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Prof. Teomar Soledade Júnior. O VAMPIRO DE FEIRA AINDA ESTÁ SOLTO T ábuas da Lei ou Decálogo é o nome dado ao conjunto de leis que, segundo a Bíblia, foram escritas por Deus e entregues a Moisés, o libertador do povo de Israel. A sétima lei ou mandamento condena a ação de roubar – apropriar-se do que não é seu. O Alcorão, livro sagrado dos muçulmanos, prescreve o seguinte tratamento para quem rouba: Decepai-lhes a mão como castigo por tudo que tenham cometido; é um castigo que emana de Deus, porque é poderoso. Na China, país mais populoso do planeta, com muitos milhões de budistas, confucionistas, taoístas, o roubo, particularmente a corrupção, pode ser punida com a pena de morte. O Código Penal Brasileiro faz uma distinção entre furtar e roubar. No primeiro caso, trata-se de subtrair para si ou para outrem coisas alheias. O segundo leva em conta como foi realizada a empreitada. É roubo se a subtração foi realizada com grave ameaça ou violência. As penas variam de um a dez anos de reclusão. Tramita no Congresso em Projeto de Lei proposto pelo Ministro da Justiça, Sérgio Moro, o aumento nas penas para casos de corrupção. * * * Alô! Alô! É Maria? – É Maria não. É Chico. – Liguei errado. Merda! Três, três; nove, oito; cinco, sete; três, dois. Maria! – Já falei porra! É Chico. – Chico, que Chico? O aparelho está na sala em cima de uma mesa pequena? – Junto de um vaso com flor murcha. – O que você está fazendo aí? Chama Maria agora. – Ela saiu faz dez minutos. Logo depois entrei. – Você está sozinho dentro do meu apartamento? Quem é você sacana? Saia já daí. – Assim que descobrir onde você guarda o dinheiro. Já abri o cofre, só tem merreca. Você pensa que sou otário? Seu filho guardava 51 pacotões roubados em malas, você deve ter pelo menos um pacotão por aqui. Não quero joias, só dinheiro vivo. Vou logo avisando! Não faça merda! Porque eu corto quadros, quebro porcelanas, jogo as joias lá embaixo na calçada, deixo documentos e escrituras na PF e toco fogo nesta bosta antes de sair. Entendeu velhaca? Tá sabendo? Adianta meu lado! Só tenho cinco minutos. Foi bom você ter ligado. Vai cortar trabalho. Família de safados. Vai, vai, adianta! – No sanitário, perto do vaso, tem uma parede falsa. Lá dentro tem um pacotão e meio. Deixa o meio porque preciso pagar umas coisas. – Negativo. Se vire! Vou levar tudo. Vou comprar uma casinha pros velhos, pagar a cirurgia de coração da menina que a porra do SUS marcou para o ano que vem e comprar um carro novo, preto. Vou trabalhar de UBER por enquanto. Fo__-se! – Você também seu f. d. p! Dou como certo que o(a) leitor(a) já tomou partido nesse diálogo entre ladra conivente e ladrão astucioso. É da natureza humana torcer – ainda que às vezes dissimuladamente – pelo lado mais fraco, principalmente quando a contenda tem laivos de vingança. Daí as histórias juvenis de Robin Hood, do Zorro, dos Vingadores, dos defensores de fracos e oprimidos. Normalmente esses heróis promovem a justiça no varejo enquanto que “Estados Revolucionários” totalitários o fazem no atacado. Em nome do povo eles expropriam, confiscam, distribuem, fazem e desfazem. Finalmente, roubar é certo ou errado? Na ótica ou ética popular – vale o trocadilho – depende de quem e como. Não é sem propósito que se repete nas ruas, nos becos, nos mercados: Ladrão que rouba ladrão tem cem anos de perdão. Na sociologia das grandes cidades, sobretudo onde há desníveis socioeconômicos acentuados, pouco se lamenta ou condena o roubo de um banco. Os banqueiros, assim como os ciganos, são tidos como espertalhões, aproveitadores, gananciosos, quando se trata do vil metal. Aliás, os dicionários registram a palavra ciganice para caracterizar negócio escuso, trapaça. Há tempos caiu no interior do estado um avião que transportava cédulas. Estas desapareceram por encanto em poucos minutos. Desapareceram as cédulas e muitos moradores do povoado próximo ao local da queda. Quando ocorre um acidente com caminhão de carga nas rodovias, é muito comum moradores das adjacências e passantes aliviarem estrada e caminhão das mercadorias transportadas. Formigas humanas felizes carregam rapidamente cervejas, colchões, eletrodomésticos, cebolas e batatas, com o propósito de “desembaraçar o tráfego”. * * * Em 2011, ocorreu um tsunami de altíssima intensidade na região de Tohoku no Japão que provocou acidente nuclear na central de Fukushima. A população, foi muito