20
A força do cigarro no organismo O importante é não consumir o primeiro Por longos e longos anos as pessoas foram ensinadas que o cigarro somente provocaria reações no organismo após um grande período de uso, porém estudos recentes desmentem tais ensinamentos e assustadoramente mostram a real força do cigarro no organismo. Este, composto por tabaco seco enrolado por um fino papel que se queima após ser aceso, provoca rápidas reações no corpo do homem. Segundo estudiosos, cerca de 10% dos fumantes que colocam o primeiro cigarro na boca já apresentam reações significativas no organismo que provocam a dependência por um período de até dois dias depois, idéia que se aplicava somente aos fumantes de longa data. O curioso é que um cigarro consegue suprir, em fumantes iniciantes, a necessidade do organismo em relação à droga por até uma semana, o que não acontece com fumantes de longa data. Intrigantemente, a nicotina presente em um só cigarro consegue aumentar a produção de hormônios receptores no lobo frontal do cérebro, no hipocampo e no cerebelo que envolve a memória a longo prazo. Dessa forma, dois dias após ter fumado um único cigarro um indivíduo passa a ter necessidades da droga no organismo. A manifestação da dependência à droga ocorre por causa das adaptações que o organismo faz para recebê-la na busca por manter seu equilíbrio químico e funcional. Com o decorrer do tempo, as pessoas tendem a necessitar de um novo cigarro em um curto período, ou seja, em um prazo de duas horas o organismo já deixa o indivíduo inquieto, irritado e ansioso fazendo com que busque a calmaria no cigarro. Deixar de fumar não é fácil. Segundo pesquisas, somente 3% dos fumantes conseguem abandonar o vício e o restante pode até conseguir parar durante um período, mas após esse volta a fumar. Acredita-se que a melhor forma para abandonar o vício é deixá-lo de uma só vez e não gradualmente como muitos fazem. Por Gabriela Cabral Equipe Brasil Escola Álcool Álcool: droga social bastante consumida em todo o mundo. O principal agente do álcool é o etanol (álcool etílico). O consumo do álcool é antigo, bebidas como vinho e cerveja possuíam conteúdo alcoólico baixo, uma vez que

Oficina

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: Oficina

A força do cigarro no organismo

O importante é não consumir o primeiro

Por longos e longos anos as pessoas foram ensinadas que o cigarro somente provocaria

reações no organismo após um grande período de uso, porém estudos recentes

desmentem tais ensinamentos e assustadoramente mostram a real força do cigarro no

organismo. Este, composto por tabaco seco enrolado por um fino papel que se queima

após ser aceso, provoca rápidas reações no corpo do homem.

Segundo estudiosos, cerca de 10% dos fumantes que colocam o primeiro cigarro na

boca já apresentam reações significativas no organismo que provocam a dependência

por um período de até dois dias depois, idéia que se aplicava somente aos fumantes de

longa data. O curioso é que um cigarro consegue suprir, em fumantes iniciantes, a

necessidade do organismo em relação à droga por até uma semana, o que não acontece

com fumantes de longa data.

Intrigantemente, a nicotina presente em um só cigarro consegue aumentar a produção de

hormônios receptores no lobo frontal do cérebro, no hipocampo e no cerebelo que

envolve a memória a longo prazo. Dessa forma, dois dias após ter fumado um único

cigarro um indivíduo passa a ter necessidades da droga no organismo. A manifestação

da dependência à droga ocorre por causa das adaptações que o organismo faz para

recebê-la na busca por manter seu equilíbrio químico e funcional.

Com o decorrer do tempo, as pessoas tendem a necessitar de um novo cigarro em um

curto período, ou seja, em um prazo de duas horas o organismo já deixa o indivíduo

inquieto, irritado e ansioso fazendo com que busque a calmaria no cigarro.

Deixar de fumar não é fácil. Segundo pesquisas, somente 3% dos fumantes conseguem

abandonar o vício e o restante pode até conseguir parar durante um período, mas após

esse volta a fumar. Acredita-se que a melhor forma para abandonar o vício é deixá-lo de

uma só vez e não gradualmente como muitos fazem.

Por Gabriela Cabral

Equipe Brasil Escola

ÁlcoolÁlcool: droga social bastante consumida em todo o mundo.

O principal agente do álcool é o etanol (álcool etílico). O consumo do álcool é antigo,

bebidas como vinho e cerveja possuíam conteúdo alcoólico baixo, uma vez que

Page 2: Oficina

passavam pelo processo de fermentação. Outros tipos de bebidas alcoólicas apareceram

depois, com o processo de destilação.

Apesar de o álcool possuir grande aceitação social e seu consumo ser estimulado pela

sociedade, ele é uma droga psicotrópica que atua no sistema nervoso central, podendo

causar dependência e mudança no comportamento.

Quando consumido em excesso, o álcool é visto como um problema de saúde, já que

esse excesso pode estar ligado a acidentes de trânsito, violência e alcoolismo (quadro de

dependência).

