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JORNAL FISCAL - EDIÇÃO DE LEGISLAÇÃO, FISCALIDADE E FINANÇAS, LDA Rua Gonçalo Cristóvão, 14, R/C • 4000-263 Porto Tel.: 223 399 403 • Fax: 222 005 335 • E-mail: [email protected]t consulta rápida Edição nº 13/2012 2012-07-12 PROPRIEDADE JORNAL FISCAL, LDA EDIÇÃO DE LEGISLAÇÃO, FISCALIDADE E FINANÇAS LDA NIPC n.º 504277758 Ficha Técnica Director-Geral: Miguel Peixoto de Sousa Subdirector: J. Peixoto de Sousa Coordenador de Edição: Miguel Peixoto de Sousa ÁREA FISCAL Filipe Bandeira Rute Barreira Sandra Silva Inês Reis ÁREA LABORAL Filipe Bandeira Pedro Campos EDIÇÃO GRÁFICA Rosa Ribeiro REVISÃO Vítor Teixeira Redacção e Produção: Rua Gonçalo Cristóvão, 14, R/C 4000-263 Porto Tel.: 223 399 403 Fax: 222 005 335 E-mail: [email protected] Impressão: Martigraf 4445-225, Alfena Registo n.º 122774 DGCS Depósito Legal n.º 130 050/98 Periodicidade quinzenal (21 n. os /ano) Tiragem desta edição: 1500 DDG Bolsa de arrendamento. Mercado social de arrendamento 21/2012 Código da Estrada. Novo regulamento da habilitação legal para conduzir 22/2012 CSC Nova Lei da Concorrência. Penalizações dos diretores e das empresas 9/2012 Processo Especial de Revitalização de Empresas 10/2012 TSS Prestações da Segurança social. Alterações nos regimes de atribuição 24/2012 Redução do desemprego. Apoio financeiro para compensar salário 25/2012 Alteração à legislação laboral. Alguns aspetos do Regime do Contrato de Trabalho 26/2012 AFT Taxas do IVA nos países da União Europeia 19/2012 1(1)

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JORNAL FISCAL - EDIÇÃO DE LEGISLAÇÃO, FISCALIDADE E FINANÇAS, LDA

Rua Gonçalo Cristóvão, 14, R/C • 4000-263 PortoTel.: 223 399 403 • Fax: 222 005 335 • E-mail: [email protected]

consulta rápida

Edição nº 13/2012 2012-07-12PROPRIEDADEJORNAL FISCAL, LDA

EDIÇÃO DE LEGISLAÇÃO, FISCALIDADE

E FINANÇAS LDA

NIPC n.º 504277758

Ficha Técnica

Director-Geral:Miguel Peixoto de Sousa

Subdirector:J. Peixoto de Sousa

Coordenador de Edição:Miguel Peixoto de Sousa

ÁREA FISCAL

Filipe BandeiraRute BarreiraSandra SilvaInês Reis

ÁREA LABORAL

Filipe BandeiraPedro Campos

EDIÇÃO GRÁFICA

Rosa Ribeiro

REVISÃO

Vítor Teixeira

Redacção e Produção:Rua Gonçalo Cristóvão, 14, R/C4000-263 PortoTel.: 223 399 403Fax: 222 005 335E-mail: [email protected]

Impressão:Martigraf4445-225, Alfena

Registo n.º 122774 DGCSDepósito Legal n.º 130 050/98Periodicidade quinzenal (21 n.os/ano)Tiragem desta edição: 1500

DDGBolsa de arrendamento. Mercado social de arrendamento 21/2012Código da Estrada. Novo regulamento da habilitação legal para conduzir 22/2012

CSCNova Lei da Concorrência. Penalizações dos diretorese das empresas 9/2012Processo Especial de Revitalização de Empresas 10/2012

TSSPrestações da Segurança social. Alterações nos regimes de atribuição 24/2012Redução do desemprego. Apoio financeiro para compensar salário 25/2012Alteração à legislação laboral. Alguns aspetos do Regimedo Contrato de Trabalho 26/2012

AFTTaxas do IVA nos países da União Europeia 19/2012

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INDJORNAL FISCAL

Referência INDÍndice AlfabéticoIND 13/2012

Data: 2012-07-12

1(3)

JORNAL FISCAL - EDIÇÃO DE LEGISLAÇÃO, FISCALIDADE E FINANÇAS, LDARua Gonçalo Cristóvão, 14, R/C • 4000-263 Porto

Tel.: 223 399 403 • Fax: 222 005 335 • E-mail: [email protected]

A

ACTIVIDADE ECONÓMICA

- alterações ao CIRE entram em vigor a 20 de

Maio, CSC 4/2012

- alterações ao Código da Estrada, novo

regulamento da habilitação legal para conduzir,

DDG 22/2012

- arbitragem voluntária, nova lei, DDG 2/2012

- A União Europeia e a Fiscalidade,

OUT 4/2012

- concorrência, prazo de recurso, CSC 7/2012

- dívidas ao condomínio, valor da ata de

Assembleia de Condóminos, cobrança judicial

de dívidas ao condomínio, OUT 20/2012

- pagamento com cartões de crédito e de

débito, comunicação dos bancos ao fisco,

DDG 9/2012

- produtos de tabaco manufaturado,novo

modelo de estampilha fiscal, AFT 10/2012

- regime de apoio ao microcrédito bancário nos

Açores, OUT 12/2012

- setor económico primário, moratória no

reembolso de operações de crédito, OUT 15/2012

- reembolso de operações de crédito, OUT 15/2012

- taxa alimentar já em vigor, CSC 6/2012

- taxa de juro comercial, descida no 1º

semestre de 2012, AFT 2/2012

AGENDA FISCAL

- agenda 1º semestre de 2012, AFT 5/2012

- agenda 2º semestre de 2012, AFT 18/2012

Este índice inclui todas as referências existentes noJornal Fiscal e é actualizado em cada edição. Seráfeita menção quando existir informação que digarespeito a várias referências.

O conteúdo das referências é especificado através deletras e algarismos. Os algarismos indicam a sequênciadentro da referência do ano respectivo, i.e., IRS2/2000 significa que pode encontrar a informação no2º trabalho do separador IRS.

Algumas referências contêm as siglas:- JUR (Jurisprudência) – indica que o artigo tem porbase a decisão de um tribunal;- DA (Doutrina Administrativa) – indica que o artigotem por base decisões administrativas.

Abreviaturas:

Índice (Alfabético/Temático) INDImposto sobre o Valor Acrescentado IVAImposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas IRCImposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares IRSOutros Impostos OUTBenefícios Fiscais BEFDireitos, Deveres e Garantias dos Contribuintes DDGContabilidade e Sociedades Comerciais CSCTrabalho e Segurança Social TSSAgenda Fiscal e Tabelas AFT