afetada, evacuada às pressas para outros locais. O portal de notícias G1 publicou em agosto do mesmo ano: O assunto é honestidade. Uma história que aconteceu no Japão. Os japoneses acharam o equivalente a R$ 125 milhões em dinheiro vivo na área atingida pelo tsunami. E sabe o que fizeram? Entregaram tudo para a polícia. E esse exemplo não foi dado por uma ou duas pessoas. Foram centenas, possivelmente milhares de cidadãos honestos, que encontraram esse dinheiro em 5,7 mil cofres de casas e empresas destruídas pelo tsunami. Só em um deles, havia R$ 1,5 milhão. Outros tinham barras de ouro. Outra parte do dinheiro – o equivalente a R$ 76 milhões – estava em carteiras perdidas na correria na hora de fugir ou pertenciam a pessoas arrastadas pela onda gigante. A polícia não divulgou o número, mas imagine a quantidade de carteiras perdidas para dar o total de R$ 76 milhões. Tanto os cofres quanto as carteiras foram encontrados no meio dos escombros. Foi fácil para a polícia identificar os donos, já que o dinheiro vinha geralmente acompanhado de documentos, também perdidos. Difícil foi localizar essas pessoas, porque elas estão em abrigos ou na casa de parentes. Mesmo assim, a polícia japonesa já conseguiu devolver 96% do dinheiro para os legítimos proprietários ou para as famílias deles. * * * Na França, quando bolsista de doutorado, conheci um autoexilado na Suécia que provocou confusão no metrô de Estocolmo ao comer o bilhete que havia falsificado e a catraca não aceitava. Uma velhinha atenciosa foi ajudá-lo. Por medo, ele engoliu a prova. A pobre idosa entrou em pânico e, ao relatar o episódio às autoridades, foi recolhida por paramédicos como demente. Quando narrava o caso, o sacripanta ria às escâncaras. O tempo passou e hoje, nós brasileiros, somos conhecidos como trapaceiros, mal- -educados, seguidores fiéis da Lei de Gerson – o importante é tirar vantagem em tudo. Assim, quando temos que mostrar o passaporte a alguma autoridade internacional é quase confissão de culpa. O advogado norte-americano Derek Bok (1930 –), ex-reitor da Universidade de Harvard, cunhou a seguinte frase: – Se você acha que a educação custa caro, tente a ignorância. Uma frase que deveria estar nas cabeças de todos nós brasileiros, pobres, ricos, remediados, pois falta de educação é nosso maior problema. Todos os outros são decorrências deste. O cidadão que não se educa pensa com dificuldade, pensa mal. Não sabe distinguir uma existência sustentável, duradoura, da vida de percalços permanentes; não difere soluções definitivas de remendos paliativos; rejeita caminhos árduos, mas construtivos, já comprovados, em favor de atalhos fáceis, imprevidentes. O empresário mal-educado não cultiva a ambição, porém a ganância. O operário, o trabalhador rude é normalmente desqualificado profissionalmente e pouco faz para reverter essa limitação. Crianças e jovens carentes de boa educação têm dificuldades para compreender o mundo à sua volta e mergulham em problemas de convivência social. Infelizmente, entre nós brasileiros a boa educação não é – regra geral – prioridade das famílias, dos governos. O sistema educa- cional é concebido como faz de conta. Nele não se cobram resultados concretos, nem se pratica a meritocracia. Toda avaliação externa revela que a maioria de crianças, jovens e adultos brasileiros não sabe ler, compreender, calcular. Somos uma sociedade de deficientes cognitivos, assentada em desigualdade social vergonhosa, adminis- trada por um aparelho de Estado que se apropria de 40% da riqueza gerada e retorna serviços públicos deploráveis. Corrupção, incompetência, descaso, não são as causas da pobreza, da miséria, são, ao contrário, efeitos. Uma sociedade educada não favorece o surgimento nem convive com Malufes, Lulas, Aécios, Dilmas, Sarneys, Temers, Palocis, Cabrais, Cunhas, Gilmares, Vampiro de Feira e tantos outros. Lista interminável. É necessário prender e punir corruptos sem se descuidar, entretanto, da solução definitiva: educar a população, formar a cidadania consciente, responsável. Tenho agora a tarefa de colocar título na crônica que se finda. De tanto falar em ignorância, falta de formação, mediocridade, desonestidade, roubo, corrupção, ocorre-me um personagem que assoma, exaspera, encoleriza, enfurece o feirense honesto pela perfídia que é sua vida pública. Menciono, então, esse ícone do atraso, da desídia, sem deixar porém de fazer um alerta à população e cobrança às autoridades.