Os efeitos do álcool são percebidos em dois períodos, um que estimula e outro que

deprime. No primeiro período pode ocorrer euforia e desinibição. Já no segundo

momento ocorre descontrole, falta de coordenação motora e sono. Os efeitos agudos do

consumo do álcool são sentidos em órgãos como o fígado, coração, vasos e estômago.

Em caso de suspensão do consumo, pode ocorrer também a síndrome da abstinência,

caracterizada por confusão mental, visões, ansiedade, tremores e convulsões.

Patrícia Lopes

Equipe Brasil Escola

Anfetaminas

Anfetaminas: drogas usadas principalmente em regimes de emagrecimento

e como estimulante.

As anfetaminas são drogas estimulantes, ou seja, estimulam o sistema nervoso central,

provocando aumento das capacidades físicas e psíquicas. Os efeitos que podem ser

sentidos no corpo são: dilatação da pupila, aumento da pressão sanguínea, aumento do

número de batimentos cardíacos.

Anfetaminas são drogas sintéticas, fabricadas em laboratório. Foi sintetizada pela

primeira vez em 1887, na Alemanha. Quarenta anos mais tarde começou a ser usada

pelos médicos para aliviar fadiga, alargar as passagens nasais e branquiais e estimular o

sistema nervoso central. Em 1932, a droga foi lançada na França com o nome de

Benzedrine, na forma de inalador indicado como descongestionante nasal. Em 1937, foi

Page 3: Oficina

comercializada na forma de comprimido para elevar estados de humor. Durante a

Segunda Guerra Mundial foi utilizada pelas tropas alemãs para reforçar a resistência e

eliminar a fadiga de combate.

O controle da comercialização iniciou por volta do ano de 1970, quando as anfetaminas

passaram a ser consideradas drogas psicotrópicas, por causar um estado de grande

excitação e sensação de poder, dependendo da dosagem. As anfetaminas provocam

dependência física e psíquica, o uso freqüente pode ocasionar tolerância à droga e diante

da suspensão poderá ocorrer também a síndrome de abstinência.

As anfetaminas são facilmente encontradas em farmácias e usadas principalmente em

regimes de emagrecimento e como estimulante, pois inibe a fome e proporciona euforia,

maior resistência e melhor concentração, porém as farmácias são obrigadas a vendê-las

sob prescrição médica.

Por Patrícia Lopes

Equipe Brasil Escola

Ansiolítico

Ansiolítico

Ansiolítico é uma droga sintética utilizada para diminuir a ansiedade e a tensão.

Atingem áreas do cérebro que controlam a ansiedade. Quando recomendado por

médicos, não provocam danos físicos ou mentais.

É um medicamento sedativo, conhecido também como tranqüilizante, que possui o

efeito de diminuir ou extinguir a ansiedade, sem prejudicar excessivamente as funções

psíquicas e motoras.

São utilizados no tratamento de insônia e para reprimir crises convulsivas. Recebem o

nome de drogas hipnóticas, por induzir o sono. Os ansiolíticos mais comuns são as

substâncias chamadas benzodiazepínicos. São utilizados via oral, em forma de

comprimidos ou cápsulas, ou via endovenosa, em forma de injeção.

Devido à facilidade com que este medicamento é disponibilizado em farmácias, seu uso

tornou-se comum. Existem pessoas que ao se sentirem estressadas ou nervosas fazem

uso desse medicamento, mesmo sem recomendação médica.

Page 4: Oficina

O ansiolítico é utilizado por usuários de drogas estimulantes, para diminuir a euforia, a

excitação e até mesmo para dormir após o uso prolongado de drogas.

Os ansiolíticos benzodiazepínicos podem causar dependência quando são utilizados por

um longo período.

Os sintomas de abstinência são: irritabilidade, dores no corpo, insônia, em casos

extremos provoca convulsão.

Em mulheres grávidas, o ansiolítico pode provocar má formação fetal.

Os benzodiazepínicos são as drogas mais utilizadas em todo o mundo, e consideradas

um problema de saúde pública nos países mais desenvolvidos.

Por Patrícia Lopes

Equipe Brasil Escola

Boa Noite Cinderela Boa noite cinderela: um golpe bastante frequente.

O boa noite cinderela, também conhecido por “rape drugs” (drogas de estupro), é o

nome dado a um golpe no qual um sujeito, geralmente simpático e de boa aparência

coloca um coquetel de drogas, como o ácido gama-hidroxibutírico, juntamente à bebida

de outra pessoa.

Encontradas, geralmente, na forma de comprimidos ou gotas; tais drogas depressoras do

sistema nervoso centrall, ao serem ministradas juntamente com bebidas alcoólicas,

alteram o nível de consciência, por até três dias, deixando a vítima vulnerável o

suficiente para ser roubada e/ou violentada. Além disso, podem causar intoxicação ou

morte por desidratação.

Por se dissolverem facilmente; e serem incolores e inodoras, identificar um copo que

recebeu tais doses é tarefa quase impossível.

