28

Ouse Fazer a Diferença

Embed Size (px)

DESCRIPTION

É expressamente proibida a reprodução deste livro, no seu todo ou em parte, por quaisquer meios, sem o devido consentimento por escrito. Originalmente publicado em inglês por Outreach Inc., 2230 Oak Ridge Way, Vista, Califórnia, 92081, com o título de To Save A Life: Dare To Make Your Life Count, Copyright © 2010 by Outreach, Inc. Arte da Capa: Tim Downs Design: Alexia Wuerdeman Todos os direitos em língua portuguesa reservados por: Impresso no Brasil l l l l l l INTRODUCAO V I I

Citation preview

Page 1: Ouse Fazer a Diferença
Page 2: Ouse Fazer a Diferença

Todos os direitos em língua portuguesa reservados por:

© 2010, BV Films Editora Ltdae-mail: [email protected] Visconde de Itaboraí, 311 – Centro – Niterói – RJCEP: 24.030-090 – Tel.: 21-2127-2600www.bvfilms.com.br / www.bvmusic.com.br

É expressamente proibida a reprodução deste livro, no seu todo ou em parte, por quaisquer meios, sem o devido consentimento por escrito.

Originalmente publicado em inglês por Outreach Inc., 2230 Oak Ridge Way, Vista, Califórnia, 92081, com o título de To Save A Life: Dare To Make Your Life Count, Copyright © 2010 by Outreach, Inc.

Escrito por Todd Hafer and Vicki J. Kuyper associados à Snapdragon GroupSM Tulsa, Ok. Project Management and Editorial Services by Snapdragon GroupSM Tulsa, Ok.

Translated and used by permission of Outreach Inc.www.outreach.com.br

Arte da Capa: Tim DownsDesign: Alexia Wuerdeman

Editor Responsável: Claudio RodriguesCoeditor: Thiago RodriguesDiagramação: GuilTradução: Ariana Fátima C. BaptistaRevisão de Texto: Mitsue Siqueira da Silva Christiano Titoneli Santana Stella Rodrigues Rosemberg

ISBN: 978-85-61411-51-01ª edição – Novembro/2010Impressão: Imprensa da FéClassificação: Vida Cristã

Impresso no Brasil

Page 3: Ouse Fazer a Diferença

Introducao....................................................................................................................... v

1 Ouse Ser Importante.......................................................................................... 12 Ouse Ser Diferente.................................................................................... 253 Ouse Celebrar Seu Verdadeiro Eu.................................................... 494 Ouse Receber Amor Radical..................................................................... 715 Ouse Preencher o Vazio em Seu Coracao..................................... 936 Ouse Dar, Ouse Compartilhar.................................................................... 1117 Ouse Tirar a Venda dos Seus Olhos................................................... 1338 Ouse Redefinir o Conceito de “Maneiro" ...................................... 1539 Ouse Ser Um mensageiro do Amor.................................................... 17510 Ouse Ser Amigo dos Solitários e Rejeitados........................... 19711 Ouse fazer a Diferenca no Mundo.................................................. 21912 Ouse Conhecer e Ser Conhecido............................................... 235Sobre os Autores............................................................................................. 250Recursos.............................................................................................................. 252Como Eu Posso Fazer a Diferenca..................................................... 254

Índicel

l

l

l

l

l

Page 4: Ouse Fazer a Diferença
Page 5: Ouse Fazer a Diferença

V

Você está preparado para um desafio? Sem pânico! Você não precisará fazer uma tatuagem de um gnomo nas costas, comer um punhado de pimenta ou mergulhar em um dos Grandes Lagos americanos num inverno congelante. O que nós temos em mente é algo muito mais difícil – porém, muito mais significante!

Em primeiro lugar, nós estamos desafiando-lhe a mudar o jeito como você se vê. Desafiamos você a olhar para dentro de si e aprender a amar o que você consegue ver. Em segun-do lugar, nós lhe desafiamos a mudar a forma como você vê os outros, olhar para fora e fazer a diferença em seu próprio mundo.

A primeira parte do desafio pode ser a pior parte para você. Essa contemplação interior mescla-se com as expec-tativas, comparações e com a sensibilidade emocional. Para dizer a verdade, você pode até não ser capaz de entender o que está vendo, a menos que se arrisque a dar uma olhada através dos olhos de Deus – Aquele que captura as coisas boas dentro da verdadeira pessoa que você é, quem Ele lhe criou para ser. Deus quer que você veja a pessoa que Ele vê, que entenda que você está aqui no planeta Terra por uma razão, uma boa razão.

A segunda parte neste desafio é deixar o mundo enxergar quem você é de verdade ao se doar aos outros, começando a boa obra e reluzindo a sua luz em sua família, amigos e até mesmo estranhos. Alguns podem dizer que isso é arriscado, e eles podem até estar certos. Você nunca sabe quando al-guém vai tentar lhe calar, mesmo que você esteja oferecendo amizade e encorajamento. Mas afinal de contas, o que é um desafio sem risco?

Introducaoll

INTRODUCAO

I

I

Page 6: Ouse Fazer a Diferença

PARA SALVAR UMA VIDA. O U S E FA Z E R A D I F E R E N Ç A.