ARRENDAMENTO

- arrendamento urbano, proposta de alteração,

OUT 1672012

- bolsa de arrendamento, mercado social de

arrendamento, DDG 21/012

- reavaliação do regime de renda apoiada, OUT

1/2012

- revisão do arrendamento, despejo e

atualização das rendas, DDG 20/2012

C

CONTRIBUIÇÕES E IMPOSTOS

- averbamentos matriciais de heranças

indivisas sem partilha, OUT 5/2012

- comprovação de deficiência fiscalmente

relevante, OUT 19/2012

- correio postal eletrónico, DDG 6/2012 e DDG

14/2012

- devolução de notificação efetuada por carta

registada, DDG 17/2012

- informações vinculativas, revogação após

aplicação pelo contribuinte, DDG 8/2012

- reforma do sistema fiscal, OUT 22/2012

I

INCENTIVOS

- emprego jovem, “impulso positivo”, TSS 22/

2012

- regulamento do SI Qualificação de PME, OUT

11/2012

- regime de apoio ao microcrédito bancário nos

Açores, OUT 12/2012

- Revitalizar, programa, OUT 9/2012

- SIDER: regulamento”Desenvolvimento da

Qualidade e Inovação” objeto de revisão, OUT

6/2012

- SIDER: atualização da regulamentação, OUT

7/2012

IMPOSTOS ESPECIAIS SOBRE O CONSUMO

- eletricidade tributada em sede de impostos

sobre o Consumo, OUT 10/2012

- Madeira, novas taxas, IVA 7/2012

- produtos de tabaco manufaturado, novo

modelo de estampilha fiscal, AFT 10/2012

- taxas de imposto sobre os produtos

petrolíferos e energéticos, OUT 3/2012

IMPOSTO MUNICIPAL SOBRE IMÓVEIS

- avaliação de imóveis, como reagir à

avaliação dos prédios urbanos, OUT 19/2012

- regras no pedido de avaliação do IMI, OUT

13/2012

- prédios de reduzido valor patrimonial,

isenções para contribuintes de baixos

rendimentos, OUT 18/2012

- taxas de IMI relativas a 2011 a pagar em

2012, AFT 11/2012

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JORNAL FISCAL

Referência INDÍndice AlfabéticoIND 13/2012

Data: 2012-07-12

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IND

IRC- aluguer de longa duração, IRC 6/2012

- convenções sobre supla tributação, quadro

síntese, AFT 3/2012 e AFT 14/2012

- correio postal eletrónico, DDG 6/2012

- custos de provisões para créditos de

cobrança duvidosa, exercício a que se devem

imputar, IRC 1/2012

- dedução de prejuízos fiscais, IRC 9/2012

- derrama para cobrança em 2012, AFT 4/2012

- derrama para cobrança em 2012, retificação

AFT 15/2012

- faturas falsas, fundamentação substancial,

IRC 4/2012

- holdings, regime fiscal, IRC 3/2012

- Informação Empresarial Simplificada, entrega

até 15 de julho, AFT 16/2012

- preços de transferência, IRC 5/2012

- programas informáticos de faturação,

alterações às regras de certificação prévia,

CSC 2/2012

- recurso ao aluguer de longa duração-ALD,

IRC 6/2012

- regras sobre a utilização de programas

informáticos de faturação, IRC 7/2012

- Softwear certificado, sanções e benefícios

fiscais, IRC 8/2012

- tributação das despesas confidenciais,

regime da transparência fiscal, lei

interpretativa, IRC 7/2012

IRS- ajudas de custo, tributação, prova do seu

carater remuneratório, IRS 4/2012, IRS 6/2012

- caducidade do direito de impugnar,

notificação pessoal, IRS 9/2012

- correio postal eletrónico, DDG 6/2012 e DDG

14/2012

- declaração modelo 3, novos impressos para

2012, IRS 1/2012

- deduções à coleta, limite para 2012,

IRS 3/2012

- deduções à coleta indexadas ao IAS, IRS 7/

2012

- deficiência fiscalmente relevante,

comprovação, IRS 10/2012

- entrega da declaração modelo 3 do IRS,

perguntas/respostas, IRS 8/2012

- Informação Empresarial Simplificada, entrega

até 15 de julho, AFT 16/2012

- Madeira, pede inconstitucionalidade da

sobretaxa, IRS 2/2012

- obrigações acessórias a cumprir em 2012,

modelo 10, 39 e 37, IRS 5/2012

- tabelas de retenção na fonte para 2012 -

Continente, AFT 7/2012

- tabelas de retenção na fonte para 2012 -

Madeira, AFT 8/2012

IVA- alterações ao CIVA decorrentes do OE para

2012, esclarecimentos da administração fiscal,

IVA 2/2012

- bens e serviços sujeitos a novas taxas,

IVA 1/2012

- despesas de remodelação de imóvel destinado

a turismo rural, dedução em sede de IVA, IVA 5/

2012

- Informação Empresarial Simplificada, entrega

até 15 de julho, DDG 18/2012

- Madeira, novas taxas, IVA 7/2012

- responsabilidade por dívidas contraídas na

constância do matrimónio, IVA 6/2012

- revogação do regime especial de tributação dos

combustíveis gasosos, OE para 2012, 3/2012

- taxas do IVA na União Europeia, AFT 19/2012

- taxas, novas para a Madeira, IVA 7/2012

O

ORÇAMENTO DO ESTADO

- Orçamento dos Açores para 2012, IRC 2/2012

- Orçamento retificativo para 2012, alterações

fiscais, OUT 14/2012 e 21/2012

P

PROCESSO TRIBUTÁRIO

- acordos sobre troca de informação em matéria

fiscal, AFT 12/2012

- correio postal eletrónico, DDG 6/2012

- CPPT, falta de citação, nulidade e caducidade

do direito, DDG 7/2012

- declaração de regularização tributária

entregue até 30 de junho, DDG 18/2012

- devolução de notificação efetuada por carta

registada, DDG 17/2012

- garantia dos contribuintes em face de ato

tributário desfavorável, DDG 15/2012

- infrações fiscais cometidas por pessoas

coletivas, coimas, AFT13/2012

- informações vinculativas, revogação após

aplicação pelo contribuinte, DDG 8/2012

- juros a pagar ao Estado, contabilização, DDG

11/2012

- juros de mora sem limitação temporal,

aplicação no tempo, DDG 12/2012

- pagamento em prestações, DDG 13/2012

- valor a considerar para efeitos de suficiência

da prestação de garantia em execução fiscal,

OUT 8/2012

R

REGISTOS

- Registo predial, certidões “on-line”, DDG 4/2012

S

SOCIEDADES COMERCIAIS

- alteraçõs ao CIRE entram em vigor a 20 de

Maio, CSC 4/2012

- contabilidade, responsabilidade da seguradora

de um TOC por danos causados aos seus

clientes, OUT 17/2012

- concorrência, penalização dos diretores e das

empresas, CSC 9/2012

- concorrência, prazo de recurso, CSC 7/2012

- farmácias, constituição de sociedades

comerciais, CSC 1/2012

- insolvência singular no novo CIRE, CSC 8/

2012

- novo regime da concorreência, CSC 5/2012

- procedimento pré-judicial de liquidação das

instituições sujeitas à supervisão do Banco de

Portugal, CSC 3/2012

- processo especial de revitalização de

empresas, CSC 10/2012

- programas informáticos de faturação,

alterações às regras de certificação prévia,

CSC 2/2012

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INDJORNAL FISCAL

Referência INDÍndice AlfabéticoIND 13/2012

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T

TRABALHO

- Autoridade para as Condições do Trabalho

(ACT), dispensa de comunicações pelas

empresas, TSS 6/2012

- cessação do contrato de trabalho por acordo,

TSS 15/2012

- Código Contributivo, alterações introduzidas

pelo OE retificativo, TSS 20/2012

- Código do Trabalho, 3ª alteração, TSS 23/

2012

- combate ao desemprego, programa de

relançamento do serviço público, TSS 9/2012

- contrato de trabalho, alguns aspetos do novo

regime, TSS 26/2012

- desemprego, apoio financeiro para

compensar salário, TSS 25/2012

- doença profissional, certificação, TSS 21/

2012

- emprego jovem, “impulso positivo”, TSS 22/

2012

- estímulo 2012, regulamento do Instituto do

Emprego e Formação Profissional, TSS 11/

2012

- incapacidade temporária para o trabalho, TSS

10/2012

- incentivos ao emprego, medida estímulo

2012, TSS 8/2012

- Legislação laboral, o que muda, TSS 5/2012

- parentalidade, regime de horário flexível para

pais, TSS 16/2012

- pensões mínimas, novos montantes,

TSS 1/2012

- prestações da segurança social, alterações

nos regimes de atribuição para maior rigor, TSS

24/2012

- proteção na parentalidade, direitos dos pais e

mães trabalhadoras, TSS 19/2012

- processo especial de revitalização de

empresas, CSC 10/2012

- renovação extraordinária dos contratos a

termo, TSS 2/2012

- resolução do contrato com justa causa,

TSS 4/2012

- subsídio de desemprego, trabalhadores

dependentes, esclarecimentos práticos, TSS 18/

2012

- subsídio de doença, montantes mais reduzidos,

TSS 17/2012

- subsídios de férias e de Natal, TSS 3/2012

- subsídios sociais, segurança social fixa datas

de pagamento, TSS 12/2012

subsídios sociais, datas de pagamento em

junho, TSS 17/2012

- taxas, segurança social, AFT 6/2012

- trabalhadores independentes, esclarecimentos

da Segurança Social quanto à declaração do

valor da atividade, TSS 7/2012

TRIBUNAIS

- acções executivas, meios de pagamento das

compensações aos defensores/patronos

oficiosos, DDG 5/2012

- acesso eletrónico da Comissão para a

eficácia das execuções do CITIUS e SISAAE,

DDG 2/2012

- análise do acórdão do Tribunal Constitucional,

OUT 2/2012

- contabilidade, responsabilidade da seguradora

de um TOC por danos causados aos seus

clientes, OUT 17/2012

-custas processuais, reforma do regulamento,

AFT 9/2 012

- fiscalização do pagamento de compensações

aos defensores/patronos, DDG 5/2012

- proposta de revisão do Código de Processo

Civil, DDG 10/2012

- regulamento das custas processuais, entrada

em vigor, DDG 16/2012

- trabalhadores independentes, novo regime de

proteção no desemprego, TSS 13/2012

- trabalhadores por conta de outrem, condições

de atribuição de subsídio de desemprego, TSS

14/2012

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JORNAL FISCAL

Referência INDÍndice TemáticoIND 13/2012

Data: 2012-07-12

IND

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JORNAL FISCAL - EDIÇÃO DE LEGISLAÇÃO, FISCALIDADE E FINANÇAS, LDA

Rua Gonçalo Cristóvão, 14, R/C • 4000-263 PortoTel.: 223 399 403 • Fax: 222 005 335 • E-mail: [email protected]

IVA- Bens e serviços sujeitos a novas taxas 1/2012- Esclarecimentos da Administração Fiscal sobre as alterações ao CIVA decorrentes do OE para 2012 2/2012- Revogação do Regime especial de tributação dos combustíveis gasosos. OE para 2012 3/2012- Dedução de IVA de veículo de profissional liberal 4/2012- Despesas de remodelação de imóvel destinado a turismo rural. Dedução 5/2012- Responsabilidade por dívidas contraídas na constância do matrimónio 6/2012- Madeira. Novas taxas de IVA e IEC 7/2012

IRC- Custos de provisões para créditos de cobrança duvidosa. Imputação 1/2012- Orçamento dos Açores para 2012 2/2012- Holdings. Regime fiscal 3/2012- IRC. Faturas falsas. undamentação substancial 4/2012- IRC. Preços de transferência 5/2012- Recurso ao aluguer de longa duração - ALD 6/2012- Tributação das despesas confidenciais. Regime da transparência fiscal. Lei interpretativa 7/2012- Softwear certificado. Sanções e benefícios fiscais 8/2012- Dedução de prejuízos fiscais 9/2012

IRS- Declaração modelo nº 3. Novos impressos para 2012 1/2012- Madeira pede inconstitucionalidade da sobretaxa de IRS 2/2012- IRS. Limites das deduções à coleta para o ano de 2012 3/2012- Tributação de ajudas de custo apenas quando a Administração fiscal prova carácter remuneratório 4/2012- Obrigações acessórias a cumprir em 2012: Modelos 10, 39 e 37 5/2012- Tributação de ajudas de custo 6/2012- Deduções do IRS indexadas ao IAS 7/2012- Entrega da declaração modelo 3 do IRS. Perguntas/respostas 8/2012- Caducidade do direito de impugnar. Notificação pessoal 9/2012- Comprovação de deficiência fiscalmente relevante 10/2012

OUT- Arrendamento. Reavaliação do regime de renda apoiada 1/2012- Análise do acordão nº 485/2011 do Tribunal Constitucional 2/2012- Taxas dos Impostos sobre os Produtos Petrolíferos e Energéticos 3/2012

Este índice inclui todas as referências existentes noJornal Fiscal e é actualizado em cada edição. Seráfeita menção quando existir informação que digarespeito a várias referências.

O conteúdo das referências é especificado através deletras e algarismos. Os algarismos indicam a sequênciadentro da referência do ano respectivo, i.e., IRS2/2000 significa que pode encontrar a informação no2º trabalho do separador IRS.

Abreviaturas:

Índice (Alfabético/Temático) INDImposto sobre o Valor Acrescentado IVAImposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas IRCImposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares IRSOutros Impostos OUTBenefícios Fiscais BEFDireitos, Deveres e Garantias dos Contribuintes DDGContabilidade e Sociedades Comerciais CSCTrabalho e Segurança Social TSSAgenda Fiscal e Tabelas AFT

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JORNAL FISCAL

Referência INDÍndice TemáticoIND 13/2012

Data: 2012-07-12

IND

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- A União Europeia e a fiscalidade 4/2012- Averbamentos matriciais de heranças indivisas sem patilha 5/2012- SIDER: Regulamento “Desenvolvimento da Qualidade e Inovação” objeto de revisão 6/2012- SIDER: atualização da regulamentação 7/2012- Prestação de garantia para efeitos de execução fiscal. Suficiência 8/2012- Programa REVITALIZAR 9/2012- Eletricidade tributada em sede de Impostos especiais sobre o consumo 10/2012- Alterações ao Regulameto do SI Qualificação de PME 11/2012- Regime de apoio ao microcrédito bancário nos Açores 12/2012- Regras no pedido de apoio de avaliação do IMI 13/2012- Orçamento retificativo. Alterações fiscais introduzidas 14/2012- Setor económico primário. Moratória no reembolso de operações de crédito 15/2012- Arrendamento urbano. Proposta de alteração 16/2012- IMI. Prédios de reduzido valor patrimonial. Isenções para contribuintes de baixos rendimentos 18/2012- IMI. Avaliação de imóveis. Como reagir à avaliação dos prédios urbanos 19/2012- Dívidas ao condomínio. Valor da ata de Assembleia de Condóminos. Cobrança judicial de dívidas 20/2012- Orçamento retificativo e suas implicações fiscais 21/2012- Reforma do sistema fiscal 22/2012

DDG- Acções executivas. Meios de pagamento dos agentes de execução 1/2012- Acesso eletrónico da Comissão para a eficácia das execuções ao Citius e SISAAE 2/2012- Nova lei da arbitragem voluntária 3/2012- Registo predial. Certidões “on-line” 4/2012- Medidas de fiscalização do pagamento das compensações aos defensores/patronos oficiosos 5/2012- Correio postal electrónico 6/2012- CPPT. Falta de citação. Nulidade e caducidade do direito 7/2012- Informações vinculativas. Revogação após a aplicação pelo contribuinte 8/2012- Pagamentos com cartões de crédito e de débito. Comunicação dos bancos ao fisco 9/2012- Proposta de revisão do Código de Processo Civil 10/2012- Execução orçamental altera contabilização de juros a pagar ao Estado 11/2012- Juros de mora sem limitação temporal. Aplicação no tempo 12/2012- Plano de pagamento em prestações 13/2012- Obrigatoriedade de caixa postal electrónica 14/2012- Garantias dos contribuintes em face de um ato tributário desfavorável 15/2012- Revisão ao Regulamento das Custas Processuais 16/2012- Devolução de notificação efetuada por carta registada 17/2012- Declaração de regularização tributária entregue até 30 de junho 18/2012- Comprovação de deficiência fiscalmente relevante 19/2012- Revisão à Lei do Arrendamento. Despejo e atualização das rendas 20/2012- Bolsa de arrendamento. Mercado social de arrendamento 21/2012- Alterações ao Código da Estrada e novo Regulamento da Habilitação Legal para Conduzir 22/2012

CSC- Farmácias. Constituição de Sociedades Comerciais 1/2012- Programas informáticos de faturação. Alterações às regras de certificação prévia 2/2012- Procedimento pré-judicial de liquidação das instituições sujeitas à supervisão do Banco de Portugal 3/2012- Alterações ao CIRE entram em vigor a 20 de maio de 2012 4/2012

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- Aprovado novo regime da concorrência 5/2012- Taxa alimentar já em vigor 6/2012- Nova Lei da Concorrência. Prazo de recurso 7/2012- Insolvência singular no novo CIRE 8/2012- Nova Lei da Concorrência. Penalização dos diretores e das empresas 9/2012

TSS- Pensões mínimas. Novos montantes 1/2012- Renovação extraordinária dos contratos a termo 2/2012- Eliminação dos subsídios de férias e de Natal 3/2012- Resolução do contrato com justa causa 4/2012- O que muda na legislação laboral 5/2012- Autoridade para as Condições de Trabalho. Dispensa de comunicações pelas empresas 6/2012- Trabalhadores independentes. Esclarecimentos da segurança social quanto à declaração do valor da atividade 7/2012- Incentivos ao emprego. Medida de estímulo 2012 8/2012- Combate ao desemprego. Programa de relançamento do serviço público 9/2012- Verificação da incapacidade temporária para o trabalho 10/2012- Medida Estímulo 2012. regulamento do Instituto de Emprego e Formação Profissional 11/2012- Subsídios sociais. Segurança Social fixa datas de pagamento 12/2012- Trabalhadores independentes. Novo regime de proteção no desemprego 13/2012- Trabalhadores por conta de outrem. Condições de atribuição de subsídio de desemprego 14/2012- Cessação do contrato de trabalho por acordo 15/2012- Proteção na parentalidade. regime de horário flexível para pais 16/2012- Subsídio de doença. Montantes mais reduzidos 17/2012- Subsídio de desemprego. Trabalhadores dependentes. Esclarecimentos práticos 18/2012- Proteção na parentalidade. Direitos dos pais e mães trabalhadores 19/2012- Código Contributivo. Alterações introduzidas pelo OE retificativo 20/2012- Doença profissional. Certificação 21/2012- Incentivo ao emprego. Impulso Jovem 22/2012- 3ª alteração ao Código do Trabalho 23/2012- Prestações da Segurança Social. Alterações nos regimes de atribuição para maior rigor 24/2012- Redução do desemprego. Apoio financeiro para compensar salarário 25/2012- Alteração à legislação laboral. Alguns aspetos do regime do Contrato de Trabalho 26/2012

AFT- IRS. Tabelas práticas do IRS para 2012 1/2012- Taxas de juros comercial desce para 8% no 1º semestre 2/2012- Quadro-síntese das Convenções sobre dupla tributação 3/2012- Derrama para cobrança em 2012 4/2012- Agenda fiscal para 2012. 1º Semestre 5/2012- Taxas. Segurança social 6/2012- IRS. Tabelas de retenção na fonte 2012 - Continente 7/2012- IRS. Tabelas de retenção na fonte 2012 - Madeira 8/2012- Reforma do regulamento das custas processuais 9/2012- Produtos de tabaco manufaturado. Novo modelo de estampilha fiscal 10/2012- Taxas de IMI relativas a 2011 a pagar em 2012 11/2012- Acordos sobre troca de informação em matéria fiscal 12/2012- Infrações fiscais cometidas por pessoas coletivas 13/2012

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- Convenções sobre dupla tributação 14/2012- Derrama para cobrança em 2012. Retificação de taxas 15/2012- Informação Empresarial Simplificada (IES). Entrega até 15 de junho 16/2012- Subsídios sociais. Datas de pagamento em junho 17/2012- Agenda Fiscal para 2012 - 2º semestre 18/2012- Taxas do IVA nos países da União Europeia 19/2012

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Bolsa de arrendamento – mercado social de arrendamento

No final do passado mês de Junho, foi assinado pelo Executivo o protocolo que dá início à iniciativa mercado social de arrendamento, medida inscrita no Programa de Emergência Social apresentado em Agosto do ano passado pelo ministro Pedro Mota Soares.

Esta medida destina-se aos agregados que têm rendimentos acima daqueles que lhes

permitiriam aceder à habitação social, mas que também não estão em condições depagar uma renda no mercado livre.

O rendimento mensal do agregado familiar deve ser compatível com uma renda que

signifique uma taxa de esforço mínima de 10% e máxima de 30% do rendimento mensaldisponível.

Assim, uma casa com uma renda de 300 euros poderão candidatar-se famílias que

tenham um rendimento disponível de 1000 por mês (neste caso, a taxa de esforço será de 30%) a 3000 euros (taxa de esforço de 10%).

O mercado social de arrendamento resulta de uma parceria entre o Estado (que colocará

nesta "bolsa de arrendamento" casas do Instituto de Habitação e Reabilitação Urbana edo Instituto de Gestão Financeira da Segurança Social que se encontram desocupadas)e sete instituições bancárias (Banco Espírito Santo, Banif, Banco Popular, SantanderTotta, Montepio Geral, Millennium BCP e Caixa Geral de Depósitos).

Estas instituições bancárias juntaram-se e criaram o Fundo de Investimento Imobiliário

para Arrendamento Habitacional (FIIAH), o qual tem um valor superior a cem milhões deeuros, e agregará cerca de mil fogos. O FIIAH é gerido por uma entidade gestora que osbancos - a NORFIN. Ficará nas mãos das autarquias indicarem ao FIIAH os candidatosaos imóveis, cabendo depois à NORFIN a validação das candidaturas.

Seguem-se algumas respostas a questões práticas colocadas sobre este assunto O que é o mer-cado social de arrendamento?

No âmbito do “Programa de Emergência Social” foi constituída uma bolsa de imóveis para disponibilização para arrendamento, com rendas inferiores às do mercado, atravésda iniciativa denominada “Mercado Social de Arrendamento”. Esta iniciativa levou à criação de um Fundo de Investimento Imobiliário paraArrendamento Habitacional, denominado “Solução Arrendamento” gerido por umasociedade gestora de fundos de investimento imobiliário, a Norfin – Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Imobiliários, S.A. Aos imóveis integrados nesse Fundo virão a associar-se na iniciativa, imóveis do Instituto da Habitação e de Reabilitação Urbana, IP e do Instituto de Gestão Financeira da Segurança Social, IP. Foi do estabelecimento da parceria entre o Governo e as entidades aderentes, tantopúblicas como privadas, que surgiu o “Mercado Social de Arrendamento”.

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A iniciativa do mercado social de arrendamento enquadra-se no chamado “Arrendamento Social”?

