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UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLOGIA UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGICAS TÍTULO SECAGEM São Luís 2015

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trabalho operações unitárias 2 sobre secagem

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHOCENTRO DE CINCIAS EXATAS E TECNOLOGIA

UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHOCENTRO DE CINCIAS EXATAS E TECNOLGICAS

TTULO

SECAGEM

So Lus20154 - SECAGEM

4.1 Introduo

Como a evaporao, a secagem um processo de transferncia de massa, resultando na remoo de gua ou umidade de um fluxo de processo. Enquanto a evaporao aumenta a concentrao de componentes no volteis na soluo, o produto final nos processos de secagem um slido. Os processos de secagem reduzem o nvel de soluto ou umidade para melhorar as caractersticas de armazenamento e manuseio do produto, manter a qualidade do produto durante armazenamento e transporte e reduzir o custo de frete (menos gua para transporte).Trata-se de um dos principais processos aplicados na indstria. Em detrimento do uso em quase todas as situaes aplicado muitas vezes antes da embalagem do produto final. Por se tratar de um produto seco, segue-se parmetros primordiais para o rendimento final.Segue o mesmo princpio da evaporao. Usam processos de transferncia de calor condutivo e/ou convectivo para reduzir a concentrao de componentes residuais volteis em fluxos de processos que sejam ricos em compostos no volteis. Assim, por possuir similaridades com os evaporadores apresentam as seguintes funcionalidades: Uma fonte de energia, mecanismos para alimentar o sistema de secagem, um sistema de condicionamento para que a alimentao e o produto fluam livremente no secador, mecanismos de transferncia de calor e equipamento para separao de produto de vapor.Os modos operacionais podem ser contnuo ou batelada. Na operao contnua, tem-se economia de espao, trabalho e combustvel, sendo a descarga de produto mais uniforme que a de um secador em batelada operando com a mesma capacidade. Na operao em batelada, o trabalho mais fcil e mais verstil, os secadores em geral so mais baratos, e se mostram uma boa alternativa quando a carga de material a ser seco pequena.

4.2 - Mecanismo De Secagem

O terceiro fator que controla a taxa de secagem, alm da temperatura do ar e da umidade, a velocidade do ar. Quando o ar quente soprado sobre um alimento mido, o vapor de gua se difunde atravs da camada limite de ar ao redor do alimento e levado pelo ar em movimento. Um gradiente de presso de vapor dgua estabelecido entre o interior do alimento mido e o ar seco. Esse gradiente prov a fora motriz para a remoo de gua do alimentoA camada limite atua como uma barreira tanto para a transferncia de calor quanto para a remoo de vapor de gua durante a secagem. A espessura da camada determinada principalmente pela velocidade do ar. Se a velocidade baixa, a espessura da camada limite maior, o que reduz tanto o coeficiente de transferncia de calor quanto a taxa de remoo de vapor de gua. Este sai da superfcie do alimento e aumenta a umidade do ar ao redor dele, causando uma reduo no gradiente de presso de vapor de gua e, portanto, na taxa de secagem. Portanto, quanto maior a velocidade do ar, menor a espessura da camada limite e maior a taxa de secagem. Resumindo, as caractersticas do ar que so necessrias para secaradequadamente um alimento mido so:1.Temperatura do bulbo seco moderadamente alta2.BaixaUR3.Altavelocidadedoar4.3.1 Velocidade de Secagem Constante

Figura 01 - Curva tpica de velocidade de secagem para um slido Higroscpico No-Poroso.

Figura 02 - Curva tpica de velocidade de secagem para um slido No-Higroscpico Poroso

Figura 03 - Curva tpica de velocidade de secagem para um slido Higroscpico Poroso.

As Figuras 01, 02 e 03 mostram que, para os trs materiais exemplificados, existe uma faixa de umidade na qual a velocidade de seca se mantm constante. Durante este perodo, o slido est com uma umidade tal que um filme de gua existe sobre toda a superfcie de secagem e esta gua atua como se o slido no estivesse presente. A velocidade de secagem nesta situao totalmente controlada pelas condies externas. Aumentos na temperatura do ar ou em sua velocidade conduzem a um correspondente aumento na velocidade de secagem. A temperatura do slido aproxima-se da temperatura de bulbo mido do ar de secagem se no houver troca de calor por radiao ou conduo por contato direto. O valor de umidade que marca o final do perodo de velocidade de seca constante denominado de Umidade Crtica. Este ponto assinala a situao em que a gua superficial insuficiente para manter um filme contnuo cobrindo a rea de seca. A umidade crtica no deve ser confundida com o valor de umidade de equilbrio para o slido em contato com um ar saturado, pois ocorre em situao de no equilbrio e depende inclusive das condies de secagem no sendo uma propriedade do material.