VI

Nas páginas deste livro, os autores, Todd Hafer e Vicki Kuyper, dividem suas histórias e as das pessoas que conhe-cem, que suportaram o peso dos riscos e buscaram muito mais, confiando em Deus e abrindo seus corações para os que estavam à sua volta. Esperamos que você guarde estas histórias, e que elas lhe façam refletir e lhe desafiem a en-trar no jogo da vida. Isso vai exigir um pouco de coragem e força de vontade, mas você é capaz. Você é mais forte do que pensa e muito mais surpreendente do que imagina ser. Por-tanto, mãos à obra! Ouse ver e ser quem você realmente é.

Page 7: Ouse Fazer a Diferença

Ouse Ser

Importante

Page 8: Ouse Fazer a Diferença

Ótimas Passagens Bíblicas Para Se Basear!

Por causa da esperança que

lhes está reservada nos céus, a

respeito da qual vocês ouviram

por meio da palavra da verda-

de, o evangelho.Colossenses 1:5

Que cada pessoa examine o seu

próprio modo de agir! Se ele

for bom, então a pessoa pode se

orgulhar do que fez, sem pre-

cisar comparar o seu modo de

agir com o dos outros. Porque

cada pessoa deve carregar a sua

própria carga.Gálatas 6:4-5

Se todos fossem um só membro,

onde estaria o corpo?1 Coríntios 12:19

Não se amoldem ao padrão

deste mundo, mas transfor-

mem-se pela renovação da sua

mente, para que sejam capazes

de experimentar e comprovar a

boa, agradável e perfeita vonta-

de de Deus.Romanos 12:2

Reconheça o Senhor em todos

os seus caminhos, e ele endirei-

tará as suas veredas.Provérbios 3:6

“Eu lhes digo que este homem,

e não o outro, foi para casa

justificado diante de Deus. Pois

quem se exalta será humilha-

do, e quem se humilha será

exaltado”.Lucas 18:14

Sabemos que Deus age em

todas as coisas para o bem

daqueles que o amam, dos que

foram chamados de acordo com

o seu propósito.Romanos 8:28

Nele fomos também escolhi-

dos, tendo sido predestinados

conforme o plano daquele que

faz todas as coisas segundo o

propósito da sua vontade.Efésios 1:11

Page 9: Ouse Fazer a Diferença

3CAPITULO 1. Ouse Ser Importante.l

Todos estão buscando alguma coisa. Desde o seu melhor amigo de infância, ao novato engraçadinho da classe, até o jogador mais importante do time de futebol. Até mesmo os seus pais, seu irritante irmão mais velho, Kurt, e a sua tia--avó, Edna, com problemas de vista, estão buscando alguma coisa. Na verdade, as pessoas tentam se agarrar às coisas através do curso da história. É uma busca valiosa do maior jogo que já existiu; um tesouro escondido que atrai jogado-res de todas as nações e gerações. Mesmo que você não es-teja ciente disso, as vantagens são tão boas que você está nessa busca também.

Tyler está buscando algo. Ele até participou das audições no programa Ídolos. Infelizmente, sua performance mais pareceu a de um tucano dentro de um multiprocessador, mas isso não o desmotivou. O seu desejo é ser um astro. Ele tem certeza disso. É o que ele mais quer.

Shawna está buscando algo. Dê uma olhada no plano de estudo dela. Seus horários se resumem a uma só palavra – estudo. Para Shawna, qualquer nota abaixo de um 9 é ab-solutamente digna de humilhação. Ela está determinada a terminar o Ensino Médio um ano antes do tempo, para então viver sua vida tão sonhada. Os professores a amam. Seus pais não poderiam estar mais orgulhosos. Seria bom se ela se sentisse assim também.

Kaitlyn está buscando algo também. Porém, nenhum de seus colegas de classe percebe o que ela busca. Ela sente-se solitária, a única pessoa na turma com manchas de canetas nos dedos. Os cadernos de Kaitlyn são estampados com de-senhos e seu armário tem várias poesias. Os únicos amigos com quem ela fala são aqueles com os quais se conecta vir-tualmente. Mangaboy16 parece legal – embora ela nunca o tenha conhecido pessoalmente. Kaitlyn se pergunta se talvez não estivesse na hora de fazê-lo.

Page 10: Ouse Fazer a Diferença

PARA SALVAR UMA VIDA. O U S E FA Z E R A D I F E R E N Ç A.

4

David está buscando algo. Ele é descolado, tem o seu próprio estilo de cabelo e de roupa. Ele tem até seu próprio grupo de amigos. Ter a garota certa em seus braços é causa ganha. Pelo menos por um dia ou dois, já que a garota certa muda com a mesma frequência que o cardápio da lancho-nete.

E você? Qual é a sua história? Aonde sua busca tem le-vado você?

SEJA O HERóI DE SUA PRóPRIA BUSCAA busca da qual estamos falando é a busca pela impor-

tância. Importância é uma palavra bem ampla que significa “valor” ou “significado”. Buscar importância significa tentar entender o nosso lugar na imensidão desta vida.

Tudo isto soa bem intelectual, não? Você pode estar pensando que seria um bom assun-to para se discutir com algum professor de fi-losofia, que ostenta uma obra empoeirada de Platão em sua mesa. Mas não é por aí. Essa busca pela importância está mais para uma história de aventura. É uma busca desafian-te, como a de Frodo na jornada para destruir o único anel, na saga de O Senhor dos Anéis, como a jornada de Link na Lenda de Zelda ou a procura de Dorothy pelo Mágico de Oz. É uma busca que tem de mudar ambos, você e o curso da sua vida. Se você ousar, essa busca poderá mudar até mesmo o mundo.

