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SBN INFORMA Órgão Oficial da Sociedade Brasileira de Nefrologia edição de julho/agosto de 2000 Luís Oliveira EDITORIAL Conquistas recentes Melhorar a captação de órgãos. Essa é a solução encontrada por Renilson Rehem de Souza, Secretário Nacional de Assistência à Saúde, para aprimorar a situação do transplante no Brasil. Em entrevista ao SBN Informa, Renilson afirma que o Ministério da Saúde procura o acordo entre as entidades médicas sobre a questão e afirma que a lista única funciona. “Não queremos mudar a situação baseados apenas na crítica de algum médico renomado. Não podemos criar facilidades para privilegiar alguns, pois senão virará um comércio”, diz. Para discutir como melhorar a captação de órgãos, o secretário e o Ministro da Saúde, José Serra, reuniram-se em Brasília, em 16 de agosto, com representantes de várias entidades médicas. Na ocasião, o ministério aceitou todas as sugestões de mudanças na Sem a lista única seria o caos, diz Secretário de Assistência à Saúde Renilson Rehem de Souza: “Buscamos o consenso” legislação sobre os transplantes. “A área dos transplantes é prioritária para o Ministério da Saúde”, afirma Renilson. Página 5 XX Congresso em Natal aborda nefrologia em sua totalidade Com o objetivo de abranger todas as áreas nefrológicas, o XX Con- gresso Brasileiro de Nefrologia não apresenta um tema específico. O Nefro 2000, como o evento também é conhecido, acontece de 24 a 27 de setembro na capital do Rio Grande do Norte, Natal. A previsão é de que mais de duas mil pessoas compareçam ao evento. “A SBN/RN terá uma expressão importante no cenário da nefrologia nacional por sediar o Congresso”, espera José Bruno, presidente do Nefro 2000. Página 3 Estatuto recebe sugestão de mudança Em uma reunião realizada em 9 de junho na sede da SBN, o Conselho Fiscal sugeriu que o estatuto da entidade receba alteração para que a gestão financeira dos Congressos Brasileiros de Nefrologia seja transferida para a Diretoria Nacional. Página 2 N o simpósio sobre transplantes de órgãos realizado a 16 de agosto, em Brasília, o Ministério da Saúde manifestou sua aceitação às reivindicações de mudanças na legislação sobre transplantes encaminhadas pelas entidades médicas, entre as quais a Sociedade Brasileira de Nefrologia. As propostas que visavam solapar a lista única – defendidas por alguns segmentos da área de saúde – não encontraram clima sequer para sua apresentação, o que resultou no fortalecimento do cadastro único de receptores para órgãos de doador cadavérico e na manutenção das diretrizes democráticas e transparentes do atual sistema.de que partilhamos. Na ocasião, a SAS (Secretaria Nacional de Assistência à Saúde) do MS, representada por Renilson Souza, entrevistado desta edição (pág. 4), enfatizou sua intenção de buscar o consenso útil a uma sociedade que se pretenda mais justa e não privilegiar “outros interesses” presentes na área. Renilson acredita que a maior deficiência no sistema atual reside na captação de órgãos, o que coincide com o pensamento atual da SBN, cuja diretoria defende que só a partir de campanhas contínuas de incentivo à doação de órgãos é que se poderá mudar o padrão cultural brasileiro. A lista única, portanto, é uma conquista da sociedade e deverá ser aprimorada com o tempo. Nesta edição, a residência médica é focalizada com destaque na entrevista com João Cezar Mendes Moreira, presidente da SBN, à pagina 3, na qual informa sobre os projetos ora em desenvolvimento pela entidade para reverter a atual baixa procura pela residência em nefrologia, que vem afetando o desenvolvimento da especialidade em nosso meio. Sabemos que o caminho é longo e penoso, mas o velho jargão “A união faz a força” é verdadeiro e responsável por vitórias como essas que, à primeira vista, parecem pequenas, mas constituem trilha segura para o resgate da cidadania e a conscientização da população. Ruy Barata Editor Melhora da residência em nefrologia Em entrevista, o presidente da SBN, João Cezar Mendes Moreira, informa que a entidade desenvolve projetos para atrair mais residentes para a especialidade de nefrologia e que deseja ver o exame de Título de Especialista unificado. Página 4 snb_4.p65 09/02/01, 09:37 1

Órgão Oficial da Sociedade Brasileira de Nefrologia edição ... · XX Congresso em Natal aborda ... ceira de um resultado positivo al-cançado. ... plante renal. Na área política,

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Page 1: Órgão Oficial da Sociedade Brasileira de Nefrologia edição ... · XX Congresso em Natal aborda ... ceira de um resultado positivo al-cançado. ... plante renal. Na área política,

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Luís Oliveira

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Conquistas recentesMelhorar a captação de órgãos.Essa é a solução encontrada porRenilson Rehem de Souza,Secretário Nacional de Assistênciaà Saúde, para aprimorar a situaçãodo transplante no Brasil.

Em entrevista ao SBN Informa,Renilson afirma que o Ministérioda Saúde procura o acordo entreas entidades médicas sobre aquestão e afirma que a lista únicafunciona.

“Não queremos mudar a situaçãobaseados apenas na crítica de algummédico renomado. Não podemoscriar facilidades para privilegiaralguns, pois senão virará umcomércio”, diz.

Para discutir como melhorar acaptação de órgãos, o secretário eo Ministro da Saúde, José Serra,reuniram-se em Brasília, em 16 deagosto, com representantes devárias entidades médicas.

Na ocasião, o ministério aceitoutodas as sugestões de mudanças na

Sem a lista única seria o caos, dizSecretário de Assistência à Saúde

Renilson Rehem de Souza:“Buscamos o consenso”

legislação sobre os transplantes.“A área dos transplantes é

prioritária para o Ministério daSaúde”, afirma Renilson.