1.7. O perodo de velocidade de secagem decrescente O formato da curva de velocidade de secagem no perodo de velocidade decrescente depende do tipo de material. Em qualquer caso, quem controla a velocidade de secagem so as condies internas ao slido. As condies externas devem ser ajustadas de maneira a no provocar danos s caractersticas do material. No caso de slidos higroscpicos no porosos, como representado na Figura 01, o calor fornecido evapora primeiro a umidade superficial, e a movimentao da umidade dentro do slido se d atravs de difuso no sentido de regies mais midas (localizadas no interior) para regies menos midas (situadas na superfcie). A resistncia transferncia de umidade para o ar desprezvel em relao resistncia de movimentao da umidade no interior do slido. Alteraes na velocidade do ar de seca no produzem qualquer variao na velocidade de secagem. Quando se efetua a secagem de um material deste tipo, a umidade das camadas superiores pode ficar muito menor do que aquela das camadas mais internas, pois o ar de seca remove a umidade desta regio mais rapidamente do que o interior do slido pode repor. Como conseqncia, a superfcie encolhe sobre um ncleo resistente originado-se rachaduras e empenamentos no corpo. Outro efeito observado em certos materiais a concentrao na superfcie de certas substncias contidas no corpo formando uma pelcula superficial impermevel que bloqueia a sada da umidade. Por estes motivos, slidos deste tipo, nesta faixa de velocidade de secagem, muitas vezes tem a cmara onde se realiza a seca, saturada com vapor durante algum tempo. Com isto possibilita-se que a umidade do interior do slido migre para a superfcie sem que esta resseque por uma perda maior para o ar de secagem. A Figura 02 apresenta a velocidade de secagem para um slido no-higroscpico poroso. Estes materiais so compostos por uma rede de capilares de diferentes dimenses nas sees transversais. As foras capilares so tanto maiores quanto menores forem os raio dos capilares. Quando a gua superficial se esgota os capilares de maior dimetro esvaziam-se primeiro, pois perdem gua para o meio de seca e para os capilares de dimetros menores, sendo a gua substituda por ar. medida que os poros forem se esvaziando a superfcie de evaporao recua para o interior do slido e a rea disponvel para troca de massa diminui, embora a taxa de evaporao por unidade de rea mida se mantenha constante. Por isto o primeiro trecho do perodo de velocidade decrescente reto , j que o mecanismo similar ao do perodo de velocidade de seca constante porm com a rea efetiva para troca de massa diminuindo a cada momento e a velocidade de seca continuando a ser calculada com referncia a rea A , disponvel para troca de calor. Este estado em que a gua constitui a fase contnua e o ar a fase dispersa denominado Estado Funicular. Com o prosseguimento da secagem, atinge-se uma situao em que a gua deixa de ser a fase contnua. Este fato indicado pelo ponto C e a curva de velocidade a partir dele no mais um trecho reto. O ponto C denominado segundo ponto crtico. Esta situao em que a gua deixa de ser uma fase contnua recebe o nome de Estado Pendular. A velocidade de secagem no Estado Pendular independente da velocidade do ar, devendo o vapor se difundir atravs do slido e o calor ser fornecido por conduo a partir da superfcie.A temperatura superficial tende a aproximar-se da temperatura do ar de seca. A Figura 03 apresenta a curva de velocidade de secagem para um slido higroscpico poroso. Uma vez vaporizada a umidade superficial, tanto o Estado Funicular como o Estado Pendular so compostos por gua no ligada. Aps a remoo da gua ligada resta ainda quantia considervel de gua ligada. Esta gua ligada removida por mecanismos de difuso de vapor atravs do slido. A curva no perodo de velocidade de seca decrescente apresenta um aspecto que depende da natureza e forma do material sem indicar um segundo ponto crtico. Em geral os mecanismos de secagem destes materiais so bastante complexos para uma maior generalizao.