Como todo herói sabe, antes de embarcar em uma busca, precisamos saber o que esta-mos procurando. É fácil nos imaginar der-rotando um dragão ou arrastando para casa

A busca pela importância hoje em dia reduz-se às respostas de três perguntas básicas: “Eu tenho valor?”, “Sou amado?” e “Por que estou neste mundo?”

Page 11: Ouse Fazer a Diferença

5CAPITULO 1. Ouse Ser Importante.l

baús pesados de tesouros enterrados. Porém, tentar enten-der a importância de algo e como podemos chegar à sua essência é uma tarefa árdua. O sentido da palavra “impor-tância” não é apenas diferente para as outras pessoas, mas aquilo que parece importante para você hoje pode não ser como você pensa que será no futuro.

Portanto, basicamente, aquilo que você está buscando é como um camaleão metamorfo e atemporal. É isso. Perfeito.

Agora, a notícia boa. (Sim, existem muitas boas notícias quando se trata de descobrir o seu verdadeiro valor). A boa notícia é que a busca pela importância hoje em dia reduz-se às respostas de três perguntas básicas: “Eu tenho valor?”, “Sou amado?” e “Por que estou neste mundo?”

Ficou mais fácil de compreender? Assim esperamos. Fá-cil de se responder? Na verdade, sim. Fácil acreditar que você encontrará as respostas? Bem, vamos apenas dizer que antes de você poder acreditar nisto de verdade e depois to-mar uma atitude sobre as verdadeiras respostas para essas três perguntas, você tem de se fazer algumas outras pergun-tinhas. Além do mais, as perguntas são sempre uma parte crucial em qualquer busca.

Questionar-se pode fazer você se sentir um pouco estra-nho a princípio, como se você estivesse muito desesperado ou desiludido, puxando conversa consigo mesmo, como um louco. Mas as pessoas que não se questionam são as que mais acabam perdidas. Olhar para dentro de si e ver como você está e no que está pensando é como consultar um mapa quando se está trilhando uma jornada. Isso manterá você no caminho certo. Quando você começar a se perder, uma conferida rápida lhe ajudará a recuperar seus comporta-

O QUE VOCÊ É FALA TÃO ALTO QUE NÃO CONSIGO OUVIR O QUE VOCÊ ESTÁ DIZENDO.

- Ralph Waldo Emerson“ ”

Page 12: Ouse Fazer a Diferença

PARA SALVAR UMA VIDA. O U S E FA Z E R A D I F E R E N Ç A.

6

mentos. Isso lhe permitirá saber exatamente onde você está em relação a onde você quer chegar. Isso lhe ajudará a fazer um gráfico da melhor rota para o seu destino, mesmo sendo complicado localizar o caminho, que leva à essência da im-portância.

Mas antes de você planejar a melhor rota em direção ao seu destino, você precisa saber onde você se encontra neste momento. Até agora, aonde a sua busca pela importância tem te levado? Uma boa maneira de responder a esta per-gunta é fazendo-se uma outra pergunta: quem você admira?

Pense a respeito disso. Quem são as pessoas que você ad-mira, jovens ou não, vivas ou não? Podem ser presidentes ou estrelas do pop, amigos da escola ou astronautas em órbita, cantores de rap, professores, blogueiros, atletas, missioná-rios ou músicos. Podem ser parte de sua árvore genealógica ou alguém que você vê na TV.

Depois que você tiver em mente quem são as pessoas que você admira, então é hora de se perguntar “por quê?”. Pense nas razões específicas que fazem desta pessoa importante aos seus olhos. Existe algo nesta pessoa que você gostaria que fosse verdade também em você? Pense nessa possibili-dade.

Agora é hora de checar as suas possibilidades. Preencha os espaços abaixo mentalmente. Não se desespere. Isto não é um enigma! A única resposta certa é aquela que vem com honestidade. As frases abaixo são simplesmente um refle-xo da verdade que você sente neste momento. Amanhã suas respostas poderão ser diferentes. (É por isso que é tão im-portante continuar a se questionar a todo tempo!) Se você ti-ver mais de uma resposta para cada espaço em branco, sem problemas! E se achar necessário, sinta-se à vontade para anotar suas respostas neste livro. Quanto mais você escavar, mais você descobrirá quem você é e onde você está.

Page 13: Ouse Fazer a Diferença

7CAPITULO 1. Ouse Ser Importante.l

Se eu pudesse______________________ eu seria mais feliz.

Se eu pudesse______________________ eu me sentiria amado.

Se eu pudesse______________________as pessoas me res-peitariam.

O número de “Se...” existente é proporcional ao número de pessoas neste mundo. Porém, muitos têm o mesmo “Se...” em comum. Você consegue se identificar com algum dos “Se...” abaixo?

Se...

… eu fosse um adulto e tivesse minha independência...

… eu fosse popular...

… eu pudesse perder um pouco de peso...

… eu pudesse escolher minha família...

… Deus pudesse responder esta única oração...

… eu seria feliz.Se...

… eu tivesse um namorado(a)...

… meus pais se reconciliassem...

… eu tivesse amigos de verdade...

… eu tivesse um pai...

… Deus me permitisse saber que Ele está ao meu lado...

… eu me sentiria amado.Se...

… eu pudesse fazer parte do time...

… eu fosse muito esperto(a)...

Page 14: Ouse Fazer a Diferença

PARA SALVAR UMA VIDA. O U S E FA Z E R A D I F E R E N Ç A.

8

… eu fosse famoso(a)...

… eu fosse rico(a)...