De ocorrência relativamente frequente, este golpe ocorre geralmente em festas, boates,

bares e praia; fornecendo como efeitos iniciais os mesmos que o álcool proporciona. Em

um segundo momento, o indivíduo sente-se sonolento e com dificuldades de reagir a

ameaças físicas e/ou psicológicas, obedecendo basicamente a todos os comandos

Page 5: Oficina

ditados pelo golpista.

Devido ao constrangimento das vítimas e também à falta de clareza quanto à sucessão

dos fatos, poucas são as pessoas que registram queixas relacionadas a este golpe em

delegacias de polícia. Assim, as estatísticas são subestimadas, e a ação da polícia é

restrita.

Para evitar ser vítima deste tipo de crime, tenha cautela: não leve desconhecidos até sua

casa, não aceite bebidas de estranhos, e não descuide de seu copo!

Por Mariana Araguaia

Graduada em Biologia

Cigarro

Cigarro: um problema de saúde pública.

Há pelo menos dez mil anos antes de Cristo, índios da América Central já utilizavam o

tabaco em forma de cigarro em rituais religiosos. Já em nosso país, relatos mais antigos

apontam que, em 1556, o capelão da primeira expedição francesa ao nosso país

observou esta prática entre os tupinambás.

O cigarro começou a ser fabricado a partir de 1840 e, quarenta anos depois, foi criada

uma máquina capaz de enrolar um grande número de cigarros por minuto, propiciando a

sua popularização. Apesar de visível, o fato de que este provoca dependência e seu uso

pode desencadear em uma gama de doenças foi reconhecido somente em meados do

século vinte.

Atualmente, são aproximadamente 1,2 bilhão de fumantes em todo o mundo, sendo que

38 milhões vivem no Brasil.

Uma das mais de 4500 substâncias que um único cigarro contém – a nicotina – interage

com receptores neurais, que liberam substâncias como a dopamina, acetilcolina,

serotonina e betaendorfina, conferindo uma sensação de prazer imediata.

Mais viciante que drogas como álcool, cocaína, crack e morfina; a nicotina atinge o

cérebro em até vinte segundos: tempo bem mais rápido que o princípio ativo de

qualquer outra destas drogas. Assim, a probabilidade de um indivíduo se tornar

dependente da nicotina é muito alta, com crise de abstinência bastante incômoda, que

Page 6: Oficina

geralmente se inicia minutos depois do último trago, sendo as grandes responsáveis pela

dificuldade de um fumante em interromper o uso do cigarro. Esta situação é tão séria, e

triste, que não é raro vermos pacientes fumantes em estágio terminal, implorando

desesperadamente por mais um trago.

Gás carbônico, monóxido de carbono, amônia, benzeno, tolueno, alcatrão, ácido

fórmico, ácido acético, chumbo, cádmio, zinco, níquel dentre muitas outras substâncias

são encontradas no cigarro. Estas são responsáveis pelo aumento dos riscos que esses

indivíduos têm de desenvolver problemas de saúde como cânceres, doenças

coronarianas, má circulação sanguínea, enfisema pulmonar, bronquite crônica, derrames

cerebrais, úlceras, osteoporose, impotência, catarata.

Como algumas destas são liberadas no ar, juntamente com a fumaça, pessoas que

convivem com fumantes estão também sujeitas. Há também a tromboangeíte

obliterante, doença de ocorrência única entre fumantes, e que obstrui as artérias das

extremidades e provoca necrose dos tecidos.

Além disso, o cigarro é considerado o maior poluente de ambientes domiciliares; é

responsável pela derrubada de árvores e queimadas em prol do plantio do fumo e

fabricação de lenha para abastecimento de fornalhas para o ressecamento das folhas;

contamina os solos pelo uso de agrotóxicos; e é o causador de inúmeras queimadas,

graças ao descarte indevido de suas bitucas.

Diante destes fatos, não é de se admirar que o cigarro seja considerado um dos maiores

problemas de saúde pública (e ambiental) que nossa sociedade enfrenta na atualidade.

Mariana Araguaia

Graduada em Biologia

Cocaína

Uma das formas de utilização da cocaína é por meio da inalação

A Erythroxylon coca é uma planta encontrada na América Central e América do Sul.

Essas folhas são utilizadas, pelo povo andino, para mascar ou como componente de

chás, com a função de aliviar os sintomas decorrentes das grandes altitudes. Entretanto,

uma substância alcaloide que constitui cerca de 10% desta parte da planta, chamada

benzoilmetilecgonina, é capaz de provocar sérios problemas de saúde e também sociais.

Page 7: Oficina

Na primeira fase da extração do alcaloide, as folhas são prensadas em ácido sulfúrico,

querosene ou gasolina, resultando em uma pasta denominada sulfato de cocaína. Na

segunda e última, utiliza-se ácido clorídrico, formando um pó branco. Assim, neste

segundo caso, ela pode ser aspirada, ou dissolvida em água e depois injetada. Já a pasta

é fumada em cachimbos, sendo chamada, neste caso, de crack. Há também a merla, que

é a cocaína em forma de base, cujos usuários fumam-na pura ou juntamente com

maconha.