Página 5

XX Congresso em Natal abordanefrologia em sua totalidade

Com o objetivo de abranger todas as áreas nefrológicas, o XX Con-gresso Brasileiro de Nefrologia não apresenta um tema específico.

O Nefro 2000, como o evento também é conhecido, acontece de 24 a27 de setembro na capital do Rio Grande do Norte, Natal.

A previsão é de que mais de duas mil pessoas compareçam ao evento.“A SBN/RN terá uma expressão importante no cenário da

nefrologia nacional por sediar o Congresso”, espera José Bruno,presidente do Nefro 2000.

Página 3

Estatuto recebe sugestão de mudançaEm uma reunião realizada em 9 de junho na sede da SBN, o

Conselho Fiscal sugeriu que o estatuto da entidade receba alteraçãopara que a gestão financeira dos Congressos Brasileiros de Nefrologiaseja transferida para a Diretoria Nacional.

Página 2

N o simpósio sobre transplantes de órgãos realizado a16 de agosto, em Brasília, o Ministério da Saúdemanifestou sua aceitação às reivindicações de mudanças

na legislação sobre transplantes encaminhadas pelas entidadesmédicas, entre as quais a Sociedade Brasileira de Nefrologia.As propostas que visavam solapar a lista única – defendidaspor alguns segmentos da área de saúde – não encontraramclima sequer para sua apresentação, o que resultou nofortalecimento do cadastro único de receptores para órgãos dedoador cadavérico e na manutenção das diretrizes democráticase transparentes do atual sistema.de que partilhamos.

Na ocasião, a SAS (Secretaria Nacional de Assistência àSaúde) do MS, representada por Renilson Souza, entrevistadodesta edição (pág. 4), enfatizou sua intenção de buscar oconsenso útil a uma sociedade que se pretenda mais justa enão privilegiar “outros interesses” presentes na área.Renilson acredita que a maior deficiência no sistema atualreside na captação de órgãos, o que coincide com opensamento atual da SBN, cuja diretoria defende que só apartir de campanhas contínuas de incentivo à doação deórgãos é que se poderá mudar o padrão cultural brasileiro.A lista única, portanto, é uma conquista da sociedade edeverá ser aprimorada com o tempo.

Nesta edição, a residência médica é focalizada com destaquena entrevista com João Cezar Mendes Moreira, presidente daSBN, à pagina 3, na qual informa sobre os projetos ora emdesenvolvimento pela entidade para reverter a atual baixaprocura pela residência em nefrologia, que vem afetando odesenvolvimento da especialidade em nosso meio.

Sabemos que o caminho é longo e penoso, mas o velho jargão“A união faz a força” é verdadeiro e responsável por vitóriascomo essas que, à primeira vista, parecem pequenas, masconstituem trilha segura para o resgate da cidadania e aconscientização da população.

Ruy BarataEditor

Melhora da residência em nefrologiaEm entrevista, o presidente da SBN, João Cezar Mendes

Moreira, informa que a entidade desenvolve projetos para atrairmais residentes para a especialidade de nefrologia e que desejaver o exame de Título de Especialista unificado.

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SBN INFORMA

EDITOR

Ruy A. Barata

EDIÇÃO EXECUTIVA

Publishing Solutions

SECRETÁRIAS

Adriana PaladiniRosalina Soares

SOCIEDADE BRASILEIRA

DE NEFROLOGIA

DEPARTAMENTO DE

NEFROLOGIA DA ASSOCIAÇÃO

MÉDICA BRASILEIRA

Rua Machado Bittencourt, 205 5o

andar, conj. 53, V. ClementinoCEP 04044-000, São Paulo, SPFONES: (0xx11) 5579-1242 e

(0xx11) 5080-3630FAX: (0xx11) 5573-6000E-MAIL: [email protected]: http://www.sbn.org.br

DIRETORIA

PRESIDENTEJoão Cezar Mendes Moreira

VICE-PRESIDENTEWagner Moura Barbosa

SECRETÁRIA GERALMaria Almerinda Alves

1O SECRETÁRIOAntonio Américo Alves

TESOUREIRODaniel Rinaldi dos Santos

DEPARTAMENTOS

DEFESA PROFISSIONALRuy A. Barata

DIÁLISE E TRANSPLANTEHugo Abensur

ENSINO, RECICLAGEM E TITULAÇÃONestor Schor

FISIOLOGIA E FISIOPATOLOGIARENALLuis Yu

HIPERTENSÃO ARTERIALJosé Nery Praxedes

INFORMÁTICA EM SAÚDEDaniel Sigulem

NEFROLOGIA CLÍNICARui Toledo Barros

NEFROLOGIA PEDIÁTRICAJúlio Toporoviski

PROJETO GRÁFICO, EDITORAÇÃOELETRÔNICA E ARTE-FINALPublishing [email protected]

PUBLICIDADEMarcelo GonçalvesTelefone: (0xx11)214-2681Fax: (0xx11) 3159-0620

Os artigos assinados não refletem necessari-amente a opinião do jornal.

O I Encontro Nacional do ComitêMultiprofissional em Nefrologia Pe-diátrica acontece dia 27 de setembro,das 12h30 às 14h, durante o CongressoBrasileiro de Nefrologia.

Com o objetivo de transferirpara a Diretoria Nacional agestão financeira efetiva dos

Congressos Brasileiros de Nefro-logia, devido ao grande volume dedinheiro referente a esse eventoanual, o Conselho Fiscal da SBNdiscute a possibilidade de sugerir àDiretoria a modificação do estatutoda sociedade.

A idéia foi abordada em reuniãodo Conselho, que ocorreu em 9 dejunho na sede da SBN, em SãoPaulo. Estiveram presentes seusmembros titulares, João EgídioRomão Jr., presidente, João CarlosBiernat, Aparecido Pereira, DanielRinaldi e Edeno Tostes.