Não, porque o "Arrendamento Social" consiste em regimes de renda condicionada ourenda apoiada/subsidiada, que são tradicionalmente entendidos como a aplicação práticado "arrendamento social". São estes os regimes aplicáveis, por exemplo, nos Programas Especiais de Realojamento.

Qual é o objecto do mercado social de arrendamento?

Trata-se de uma iniciativa governamental, desenvolvida no âmbito do "Programa deEmergência Social", que consiste em disponibilizar no mercado de arrendamento um conjunto de fracções habitacionais, dispersas pelo País, com valores de renda mensaisinferiores até 30% aos normalmente praticados em mercado livre.

Quem são os agentes do mer-cado social de arrendamento?

Os agentes são os seguintes: - Ministério da Solidariedade e da Segurança Social - Norfin - Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Imobiliários, S.A. - Banco Comercial Português - Banco Espírito Santo - Banco Popular Portugal - Banif - Banco Internacional do Funchal - Caixa Económica Montepio Geral - Caixa Geral de Depósitos - Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana, IP (IHRU) - Instituto de Gestão Financeira da Segurança Social, IP (IGFSS) - Santander Totta

Quem é a Norfin – Sociedade Gestora de Fun-dos de Investi-mento Imobiliá-rios, S. A.?

A Norfin foi a sociedade gestora selecionada pelos aderentes à iniciativa "Mercado Socialde Arrendamento" para administrar o Solução Arrendamento - Fundo de Investimento Imobiliário para Arrendamento Habitacional.

Qual o papel do Ministério da Segurança Social no mer-cado de arren-damento?

Trata-se do órgão do Governo que promoveu a iniciativa "Mercado Social de Arrenda-mento", endereçando convite ao setor privado para, conjuntamente com o setor público e no âmbito do "Programa de Emergência Social", ser constituída uma bolsa de imóveis para disponibilização em mercado de arrendamento, com rendas inferiores às do merca-do, através do denominado "Mercado Social de Arrendamento".

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Quem são os parceiros locais?

Para efeito da implementação do programa, serão celebrados protocolos de colaboração com Municípios, Empresas Municipais, IPSS ou quaisquer entidades públicas ouprivadas que venham a associar-se ao programa. Os protocolos da candidatura ao arrendamento no âmbito do programa serão tramitados em primeira linha junto dosParceiros Locais, a quem caberá proceder à pré-seleção dos candidatos, nos termos previstos no "Regulamento de Acesso ao Mercado Social de Arrendamento".

CANDIDTURA Como candidatar-se a esta iniciativa?

Os beneficiários deste programa/iniciativa são todas as pessoas que se candidatem ouque sejam identificadas pelos Municípios e demais parceiros locais que aderiram à iniciativa "Mercado Social de Arrendamento" que cumpram os critérios enunciados no "Regulamento de Acesso ao Mercado Social de Arrendamento".

Que vantagens e desvantagens tem este programa?

Os aderentes ao "Mercado Social de Arrendamento" acordaram em disponibilizar, em mercado de arrendamento, um conjunto de frações habitacionais, dispersas pelo País, com valores de renda mensais inferiores até 30% aos montantes praticados em mercadolivre. Em princípio não existem desvantagens. Para ser beneficiário desteprograma/iniciativa tem que se candidatar ou ser identificado pelos Municípios e demais parceiros locais e cumprir os critérios enunciados no "Regulamento de Acesso aoMercado Social de Arrendamento". Este regulamento pode ser consultado em www.mercadosocialarrendamento.msss.pt, ou ao balcão da Câmara Municipal da áreade residência do candidato.

O que fazer para saber quais as casas que estão disponíveis e a que casas posso aceder?

Na área de Pesquisa de Imóveis do Portal acima referido pode-se fazer a pesquisa de imóvel selecionando o distrito e concelho pretendidos. Adicionalmente, pode-se filtrar a lista de resultados através do campo tipologia. Os candidatos podem aceder a quaisquerfrações habitacionais, localizadas em qualquer município; no entanto, tem que se qualificar como beneficiário nos termos da cláusula terceira do "Regulamento de Acesso ao Mercado Social de Arrendamento".

Este programa permite, para além do arren-damento, a aqui-sição de casas?

Sim, os aderentes disponibilizam para arrendamento, no âmbito da iniciativa "MercadoSocial de Arrendamento", um conjunto de imóveis a identificar publicamente, sendo queas entidades gestoras poderão incluir nos contratos de arrendamento o direito de opçãode compra do fogo pelo inquilino

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Quais os requisi-tos para ser beneficiário des-te programa?

Será candidato elegível aquele que reunir, ou o agregado familiar, a mínima capacidadeeconómico-financeira para suportar o pagamento da renda respetiva, não podendo, contudo, ter rendimentos superiores a um determinado limite, ou seja, que impliquem uma taxa de esforço abaixo do mínimo convencionado de 10% do rendimento disponível.Deverá ainda não ser proprietário, arrendatário, ou titular de direito que lhe garanta o usoe habitação de outro prédio ou fracção para fins habitacionais nos próprios concelhos ounos concelhos limítrofes ao concelho em que se localiza o fogo a arrendar, ou nas áreasmetropolitanas de Lisboa e do Porto, quando o fogo a arrendar se localize nesses concelhos. Exceção feita nos casos em que o arrendamento a que se candidata sedestine a substituir a anterior situação que cessou ou irá cessar em data determinada e por motivos considerados atendíveis.

Quais os docu-mentos necessá-rios a instruir a candidatura?

A candidatura inicia-se com o preenchimento dos dados no simulador disponível no Portal Mercado Social de Arrendamento(http://www.mercadosocialarrendamento.msss.pt). Após validação dada pelo simulador, poderá fazer a candidatura, dispondo para tal da possibilidade de selecionar dois imóveis. Caso seja considerado elegível para o Programa, será contactado pelo parceiro local, para formalizar a candidatura. Será necessário tanto o candidato como o fiador apresentarem os seguintes documentos: a) Do Candidato e seu agregado familiar: - Bilhete de Identidade / Cartão do Cidadão; - Cartão de Contribuinte - Três últimos recibos de vencimento e/ou reforma dos elementos do agregado familiarque aufiram rendimentos; - Declaração de IRS e Nota de Liquidação mais recente; - Outros documentos comprovativos de rendimentos não obrigatoriamente constantes dadeclaração de IRS; - NIB; - Autorização de débito directo da renda em conta bancária. b) Do Fiador: - Bilhete de Identidade / Cartão do Cidadão; - Cartão de Contribuinte / Cartão de Contribuinte; - Três últimos recibos de rendimento e/ou reforma; - Declaração de IRS e Nota de Liquidação mais recente; - Outros documentos comprovativos de rendimentos não obrigatoriamente constantes dadeclaração de IRS; - Comprovativo de morada; - NIB. - Os formulários conterão declarações sob compromisso de honra respeitantes aosrendimentos auferidos e aos encargos suportados pelo agregado familiar e fiador, bemcomo quanto ao preenchimento dos demais critérios de seleção. - A receção dos processos completos é feita nos Parceiros Locais da área geográfica da situação dos imóveis respetivos, onde são pré-selecionados os agregados que se candidataram à iniciativa, mediante uma avaliação que considera um conjunto decritérios de acordo com o Regulamento da Iniciativa.

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Existe um número máximo de candidaturas?

Por forma a assegurar o bom nível de resposta aos pedidos de candidatura, cadacandidato apenas pode submeter duas candidaturas. Se as candidaturas foremreprovadas devido a falta de interesse no imóvel ou arrendamento do imóvel a outro candidato, o sistema permite automaticamente a submissão de uma nova candidatura.Paralelamente, em cada momento, o número de candidaturas em avaliação por imóvelestá limitado a um máximo de dez.

Quando a candi-datura é aceite, há algum contac-to?

Na candidatura realizada através do Portal, o Candidato tem que introduzir o seu nome e contactos (NIF, email e telefone). Após análise do processo, e caso seja selecionado, ocandidato será contactado pela Câmara Municipal, ou por outro parceiro local, com o objetivo de agendar a visita ao imóvel. Em caso de confirmação de interesse no imóvel,os candidatos aceites entregam na Câmara Municipal, ou junto de outro parceiro local, osformulários de candidatura devidamente preenchidos e a demais documentação, cópias autenticadas, identificada no documento "Instrução de Processo de Candidatura".

Quais as condi-ções do contrato de arrendamen-to?

As rendas aplicáveis aos imóveis arrendados no âmbito deste programa/iniciativa visam refletir valores de renda mensais inferiores até 30% relativamente aos valoresnormalmente praticados em mercado livre. Os contratos de arrendamento serão celebrados com respeito pelo prazo mínimo legalmente aplicável em cada momento, oqual é atualmente de cinco anos para os arrendamentos habitacionais de prazo certosem prejuízo da regulamentação legal aplicável. As entidades gestoras podem fazer depender a prorrogação do prazo dos contratos celebrados no âmbito doprograma/iniciativa do estado de conservação do fogo verificado no final do correspondente período contratual, bem como do regular cumprimento pelos inquilinosdas suas obrigações. Também poderão incluir nos contratos de arrendamento o direito de opção de compra dofogo pelo inquilino. As entidades gestoras poderão livremente alterar os modelos de contrato por si utilizadosno âmbito do programa/iniciativa, em função de alterações legislativas supervenientes ou outros motivos relevantes. Do contrato de arrendamento farão sempre parte como anexo os seguintes documentos:- Cópias autenticadas dos documentos, do inquilino e do fiador, apresentados nacandidatura; - Autorização de débito direto em conta, respeitante à liquidação da renda; - Auto de receção do Imóvel no qual se reflete a aceitação do estado do mesmo; - Lista de possíveis ocorrências com o imóvel que serão sempre da responsabilidade doinquilino, não sendo, portanto, elegíveis para reclamações.

É necessário um fiador?

Sim, será sempre necessário a apresentação de um fiador que reúna condições para suportar os encargos do contrato de arrendamento.

Qual o local de assinatura do contrato?

O contrato será assinado na Câmara Municipal, ou perante outro parceiro local. A assinatura do inquilino e do fiador terão sempre que ser reconhecidas.

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Como é feita a entrega das cha-ves?

As chaves da fração serão entregues, pela Câmara Municipal ou por outro parceiro local, após a assinatura do contrato e apresentação do comprovativo de pagamento da duasprimeiras rendas. A renda será liquidada através de débito direto em conta, sendo que o valor do condomínio já está incluído no valor da renda.

Depois de formalizado o contrato de arrendamento, fala-se com quem?

Após a celebração do contrato de arrendamento passa a ter-se acesso a uma linha de atendimento telefónica e a um endereço de correio eletrónico para expor questões, passando assim a estar em contacto com as entidades gestoras.

Referências:

- http://www.mercadosocialarrendamento.msss.pt

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Alterações ao Código da Estrada e novo Regulamento da Habilitação Legal para Conduzir

No passado dia 5 de Julho, foi publicado o diploma que introduz diversas alterações ao Código da Estrada, e aprova o novo Regulamento da Habilitação Legal para Conduzir, transpondo parcialmente a Diretiva do Parlamento Europeu e do Conselho, relativa à carta de condução. Este diploma visa harmonizar os prazos de validade, os requisitos de aptidão física, mental e psicológica, quando exigida, de candidatos e condutores e os requisitos para obtenção dos títulos de condução emitidos pelos diversos Estados membros da União Europeia e do espaço económico europeu.

Objetivos Esta legislação mostra-se indispensável ao desenvolvimento da política comum de

transportes, de forma a melhorar a segurança rodoviária e facilitar a circulação depessoas que fixam residência num Estado membro diferente do emissor do título decondução.

O diploma ora aprovado também procede à simplificação dos procedimentos

administrativos para obtenção dos títulos de condução e respectivos exames e elimina a licença de aprendizagem, retomando a designação de “prova prática”.

São ainda definidos novos mínimos de requisitos físicos, mentais e psicológicos exigíveis

aos condutores, bem como os conteúdos programáticos das provas que constituem oexame de condução, além de se reverem as características dos veículos licenciados paraa realização de exames de condução.

Por último, procede-se a ajustes nas disposições do Código da Estrada em matéria dos

velocípedes e das pessoas que neles podem ser transportadas, para promover autilização destes veículos como alternativa a outros meios de transporte de deslocaçãourbana, designadamente em atividades ligadas ao turismo e ao lazer.

Principais alterações: - Categorias das cartas de condução Procede-se à introdução de novas categorias de carta de condução. É introduzida a

categoria AM (ciclomotores), em substituição da atual licença de condução de ciclomotor,o que vai uniformizar estes títulos de condução em todo o espaço europeu e permitir oseu reconhecimento mútuo, sendo que até agora apenas existiam títulos nacionais decada Estado, sem valor além fronteiras;

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É introduzida uma nova categoria de motociclos, a A2, que permite conduzir motociclos

de potência máxima de 35 kw e que pode ser obtida a partir dos 18 anos; A idade para obtenção direta da categoria A, para condução de motociclos de grande

cilindrada, passa para os 24 anos, podendo contudo esta categoria ser obtida a partir dos 20 anos pelos titulares de carta de condução da categoria A2, com pelo menos 2 anos deexperiência.

- Prazos de validade Os prazos de validade para os títulos de condução foram encurtados, iniciando-se aos 30

anos para as categorias AM, A1, A2, A, B1, B e BE, (ciclomotores, motociclos e ligeiros)e aos 25 anos para as restantes categorias.

As cartas de condução passam a ter uma validade administrativa que não pode exceder

os 15 anos para as categorias AM, A1, A2, A, B1, B e BE (ciclomotores, motociclos eligeiros) e os 5 anos para as restantes categorias;

Os prazos de revalidação são fixados em 10 anos para as categorias AM, A1, A2, A, B1,

B e BE (ciclomotores, motociclos e ligeiros) até aos 60 anos do seu titular. A partir daí são encurtados, primeiro para 5 anos e depois para 2 anos, a partir dos 70 anos dotitular, sendo os prazos de revalidação sempre de 5 anos para as restantes categorias.

- Revalidação das cartas As novas idades de revalidação da carta de condução são as seguintes: 1. Aos 30, 40, 50, 60, 65, 70 anos do condutor e depois de 2 em 2 anos, para as

categorias AM, A1, A2, A, B1, B e BE (ciclomotores, motociclos, automóveisligeiros e automóveis ligeiros com reboque);

2. Aos 25, 30, 35, 40, 45, 50, 55, 60, 65, 70 anos do condutor e depois de 2 em 2

anos, para as categorias C1, C1E, C e CE (automóveis pesados de mercadorias)e condutores das categorias B e BE com averbamento do Grupo 2 (que exerçama condução de ambulâncias, veículos de bombeiros, de transporte de doentes,transporte escolar e de automóveis ligeiros de passageiros de aluguer);

3. Aos 25, 30, 35, 40, 45, 50, 55, 60 e 65 anos do condutor, para as categorias D1,

D1E, D e DE (automóveis pesados de passageiros).

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Os novos prazos de validade só são aplicáveis às cartas emitidas após 2 de janeiro de

2013, mantendo-se as cartas emitidas antes daquela data válidas pelo período delasconstante, com exceção das cartas de condução das categorias A1, A, B1, B e BE (motociclos e ligeiros) cujo prazo de validade continua a situar-se nas datas em que os seus titulares perfaçam 50 ou 60 anos, independentemente do prazo inscrito na carta decondução.