Atuando no Sistema Nervoso Central, a cocaína provoca euforia, bem estar,

sociabilidade. Pelo fato de que nem sempre as pessoas conseguem ter tais sensações

naturalmente, e de forma intensa, uma pessoa que se permite utilizar esta substância

tende a querer usar novamente, e mais uma vez, e assim sucessivamente.

O coração tende a acelerar, a pressão aumenta e a pupila se dilata. O consumo de

oxigênio aumenta, mas a capacidade de captá-lo, diminui. Este fator, juntamente as com

arritmias que a substância provoca, deixa o usuário pré-disposto a infartos. O uso

frequente também provoca dores musculares, náuseas, calafrios e perda de apetite.

Como a cocaína tende a perder sua eficácia ao longo do tempo de uso, fato este

denominado tolerância à droga, o usuário tende a utilizar progressivamente doses mais

altas buscando obter, de forma incessante e cada vez mais inconsequente, os mesmos

efeitos agradáveis que conseguia no início de seu uso. Dosagens muito frequentes e

excessivas provocam alucinações táteis, visuais e auditivas; ansiedade, delírios,

agressividade, paranoia.

Este ciclo torna-o também cada vez mais dependente, fazendo de tudo para conseguir a

droga, resultando em problemas sérios não só no que tange à sua saúde, mas também

em suas relações interpessoais. Afastamento da família e amigos, e até mesmo

comportamentos condenáveis, como participação de furtos ou assaltos para obter a

droga são comuns.

Além de provocar, em longo prazo, comprometimento dos músculos esqueléticos,

existem ainda os agravantes recorrentes da forma de uso. Cocaína injetável, por

exemplo, pode provocar a contaminação por doenças infecciosas, como hepatite e

AIDS, e infecções locais. No caso daqueles que inalam, comprometimento do olfato,

rompimento do septo nasal e complicações respiratórias, estas últimas também típicas

dos fumantes, incluindo aí bronquite, tosse persistente e disfunções severas. Gestantes

podem ter bebês natimortos, com malformações, ou comprometimento neurológico.

Page 8: Oficina

Romper com a droga é difícil, já que o indivíduo tende a se sentir deprimido, irritadiço,

e com insônia. Assim, quando um usuário opta por deixá-la, deve receber bastante

amparo e ser incentivado neste sentido. É necessária ajuda médica, tanto no processo de

desintoxicação quanto tempos depois desta etapa.

Por Mariana Araguaia

Graduada em Biologia

Equipe Brasil Escola

Cola de sapateiroO uso da cola de sapateiro é bastante frequente entre jovens.

A cola de sapateiro é uma droga pertencente ao grupo dos inalantes, uma vez que é

utilizada dessa forma, com absorção pulmonar. Segundo pesquisa feita pelo Centro

Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas, é a quarta droga mais consumida

em nosso país, depois do tabaco, álcool e maconha.

Composta por diversas substâncias, como o tolueno e n-hexana, proporciona sensações

de excitação, além de alucinações auditivas e visuais que, em contrapartida, são

acompanhadas de tontura, náuseas, espirros, tosse, salivação e fotofobia. Tais efeitos

são bastante rápidos, levando o indivíduo a inalar novamente.

Seu uso constante desencadeia em desorientação, falta de memória, confusão mental,

alucinação, perda de autocontrole, visão dupla, palidez, movimento involuntário do

globo ocular, irritação das mucosas, paralisia, lesões cardíacas, pulmonares e hepáticas,

dentre outros; podendo desencadear em convulsões, inconsciência, e até mesmo morte

súbita. Isso acontece porque tais substâncias provocam a destruição de neurônios e

nervos periféricos, além de ser consideravelmente irritantes.

Sendo facilmente encontrada, também possui baixo custo, facilitando seu uso, por

exemplo, por meninos e meninas de rua e estudantes. Assim, é um sério problema de

saúde pública, inclusive considerando que atos infracionais cometidos por adolescentes

sob efeito desta droga são superiores aos demais.

Diante destes fatos, a ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) emitiu a

Resolução RDC nº 345, de 15 de dezembro de 2005, que proíbe a comercialização de

substâncias inalantes que afetam o sistema nervoso central a menores de idade. Este

órgão também exige, neste documento, que as embalagens de tal produto contenham

número de controle, individual e sequencial; e que o vendedor preencha, no ato da

compra, os dados pessoais do comprador, com sua respectiva assinatura. Além disso,

Page 9: Oficina

esta resolução define inscrições relacionadas à toxidade que deve conter em tais

embalagens.

Por Mariana Araguaia

Graduada em Biologia

Equipe Brasil Escola

CrackCrack: um sério problema de saúde e também social.

O crack é preparado a partir da extração de uma substância alcaloide da

planta Erythroxylon coca, encontrada na América Central e América do Sul. Chamada

benzoilmetilecgonina, esse alcaloide é retirado das folhas da planta, dando origem a

uma pasta: o sulfato de cocaína. Chamada, popularmente, de crack, tal droga é fumada

em cachimbos.