Na ocasião foram apresentados os

Conselho Fiscal sugerealteração em estatuto

balanços patrimoniais levantadosem 31 de dezembro de 1998, 31 dedezembro de 1999 e 30 de abril de2000. Constatou-se que a documen-tação estava em perfeita ordem eque os respectivos demonstrativosrepresentam a fiel situação financei-ra patrimonial da SBN.

Leia a seguir a íntegra da ata dereunião com as sugestões discutidas:· Manter o superávit das publica-

ções da SBN de no mínimo 10%.· Manter a anuidade em valor

equivalente a US$ 100,00 para osinadimplentes de 2000.

· Tentar trazer de volta à SBN osinadimplentes históricos, cobran-do o valor de R$ 203,50 para qui-tar suas dívidas.

· Trabalhar junto à Diretoria Nacio-nal para trazer à SBN potenciaissócios não-médicos (nutricio-nistas, psicólogos, biólogos etc.).

· Sugerir o estudo, pela Diretoria Na-cional, de mudanças no Estatutopara transferir para a Diretoria agestão financeira efetiva dos Con-gressos Brasileiros de Nefrologiadevido aos altos volumes financei-ros envolvidos nesses eventos, re-lativamente ao patrimônio líquidoda SBN, além da experiência finan-ceira de um resultado positivo al-cançado.

· Voto de louvor ao XIX CongressoBrasileiro de Nefrologia pelaorganização e prestação de contase superávit alcançado.

Um Comitê de InsuficiênciaRenal Aguda da SociedadeLatino-americana de Nefrolo-gia e Hipertensão foi criadodurante o II Congresso Latino-americano de IRA, realizadode 17 a 19 de maio no Rio deJaneiro.

O comitê terá a missão dedesenvolver um plano de açãopara a prevenção e o trata-mento da IRA em situaçõesde desastres naturais eepidemias na América Latina

Congresso Latino-americanocria comitê de IRA

e coordenar ações com a“Task Force for Acute RenalFailure”, da Sociedade Inter-nacional de Nefrologia.

O Comitê é representadopelos coordenadores MaurícioYounes-Ibrahim (Rio deJaneiro, Brasil) e Raul Lom-bardi (Montevidéu, Uruguai) epor Cesar Agost Carreno(Argentina), Sandra Rodriguez(República Dominicana), AtilioFernández Alarcón (Venezuela)e Antonio Vuckusick (Chile).

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A diretoria da Sonerj está coorde-nando um convênio entre a SBN e ocanal Futura de televisão.

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ColaboraçãoMarcelo Antonio Martins Almeida,

presidente da regional de Brasília, têmcolaborado com a diretoria da SBN,pela representação da entidade emreuniões no Distrito Federal.

Convênio com TV

Encontro noNefro 2000

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O XVIII Congresso Mundial de Transplantes, que aconteceuem Roma, Itália, de 25 de agosto a 1º de setembro, premiou obrasileiro Emil Sabbaga e médicos de outros países pelopioneirismo com que atuaram na área dos transplantes.

Evento premia brasileiro

Vaga pararesidência

O Centro de Nefrologia Pediátricado Paraná oferece uma vaga para resi-dência médica em nefrologia pediátri-ca e duas vagas para estágio. Maioresinformações pelo telefone (0xx41)310-1205 e-mail [email protected].

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Papa declara posição deIgreja sobre doações

O Papa João Paulo II estevepresente ao XVIII CongressoMundial de Transplante edeclarou a posição da IgrejaCatólica sobre a doação deórgãos .

Disse que a doação é um atode amor e que a igreja condenaveementemente o comércio deórgãos e é a favor de uma dis-tribuição transparente e porseleção imunológica.

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O XX Congresso Brasileiro,também conhecido comoNefro 2000, será realizado no

Centro de Convenções de Natal, naVia Costeira, entre os dias 24 e 27 desetembro. O evento deste ano nãopossui tema central, pela idéia de quea natureza da atividade profissional émuito abrangente entre a maioria dosnefrologistas brasileiros.

Os temas podem ser divididos emduas áreas: uma estritamentecientífica e outra de caráter maispolítico, e abrangem desde nefro-logia clínica e pediátrica até trans-plante renal.

Na área política, o Congresso se-rá um fórum amplo e irrestrito paradiscutir os desafios do exercícioprofissional da nefrologia naatualidade, com a presença deCláudio Duarte da Fonseca, coor-denador das Políticas de Saúde doMinistério da Saúde, e de DavidHimmelstein, da Faculdade deMedicina da UniversidadeHarvard dos Estados Unidos, queabordará os aspectos polêmicos domanaged care.

Paralelamente ao evento, ocorre oX Congresso Brasileiro de Enferma-

Sem tema único, XX Congressoaborda totalidade da nefrologia

gem em Nefrologia, parceria que serepete desde a décima edição doCongresso da SBN.

Segundo o presidente do Nefro2000, José Bruno de Almeida, a con-comitância dos dois eventos possi-bilita a otimização dos recursos des-tinados à realização de eventos noBrasil e a integração multi-disciplinar das pessoas envolvidasna pesquisa e na terapêutica dasdoenças renais.

Com base no número de ins-crições antecipadas feitas até 25de agosto, a previsão é de quemais de duas mil pessoas sedirijam a Natal. “Apesar da SBN/RN ser uma regional pequena,passará a ter uma expressão im-portante no cenário da nefrologianacional por sediar o Congresso”,comenta José Bruno.