… eu pudesse fazer algo surpreendente...

… as pessoas me respeitariam.

As suas respostas e as pessoas que você admira são tipo a latitude e a longitude, partindo de onde estiver em nome da busca pela importância. Elas são o X que marcamos no mapa, o lugar onde você está esperando encontrar as respos-tas para aquelas três grandes perguntas: eu tenho valor? Sou amado? Por que estou neste mundo?

Antes de investir mais tempo escavando a sua vida, te-nha a certeza de que este X está realmente marcado no pon-to certo.

HISTóRIAS PARA DAR O CHUTE INICIALAntes de entrar nesta longa viagem, é importante co-

nhecer seus companheiros de jornada. Você tem dois nesta viagem, Todd e Vicki. Desde já, queremos prometer a você que não tomaremos todo o lugar da poltrona ou roubaremos todos os seus biscoitinhos. Vamos até deixar você escolher o seu som preferido no rádio.

Como autores, nós podemos tentar nos esconder atrás das páginas deste livro. Entretanto, cedo ou tarde, a verdade aparecerá. Nós somos velhos. Não velhinhos veteranos, po-rém mais velhos que você. Não somos seus colegas. Somos mais parecidos com seus pais. Só que mais maneiros. Ou, pelo menos, nós gostamos de pensar que somos.

Tood é pai de quatro adolescentes. Vicki é mãe de dois “jovens” que entraram na casa dos vinte há alguns anos atrás. E, ao contrário do que nossos filhos possam achar,

Page 15: Ouse Fazer a Diferença

9CAPITULO 1. Ouse Ser Importante.l

nós dois, na verdade, fomos jovens um dia. Nossas idades, roupas e conhecimento tecnológico podem ser diferentes dos seus, mas todos nós temos algo em comum: todos nós esta-mos em busca da importância.

A história de ToddEu cresci como um filho de pastor. Talvez você já tenha

ouvido falar da vida dos filhos dos pastores: ou eles são os mais santinhos, os maiores cumpridores da lei que você co-nhece, ou os mais atentados.

Adivinhe qual dois dois eu era?

Eu era atraído aos problemas por uma força eletromag-nética. Nada podia me afastar deles. Nem pregações, aulas da escola dominical ou estudos bíblicos (pois, como um filho de pastor, eu era forçado a participar de tudo isso toda se-mana) davam jeito em mim. Nem mesmo o xerife da cida-de puxando sua arma e se oferecendo para atirar contra os meus miolos me amedrontava. (Para ser honesto, meu pri-meiro pensamento quando admirava aquela brilhante arma de calibre 9 mm era: Bem, se isso for me livrar de ter que ficar sentado para mais um estudo bíblico sobre os profetas menores...)

Como é que eu consegui me encontrar na mira dos po-liciais no deserto de Wyoming, EUA? Pois é, meus finais de semana na adolescência eram bem próximos a isso:

Sábado1. Passar o dia jogando o esporte apropriado para a es-

tação do ano.

2. Tomar banho e procurar alguma roupa no armário que tivesse sido passada do meu irmão mais velho para mim e que não fosse me fazer motivo de riso.

Page 16: Ouse Fazer a Diferença

PARA SALVAR UMA VIDA. O U S E FA Z E R A D I F E R E N Ç A.

10

3. Dirigir meu carro modelo Chrysler Newport (com as-sentos de vinil na cor turquesa - o ímã de gatinhas) para onde quer que a confusão estivesse, onde eu pu-desse ter uma noitada de bebedeiras, boemia, brigas nos becos e tiros nas placas de trânsitos - e em oca-sionais porcos-espinhos e guaxinins que passavam pelo caminho - com a minha escopeta calibre 12. Para quebrar a rotina, escalar escadas de incêndio e brin-car de homem-aranha sobre os telhados dos comér-cios do centro da cidade – um sério desafio quando se está caindo de bêbado.

Domingo1. Entrar pela janela do quarto dos fundos por volta das

5:30 da manhã, agradecendo a Deus por meus pais terem o sono pesado.

2. Lavar no banho o pecado da noite que se passara. Passar o fio dental, se tal medida for extremamente necessária. Passar a loção pós--barba do papai, só por garantia.

3. Entulhar as roupas bem lá no fundo do ces-to de roupas sujas da família. E esperar que o fedor de todas aquelas meias suadas e casacos de atletismo escondesse o cheiro da fumaça dos cigarros – e outros tipos de fumaça – exa-lando dos meus jeans e camiseta de sábado à noite.

4. Ser o primeiro a aparecer na escola domi-nical – com um falso sorriso de cristão am-plamente gravado na minha cara cansada e hipócrita.

Sim, minha adolescência foi um tempo mágico. Uma vez eu fui para a casa de uma

Tive a impressão de que o vocalista Bono andou lendo meu diário quando ele disse à revista Rolling Stone: “Tenho uma tendência selvagem, e não duvido muito que eu colocaria fogo em mim mesmo. Sabe como é, não vou à igreja para apreciar a paisagem.”.

Page 17: Ouse Fazer a Diferença

11CAPITULO 1. Ouse Ser Importante.l

garota do bar, a única que estava notoriamente fora de si o bastante para não checar as identidades dos moleques. Quando foi de manhã cedo, eu disse: “Já tá na minha hora”.

Ela disse que se eu ficasse um pouco mais, ela prepa-raria um café da manhã pra mim. “Não, eu não posso”, e expliquei: “Tenho que ir pra casa e me arrumar pra escola dominical”.