4.4 Velocidade e tempos de secagem As velocidades de secagem so determinadas expondo-se o material mido a uma corrente de gs a temperatura e umidade dadas, e medindo-se o teor de lquido como uma funo de tempo.

Grfico : Teor de liquido versus tempo

Grfico : Velocidade de secagem em funo do teor de lquido

4.4.1 perodo de velocidade de secagem constante Ocorre quando o teor de lquido suficientemente grande para que toda a superfcie do material esteja completamente molhada.

4.4.2 perodo de velocidade de secagem decrescente Ocorre quando o teor de lquido no suficientemente para molhar completamente a superfcie do material. Experimentalmente a equao pode-se pode ser determinada como:

Passo 1: Balano de massa total;

Passo 2: Diagrama psicromtrico;T2 = 50C 2 = 0,0036 w1= 0,9 Kg gua / Kg tecido secoTW = 21C w = 1 = 0,0156 w2= 0,1 Kg gua / Kg tecido seco

Passo 3: Balano de massa seo II;

Utilizando de artifcios algbricos:

Isolando o termo desejado, e substituindo os valores obtm-se:

Passo 4: Igualando as velocidades constante e decrescente de secagem, determina-se Wc, teor de gua critico;

Passo 5: Perodo de velocidade constante

Passo 6: Perodo de velocidade de decrescente (queda);

Logo o tempo de secagem total

4.5 secagem por conveco, conduo e radiao

SECAGEM POR CONVECO Este um dos mtodos mais comuns, onde o calor sensvel transferido para o material por conveco. O agente de secagem (ar pr aquecido) passa sobre ou atravs do slido, evaporando a umidade e transportando-a para fora do secador Tendo em mente o aumento da eficincia trmica e a economia de energia, uma recirculao total ou parcial do ar de secagem tambm muito utilizada As condies de secagem podem ser controladas pela temperatura e umidade do ar aquecido. Secagem por conveco sem circulao de ar.

: Secagem por conveco com circulao de ar.

SECAGEM POR CONDUO Se o material a ser seco muito fino ou muito mido, este mtodo o mais apropriado. O calor fornecido ao material mido por conduo (contato) de superfcies aquecidas, que suportam ou confinam o material, tais como: bandejas, placas, cilindros ou paredes de secadores . A temperatura do material maior do que na secagem por conveco e os coeficientes de transferncia de calor do material para a superfcie aquecida e da superfcie aquecida para o ar aquecido governam o total de calor transferido para o material.

SECAGEM POR RADIAO A energia trmica pode ser suprida atravs de vrios tipos de fonte eletromagntica. Tendo-se que a penetrao da radiao infravermelha baixa, a secagem por radiao geralmente usada para materiais finos, tais como filmes, pinturas e coberturas. Radiadores de baixa temperatura e lmpadas de quartzo de alta temperatura so geralmente empregados como fonte de radiao infravermelha. Na secagem por radiao, o transporte de umidade e a difuso de vapor do slido seguem as mesmas leis que a secagem por conduo e conveco.

4.6 Mtodos de clculos para perodo de velocidade de secagem constante

Esse tipo de mtodo de clculo aplicado de modo diferente dependendo do perodo, onde o perodo a taxa constante de secagem.O principal fator que governa a secagem nesse mtodo a transferncia de calor e de massa no interface ar-produto, fixando a velocidade de secagem.As equaes existentes para a avaliao de coeficientes convectivos de calor e de assa so empricas, isto , so avaliados atravs de dados experimentaisNv = a. Prb . Rec

Onde (a,b,c) so constantes que adquirem diferentes valores em funes da geometria do produto, do modo como se faz o contato ar-produto e de suas propriedades fsicas.

4.7 Mtodos de calculo para o perodo de secagem com velocidade de secagem decrescente.

Os produtos so muito diferentes entre si, devido a sua composio, estrutura, e suas dimenses. As condies de secagem so muito diversas, de acordo com as propriedades do ar de secagem e a forma como se faz o contato ar-produto: por exemplo, secagem com ar quente na superfcie de um leito de partculas um caso (a gua estando situada dentro das partculas), ou outro caso a suspenso de uma partcula em um fluxo de ar. Uma vez que o produto colocado em contato com ar quente, ocorre uma transferncia do calor do ar ao produto sob o efeito da diferena de temperatura existente entre eles. Simultaneamente, a diferena de presso parcial de vapor d'gua existente entre o ar e a superfcie do produto determina uma transferncia de matria (massa) para o ar. Esta ltima se faz na forma de vapor de gua. Uma parte do calor que chega ao produto utilizada para vaporizar a gua. A evoluo destas transferncias simultneas de calor e de massa no decorrer da operao de secagem faz com que esta seja dividida esquematicamente em trs perodos que ns descreveremos a seguir. Na Figura 9, so mostradas as curvas de evoluo do teor de gua do produto (X), de sua temperatura (T) e da velocidade de secagem (dX/dt), tambm chamada de taxa de secagem, ao longo do tempo, para um experimento utilizando ar de propriedades constantes.

