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REVISTA TRIMESTRAL INFORMAçãO GERAL DISTRIBUIçãO GRATUITA JUNHO 2011 24 PRESIDENTE DA REPÚBLICA INAUGURA NOVA CENTRALIDADE A NOVA CIDADE DO KILAMBA NACIONAL SONAMET Inauguração da nova sede no Lobito. EMPRESAS ANGOFLEX Uma parceria bem sucedida entre a Sonangol e a Technip. ACTUALIDADE ZONA ECONÓMICA ESPECIAL Relançamento da indústria transformadora

P NOV A CENTRALIDADE A NOVA CIDADE DO KILAMBA

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Revista tRimestRal • infoRmação GeRal • DistRibuição GRatuita • JunHo 2011 • nº24

Presidente da rePública inaugura nOVa centralidade

A NOVA CIDADE DO KILAMBA

nacionalSONAMET

Inauguração da nova sede no Lobito.

EmprEsas ANGOFLEX

Uma parceria bem sucedida entre a Sonangol e a Technip.

actualidadEzONA ECONÓMICA ESPECIAL

Relançamento da indústria transformadora

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46 lazerVIAgEM A hOustONA maior cidade do Texas e quarta maior dos Estados Unidos, merece ser apreciada com tempo

naciOnalRELANçAMENtO DA INDústRIAOito novas unidades fabris iniciaram actividade na Zona Económica Especial, em Viana

06 nOtíciasBREVEs DA ACtuALIDADEAs últimas novidades no sector do petróleo e no Universo Sonangol

28 internaciOnalEXpO MuNDIAL 2012 “Angola Desenvolvimento Sustentável – Nosso Compromisso” será o lema da participação angolana na Coreia do Sul

18 Filda 2011A MAIOR FEIRA DO sECtOR EMpREsARIAL Matos Cardoso perspectiva o grande encontro empresarial de Angola

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destaQue A NOVA CIDADE DO KILAMBAFoi inaugurado o maior projecto habitacional alguma vez construídono País

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naciOnal ANgOFLEXA base de enrolamento de tubos rígidos do Dande é um colosso ao serviço do desenvolvimento do sector petrolífero angolano

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Colabore Com a revista sonangol notíCias, mande os seus textos para [email protected]

ediçãO• gabinete de Comunicação e imagem – [email protected] • director – João Rosa Santos • assistência executiva – Nadiejda Santos (coordenadora), Hélder Sirgado, Paula Almeida, José Augusto, Raimundo Vilares, Kimesso Kissoca, Edvaldo Nelumba • assistência editorial – José Mota, Beatriz Silva, Carlos Guerreiro, Sandra Teixeira, Marta Sousa, Lúcio Santos, Sarissari Diniz • Fotografia – José Quarenta, Henrique Artur • secretariado – Helena Tavares, Yolanda Carvalho • distribuição – Mateus Tavares, Carvalho Neto, Diogo Lino • impressão – Damer Gráficas, S. A. • tiragem – 5000 exemplares • design gráfico, apoio editorial e produção –

cOnselhO de administraçãO • presidente – Manuel Vicente • administradores executivos – Anabela Fonseca, Fernando Roberto, Francisco de Lemos, Mateus de Brito, Baptista Muhongo Sumbe, Sebastião Gaspar Martins • administradores não executivos – Albina Assis Africano, José Guime, André Lelo

PrOPriedade Sonangol, E.P.

• sede Rua Rainha Ginga, 29/31 Caixa Postal 1316 LuandaTel.: 226 643 342 / 226 643 343Fax: 226 643 996www.sonangol.co.ao

revista disponivel nos voos da:

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• Março 2011 - Nº2304

OP

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PalaVra dO directOrJoão Rosa Santos

IDENtIDADE E VALOREs

Na última década, as palavras identidade e valores têm ocupa-do maior espaço no quotidiano

das organizações empresariais. Desde as pequenas às grandes empresas, o seu conhecimento e prática vão se alargando e aprofundando.Esta importante dimensão cultural assume-se, cada vez mais, como fac-tor estratégico de negócio e é um forte estímulo ao bom desempenho e sucesso organizacional.Não sendo moda ou arte, tão pouco “conversa para boi dormir”, a identidade e os valores são parte integrante do co-ração empresarial e ajudam a promover as melhores práticas de gestão.Nenhuma organização está capaz de progredir se não tiver a sua própria iden-tidade e os seus valores devidamente consolidados, e à altura da realidade do mercado e da sociedade.

É, assim, perfeitamente compreensível a relação cada vez mais estreita entre a cultura organizacional e os resultados empresariais que, no fundo, reflectem o potencial de um activo intangível com valor de mercado.Os exemplos de boas práticas de go-vernação, ainda que timidamente, multiplicam-se nos últimos tempos em Angola, quer através do incentivo a valores como a inovação, o empreende-dorismo, a criatividade, a ousadia, quer com recurso a outras práticas capazes de criar diferenciais competitivos.Não há dúvida de que a identidade e os valores evidenciam nas organizações empresariais a necessidade premente de se saber interpretar as relações la-borais, as relações interpessoais, o meio envolvente, o contexto e a realidade quotidiana.Este cenário multicultural serve de ba-

rómetro à complexidade que permeia as empresas contemporâneas pois, não apenas se convive com valores e práticas na consagração da identidade, como também na absorção e compre-ensão da justeza das acções por parte da sociedade.O ideal genuíno da identidade e valo-res nas organizações assenta pois na ideia da realização primordial do bem comum. Pouco a pouco as empresas estão a perder a vocação exclusiva de geradoras de riquezas e a transformar-se em instituições com elevada persona-lidade social.

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A Sonangol participou no encontro “Exportar Angola: Internacionalização, Promoção e Atracção de Investimentos – Factores de Inovação e de Competitividade”, inserido no âmbito da 18ª Assembleia Geral de Accionistas do Banco Africano de Exportação e Importação (AFREXIMBAMK), que decorreu na capital angolana, de 20 a 25 de Junho.No seu stand, a Sonangol teve em exibição, vários painéis com informações detalha-das sobre a exportação nacional de petróleo bruto, incluindo as características desse recurso natural em Angola, as percentagens das ramas exportáveis, os seus desti-nos e os principais compradores. A petrolífera estatal angolana apresentou igual-mente a nova Visão e novos Valores da companhia, a sua política de valorização do Meio Ambiente, do ser humano e da sociedade, bem como a apresentação das suas diversas empresas Subsidiárias no país e no estrangeiro.A sessão de abertura da exposição foi presidida pela Ministra do Comércio de Angola, Idalina Valente, que se fazia acompanhar do Presidente do AFREXIMBANK, Jean--Louis Ekra, e do Governador do Banco Nacional de Angola, José Lima Massano, entre outras individualidades. Recorde-se que, o AFREXIMBANK é uma instituição internacional criada pelos Estados africanos, com instituições financeiras nacionais e internacionais, que tem como objectivo promover o desenvolvimento do comér-cio dentro e fora de África.

pEtRÓLEO NA “EXpORtAR ANgOLA”

A cidade de Luanda acolheu em Junho último, uma reunião do Comité Exe-cutivo da Associação das Refinarias Africanas (ARA) cuja presidência, este ano, é assumida pela Administradora da Sonangol E.P., Anabela Fonseca, em representação da petrolífera esta-tal angolana.A reunião do Comité Executivo, de periodicidade trimestral e que se rea-liza pela primeira vez no país, foi orien-tada pela Administradora Anabela Fonseca e contou com a participa-ção de responsáveis das mais diver-sas Refinarias a nível do continente africano, entre os quais a Presidente da Comissão Executiva da Refina-

ria de Luanda, Ana Joaquina Costa. O próximo evento, no âmbito da ARA, será um workshop sobre “Os Desa-fios dos Biocombustíveis em África”, tendo em conta a actual questão da auto sustentabilidade alimentar nessa região do globo. A Associação de Refinarias Africanas, fundada em 2006, conta com repre-sentantes de Angola, Egipto, Sudão, Líbia, Zâmbia, Quénia, África do Sul, Nigéria, Marrocos, Senegal, Cote D’Ivore, Ghana, Argélia, Camarões e República Democrática do Congo.

COMItÉ EXECutIVO DA ARA REúNE EM LuANDA

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A Sonangol participou, de 21 a 24 de Junho, em Moscovo, no 9° Congresso de Petró-leo e Gás da Rússia.O evento, que tem como objectivo prin-cipal o intercâmbio e partilha de infor-mação sobre a evolução da indústria petrolífera mundial, registou a presença de algumas das mais renomadas empre-sas do sector. Ao intervir durante uma sessão, o Direc-tor de Exploração da Sonangol, Severino Cardoso, fez uma abordagem genérica da trajectória de desenvolvimento da petrolífera estatal angolana, tendo rea-firmado o empenho e determinação da Sociedade Nacional de Combustíveis de Angola na conquista de um lugar de destaque em África e no mundo, em ter-mos de exploração de hidrocarbonetos.

Para Severino Cardoso, apesar das difi-culdades, a empresa angolana tem alcan-çado resultados muito positivos no seu percurso, o que a torna cada vez mais global, estando actualmente represen-tada, de forma condigna, em quase todos os continentes.Em Moscovo, e ainda no âmbito das actividades inseridas na realização do 9º Congresso de Petróleo e Gás Russo, a Sonangol também esteve presente num salão de exposições através da exi-bição do potencial petrolífero de Angola. O espaço reservado à Sonangol na expo-sição registou grande afluência de visi-tantes ávidos por conhecer mais sobre a realidade angolana, em particular sobre o sector petrolífero e do gás.

