EncontroSetembro de 2013A Luz no Caminho - Associação Espiritualista - Distribuição gratuita

Bhagavan Sri Ramana Maharshi

Editorial

Por Marcos Garcia

Agenda

rece com muitas formas a fim de conceder Sua Graça aos devotos. Em Tiruvannamalai, conta a lenda, Ele se revelou a Brahma e a Vishnu como uma coluna de Fogo, sem início nem fim, para que estes per-cebessem a infinita presença do Ser

No dia 1º de setembro de 1896, como descreve o nosso ‘O Encontro’ de agosto, o jovem Venkataraman chegou ao Templo de Arunacha-leswara onde, finalmente, consumou Sua busca, em união com o Pai. Trazemos nesta edição algo mais sobre este templo.

O Templo de Arunacha-leswara, um dos mais gran-diosos do sul da Índia, está situado ao sopé do monte Arunachala (ou Annamalai), em Tiruvannamalai. Ele é dedicado ao Senhor Shiva e mantém uma forte as-sociação com o elemento fogo, ou Agni.

Shiva, o sem forma, apa-

Atravessamos túneis em nossas vidas, alguns deles sem luz, e aí esperamos que o “trem de nos-sas vidas” chegue logo ao final do túnel e, então, a luz apareça. Como somos tolos quando pensa-mos desta forma. A iluminação não está diante de nossos olhos e sim dentro de nós. A luz nem sempre se vê, mas ela está em nós, quan-do entendemos que Ele permanece

em nós. Ah, a ansiedade! Como ela afeta o nosso viver. Como criamos obstáculos ao aceitá-la. O Ser que habita em nós, e do qual preci-samos sempre, não convive com a ansiedade, mas sim a combate, numa luta silenciosa que tem como arma a nossa busca Interior. Mande a ansiedade ir embora, que em seu Ser não há tempo para ela.

O amor ao Mestre não permite dualidade. Eu prefiro a companhia do Bhagavan. A ansiedade vem em gotas; o amor Dele é do tamanho do oceano, e para quem tem fé, há muita luz no fim do túnel.

Quanta luz

em toda parte. Sendo esta visão demasiadamente luminosa para os devotos, por compaixão, o Senhor transformou a coluna de Fogo em um monte - o Monte Arunachala - para que os homens pudessem contemplá-lo.

Assim, no Templo de Aru-nachaleswara a forma sim-bólica que o Senhor assu-me é de Luz e Fogo – a Luz que revela a verdade, o Fogo que consome as im-purezas e destrói o ego. O Linga é o símbolo de Shiva. Em Tiruvannamalai o Mon-te Arunachala é, ele próprio, um linga de Shiva.

Editado por Lêda Maria Fraga.

O templo onde a jornada do Mestre teve fim

ConviteVocê sabia que, nas

tardes de segunda-fei-ra, às 15h, temos uma reunião dedicada, es-pecificamente, a quem quer aprender a difícil arte da concentração?

Se você tem as tar-des livres, estaremos aguardando-o (a) com o amor de sempre!

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O Encontro Setembro, 2013

Vê a verdade, quem vê o corpo como um produto da compreensão ilusória; como a fonte do infortúnio e que entende que o corpo não é o Ser.

Vê a verdade, quem vê que pra-zeres e dores do corpo são expe-renciados de acordo com a passa-gem do tempo e das circunstâncias nas quais cada um é colocado, mas que estes não lhe pertencem.

Vê a verdade, quem sabe que o Ser, que é tão sutil quanto a milio-nésima parte de um fio de cabelo dividido em um milhão de vezes – permeia tudo.

Vê a verdade, quem sabe que não há divisão entre o Ser e o “outro”, e que somente a Infinita Luz da Consciência existe como a Única Realidade.

Vê a verdade, quem vê que a Consciência não dual, que habita em todos os seres, é Onipotente e Onipresente.

Vê a verdade, quem não se ilude pensando ser o corpo, que está sujeito à doença, medo e agitações.

Vê a verdade, quem vê que todas as coisas são colo-cadas no Ser como contas são enfiadas em um fio e que sabe “Eu não sou a mente”.