A reintegração da nefrologia bra-sileira às entidades internacionaisda especialidade também recebeabordagem. Para a discussão, es-tarão presentes Ezequiel BellorinFont da Venezuela, presidente daSociedade Latino-americana deNefrologia e Hipertensão(SLANH), e John Dirks, do Ca-

A pergunta “com emoção ou sememoção?” é feita sempre aos turistasque vão passear de buggy pelasdunas de Natal e se refere àvelocidade que o motorista doveículo terá permissão para conferirao trajeto. Esse é apenas um dospasseios que os congressistas do XXCongresso Brasileiro de Nefrologiapoderão fazer na cidade-sede doevento, que também é conhecidacomo Cidade do Sol, NovaAmsterdã, Trampolim da Vitória eCidade Espacial.

Natal foi palco de muitas inova-ções e de personagens atuantes nocontexto brasileiro. Uma delas foiClara Camarão, que, no séculoXVII, marcou presença como aprimeira mulher guerreira que oBrasil conheceu. Dois séculosdepois, em 1827, como um fatoinédito na América Latina, asmulheres ganharam o direito devotar e ser votadas. Tempos depois,em 1832, Nísia Floresta lançou umlivro para abordar os direitos dasmulheres. Nos anos 30, durante a II

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nadá, co-chair da Commision ofGlobal Advancement of Nephrolo-gy (COMGAN) da InternationalSociety of Nephrology, que se reu-nirão com todas as lideranças da ne-frologia.

O prazo de envio dos abstracts ter-minou em 20 de abril, e os assuntos

Guerra Mundial, a capital passa a serconhecida como Trampolim daVitória, com a instalação da maiorbase norte-americana fora dosEstados Unidos: de Natal partiam osaviões aliados para os combates nonorte da África. Na mesma época, acidade ganhou a primeira fábrica deCoca-Cola do Brasil; a goma demascar, “o chiclete”, também entrouno Brasil por Natal, trazida pelossoldados americanos.

Quem for a Natal terá o prazerde desfrutar uma das mais belascidades do litoral brasileiro.Cercada por céu azul, possui umvasto litoral de praias mornas. Acidade tem também a segundamaior reserva de Mata Atlânticado país, o Parque das Dunas, queestá próximo à Praia de PontaNegra, onde se localiza o Morrodo Careca. Pelo litoral é possívelconhecer belos coqueirais e lagoase pode-se passear pelas dunasmóveis de Genipabu e Pitangui.Em Pirangi, encontra-se o maiorcajueiro do mundo.

“Com ou sem emoção?”

· Cursos de educação médica continuadanas diversas áreas da nefrologia, inclusivede patologia, com apostilas escritas pelospróprios professores;

· Miniconferências de temas relacionadosdepois das apresentações orais;

· Realização de teleconferência em temporeal, utilizando os recursos da Internet II;

· Discussão sobre a insuficiência renal crônica pelo NephrologyForum do Kidney International;

· Discussão da ética da nova biologia e da medicina genéticacom Fred Silva, da United States and Canadian Academy ofPathology;

· Simpósios clínico-fisiopatológicos, que introduzem a interaçãoentre a fisiologia renal e a prática clínica;

· Discussão dos aspectos epidemiológicos das doenças renais coma presença de Michael Klag da Johns Hopkins School ofMedicine;

· Simpósios clínicos sobre todas as áreas da nefrologia;· Entrega, pela primeira vez, de um prêmio institucional, cujo

nome será outorgado no Congresso, a um nefrologista que estejacontribuindo para o progresso da especialidade.

Atrações do Nefro 2000:

Vista da praia do Forte, onde fica o Forte dos Reis Magos

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mais abordados são GMP, diálise etransplante. As exposições acontecemdiariamente sob a forma de painéis ouapresentações orais.

A Semana Nacional de Doação deÓrgãos, promovida pela ABTO(Associação Brasileira de Trans-plante de Órgãos), será encerrada no

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No biênio 1999/2000, comemoram-se 40 anos da SBN, 50 da nefrologiae da diálise, 35 anos de transplanterenal e 20 anos do Congresso Bra-sileiro. O que tudo isso representa?

Para se ter uma idéia, a pediatria bra-sileira comemora 90 anos. Portanto,a nefrologia é uma especialidaderelativamente jovem. Mas quando sepensa na evolução desde a primeiradiálise e o primeiro transplante feitosno país, vê-se o quanto houve cres-cimento, o que mostra a importânciados serviços que prestamos ao Brasil.Cerca de 65 mil pacientes fazemdiálise e transplante, sendo que 95%têm praticamente toda a coberturadesses tratamentos feitos pelo SUS.A soma da diálise, do transplante edo medicamento é de 1 bilhão de reaispor ano, de um orçamento de 19bilhões de reais: para um país quegasta pouco em saúde, esses pacientespesam, mas esse é o preço para cadanação tratar bem a sua população.

Em entrevista ao SBN Informa,João Egidio Romão Jr. e CarlosNascimento informam que a maioriados pacientes com problemas renaissem atendimento nem sabem terdoença renal. Um dos problemas dasaúde é a falha no diagnóstico?

Esses pacientes realmente deixamde ser diagnosticados ou não sobre-vivem até o tratamento. Em pratica-mente todas as áreas médicas do Bra-sil, faz-se pouco pela prevenção e pelotratamento de conservação. Estamoslutando para que se implantem, nas550 unidades de diálise do país e nosquase 100 locais de transplante, servi-ços que contemplem a prevenção e otratamento pré-diálise e transplante.Assim, haveria melhora da qualidade

de vida desse paciente e redução decusto, principalmente para o SUS.

A falta de diagnóstico não teriacomo uma das causas a situação daresidência no Brasil?

O que falta na residência, em to-das as especialidades, é atrair o resi-dente para prevenção e tratamentoambulatorial. Mas outra coisa im-portante é pensar que o clínico,quando estiver com um paciente quejá mostra um nível de rebaixamentoda função renal, encaminhe-o paraa avaliação de um nefrologista. Nor-malmente se protela o problema, oque acarreta o seu agravamento.