O Brasil vai aumentar a sua produção de petróleo em quase três vezes até 2020. Segundo o Plano Decenal de Energia do Governo, divulgado pela Empresa de Pes-quisa Energética (EPE), a produção de petróleo no país deve passar dos actuais 2,1 milhões de barris para 6,1 milhões de barris em dez anos.Segundo o relatório, o aumento da produção de petróleo é resultado do pré-sal e do investimento da Petrobras e de outras empresas que actuam na camada de petróleo. Essa expansão da produção fará com que o Brasil actue como expor-tador, e cerca de 50% da produção brasileira de petróleo será destinada ao mer-cado externo em 2020. Está previsto que sejam investidos 510 bilhões de reais para as actividades de petróleo e gás natural durante o período de 2011 a 2020.Segundo o presidente da EPE, Maurício Tolmasquim, que apresentou, no Rio de Janeiro, o Plano Decenal de Expansão de Energia (PDE 2020), o consumo vai aumentar, mas o grosso disso vai para o mercado externo, tanto a produção da Petrobras como de todo o sector privado.Em relação ao gás natural, a estimativa da EPE é de um salto da oferta dos actu-ais 58 milhões de metros cúbicos (m³) por dia em 2011 para 142 milhões m3/dia em 2020. Além disso, a EPE projecta que o preço do etanol seja competitivo em relação ao da gasolina, pois a oferta de etanol concentra quase a totalidade dos investimentos previstos para a área de biocombustíveis, que somam 97 bilhões de reais.

sONANgOL pARtICIpA EM CONgREssO sOBRE pEtRÓLEO E gÁs DA RússIA

BRAsIL VAI quAsE tRIpLICAR A pRODuçãO DE pEtRÓLEO AtÉ 2020

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2,1Milhões

6,1Milhões

2020

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FONtEs pRIMÁRIAs DE ENERgIA MuNDIAL

No contexto de uma constante e permanente monitorização ambiental das suas operações, a Total E & P Angola (TEPA) lançou recentemente, sob os auspícios do Ministério dos Petróleos, o livro “Síntese de Diagnóstico Ambiental” e a Base de Dados Ambiental “Mango”.O livro, prefaciado pela Ministra do Ambiente, Dra. Fátima Jardim, apresenta o resumo e uma análise sintética de oito campanhas de monitorização realizadas de 1998 a 2007, com vista a estabelecer um estado inicial/presente do ambiente em diferentes perímetros dos Blocos 3, 17 e 32. A cerimónia de lançamento teve lugar a 20 de Maio, no anfiteatro do Ministério dos Petróleos e contou com a participa-ção dos Vice-ministros daquela entidade de tutela e do Ministério do Ambiente, Eng. Aníbal Silva e Eng. Syanga Abílio respectivamente, que enalteceram a inicia-tiva da TEPA, pelo trabalho de investigação científica que espelha a preocupação da Total pelas questões Ambientais em Angola. Naquela ocasião, foi igualmente tornada pública uma outra ferramenta que se coloca à disposição das autorida-des, dos parceiros, das universidades e demais interessados. Trata-se da Base de Dados Ambiental denominada MANGO - MONITORIZAÇÃO ANGOLA, aces-sível on-line através do endereço electrónico: www.totalepangola-mango.fr/.

As fragilidades da economia, particu-larmente nos Estados Unidos, princi-pal consumidor de petróleo do mundo, onde o desemprego está a aumentar, e a crise da Líbia, que privou o mercado de cerca de 1,2 milhão de barris de petróleo diários desde o início da crise, somado a altos preços, contribuíram para a pos-sibilidade de um aumento das quotas, apesar de haver reticências.“Se o mercado precisar de mais petróleo, os membros da OPEP produzirão mais”, disse o ministro dos Petróleos de Angola, José Maria Botelho de Vasconcelos, em Viena, onde participou na reunião que estudou as medidas para aumentar a produção nos próximos tempos.“Adoptaremos um papel responsável”, disse o chefe da delegação de Nigéria, Goni Musa Sheik, no final desse encon-tro, depois de assegurar que levarão em conta a situação económica, parti-cularmente nos países desenvolvidos, e os últimos desastres naturais, entre outros factores.

pROtECçãO DO AMBIENtE E DA BIODIVERsIDADEOpEp pREtENDE AuMENtAR pRODuçãO

O presidente da Petrobas Bio-com-bustíveis, Miguel Rosseto, disse que a empresa prevê que o petróleo, gás e carvão continuem a ser fonte pri-mária de energia mundial nas próxi-mas décadas, apesar da necessidade crescente de se investir em alternati-vas renováveis.“Nas próximas décadas, petróleo, gás e carvão continuarão a ser fonte pri-mária maioritária na oferta de energia necessária para abastecer a econo-mia mundial. Hoje, 80% das fontes pri-márias que oferecem essa energia em escala mundial tem como base petró-leo, gás e carvão”, afirmou.O executivo discursou para uma pla-teia de empresários e pesquisadores do sector de etanol e açúcar no pri-meiro dia do Ethanol Summit 2011, que

aconteceu em São Paulo. Para Rosseto, é importante cada vez mais aprender a utilizar essas energias reduzindo as emissões de carbono na atmosfera, o que, segundo ele, exigirá reposicio-namento e investimentos crescentes em tecnologia por parte das empresas produtoras de petróleo, como a Petro-bras. “A agenda de sequestro de car-bono será cada vez mais uma agenda importante, que irá exigir padrões de investimentos tecnológicos crescen-tes”, afirmou. O século XXI, assegura, será marcado pela transição e diver-sidade energética, em que se compar-tilhará o uso de combustíveis fósseis, como o petróleo, com energias reno-váveis. “Empresas de energia terão que estar preparadas estrategicamente para oferecer essa diversidade de energia”.

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sOLuçõEs tÉCNICAs MADE IN ANgOLA

Francisco Santa Ana (texto)

sONAMEt

EM 12 ANOs, A sONAMEt ORguLhA-sE DE tER REALIzADO MAIs DE 25 MILhõEs DE hORAs DE tRABALhO, DAs quAIs MAIs

DE 12 MILhõEs DE hORAs EFECtIVAs DE pRODuçãO.

À margem da inauguração da nova sede social da sonamet, no lobito, o director Geral da empresa, José Barroso, concedeu-nos uma entrevista na qual faz o balanço de 12 anos de actividade.

em que contexto surgiu a sonamet?Os planos de desenvolvimento do Sector Petrolífero, em complemento ao esforço geral de desenvolvimento do nosso País, passam pelo desen-volvimento de empresas nacionais, organizadas e funcionando segundo os padrões mais elevados do sector, em todo o País. Uma das áreas iden-tificadas, e com alto potencial para elevar os níveis de conteúdo local, foi o sector da Fabricação de instalações e estruturas petrolíferas, pelo que há cerca de 12 anos, a Direcção da So-nangol decidiu aumentar a capacidade instalada neste sector com a criação de uma nova empresa, a Sonamet.

Qual a razão da escolha pela localiza-ção no lobito?

O Município do Lobito foi o local es-colhido, tanto pelas condições ideais oferecidas pela zona da baía adjacente ao Porto do Lobito e seu histórico in-dustrial, quanto pela visão estratégica do grupo Sonangol, em aumentar a dispersão geográfica dos seus investi-mentos e actividade. Quando em 1998, a Sonangol e os seus parceiros inicia-ram o projecto Sonamet, fizeram-no com a convicção de servir a Indústria Petrolífera Angolana, mas também a sociedade civil, principalmente as populações do Lobito e Benguela.

Quais os pontos fortes dos produtos elaborados pela sonamet?

Principalmente vocacionada para a fa-bricação de estruturas metálicas para a Indústria Petrolífera, os produtos da Sonamet têm qualidade comparada, e muitas vezes superior, aos produtos similares fabricados nos grandes pó-los industriais mundiais. Os campos petrolíferos de Vuko, Kungulo, Kuito, Takula, Girassol, Dália, Rosa-Lírio, Kizomba, Xikomba, e mais recente-mente, os campos Grande Plutônio e Saxi/Batuque entre outros, são prova da capacidade tecnológica e funcional da Sonamet.

Qual o balanço destes 12 anos de ac-tividade?

Muitas das soluções tecnológicas aplicadas a estes campos, foram uma “premier” a nível mundial, permitindo--nos assim “exportar” para outros paí-ses e continentes soluções técnicas made in Angola. Em cerca de 12 anos de actividade, a Sonamet pode orgulhar--se de ter realizado mais de 25 milhões de horas de trabalho, das quais mais de 12 milhões de horas efectivas de produção.

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1 - Valor da obra inaugurada no pas-sado dia 13 de Maio de 2011 (edifício de escritorio e edifício residencial): 19 milhões de euros

2 - Receitas Anuais médias dos últimos 4 anos (incluindo previsão para 2011): 140 milhões de dólares por ano

3 - Investimentos globais desde a fun dação da empresa, incluindo os edifícios ora inaugurados: cerca de 130 milhões de dólares.

Neste período, a Sonamet desenvol-veu-se e multiplicou as suas compe-tências. Começou como fabricantes de estruturas para àguas rasas, depois capacitou-se em estruturas para as àguas profundas, e, hoje a sua visão é cobrir todo o “spectrum” do ramo, visando ser uma prestadora de servi-ços de Engenharia, Aprovisionamento, Construção e Instalação.

existem quadros nacionais suficientes para fazer face às necessidades?

A empresa conta hoje com uma mão de obra de cerca de 1500 trabalhado-

res, dos quais mais de 65% são Ango-lanos. Um dos pilares de sustentabili-dade do desenvolvimento da Indústria Petrolífera em Angola, é a formação de quadros nacionais capazes. As acções contínuas de recrutamen-to, treinamento e formação técnico--profissional têm contribuído de forma directa na melhoria e diversificação das competências dos quadros na-cionais da empresa. E contribuem também para a elevação dos níveis de formação e inclusão social dos jovens do Lobito e Benguela, melhorando de forma indirecta as condições de vida

de uma parcela importante da popu-lação destas regiões.

e quantos postos de trabalho indirectos foram gerados?