Vê a verdade, quem percebe que tudo é Brahman; nem “eu” nem o “outro”.

Vê a verdade, quem vê todos os seres, nos três mun-dos, como sua pró-pria família, merece-dora de simpatia e proteção.

Vê a verdade, quem sabe que ape-nas o Ser existe, e que não há substân-cia na objetividade.

É não afetado, quem sabe que prazer, nascimento, morte, etc, são apenas o Ser.

É firmemente estabelecido na Ver-dade, aquele que sente: “O que posso adquirir, a que devo renun-ciar, quando tudo que existe é apenas o Ser?”

Saudações à morada da auspicio-sidade, que é preenchida com a

Círculo de Estudos

A acupuntura é um ramo da me-dicina tradicional chinesa que con-siste na colocação de agulhas em pontos específicos, em geral loca-lizados ao longo de meridianos, ou canais especiais de circulação de energia do corpo humano.

São tantos os mistérios envolvi-

Acupuntura

Filosofia

dos nesta ‘arte’ milenar e tão gran-de é a nossa curiosidade, que o professor Fernando Girotto, por mais que se esforçasse, só conse-guiu abordar alguns destes misté-rios.

Sem dúvida sua apresentação foi um enorme sucesso.

Próxima palestraTema: A Mãe DivinaPalestrante: Cristina MarquesData e horário: 28 de setembro, às 19h

O´ Rama!

Nota - Rama é o sétimo avatar de Vishnu

e, assim como Krishna, veio ao mundo para

reestabelecer as bases da Religião Eterna e

mostrar ao homem o caminho da salvação.

Sua vida é descrita no épico Ramayana.

suprema percepção de que todo o Universo é, em verdade, Brahman, que permanece imutável durante toda a aparente Criação, Existência e Dissolução do Universo.

Da Revista “The Maharshi“, traduzido por Vera Carolina.

O EncontroSetembro, 2013

03Filosofia

O devoto pergunta: “Como posso saber se estou fazendo progresso na minha meditação?”

Bhagavan responde: “Aqueles que meditam muito, frequentemente, desenvolvem uma forma sutil de ego. Eles se tornam satisfeitos com a ideia de que estão fazendo progresso; tornam-se satisfeitos com os estados de paz e de bem-aventurança de que go-zam; tornam-se satisfeitos com o fato de que apren-deram a exercitar algum controle sobre suas mentes inconstantes; ou podem derivar alguma satisfação do fato de que encontraram um bom Guru ou um bom método de meditação. Todos estes sentimen-tos são sentimentos do ego. O pensamento ‘Estou meditando’ é pensamento do ego. Se a meditação real estiver ocorrendo, esse pensamento não surgirá.

Não se preocupe se você está fazendo progressos ou não. Apenas mantenha a sua atenção no Ser vinte e quatro horas por dia. Meditação não é algo que deve ser feito em uma posição particular, em um momento particular. Ela é uma percepção e uma atitude que tem que persistir ao longo de todo o dia. Para ser eficaz, a meditação deve ser contínua.

Se você quer irrigar um campo, cava um canal no campo e envia água continuamente ao longo dele durante um longo período de tempo. Se você enviar água por apenas dez segundos e então parar, a água escorre para dentro do solo mesmo antes de alcançar o campo. Você não será capaz de alcançar o Ser, e ali permanecer, sem um esforço prolongado e contínuo. Cada vez que você desiste de tentar, ou que se torna distraído, alguns de seus esforços prévios são desperdiçados.

Inalação e exalação contínuas são necessárias para a continuidade da vida. Meditação contínua é ne-cessária para todos aqueles que querem permanecer no Ser.

Você divide sua vida em diferentes atividades: ‘Eu estou comendo’, ‘Eu estou meditando’, ‘Eu estou trabalhando’, etc. Se você tiver ideias como essas, ainda estará se identificando com o corpo. Livre-se de todas essas ideias e substitua-as pelo pensamen-to ‘Eu sou o Ser’. Agarre-se àquela ideia e não a

deixe ir. Não dê àquelas ideias de ‘Eu sou o corpo’ qualquer atenção.