Quanto à nefrologia: o que é neces-sário para melhorar esse quadro?

Fizemos dois fóruns de ensino naárea de nefrologia, para normatizarum currículo mínimo de formaçãodesse especialista. Atualmente essecurrículo é seguido por boa parte dos

centros de trei-namento de resi-dência e tambémde graduação.Nos últimos anosocorre uma dimi-nuição do número

de candidatos para a nefrologia, o queé uma realidade mundial. Temos duaspropostas para incentivar a procura deresidência na área: fizemos um con-vênio com o Fundap (Fundação doDesenvolvimento Administrativo) pa-ra elaborar uma entrevista com apli-cação no quinto e sexto anos da gra-duação e no 1º ano de residência, como intuito de averiguar quais são as pre-ferências do estudante, se pensa emnefrologia e, se não, por quê. A segun-da proposta encaminhamos à AMB(Associação Médica Brasileira) e su-gere a unificação da residência mé-dica, com o objetivo de melhorar aqualidade, pois trabalhariam juntosMEC, AMB, CFM e sociedade deespecialidade. Com a fusão, o ideal

seria que a prova detítulo de especialistafosse aplicada no fimda residência, comavaliação do aluno,do corpo docente e daescola. Principalmen-te nesse momento emque há menos resi-dentes, a filosofia dasociedade é que seprocure a melhor re-sidência e não apenasmeros instrumentospara tocar servi-ços. A prova ser-virá ao mesmotempo para o mé-dico se titular epara ter a residên-cia avaliada.

Como caracteriza a atuação daindústria farmacêutica no país?

Há uma situação complicada, coma compra de unidades de diálise pelaindústria farmacêutica, sendo que87% dos nefrologistas trabalhamcom diálise. Temos de ter cuidadoquando o produtor dos insumos aomesmo tempo presta serviços. Mo-nopólio não é bom para o comu-nismo e nem para o capitalismo.

Uma das críticas à lista única dostransplantes é a não consideração dagravidade do estado de saúde, masapenas da ordem dos pacientes nalista. Essa reclamação procede?

A ordem dos pacientes na lista éfeita toda por normas internacionais,que consideram a gravidade doscasos, não discriminando entre umoperário e um empresário. O cadas-tro único é fundamental, porque95% dos transplantes são bancadospelo SUS. Transplantamos pouco noBrasil. Até pouco tempo, o trans-plante dava prejuízo para o hospitale não remunerava a equipe médica.Isso só melhorou quando, há uns

quatro anos, o Ministério da Saúdefez uma campanha para incentivaros transplantes. O transplante crescee, com as novas e necessárias drogasimunossupressoras, mostra não ser,como o esperado, mais barato quea diálise, mas junto a ela garante aqualidade de vida. A lista é demo-crática e transparente, e qualquertentativa de fazer cadastros privile-giantes é um retrocesso.

Um dos problemas seria a captaçãodos órgãos?

A luta deve ser exatamente essa: énecessário um trabalho em conjuntodos níveis públicos e das entidadesbeneficentes e privadas pela cap-tação. Isso será conseguido por umacampanha que mostre a trans-parência do cadastro e, em segundo,pela criação de condições maiores dedoação: diminuindo o fator denegação por parte da família. Deveser um trabalho continuado, paramudar a cultura em relação a isso.Que a doação se dê espontânea tantoem hospitais de periferia quanto nosgrandes hospitais.

João Moreira: “O que falta naresidência é atrair o residente para

prevenção e tratamento ambulatorial”

Projetos visam atrair residentespara a nefrologia, diz presidente

“A situação da área médica pioraráse não houver um trabalho conjunto

com outras entidades”

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Quais são as principais metas daSecretaria de Assistência à Saúde(SAS) em relação aos transplantes?

A área dos transplantes é prioritáriapara o Ministério da Saúde. Depoisque os recursos para a saúde passarama ser municipalizados, o Ministério foidesonerado; não se deixa de fazertransplante no Brasil por falta de re-curso. Desde a implantação do cadas-tro único em 1998, houve um grandecrescimento do número de transplan-tes feitos no país e queremos conti-nuar fazendo muito. O Ministério daSaúde entende que o problema é acaptação. Para discutir isso, fizemos,no dia 16 de agosto, um semináriojunto à ABTO (Associação Brasileirade Transplante de Órgãos) e a outrasentidades médicas (leia os resultadosdo evento nesta página).

Mesmo com o aumento do númerode transplantes e da melhor organiza-ção do sistema desde 1998, ainda hácríticas em relação ao cadastro único.Quais os motivos para isso?

As críticas à lista única sereferem à ordem cronológica apli-cada, e ocorrem mais, na verdade,por parte de alguns profissionaisque lidam com transplante defígado e que gostariam de maioresespecificações com relação a essetransplante. Sobre essa questão nãohá consenso. Estamos abertos aodebate com os médicos e pro-curamos o consenso. Não quere-mos mudar a atual situação basea-dos apenas na crítica de algummédico renomado. A lista únicafunciona; sem ela seria o caos, oque não quer dizer que sejaperfeita. Sem ela, os que tivessemmais dinheiro conseguiriam otransplante, mas o critério tem deser clínico. Acredito que nenhummédico é contrário à lista, mas todosdesejam o seu aperfeiçoamento.

O maior problema em relação aos transplantes no Brasilé a deficiência na captação de órgãos. Essa é a opiniãode Renilson Rehem de Souza, Secretário Nacional de

Assistência à Saúde do Ministério da Saúde. Renilsonacredita que o ministério não pode tomar uma decisãoarbitrária para resolver a questão, mas deve se manter abertoa propostas e sugestões: “Procuramos o consenso”, diz ementrevista ao SBN Informa.