A actividade da Sonamet gera indi-rectamente mais de 300 postos de trabalho, ligados à actividade dos nossos clientes e sub-empreiteiros instalados no estaleiro. Em termos de formação de pessoal, os núme-ros também são animadores, sendo uma premissa da empresa os esforços contínuos de recrutamento e desen-volvimento de competências dos seus

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instituiçãO cOm resPOnsabilidade sOcial

paralelamente e no âmbito das políticas da sonangol, a sonamet tem promovido acções concretas de carácter social e de ajuda as populações locais. Ao longo destes cerca de 12 anos, a sonamet e os seus parceiros, principalmente a sonangol, construíram e reabilitaram Escolas, Centros de Formação profissional, hospitais e Orfanatos, ajudando as autoridades locais a minimizar as dificul-dades existentes nestes sectores. A segurança, saúde, higiene e bem estar dos seus trabalhadores e seus familiares, num ambiente de trabalho saudável, fazem parte das prioridades e cronogramas de trabalho da empresa. Neste campo, realça-se a par das acções contínuas de formação em segurança no trabalho, o programa de Combate à Malária desenvolvido pela sonamet, cujos resultados são reconhecidos pelos seus Colaborado-res, Clientes e também pela Organização Mundial da saúde. Este programa, que consiste na detecção, tratamento e eliminação dos focos de con-taminação, permitiu baixar drasticamente os casos de malária no seio dos trabalhadores e seus familiares. Com a intervenção dos agentes sanitários da sonamet nas áreas de residência dos seus trabalhadores, pode dizer-se que a empresa tem contribuído para a diminuíção dos níveis de contaminação em toda a região do Lobito.

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trabalhadores Angolanos. No início a estrutura de gestão da Sonamet era constituída por cerca de 100% de pes-soal expatriado. Hoje, os esforços de angolanização orientados pela Sonan-gol, ajudaram a definir uma estrutura mais balanceada, com cerca de 40% de gestores Angolanos.

para além do muito que já foi referido, qual a influência que a sonamet exerce na economia local e nacional?

As operações da Sonamet desenca-deiam um ciclo de relações económi-cas e comerciais, directas e indirectas, com entidades e empresas locais e na-

cionais, contribuindo de forma positiva para o PIB local. A empresa influencia directamente o tecido empresarial lo-cal pela aquisição de bens e serviços em actividades tão diversificadas co-mo a hotelaria, restauração, cimentos, tintas, ferramentas, equipamento de segurança, óleos lubrificantes, água, bens alimentares, aviação, materiais de construção, imobiliária, serviços de protecção fisica, actividade portuária, entre outras.

a sonamet é, portanto, uma empresa nacional de sucesso...

Os resultados obtidos pela empresa nestes quase 12 anos são positivos,

tanto em termos operacionais, quanto na formação de quadros e transferên-cia de know-how. Do ponto de vista técnico e operacio-nal, as Torres de Elevação (Riser To-wers) do Girassol e Grande Plutônio, as Bóias de Armazenamento do Girassol e Dália, as Jackets e Top Sides do Vuko, Kungulo e Mafumeira, os MANIFOLDS do Saxi/Batuque, Pazflor, etc, etc, es-tão aí para provar o seu “savoir-faire”.

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sede sOcial, nOVO marcO

A inauguração da Nova sede social da sonamet no passado dia 13 de Maio de 2011, pelo presidente do Conselho de Administração da sonangol, engenheiro Manuel Vicente, na companhia de Mestre Amaro Ricardo, Adminis-trador do Municipio do Lobito e outros convidados ligados à Indústria petrolífera e governo Central, provincial e Local, constitui um marco importante na história da empresa e dos homens e mulheres que participaram na sua criação e desenvolvimento. Mas representa também um desafio para os homens e mulheres responsáveis em levar a empresa para patamares mais altos, garantindo assim a sua sustentabilidade ao longo dos anos.A estrutura ora inaugurada, é constituída de duas estruturas principais: um edifício de escritórios com uma ala para clientes com 2 andares e um total de 20 escritórios, e outra para os trabalhadores da sonamet com 5 andares; e um edifício “guest-house” com 36 “estúdios”, que poderá albergar tanto clientes como pessoal afecto à sonamet. também no dia 13 de Maio, o pCA Manuel Vicente presidiu a uma cerimónia singela de outorga do nome do falecido Dr. paulo teixeira Jorge ao Centro de Formação profissional da sonamet, inaugurado há cerca de um ano, a 13 de Abril de 2010, tendo para o efeito descerrado uma lápide onde se pode ler “esta acção foi realizada por desejo expresso pelo Conselho de Administração da sonamet, sua Direcção e trabalhadores”. Este Centro de Formação é constituído por trés áreas distintas: uma área central para a administração do Centro e salas de aulas teóricas, e dois “galpões”, um deles onde funciona a “escola de soldadura”.

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Francisco Araújo (texto)Malocha (Fotos)

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O sector industrial de Angola está a crescer e a diversificar-se. O mega investimento da Zona Económica Especial (ZEE), em Viana é disso prova. Um projecto que vai revolucionar a oferta do produto nacional.

RELANçAMENtO DA INDústRIA tRANsFORMADORA OItO NOVAs FÁBRICAs NA zONA ECONÓMICA EspECIAL

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l no dia 27 de Maio um importante passo foi dado no caminho para a industrialização de angola.

o presidente da república, o eng.º José eduardo dos santos, inaugurou o pólo industrial da Zona económica espe-cial (Zee) luanda-Bengo, em viana. “a abertura hoje da Zona económica especial representa um passo em frente no longo caminho da re-industrializa-ção do nosso país, que deve ser assi-nalado com satisfação. É um marco histórico para o desenvolvimento da economia nacional e para o relança-mento da produção interna de bens e serviços. não se trata de um acto iso-lado, pois outras iniciativas semelhan-tes estão em curso nos pólos industriais de Fútila, do soyo, da Catumbela e da Matala, na zona mineiro-industrial de Cassinga, no perímetro agro-indus-trial de pungo-andongo, entre outros”, assinalou o presidente da república.as primeiras oito unidades fabris da Zee, de um total de 73 fábricas, fazem parte da fase inicial de construção do pólo industrial, espaço de economia franca. esta obra dá corpo e estrutura a um dos principais objectivos estra-tégicos do executivo, que consiste na diversificação das fontes de rendi-mento da economia do país e criação de grupos económicos nacionais for-tes e competitivos em vários domínios da economia. Uma economia nacional mais aberta, competitiva e moderna é o objectivo deste grande investimento.

AuMENtO DA RIquEzA NACIONAL

o sector da indústria transformadora é, a par de outros, apontado como aquele onde a atenção e acção do executivo devem estar mais focalizadas. as razões para tal incluem a quantidade de pos-tos qualificados que gera, o aproveita-mento das matérias-primas do país e o necessário aumento da produtivi-dade interna, diminuindo as necessi-dades de importação e consequente aumento da riqueza nacional.as primeiras oito fábricas agora inau-guradas, estão orçadas em 50 milhões de dólares norte-americanos, segundo anunciou o presidente do Conselho executivo da sonangol investimen-tos industriais (siind) - subsidiária da sonangol ep, Bravo da rosa. o gestor

prestou essa informação numa confe-rência de imprensa que visou esclarecer questões técnicas sobre a actividade da Zee, das fábricas e explicações relativas ao seu plano de desenvol-vimento. segundo Bravo da rosa, o investimento da sonangol na Zee con-sistiu basicamente na aquisição de equipamentos destinados à monta-gem e funcionamento das indústrias. entre 8 a 30 de Junho, a siind levou a cabo várias actividades visando a pro-moção das indústrias que a sonangol pretende implementar na Zee. este programa destinado, principalmente, a empresários nacionais teve o objec-tivo de encontrar investidores interes-

"A MÉDIO E LONgO pRAzO As MAtÉRIAs-pRIMAs IMpORtADAs pARA O FuNCIONAMENtO DAs FÁBRICAs pODERãO sER pRODuzIDAs NO pAís."

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nesse mOmentO, já FunciO-nam as seguintes 8 Fábricas nO PólO industrial de Viana:

ANgOLACABOs LD Fabrico de cabos de fibra óptica.2.500 m2; 4 linhas de máquinas diferentes; 30 jovens angolanos receberam formação e garantem a produção de cabos ópticos made in Angola.

INDutIVE Fabricação de tintas e vernizes.produção anual de 24 milhões e 960 mil litros de tinta; 53 técnicos empregados.

MAtELÉtRICA Fabricação de material eléctrico.produção mensal prevista de 37.400 peças; total de 156 técnicos empregados.

MANgOtAL Fábrica de torres metálicas.Capacidade para o fabrico de 444 unida-des por ano; 45 técnicos já trabalham com possibilidade para passar para 75.

pIVANgOLA Indústria de pivões de irrigação.3.000 m2 e capacidade para fabricar 120 unidades por ano.

pIpELINE ANgOLA De produção de tubos pVCActualmente com 66 trabalhadores pode atingir 90; pode produzir mais de 17 qui-lómetros de tubo pVC por mês.

VEDAtELA Fábrica de vedações e arames.Capacidade de produção de 41.340 metros de vedação por dia; pode chegar aos 143 postos de trabalho.