Passam a existir dois tipos de revalidação:

1. Revalidação meramente administrativa, aos 30 e aos 40 anos do titular das

categorias AM, A1, A2, A, B1, B e BE (ciclomotores, motociclos e ligeiros) e aos25 anos dos titulares das restantes categorias;

2. Mantém-se a revalidação obrigatoriamente precedida de exame médico e de

exame psicológico (quando exigido) - já definida pelo anterior Regulamento da Habilitação Legal para Conduzir - a partir dos 50 anos para os titulares das categorias AM, A1, A2, A, B1, B e BE (ciclomotores, motociclos e ligeiros) e a partir dos 25 anos para os titulares das restantes categorias, sendo neste caso aavaliação psicológica obrigatória na obtenção da categoria e posteriormente narevalidação aos 50 anos do condutor e em todas as revalidações posteriores.

- Novo modelo de carta de condução comunitária É introduzido um novo modelo de carta de condução comunitária, que inclui as novas

categorias; Foi também introduzida a obrigatoriedade de troca de título de condução estrangeiro,

emitido sem prazo de validade, no prazo de dois anos após fixação de residência emterritório nacional.

- Maior rigor na avaliação da aptidão física e mental São revistos os requisitos mínimos de aptidão física e mental dos condutores, tornando-

se mais exigentes no que respeita às condições de visão, à diabetes e à epilepsia (apartir de 2 de janeiro de 2013);

Exames teóricos e práticos (a partir de 2 de novembro de 2012):

1. Passa a existir uma prova teórica com 40 questões para os candidatos que pretendam obter as categorias A e B com base numa única prova teórica;

2. A prova teórica passa a ter a validade de 1 ano;

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3. Passa a ser possível a aplicação de um sistema de monitorização de provas

práticas do exame de condução; 4. É introduzida a condução independente durante a prova prática; 5. É reduzido o número de faltas que conduzem à reprovação na prova prática; São simplificados os procedimentos para obtenção da carta de condução, e eliminada, a

partir de 2 de janeiro de 2013, a licença de aprendizagem; É eliminado nos serviços desconcentrados do IMTT o arquivo em papel de atestados

médicos e da avaliação psicológica, passando a recorrer-se à digitalização destes documentos

Entrada em vigor Estas alterações entram em vigor no dia 2 de Novembro de 2012. No entanto, a disposição legal que vem agora estabelecer que as entidades privadas

autorizadas a realizar exames de condução passam a pagar ao IMT, I. P. umacontrapartida financeira de 10% do valor da emissão de uma carta de condução por cadaprova prática de exame marcada, tendo em conta as suas funções de organização,regulação e supervisão do sistema de exames de condução, já se encontra em vigordesde o passado dia 6 de Julho.

As alterações relativas ao novo modelo da carta de condução, sobre a versão B da

licença de condução e referentes à marcação dos exames, apenas entram em vigor nodia 2 de Janeiro de 2013.

O mesmo acontece relativamente à obrigatoriedade de, durante a formação e avaliação,

os candidatos a condutor serem titulares e portadores de duplicado da ficha de inscriçãona escola de condução, que também só entra em vigor no dia 2 de Janeiro de 2013.

Referências: - DL n.º 138/2012, de 5 de Julho

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Nova lei da concorrência Penalização dos diretores e das empresas

O novo regime da concorrência, aprovado pela Lei n.º 19/2012, de 8 de maio de 2012,

entra em vigor no próximo dia 9 de julho. Como já mencionado no trabalho anterior, a nova Lei visa harmonizar o regime jurídico nacional com as práticas comunitárias, reforça a separação entre os procedimentos de aplicação das regras de concorrência e os procedimentos penais e administrativos e alarga os poderes e os deveres da Autoridade da Concorrência. É ainda introduzido um regime de dispensa ou redução da coima, para as empresas que colaborem com a investigação às práticas anti-concorrências.

Tendo sido já descritas as principais alterações normativas e os principais objetivos,

assim como já traçado o regime dos recursos, nas notas seguintes trataremos agora daspráticas restritivas da concorrência, do controlo de concentrações, do papel daAutoridade da Concorrência, e, com especial enfoque, do regime sancionatório,designadamente do alargamento do leque de pessoas que podem ser responsabilizadaspor infrações, como sejam os diretores de empresas.

1. Práticas restritivas da concorrência Em sede de práticas restritivas da concorrência destacam-se as alterações seguintes: - Ao contrário do que sucedia à luz da Lei anterior, a Autoridade da Concorrência passa a

poder escolher os processos que pretende investigar, estabelecendo as suas prioridades. Interesse público Assim, a Autoridade da Concorrência passa a orientar a sua ação pelo critério do

interesse público de promoção de defesa da concorrência, podendo atribuir graus deprioridade diferentes no tratamento das questões que é chamada a analisar.

Buscas domici-liárias

- No âmbito da investigação, a Autoridade da Concorrência viu os seus poderes serem alargados, nomeadamente no que concerne às buscas domiciliárias.

Com efeito, esta entidade poderá efetuar buscas ao domicílio e veículos dos sócios,

membros dos órgãos de administração, trabalhadores e colaboradores das empresas e associações de empresas investigadas, entre as 7.00 h e as 21.00 h, mediante autorização prévia de um juiz de instrução, bastando para o efeito que tenha “fundadasuspeita” de que existem naqueles locais provas de violação grave.

Ou seja, desde que haja suspeita de acordos entre empresas com a intenção de

prejudicar a concorrência, como, por exemplo, a fixação de preços de compra ou venda,de forma direta ou indireta, ou a repartição de mercados e fontes de abastecimento,poderá haver lugar a uma busca ao domicílio.

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Poderá igualmente justificar uma busca domiciliária a suspeita de abuso de posição

dominante, como é o caso da limitação da produção, distribuição ou do desenvolvimentotécnico em prejuízo dos consumidores.

Buscas em escri-tório de advoga-do ou médico. Presença do juiz

No caso de se tratar de um escritório de advogados ou consultório médico, as buscasserão obrigatoriamente realizadas na presença do juiz de instrução e de umrepresentante da respetiva ordem profissional.

Tendo Portugal optado por não criminalizar os ilícitos da concorrência, este poder que

agora é dado à Autoridade da Concorrência tem-se entendido excessivo, considerando-se inclusivamente que diminui a defesa dos visados e que sacrifica direitos para resolver questões práticas e externas às empresas.

- No que concerne à fase do inquérito, passam a prever-se duas novas formas de

conclusão do mesmo para além das decisões que já existiam, de dar início à instrução oude arquivar: a decisão de condenação por transação e a decisão de arquivamento com condições.

Embora a Autoridade da Concorrência já utilize, na prática, estes expedientes, a sua

consagração expressa na lei representa uma importante novidade a nível de eficiência na atuação da Autoridade da Concorrência.

Emissão de nota de ilicitude

Acresce que a Autoridade da Concorrência fica expressamente habilitada a emitir novanota de ilicitude, sempre que os elementos de prova apurados após a emissão daprimeira nota de ilicitude alterem substancialmente os factos inicialmente imputados aovisado.

- Ao nível dos prazos, o novo regime da concorrência prevê prazos máximos de duração

das fases processuais: 18 meses para a fase de inquérito e 12 meses para a fase de instrução.

Não sendo possível o seu cumprimento, o Conselho da Autoridade da Concorrência dá

conhecimento ao visado e informa-o do período necessário para conclusão da investigação.

Resposta à nota de ilicitude

O prazo mínimo para que o visado possa responder à nota de ilicitude da Autoridade daConcorrência é previsto em 20 dias úteis.

- No exercício dos seus poderes de supervisão, a Autoridade da Concorrência pode

realizar estudos sectoriais e inspecções e auditorias nas instalações das empresas e de associações de empresas, bastando nos últimos casos que as empresas sejamnotificadas com uma antecedência mínima de 10 dias úteis.

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Saliente-se que prova assim obtida pode ser utilizada em processos sancionatórios. Publicação das decisões finais da Autoridade da Concorrência

- A nova Lei prevê agora a obrigatoriedade de se publicar na página electrónica daAutoridade da Concorrência as decisões finais adotadas em sede de processos porpráticas restritivas, sem prejuízo da salvaguarda dos segredos de negócio e de outrasinformações consideradas confidenciais.

2. Controlo de concentrações Operações de concentração. Notificações prévias

Os critérios de notificação prévia obrigatória no âmbito das operações de concentração também são objeto de alterações relevantes.

De acordo com as novas regras, passam a ser notificadas concentrações que: - Criem ou reforcem uma quota de mercado igual ou superior a 50 por cento (por

contraposição aos anteriores 30 por cento); - Criem ou reforcem uma quota de mercado igual ou superior a 30 por cento, mas

inferior a 50 por cento, desde que pelo menos duas das empresas tenhamrealizado, individualmente, um volume de negócios em Portugal igual ou superiora 5 milhões de euros;

- O volume de negócios realizado em Portugal pelo conjunto das empresas tenha

sido de 100 milhões de euros (por contraposição aos anteriores 150 milhões),desde que o volume de negócios individual de duas dessas empresas tenhasido, pelo menos, de 5 milhões de euros (antes 2 milhões), neste país.

Prazos de decisão

No domínio dos trâmites processuais, mantêm-se os prazos de decisão da Autoridade da Concorrência, ou seja, 30 dias úteis para a primeira fase e 90 dias úteis a contar da data da notificação para a adopção de uma decisão em fase de investigação aprofundada,mas introduzem-se algumas alterações, nomeadamente:

- A eliminação do prazo de sete dias úteis para notificar uma operação de

concentração, mantendo-se, porém, a obrigação de não realizar a concentração antes de uma decisão por parte da Autoridade da Concorrência;

- A notificação de uma operação de concentração antes da conclusão do acordo

pode ser feita quando as empresas demonstrem uma intenção séria de concluir o acordo; e

- A previsão de adopção de um formulário simplificado para concentrações que à

partida não suscitem entraves significativos à concorrência.

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O critério substantivo de apreciação das operações de concentração passa a ser o da

criação de entraves significativos à concorrência. Assim, deixa-se para trás o critério da criação ou reforço de uma posição dominante e

elimina-se a referência ao contributo da operação de concentração para acompetitividade internacional da economia nacional como factor de apreciação das concentrações, uma vez que não estava diretamente relacionado com objetivos de política de concorrência.

3. Responsabilidade e sanções Como já foi atrás referido, a nova lei da Concorrência alarga o leque de pessoas que

podem ser responsabilizadas por infrações. Sanções pecu-niárias

A responsabilidade, que pode levar a sanções pecuniárias, nos processos por práticasanticoncorrenciais pode abranger não apenas administradores das empresas visadas mas também diretores.

Com efeito, a nova Lei prevê expressamente que determinadas pessoas singulares

podem ser responsabilizadas por infrações às regras de concorrência. Entre estas encontram-se não só os titulares dos órgãos de administração (que já

podiam ser responsabilizados à luz da lei anterior), mas também os responsáveis peladireção ou fiscalização de áreas de atividade em que seja praticada alguma contra-ordenação.

Estas pessoas podem ser responsabilizadas por infrações às regras de concorrência “…

quando conhecendo ou devendo conhecer a prática da infração, não adotem as medidas adequadas para lhe pôr termo imediatamente".

Alargamento da responsabilidade

O alargamento da responsabilidade por infrações às regras da concorrência está a deixar preocupados, por exemplo, os advogados internos das empresas, questionando-se até se esta sanção pode atingir até aos auditores.

As coimas por práticas anticoncorrenciais e realização de operações de concentração

sem decisão prévia da Autoridade da Concorrência ou desrespeito pelas condições eobrigações impostas mantêm o limite de 10 por cento do volume de negócios, sendo queeste corresponde ao exercício imediatamente anterior ao da decisão final condenatória.

Coima aplicada a pessoas singu-lares

A coima aplicada a pessoas singulares, designadamente a administradores ou diretores,pode atingir 10 por cento da respetiva remuneração anual auferida pelo exercício das suas funções na empresa infratora, no ano anterior ao da prática proibida.

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4. Dispensa ou redução da coima Regime de cle-mência entre concorrentes

A nova Lei da concorrência prevê expressamente que seja aplicado um regime declemência, em exclusivo, às práticas anticoncorrenciais horizontais, isto é, entre concorrentes.

Assim, a Autoridade da Concorrência concede dispensa da coima aplicável à empresa

que revele a sua participação num alegado acordo ou prática concertada, desde queessa empresa seja a primeira a fornecer informações e elementos de prova.

As referidas informações e provas devem, porém, conter indicações completas e

precisas sobre o acordo ou a prática concertada e as empresas envolvidas, incluindo osobjetivos, atividades e funcionamento, o produto ou serviço em causa, o âmbito geográfico, a duração e informações específicas sobre datas, locais, conteúdo eparticipantes em contactos efetuados e todas as explicações relevantes apresentadasem apoio do pedido.

Os restantes denunciantes, que não o primeiro, poderão, ainda assim, beneficiar de

reduções no valor da coima, caso apresentem informações ou elementos de prova queapresentem um valor adicional significativo para a investigação em curso.

Assim, à primeira empresa que forneça informações e provas de valor adicional

significativo é concedida uma redução de 30 a 50 por cento. À segunda é concedida uma redução de 20 a 30 por cento e às empresas seguintes que

forneçam informações e provas de valor adicional significativo é concedida uma reduçãoaté 20 por cento.

Referências: - Lei n.º 19/2012, de 8 de maio de 2012 - Decreto-Lei n.º 67/2012, de 20 de março de 2012 - Portaria n.º 84/2012, de 29 de março de 2012

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Processo Especial de Revitalização de Empresas Foi recentemente publicada a Lei n.º 16/2012, de 20 de abril, que procede à sexta

alteração ao Código da Insolvência e da Recuperação de Empresas. As novas regras entraram em vigor em 20 de maio e, na medida em que não prevêem quaisquer disposições transitórias, aplicam-se aos processos pendentes.

As alterações introduzidas surgem na sequência de compromissos assumidos nos

memorandos celebrados entre Portugal e a Comissão Europeia, o Banco Central Europeu (BCE) e o Fundo Monetário Internacional (FMI), visam simplificar as formalidades e procedimentos dos procedimentos de insolvência e, de forma inovadora,instituir o processo especial de revitalização de empresas, tendo em vista a suarecuperação e manutenção. Este processo tem caráter urgente e pode ser utilizado por todo o devedor que, mediante declaração escrita e assinada, ateste que reúne ascondições necessárias para a sua recuperação.

1. Processo de insolvência / processo especial de revitalização Ao abrigo da nova Lei, o processo de insolvência é um processo de execução universal

que tem como finalidade a satisfação dos credores pela forma prevista num plano deinsolvência, baseado, nomeadamente, na recuperação da empresa compreendida na massa insolvente, ou, quando tal não se afigure possível, na liquidação do património dodevedor insolvente e a repartição do produto obtido pelos credores.