Uma das críticas dos médicos àCentral de Transplantes é ademora na escolha do receptor deum órgão, o que até poderia causara sua perda. Como é regulamen-tado o trabalho das Centrais e oque poderia ser feito para agilizarmais o processo?

Fazemos um acompanhamentodo trabalho, mas é claro que há difi-culdades e imperfeições, aindamais por ser uma experiência mé-dica recente. Às vezes as críticassão feitas por médicos que têm umsistema de transplante no seu hos-pital e quer que o paciente do seuhospital, que necessita de um trans-plante, receba o órgão que por ven-tura esteja disponível nessaunidade médica. Não creio que seja

má fé: acredito que pensem ‘Te-nho o órgão e o paciente queprecisa do transplante, por quenão fazer o procedimentoaqui?’, até em uma tentativa deagilizar o processo. Essa é umasituação delicada: não podemoscriar facilidades para privilegiaralguns, pois senão virará um co-mércio. A lista tem de ser res-peitada, pois muitas vezes umapessoa que estiver em primeirolugar no cadastro pode ser pre-terida em uma ocasião dessas.Sobre esse assunto ainda nãoexiste acordo, porisso estamos abrindoa discussão com esseseminário. Não po-demos modificar umprocesso todo porcausa de alguns.

Quais são as dificuldades de im-plantação das Centrais de Trans-plante nos municípios? Quantasexistem até agora?

Existem 23 centrais em 18 Es-tados, sendo que alguns Estados,como São Paulo, tem mais de uma.

Sugestões de mudanças paramelhorar a captação de órgãos paratransplante, feitas há três anos porentidades médicas, foram aceitaspelo Ministério da Saúde no semi-nário “Transplantes – ações para in-cremento da captação de órgãos”,realizado em Brasília (DF), em 16de agosto.

O ministro da Saúde, José Serra, eo secretário da Secretaria de Assis-tência à Saúde, Renilson Rehem deSouza, reuniram-se com a ABTO(Associação Brasileira de Trans-plantes de Órgãos) e com represen-tantes de outras entidades médicas.O presidente da SBN, João CezarMendes Moreira, também esteve pre-sente ao encontro.

“Uma dos objetivos iniciais desseevento era tentar modificar a listaúnica de espera para doação cada-

Ministério aceita propostas paramelhoria da captação de órgãos

vérica. Felizmente, essa intençãofoi repudiada previamente, o queimpossibilitou sua apresentação noevento”, comenta João Cezar, quetambém é representante da AMBjunto ao Sistema Nacional deTransplantes (SNT).

Algumas sugestões se referem amodificações na Lei 4.934, pela re-tirada da opção de doação de órgãosdos documentos de identidade, pas-sando a prevalecer sempre a vontadeda família, proposta também feitaquanto ao decreto nº 2.268. Os tes-tes de triagem de infecção no doa-dor deixarão de ser definidos em Leie passarão a ser regulamentados pe-lo Ministério da Saúde.

Outras propostas de mudanças sãosobre o decreto nº 2.268, de 30 dejunho de 1997, pelo estabelecimentode competência ao SNT para geren-

ciar o Registro Nacional de Doaçãode Órgãos e Tecidos. supressão dapossibilidade de artifício imunológi-co para facilitar o transplante comdoador não aparentado, remetendo-o para autorização judicial; retiradada necessidade da presença do neu-rologista para firmar o diagnósticoclínico de morte encefálica, confor-me critérios do Conselho Federal deMedicina; e possibilidade de reali-zação de perícia médico-legal duran-te ou imediatamente após a retiradade órgãos, com o objetivo de facilitara devolução do corpo à família.

Houve também propostas para mo-dificar a Portaria 3.407, para possi-bilitar a criação de CoordenadoriasNacionais de Captação e Doação deÓrgãos regionais para favorecer aregionalização, segundo definição dogestor estadual e do SNT.

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Secretaria de Assistência à Saúdebusca consenso sobre transplantes

Rubens Silva

Renilson Rehem de Souza: “nãose deixa de fazer transplante noBrasil por falta de recurso”

A dificuldade está sendo proporcio-nal ao uso de transplante no Esta-do. Quem transplanta mais, instalamais rápido as centrais. A regiãoNorte não tem nenhuma central,com exceção do Pará. É uma regiãoque não tem capacidade de trans-plante: pessoal, máquinas etc.

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Page 6: Órgão Oficial da Sociedade Brasileira de Nefrologia edição ... · XX Congresso em Natal aborda ... ceira de um resultado positivo al-cançado. ... plante renal. Na área política,

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O III Congresso Paulista deClínica Médica, que acontece entreos dias 23 e 26 de novembro noHotel Monte Real, Águas deLindóia, SP, apresenta um programapara possibilitar a reciclagem dosprofissionais da área.

No dia 24, das 8h às 9h30, ocorrea palestra “Insuficiência renalcrônica: perspectivas de suaprevalência e controle com recursosatuais”, com coordenação de IvanMello e participação de CibeleRodrigues, Leda D. Lotaif e MariaEugênia Canziani.

No dia seguinte, acontece adiscussão “Nefrolitíase e infecçõesurinárias: aspectos preventivos eterapêuticos”. Maiores informaçõespelo telefone (0xx11) 3887-3237.

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A Associação Médica Brasileira ea Fenasoft organizam a Meditech –Feira e Congresso Internacionais deAtualização Tecnológica da Medici-na –, que acontecerá de 11 a 14 demarço de 2001, no Palácio das Con-venções do Anhembi, São Paulo.

O objetivo é reciclar médicos,administradores hospitalares eempresários da área médica no usoda tecnologia como ferramenta deprodutividade no cotidiano profis-sional. A Meditech, que será umevento anual e oficial da AMB,apresentará material e informaçõesdesde o uso básico dos computado-res até às mais modernas ferramen-tas e tecnologias de diagnóstico.