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sados. segundo Bravo da rosa, “os empresários nacionais têm prioridade para investir na Zee, desde que reú-nam requisitos, tais como ser pessoa colectiva legalizada, com propostas empresariais capazes de criar mais--valias, através da possibilidade real de altos níveis de produção e criação de postos de trabalho, valor acrescen-tado do produto final e utilização de matérias-primas nacionais”. Fora do âmbito do projecto, estão pro-postas empresariais que proponham fabricar explosivos, fogo de artifícios, material bélico e que a sua actividade seja nociva ao ambiente ou à segu-rança de pessoas e bens. relativamente à participação estran-geira na Zee, os gestores responderam que, excepcionalmente, serão admi-tidas participações de investidores expatriados que tragam know-how tecnológico e que dominem o sector em que pretendam investir. de acordo com Bravo da rosa, a médio e longo prazo, as matérias-primas importa-das para o funcionamento das fábricas

poderão ser produzidas no país. sobre o fornecimento de electricidade às unidades fabris, a Zee conta com 60 Kilovolts de uma subestação local, 30 kilovolts provenientes de uma barra-gem e ainda com um grupo de gerado-res como alternativa. recorde-se que, a orientação para a materialização do projecto das zonas económicas especiais foi dada pelo presidente da república, em 2005, para o coordenador do Gabinete de reconstrução nacional, na altura o General Helder vieira dias “Kopelipa”, coadjuvado pelo presidente do Con-selho de admnistração da sonan-gol, o engenheiro Manuel vicente. as zonas foram apontadas como mode-los apropriados do ponto vista institu-cional, administrativo, económico, em determinadas regiões geográficas de angola, no âmbito do relançamento e desenvolvimento da economia real e do empresariado nacional, na pers-pectiva de constituição de eixos regio-nais geradores de desenvolvimento sustentável.

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O estudo comparado das zonas económicas especiais de shenzhen, na China, do Dubai, Emirados Árabes unidos, e de Manaus, no Brasil, levou a adopção da zEE Luanda-Ben-go destinada a incentivar o desenvolvimento da região e está voltada para o mercado interno e comércio franco.O centro da zEE, localizado no quilómetro 28, em Viana, foi projectado em forma de círculo dividido em quatro quadrantes: no primeiro está a área administrativa, e a maior parte das indústrias já prontas ou em fase de conclusão. O segundo quadrante está em desenvolvimento com a construção de infra-estruturas e montagem de unidades industriais, mas é aqui onde também já fun-ciona a fábrica de plásticos. O terceiro e quarto quadrantes estão preparados para serem desenvolvidos dentro de uma lógica faseada que acompanha o crescimento de todo o projecto. para a zona de expansão, está já prevista a siderurgia e o sector da agro-indústria.

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Gaspar Micolo (texto) Malocha (Fotos)

Com a participação de 750 expositores, entre nacionais e estrangeiros, o certame irá promover as práticas de um bom

investimento em território angolano

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As AtRACçõEs DA 28ª FEIRA INtERNACIONAL DE LuANDA

FILDA 2011

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A 28ª edição da maior bolsa de negócio de Angola, cujo tema central este ano é “Os Desafios

da Atracção de Investimentos”, dedica uma especial atenção ao turismo nacio-nal. Com a participação de 750 exposi-tores, entre nacionais e estrangeiros, a Feira Internacional de Luanda (FILDA) decorre de 19 a 24 de Julho e deve ainda promover a estratégia, legislação, insti-tuições, infra-estruturas, além dos recur-sos humanos necessários para um bom investimento em território angolano.O Presidente do Conselho de Adminis-tração da FIL, Matos Cardoso, explicou, em entrevista, que a iniciativa deve ser um veículo para captação de investimen-tos, por isso, esta edição do certame, que ocorre numa altura de forte desenvol-vimento socioeconómico do país, abre portas para se aproveitar investimentos de qualidade, quer em volume, quer em tecnologia e know-how.Matos Cardoso revelou ainda que, o des-taque ao turismo nacional resulta de uma solicitação do Ministério de tutela, que encara o evento como uma porta inquestionável para apresentar à comu-nidade estrangeira os encantos turís-ticos e a realidade cultural de Angola.Para tal, os operadores inscritos no Ins-tituto Nacional de Fomento Turístico (Infotur) expõem os seus produtos e serviços, assim como firmam parcerias de negócios com os estrangeiros pre-sentes no certame. “Esta feira permite tomar contacto com novos mercados, o que vai permitir uma maior difusão do potencial de Angola”, assegura.Avançando para as atracções desta edi-ção, o PCA da FILDA indica que, este ano, o evento reforça igualmente a participa-ção das empresas do ramo das tecno-logias, por isso, adianta, há um espaço reservado ao qual se denomina Planeta Internet, onde devem estar representa-dos todos os servidores e provedores de serviços de Internet. Quanto aos preparativos, o responsável adiantou que a cifra ultrapassará o da Filda/2010, tendo em conta o aumento do número de expositores e a inclusão

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de serviços ligados a outros sectores menos habituais, a exemplo do turismo. “Estão já igualmente acautelados os problemas de acesso às instalações da Filda e outros, principalmente de elec-tricidade”, garante. Questionado sobre a presença de empre-sas nacionais, Matos Cardoso revela que o número, este ano, ultrapassa as 460 empresas do ano passado. O ges-tor assegura que a participação nacio-nal tem sido forte nos últimos anos, devido à boa estruturação em termos de exposição. Além disso, acrescenta que as empresas angolanas partici-pam no evento com produtos novos, pois aquilo que não têm em termos de tecnologia, experiência e capital, bus-cam através de parceria.“São as empresas angolanas que neste momento expõem em grande número, pois foi sempre o nosso desejo mobili-zar uma boa parte das nacionais para que estejam em contacto com fortes parceiros estrangeiros”, disse.Com efeito, as portas da maior exposi-ção do país deverão abrir às 14 horas e fechar às 21. Durante o certame, cerca de 500 jovens poderão ganhar empre-gos temporários; entretanto, alguns destes postos poderão tornar-se fixos, uma vez que grande parte das empre-sas ou instituições participantes contra-tam pessoas para prestação de serviço permanente. Relativamente aos ingres-sos estão a ser comercializados a dois mil kwanzas para o público.

pORtugAL CONFIRMA 100 EMpREsAs

Portugal tem uma participação tradicio-nal na Feira, e não admira que, portanto, várias empresas deste país tenham já confirmado a sua presença na maior bolsa de negócio de Angola que, acima de tudo, consideram o evento uma oca-sião propícia e eficaz para consolidar pre-senças estabelecidas e acolher novas empresas de sectores de actividade, especialmente vocacionados para o mercado, sendo um importante meio de contacto com clientes angolanos.Segundo informações da Agência de Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP), órgão que dinamiza a participação de Portugal, o país será representado por mais de 100 empre-sas que devem apresentar a sua gama de produtos e serviços para este ano.

O pAís CONVIDADO

O Brasil é igualmente um dos grandes participantes da Feira, porém, este ano com uma diferença. Este país é o convi-dado de honra dessa edição. Para Matos Cardoso, o privilégio resulta do estreita-mento das relações económicas entre este a nação sul-americana e Angola.Além disso, revela, o destaque para o Brasil deve-se ainda aos fortes negó-cios que têm feito no evento. Só no ano passado teve um valor de 50 milhões de dólares, contra os 30 milhões em 2009. Assim, a Agência Brasileira de Pro-

moção de Exportações e Investimen-tos (Apex-Brasil), considera este facto uma grande oportunidade para as suas empresas. Por isso, o pavilhão do Brasil acolhe cerca de 50 empresas que, jun-tas, devem ultrapassar os 50 milhões de dólares em negócio gerado na edi-ção anterior.

EstREANtEs AO CERtAME

Este ano, a Indonésia e o Quénia ini-ciam a sua participação oficial à feira, enquanto os tradicionais expositores já devem marcar presença. Trata-se da Áustria, Argentina, Brasil, China, Cuba, República Checa, EUA, Espanha, Emi-rados Árabes Unidos, França, Ingla-terra, Israel, Japão, Malásia, Noruega, Paquistão, Polónia, Portugal, Suécia, Tailândia, Turquia, África do Sul, Ghana e Uruguai, entre outros. Além destes, há ainda como novidade as presenças da Itália, Turquia e Paquistão.O evento junta anualmente, desde 1983, empreendedores de África, América, Europa e Ásia para exporem produtos e serviços, assim como estabelecer con-tactos de negócios.

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FAzER DA CIDADE DE LuANDAuMA DAs MAIs BELAs DO MuNDO

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pREsIDENtE JOsÉ EDuARDO NA INAuguRAçãO DA CIDADE DO KILAMBA

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Ao discursar na cerimónia de inaugu-ração da Cidade do Kilamba, o Presi-dente da República José Eduardo dos Santos, revelou que é uma “ambição” do Executivo angolano fazer de Luanda uma das maiores e mais belas cidades do mundo.A nova cidade do Kilamba, cujo pro-jecto global contempla 710 edifícios, 24 creches, 9 escolas primárias, 8 esco-las secundárias, e 50 quilómetros de estradas, constitui, segundo o Presi-dente José Eduardo dos Santos, um elo de transição para a nova urbe de Luanda, que se vai situar junto à mar-gem do rio Kwanza.José Eduardo dos Santos, que ao dis-cursar sublinhou que a inauguração da cidade do Kilamba representa motivo de orgulho pessoal e de todos os mem-bros do Executivo, lembrou que se trata do “maior projecto habitacional jamais construído em Angola e constitui, à escala global, um profundo exemplo da política social levada a cabo no país para resolver o défice habitacio-nal”, disse.O Presidente revelou que, o então Gabi-nete de Reconstrução Nacional (GRN), projectou cerca de uma dúzia de “cen-tralidades ou cidades satélites de diver-sos tamanhos pelo então Gabinete de Reconstrução Nacional para serem construídas faseadamente nas 18 pro-víncias do país”. Dos cerca de 12 projectos, referiu, quatro já estão em execução nas províncias de Luanda, Bengo, Cabinda e Lunda-Norte. Na capital Luanda, o projecto tem con-clusão prevista para Outubro de 2012, e, até lá, o empreiteiro deve entregar mais 595 edifícios, que corresponde a 16.822 apartamentos, e 198 lojas.A aposta em novas centralidades, seme-lhantes à cidade do Kilamba, nas provín-cias do Zaire, Malange, Kuando-Kubango, Namibe, Huíla, Benguela e Lunda-Sul vem introduzir um conceito diferente de cidade com vários centros. “A criação da Cidade do Kilamba inscreve-se, pois, na forma moderna de se pensarem as cidades e enquadra-se nos esforços do Executivo para fazer face ao constante crescimento da capital do país, cujas

habitacionais para mais de 60 mil habi-tantes. A nova centralidade da Barra do Dande vai ter mais de cinco mil fogos habitacionais, onde se prevê venham a morar mais de 30 mil habitantes.