‘Eu tenho que comer agora’, ‘Eu vou dormir agora’, ‘Eu vou tomar banho agora’, todos os pensamen-tos como esses são pensamentos ‘Eu sou o corpo’. Aprenda a reconhecê-los quando surgirem e aprenda a ignorá-los e ou a bani-los. Mantenha-se firmemen-te no Ser e não deixe a mente identificar-se com qualquer coisa que o corpo faça.”

Do livro “Vivendo Pelas Palavras de Bhagavan”, de David Good-man, páginas 1 e 2.

Não se preocupe se você está fazendo progressos ou não

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O Encontro Setembro, 2013

A Luz no Caminho - Associação Espiritualista | Rua Maxwell, 145 - Vila Isabel - Rio de Janeiro, RJ - CEP 20541-100 | (21) 2208 5196 | Ho-rário de funcionamento (inclusive dias santos e feriados): segundas e quartas, das 14h30 às 20h30 - terças e quintas, das 14h30 às 21h00 - sábados, das 14h00 às 20h00 | Mais informações no site: www.aluznocaminho.org.br | Notícias da Casa: www.casaderamana.blogspot.com

Casa de Ramana

A primavera se anuncia com a presença de flores e de folhas que brotam em cores intensas.

O vai e vem dos pássaros irradia alegria em dias especiais e ensola-rados, com céu que parece “pinta-do” de azul, transmitindo felicidade e paz.

Aproveitando o presente do Uni-verso, estamos trabalhando ativa-mente na organização de mais um evento, que ocorrerá no próximo dia 22 de setembro.

Pelo terceiro ano consecutivo,

Casa de Ramana sempre em festa

Visita do Grupo SorrisãoNo último 25 de agosto, a Casa

de Ramana recebeu a visita do Grupo Sorrisão, formado por fun-cionários da Souza Cruz, sob a co-ordenação de Penha Bernardes.

O grupo desenvolve, anualmente, atividades lúdicas e oferece gêneros alimentícios e material de higiene, arrecadados pelos próprios funcio-nários.

O destaque do encontro foi a

Por Marly Ribeiro

saudaremos a Natureza e celebra-remos esta linda estação do ano com a Festa da Primavera.

Para garantir o brilhantismo da festa, contamos com o trabalho in-cansável da Comissão de Eventos e sua rede de fieis colaboradores. Temos também o apoio dos volun-tários da equipe de artesanato e arteterapia, que orientam as vovós residentes na confecção de flores artesanais, painel decorativo e ou-tros adereços que serão vendidos na já tradicional “Barraca das Vo-

Idosas residentes na Casa de Ramana e Marly Rattes, nossa administradora. Da esquerda para a direita, Benita, Elza, Cida, Ines, Luzia, Maria da Glória, Nilceia, Marly e Alice (foto de Larissa Somberg) e Antônia.

participação da cantora oficial da Casa de Ramana, Alice Torquato, residente da Casa há mais de seis anos e que nos encanta com sua bela voz nas melodias de amor do cantor Nelson Gonçalves.

Cidinha, outra residente da Casa, há mais de nove anos, portadora de Alzheimer, acompanhou todas as músicas, batucando e marcando o compasso com os pés, tentando

vós”.Teremos também barracas de do-

ces e salgados, brincadeiras para as crianças e atrações especiais.

O evento visa arrecadar recur-sos para a manutenção da Casa de Ramana, que neste momento, necessita de obras emergenciais para garantir o ambiente acolhe-dor que nossas queridas ‘vovós‘ merecem.

Compareçam! Tragam seus ami-gos, venham curtir a festa e revi-gorar suas energias!

reger a todos que participavam. Diana Valéria, nossa fiel volun-

tária, também deu o seu recado, cantando sambas de João Noguei-ra.

A alegria foi geral! Em nome da Direção da Casa de

Ramana, nossos sinceros agrade-cimentos ao Grupo Sorrisão pelas doações recebidas e o brilhantismo do evento.

Por Marly Ribeiro