O processo especial de revitalização destina-se a permitir ao devedor que,

comprovadamente, se encontre em situação económica difícil ou em situação deinsolvência meramente iminente, mas que ainda seja suscetível de recuperação,estabelecer negociações com os respetivos credores de modo a concluir com estesacordo conducente à sua revitalização, através da aprovação de um plano de recuperação.

Por situação económica difícil entende-se a dificuldade séria, por parte do devedor, para

cumprir pontualmente as suas obrigações, designadamente por falta de liquidez ou por não conseguir obter crédito.

Este processo de revitalização pretende funcionar como um sistema alternativo ao

processo de insolvência nos casos em que as empresas, apesar de apresentaremdificuldades económicas ou de se encontrarem em situação de insolvência iminente, são ainda suscetíveis de recuperação.

É, pois, um processo menos burocrático, com uma intervenção diminuta do tribunal e que

tem como ulterior escopo evitar que a empresa tenha de apresentar-se à insolvência e, em última instância, à liquidação, na medida em que a recuperação da empresa tem umimpacto social e económico positivo mais elevado, além de se promover uma maioreficiência e celeridade do sistema judicial.

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Através deste processo de revitalização, o devedor pode tentar obter a adequada

protecção da sua capacidade produtiva, garantindo-se, assim, a manutenção dos postos de trabalho e a suspensão das cobranças de créditos até aprovação de um plano derecuperação e reestruturação da dívida.

Em suma, este processo de revitalização tem a grande vantagem de que, em caso de

acordo para a recuperação do devedor assinado entre o devedor e um conjuntosignificativo de credores, não necessariamente a sua totalidade, o devedor possa solicitara homologação do acordo por um juiz, através de um procedimento célere, e por essa via garantir a vinculação de todos os credores ao acordo, incluindo daqueles que não ocelebraram, tornando, assim, o mecanismo de procedimento extrajudicial de conciliaçãomais aliciante.

2. Tramitação inicial e subsequente Para se dar inicio ao processo de revitalização, é necessário um acordo escrito entre o

devedor e, pelo menos, um dos seus credores, no sentido de virem a ser encetadas negociações conducentes à revitalização do devedor, através da aprovação de um plano de recuperação. O acordo deve ser assinado por todos os declarantes e do mesmo deveconstar a data da assinatura.

Nesta fase, e uma vez munido do referido acordo escrito, o devedor deve comunicar que

pretende dar início às negociações conducentes à sua recuperação ao juiz do tribunalcompetente para declarar a sua insolvência, devendo este nomear, de imediato, pordespacho, administrador judicial provisório.

Depois desta designação, compete ao devedor comunicar, por carta registada, aos

restantes credores (que não tenham subscrito o acordo) que está aberta a fase denegociação para que os mesmos, querendo, possam intervir. Será então conferido umprazo de vinte dias para qualquer credor poder reclamar os seus créditos. As reclamações devem ser remetidas ao administrador judicial provisório, que, no prazo decinco dias, elabora uma lista provisória de créditos.

A lista provisória de créditos é imediatamente apresentada na secretaria do tribunal e

publicada no portal Citius, podendo ser impugnada no prazo de cinco dias úteis, sendoque o juiz dispõe do mesmo prazo para decidir sobre as impugnações formuladas.

Não sendo impugnada, a lista provisória de créditos converte-se de imediato em lista

definitiva.

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Uma vez decorrido o prazo para impugnações, os declarantes dispõem do prazo de dois

meses para concluir as negociações encetadas, o que poderá ser prorrogado pelomáximo de um mês e por uma só vez. O administrador judicial provisório participa nas negociações, orientando e fiscalizando o decurso dos trabalhos e a sua regularidade,assegurando que as partes não adotam expedientes dilatórios, inúteis ou, em geral, prejudiciais à boa marcha daquelas.

Importa salientar que a sociedade devedora, bem como os seus administradores de

direito ou de facto, serão solidária e civilmente responsáveis pelos prejuízos causadosaos seus credores em virtude de falta ou incorreção das comunicações ou informações a estes prestadas.

4. Conclusão das negociações As negociações poderão culminar num de dois cenários: (i) Aprovação conjunta de um plano de recuperação conducente à revitalização do

devedor; ou (ii) Não aprovação do referido plano de recuperação (incluindo os casos de decurso do

prazo legal para se encontrar um acordo). No primeiro cenário, caso tenham intervindo todos os credores do devedor, o plano de

recuperação conducente à revitalização deste deverá ser assinado por todos os credorese remetido ao Tribunal para homologação ou recusa pelo Juiz. Se o Tribunal decidirhomologar o plano de recuperação, o mesmo vinculará todos os credores, mesmo os quenão tenham participado nas negociações.

Num cenário de não aprovação do plano, o processo negocial é encerrado, devendo o

administrador judicial provisório comunicar tal facto ao processo, se possível, por meioseletrónicos, e publicá-lo no portal Citius.

Caso o devedor não se encontre ainda em situação de insolvência, o processo de

revitalização é pura e simplesmente extinto; se o devedor já estiver em situação deinsolvência, o encerramento do processo de revitalização acarreta a insolvência dodevedor, devendo a mesma ser declarada pelo Tribunal no prazo de três dias úteis a contar da comunicação da impossibilidade de os credores chegarem a acordo.

Finalmente, importa sublinhar que, no âmbito deste processo negocial, o devedor poderá

sempre, a todo o tempo, pôr fim às negociações, através de carta registada dirigida aoadministrador judicial provisório, aos credores e ao Tribunal, No entanto, se o fizer, ficaráimpedido de recorrer novamente a este procedimento por um período de dois anos.

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NOTA: O JORNAL FISCAL proporciona informação de carácter genérico, pelo que é aconselhável uma consulta profissional, antes de ser tomada qualquer decisão sobre os assun-tos apresentados. *Direitos reservados (copyright).

5. Efeitos do processo especial de revitalização A partir do momento em que o devedor comunica ao Tribunal que pretende dar início às

negociações conducentes à sua recuperação e logo que tomada a decisão de nomeaçãodo administrador judicial provisório, não poderão ser instauradas quaisquer ações paracobrança de dívidas contra o devedor.

Mais. Tal decisão suspende, durante todo o tempo em que perdurarem as negociações,

quanto ao devedor, as ações em curso para cobrança de dívidas contra o devedor,extinguindo-se aquelas logo que seja aprovado e homologado plano de recuperação,salvo quando este preveja a sua continuação.

Por outro lado, sendo nomeado administrador judicial provisório, fica o devedor impedido

de praticar atos de especial relevo, sem que para tanto obtenha prévia autorizaçãodaquele. Esta autorização deve ser requerida por escrito pelo devedor ao administrador judicial provisório e concedida pela mesma forma.

São exemplos de atos de especial relevo, entre outros: - A venda da empresa, de estabelecimentos ou da totalidade das existências; - A alienação de bens necessários à continuação da exploração da empresa,

anteriormente ao respectivo encerramento; - A alienação de participações noutras sociedades destinadas a garantir o

estabelecimento com estas de uma relação duradoura; - A aquisição de imóveis; - A celebração de novos contratos de execução duradoura; - A assunção de obrigações de terceiros e a constituição de garantias. Por último, os processos de insolvência em que anteriormente haja sido requerida a

insolvência do devedor suspendem-se na data de publicação no portal Citius do despacho de nomeação do administrador judicial provisório, desde que não tenha sidoproferida sentença declaratória da insolvência, extinguindo-se logo que seja aprovado e homologado plano de recuperação.

Referências: - Lei n.º 16/2012, de 20 de abril de 2012

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Prestações da Segurança Social Alterações nos regimes de atribuição para maior rigor

Estão já em vigor as mais recentes alterações a diversos regimes de atribuição de

prestações sociais: por doença, maternidade, paternidade, adoção e morte, o rendimento social de inserção (RSI), a lei da condição de recursos, bem como as alterações ao regime jurídico da proteção na eventualidade de encargos familiares (abono de família).

Subsídio de doença São reduzidos os montantes de subsídio de doença a atribuir aos trabalhadores por

conta de outrem, para os períodos de incapacidade de curta e média duração, de modoa combater as baixas fraudulentas.

Assim, até um mês os trabalhadores passam a receber de subsídio de doença 55% da

remuneração, menos 10% do que na versão anterior. Para períodos de incapacidade para o trabalho superiores a um mês e até 90 dias

passam a receber 60% do vencimento, contra os 65% pagos até agora. Majoração no subsídio

Introduziu-se uma majoração de 5% das percentagens referidas relativamente aos beneficiários em que se verifique uma das seguintes situações:

- a remuneração de referência seja igual ou inferior a 500 euros; - o agregado familiar integre três ou mais descendentes com idades até 16 anos,

ou até 24 anos se receberem abono de família para crianças e jovens; - o agregado familiar integre descendentes que beneficiem da bonificação por

deficiência do abono de família para crianças e jovens. Alterou-se, igualmente, a forma de apuramento da remuneração de referência nas

situações de totalização de períodos contributivos, passando a considerar-se o total das remunerações desde o início do período de referência até ao dia que antecede aincapacidade para o trabalho, de forma a serem eliminadas situações de desproteção social.

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Maternidade, paternidade e adoção Quanto à proteção social na eventualidade de maternidade, paternidade e adoção no

âmbito da parentalidade, para além da introdução da regra acima referida de apuramento da remuneração de referência nas situações de totalização de períodoscontributivos, adequa-se a proteção dos trabalhadores dependentes à proteçãogarantida aos trabalhadores independentes nas situações de risco clínico, maternidade,paternidade e adoção ocorridas após desemprego.

No que respeita à remuneração relevante para apuramento da remuneração de

referência para cálculo dos subsídios no âmbito da eventualidade de maternidade,paternidade e adoção, procede-se a uma harmonização entre o regime de proteção nesta eventualidade e o regime de proteção na doença.

Remuneração de referência com valor mais baixo

Assim, no âmbito da proteção na maternidade, paternidade e adoção, os subsídios de férias, de Natal e outros de natureza análoga deixam de ser considerados para efeitos de apuramento da remuneração de referência que serve de base de cálculo aos váriossubsídios pagos no âmbito de proteção na parentalidade.

Encargos familiares (abono de família) Relativamente à proteção na eventualidade de encargos familiares, passa a assegurar-

se que, sempre que exista uma alteração de rendimentos do agregado familiar quedetermine a alteração do rendimento de referência que implique uma alteração noposicionamento do escalão de rendimentos, se possa proceder a uma reavaliação do escalão em função dos novos rendimentos do agregado familiar.

Prova da situação escolar

A prova da situação escolar é antecipada para o mês de julho (era o mês de Outubro) demaneira a evitar situações de pagamento indevido de prestações, alterando-se em conformidade os efeitos jurídicos da falta ou da não apresentação da prova no prazoestabelecido.

Rendimento Social de Inserção (RSI) Quanto ao Rendimento Social de Inserção (RSI), procedeu-se a uma revisão global do

respetivo regime jurídico, tendo-se reforçado o seu carácter transitório e a naturezacontratual da prestação.

Assim, dá-se especial relevo aos deveres de procura ativa de emprego, de frequência de

ações de qualificação profissional e de prestação de trabalho socialmente útil comoformas de inserção socioprofissional dos titulares da prestação e dos membros do seuagregado familiar.

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Património mobiliário: redução do limite para acesso à prestação

O acesso à prestação do RSI está dependente de o valor do património mobiliário (ex.contas de depósitos bancários) e o valor dos bens móveis sujeitos a registo (ex. viatura automóvel), do requerente e do seu agregado familiar, não serem, cada um deles,superior a 25 153 euros (60 vezes o valor do indexante dos apoios sociais - IAS).

Integração no regime do RSI

Do ponto de vista formal, integra-se no regime jurídico do rendimento social de inserçãoas matérias relativas à condição de recursos, composição do agregado familiar, caracterização e informação sobre os rendimentos a considerar na determinação domontante da prestação, que se encontram na lei da condição de recursos (Decreto-Lei nº 70/2010, de 16.6), permitindo desta forma, aos cidadãos e aos serviços gestores desta prestação, um acesso e um conhecimento mais fácil da lei aplicável.

Alterações na prestação de RSI

No que diz respeito especificamente à prestação de RSI, importa destacar a introduçãodas seguintes alterações:

1. Procede-se à desindexação do valor do RSI ao valor da pensão social, passando

aquele a estar indexado ao IAS; 2. O RSI passa a ter como condição de atribuição a celebração do contrato de inserção,

não bastando, como acontecia até agora, o compromisso do titular da prestação em vir a subscrever e a prosseguir o referido programa, evitando-se situações de recebimento da prestação não relacionadas com o cumprimento de um programa de inserção social eprofissional por parte dos beneficiários da prestação;

Deste modo, o RSI passa a ser devido apenas a partir da data da celebração do contrato

de inserção, salvo nas situações em que este seja subscrito depois de decorrido o prazode 60 dias após a apresentação do requerimento devidamente instruído, por facto nãoimputável ao requerente, situação em que a prestação é devida desde aquele prazo;

3. A renovação anual da prestação deixa de ser automática, passando a estar

dependente da apresentação de um pedido de renovação por parte dos respetivostitulares;

4. Cria-se a obrigação de os beneficiários da prestação de RSI terem de se inscrever

para emprego, no centro de emprego, para procura ativa de emprego, e adesenvolverem trabalho socialmente útil, nos termos a regulamentar em diploma próprio;

5. A prestação de RSI deixa também de ser impenhorável, passando a estar sujeita ao

regime da penhorabilidade parcial aplicável às restantes prestações do sistema desegurança social;

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6. Alargam-se as situações de cessação da prestação de RSI, passando a ser causa de

cessação, entre outras, a falta de comparência injustificada a quaisquer convocatóriasefetuadas pelos serviços gestores da prestação, bem como situações em que asubsistência do titular da prestação é assegurada pelo Estado (ex.: cumprimento de prisão em estabelecimento prisional e institucionalização em equipamentos financiadospelo Estado);

7. O cumprimento de prisão preventiva passa a ser causa de suspensão da prestação de

RSI. Restituição de prestações De modo a facilitar a restituição voluntária das prestações indevidamente recebidas, por

parte dos beneficiários, altera-se de 36 para 120 meses o prazo máximo do pagamentoem prestações do montante de prestações indevidamente pagas no âmbito da restituiçãodireta.