iMpUlso À desConCentração adMi-nistrativa

O Presidente José Eduardo dos Santos anunciou a revisão da divisão adminis-trativa de Luanda e Bengo e, com ela, o surgimento de novas centralidades urba-

infra-estruturas não estão preparadas para suportar a população de mais de cinco milhões que tem hoje”, declarou.De acordo com conceito de cidade pers-pectivado pelo Executivo, foram pro-jectadas várias centralidades, entre as quais as do Lobito, Lubango e Namibe, cada uma com mais de cinco mil fogos habitacionais, para mais de 30 mil habi-tantes.Também existem projectos para novas centralidades em Malange e Menongue, cada uma com mais de dez mil fogos

Kumuênho da Rosa (texto)Francisco Bernardo (Fotos)

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nas na região. Trata-se, como disse, de um esforço que se insere no processo de desconcentração em curso, visando a descentralização político-administrativa. “Essa descentralização vai permitir ali-viar a pressão sobre o centro antigo de Luanda, melhorar a participação do cida-dão na gestão da coisa pública, dar res-posta às necessidades crescentes de habitação e proporcionar melhor quali-dade de vida aos seus habitantes”, defen-deu. José Eduardo dos Santos sublinhou que os futuros habitantes da cidade do

Kilamba, além de um lugar digno para morar, vão dispor de “diversos servi-ços administrativos e comerciais, esco-las, centros de saúde e áreas de lazer, num espaço saudável e com segurança organizada”.

apelo ao Convívio HarMonioso

Civismo, boa conduta e espírito de cola-boração pelo bem comum são valores que deverão estar sempre presentes para os futuros habitantes da Cidade

DE ACORDO COM CONCEItO DE CIDADE pERspECtIVADO pELO EXECutIVO, FORAM pROJECtADAs VÁRIAs CENtRALIDADEs, ENtRE As quAIs As DO LOBItO, LuBANgO E NAMIBE, CADA uMA COM MAIs DE CINCO MIL FOgOs hABItACIONAIs, pARA MAIs DE 30 MIL hABItANtEs.

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do Kilamba. Só dessa forma estar-se--á a corresponder ao esforço do Execu-tivo no sentido de, com projectos dessa natureza e grandeza, acabar com o pro-blema da falta de habitação em Angola e responder ao direito dos angolanos à “habitação com um mínimo de dig-nidade e de conforto”.“Que todo este esforço do Estado seja correspondido pela nossa população, que deve adoptar um comportamento adequado a este tipo de habitação e colaborar para se assegurarem a con-servação e a limpeza dos seus equi-pamentos e infra-estruturas”, disse José Eduardo dos Santos, para quem

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CIDADE DO KILAMBA

uma PérOla Que marca a história da angOla

Cerca de 20 quilómetros a sul do centro de Luanda nasce a cidade do Kilamba. A di-mensão e os números que envolvem este mega projecto habitacional tornam-no único na história de Angola.No dia 11 de Julho, foi inaugurada a primeira fase. Numa cerimónia chefiada pelo presidente José Eduardo dos santos, chefe do Executivo, e em que participaram deputa-dos, representantes do poder local, líderes religiosos, diplomatas e altos funcionários da presidência da República, foram entregues, de uma só sentada, 115 edifícios, com 3.180 apartamentos, 48 lojas e 10 quilómetros de estradas.O engenheiro Manuel Vicente, presidente do Conselho de Administração da sonangol, E.p., fez as honras da casa, proferindo um breve discurso no qual explicou de forma sucinta as nuances do projecto, cujo escopo inicial contempla 710 edifícios, 24 creches, 9 escolas primárias, 8 escolas secundárias, e 50 quilómetros de estradas.Com o verbo correcto e pragmático que lhe é característico, o engenheiro Manuel Vicente avançou números e os timings do projecto herdado do gabinete de Reconstrução Nacional (gRN): “Na cerimónia de hoje estamos a formalizar a primeira entrega, composta por 10 quilómetros de estrada, 115 edifícios, com um total de 3.180 apartamentos e 48 lojas”, disse, acrescentando que “está programado para Dezembro deste ano a entrega de mais 218 edifícios, correspondendo a 6.130 apartamentos e 78 lojas, e prevemos a conclusão do escopo acima mencionado em Outubro de 2012, com a edificação dos últimos 377 edifícios que garantirão mais 10.692 apartamentos e 120 lojas”. Depois de agradecer a presença dos convidados, em especial do presidente da República, a quem prestou homenagem pelo empenho e dedicação para que o projecto se tornasse na realidade que é hoje, Manuel Vicente felicitou e encorajou os trabalhadores e técnicos que labutam diariamente nas várias áreas, a multinacional chinesa CItI group, encarregue da execução das obras, e o ICBC, que é o banco financiador do projecto.

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é fundamental o “convívio social har-monioso” entre todos os habitantes e observado o respeito pelos direitos dos vizinhos “para se evitarem incompre-ensões e desentendimentos provoca-dos pela poluição sonora, a ocupação indevida de espaços alheios ou outras acções inconvenientes”.Segundo o Presidente da República, pre-tende-se ensaiar, na Cidade do Kilamba, um modelo de gestão urbana “funcio-nal, simples, racional, transparente e cumpridor das suas atribuições, capaz de encontrar as melhores soluções para melhorar a qualidade de vida dos cidadãos”.

“Os quadros que integrarem a futura administração da cidade têm de pos-suir as competências técnicas neces-sárias para o bom desempenho das suas funções e também sensibilidade para perceber quais as prioridades e as decisões mais acertadas, susceptíveis de contribuir para o aumento da efici-ência e eficácia da gestão urbana e da qualidade e produtividade dos servi-ços urbanos”, alertou, referindo que se o modelo for eficaz pode ser adoptado para outros centros urbanos.

“quE tODO EstE EsFORçO DO EstADO sEJA CORREspONDIDO pELA NOssA pOpuLAçãO, quE DEVE ADOptAR uM COMpORtAMENtO ADEquADO A EstE tIpO DE hABItAçãO"

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na Expo’2012, subordinada ao tema "Vida nos Oceanos e na Costa – Diversidade de Recursos e Acti-

vidades Sustentáveis", Angola far-se-á presente com o lema: “Desenvolvimento Sustentável – O Nosso Compromisso”.A comissária Albina Assis justificou o tema escolhido como "uma importante forma de mostrar o imenso potencial de recursos que Angola tem ao longo da sua costa e no oceano, destacando a neces-sidade de fazer uma exploração racional dos recursos naturais e garantir a satis-fação das gerações actuais e futuras". Durante a apresentação do logótipo representativo da participação do país naquele certame internacional, Albina Assis frisou que este símbolo apresenta--se bastante colorido e com particulari-dades de simbologias da vida marinha, tal como um forte cunho africano, e que será ainda objecto de melhoramento nos próximos meses. Ainda na conferência de imprensa, a comissária angolana da Expo’2012 infor-

Joana Simões Piedade (texto)Malocha (Fotos)

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A Comissão angolana para a Expo’2012, encabeçada pela engenheira Albina Assis, apresentou, em Luanda, o protótipo do logótipo de Angola no evento, a ter lugar na cidade de Yeosu, Coreia do Sul, de 12 de Maio a 12 de Agosto do próximo ano.

A pREsENçA DE ANgOLA NA EXpOsIçãO MuNDIAL "É uMA OpORtuNIDADE íMpAR DO pAís", AssINALOu ALBINA AssIs.

FORtE ApOstA NACIONAL NA EXpO’2012

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mou também que a participação angolana será feita com um pavilhão independente de 600 metros quadrados. Os prepara-tivos estão já em marcha com o planea-mento do espaço do evento, a concepção do pavilhão de Angola, a consulta de téc-nicos com intervenção directa na costa e no mar, e programação de conteúdos temáticos da exposição. A participação de Angola na Expo Xan-gai, no ano passado, elevou a fasquia da qualidade de representação do país em eventos internacionais, e afigura-se importante manter o padrão já alcançado.

OpORtuNIDADE íMpAR

Albina Assis considerou a presença de Angola na exposição mundial “uma opor-tunidade ímpar do país, para demons-trar a sua história, a cultura, a geografia, a realidade e os esforços do Executivo no incentivo ao investimento privado e ao desenvolvimento da economia”. A comissária assinalou ainda que existe o objectivo de mostrar os aspectos mais relevantes da beleza natural, as apostas no ensino, na ciência e na tecnologia, nas energias alternativas e na reconstrução nacional. A Comissão Nacional pretende ainda destacar o projecto Angola LNG, da Sonangol, a nova Refinaria do Lobito e o projecto do Centro de Excelência para Educação da Terra. A Expo’1012 inclui os subtemas “Preser-vação e Desenvolvimento Sustentável do Oceano e da Costa”, “Tecnologias dos Novos Recursos” e “Actividades Marinhas Criativas”. Na exposição do próximo ano vão estar presentes 100 países e organi-zações internacionais.