Cerca de cinco vezes mais potente que a cocaína, sendo também relativamente mais

barata e acessível que outras drogas, o crack tem sido cada vez mais utilizado, e não

somente por pessoas de baixo poder aquisitivo, e carcerários, como há alguns anos. Ele

está, hoje, presente em todas as classes sociais e em diversas cidades do país.

Assustadoramente, cerca de 600.000 pessoas são dependentes, somente no Brasil.

Tal substância faz com que a dopamina, responsável por provocar sensações de prazer,

euforia e excitação, permaneça por mais tempo no organismo. Outra faceta da dopamina

é a capacidade de provocar sintomas paranoicos, quando se encontra em altas

concentrações.

Perseguindo esse prazer, o indivíduo tende a utilizar a droga com maior frequência.

Com o passar do tempo, o organismo vai ficando tolerante à substância, fazendo com

que seja necessário o uso de quantidades maiores da droga para se obter os mesmos

efeitos. Apesar dos efeitos paranoicos, que podem durar de horas a poucos dias e pode

causar problemas irreparáveis, e dos riscos a que está sujeito; o viciado acredita que o

prazer provocado pela droga compensa tudo isso. Em pouco tempo, ele virará seu

escravo e fará de tudo para tê-la sempre em mãos. A relação dessas pessoas com o

crime, por tal motivo, é muito maior do que em relação às outras drogas; e o

comportamento violento é um traço típico.

Neurônios vão sendo destruídos, e a memória, concentração e autocontrole são

nitidamente prejudicados. Cerca de 30% dos usuários perdem a vida em um prazo de

cinco anos – ou pela droga em si ou em consequência de seu uso (suicídio,

Page 10: Oficina

envolvimento em brigas, “prestação de contas” com traficantes, comportamento de risco

em busca da droga – como prostituição, etc.). Quanto a este último exemplo, tal

comportamento aumenta os riscos de se contrair AIDS e outras DSTs e, como o sistema

imunológico dos dependentes se encontra cada vez mais debilitado, as consequências

são preocupantes.

Superar o vício não é fácil e requer, além de ajuda profissional, muita força de vontade

por parte da pessoa, e apoio da família. Há pacientes que ficam internados por muitos

meses, mas conseguem se livrar dessa situação.

Por Mariana Araguaia

Graduada em Biologia

Equipe Brasil Escola

Ecstasy O ecstasy é uma droga psicoativa que pode levar o indivíduo à morte

Também chamado de droga do amor, o ecstasy é uma droga psicoativa, conhecida

quimicamente como 3,4-metilenodioximetanfetamina e abreviada por MDMA. O

ecstasy foi produzido por uma indústria farmacêutica no ano de 1914 com o intuito de

ser utilizado como supressor do apetite, mas nunca foi utilizado para essa finalidade.

Nos anos 60, começou a ser utilizado por psicoterapeutas para elevar o ânimo de

pacientes; e na década de 70 passou a ser consumido recreativamente, sendo

disseminado principalmente entre estudantes universitários. O uso dessa droga é

proibido em vários países, inclusive no Brasil.

Embora esse modo de utilização não seja mais empregado, o ecstasy pode ser injetado

via intravenosa. Atualmente o consumo ilegal de ecstasy tem sido realizado na forma de

comprimidos via oral.

O efeito do ecstasy pode durar em média oito horas, mas isso varia de acordo com o

organismo. Em pessoas que possuem maiores quantidades de enzimas metabolizadoras,

o efeito do ecstasy pode durar menos tempo. À medida que as enzimas do organismo

metabolizam as toxinas, elas produzem também metabólitos ativos que continuam

exercendo atividade psicoativa, como se fosse a própria droga, mas com efeitos não

muito agradáveis, que podem durar por mais algumas horas.

Os usuários dessa droga sentem aumento do estado de alerta, maior interesse sexual,

sensação de bem-estar, grande capacidade física e mental, euforia e aumento da

sociabilização e extroversão.

Page 11: Oficina

Após o uso da droga ocorrem alguns efeitos indesejados, como aumento da tensão

muscular e da atividade motora, aumento da temperatura corporal, enrijecimento e dores

na musculatura dos membros inferiores e coluna lombar, dores de cabeça, náuseas,

perda do apetite, visão borrada, boca seca, insônia, grande oscilação da pressão arterial,

alucinações, agitação, ansiedade, crise de pânico e episódios breves de psicose. O

aumento no estado de alerta pode levar à hiperatividade e à fuga de ideias. Nos dias

seguintes ao uso da droga o usuário pode ficar deprimido, com dificuldade de

concentração, ansioso e fatigado.

O uso a longo prazo do ecstasy causa muitos prejuízos à saúde. O excesso de serotonina

na fenda sináptica provocado pelo uso da droga causa lesões nas células nervosas

irreversíveis. Essas células, quando lesionadas, têm seu funcionamento comprometido, e

só se recuperam quando outros neurônios compensam a função perdida.

Estudos realizados em humanos consumidores dessa droga comprovam a perda da

atividade serotoninérgica, que leva seu usuário a apresentar perturbações mentais e

comportamentais, como dificuldade de memória, tanto verbal como visual, dificuldade

de tomar decisões, ataques de pânico, depressão profunda, paranoias, alucinações,

despersonalização, impulsividade, perda do autocontrole e morte súbita por colapso

cardiovascular.