Proteção na morte No âmbito da eventualidade de morte: - limitou-se o valor da pensão de sobrevivência do ex-cônjuge, do cônjuge

separado judicialmente de pessoas e bens e da pessoa cujo casamento tenhasido declarado nulo ou anulado ao valor da pensão de alimentos recebida à data do falecimento do beneficiário;

- foi introduzido um limite máximo para o valor do subsídio por morte igual a seis

vezes o valor do IAS (2515,32 euros); - eliminou-se o prazo de caducidade de cinco anos para acesso à pensão de

sobrevivência, podendo esta ser requerida a todo o tempo, com efeitos para ofuturo no caso de ser requerida após seis meses decorridos do óbito dobeneficiário;

- no que se refere às causas de cessação da pensão de sobrevivência, passa a

considerar-se também como causa de cessação a união de facto do pensionista. Diplomas alterados

O Decreto-Lei nº 133/2012, de 27 de junho, que introduziu as alterações supra descritas,

modificou a redação dos seguintes diplomas:

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Decreto-Lei nº 142/73, de 31.3 – Estatuto das Pensões de Sobrevivência; Decreto-Lei nº 133/88, de 20.4 – Regime de restituição de prestações

indevidamente pagas; Decreto-Lei nº 322/90, de 18.10 - Proteção na eventualidade da morte dos

beneficiários do regime geral de segurança social; Lei nº 13/2003, de 21.5 (republicada em anexo ao Decreto-Lei nº 133/2012) –

Criou o Rendimento Social de Inserção (RSI); Decreto-Lei nº 176/2003, de 2.8 (republicado em anexo ao Decreto-Lei nº

133/2012) – Regime de atribuição de abono de família para crianças e jovens; Decreto-Lei nº 28/2004, de 4.2 – Regime jurídico de proteção na eventualidade

doença; Portaria nº 984/2007, de 27.8 - Fixa os procedimentos relativos à prova anual da

situação escolar, para efeitos de atribuição de abono de família para crianças ejovens;

Decreto-Lei nº 89/2009, de 9.4 – Proteção na parentalidade, no âmbito da

eventualidade maternidade, paternidade e adoção, dos trabalhadores que exercem funções públicas integrados no regime de protecção socialconvergente;

Decreto-Lei nº 91/2009, de 9.4 – Regime jurídico de proteção social na

parentalidade, no âmbito do sistema previdencial e do subsistema de solidariedade;

Decreto-Lei nº 70/2010, de 16.6 - Regras para a verificação da condição de

recursos para efeitos de atribuição de prestações sociais. Referências: - Decreto-Lei nº 133/2012, de 27 de junho.

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Redução do desemprego Apoio financeiro para compensar salário

A Medida Incentivo à Aceitação de Ofertas de Emprego, destinada a ser aplicada a

desempregados subsidiados que aceitem oferta de emprego cuja retribuição ilíquida seja inferior à prestação de desemprego, entra em vigor no próximo dia 5 de Agosto.

As ofertas de emprego, apresentadas pelo centro de emprego ou por colocação pelos

próprios meios, não podem ter um valor inferior ao salário mínimo (485 euros) ou àremuneração prevista em instrumento de regulamentação coletiva de trabalho queabranja o trabalhador.

Requisitos dos beneficiários

Assim, será concedido um apoio financeiro aos beneficiários do regime geral desegurança social que sejam titulares de prestações de desemprego e reúnam, cumulativamente, as seguintes condições:

- estejam inscritos nos centros de emprego há mais de seis meses; - aceitem oferta de emprego cuja retribuição ilíquida seja inferior à prestação de

desemprego; - tenham, na data da celebração do contrato de trabalho, direito a beneficiar da

prestação de desemprego por um período remanescente igual ou superior a seis meses.

Apoio financeiro O apoio financeiro consiste na atribuição de um montante pecuniário mensal igual a:

50 % do valor da prestação de desemprego durante os primeiros 6 meses, até

ao limite máximo de 500 euros; 25 % do valor da prestação de desemprego durante os 6 meses seguintes, até

ao limite máximo de 250 euros. Para efeitos de cálculo do apoio financeiro a conceder, deve considerar-se o montante

diário da prestação de desemprego deferido à data de início da vigência do contrato detrabalho.

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Valor mensal do apoio O valor mensal da prestação de desemprego corresponde ao valor diário multiplicado

por 30. Período de atribuição

Nestes termos, o apoio financeiro pode ser atribuído até 12 meses durante cada períodode concessão da prestação de desemprego, incluindo neste o período de concessão dosubsídio social de desemprego subsequente, não podendo ser superior ao remanescente do período da prestação de desemprego em curso, ressalvadas asseguintes situações:

- Nas situações em que o contrato de trabalho preveja um período de duração

inferior a 12 meses, os períodos acima referidos (primeiros 6 meses e 6 meses seguintes) são reduzidos proporcionalmente ao período de vigência do contratode trabalho;

- Nas situações em que o contrato de trabalho tenha uma duração inferior a 12

meses, o trabalhador poderá celebrar novo contrato de trabalho ao abrigo dapresente medida, desde que continue a ter direito a prestações de desemprego,ainda que por período inferior a 6 meses;

Suspensão do apoio por doença

O pagamento do apoio financeiro é suspenso durante os períodos de concessão dosubsídio de doença, incluindo o respetivo período de espera, bem como dos subsídios no âmbito da proteção na parentalidade.

O montante do apoio financeiro recebido pelo trabalhador em acumulação com o

pagamento dos subsídios de doença ou de parentalidade é deduzido do remanescente do apoio a que o trabalhador ainda tenha direito, ou é restituído nas situações em que talnão seja possível.

Contrato de trabalho Requisitos do contrato de trabalho

Para efeitos de aplicação da referida medida, releva somente o contrato de trabalho celebrado a partir de 5 de Agosto do ano corrente, que preencha, designadamente, osseguintes requisitos:

- não seja celebrado com empregador com o qual o beneficiário manteve uma

relação laboral cuja cessação tenha dado origem ao reconhecimento do direito àprestação de desemprego;

- garanta, pelo menos, o salário mínimo e demais direitos previstos na legislação

laboral ou em instrumento de regulamentação coletiva de trabalho aplicável;

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- tenha uma duração igual ou superior a três meses e com horário de trabalho a

tempo completo. Redução do período de atribuição das prestações de desemprego O período de concessão das prestações de desemprego a que o beneficiário tem direito

após a cessação involuntária do contrato de trabalho é reduzido em função do períodode atribuição do apoio financeiro pago ao beneficiário.

Não acumulação com outras medidas de emprego A designada Medida de Incentivo à Aceitação de Ofertas de Emprego não é acumulável

com outras medidas de apoio para o mesmo posto de trabalho, nomeadamente aMedida Estímulo 2012, aprovada pela Portaria nº 45/2012, de 13 de fevereiro, e com a dispensa temporária do pagamento de contribuições para a Segurança Social, prevista no Decreto-Lei nº 89/95, de 6 de maio.

Registo de remunerações por equivalência O período de pagamento do apoio financeiro dá lugar ao registo de remunerações por

equivalência à entrada de contribuições pelo valor do apoio financeiro atribuído. Requerimento Prazo O apoio financeiro em acumulação com trabalho por conta de outrem a tempo completo

deve ser requerido pelo beneficiário no Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP), no prazo de 30 dias consecutivos, contados da data do início de vigência do con-trato de trabalho.

Instrução O requerimento é instruído com a apresentação do contrato de trabalho, que deve incluir,

obrigatoriamente, a data do início de vigência, duração e retribuição mensal, bem comouma declaração da entidade empregadora, em modelo próprio aprovado pelo IEFP, em como não beneficia, para o mesmo posto de trabalho, de outros apoios, nomeadamente da Medida Estímulo 2012 ou de dispensa de pagamento de contribuições à SegurançaSocial.

Financiamento A Medida é especificamente financiada pelo orçamento da Segurança Social,

constituindo uma despesa do sistema previdencial. Referências: - Portaria nº 207/2012, de 6 de julho.

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Alteração à legislação laboral Alguns aspetos do regime do contrato de trabalho

Em virtude das alterações introduzidas ao Código do Trabalho, a vigorar a partir do

dia 1 de agosto, enumera-se neste artigo algumas novidades na legislação laboral, designadamente no que se refere ao regime de cessação do contrato de trabalho, incluindo a respetiva compensação devida ao trabalhador, às regras sobre a organização do tempo de trabalho, bem como a eliminação da obrigatoriedade de envio de algumas declarações à Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT).

CESSAÇÃO DO CONTRATO DE TRABALHO Causas - caducidade (verificando-se o seu termo; por impossibilidade superveniente,

absoluta e definitiva, de o trabalhador prestar o seu trabalho ou de o empregador o receber; com a reforma do trabalhador, por velhice ou invalidez);

- revogação (cessação por acordo); - despedimento por facto imputável ao trabalhador;

- despedimento coletivo; - despedimento por extinção de posto de trabalho:

O diploma facilita bastante esta modalidade, deixando cair o critério da antiguidade (o

trabalhador mais antigo era normalmente protegido e tinha prioridade no acesso a posto de trabalho alternativo). Na prática, este instituto passa a ficar mais próximo dospressupostos do despedimento coletivo, podendo o empregador assumir qualquercritério que seja “relevante e não discriminatório” para definir quais os postos de trabalho a eliminar.

- despedimento por inadaptação:

Passa a ser mais fácil despedir individualmente, já que o empregador deixa de estar obrigado, como até aqui, a dar uma segunda oportunidade ao trabalhador (sob a formade um posto de trabalho compatível), podendo recorrer a esta figura, mesmo que não tenham sido introduzidas alterações no posto de trabalho, bastando que haja uma modi-ficação substancial da prestação realizada pelo trabalhador e que, em face das circuns-tâncias, seja razoável prever que tenham caráter definitivo.

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- resolução pelo trabalhador (justa causa);

- denúncia pelo trabalhador (com ou sem aviso prévio).

Compensação pela cessação do contrato de trabalho 1. Relativamente aos contratos celebrados a partir de Novembro de 2011, abran-

gendo contratos a termo certo e incerto (Lei nº 53/2011, de 14.10), os trabalhadores terão direito a receber uma indemnização equivalente a 20 dias de retribuição base ediuturnidades por cada ano completo de antiguidade, até ao limite máximo de 12 retribui-ções base e diuturnidades ou 240 vezes o valor do salário mínimo (116 400 euros).

O valor da retribuição base mensal e diuturnidades do trabalhador a considerar para efei-

tos de cálculo da compensação não pode ser superior a 20 vezes o valor do saláriomínimo.

2. Em relação aos contratos celebrados por tempo indeterminado antes daquela

data (até 31 de outubro de 2011), terão de se distinguir duas situações: duração do contrato até 31 de outubro de 2012 e a duração a partir de 1 de Novembro de 2011. Em qualquer dos casos, deve ter-se presente que o montante total da compensação nãopode ser inferior a três meses de retribuição base e diuturnidades.

Duração do contrato até 31 de outubro de 2012:

O montante da compensação corresponde a um mês de retribuição base e diuturnidades

por cada ano completo de antiguidade. Nota: Quando da aplicação desta regra resulte um montante de compensação que seja:

igual ou superior a 12 vezes a retribuição base mensal e diuturnidades do traba-

lhador ou a 240 vezes o montante do salário mínimo (116 400 euros), o traba-lhador não acumula mais direitos relativamente ao tempo de contrato que exce-da 1 de novembro de 2012. Por exemplo, um trabalhador com um contrato de trabalho cuja duração atinja 15 anos a 31.10.2012, recebe o montante corres-pondente a 15 retribuições, que pode ser superior a 240 vezes o valor do saláriomínimo (116 400 euros).

inferior a 12 vezes a retribuição base mensal e diuturnidades do trabalhador ou a

240 vezes o montante do salário mínimo, o montante global da compensaçãonão pode ser superior a estes valores. Assim, recebe, no máximo, a compensa-ção correspondente a 12 vezes a retribuição mensal ou 116 400 euros, no casode aquela retribuição ser muito elevada.

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NOTA: O JORNAL FISCAL proporciona informação de carácter genérico, pelo que é aconselhável uma consulta profissional, antes de ser tomada qualquer decisão sobre os assun-tos apresentados. *Direitos reservados (copyright).

Duração a partir de 1 de Novembro de 2011: O montante da compensação corresponde a 20 dias de retribuição base e diuturnidades

por cada ano completo de antiguidade. O valor da retribuição base e diuturnidades do trabalhador a considerar não pode ser

superior a 20 vezes o montante do salário mínimo (9700 euros). Em caso de fração de ano, o montante da compensação é calculado proporcionalmente.

3. Contratos a termo certo e incerto celebrados antes de 1 de Novembro de 2011

Em caso de caducidade de contrato de trabalho a termo, incluindo o que seja objeto de

renovação extraordinária, nos termos da Lei nº 3/2012, de 10.1, ou de contrato de traba-lho temporário, celebrados antes de 1 de novembro de 2011, a compensação corres-pondente a 20 dias de retribuição base e diuturnidades por cada ano de duração do con-trato (em caso de fração de ano o montante é calculado proporcionalmente) é calculada do seguinte modo:

em relação ao período de duração do contrato até 31 de outubro de 2012 ou até

à data da renovação extraordinária, caso seja anterior a 31 de outubro de 2012, o montante da compensação corresponde a três ou dois dias de retribuição basee diuturnidades por cada mês de duração, consoante a duração total do contratonão exceda ou seja superior a seis meses, respetivamente;

em relação ao período de duração do contrato a partir de 1 de novembro de

2012, o montante da compensação corresponde aos 20 dias de retribuição basee diuturnidades por cada ano de duração do contrato.

O valor da retribuição base e diuturnidades do trabalhador a considerar não pode ser

superior a 20 vezes o montante do salário mínimo (9 700 euros). Em caso de fração deano, o montante da compensação é calculado proporcionalmente.

4. Fundo de compensação do trabalho Tem sido consecutivamente adiado, mas a ideia é que este fundo pague parte das com-

pensações em caso de despedimento. A proposta preliminar que dará origem à definitivade implementação do Fundo só deverá surgir no terceiro trimestre de 2012. Nesta altura o valor das indemnizações deverá cair outra vez para a média europeia dos atuais 20 dias (novos contratos) para oito a 12 dias por ano de trabalho.

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Referência TSS Trabalho e Segurança Social TSS 26/2012

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TEMPO DE TRABALHO Trabalho suplementar

Passa a ser pago pela metade, em relação ao que acontecia até agora: a primeira hora passa a ser paga a 25% da retribuição pela primeira hora ou fração desta e 37,5% por hora ou fração subsequente, se estivermos a falar de dias úteis; e 50% por cada hora ou fração, no caso de dias de descanso semanal, obrigatório ou complementar, ou de feria-dos. Esta norma é imperativa durante dois anos em relação a contratos individuais econvenções coletivas que disponham em sentido mais favorável para o trabalhador.

Banco de horas O empregador e o trabalhador podem acordar diretamente a prestação de trabalho em

regime de banco de horas sem que isso tenha de passar pela negociação coletiva, pelosindicato e pela comissão de trabalhadores. Nesse caso, “o período normal de trabalhopode ser aumentado até duas horas diárias e atingir 50 horas semanais, tendo o acrés-cimo por limite 150 horas por ano”. A instituição do banco de horas grupal também é faci-litada, bem como o alargamento deste regime a toda a empresa: toda uma equipa podeser abrangida pela medida desde que uma maioria de 60% ou 75% dos trabalhadoresesteja abrangida por regime de banco de horas estabelecido por IRCT ou por acordoindividual, respetivamente (tal como acontece com a regime da adaptabilidade grupal).Por outro lado, a compensação do trabalho prestado em acréscimo, no âmbito do bancode horas estabelecido por IRCT, passa a poder ser feita através do aumento do períodode férias.