Figura 04: Curva de secagem exemplo.

A curva (a) representa a diminuio do teor de gua do produto durante a secagem (contedo de umidade do produto, X = XBS, em relao evoluo do tempo de secagem t), isto, a curva obtida pesando o produto durante a secagem numa determinada condio de secagem.A curva (b) representa a velocidade (taxa) de secagem do produto (variao do contedo de umidade do produto por tempo, dX/dt em relao evoluo do tempo t), isto , a curva obtida diferenciando a curva (a).A curva (c) representa a variao da temperatura do produto durante a secagem (variao da temperatura do produto, T em relao evoluo do tempo t), isto , a curva obtida medindo a temperatura do produto durante a secagem.Descrevendo os trs perodos temos:Perodo 0 o perodo de induo ou o perodo de se entrar em regime operacional. No comeo, o produto geralmente mais frio do que ar, a presso parcial de vapor da gua na superfcie do produto (p) dbil e, por conseqncia, a transferncia de massa e a velocidade de secagem tambm so dbeis. O calor chegando em excesso acarreta uma elevao da temperatura do produto ocorrendo um aumento de presso e da velocidade de secagem. Este fenmeno continua at que a Transferncia de Calor compense exatamente a Transferncia de Massa. Se a temperatura do ar for inferior quela do produto, esta ltima diminuir at atingir o mesmo estado de equilbrio. A durao deste perodo insignificante em relao ao perodo total de secagem.

Perodo 1Consiste no perodo de velocidade (taxa) constante de secagem. Durante este perodo, como no anterior, a quantidade de gua disponvel dentro do produto bem grande. A gua evapora-se como gua livre. A presso de vapor de gua na superfcie constante e igual presso de vapor de gua pura temperatura do produto. A temperatura do produto, por sua vez, tambm constante e igual temperatura de bulbo mido, caracterstica do fato de que as transferncias de calor e de massa se compensam exatamente (lembre-se da psicrometria). A velocidade de secagem , por conseguinte, constante.Este perodo continua enquanto a migrao de gua do interior at a superfcie do produto seja suficiente para acompanhar a perda por evaporao de gua na superfcie. bom ressaltar que para os materiais biolgicos difcil a existncia deste perodo, pois as condies operacionais de secagem so tais que, as resistncias de transferncias de massa encontram-se essencialmente no interior do produto, fazendo com que a taxa de evaporao da superfcie ao ambiente seja bem superior taxa de reposio de umidade do interior superfcie do material.

Perodo 2Consiste no perodo de velocidade (taxa) decrescente de secagem. Desde o momento em que a gua comea a ser deficiente na superfcie, a velocidade de secagem diminui. Apesar de alguns autores definirem o valor de teor de gua do produto no ponto de transio entre os perodos 1 e 2 como sendo o teor de gua crtico (Xcr), seria conveniente denominar este ponto como o ponto de inflexo de taxa constante taxa decrescente de secagem, pois este ponto, longe de ser uma propriedade fsica do material, um ponto que depende inclusive das condies operacionais de secagem. Durante este perodo, a troca de calor no mais compensada, conseqentemente, a temperatura do produto aumenta e tende assintoticamente temperatura do ar. Durante todo este perodo o fator limitante a migrao interna de gua. Esta reduo da taxa (ou velocidade) de secagem s vezes interpretada como uma diminuio da superfcie molhada no perodo 2, mas a interpretao mais freqente pelo abaixamento da presso parcial de vapor de gua na superfcie. No final deste perodo o produto estar em equilbrio com o ar (X = Xeq) e a velocidade de secagem nula.