Maiores informações podem serconseguidas pelo telefone (0xx34)334-8000 ou pela homepagewww.meditech.com.br

Tecnologiaem medicina

Eventodiscute IRA

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Os primeiros resultados da cam-panha “Tem plano de saúdeque enfia a faca em você. E

tira o sangue dos médicos”, lançadainicialmente pela Associação Paulistade Medicina e adotada por outrasentidades médicas, pode ser percebidapelo impacto alcançado na opiniãopública. Desde o seu início, em 21 dejunho, o e-mail e o telefone disponíveispara dar informações e coletar depoi-mentos receberam cerca de 500 par-ticipações.

“As mensagens trazem reclama-ções, declarações de apoio, relatos decondutas dos planos médicos e con-gratulações. Mas a importância nãoestá na quantidade de mensagens,mas no que elas representam”, dizFlorisval Meinão, diretor de defesaprofissional da APM.

O objetivo da campanha é esclare-cer a sociedade sobre os problemas

Campanha contra seguros-saúdeantiéticos atinge boa repercussão

CFM publica normas de conduta médicaO Conselho Federal de Medicina

publica a Resolução nº 1.595/2000-08-10 para estabelecer normas deconduta ética nas relações dosmédicos com a indústria farmacêu-tica e na divulgação de trabalhoscientíficos (leia abaixo a resoluçãona íntegra).

O Conselho Federal de Medici-na, no uso das atribuições confe-ridas pela lei nº 3.268, de 30 desetembro de 1957, regulamentadapelo decreto nº 44.045, de 19 dejulho de 1958, e

Considerando que o alvo de to-da a atenção do médico é a saúdedo ser humano, em benefício doqual deverá agir com o máximode zelo e o melhor de sua capaci-

existentes entre a classe mé-dica e os planos de saúde,como diminuição dos hono-rários médicos e limitaçãodo número de exames quepodem ser pedidos por con-sulta, além do não cumpri-mento da lei dos seguros-saúde por parte de algunsplanos.

A estratégia inicial do movimen-to foi a exibição de outdoors empontos estratégicos de São Paulodurante 15 dias e também em 294vagões de todas as linhas de metrôda cidade, que recebe mais de 2,5milhões de pessoas diariamente.Para as entidades organizadoras, acomunicação publicitária é um po-deroso instrumento que deve serusado para esclarecer a opiniãopública, difundir idéias, gerar ade-são popular e denunciar publica-

dade profissional;Considerando que ao médico

cabe zelar e trabalhar pelo perfeitodesempenho ético da medicina epelo prestígio e com conceito daprofissão;

Considerando que o trabalho domédico não pode ser explorado porterceiros com objetivo do lucro;

Considerando que é vedado aomédico exercer a profissão cominteração ou dependência de far-mácia, laboratório farmacêutico,ótica ou qualquer organizaçãodestinada à fabricação, manipula-ção ou comercialização de produ-tos de prescrição médica de qual-quer natureza;

Considerando que é vedado aomédico obter vantagens pessoais,

ter qualquer interesse comercial ourenunciar à sua independência noexercício da profissão;

Considerando a necessidadede disciplinar a propaganda deequipamentos e produtos farma-cêuticos junto à categoria médica;

Resolve:Artigo 1º - Proibir a vinculação

da prescrição médica ao recebi-mento de vantagens materiais ofe-recidas por agentes econômicosinteressados na produção ou co-mercialização de produtos farma-cêuticos ou equipamentos de usona área médica.

Artigo 2º - Determinar que osmédicos, ao proferir palestras ouescrever artigos divulgando oupromovendo produtos farmacêu-

ticos ou equipamentos para uso namedicina, declarem os agentes fi-nanceiros que patrocinam suaspesquisas e/ou apresentações,cabendo-lhes ainda indicar a me-todologia empregada em suas pes-quisas – quando for o caso – oureferir a literatura e bibliografiaque serviram de base à apresenta-ção, quando essa tiver por naturezaa transmissão de conhecimentoproveniente de fontes alheias.

Parágrafo-único - Os editoresmédicos de periódicos e os respon-sáveis pelos eventos científicos emque artigos, mensagens e matériaspromocionais forem apresentadassão co-responsáveis pelo cumpri-mento das formalidades prescritasna corpo deste artigo.

mente situações injustas.A campanha também repercutiu

em veículos de comunicação,principalmente de São Paulo,numa perspectiva de atingir qua-tro milhões de pessoas. ParaMeinão, uma das principais con-seqüências dessa publicidade foiconscientizar os próprios médi-cos: “Antes muitos se sentiamisolados e sem saber como agir.A campanha causou uma melhoratuação das próprias entidades

médicas e gerou a união dos pro-fissionais da área”, diz.

O próximo passo das entidades or-ganizadoras é levar esse movimentopara o interior de São Paulo e para oresto do Brasil, algo que recebe en-caminhamento pelo Conselho Fede-ral de Medicina e pela AssociaçãoMédica Brasileira.

“Não queremos destruí-los (aosplanos de saúde), mas trabalhar jun-tos de uma forma ética e transparen-te”, declara Meinão.

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Coordenação: Ruy Barata· presença no Ministério da Saúde, em Brasília, junto à Diretoria

Executiva e ao Departamento de Diálise e Transplante, para plei-tear melhores valores para as tabelas de procedimentos ne-frológicos (implantação da tabela FIPE) e discutir a organizaçãodo atendimento aos pacientes renais, os tetos de atendimentomunicipal e a participação das câmaras técnicas que se forma-ram para debater questões relativas aos procedimentos dialíticos;

· luta pela adequação legislativa para a produção de concentradosde diálise por farmácias de manipulação;

· posição contrária às tentativas de tornar o setor de diálise cativonas mãos das empresas produtoras de equipamentos e insumos;

· participação na CPI dos Medicamentos para denunciar a açãodos cartéis com a expectativa de acelerar a elaboração de umalegislação adequada;

· participação na elaboração do programa do Nefro 2000, em Natal.