O VAMPIRO DE FEIRA AINDA ESTÁ SOLTO Tblogdafeira.com.br/artigos/O Vampiro de Feira ainda está... · 2019. 8. 23. · O VAMPIRO DE FEIRA AINDA ESTÁ SOLTO T ábuas da Lei ou Decálogo

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Prof. Teomar Soledade Júnior.

O VAMPIRO DE FEIRA AINDAESTÁ SOLTO

T ábuas da Lei ou Decálogo é o nome dado aoconjunto de leis que, segundo a Bíblia, foramescritas por Deus e entregues a Moisés, o

libertador do povo de Israel. A sétima lei ou mandamentocondena a ação de roubar – apropriar-se do que não éseu. O Alcorão, livro sagrado dos muçulmanos, prescreveo seguinte tratamento para quem rouba: Decepai-lhes amão como castigo por tudo que tenham cometido; é umcastigo que emana de Deus, porque é poderoso. Na China,país mais populoso do planeta, com muitos milhões debudistas, confucionistas, taoístas, o roubo,particularmente a corrupção, pode ser punida com a penade morte.

O Código Penal Brasileiro faz uma distinção entrefurtar e roubar. No primeiro caso, trata-se de subtrair parasi ou para outrem coisas alheias. O segundo leva em contacomo foi realizada a empreitada. É roubo se a subtraçãofoi realizada com grave ameaça ou violência. As penasvariam de um a dez anos de reclusão. Tramita noCongresso em Projeto de Lei proposto pelo Ministro daJustiça, Sérgio Moro, o aumento nas penas para casos decorrupção.

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Alô! Alô! É Maria?– É Maria não. É Chico.– Liguei errado. Merda! Três, três; nove, oito;

cinco, sete; três, dois. Maria!– Já falei porra! É Chico.– Chico, que Chico? O aparelho está na sala em

cima de uma mesa pequena?– Junto de um vaso com flor murcha.– O que você está fazendo aí? Chama Maria agora.– Ela saiu faz dez minutos. Logo depois entrei.– Você está sozinho dentro do meu apartamento?