Ela riu de gargalhar: “Você é muito engraçadinho, cara”, ela disse, pensando que eu estava zoando.

Óbvio que eu não estava. Minha vida dupla era uma pia-da. Deus deveria ter desistido de mim.

Mas Ele não desistiu.

Ele estava comigo quando eu fui posto à prova e humi-lhei minha família, principalmente o meu pai que era pastor.

Ele estava comigo quando eu violei minha liberdade condicional ao pular no meio de uma briga dentro do bar. A polícia simplesmente mandou todo mundo para casa, sem levar ninguém ao xilindró ou mesmo fichar os nossos nomes.

Ele estava comigo enquanto eu segurava a mão de minha mãe, no instante em que ela morria de câncer na sala lá de casa.

Alguns anos depois, quando meu melhor amigo foi morto em um acidente, Deus estava comigo quando eu me pus de pé sozinho no santuário da igreja olhando fixamente para o caixão dele.

Ele estava comigo quando uma picape gigante bateu em minha lateral numa estrada interestadual. O guarda me dis-se que eu tive muita sorte de ter saído vivo do acidente. Eu escapei com uma contusão, algumas costelas machucadas e uma tensão no ligamento do joelho (só um pouquinho mais

Page 18: Ouse Fazer a Diferença

PARA SALVAR UMA VIDA. O U S E FA Z E R A D I F E R E N Ç A.

12

machucado do que eu costumava ficar quando entrava nas rodas punk dos shows da banda de metal One Bad Pig).

A incrível paciência e o amor de Deus finalmente me venceram. Levei anos, mas, enfim, entendi que Deus não iria desistir de mim. Na Bíblia, Jesus conta a história de um filho esbanjador que deixa sua casa para viver uma vida selvagem, como a minha, até terminar financeira, fí-sica e espiritualmente quebrado. Ele retorna fracassado para casa e quando ainda está a uma certa distância longe de casa, seu pai o avista e corre como um louco em direção a ele, cobrindo-o com amor incondicional. O pai nessa his-tória representa Deus. Aquele que me socorreu e ainda me socorre.

Hoje, Deus está comigo enquanto eu tento criar meus próprios filhos adolescentes (além dos jovens que ganho de bônus, que decidem viver conosco por um tempo). Ele ouve minhas orações, especialmente quando digo: “Por favor, Se-nhor, não permita que os meus jovens tenham uma adoles-cência como a minha!”

Ele é a minha força quando se esgota a paciência, se aca-bam as respostas e não resta dinheiro.

Ele é a razão por eu estar escrevendo este livro com mi-nha amiga de longa jornada, Vicki, numa louca esperança de que alguma coisa nestas páginas possa lhe ajudar a ca-minhar na luz consoladora do amor de Deus. É um caminho que eu ainda estou aprendendo a percorrer sozinho. Tenho a impressão de que o vocalista Bono andou lendo meu diário quando ele disse à revista Rolling Stone: “Tenho uma ten-dência selvagem, e não duvido muito que eu colocaria fogo em mim mesmo. Sabe como é, não vou à igreja para apreciar a paisagem”.

Atualmente, vou à igreja porque quero. Porque eu preci-so. Mesmo nos domingos em que digo à família que fui dor-

Page 19: Ouse Fazer a Diferença

13CAPITULO 1. Ouse Ser Importante.l

mir depois da hora porque passei a noite inteira escrevendo, eu acabo me arrastando para a igreja. Lá do céu, minha mãe deve estar achando a maior graça.

A igreja não é o único lugar onde eu vivencio o amor de Deus, mas a força é grande naquele templo simples com assentos verdes e confortáveis. Nossa igreja tem uma pe-quena sala de oração chamada “as catacumbas”. Eu gosto de silenciar ali tarde da noite – por volta da mesma hora que eu costumava sair pulando entre os prédios da rua principal – e orar por minha família, meus amigos e pelo mundo. E faço uma prece em apelo a Deus, pedindo-O que não desista de mim. Cada vez que deixo essa sala, penso que estou mais próximo desta verdade: Deus só vai deixar de me amar – e de amar a todos nós – quando a água deixar de ser molhada.

A História de VickiCresci na área da Baía de São Francisco, que era consi-

derada um símbolo central da paz nos anos 60. Quando eu estava entrando na adolescência, os hippies, os beatnicks e a galera do “paz e amor” estavam se tornando os rejeitados da sociedade. Qualquer rapaz que tivesse os cabelos na al-tura dos ombros era considerado um radical. A guerra que estava na boca do povo era a Guerra do Vietnã, ao invés da Guerra do Iraque. O LSD era a droga do momento. Ninguém conhecia a metanfetamina ainda. E as músicas de bandas como Beatles, The Doors e Rolling Stones eram basicamente o centro de tudo.

Para mim, a música era como um passaporte para a vida. Eu cantava, dançava e descobri que com aulas suficientes eu poderia aprender a tocar qualquer instrumento que quises-se. Eu escolhi a bateria. Meus pais escolheram o clarinete e acabaram me vencendo.

Page 20: Ouse Fazer a Diferença

PARA SALVAR UMA VIDA. O U S E FA Z E R A D I F E R E N Ç A.

14

Então, junto às aulas de clarinete na banda da escola, eu também me tornei uma dançarina. Era como uma dançari-na de fundo, apenas com menos ritmo, graça e habilidade. Naquela época, jogar os braços para o ar como se estivesse nadando numa piscina era considerado uma dança. Era cha-mada de, veja só, “O nado”. Também tinha a dança “O pônei” e a “O macaco”. Acredite ou não, as danças dos anos 60 fa-zem as danceterias parecerem maneiras.