TEMPO DE DESCANSO Folgas/descanso compensatório O novo diploma anula ainda “as disposições de instrumentos de regulamentação coletiva

de trabalho e as cláusulas de contratos de trabalho celebrados antes da entrada emvigor da presente lei que disponham sobre descanso compensatório por trabalho suple-mentar prestado em dia útil, em dia de descanso semanal complementar ou em feriado”.Esta norma é também ela imperativa durante dois anos em relação a contratos indivi-duais e convenções coletivas que disponham em sentido mais favorável para o trabalha-dor.

Férias É eliminada a majoração dos três dias de férias por assiduidade, passando o período de

férias a ser simplesmente de 22 dias.

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Referência TSS Trabalho e Segurança Social TSS 26/2012

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Feriados Prevê-se, igualmente, a partir de 2013, a eliminação de 4 feriados (Corpo de Deus, de 5

de outubro, de 1 de novembro e de 1 de dezembro). Pontes Em caso de ocorrência de pontes num dia que esteja entre um feriado que ocorra à ter-

ça-feira ou quinta-feira e um dia de descanso semanal (sábado ou domingo), o empre-gador passa a poder encerrar a empresa total ou parcialmente, contando esse dia comoférias dos trabalhadores.

Faltas Agravamento da cominação prevista para o caso de falta injustificada em período ime-

diatamente anterior ou posterior a dia ou meio-dia de descanso ou feriado, que também passa a contar como falta.

Obrigações/declarações Comunicações à Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT): Relatório Único (relatório anual da atividade social da empresa); Mapa de horário de trabalho; Aligeiramento do conteúdo das comunicações de início de atividade ou sua alte-

ração; Deferimento tácito do requerimento de redução ou exclusão do intervalo de des-

canso; Eliminação da obrigatoriedade de envio do regulamento interno da empresa, do

mapa de horário de trabalho, bem como do acordo de isenção de horário de tra-balho.

Referências: - Lei nº 23/2012, de 25 de junho.

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Referência AFT Agenda Fiscal e Tabelas AFT 19/2012

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Taxas do IVA nos países da União Europeia

Nos quadros que se seguem podem ser consultadas as taxas de IVA a que estão atualmente sujeitos os bens e serviços nos diversos países da União Europeia, bem como a evolução das taxas do mesmo imposto em Portugal continental.

Estados Membros Taxa super reduzida Taxa reduzida Taxa Normal Taxa Intermédia

Bélgica - 6/12 21 12 Bulgária 9 20 - República Checa - 14 20 - Dinamarca - - 25 - Alemanha - 7 19 - Estónia - 9 20 - Grécia - 6,5/13 23 - Espanha 4 8* 18 * - França 2,1 5,5/7 19,6 - Irlanda 4,8 9/13,5 23 13,5 Itália 4 10 21 - Chipre - 5/8 17 - Letónia - 12 21 - Lituânia - 5/9 21 - Luxemburgo 3 6/12 15 12 Hungria - 5/18 27 - Malta - 5/7 18 - Holanda - 6 19 - Áustria - 10 20 12 Polónia 5/8 23 -

Portugal - 6/13 23 13 Roménia 5/9 24 - Islovénia - 8,5 20 - Islováquia - 10 20 - Finlândia - 9/13 23 - Suécia - 6/12 25 - Reino Unido - 5 20 -

* Prevê-se um agravamento da taxa normal de 18% para 21%, e da taxa reduzida de 8% para 10%.

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Evolução das taxas do IVA aplicadas em Portugal desde 1986

Portugal Taxa reduzida Taxa Normal Taxa Agravada Taxa Intermédia

01/01/1986 8 16 30 - 01/02/1988 8 17 30 - 24/03/1992(*) 5 16 30 - 01/01/1995 5 17 - - 01/07/1996 5/12 17 - - 05/06/2002 5/12 19 - 12 01/07/2005 5/12 21 - 12 01/07/2008 5/12 20 - 12 01/07/2010 6/13 21 - 13 01/01/2011 6/13 23 - 13

* Em 24 de março de 1992 foi abolida a taxa 0%. Todos os bens e serviços com taxa 0% estão atualmente sujeitos a uma taxade IVA de 6%.

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NOTÍCIAS LEGAIS 13/2012 De 22 de Junho a 11 de Julho de 2012

FISCALIDADE

LEGISLAÇÃO Orçamento Açores RALRA - Açores n.º 20/2012/A, de 2.7 Aprova o 1.º Orçamento Suplementar da Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores para o

ano de 2012

Orçamento Madeira

DRR n.º 16/2012/M, de 4.7 Aprova a execução do Orçamento da Região Autónoma da Madeira para 2012

Fundo de Estabilização Aduaneiro

DL n.º 142/2012, de 11.7 Procede à primeira alteração ao Decreto-Lei n.º 118/2011, de 15 de dezembro, que aprova a orgânica da Autoridade Tributária e Aduaneira e à terceira alteração ao Decreto-Lei n.º 274/90, de 7 de setembro, no respeitante à dotação do Fundo de Estabilização Aduaneiro

ACÓRDÃOS Acórdãos do Supremo Tribunal Administrativo

IRS Processo n.º 032/10, de 27/06/2012 Considera que “I - Acordada entre o contribuinte e a sua entidade patronal a cessação do contrato de

trabalho entre ambos, obrigando-se ela a pagar-lhe determinadas quantias ao longo de vários anos, a lei a aplicar para efeitos de imposto sobre o rendimento das pessoas singulares, é a vigente em cada um dos anos em que houve recebimentos em cumprimento de tal acordo II - Mesmo após a entrada em vigor da Lei n.º 30-G/2000, de 29 de Dezembro a celebração de novo vínculo com entidade em relação de domínio ou de grupo com a ex-entidade patronal releva para efeitos de aplicação da parte final do n.º 4 do artigo 2.º do Código do IRS, mercê do disposto no n.º 10 do artigo 2.º do CIRS. III - Não obstante as evidentes diferenças entre as redações do n.º 4 do artigo 2.º do Código do IRS da Lei n.º 3-B/2000, de 4 de Abril e do Decreto-Lei n.º 198/2001, de 3 de Julho no que toca ao cálculo do montante excluído de tributação, à natureza do novo vínculo e ao “período de inibição” após a cessação de funções, em ambas a manutenção da exclusão tributária (dentro dos limites quantitativos fixados) está dependente do fato de, dentro do período temporal legalmente delimitado (“nos 12 meses seguintes”, na redação da Lei n.º 3-B/2000, de 4 de Abril; “nos 24 meses seguintes”, na redação do Decreto-Lei n.º 198/2001, de 3 de Julho) não ser criado novo vínculo. IV - A reeleição para um novo mandato do presidente do Conselho de Administração de sociedade dominada em momento anterior ao da cessação de funções de vogal do conselho de administração da sociedade dominante não exclui a indemnização recebida em virtude da cessação de funções na socie-dade dominante da não sujeição tributária prevista no n.º 4 do artigo 2.º do Código do IRS.”

Reversão Processo n.º 0623/12, de 27/06/2012 Considera que “I - Não é inconstitucional a norma do artigo 8.º, n.º 1, do RGIT, quando interpretado no

sentido de que consagra uma responsabilidade pelas coimas, que se efetiva pelo mecanismo da rever-são da execução fiscal, contra gerentes ou administradores da sociedade devedora. II - O recurso, ainda que implícito, ao sistema de reversão das execuções não constitui um fator de censura constitucional, desde que, em cada caso concreto, seja acautelada a existência de um processo equitativo. III - O pensamento legislativo subjacente à alínea c) do artigo 148º do CPPT, introduzida pela Lei nº 3-B/2010 de 18 de Abril, é o de incluir na execução fiscal a responsabilidade civil do gestor pelo não paga-mento das coimas em que a empresa foi condenada, pelo que se deve proceder a uma interpretação correctiva dessa alínea, de modo a que seja possível alcançar tal finalidade. IV - As reversões determinadas antes da data da entrada em vigor da norma da alínea c) do artigo 148ºdo CPPT só são válidas se o potencial revertido efetivamente exerceu o contraditório e a defesa relativamente à coima aplicada à devedora originária.”

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IVA – correcção Processo n.º 087/12, de 27/06/2012 Considera que “I - Na situação descrita no nº 3 do art. 87º do CIVA, a competência para apurar o IVA em

resultado de correções efetuadas nas declarações dos contribuintes é atribuída ao Serviço de Adminis-tração do IVA (ou de Cobrança do IVA, a partir da vigência do DL nº 100/95, de 19/5), sem prejuízo da competência que assiste ao chefe de repartição de finanças, nos termos do art. 82º do mesmo CIVA. II - O dever legal de fundamentação deve responder às necessidades de esclarecimento do destinatário, informando-o do itinerário cognoscitivo e valorativo do respetivo ato e permitindo-lhe conhecer as razões, de fato e de direito que determinaram a sua prática. III - A pretensa falta ou irregularidade da notificação não afeta a validade do ato tributário, mas tão só a sua eficácia.”

Acórdãos do Tribunal Central Administrativo – Sul IVA – métodos indiretos Processo n.º 04397/10, de 03/07/2012 Considera que “1. Nos termos do C.I.V.A., a obrigação geral dos sujeitos passivos disporem de contabili-

dade adequada ao apuramento e fiscalização do imposto deriva do estabelecido no artº.28, nº.1, al.g). Assim se explica que os sujeitos que face a lei comercial e fiscal estão obrigados a dispor de contabilida-de organizada, devam observar, igualmente, certas obrigações contabilísticas em ordem a obter segu-rança e clareza no registo das operações decorrentes da aplicação do Código do IVA e necessárias ao cálculo do imposto, bem como para permitir o seu controlo (cfr. artºs. 44 a 52, do C.I.V.A.). 2. Atendendo à especificidade do I.V.A., não pode a A. Fiscal operar alterações à quantificação da base tributável deste imposto, sem que fique demonstrado terem sido praticadas omissões ou inexatidões no registo de compras ou no registo de vendas do sujeito passivo em causa. 3. O recurso aos métodos indiretos só é legalmente possível quando o apuramento da matéria coletável através de correções técnicas se revele, de todo, impraticável, pois que a fixação da matéria tributável por tais métodos deve revestir a natureza de “ultima ratio fisci” e exigir uma cuidada fundamentação quanto à opção pela sua utilização (cfr. artº. 81, nº. 1, da L.G.Tributária). 4. O artº. 87, al. b), da L.G.Tributária, cuja redação foi estabelecida pela Lei n.º 30-G/2000, de 29/12, prevê a possibilidade de avaliação indireta da matéria tributável quando se verifica a falta dos elementos necessários para comprovar e quantificar direta e exatamente a matéria tributável, pelo que a avaliação direta é impossível. Esta impossibilidade, porém, só pode resultar das anomalias e incorreções taxativa-mente indicadas nas várias alíneas do artº. 88, da L.G.Tributária (cfr. artº. 81, nº. 1, da L.G.Tributária). Nestes casos, a avaliação da matéria tributável é feita com base em indícios, presunções ou outros elementos de que a Administração Tributária dispuser, de entre os indicados no artº. 90, nº. 1, do mesmo diploma. Como se constata pelas situações descritas no preceito, o que releva para determinar o impe-dimento não é uma impossibilidade absoluta de avaliação direta da matéria tributável, mas sim a impos-sibilidade de tal avaliação no momento em que ela deve ser efetuada (impossibilidade relativa). Já o artº. 88, al. a), da L.G.Tributária consagra um dos casos em que pode ser impossível a comprovação e quanti-ficação direta e exata da matéria tributável. 5. Na citada al. a), do artº. 88, da L.G.T., prevêem-se várias situações constitutivas de infrações tributá-rias, designadamente a não organização da contabilidade de harmonia com as regras contabilísticas, a qual se encontra prevista no artº. 121, do R.G.I.T. 6. A A. Fiscal no exercício da sua competência de fiscalização da conformidade da atuação dos contri-buintes com a lei, atua no uso de poderes estritamente vinculados, submetida ao princípio da legalidade, cabendo-lhe o ónus de prova da existência de todos os pressupostos do ato de liquidação adicional, designadamente, a prova da verificação dos pressupostos que a determinaram à aplicação dos métodos indiretos de avaliação que suportam a liquidação. Mais devendo chamar-se à colação que a Administra-ção Fiscal, no âmbito do procedimento tributário, está sujeita ao princípio do inquisitório (cfr. artº. 58º, da L.G.T.), o qual é um corolário do dever de imparcialidade que deve nortear a sua atuação. Este dever de imparcialidade reclama que a Fazenda Pública procure trazer ao procedimento todas as provas relativas à situação fáctica em que vai assentar a decisão, mesmo que elas tenham em vista demonstrar fatos cuja revelação seja contrária aos interesses patrimoniais da Administração. Mais se deve realçar que o órgão instrutor pode utilizar, para conhecimento dos fatos necessários à decisão do procedimento, todos os meios de prova admitidos em direito (cfr. artº. 72º, da L.G.T.). 7. Deve reconhecer-se a prova de erro de quantificação relevante no cálculo da matéria tributável em sede de I.V.A. e através de métodos indiretos, provando-se os seguintes vectores: a) utilização do rácio R01 de 6%, quando se admite que deveria ser de 5,75%; b) utilização de percentagem de repartição das vendas omitidas de 60% e 40%, quando deveria ser de 90% e 10%; c) utilização no cálculo de presunção de vendas omitidas de custos que não correspondiam a aquisições de combustíveis não relevadas contabilisticamente. 8. Na área do Direito Fiscal, a doutrina define a anulação como o ato através do qual a Administração ou o Tribunal revogam, total ou parcialmente, o ato tributário que, em virtude de erro de fato, erro de direito ou omissão, tenha definido uma prestação tributária individual superior à que decorre diretamente da lei. 9. A divisibilidade do ato tributário constitui o argumento utilizado pela jurisprudência para fundamentar a possibilidade da decisão judicial de anulação parcial dos atos tributários, baseando-se na classificação dos atos administrativos divisíveis. 10. As situações de anulação judicial e parcial do ato tributário, somente podem verificar-se em relação a atos tributários que tenham base em correções técnicas à matéria coletável, pois somente em relação a esta espécie de aperfeiçoamentos da mesma é possível cindir o ato tributário e declarar a anulação parcial do mesmo, que não já em relação a atos tributários assentes na fixação da matéria coletável por métodos indiretos. É que, no caso do ato tributário se fundamentar na aplicação de métodos indiretos de fixação da matéria coletável, o Tribunal, se acaso conclui que a mesma aplicação se encontra indevida-mente fundamentada ou padece de qualquer outra ilegalidade, deve anular totalmente o ato tributário em causa, a tal o obrigando, desde logo, o princípio “in dubio contra fiscum” previsto no artº.100, do C.P.P.Tributário. Concluindo, salvo melhor opinião, não é possível a cisão judicial do ato tributário que assente na fixação da matéria coletável por métodos indiretos, visto que ao Tribunal não compete, em nenhum caso, substituir-se à Administração Tributária no apuramento da matéria coletável e estruturação da sequente liquidação. 11. Os requisitos do direito a juros indemnizatórios previsto no artº. 43º, nº. 1, da L.G.Tributária, são os seguintes: a) Que haja um erro num ato de liquidação de um tributo;

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b) Que o erro seja imputável aos serviços; c) Que a existência desse erro seja determinada em processo de reclamação graciosa ou de impugnação judicial; d) Que desse erro tenha resultado o pagamento de uma dívida tributária em montante superior ao legal-mente devido. 12. Verificando-se um erro de quantificação relevante, o qual fundamenta a decisão de anular as liquida-ções objeto dos presentes autos, deve o mesmo enquadrar-se no erro sobre os pressupostos de fato que funciona como requisito do direito a juros indemnizatórios consagrado no examinado artº.43, nº.1, da L.G.Tributária.”