O uso do ecstasy pode causar lesão no fígado, que fica amolecido, além de aumentar de

tamanho, com tendência a sangramentos. Dependendo do grau de toxicidade, o quadro

evolui para hepatite fulminante, podendo causar a morte caso não haja um transplante

de fígado.

No coração, a aceleração dos ritmos cardíacos e o aumento da pressão arterial podem

levar à ruptura de alguns vasos sanguíneos, causando sangramentos.

O uso de ecstasy ligado à intensa atividade física (dançar por várias horas) pode causar

aumento da temperatura corporal e consequente hemorragia interna, o que pode levar à

morte. O aumento da temperatura corporal tem alguns sintomas como desorientação,

parar de transpirar, vertigens, dores de cabeça, fadiga, câimbras e desmaio.

Ainda não há estudos que comprovem que o ecstasy provoca dependência física, mas

também não podemos afirmar que isso não irá acontecer.

Paula Louredo

Graduada em Biologia

Page 12: Oficina

HeroínaA heroína causa dependência física e psíquica.

A heroína é uma droga derivada da papoula, sintetizada a partir da morfina: substância

bastante utilizada no século XIX pelas suas propriedades analgésicas e antidiarreicas.

Como outras drogas originárias desta planta, a heroína atua sobre receptores cerebrais

específicos, provocando um funcionamento mais brando do sistema nervoso e

respiratório.

Descoberta sua potencialidade em causar dependência química e psíquica de forma

bastante rápida, sua comercialização foi proibida na década de vinte. Entretanto,

principalmente no sudeste asiático e Europa, essa substância é produzida e distribuída

para todo o mundo clandestinamente.

Apresentando-se em sua forma pura como um pó branco de coloração esbranquiçada, é

utilizada mais frequentemente de forma injetável, após aquecimento. Além disso, alguns

usuários a inalam ou aspiram.

Seus efeitos duram aproximadamente cinco horas, proporcionando sensações de bem-

estar, euforia e prazer; elevação da autoestima e diminuição do desânimo, dor e

ansiedade.

Como esta droga desenvolve dependência e tolerância de forma bastante rápida, o

usuário passa a consumi-la com mais frequência com o intuito de buscar o mesmo bem-

estar provocado anteriormente, e também de fugir das sensações provocadas pela

abstinência. Essa, que surge aproximadamente vinte e quatro horas após seu uso, pode

provocar diarreia, náuseas, vômitos, dores musculares, pânico, insônia, inquietação e

taquicardia.

Assim, formas de obtê-la passam a ser o foco de suas vidas, gerando consequências

sérias. Constantes vômitos, diarreias e fortes dores abdominais, perda de peso,

depressão, abortos espontâneos, surdez, delírio, descompassos cardíacos, incapacidade

de concentração, depressão do ciclo respiratório, colapso dos vasos sanguíneos; além de

problemas relacionados às interações sociais e familiares são algumas consequências

que o usuário está sujeito, em médio prazo. Além disso, no caso de pessoas que a

utilizam na forma injetável, há chances de ocorrer necrose de tecidos e de se adquirir

diversas doenças, como AIDS, hepatites e pneumonias, em decorrência da utilização de

seringas compartilhadas.

Page 13: Oficina

A maioria dos casos de morte por overdose é consequência de paradas respiratórias

decorrentes de seu uso prolongado, ou de uso concomitante com outras drogas.

Por Mariana Araguaia

Graduada em Biologia

Equipe Brasil Escola

LSD

O LSD, acrônimo de dietilamida ácido lisérgico, produz grandes alterações no cérebro,

atuando diretamente sobre o sistema nervoso e provocando fenômenos psíquicos, como

alucinações, delírios e ilusões. É uma substância sintética, produzida em laboratório,

que adquiriu popularidade na década de 60, quando não era vista como algo prejudicial

à saúde.

Pode ser consumida por via oral, injeção ou inalação, e se apresenta em forma de barras,

cápsulas, tiras de gelatina e líquida; seus efeitos duram de oito a doze horas.

Os efeitos físicos dessa droga são: dilatação das pupilas, sudorese, aumento da

frequência cardíaca e da pressão arterial, aumento da temperatura, náuseas, vômitos. Os

sintomas psíquicos são alucinações auditivas e visuais, sensibilidade sensorial,

confusão, pensamento desordenado, perda do controle emocional, euforia alternada com

angústia, dificuldade de concentração.

É importante destacar que os efeitos do LSD dependem do ambiente, da qualidade da

droga e da personalidade da pessoa.

O LSD é mais usado por adolescentes e jovens, que querem experimentar visões e

sensações novas e coloridas, pois as formas, cheiros, cores e situações se modificam,

levando a pessoa a criar ilusões e delírios, como por exemplo, paredes que escorregam,

mania de grandeza e perseguição. Pode ocorrer também um “flashback”, fenômeno no

qual são sentidos os efeitos da droga após um período de semanas ou meses sem usá-la.