Quem é você sacana? Saia já daí.– Assim que descobrir onde você guarda o

dinheiro. Já abri o cofre, só tem merreca. Você pensa quesou otário? Seu filho guardava 51 pacotões roubados emmalas, você deve ter pelo menos um pacotão por aqui.Não quero joias, só dinheiro vivo. Vou logo avisando!Não faça merda! Porque eu corto quadros, quebroporcelanas, jogo as joias lá embaixo na calçada, deixodocumentos e escrituras na PF e toco fogo nesta bostaantes de sair. Entendeu velhaca? Tá sabendo? Adiantameu lado! Só tenho cinco minutos. Foi bom você ter ligado.Vai cortar trabalho. Família de safados. Vai, vai, adianta!

– No sanitário, perto do vaso, tem uma paredefalsa. Lá dentro tem um pacotão e meio. Deixa o meioporque preciso pagar umas coisas.

– Negativo. Se vire! Vou levar tudo. Vou compraruma casinha pros velhos, pagar a cirurgia de coração damenina que a porra do SUS marcou para o ano que vem ecomprar um carro novo, preto. Vou trabalhar de UBER porenquanto. Fo__-se!

– Você também seu f. d. p!

Dou como certo que o(a) leitor(a) já tomoupartido nesse diálogo entre ladra conivente e ladrãoastucioso. É da natureza humana torcer – ainda que àsvezes dissimuladamente – pelo lado mais fraco,principalmente quando a contenda tem laivos devingança. Daí as histórias juvenis de Robin Hood, doZorro, dos Vingadores, dos defensores de fracos eoprimidos. Normalmente esses heróis promovem a justiçano varejo enquanto que “Estados Revolucionários”

totalitários o fazem no atacado. Em nome do povo elesexpropriam, confiscam, distribuem, fazem e desfazem.

Finalmente, roubar é certo ou errado? Na ótica ouética popular – vale o trocadilho – depende de quem ecomo. Não é sem propósito que se repete nas ruas, nosbecos, nos mercados: Ladrão que rouba ladrão tem cemanos de perdão. Na sociologia das grandes cidades,sobretudo onde há desníveis socioeconômicosacentuados, pouco se lamenta ou condena o roubo de umbanco. Os banqueiros, assim como os ciganos, são tidoscomo espertalhões, aproveitadores, gananciosos, quandose trata do vil metal. Aliás, os dicionários registram a palavraciganice para caracterizar negócio escuso, trapaça. Hátempos caiu no interior do estado um avião quetransportava cédulas. Estas desapareceram por encantoem poucos minutos. Desapareceram as cédulas e muitosmoradores do povoado próximo ao local da queda. Quandoocorre um acidente com caminhão de carga nas rodovias,é muito comum moradores das adjacências e passantesaliviarem estrada e caminhão das mercadoriastransportadas. Formigas humanas felizes carregamrapidamente cervejas, colchões, eletrodomésticos, cebolase batatas, com o propósito de “desembaraçar o tráfego”.

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Em 2011, ocorreu um tsunami de altíssimaintensidade na região de Tohoku no Japão que provocouacidente nuclear na central de Fukushima. A população,foi muito afetada, evacuada às pressas para outros locais.O portal de notícias G1 publicou em agosto do mesmo ano:O assunto é honestidade. Uma história que aconteceu noJapão. Os japoneses acharam o equivalente a R$ 125milhões em dinheiro vivo na área atingida pelo tsunami.E sabe o que fizeram? Entregaram tudo para a polícia. Eesse exemplo não foi dado por uma ou duas pessoas.Foram centenas, possivelmente milhares de cidadãoshonestos, que encontraram esse dinheiro em 5,7 mil cofresde casas e empresas destruídas pelo tsunami. Só em umdeles, havia R$ 1,5 milhão. Outros tinham barras de ouro.Outra parte do dinheiro – o equivalente a R$ 76 milhões– estava em carteiras perdidas na correria na hora defugir ou pertenciam a pessoas arrastadas pela ondagigante.