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l uM “COLOssO” AO sERVIçO DO DEsENVOLVIMENtO DO sECtOR pEtROLíFERO ANgOLANO

BAsE DE ENROLAMENtO DE tuBOs RígIDOs DO DANDE

O sector petrolífero em Angola, país que ocupa uma posição de destaque no conjunto de pro-

dutores de petróleo ao nível do con-tinente africano, continua em franco desenvolvimento. Os excelentes resultados das diversas parcerias que a Sonangol tem estabe-lecido com as mais renomadas empre-sas internacionais representam, de forma evidente, uma verdadeira mais--valia para a “boa saúde” de que goza a actividade petrolífera nacional.A Base de Enrolamento de Tubos Rígi-dos do Dande, pertencente à Angoflex, empresa angolana cuja constituição, em 2002, tem origem numa parceria

Hélder Sirgado (texto) José Quarenta e Angoflex (Fotos)

entre a Sonangol e o Grupo francês Technip, enquadra-se perfeitamente na realidade acima referida.Localizada no município do Dande, pro-víncia do Bengo, bem juntinho ao mar (Oceano Atlântico), a pouco mais de 40 km a norte de Luanda, a referida Base da Angoflex, a mais avançada unidade do género em África, dedica--se, essencialmente, à produção de tubos rígidos, a grande referência da Base, sendo estes utilizados nas pro-fundezas marítimas, não apenas para o petróleo mas também para o gás. A Base do Dande fabrica igualmente outras estruturas metálicas para a indústria petrolífera.

A Base de Enrolamento de Tubos Rígi-dos, que ocupa uma área privilegiada, do ponto de vista geográfico, de 780 mil m2, engloba, na sua estrutura, escri-tórios, uma clínica, refeitório, áreas de alojamento, de lazer e para a prática desportiva. Tem igualmente uma ponte cais de 600 metros de comprimento a partir da qual os tubos rígidos, por exemplo, são transportados por um navio especializado, o Deep Blue, para as áreas dos projectos dos respecti-vos clientes, entre os quais se desta-cam algumas das mais conceituadas companhias petrolíferas a operar em Angola. O Deep Blue também possui o equipamento necessário para a ins-

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talação, no mar, dos referidos tubos. As áreas de trabalho da unidade de produção da Angoflex, no município do Dande, incluem ainda um espaço, de grandes dimensões, com capacidade para armazenar secções de tubos rígi-dos de 3 mil metros de comprimentos (única no mundo com esta capacidade) cujo processo de soldadura de ligação é realizado num edifício de 260 metros de comprimento e que serve igual-mente para as demais acções afins. De referir que os tubos provenientes do estrangeiro (por exemplo de Itá-lia e Argentina) em secções, recebem depois o devido tratamento na Base da Angoflex que os une, através de um

processo extremamente avançado e rigoroso de soldadura e revestimento transformando-os em quilómetros e quilómetros de tubos rígidos, conso-ante as solicitações dos clientes. Essa unidade de produção tem ainda um inovador dispositivo de tensão constante para compensar a movimen-tação dos navios de instalação, provo-cada pelas ondas do mar, durante o processo de enrolamento, para além de estruturas de manutenção, entre outras. A Base também tem água e energia próprias.De realçar que, muito recentemente, a Base passou a contar com os ser-viços de uma embarcação nova para

transporte de clientes e de visitan-tes de Luanda para o Dande e no sen-tido inverso.

Os BENEFíCIOs pARA As COMuNIDA-DEs LOCAIs Quando a Base do Dande começou a ser construída, no início do ano 2000, de imediato começaram as expectati-vas por parte das comunidades locais, principalmente. Afinal, um projecto da envergadura dessa unidade de produ-ção constitui, de forma mais ou menos acentuada, uma fonte de emprego para cidadãos nacionais e de apoio social.Dos mais recentes projectos da Ango-

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flex no Dande, alguns dos quais deverão ser concluídos em 2011, destacam-se a reabilitação e ampliação de uma escola primária no musseque Cabele, que terá água própria, geradores, painéis sola-res, uma biblioteca, espaços de lazer e gabinetes para os professores. A reabilitação da Central de Tratamento de Água, a realização de acções gra-tuitas de formação técnica e o apoio a programas de combate à malária e

à cólera fazem igualmente parte dos projectos da Angoflex no Dande. No que concerne ao caso particular das acções formativas, a Angoflex conce-beu o projecto de criação, na Base do Dande, de uma escola de formação em Metalomecânica para a indústria petrolífera, que beneficiará todos os habitantes da localidade que este-jam interessados e que queiram obter conhecimentos técnicos que os capa-

citem para o mercado de trabalho do sector dos petróleos. Os potenciais for-mandos poderão também, se assim o quiserem, trabalhar na Base de Enro-lamento de Tubos Rígidos do Dande.

A CRIAçãO DE EMpREgO

Um outro aspecto igualmente impor-tante tem a ver com a criação de emprego. Actualmente, a Base do Dande

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tem cerca de 150 trabalhadores nacio-nais, entre contratados em regime per-manente e os que têm vínculo indirecto, ou seja, praticamente o triplo do número de expatriados. O rigor no cumprimento das normas e regulamentos de Segurança e Higiene no Trabalho constitui o factor determi-nante para o quase inexistente registo de acidentes em milhares e milhares de horas de trabalho na Base, o que tanto orgulho dá não só a sua direcção mas também, de um modo geral, a todos os seus colaboradores.Victor Barnabé Francisco é um dos mui-tos trabalhadores nacionais da Base do

Dande, onde exerce a função de super-visor da área de manutenção. Quando concorreu para uma vaga, há 4 anos, Victor Francisco já tinha alguma expe-riência na área dos petróleos, pois tra-balhara anteriormente numa empresa do sector.E foi o novo emprego que o fez procurar residência no Panguila, ficando assim mais próximo do local de trabalho. “É uma grande vantagem”, sublinhou, em entrevista à Revista Sonangol Notícias. O supervisor de manutenção conside-rou também que a construção da Base do Dande trouxe não só mais oportuni-dades de emprego para jovens residen-

tes locais, mas também “mais saúde e educação”. Adão Luciano Luís, mecâ-nico da área de manutenção, igualmente angolano, também trabalha na Base e reside não muito distante da mesma. À semelhança do “chefe Victor”, Adão Luís, com seis anos de casa, manifestou o seu regozijo pela presença da Base de Enrolamento de Tubos Rígidos no Dande. “Está a trazer desenvolvimento e ajuda aos habitantes desta zona”, referiu.Adão Luís, que anteriormente se dedi-cava à vida do campo, também fez questão de realçar a boa relação que mantém, no local de trabalho, com os colegas estrangeiros.

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Helder Sirgado (texto)

Q uando se programou a ida de uma equipa do Gabinete de Comu-nicação e Imagem da Sonangol

E.P. à Base do Dande, para efeitos de reportagem, já se tinha em considera-ção o facto de que tal seria mais interes-sante se, e quando, o navio Deep Blue estivesse em operação nessa unidade da Angoflex. E assim foi. Depois de algu-mas semanas de espera, o Deep Blue, o cartão-de-visita da frota da Technip, chegou finalmente à Base.De colete salva-vidas ao peito e com orientações prévias sobre segurança no mar, acompanhados do Director Comer-cial da Angoflex e de agentes da Polícia Nacional e das Alfândegas já referidos, os membros da equipa da Comunica-ção e Imagem da Sonangol fizeram uma curta viagem marítima que os levou do cais ao Deep Blue.No percurso, a pequena embarcação de transporte teve que fazer várias paragens

para a recolha de fotografias do Deep Blue, construído em 2001, na Coreia do Sul. Mais para a esquerda, mais para a direita, jogando com as ondas do mar, lá se foram encontrando os melhores ângulos.Ao subir as escadas de acesso ao Deep Blue, algum nervoso miudinho, mas lá estavam os “operativos” a prestar toda a colaboração. No interior do navio da Technip, a recepção hospitaleira da tri-pulação e o cumprimento das necessá-rias regras de segurança à bordo.A cada compartimento que se visitava, maior era a percepção da grandeza e da modernidade do Deep Blue. Do convés ao heliporto que proporciona uma visão panorâmica fantástica, passando pela área das gigantes bobines, duas, que enrolam (espantosamente) quilóme-tros e quilómetros de tubos rígidos de aço. Do espaço onde estão colocados os dois ROV’s (Veículos de Operação

Remota), cada um desempenhando o seu papel, mas complementando-se, à sala de comando com todos os equipa-mentos electrónicos possíveis e imagi-nários, como soe dizer-se.Na sala de comando, visivelmente satis-feito com a visita, o capitão do navio fez uma explanação do funcionamento do Deep Blue, cuja tripulação é integrada por cidadãos de mais de 10 nacionali-dades. E quando menos esperávamos, deparamo-nos com um angolano, mem-bro da tripulação. Domingos Mendonça, com vários anos de experiência no sec-tor petrolífero, técnico agenciado ao serviço do Deep Blue, é piloto de ROV. Na breve conversa que manteve com a equipa da Revista Sonangol Notícias, Domingos Mendonça manifestou-se orgulhoso com o facto de estar a tra-balhar num navio com a dimensão, em termos operativos e de modernidade, do Deep Blue.

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uMA INCuRsãO AO DEEp BLuEEM ÁguAs COstEIRAs DO DANDE

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deeP blue

Eis alguns dados do Deep Blue, navio versátil e de alta performance, que alia a sua espectacular imagem à eficiência:

Comprimento total: 206,5 m Largura: 32m Peso. 33791Ton·ROV’s: 2 com capacidade para descer até 3000m de profundidade Profundidade operacional de trabalho: 75 a 3000m

Diâmetro máximo suportado para tubos: • Rígidos: 4” a 18” (polegadas) • Flexíveis: até 24" • Rígidos J-Lay: 4" a 28" • Umbilicais: 70mm a 250mmC

Capacidade total de carga máxima: 10000Ton • Tubos rígidos (2 Bobinas) 5600Ton • Flexíveis/Umbilicais (2 Carrosséis) 2000Ton e 1500Ton • Estruturas subaquáticas: 3000Ton

Capacidade de Grua: 400Ton

Combustível: 4172m3 Óleo hidráulico: 60m3 Água potável: 895m3 Água: 1444m3 Balastro: 19348m3 Potência máxima instalada: 33.6 MW a 6.6KV

(45000 HP) Potência de propulsão:

• 8 motores • Total 25,6 MW • 33480 HP

Autonomia (Consumo de combustível): • Em trânsito: 56 dias (70m3 por dia) • Em operação: 115 dias (34m3 por dia) • Stand by: 90 dias• Velocidade máxima: 10 nós • Capacidade máxima de alojamento: 160 pessoas • Data de fabricação: 2001 Hyundai Mipo Dockyard,

Korea • Proprietário: Technip

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Os pRODutOs DA BAsE DO DANDE pARA LÁ DAs FRONtEIRAs DE ANgOLA

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em 2010, o seu ano mais produtivo, a Base de enrolamento de tubos rígidos do dande realizou a primeira exportação desse género de produto na história da indústria petrolífera

angolana. a referida informação foi prestada pelo director Comercial da angoflex, Fernando amaral, no decurso de uma entrevista que concedeu, recentemente, em luanda, à revista

sonangol notícias, tendo como mote a visita que uma equipa de reportagem desse veículo de comunicação da sonangol realizou à Base do dande.

