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http://www.idagospel.com/2010/12/conheca-o-buraco-da-agulha.html http://blog.cancaonova.com/nomundodabiblia/2007/11/06/conheca-o- buraco-da-agulha-por-onde-passa-o-camelo/ Prezados amigos e irmãos. É importante antes de aplicarmos ou darmos significados subjetivos e infundados ao texto grego, analisarmos o que o texto diz e nesse caso sugiro a consulta ao texto grego. De forma transliterada podemos entender que “camilos” signigfica corda grossa, porém o que está no texto é “camelos” que se refere ao animal camelo literalmente. No caso da agulha é uma agulha literalmente também, pois Marcos e Mateus usam a expressão transliterada de “ráphidos” que significa agulha de coser (costurar) e Lucas escreve “belones” que se refere à agulha de sutura, certamente por sua profissão de médico. Jesus está literalmente dizendo que um animal camelo não pode passar pelo fundo de uma agulha , literalmente. Agora sim podemos aplicar: O que Jesus faz nesse caso é expressar com intensidade a impossibilidade de ricos entrarem no reino de Deus, haja vista as riquezas materiais ocuparem o primeiro lugar em seu coração como foi o caso do jovem relatado no texto, porém faz a ressalva que para Deus nada é impossível, logo no capitulo 19 de Lucas temos um rico chamado Zaqueu recebendo a expressão grega “soteria” que se refere a salvação. ================================================================ ============= Mateus 19:23-30 Marcos 10:23-31 Lucas18:24-30 Muita tinta tem corrido acerca desta parábola, e tantos solícitos parafraseantes, as entendem de forma, personalizada, como se trata-se de algo com mistério, ou procuram projetar a sua ideia , ... logo é preciso fazer jus e tentar perceber esta assertiva de enorme profundidade. Tem aparecido muitas sugestões sobre o significado reflexivo 'o camelo e a agulha'. Alguns sugerem que pode ter havido uma losa ( erro textual), visto que uma simples vogal pode fazer a diferença entre 'camelon e camilon' sendo esta cordel, no grego. Esta hipótese está fora de questão porque seria possível um cordel passar pelo buraco duma agulha larga.

O Jovem Rico

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http://www.idagospel.com/2010/12/conheca-o-buraco-da-agulha.html

http://blog.cancaonova.com/nomundodabiblia/2007/11/06/conheca-o-buraco-da-agulha-por-onde-passa-o-camelo/

Prezados amigos e irmãos. É importante antes de aplicarmos ou darmos significados subjetivos e infundados ao texto grego, analisarmos o que o texto diz e nesse caso sugiro a consulta ao texto grego. De forma transliterada podemos entender que “camilos” signigfica corda grossa, porém o que está no texto é “camelos” que se refere ao animal camelo literalmente. No caso da agulha é uma agulha literalmente também, pois Marcos e Mateus usam a expressão transliterada de “ráphidos” que significa agulha de coser (costurar) e Lucas escreve “belones” que se refere à agulha de sutura, certamente por sua profissão de médico. Jesus está literalmente dizendo que um animal camelo não pode passar pelo fundo de uma agulha, literalmente. Agora sim podemos aplicar: O que Jesus faz nesse caso é expressar com intensidade a impossibilidade de ricos entrarem no reino de Deus, haja vista as riquezas materiais ocuparem o primeiro lugar em seu coração como foi o caso do jovem relatado no texto, porém faz a ressalva que para Deus nada é impossível, logo no capitulo 19 de Lucas temos um rico chamado Zaqueu recebendo a expressão grega “soteria” que se refere a salvação.

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Mateus 19:23-30Marcos 10:23-31