A polícia não divulgou o número, mas imagine aquantidade de carteiras perdidas para dar o total deR$ 76 milhões. Tanto os cofres quanto as carteiras foramencontrados no meio dos escombros. Foi fácil para apolícia identificar os donos, já que o dinheiro vinhageralmente acompanhado de documentos, tambémperdidos. Difícil foi localizar essas pessoas, porque elasestão em abrigos ou na casa de parentes. Mesmo assim, apolícia japonesa já conseguiu devolver 96% do dinheiropara os legítimos proprietários ou para as famílias deles.

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Na França, quando bolsista de doutorado, conhecium autoexilado na Suécia que provocou confusão no metrôde Estocolmo ao comer o bilhete que havia falsificado e acatraca não aceitava. Uma velhinha atenciosa foi ajudá-lo.Por medo, ele engoliu a prova. A pobre idosa entrou empânico e, ao relatar o episódio às autoridades, foi recolhidapor paramédicos como demente. Quando narrava o caso, osacripanta ria às escâncaras. O tempo passou e hoje, nósbrasileiros, somos conhecidos como trapaceiros, mal--educados, seguidores fiéis da Lei de Gerson – o importante

é tirar vantagem em tudo. Assim, quando temos quemostrar o passaporte a alguma autoridade internacionalé quase confissão de culpa.

O advogado norte-americano Derek Bok(1930 –), ex-reitor da Universidade de Harvard, cunhou aseguinte frase: – Se você acha que a educação custacaro, tente a ignorância. Uma frase que deveria estarnas cabeças de todos nós brasileiros, pobres, ricos,remediados, pois falta de educação é nosso maiorproblema. Todos os outros são decorrências deste. Ocidadão que não se educa pensa com dificuldade, pensamal. Não sabe distinguir uma existência sustentável,duradoura, da vida de percalços permanentes; não diferesoluções definitivas de remendos paliativos; rejeitacaminhos árduos, mas construtivos, já comprovados, emfavor de atalhos fáceis, imprevidentes. O empresáriomal-educado não cultiva a ambição, porém a ganância.O operário, o trabalhador rude é normalmentedesqualificado profissionalmente e pouco faz parareverter essa limitação. Crianças e jovens carentes deboa educação têm dificuldades para compreender omundo à sua volta e mergulham em problemas deconvivência social.

Infelizmente, entrenós brasileiros a boaeducação não é – regra geral– prioridade das famílias, dosgovernos. O sistema educa-cional é concebido como fazde conta. Nele não se cobramresultados concretos, nem sepratica a meritocracia. Todaavaliação externa revela quea maioria de crianças, jovense adultos brasileiros não sabeler, compreender, calcular.Somos uma sociedadede deficientes cognitivos,assentada em desigualdadesocial vergonhosa, adminis-trada por um aparelho deEstado que se apropria de 40%da riqueza gerada e retornaserviços públicos deploráveis. Corrupção, incompetência,descaso, não são as causas da pobreza, da miséria, são,ao contrário, efeitos. Uma sociedade educada nãofavorece o surgimento nem convive com Malufes, Lulas,Aécios, Dilmas, Sarneys, Temers, Palocis, Cabrais,Cunhas, Gilmares, Vampiro de Feira e tantos outros. Listainterminável. É necessário prender e punir corruptos semse descuidar, entretanto, da solução definitiva: educar apopulação, formar a cidadania consciente, responsável.

Tenho agora a tarefa de colocar título na crônicaque se finda. De tanto falar em ignorância, falta deformação, mediocridade, desonestidade, roubo,corrupção, ocorre-me um personagem que assoma,exaspera, encoleriza, enfureceo feirense honesto pelaperfídia que é sua vidapública. Menciono, então,esse ícone do atraso, dadesídia, sem deixar porém defazer um alerta à população ecobrança às autoridades.