Coordenador: Hugo Abensur

· Divisão funcional do departamento em (1) diálise e (2) transplante;· defesa do direito de produção de solução polieletrolítica de diálise

pelas unidades de hemodiálise, junto à Vigilância Sanitária;· colaboração com a Diretoria Nacional na execução dos seguintes

projetos: (a) tradução do DOQI (hemodiálise); (b) Consenso deAnemia; e (c) Consenso de IRC (hemodiálise,diálise, tratamentoconservador) e Transplante;

· participação como membro do comitê científico do Nefro 2000.

Coordenador: Nestor Schor· avaliação do banco de dados do exame de Título de Especialista

e das novas perguntas potenciais e seus respectivos quesitos, porassessoria de pedagoga especialista em avaliação;

· formulação de questões e aplicação das provas de Título deEspecialista em Nefrologia em Campinas, SP, e Título deEspecialista em Pediatria – Área de Atuação em NefrologiaPediátrica, no Guarujá, SP;

· discussão da revalidação do Título de Especialista. Questãoestimulada pela AMB, que deve ser primeiramente formalizada porela para que a nefrologia se adapte às regras e às orientações gerais;

· revisão das normas de credenciamento e de recredenciamentode serviços de nefrologia;

· elaboração das normas para o Prêmio Oswaldo Ramos;· contratação da Fundap para avaliar os alunos do sexto ano de

medicina;· organização do Fórum de Ensino em Nefrologia para o Nefro 2000

Coordenador: Júlio Toporoviski· Realização, no Guarujá, SP, junto ao Departamento de Nefrologia

da SBP (Sociedade Brasileira de Pediatria), do X Congresso daespecialidade;

· realização de reuniões científicas em sistema de rodízio a cadadois meses nos diferentes serviços de nefrologia infantil do Estado;

· produção de enquete com o objetivo de avaliar os diferentesserviços de nefrologia infantil no estado de São Paulo;

· patrocínio, na sede da AMB, São Paulo, de reunião conjunta como Departamento de Nefrologia da SBP, com as presenças de IraGreifer, presidente da IPNA (International Pediatric NephrologyAssociatiosn), e João Cezar Mendes Moreira;

· o comitê de Nefrologia Infantil se empenhou, junto aos órgãoscompetentes, em privilegiar as crianças na obtenção de enxertospara transplantes renais.

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Departamentos divulgam relatóriosde atividades do biênio 1999/2000

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Coordenador: Luis Yu· Organização do simpósio satélite do VII Encontro Paulista de

Nefrologia em Campinas, em 1999;· apoio na edição do livro Fisiopatologia Renal, de Roberto Zatz,

membro do departamento;· o coordenador do departamento integrou a comissão científica do

Congresso Brasileiro.

Coordenador: José Nery Praxedes· promoção do Encontro Multicêntrico sobre Emergências Hiper-

tensivas, em Pouso Alegre (MG), de 29 a 31 de outubro de 1999;· participação na normatização do tratamento da hipertensão arterial

e da criação da Farmácia Básica de anti-hipertensivos do programaDose Certa da Secretaria da Saúde do Estado de São Paulo;

· promoção do “Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hiper-tensão Arterial”, em 4 de maio de 2000;

· participação no “Plano de Reorganização da Atenção à Hiper-tensão e ao Diabetes”, do Ministério da Saúde;

· participação no “Projeto Saúde” da Secretaria de Saúde do Estadode São Paulo;

· colaboração e assessoria à Comissão Científica do Nefro 2000;· organização no Programa de Educação continuada em parceria

com o Departamento de Hipertensão Arterial da SociedadeBrasileira de Cardiologia;

· simpósio “Hipertensão Arterial e o Rim”, em 25 e 26 de novembro;· encontro “Hipertensão Arterial na Residência Nefrológica”, de15

a 17 de dezembro.

Coordenador: Rui Toledo Barros· Edição do livro Atualidades em Nefrologia, com coordenação

editorial de Jenner Cruz;· realização de duas Jornadas de Atualização em Glomerulopatias

em 1999 e 2000 com o apoio da Sonesp;· registro de glomerulonefrites: realizado inicialmente no Estado

de São Paulo (Registro Paulista) com projetos para se estenderpara todo Brasil com a aprovação da Diretoria da SBN;

· realização do Simpósio de Doenças Infecciosas e Rim, comrealização em 24 de setembro;

· avaliação de 80 resumos de temas-livres submetidos ao XXCongresso Brasileiro de Nefrologia.

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Atividades do Jornal Brasileiro de Nefrologia

· 1999: volume XXI, quatro edições (março/junho/setembro/dezembro).Publicados 11 artigos originais, 8 artigos de atualização, 13 resumosde artigo, 1 relato de caso, 1 artigo de revisão e 1 suplemento;

· 2000: volume XXII, três edições (março/junho/setembro). Publicados7 artigos originais, 3 artigos de revisão, 13 artigos de atualização, 18resumos de artigos e 4 suplementos;

· há 30 artigos originais, 13 artigos de atualização e 9 resumos de artigosem avaliação; 21 artigos originais foram encaminhados neste ano.

Atividades do SBN Informa

Buscando informar, comentar e estabelecer polêmicas, o SBN Informaganhou espaço. Junto a Publishing Solutions, formatou melhor o jornal,tornando-o mais agradável e útil. Integrado nas grandes questões quepermeiam a saúde e a nefrologia, foram realizadas entrevistas relacionadasao ensino, à prática médica e ao dia-a-dia dos nefrologistas. Continuarmelhorando o seu conteúdo de serviços é um desafio que deverá contarcom a participação de toda a comunidade nefrológica.

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