Infelizmente, nosso grupo, os “Abacaxis Psicodélicos”, teve muita dificuldade em agendar shows. Não havia muita demanda para cinco garotas de doze anos de idade, que só sabiam dançar uma música, mesmo sendo a “Satisfaction”, dos Rolling Stones, que, parando para pensar, poderia muito

bem ser eleita a música-tema nessa nossa bus-ca pela importância.

O grupo acabou, mas por sorte, duas meni-nas do grupo acabaram fazendo parte daque-le grupo dos “populares” da escola. Elas eram as “bambambans”. Eu não era uma delas, mas estava no bando. Isso foi o suficiente para eu me sentir alguém. Eu tinha uma certa impor-tância. A pequena devoradora de livros cafo-na, que mal podia tomar coragem o suficiente para fazer a performance da dança “O pônei” em público, tinha um propósito. Eu estava lá para servir de apoio. Se não pudesse ser impor-tante, pelo menos poderia andar com aqueles que eram.

Aí, minha família mudou de cidade. Deixa-mos a área da Baía e seguimos uma hora e meia rumo ao norte de Santa Rosa. Meu primeiro dia na escola parecia a minha estreia no tapete vermelho. Todos me olhavam de cima a baixo

A pequena de-voradora de li-vros cafona, que mal podia tomar coragem o sufi-ciente para fazer a performance da dança “O pônei” em público, tinha um propósito. Eu estava aqui para servir de apoio. Se não pudesse ser importante, pelo menos poderia andar com aqueles que eram.

Page 21: Ouse Fazer a Diferença

15CAPITULO 1. Ouse Ser Importante.l

e decidiam se eu seria boa o suficiente para permitirem que eu entrasse em seus grupos - ou que pelo menos fosse reco-nhecida no saguão da escola. Eu esperava encontrar novas amigas com as quais eu pudesse dançar durante o recreio. Com esse fim, vesti minha roupa “mais excelente”: um mini-vestido psicodélico cor de neon, botas brancas de dançarina, uma meia arrastão rosa choque e uma gargantilha de couro com o símbolo da paz.

A diretora me encaminhou até minha turma após todos já estarem sentados em suas carteiras. Os olhares já diziam que eu estava condenada. Parecia que todas as garotas da turma estavam vestindo um casaco de gola rulê, saia de xa-drez, sapatos de couro e uma dócil boina em seus perfeitos cabelos cacheados. Nos meninos, não havia um com calça boca de sino, nem um rastro de camisetas estilo tie-dye, em suas cabeças, nenhum cabelo longo o bastante para tocar os colarinhos de suas blusas. Eu não teria me sentido tão ina-dequada se todos eles falassem ucraniano.

Nunca mais vesti aquela roupa. Desisti de tocar clarine-te, não mais dancei em grupos e só cantava para mim mes-ma no chuveiro. Se me restasse qualquer esperança de ser aceita naquela escola, obviamente eu teria que reinventar meu estilo. Então, assim o fiz. Troquei meu amor pela músi-ca e todo acessório “hippie” pela invisibilidade e pelos estu-dos. Eu era tímida em São Francisco, porém calada em San-ta Rosa. Estudava e tentava não aparecer. Sobressaía como aluna, mas fracassava em algo muito mais importante – ser eu mesma. Nessa época, o meu “eu” não parecia ser impor-tante o suficiente.

SE VOCÊ NÃO FOR GUIADO POR DEUS, VOCÊ SERÁ GUIADO POR UMA OUTRA COISA OU ALGUÉM.- Eric Liddell

“ ”

Page 22: Ouse Fazer a Diferença

PARA SALVAR UMA VIDA. O U S E FA Z E R A D I F E R E N Ç A.

16

Então, avançando vários anos no tempo...

Meus filhos estavam crescidos e meu marido tinha aca-bado de receber uma nova proposta de trabalho. Após 21 anos em Colorado Springs, mudamos para Fênix, no Arizo-na, EUA. Era o primeiro dia de mais um novo estudo bíblico para o qual eu havia sido convidada. Mais uma vez, eu era uma novata. Dessa vez, embora tenham se passado apenas cinco anos, eu não me lembro o que estava vestindo. O que me lembro era como cada pessoa parecia: alta, magra, loira, bronzeada – como bonecas Barbie.

Aquela música que meus filhos costumavam ouvir no programa educativo infantil Vila Sésamo, ecoava em minha mente: “Uma dessas coisas não é igual às outras”. Eu era essa uma coisa. Alta, magra, loira, e bronzeada não eram as palavras certas para me descrever. Só que desta vez, ao invés de ficar esperando minha submersão ou de me refazer em alguém que eu não era, eu percebi como eu estava ani-mada para conhecer melhor aquelas mulheres e estava con-tente em fazer parte do grupo delas. Uma parte importante. Não porque estivesse circulando em volta dos outros, mas porque juntas, todas teríamos algo para aprender e algo para ensinar. Amor para dar e para receber. Eu estava reunida com mulheres que eram importantes. E eu era uma delas.