O LSD é conhecido também com outros nomes como doce, ácido, gota, papel e

microponto.

Patrícia Lopes

Equipe Brasil Escola

Page 14: Oficina

MaconhaA maconha tem sua origem na Índia

A planta

Planta herbácea de clima quente e úmido, originária da Índia, a maconha (Cannabis

sativa) pertence à família Moraceae e pode atingir até 5 metros de altura. Possui folhas

digitadas e flores pequenas, amarelas e sem perfume. É uma planta dioica que apresenta

talos com flores femininas e talos com flores masculinas. O fato de a planta possuir

talos com flores diferentes influencia na colheita, pois as flores masculinas endurecem

mais rápido, morrendo após a floração, enquanto que as inflorescências femininas

permanecem com uma cor verde-escura até um mês após a floração, quando as

sementes amadurecem. Quando não ocorre fecundação das flores femininas, elas

excretam grandes quantidades de resina pegajosa composta por dezenas de substâncias

diferentes. O fruto da maconha é amarelo-esverdeado, pequeno, ovalado e contém uma

substância ácida que serve de alimento para algumas espécies de aves.

Os primeiros relatos dessa erva no Brasil datam do século XVIII quando era usada para

a produção de fibras chamadas de cânhamos. Tais fibras eram obtidas por meio de

vários processos, incluindo desfolhamento, secagem, esmagamento e agitação que

separam as fibras da madeira. Essas fibras fortes e duráveis foram usadas como velas de

navios por séculos e até hoje são utilizadas em cordas, cabos, esponjas, tecidos e fios.

As sementes com muitas proteínas e carboidratos são utilizadas na alimentação de

pássaros domésticos, e em cereais e granolas. Do óleo extraído das sementes fazem-se

tintas, vernizes, sabões e óleo comestível.

Substâncias da maconha

A planta da maconha contém mais de 400 substâncias químicas, das quais 60 se

classificam na categoria dos canabinoides, de acordo com o Instituto Nacional de

Saúde. O tetra-hidrocarbinol (THC) é um desses canabinoides e é a substância mais

associada aos efeitos que a maconha produz no cérebro. A concentração de THC na

planta depende de alguns fatores, como solo, clima, estação do ano, época da colheita,

tempo decorrido entre a colheita e o uso, condições de plantio, genética da planta,

processamento após a colheita, etc., por isso os efeitos podem variar bastante de uma

planta para outra.

Page 15: Oficina

THC ou 6,6,9-trimetil-3-pentil-6H-dibenzo [b,d] piran-1-ol (nome oficial IUPAC)

Marijuana, hashish, charas, ghanja, bhang, kef, orla e dagga são algumas das maneiras

que a cannabispode ser consumida, mas a forma mais comum é através do fumo.

Ao inalar a fumaça da maconha, o THC vai diretamente para os pulmões que são

revestidos pelos alvéolos, responsáveis pelas trocas gasosas. Por possuírem uma

superfície grande, os alvéolos absorvem facilmente o THC e as outras substâncias.

Minutos depois de inalado, o THC cai na corrente sanguínea, chegando até o cérebro.

Em nosso cérebro existem alguns receptores canabinoides que se concentram em

lugares diferentes, como no hipocampo, cerebelo e gânglios basais. Esses receptores

possuem efeitos em algumas atividades mentais e físicas como memória de curto prazo,

coordenação, aprendizado e soluções de problemas.

Os receptores canabinoides são ativados pela anandamida, substância endógena

neurotransmissora que é comparada ao THC, o princípio ativo da maconha. O THC,

também pertencente ao grupo dos canabinoides, copia as ações da anandamida se

ligando aos receptores canabinoides e ativando os neurônios, influenciando de forma

adversa o cérebro. A interação do THC com o cérebro pode causar sentimentos

relaxantes, como sensação de leveza, sendo que outros sentidos também podem se

alterar.

Efeitos em curto e longo prazo

Depois de consumir a cannabis, a pessoa pode apresentar alguns efeitos físicos, como

memória prejudicada, confusão entre passado, presente e futuro, sentidos aguçados, mas

com pouco equilíbrio e força muscular, perda da coordenação, aumento dos batimentos

cardíacos, percepção distorcida, ansiedade, olhos avermelhados por causa da dilatação

dos vasos sanguíneos oculares, boca seca e dificuldade com pensamentos e solução de

problemas.

Page 16: Oficina

As pessoas que fumam maconha também estão suscetíveis aos mesmos problemas das

pessoas que fumam tabaco, como asma, enfisema pulmonar, bronquite e câncer.

Dependência

Afinal, a maconha causa ou não dependência?

Muitos estudos estão sendo feitos a respeito desse assunto, mas ainda não se sabe ao

certo se a maconha causa ou não a dependência. Por causa da dificuldade de se

quantificar a maconha que atinge a corrente sanguínea, não há doses formais de THC

que causam dependência. Acredita-se que a dependência aumenta conforme o período

do uso.