Helder Sirgado (texto) Malocha (Fotos)

senhor director, quais foram os índices de produção da base de enrolamento de tubos rígidos do dande em 2010?

No ano de 2010 a Base da Angoflex no Dande processou aproximadamente 136 km de tubos rígidos de aço e fabri-cou 41 estruturas também de aço. A título de exemplo e se considerarmos que uma única secção de tubagem com 12 metros de comprimento pode pesar 2000 kg, o Dande processou um valor muito acima das 23.000 tone-ladas de tubos rígidos de aço. Justifi-camos como valor mínimo devido ao facto de o tipo de tubo usado na nossa Base variar em comprimento (secções de 12 ou 24 metros) e em espessura (de 6 a 18 polegadas), em função dos requisitos/aplicação em off-shore.

terá sido o ano mais produtivo da base desde que a mesma entrou em funcio-namento?

Sem dúvida. Em 2010 estivemos en-volvidos na conclusão da produção de 3 grandes projectos em simultâneo (Pazflor, PSVM e Jubileo) para 3 clien-tes diferentes (Total, BP e Anadarko). No total foram mais de 136 km de tu-bos rígidos de aço com actividades e operações ininterruptas e uma dedica-ção de assinalável profissionalismo a todos os níveis do nosso pessoal que trabalha na Base.

Foi também o ano em que se verificou a primeira exportação da história da indústria petrolífera angolana para este tipo de produto, isto é, aproxima-damente 21 km de tubos de quase 13 polegadas para o projecto do nosso cliente Anadarko, actualmente em curso na República do Ghana e que é sem dúvida um marco do qual nos orgulhamos a nível nacional.

na visita que efectuámos à base ti-vemos a oportunidade de ver outras estruturas metálicas. também são produzidas localmente?

Para além dos tubos rígidos, na Base do Dande a Angoflex produz ainda estruturas metálicas diversas, em aço, que são necessárias aos equipa-mentos e às operações na exploração off-shore. Estamos dotados dos mais diversos e avançados tipos de equi-pamento e maquinaria para o manu-seamento, transporte e fabricação do material dessa indústria. Gostaria também de realçar que o Grupo Technip, em parceria com a Sonangol, através da Angoflex, tem como prioridade a formação contínua dos colaboradores que trabalham na Base do Dande para que possamos diversificar cada vez mais os serviços e produtos que oferecemos aos nossos

clientes. Tentamos sempre acompa-nhar os passos do amadurecimento da capacidade da nossa indústria petrolífera.

a indústria petrolífera é demasiado complexa, os níveis de exigência são muito altos. pelo que sabe, certamente, qual é a avaliação que os clientes fazem dos vossos produtos, em particular dos tubos rígidos?

Muito positiva, senão mesmo exem-plar. Não nos podemos esquecer que somos o resultado de uma parceria entre duas grandes empresas, o Grupo Technip e a Sonangol, cuja experiência e know-how se reflectem na qualida-de dos produtos e dos serviços que estas oferecem com reconhecimento a nível mundial. É nosso objectivo, em Angola, manter este primado e selo de qualidade (atestado pelas nossas certificações ISO 9001).

a nossa visita às vossas instalações no dande incluiu uma “incursão” ao sofisti-cado navio deep blue que se encontrava em operação na base. essas vindas do deep blue ao dande são regulares?

O navio Deep Blue, do Grupo Tech-nip, desde a sua primeira visita à Base do Dande ao serviço da Angoflex em 2006, tem tido uma média de aproxi-

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madamente 2 visitas por ano à Base. Este ano, 2011, realizou já duas opera-ções de enrolamento, em 2010 realizou 7 e, em 2006, 5 operações.

e quanto à presença na base de agentes da polícia marítima, das alfândegas, dos serviços de emigração nacionais, enfim?

Quando o Deep Blue, por exemplo, se desloca à Angola, ele vem directamen-te para a Base do Dande, proveniente de outros países. Como constatou, a tripulação do navio é praticamente 100% composta de cidadãos es-trangeiros. Quando eles chegam ao Dande necessitam de cumprir todas as formalidades legais inerentes à esta situação. Os agentes que viu, com os quais mantemos uma excelente rela-ção profissional e que têm desempe-nhado um excelente trabalho, estão aqui destacados precisamente para a observância da lei. Aliás, nós temos dado toda a colaboração para que se cumpra, rigorosamente, o que está estabelecido na legislação nacional.

sabemos que a angoflex tem outras unidades de produção.

Sim. Em Angola a Angoflex tem tam-

bém uma unidade fabril, localizada no Lobito, província de Benguela. É não só a mais avançada mas também a única do género em toda a África para a produção de umbilicais, que são por definição um conjunto de tubos de aço, cabos eléctricos e fibra óptica usados para controlar estruturas submarinas a partir de plataformas ou navios. Esta fábrica existe e funciona desde o ano de 2003. Encontra-se neste momento em fase de expansão, para o aumento substancial da sua capacidade insta-lada, aumento este que demonstra a necessidade de desenvolvimento ne-cessário para podermos acompanhar as exigências e desafios do mercado e da indústria em si.A nossa fábrica é também outro bom exemplo do investimento bem suce-dido resultante da parceria entre a Technip e a Sonangol, e tem mantido desde o seu início um compromisso de qualidade em todos os produtos e serviços que coloca à disposição dos seus clientes, empregando, formando e desenvolvendo quadros nacionais para que estes sejam uma mais-valia nesta indústria já por si bastante com-petitiva e exigente.

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A título de exemplo posso referir não só o facto de ser uma unidade com Certificado de Garantia ISO 9001, mas também porque possuímos um recorde invejável de horas de funcio-namento e de produção contínua sem um único registo de acidentes de tra-balho, desde a data de início da nossa produção, em 2004. Isso demonstra a maturidade e o profissionalismo dos nossos trabalhadores. Sem dúvida, um motivo de orgulho.

Fale-nos mais sobre a angoflex.A Angoflex Limitada foi criada em Mar-ço de 2002, através de uma parceria entre a Sonangol EP (30%) e o Grupo Technip (70%) e opera actualmente duas unidades de produção em Ango-la. Refiro-me à nossa fábrica de um-bilicais, a primeira e única do género em África, como já referi, localizada na cidade do Lobito, província de Bengue-la, e à Base de Enrolamento de Tubos

Rígidos (a maior do mundo) localizada na vila do Dande, província do Bengo. Essas duas unidades foram especial-mente criadas para o desenvolvimen-to da capacidade da indústria local angolana de fabricação de produtos relativos a sistemas de produção de petróleo e gás, dentro dos padrões in-ternacionais de qualidade e no cumpri-mento dos parâmetros de segurança em vigor mundialmente.Temos uma força de trabalho de apro-ximadamente 630 trabalhadores na totalidade da empresa, repartidos pelo escritório sede em Luanda e as duas unidades fabris já mencionadas, com uma percentagem de trabalhadores nacionais a rondar os 85%. É um valor que esperamos que pos-sa crescer no futuro, com base no compromisso sério que a Angoflex assumiu, desde a sua fundação, de fazer crescer profissionalmente e de forma progressiva os conhecimentos e a capacidade técnica de todos os seus

quadros nacionais, levando em linha de conta a longa e vasta experiência internacional e os recursos do grupo Technip, para que se proporcione um processo de angolanização coeren-te, sólido e sustentado. Em termos de projectos em Angola, a Angoflex já desenvolveu produtos fabricados nas nossas unidades para clientes co-mo a ExxonMobil (Kissange, Kizomba Satélite e Mondo, no Bloco 15), a Total (Dália e Pazflor no Bloco 17), a Chevron (Tombua Landana e Lobito Tomboco, no Bloco 14), a BP (Grande Plutónio no Bloco 18 e PSVM no Bloco 31) e para a Sonangol, no projecto Gimboa, no Bloco 4. Com os investimentos actualmente em curso, vamos solidificar as nossas bases para que a nossa competitivi-dade acompanhe sempre o percurso de crescimento e desenvolvimento do sector petrolífero.

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Adão João (texto)Corbis/VMI (Fotos)

afirma que a legislação é pouco exigente na imposição de procedimentos de segurança às companhias petrolíferas.O que o Presidente agora propõe é a realização de leilões anuais para explo-ração de novos lotes na Reserva Nacio-nal Petrolífera do Alasca, distante das zonas de maior interesse ecológico, e a agilização dos estudos sismológicos e

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pEtRÓLEO

Com o preço da gasolina a atingir preços recorde nos Estados Unidos, Barack Obama anunciou várias iniciativas para aumentar a produção petrolífera nacional

de impacto ambiental à perfuração na costa Sul e Central do Atlântico, rever-tendo uma moratória imposta pela sua Administração e que só deveria expirar em 2018, recordou o New York Times.Obama revelou ainda que serão prolon-gadas as licenças já atribuídas no Golfo do México e que se mantêm inactivas devido à moratória à exploração petro-lífera a grande profundidade decidida após a explosão na plataforma Dee-pwater Horizon.Apesar das concessões, é pouco prová-vel que estas iniciativas tenham efeito a curto prazo no aumento da produ-

ção e, em consequência no preço dos combustíveis. Para responder a essas preocupações, Obama anunciou que o Departamento de Justiça criou uma task--force para investigar alegadas mani-pulações do mercado e reafirmou que pretende anular os incentivos fiscais de quatro mil milhões de dólares concedi-dos anualmente à indústria petrolífera. Este é um valor “muito elevado numa altura em que os americanos mal têm dinheiro para encher os depósitos”.