Havia uma pequena dor aguda por dentro que me feria e sussurrava: “Você não é bonita, jovem ou magra o bastante para ser desse grupo”. Pois bem, conforme disse antes, todas nós ainda estamos nessa busca pela importância. Uma vez, acreditei que a aparência era uma parte importante dessa equação. Mas não faço mais isso. Entretanto, preciso lem-brar disso agora e sempre. Tenho de me lembrar de me fa-zer perguntas como: “É neste sussurro assustador em minha mente que eu realmente tenho que acreditar ou isso é ape-nas o que eu sinto no calor do momento?”

Page 23: Ouse Fazer a Diferença

17CAPITULO 1. Ouse Ser Importante.l

Sua históriaAgora que você já ouviu nossas histórias, é hora de dar

uma nova olhada para a sua história. Quando criança, você sabia que era importante. Essa verdade estava tão impreg-nada em você como a cor dos seus olhos estava em seu DNA. Na verdade, você com certeza acreditava que o mundo gira-va em torno de você. Quando chorava, as coisas aconteciam. As pessoas lhe alimentavam e trocavam suas fraldas. Talvez até lhe abraçavam com força e brincavam com você de “cadê o bebê?”.

Se você já brincou de “cadê o bebê?” quando bebê, você sabe que tinha a habilidade de fazer as pessoas desapare-cerem apenas fechando os olhos. Aí, você abria os olhos e tchan! Você fazia a pessoa reaparecer. Você era uma criança poderosa. Não é de se estranhar que você fosse tão impor-tante.

Ainda bebê, você começou a entender que talvez você não fosse exclusividade em todas as coisas. Você descobriu coisas chatas como regras, intervalos e o significado da pala-vra “não”. Por um momento, a palavra “não” provavelmente se tornou sua palavra preferida – mas só quando você fala-va. Nunca quando qualquer outra pessoa falava para você.

Nessa época você também descobriu outras crianças. Elas não estavam lá para ajudarem você como os adultos. Certo, aquelas miniaturas de gente eram divertidas para se brincar por um tempo, mas logo, logo, elas iriam querer pe-gar suas coisas. Às vezes elas tinham a audácia de tirar das suas mãos qual fosse o seu brinquedo. E o que os adultos

NÓS DESFRUTARÍAMOS DE UMA IMENSA PAZ SE NÃO NOS OCUPÁSSEMOS COM O QUE OS OUTROS DIZEM E FAZEM.- Thomas à Kempis

“ ”

Page 24: Ouse Fazer a Diferença

PARA SALVAR UMA VIDA. O U S E FA Z E R A D I F E R E N Ç A.

18

faziam? Eles afastavam aqueles pequenos depravados de você? Não. Eles diziam para você “dividir” as coisas. Deste momento em diante, sua suposta dominação do mundo ia por água abaixo.

Conforme o tempo passava, você conhecia crianças que podiam fazer coisas que você não podia. Algumas eram maiores e mais fortes. Outras podiam se balançar mais alto, correr mais rápido, talvez até fazer bolhas com o próprio cuspe. Você não mais estava convencido de que era o centro do universo. Você percebia que havia outros planetas nes-te sistema solar. E muitos. E você, bem, talvez você fosse

como Plutão. Você nem tinha mais a posição de planeta.

Agora, na adolescência, seu cérebro – e sua vida – tornaram-se muito mais comple-xos. Você tem uma visão maior e mais clara do mundo e do seu lugar nele. E talvez você des-cubra que agora você só sonha em voltar a ser um Plutão. Você percebe que é uma pessoinha num mundo de mais de seis bilhões e meio de pessoas. E isso é apenas o número de pessoas que estão vivas neste momento. Quando você pensa em seu lugar na história, esse número é tão grande que seu cérebro poderia explodir só de imaginar. Tudo o que você sabe é que um em um bilhão, e muito menos seis bilhões, não é muito.

Esqueça os bilhões. Apenas ser um em uma multidão de jovens em sua escola ou seu grupo da igreja pode fazer você sentir-se pequeno e insignificante. E não se trata de números de qualquer forma. É a forma como nós huma-nos consideramos o valor para nós mesmos e para os outros que fazem parte da busca pela importância.

Se crescer fosse achave para se sentir importante, nósdiríamos a você para simplesmente persistir nisso! Vai acontecer! Porém, existe um monte de adultos que ainda estão se fazendo aquelas três gran-des perguntas: eu tenho valor? Eu sou amado? Por que estou neste mundo?

Page 25: Ouse Fazer a Diferença

19CAPITULO 1. Ouse Ser Importante.l

Se crescer fosse a chave para se sentir importante, nós diríamos a você para simplesmente persistir nisso! Vai acon-tecer! Porém, existem vários adultos que ainda estão se fa-zendo aquelas três grandes perguntas: eu tenho valor? Eu sou amado? Por que estou neste mundo?

No filme Para Salvar Uma Vida, não é somente o Jake, um jovem, quem está lutando consigo mesmo na busca pela importância, à luz da morte de seu amigo. O pai de Jake também está neste mesmo barco. Podemos ver isso na pres-são que este impõe sobre o filho e sobre si mesmo, para tra-balhar mais em busca de sucesso, para fazer alguma coisa da sua vida e para provar que tem valor. Podemos enxergar isso na tentativa deste pai em responder à seguinte questão: “Eu sou amado?” através da busca pelo amor e afeição em uma outra mulher que não é a sua esposa. Essas escolhas têm consequências destrutivas, não apenas para o pai de Jake, mas para a família inteira.