4.8 EQUIPAMENTOS

A aplicao dos princpios de secagem ao projeto de equipamentos adequados para realizar tal operao unitria exige um estudo minucioso das diversas variveis envolvidas no processo. Dentre estas, cita-se a dificuldade de previso da curva de velocidade de secagem; a variao das condies de secagem ao longo do secador; a diferena entre a rea da transferncia trmica e a rea da transferncia de massa; a configurao do escoamento do gs; o efeito das variveis de operao e da escolha do equipamento relativamente s condies do produto seco.Um equipamento perfeitamente projetado muitas vezes difcil de atingir, pois muitos fenmenos fsico-qumicos podem ser complexos e de difcil previso. O fator econmico habitual dos custos de processamento no que diz respeito s condies desejadas do produto, do ponto de vista do mercado consumidor tambm no pode ser desprezado. Por estas razes, a escolha do secador usualmente baseada em ensaios preliminares, nos quais o material seco em condies que se assemelham s da produo.

4.8.1 CRITRIOS PARA CLASSIFICAODevido grande variedade de tipos de produtos que devem ser secos por diferentes mtodos, existe tambm uma variedade de projeto de secadores. O critrio para se classificar os secadores so muitos, e segundo STRUMILLO e KUDRA (1986) podem ser assim divididos (Tabela 1):

Tabela 1: Critrios para a classificao de secadores.Critrio para a classificaoExemplo do tipo do secador

Presso no secadorAtmosfrica ou vcuo

Mtodo de operaoContnua ou em batelada

Mtodo de suprir o calorConveco, contato, infravermelho, dieltrico e sublimao.

Tipo do agente de secagemAr quente, vapor superaquecido, lquidos aquecidos e gases rejeitados.

Direo do fluxo de calor e slidos.

Co-corrente, contracorrente e fluxo cruzado.

Mtodo do fluxo do agente de secagemLivre ou forado

Mtodo do carregamento da umidadeCom agente externo de secagem, com gs inerte, com absoro qumica da umidade.

Forma do material midoLquidos, granulares, ps, pastas, folhas, camadas finas, lama.

Tipo do fluxo do material(condio hidrodinmica)Regime estacionrio, transiente ou disperso.

Forma do material midoLquidos, granulares, ps, pastas, folhas, camadas finas, lama.

Escala de operaoDe 10 kg/h at 100 ton/h

Construo do secadorBandejas, tnel, esteira, tambor, rotatrio, leito fluidizado e muitos outros.

Alm deste critrio, devem-se considerar tambm o mtodo de aquecimento do agente de secagem, a forma fsica da alimentao, se o produto seco requerido em uma forma especial, se o material txico ou termolbil, etc. O mesmo autor tambm afirma que usualmente os tipos de secadores podem ser divididos, basicamente, segundo o regime hidrodinmico e o fluxo de material. KEEY (1978) divide os secadores segundo o meio de transporte do material (Tabela 2):

Tabela 2: Mtodos de transporte na secagem.MtodoSecador tpicoMaterial tpico

Material estticoSecador de bandejaGrande variedade de materiais

Material que cai por gravidadeSecador rotatrioGrnulos em queda livre

Material carregado emlminasSecador de roscatransportadoraMateriais midos, pastas

Material transportado emcarrinhosSecador tnelGrande variedade de materiais

Material carregado sobrerolosSecadores de cilindro aquecidoTeias finas, folhas e placas.

Material carregado emesteirasSecador de esteiraGrande variedade de materiais rgidos

Material vibrado em esteirasSecador de esteira vibratriaGrnulos em queda livre

Material suspenso no arSecador de leito fluidizadoGrnulos

Material atirado atravs do arSpray DryerSolues, materiais viscosos e pastas finas.

Fonte: KEEY (1978)

TIPOS DE SECADORES:

Secadores para slidos granulados e pastas

No caso dos materiais particulados, em que h dificuldade de ret-los numa tela metlica ou numa esteira transportadora com chapas perfuradas, a secagem pode ser realizada, fazendo o material cascatear atravs da corrente de gs, como se faz no secador rotatrio; impelir o mesmo em contracorrente ao gs numa unidade de disposio colunar, o que se observa no secador gravidade; ou ainda sopr-lo juntamente com a corrente de gs, conforme o secador instantneo ou flash.1. Secadores rotatrios