DIREITO DO TRABALHO E DA SEGURANÇA SOCIAL LEGISLAÇÃO Código do Trabalho Lei n.º 23/2012, de 25.6 Procede à terceira alteração ao Código do Trabalho, aprovado pela Lei n.º 7/2009, de 12 de fevereiro.

TSS 26/2012, DF 2012-06-27

Farmácias oficina

DLR n.º 29/2012/A, de 26.6 Primeira alteração ao Decreto Legislativo Regional n.º 6/2011/A, de 10 de março, que estabelece o regime jurídico das farmácias de oficina na Região Autónoma dos Açores

Recrutamento e mobilidade dos docentes do ensino básico DL n.º 132/2012, de 27.6 Estabelece o novo regime de recrutamento e mobilidade do pessoal docente dos ensinos básico e

secundário e de formadores e técnicos especializados

Prestações sociais

DL n.º 133/2012, de 27.6 Altera os regimes jurídicos de proteção social nas eventualidades de doença, maternidade, paternidade e adoção e morte previstas no sistema previdencial, de encargos familiares do subsistema de proteção familiar e do rendimento social de inserção, o regime jurídico que regula a restituição de prestações indevidamente pagas e a lei da condição de recursos, no âmbito do sistema de segurança social, e o estatuto das pensões de sobrevivência e o regime jurídico de proteção social na eventualidade de mater-nidade, paternidade e adoção no âmbito do regime de proteção social convergente. TSS 24/2012

Estabelecimentos de ensino – autonomia administração e gestão DL n.º 137/2012, de 2.7 Procede à segunda alteração do Decreto-Lei n.º 75/2008, de 22 de abril, que aprova o regime jurídico de

autonomia, administração e gestão dos estabelecimentos públicos da educação pré-escolar e dos ensi-nos básico e secundário

Incentivos à aceitação de emprego Portaria n.º 207/2012, de 6.7 Cria a Medida Incentivo à Aceitação de Ofertas de Emprego TSS 25/2012

ACÓRDÃOS Supremo Tribunal de Justiça Pensão complementar de reforma Proc. nº. 2083/06.0TTLSB.L1.S1, de 5.6.2012 Considera que: “I - A pré-reforma corresponde à situação de suspensão ou redução da prestação do

trabalho em que o trabalhador, com idade igual ou superior a 55 anos, mantém o direito a receber uma prestação pecuniária mensal paga pela sua entidade patronal até à data em que passe à situa-ção de pensionista por limite de idade ou invalidez, até à data em que regresse ao pleno exercício das suas funções por acordo com a sua entidade patronal ou até à data da cessação do contrato de trabalho. II - Se nos termos do Regulamento de Pensões de Reforma/Viuvez da ré esta garantiria aos seus trabalhadores uma pensão complementar de reforma, que corresponderias à diferença entre o valor resultante do seu esquema de cálculo constante do dito regulamento e a que viesse a ser atribuída pela Segurança Social, se esta fosse de montante inferior, sendo a pensão de reforma atribuída por esta entidade de montante superior não assiste ao autor o direito a receber da R qualquer montante a título de pensão complementar. III - Efetivamente, e estando subjacente ao regulamento da ré a finalidade de complementar a pen-são da Segurança Social quando o seu montante fosse inferior ao da pensão calculada de acordo com esse regulamento e nada mais, não pode afirmar-se que o desiderato desse regulamento fosse o de garantir sempre aos trabalhadores da ré o direito a auferir uma pensão complementar de refor-ma. IV - Sendo prática usual da ré efetuar os cálculos da pensão a atribuir nos termos do seu Regula-mento de Pensões de Reforma/Invalidez considerando apenas a parte fixa da retribuição dos seus

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NOTA: O JORNAL FISCAL proporciona informação de carácter genérico, pelo que é aconselhável uma consulta profissional, antes de ser tomada qualquer decisão sobre os assuntos apresentados. *Direitos reservados (copyright).

trabalhadores e sem atender à média dos valores variáveis auferidos nos últimos doze meses, não pode considerar-se como discriminatória a circunstância de a ré ter atendido também à parte variável da retribuição em relação a um só dos seus funcionários atenta a ausência de prova de fatos demonstrativos de igualdade de situações entre este e o autor. V - Assim, não se alcança qualquer ilegalidade na atuação da ré se, no cálculo da pensão do autor, apenas ponderou a média dos “ordenados” por ele recebidos nos últimos doze meses do contrato (embora nesta se tivesse em consideração 14 prestações), sem atender às demais componentes retributivas auferidas, mormente a título de prémios de eficiência e de bónus, se era esta a prática generalizada da empresa.”

Local de trabalho – transferência de trabalhador Proc. nº. 19/04.2TTLSB.L1.S1, de 5.6.2012 Considera que: “I - Tratando-se de um contrato de trabalho em que estavam estipuladas concreta-

mente as funções a desempenhar pelo trabalhador e se consignou o local onde tais funções iriam ser levadas a efeito – Lisboa – a transferência do trabalhador, com o acordo deste e concedida através de despacho da empregadora com os dizeres: “Informa-se que o Sr. (…) irá para o Porto por um período mínimo de 12 meses, renovável anualmente”, assume a natureza de temporária. II - Sendo uma transferência temporária, quer o trabalhador, quer o empregador pode pôr-lhe fim, mediante uma declaração de vontade nesse sentido. III - Resultando provado que o A. suportou despesas concretas, objetivamente relacionadas com as suas deslocações em serviço e transporte em veículo próprio, e que a R. paga tais despesas aos seus tripulantes na situação do A., o apuramento do montante concreto das mesmas terá de ser, necessariamente, levado a cabo em posterior liquidação, nos termos do disposto no art. 661.º, n.º 2 do CPC.”

Isenção de horário de trabalho

Acórdão do Supremo Tribunal de Justiça n.º 6/2012, de 25.6

Ao trabalhador isento de horário de trabalho, na modalidade de isenção total, não é devido o paga-mento de trabalho suplementar em dia normal de trabalho, conforme resulta dos artigos 17.º, n.º 1, alínea a), do Decreto-Lei n.º 409/71, de 27 de setembro, e 197.º, n.º 4, alínea a), do Código do Trabalho de 2003, mesmo que ultrapasse os limites legais diários ou anuais estabelecidos nos artigos 5.º, n.º 1, alíneas a) e b), do Decreto-Lei n.º 421/83, de 2 de dezembro, e 200.º, n.º 1, alíneas a) a c), do Código do Trabalho de 2003, após a entrada em vigor deste diploma.

CONTABILIDADE E SOCIEDADES COMERCIAIS

LEGISLAÇÃO Energia – incentivos DLR n.º 27/2012/A, de 22.6 Revê o sistema de incentivos à produção de energia a partir de fontes renováveis, aprovado pelo

Decreto Legislativo Regional n.º 5/2010/A, de 23 de fevereiro

Comissão de normalização contabilística

DL n.º 134/2012, de 29.6 Procede à revisão da estrutura e composição da Comissão de Normalização Contabilística, adaptan-do-a às novas competências de normalização para o setor público

Código da Estrada DL n.º 138/2012, de 5.7 Altera o Código da Estrada e aprova o Regulamento da Habilitação Legal para Conduzir, transpondo

parcialmente a Diretiva n.º 2006/126/CE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 20 de dezem-bro, alterada pelas Diretivas n.os 2009/113/CE, da Comissão, de 25 de agosto, e 2011/94/UE, da Comissão, de 28 de novembro, relativas à carta de condução. DDG 22/2012, DF 2012-05-29

Código Civil Lei n.º 24/2012, de 9.7 Aprova a Lei-Quadro das Fundações e altera o Código Civil, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 47344, de

25 de novembro de 1966

Balcão do empreendedor

DL n.º 141/2012, de 11.7 Altera o Decreto-Lei n.º 48/2011, de 1 de abril, no respeitante à implementação do «Balcão do empreendedor»

ACÓRDÃOS Supremo Tribunal de Justiça Sociedade Irregular Proc. nº. 1267/03.8TBBGC.P1.S1, de 12.6.2012 Considera que: “I - A Relação tem a última palavra relativamente à fixação da matéria de fato, só a

esta instância competindo, em regra, censurar, através do exercício dos poderes que lhe são confe-ridos pelos n.ºs 1 a 4 do art. 712.º do CPC, a decisão proferida nesse particular pela 1.ª instância, limitando-se o STJ, no exercício da sua função de tribunal de revista, a definir e aplicar o regime ou

Page 47: P Edição nº 13/2012 J F , L - Vida Económicajf_ed13... · Alteração à legislação laboral. Alguns aspetos do Regime ... - comprovação de deficiência fiscalmente relevante,

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enquadramento jurídico adequado aos fatos já anterior e definitivamente fixados. II - O STJ poderá exercer o controlo e decidir do juízo formado pela Relação sobre a matéria de fato, quando esta deu como provado um fato sem a produção da prova considerada indispensável, por força da lei, para demonstrar a sua existência, ou com violação da força probatória fixada. Nessas situações, do que se tratará é de saber se a Relação, ao proceder da forma como o fez, se confor-mou, ou não, com as normas que regulam tal matéria (direito probatório), o que constitui matéria de direito. III - Se a autoria de determinados documentos particulares não foi posta em causa a força probatória que deles emana é a fixada no art. 376.º, n.ºs 1 e 2, do CC, provando as declarações aí exaradas, mas deixando de fora outros fatos relevantes que poderiam ser comprovados por outros meios probatórios. IV - O abuso do direito, na configuração expressa no art. 334.º do CC, tem um carácter polimórfico, sendo a proibição do “venire contra factum proprium” uma das suas manifestações. Uma modalidade especial da proibição do venire é a chamada “verwirkung” (ou supressio) e que se pode caracterizar do seguinte modo: a) o titular de um direito deixa passar longo tempo sem o exercer; b) com base nesse decurso de tempo e com base ainda numa particular conduta do dito titular ou noutras circuns-tâncias, a contraparte chega à convicção justificada de que o direito já não será exercido; c) movida por esta confiança, essa contraparte orientou em conformidade a sua vida, tomou medidas ou adotou programas de acção na base daquela confiança, pelo que o exercício tardio e inesperado do direito em causa lhe acarretaria agora uma desvantagem maior do que o seu exercício atempado. V - É consabido que o iter constitutivo de uma sociedade resulta de um processo ou ato complexo de formação sucessiva, por vezes moroso, tendo o legislador, ciente desta situação e encarado como normal a chamada pré-vida societária, procurado, no art. 36.º, n.º 2, do CSC, solucionar expressa-mente essa problemática, mandando aplicar à sociedade não formalizada o regime das sociedades civis, nomeadamente a destituição do administrador, por justa causa (art. 986.º do CC), o dever deste prestar contas aos outros sócios (art. 988.º do CC) e os termos a observar na liquidação do respetivo património (arts. 1010.º e segs. do CC). VI - Não é pelo fato de se encontrar encerrado o estabelecimento de uma sociedade irregular, há mais de cinco anos relativamente à data da instauração da acção, que a aludida sociedade desapa-rece da ordem jurídica, pois há que proceder à sua dissolução e liquidação e, como resulta dos arts. 1009.º, 1012.º, 1015.º e 1016.º do CC, nestas fases o administrador continua a ter poderes, sendo, por isso, razoável, perante a persistente recusa do administrador em outorgar a escritura e avançar para o encerramento unilateral do estabelecimento, a pretensão de judicialmente o destituir, a qual mantém toda a utilidade e interesse em ser concretizada. VII - Não pode o réu/recorrente (administrador) socorrer-se da figura do abuso do direito em ordem a paralisar a pretensão de o afastar da administração; aliás, o exercício tardio de um direito, pelo respetivo titular, em princípio só o prejudicaria a ele próprio e não a quem o direito poderá ser opos-to.”

Insolvência – exoneração do passivo restante

Proc. nº. 1267/03.8TBBGC.P1.S1, de 19.6.2012 Considera que: “I - A exoneração do passivo restante é um regime particular de insolvência que redunda em benefício das pessoas singulares, com vista à obtenção do perdão da quase totalidade das suas dívidas remanescentes, mas que não tem por objetivo específico as dívidas da massa insolvente, representando um desvio enorme na finalidade última do processo de insolvência, da satisfação dos interesses dos credores. II - Só depois da satisfação do interesse do devedor, surge, em segundo plano, como finalidade do instituto, a realização de um relevante interesse económico, ou seja, o da rápida reintegração do devedor na vida económico-jurídica. III - Podendo ser titulares de empresas comerciais as sociedades e os comerciantes individuais, sendo, in casu, os requerentes da insolvência “representantes e sócios/acionistas de sociedades comerciais”, não são «titulares de uma empresa», nos termos e para os efeitos do preceituado pelo art. 18.º, n.º 2, do CIRE. IV - A existência do elemento «prejuízo para os credores», não decorre, automaticamente, do teor literal da al. d), do n.º 1, do art. 238.º, do CIRE, não tem natureza objetiva, tratando-se de um pres-suposto independente da tardia apresentação do pedido de insolvência, devendo antes ser, concre-tamente, apurado, em cada caso, com afastamento terminante de qualquer tipo de presunção de prejuízo, que carece sempre de demonstração efetiva. V - Ao contrário do que acontecia com o regime estabelecido no CPEREF, que estatuía a cessação da contagem dos juros “na data da sentença da declaração de falência”, os juros passaram com o CIRE a ser considerados créditos subordinados e, como tal, a vencer-se após a apresentação à insolvência, não ocasionando o atraso desta, por si só e independentemente de outras circunstân-cias, qualquer prejuízo para os credores. VI - A apresentação tardia do insolvente-requerente da exoneração do passivo restante não constitui presunção de prejuízo para os credores, pelo fato de, entretanto, se terem acumulado juros de mora, competindo antes aos credores do insolvente e ao administrador da insolvência o ónus da prova de um efetivo prejuízo, que, seguramente, se não presume. VII - Os fundamentos determinantes do indeferimento liminar do pedido de exoneração do passivo restante não assumem uma feição, estritamente, processual, uma vez que contendem com a ponde-ração de requisitos substantivos, cuja natureza assumem, não se traduzindo em fatos constitutivos do direito do devedor a pedir a exoneração do passivo restante, mas antes em fatos impeditivos desse direito, razão pela qual compete aos credores e ao administrador da insolvência a sua demonstração”.