Dissemos-lhe que essa era uma busca desafiante. Os ris-cos são grandes e as pessoas podem se machucar ao longo do caminho. Essa pode ser a sua busca pessoal, mas a forma como você irá percorrer este caminho o influenciará você – e todos aqueles que estão à sua volta. É por isso que existe uma história interior e uma exterior quando se começa a busca pela importância.

A história interior trata-se do que está acontecendo sob a superfície, em sua mente e em seu coração. É aquilo que você pensa, sente e crê ser a verdade. Essa história interior inclui as perguntas que você se questiona para melhor com-preender quem você realmente é. É o lugar onde as pessoas que você admira e as suas possibilidades pessoais tentam escrever a linha histórica de seu valor próprio. Se assim você as permitir.

O PROPÓSITO É AQUILO QUE DÁ À VIDA UM SENTIDO... UM BARCO À DERIVA SEMPRE SEGUE A CORRENTE.- Charles H. Rarkhurst

“”

Page 26: Ouse Fazer a Diferença

PARA SALVAR UMA VIDA. O U S E FA Z E R A D I F E R E N Ç A.

20

Mas há também uma história exterior. Essa história tra-ta de como aquilo que você tem em sua mente e coração está sendo refletido em sua vida – como a sua visão de si mesmo afeta aquilo que você diz e faz. A verdade é que você tem valor. Você pode não crer completamente nisso agora, mas isso é um fato. Você não pode escolher ter valor ou não, mas pode escolher se você vai viver a sua vida de maneira sig-nificativa, de uma forma que cause um impacto positivo no mundo.

Você precisa escolher como a sua história exterior será lida. Será um conto de coragem repleto de riscos e aven-turas? Terá momentos desafiadores como estender a mão a um desconhecido por amor? Será uma história sobre a sua coragem em se tornar a pessoa que você foi criada para ser?

Ou você evitará os riscos, fazendo apenas o necessário para sobreviver? Escolherá um futuro do “eu primeiro”, es-perando pelo melhor?

Ousar viver uma vida de importância num mundo ba-nalizado exige coragem. Mas você tem a habilidade de fazer uma diferença maravilhosa neste mundo, uma diferença tão singular quanto as suas digitais. Seus amigos podem desen-corajar você de tentar isso. Eles podem dizer: “Ah, se acalma

e relaxa. Você terá a vida inteira para se preocupar com coisas como propósito e importância”. Entre-tanto, as histórias escritas por você, tanto a interior quanto a exterior, já começaram há muito tempo.

Não deixe passar em branco os anos da sua ju-ventude, por que você não os usa para dar o pontapé inicial? Veja o exemplo de Joana D’arc. Aos 17 anos ela cria que Deus a queria para ajudar a França a derrotar a Inglaterra. Ela liderou 4.000 homens em busca da vitória na Batalha de Orleans.

Ousar viver uma vida de importância num mundo banalizado exige coragem.

Page 27: Ouse Fazer a Diferença

21CAPITULO 1. Ouse Ser Importante.l

Veja Thomas Edison. Ele perdeu a audição ainda criança. Ele foi rotulado como um aluno “devagar”, porém Thomas utilizou-se de sua surdez para aprimorar a sua concentra-ção. Ele patenteou 1.093 invenções, foi um recordista ame-ricano implacável, suas invenções incluem o fonógrafo e a lâmpada elétrica incandescente.

Veja o exemplo de Carly Abramson. Quando sua mãe foi diagnosticada com câncer de mama, a pequena Carly, en-tão com 12 anos, fez um chaveiro para presenteá-la a fim de reanimá-la por causa da dor do câncer – depois, ela fez mais 700 chaveiros para vender com a intenção de arrecadar dinheiro para ajudar na pesquisa sobre o câncer de mama. Hoje, com 17 anos de idade, Carly é a fundadora da Funda-ção Cura do Câncer de Mama, nos EUA. Recentemente, ela arrecadou $800.000 dólares através da organização de um torneio de golfe e de um leilão.

Batalhar junto a exércitos, inventar o primeiro gravador ou arrecadar centenas de dólares para ajudar a encontrar a cura para o câncer são formas impressionantes de se fazer a diferença positivamente. Porém, você não tem de fazer algo digno de manchetes de jornais, para então dar início a uma vida que seja importante. Números, trombetas e milagres não tornam uma pessoa mais importante que outra.

Na Bíblia há uma carta direcionada aos cristãos que vi-viam numa área da Ásia Menor chamada Galácia. Assim diz: “Que cada pessoa examine o seu próprio modo de agir! Se ele for bom, então a pessoa pode se orgulhar do que fez, sem precisar comparar o seu modo de agir com o dos outros. Por-que cada pessoa deve carregar a sua própria carga” (Gálatas 6:4-5 – NTLH).

Não basta apenas ter coragem para se viver num mundo banalizado, é preciso ter um plano. Como você pode “explo-

Page 28: Ouse Fazer a Diferença

PARA SALVAR UMA VIDA. O U S E FA Z E R A D I F E R E N Ç A.

22

rar cuidadosamente quem você é” e fazer da sua vida a mais criativa possível? É isso que queremos tratar neste livro. Este livro foi escrito para lhe ajudar a conectar sua histó-ria de importância interior com a sua história exterior, para lhe ajudar a ter certeza de que você tem valor, de que você é amado e de que você tem um propósito exclusivo neste mundo.

Porém, além de sua coragem e do seu plano, você precisa de mais uma outra coisa importante para se viver uma vida de valor num mundo banalizado. E essa outra coisinha não são os autores deste livro – Todd e Vicki. É o autor da sua história – o próprio Deus.