No secador rotatrio, os slidos so derrubados numa corrente contnua, na regio do eixo do tambor rotatrio, enquanto o ar injetado atravs da cascata de gros. O slido elevado por peas suspensoras internas que controlam o cascatear atravs da corrente de ar. O secador muitas vezes inclinado, de modo que os slidos avanam gradualmente desde o bocal de alimentao at o bocal de sada. Utilizam-se gases de combusto, vapor superaquecido ou ar aquecido eletricamente com o meio secante. Alguns modelos possuem tubos aquecidos a vapor de gua para manter a temperatura do ar e atuar como superfcies de secagem. Nos secadores a tambor rotatrio, podem ser aquecidos com vapor ou gua quente; a superfcie exposta do slido muito maior que a exposta nos secadores de bandejas ou nos tneis secadores, o que resulta numa taxa de secagem muito maior. Estes equipamentos so aplicados secagem de gros, soja, milho, slidos biolgicos e lama, por exemplo. Os secadores rotatrios cnicos a vcuo so aplicados secagem de produtos farmacuticos, materiais cristalinos, inseticidas, pesticidas. Fazem a secagem de polmeros, ou em necessidade de utilizao de baixa temperatura, alm de serem aplicados a processos com materiais granulares. O aquecimento indireto e podem funcionar a baixas temperaturas, recuperando o solvente ou no. Secadores rotativos a vcuo: o material agitado sob uma plataforma estacionria horizontal nem sempre necessrio aplicao de vcuo, o agitador pode ser aquecida com a adio de vapor para fazer o mesmo com a tampa. Secadores de tabuleiro a vcuo: o aquecimento realizado por contato com grelhas.

2. Secadores gravidade

Utilizado para secar slidos particulados, o secador gravidade possui chapas aquecidas e especialmente til quando o empoeiramento um problema ou quando se deseja dispor de regies de temperatura varivel. Cada tabuleiro apresenta uma camisa de aquecimento, de modo que o material pode ser aquecido ao passar por algumas chapas e arrefecido ao passar por outras. O meio secante pode ser o ar, um gs inerte, um gs de combusto a presso atmosfrica ou em presso menor.

3. Secadores instantneos

A secagem instantnea, ou flash, caracterizado pela injeo dos slidos particulados numa corrente mvel de gs quente. A certa distncia, a jusante do ponto de carga, os slidos so separados do gs, usualmente num ciclone coletor. Utiliza-se este mecanismo de secagem quando se deseja secar parcialmente uma pasta ou uma massa mida usando-se um tempo de contato muito curto. Quando desejado aumentar o tempo de contato ou uma secagem adicional do material seco na operao instantnea pode-se adotar um secador de leito fluidizado.

Secadores de leito fluidizado: O sistema de leito fluidizado consiste na secagem do alimento, fazendo a circulao de ar quente atravs de um leito de slidos, de modo que estes permanecem suspensos no ar. Esse tipo de secador apresenta aplicao limitada, principalmente devido a adequao do sistema de alimentao para fluidizao dos alimentos e, ocorre geralmente a velocidades muito alta. Este sistema de secagem tem sido utilizado para secagem de batata em grnulos ou flocos, cebola em flocos, farinhas, cenouras, cacau, etc.

4. Secadores pulverizadores:

Uma maneira prtica de evaporar gua de uma soluo ou de uma suspenso de partculas slidas consiste em pulverizar a mistura para um recipiente atravs do qual se faz passar uma corrente de gases quentes. A qualidade de funcionamento de um secador por pulverizao depende do tamanho da gota produzida pelo atomizador e da maneira como o meio gasoso se mistura com as gotas. A temperatura das gotas permanece abaixo da temperatura de bulbo mido do gs que faz a secagem at esta estar quase completa e o processo proporciona, deste modo, uma maneira prtica de secar uma variedade enorme de substncias que possam deteriorar-se a temperaturas elevadas, como leite, caf, detergentes, corantes, pesticidas, polmeros, suspenses cermicas, plasma de sangue, enzimas, penicilina, amido, alumina, concentrados metlicos, etc.