Estudos mostram que alguns usuários que fazem uso da maconha diariamente não

desenvolvem o vício, enquanto outros podem desenvolver uma síndrome de uso

compulsivo semelhante à dependência de outras drogas.

Não é possível ainda determinar a natureza dos sintomas de abstinência da maconha.

De acordo com aAgência Americana de Combate às Drogas, o consumo prolongado

de maconha pode causar danos aos pulmões e ao sistema reprodutivo.

Usos medicinais

Nos séculos passados, a maconha era usada, naChina, como anestésico, analgésico,

antidepressivo, antibiótico e sedativo. A erva foi citada na primeira farmacopeia (livro

que reunia fórmulas e receitas de medicamentos) conhecida no mundo, cerca de 2 mil

anos atrás, recomendando o seu uso para prisão de ventre, malária, reumatismo e dores

menstruais. No século XIX, alguns povos começaram a utilizá-la no tratamento da

gonorreia e angina.

Atualmente, muitos acreditam que os efeitos negativos da maconha superam os seus

efeitos positivos, mas muitos efeitos nocivos da maconha permanecem inconclusivos.

Por essa razão, algumas pessoas pedem para que ela seja legalizada a fim de ser

utilizada como medicamento no tratamento de algumas doenças, como câncer e AIDS

(combate as náuseas e estimula o apetite), glaucoma (alivia a pressão ocular), epilepsia

(evita as convulsões) e esclerose múltipla (diminui espasmos musculares).

Em alguns estados norte-americanos, o uso medicinal da maconha já foi legalizado.

Page 17: Oficina

Paula Louredo

Graduada em Biologia

Merla

A merla é derivada da cocaína. É uma junção das folhas da coca com alguns produtos

químicos como ácido sulfúrico, querosene, cal virgem entre outros que ao ser misturado

se transforma numa pasta onde se concentra em torno de 40 a 70% de cocaína. É

ingerida pura ou misturada num cigarro normal ou num cigarro de maconha.

É uma droga super perigosa causando dependência física e psíquica ao paciente, além

de danos ao organismo irreparáveis.

É absorvida pela mucosa pulmonar rapidamente e assim como a cocaína é excitante ao

sistema nervoso. Causa euforia, diminuição de fadiga, aumento de energia, diminuição

do sono, do apetite e consequentemente causa perda de peso bastante expressiva e

psicose tóxica como alucinações, delírios e confusões mentais.

Durante o uso da merla, o usuário pode ter convulsões e perda de consciência. As

convulsões podem levar o usuário a ter uma parada respiratória, coma, parada cardíaca e

a morte. Ao passar o efeito da merla, o usuário sente medo, depressão e paranóia de

perseguição que em alguns casos leva o usuário ao suicídio.

O usuário da merla normalmente apresenta a ponta dos dedos amarelada, olhos

avermelhados, lacrimejados e irritados, respiração difícil, tremores nas mãos, irritação e

inquietação. Ao longo do tempo o usuário perde seus dentes pois na merla existe um

composto misturado chamado ácido de bateria que começa a furar os dentes até que a

perda total aconteça.

Ainda nesta aula haverá tempo de realizar uma experiência simples que mostra como apenas um cigarro deposita grande quantidade de resíduos no organismo. Para isso construa e utilize um “Fumante Artificial”.

Dica! – É recomendável que o professor faça a experiência como forma de demonstração, já que irá manipular cigarros. Também é importante que o professor prepare o material e teste antes de apresentá-lo aos alunos. Realizar a atividade no laboratório ou em local aberto evitará o mau cheiro na sala de aula.

Page 18: Oficina

Para construir o “Fumante Artificial” faça dois furos na tampa de uma garrafa descartável. Introduza nesses furos dois pedaços de mangueira transparente (um maior e outro menor) de diâmetro interno quase igual à espessura de um cigarro. Use cola quente ou de silicone para vedar os locais onde as mangueiras foram colocadas.

Utilizando o “Fumante Artificial”Introduza na mangueira menor um pequeno pedaço de algodão limpo e empurre um pouco para dentro. Em seguida encaixe um cigarro nessa mesma mangueira. Acenda o cigarro. Para simular o fumo segure a garrafa com uma das mãos e a mangueira maior com a outra. Aperte a garrafa deixando o ar sair pela mangueira maior. Ao soltar a garrafa tampe com o dedo a entrada da mangueira maior. Isso fará com que o ar seja aspirado através do cigarro, fazendo com que ele queime. Faça isso repetidas vezes, até que o cigarro queime por completo. Quando isso ocorrer retire o cigarro, apague e jogue no lixo.Finalmente retire o algodão com o auxílio de uma pinça e compare-o com outro pedaço de algodão limpo. A experiência também pode ser feita queimando dois ou três cigarros, o que resultará em um acúmulo maior de resíduos. (Veja fotos)

Page 19: Oficina
Page 20: Oficina

Após a demonstração da experiência promova uma conversa a respeito do resultado obtido:

• Qual o aspecto do algodão após aspirar um cigarro? E depois de aspirar três cigarros?• A que conclusões o experimento nos leva em relação ao uso do cigarro?