Lucas18:24-30

Muita tinta tem corrido acerca desta parábola, e tantos solícitos parafraseantes, as entendem de forma, personalizada, como se trata-se de algo com mistério, ou procuram projetar a sua ideia , ... logo é preciso fazer jus e tentar perceber esta assertiva de enorme profundidade.Tem aparecido muitas sugestões sobre o significado reflexivo 'o camelo e a agulha'. Alguns sugerem que pode ter havido uma losa ( erro textual), visto que uma simples vogal pode fazer a diferença entre 'camelon e camilon' sendo esta cordel, no grego. Esta hipótese está fora de questão porque seria possível um cordel passar pelo buraco duma agulha larga.Outros sugerem que o buraco da agulha se refere a uma das duas portas estreitas da entrada na cidade de Jerusalém. A impressão recolhida no semblante dos discípulos foi de horror. Justamente eles pensavam que os ricos entrariam muito mais facilmente: que não consegue um homem com dinheiro? Então Jesus resolve aprofundar o espanto e chocá-los, para que jamais esqueçam a lição, e faz uma comparação que os deixa boquiabertos: "é mais fácil um camelo passar pelo buraco de uma agulha, que um rico entrar no reino dos céus".Teofilacto, no século 11°, em seus comentários evangélicos (Patrol. Graeca vol. 123) sugere que, em lugar de kámelos, "camelo", devia ler-se cámilos, "cabo", "corda grossa", aceitando a hipótese já lançada por Cirilo de Alexandria, em sua obra "Contra Julianum", cap. 6.º. Mas isso nada resolve.

Além do que a expressão de Jesus encontra eco nos escritos rabínicos: "ninguém sonha com uma palmeira de ouro, nem com um elefante a passar pelo buraco de uma agulha" ( Rabbi Raba, cfr. Strack e Billerbeck, vol. I, pág. 828 ).

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Ora, na época de Jesus os camelos eram comuns à vida quotidiana, ao passo que os elefantes constituíam recordações vagas de séculos atrás, por ocasião das guerras macedônicas. E o mesmo Jesus utiliza outra comparação com o camelo: "vós, que coais um mosquito e engolis um camelo" (Mat. 23: 24).

A exclamação cheia de ternura, com que Jesus se dirige a seus discípulos, chamando-os "meus filhos" (tékna) parece querer abrandar o choque traumático que lhes causara. Na expressão "os que têm riquezas", o substantivo empregado é chrêmata, que engloba bens móveis e imóveis, ao passo que ktêmata exprime apenas os imóveis.No vers. 24 alguns códices trazem "Filhos, como é difícil aos que confiam nas riquezas entrar no reino dos céus". Esse adendo, na opinião dos hermeneutas, é glosa antiga, para justificar os ricos que não queriam desfazer-se de suas riquezas, mas cuja amizade interessava ao clero. Knabenbauer (Cursus Sacrae Scripturae Paris, 1894, pág. 271) esclarece muito atiladamente: (si glossa est, apte et opportune addebatur; neque enim opes incursat, sed eos qui ultra modus iis inhaerent), isto é, "se é uma glosa (Anotação que explica o sentido de uma palavra ou de um texto; comentário, interpretação.), foi acrescentada adequada e oportunamente; pois não condena as riquezas, mas aqueles que a elas se apegam além da medida".O trauma leva os discípulos (Lucas diz "os ouvintes") a interrogar-se entre si: "e quem poderá salvar-se"?Realmente todos os seres humanos têm posses, embora as de alguns seja constituída de alguns trapos para cobrir a nudez. Há então clara distinção entre pobreza efetiva e pobreza afetiva. A primeira, por maior que seja, talvez a posse de simples lata velha para beber água, pode envolver apego que provoque briga se alguém lha quiser tirar: enquanto a segunda, mesmo que se possuam bens em quantidade, é mantida com a psicologia do mero gerente ou mordomo, sem nenhum apego afetivo em relação a ela.ConclusãoA essência da parábola , é a de causar mais espanto e reflexão entre os seus seguidores, o Pai nunca, em circunstância alguma impediria os ricos de terem a oportunidade de entrar no Reino de Deus, e a exaltação é feita aos excessos que o rico possa cometer pela riqueza , dando o mote de que realmente a prova da riqueza é muito difícil, porque riqueza, não é sinônimo de generosidade, mas um campo minado para quem detém a riqueza. Nesta parábola, temos os primeiros comentários feitos por Jesus, enquanto se afastava o jovem rico, triste e preocupado (stygnasas, "de sobrecenho carregado") com a luta íntima que nele se travara entre a vontade incontrolável de seguir o Mestre, e o apego descontrolado a seus bens entre o amor ao Espírito e o amor aos bens materiais.Marcos anota que Jesus "olhou em torno de si" (periblepsámenos), observando com penetração psicológica o efeito que nos discípulos causara a cena, e o que produziriam suas palavras. E disse: "Como os ricos entram com dificuldade no reino dos céus!" O advérbio dyskólôs, "dificilmente", é usado apenas aqui nos três sinópticos.

A melhor explicação:

http://setimodia.wordpress.com/2011/05/30/camelo-pelo-fundo-de-uma-agulha/