O Nome da Rosa, de Umberto Eco, por Marta Matos, 10.º A3

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  • 8/18/2019 O Nome da Rosa, de Umberto Eco, por Marta Matos, 10.º A3

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    O NOME D ROS

    1980

    “  (...) onde desde o dia anterior

    dominava o grande recipiente com

    sangue dos porcos, um estranho

    objeto de forma quase cruciforme

    saía do bordo da talha, como se

    fossem dois paus espetados no solo

    para cobrir de trapos para espantaros pássaros.

    Eram ao invés duas pernas

    humanas, as pernas de um humano

    enfiado de cabeça para baixo no

    vaso de sangue. (...)

    - Talvez Adelmo se tenha

    suicidado  –   disse Guilherme (...) -,

    mas este não, decerto, nem se pode

    pensar que se tenha içado por

    acidente até ao bordo da talha e

    tenha caído por engano.O Abade aproximou-se dele:

    - Frade Guilherme, como vedes

    alguma coisa acontece na abadia,

    alguma coisa que requer toda a

    vossa sabedoria. Mas, esconjuro-

    vos, agi depressa!” 

    Segundo dia, Matinas

    Pp. 103-104)

    Umberto Eco é um escritor italiano, filósofo, linguista… 

    Nasceu a 5 de Janeiro de 1932 e faleceu a 19 de fevereiro de 2016.

    21.ª edição, lançada pela editora Difel, em 1980 

    O ome da Rosa é uma obra literária que recebeuo prémio Médicis, em França. Baseada no manuscritode Adson de Melk, conta a história do mongefranciscano Guilherme Baskerville, no século XIV,mais precisamente em Novembro de 1327, pelanarração de Adso, o seu aprendiz. Guilherme échamado pelo Abade de uma outra ordem devido auma morte misteriosa na sua abadia, na esperança deque, com a sua sabedoria, conseguisse desvendar se setratava de um assassino sobrenatural (demónio, diaboou anticristo, como os monges referem) ou de umherege culpado de pecados mais mundanos. Durante asua investigação, ocorrem mais mortes inexplicáveis emistérios ainda mais estranhos. 

    Esta é uma obra que relata a história do mongeGuilherme da ordem franciscana, chamado pelo Abadede uma outra abadia, devido à ocorrência de umamorte inexplicável, que se acreditava ser suicídio, maspoderia também ter causas sobrenaturais.

    No século XIV, tempo em que ocorre a história, aspessoas eram extremamente religiosas, com umamentalidade, por vezes, irracional, como, por exemplo:o riso teria sido criado pelo diabo, logo seria pecado eaté as mulheres eram comparadas a demónios. 

    O narrador é o aprendiz de Guilherme, Adso, umjovem rapaz, curioso por saber tudo o que o seu mestrelhe possa ensinar. Deixa transparecer subjetividade,dando-nos, assim, vários pontos de vista dosacontecimentos ocorridos

    O que mais me interessou na obra foi o

    desencontro da história com o seu título... Só naúltima página são reveladas algumas pistas sobre oporquê de a obra se intitular O Nome da Rosa: “(...)stat rosa pristina nomine, nomina nuda tenemus.” quetraduzido seria “ a rosa antiga está no nome, e nadanos resta além dos nomes”. 

    ibliografia do autor

    Factos Históricos

     

    Esta obra teveuma adaptaçãocinematográfica,

    com o mesmonome, dirigido por

    Jean-Jacques Annaud, em 1986.Também foram encenadas várias

    dramatizações baseadas no romance deUmberto Eco, como, por exemplo, a

     peça de Carlos Cavalheiro do grupotomarense Fatias de Cá.

    Eu gosto de pensar que Adso, quedescreve o maior acontecimento na sua

     juventude quando já se encontra às portasda morte, derrotado pela velhice, seestaria a referir à rapariga com quem eleexperimentou o “pecado do desejo carnal”,a rapariga sem nome que ele agoracompararia a uma rosa.

    Resumindo, é uma história cativante,talvez com algumas descrições exageradasnos pormenores, mas definitivamente umbom livro de cabeceira.

    Escola Secundária Dr. Jorge Augusto Correia, Tavira, Aluna: Marta Matos, 10.º A3

    Professora de Português: Antonieta Couto Ano letivo 2015/2016