5. Secadores de tambor

Realizam o processo de secagem de materiais pastosos continuamente. Constam de cilindros horizontais giratrios aquecidos internamente por vapor dgua. Nesses processos, uma produo em grande escala somente pode ser obtida quando se tem uma camada de slido secante espessa, densa e contnua. O filme molhado alimentado (em forma de liquido ou pasta) aplicado ao cilindro de metal rotatrio, dentro do qual, aquecedores esto presentes. O filme de material seca at o nvel final de umidade e retirado. Os secadores de tambor duplo possuem uma alimentao do material lamoso que se d entre os dois tambores girantes. Os secadores de tambores geminados so similares aos de tambor duplo, os tambores girando nesse caso em sentidos contrrios, favorecendo a quebra de bolhas e homogeneizao do revestimento da suspenso sobre os tambores. O tambor simples que funciona de modo semelhante aos anteriormente expostos. Aplicados nas reas de laticnios, alimentos para bebs, cereais matinais, polpas de frutas e vegetais, amidos, materiais inorgnicos, sais, cola animal, fermentos, alguns produtos qumicos e biolgicos; possuem vantagens como produto obtido granular, em flocos; secagem uniforme devido aplicao uniforme do filme; alta eficincia trmica; operao contnua e instalao compacta.

6. Secador de Bandejas:

Este o modelo mais simples de secador, utilizado para operaes descontnuas, de pequena escala, e secagem de substncias granulares ou para peas separadas. O material a secar colocado em bandejas, sendo retirado somente aps atingir o grau de umidade desejado, no havendo escoamento contnuo do material (WEYNE, 2009). Este tipo de secador utilizado para slidos em geral, inclusive os termos sensveis como produtos farmacuticos, os cuidados devem se concentrar no controle das temperaturas de operao. As bandejas, em geral, so fixas e o ar quente circula entre elas.

7. Secadores de transporte pneumtico:

Os secadores pneumticos "Flash Dryer", so adequados especialmente a slidos midos, resultante de processos de filtragem, decantao e centrifugao, onde se deseja principalmente a remoo da umidade para obteno de ps-secos. Neste tipo, a secagem geralmente realizada em combinao com a moagem. O material transportado em gases alta temperatura e alta velocidade para um coletor de ciclone.

8. Secador tipo Tnel:

H o deslocamento contnuo de slidos midos atravs da cmara de secagem pela montagem das bandejas em vagonetes. A secagem d-se numa corrente de ar quente, sendo o tnel no necessariamente aquecido. Este modelo utilizado para secar, por exemplo, tabuleiros de cera de parafina, gelatina ou sabo e para a secagem de artigos de cermica, alm dos casos em que a produo to grande que os secadores de armrios individuais implicariam demasiado manuseio. Num sistema alternativo, o material colocado num transportador de correia que passa atravs do tnel em contato com gases quentes.

9. Secadores transportadora:

So contnuas e podem operar no vcuo pode recuperar o solvente durante a secagem; Este tipo de secador, bem como o modelo a tnel, caracteriza-se pela alterao do regime de um secador de bandeja de descontnuo para contnuo. Isto feito pelo transporte do material mediante uma esteira transportadora, ou ento, no caso de material sob a forma de folha mida, pela movimentao deste apoiado em roletes, atravs do secador.

10. Liofilizadores:

O material congelado e, em seguida, secar antes da secagem realizado no estado de vcuo. Este mtodo utilizado quando o material a ser seco no pode ser aquecido, mesmo com temperaturas baixas. Como uma regra, a secagem liofilizada a que menos agride o material, produzindo um produto de melhor qualidade dentre todos os outros mtodos. Entretanto, este mtodo muito caro, pois as taxas de secagem so baixas e usa-se o vcuo. A secagem liofilizada utilizada para desidratar alimentos com dificuldades na secagem convencional, como aqueles que no podem ser aquecidos mesmo com temperaturas amenas, tais como: caf, cebola, sopas, frutas e certos produtos do mar (LIAPIS, 1987).

11. Secadores infravermelhos:

Dependente da transferncia de energia radiante para evaporar a umidade. A energia radiante eletricamente fornecida via infravermelhos, aquecedores eltricos ou a gs aquecido incandescente. Suas principais aplicaes assar ou secar camadas de tinta e aquecimento de finas camadas de materiais.

5. CONCLUSO

Os secadores possuem papel fundamental no processamento industrial, visto que podem atuar de diversas maneiras com o intuito de obter o melhor produto possvel.Equipamentos so remodelados e aperfeioados constantemente, tanto em ensaios laboratoriais quanto em escala industrial. perfeitamente plausvel a considerao de que este seja um dos equipamentos mais importantes em uma indstria de processamento, j que a matria-prima raramente chega a uma indstria em perfeitas condies de utilizao.