OBAMA quER AuMENtAR pRODuçãO pEtROLíFERA OFFshORE

NAs BOMBAs A gAsOLINA AtINgIu Os quAtRO DÓLAREs pOR gALãO (0,75 EuROs pOR LItRO), FAzENDO suBIR A INFLAçãO.

O anúncio do presidente norte--americano, Barack Obama, acerca das intenções de

aumento da produção petrolífera nacio-nal, revela um inversão de algumas das restrições impostas pela sua Adminis-tração após a explosão, há um ano, da plataforma da BP no Golfo do México.“Acredito que devemos expandir a produção de petróleo na América, ao mesmo tempo que mantemos os padrões ambientais e de segurança”, aprovados depois da maré negra de 2010, disse o Presidente americano numa mensagem vista como uma con-cessão aos que o acusam de dificul-tar a auto-suficiência energética do país, numa altura em que as revoltas do mundo árabe empurram os preços dos produtos refinados. Nas bombas, a gasolina atingiu os quatro dólares por galão (0,75 euros por litro), fazendo subir a inflação e ameaçando tornar-se um dos temas dominantes da pré-campanha para as presiden-ciais de 2012. Nos últimos tempos, a Câmara dos Representantes, dominada pelos repu-blicanos, aprovou três leis destinadas a expandir e acelerar a exploração de petróleo e gás nas costas dos EUA, acu-sando Obama de ter criado entraves desnecessários a uma actividade que é essencial à retoma do país e à cria-ção de empregos. Mas a Casa Branca,

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MEstRE DOs NúMEROs

docente Universitário, pesquisador da cultura de medicina oriental yoga, e técnico de desenvolvimento da Universidade Corporativa da sonangol, eduardo andré Mónica lançou já três obras pedagógicas. nesta edição, o professor Mónica fala-nos detalhadamente sobre as obras.

José Augusto (texto)Joy Artur (Fotos)

números e Medição”, “Geome-tria Descritiva”, “Monómios e Polinómios”, são as três obras

lançadas recentemente, em Luanda, por Eduardo André Mónica, docente da Universidade Corporativa da Sonan-gol. As obras são dedicadas especial-mente ao ensino de base, da 4ª à 8ª classe, assim como ao ensino médio nas 11ª e 12ª classes, bem como aos anos zero das Universidades. O autor pretende, brevemente, realizar uma sessão de autógrafos das obras aos colaboradores da Sonangol. Na sua trajectória, Eduardo Mónica desenvolveu diversos projectos nas cadeiras de Matemática e Física, em várias Instituições de ensino médio, superior, assim como nos programas de formação do grupo Sonangol, sendo também autor da introdução de mate-mática na informática. Trabalhou ainda como investigador da cultura de medi-cina oriental "yoga", sobre a qual já iniciou contactos com o Ministério da Saúde para o desenvolvimento deste projecto. Finalmente, o Pro-

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fessor Mónica manifesta o desejo de ver brevemente a reedição das obras porque, segundo o mesmo, a procura é imensa e os exemplares que dispõe não são suficientes para a demanda. Eduardo Mónica clama por patrocínios para colocar mais livros à disposição dos estudantes de Cabinda ao Cunene, assim como para os quadros do grupo Sonangol em particular. Numa breve conversa com o Professor ficámos a saber mais sobre os seus livros.

quANDO É quE COMEçOu A INVEstI-gAR E A EsCREVER sOBRE A MAtEMÁtICA?

Iniciei a minha carreira logo após a licen-ciatura em Ciências Matemáticas no ISCEDE, na cidade do Lubango. Tudo se deveu a bases bastante sólidas de Aritmética e Álgebra que obtive durante o ensino primário, no antigo 2º ano do ensino primário na época colonial, o que corresponde à actual 6ª classe. Tive a felicidade de ter docentes bem dota-dos nestas disciplinas, o que fez com que ganhasse interesse pela Matemá-tica, daí o desafio de frequentar o INE em Cabinda (1979). Depois, optei pela docência e, a seguir, pela carreira em Matemática e Física, dando continui-dade no ensino superior.

FALE-NOs DO CONtEúDO DOs tRês LIVROs...

O primeiro livro aborda com profundi-dade as questões ligadas aos núme-ros e medição, contém 370 páginas, e é um livro aritmético, adequado ao ensino primário da 4ª à 7ª classe. Con-tém também o capítulo dos números complexos, que é uma matéria para o ensino médio a partir da 11ª classe ao

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características didácticas esPeciais das Obras

Segundo o professor Mónica, as obras contêm três características didácticas especiais, que definiu como sendo: as definições simples, exercícios modelos já resolvidos que servem de base de orientação para o estudante, e final-mente exercícios por resolver. Estas características fazem com que os cálculos sejam puros e naturais, dispensando assim o uso de artigos auxiliares, ou seja, as máquinas cal-culadoras.

ensino superior, e faz ainda uma abor-dagem dos números naturais e as qua-tro operações, ou seja, adição, divisão, multiplicação e subtracção. Tal como, as provas inversa e dos nove, que no ensino actual, são quase inexistentes. Seguidamente, os capítulos abordam os números decimais, extensão dos números naturais, onde aparece a vír-gula decimal com as quatro operações básicas e respectivas provas inversa e dos nove. Em seguida, transformei a vírgula decimal nos números decimais em traço de fracção, e aí aparecem os números fraccionários, incluindo tam-bém as quatro operações. Finalmente, fiz uma abordagem dos números racio-nais relativos, ou seja, onde aparece os sinais de mais e menos, tratei ainda dos números inteiros, reais e complexos, culminando com o capítulo de medi-ções, onde abordei as medidas de com-primento de capacidade de tempo de superfície e de volume.

E quANtO A “MONÓMIOs E pOLINÓ-MIOs” E "gEOMEtRIA DEsCRItIVA"?O segundo livro, conforme o título, trata de monómios e polinómios que são o início da álgebra, e consequen-temente, a continuação e a conso-lidação da aritmética. Esta obra foi seguida, exactamente, com um cri-tério pedagógico/didáctico. Há uma sequência lógica na edição das obras de modo a facilitar o estudo por parte dos estudantes. Já "Geometria Descri-tiva", o terceiro livro, é destinado ao ensino médio na cadeira de Artes Visu-ais e nas Ciências Físicas e Biológicas do Sistema da Reforma Educativa do Ministério da Educação. Tenho ainda duas obras que estão a ser editadas em Portugal, que tratam especifica-mente da potenciação e radiciação. Espero que a Editora possa terminar a impressão o mais rápido possíve, a fim de colocá–los á disposição dos estudantes.

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Helder Sirgado (texto e Fotos)

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O petróleo angolano continua a beneficiar projectos sociais por todo o país. No Dia da Criança Africana, 16 de Junho, a BP e a Sonangol, em representação do Bloco 18 do offshore angolano,

procederam à doação de 50 mil dólares à Aldeia de Crianças SOS de Benguela, no Bairro de Kapiandalo.

pROJECtOs sOCIAIs EM BENguELA E NO sOYO

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Crianças SOS.. Durante a sua perma-nência na Aldeia, a delegação visitou algumas das 13 casas familiares que são fundamentalmente geridas por mulheres na condição de viúvas ou abandonadas pelos maridos.

pROJECtO MICRO FINANCEIRO NO sOYODepois de Benguela, a delegação, desta feita em representação do Bloco 31, deslocou-se, no dia seguinte, ao Soyo, onde participou de uma assembleia de clientes locais do Kixi Crédito, um pro-jecto de micro finanças no qual o refe-rido Bloco já empenhou, na capital da província do Zaire, cerca de um milhão de dólares. A actividade realizada no Cine Clube, no Bairro 1º de Maio, teve como objectivo ouvir os clientes sobre a implementação do Kixi Crédito no Soyo, localidade que conta, actual-mente, com mais de 700 beneficiários deste programa. Durante o encontro, o Director de Operações do Kixi Crédito, Laureano Gabriel, respondeu às pre-ocupações apresentadas pelos clien-tes, alguns dos quais falaram sobre os seus “casos de sucesso” no âmbito dos créditos concedidos. O Kixi Crédito é essencialmente direccionado à cida-dãos angolanos de parcos recursos financeiros que desenvolvem peque-nos negócios nas áreas de comércio, produção e de prestação de serviços e que não reúnem os requisitos para o recurso à créditos bancários.

Ovalor da doação à Aldeia de Benguela, formalizada atra-vés da entrega de um cheque

simbólico, efectuada pelo Director de Desenvolvimento Sustentável da BP, Gaspar Santos, servirá essencial-mente para a aquisição de geradores, computadores, livros diversos, entre os quais gramáticas e dicionários, e para trabalhos de acabamento do campo multi-uso da escola da refe-rida Aldeia. A cerimónia contou com a participação de Akwá, ex-futebo-lista angolano e actualmente Depu-tado da Assembleia Nacional, um dos principais impulsionadores das acções de apoio à Aldeia de Crianças SOS de Benguela. Presentes estiveram ainda o Director dessa instituição, João Luís, responsáveis da Associação Kanden-gue Habilidoso, bem como Técnicos da BP e convidados. Durante o acto de entrega do cheque simbólico, gru-pos de crianças e de jovens residen-tes na Aldeia agradeceram o gesto de solidariedade. As intervenções do Director da Aldeia e de responsáveis da organização Kandengue Habilidoso também foram marcadas por agrade-cimentos ao Bloco 18 e pela esperança de que este género de apoio continue. O Director de Desenvolvimento Sus-tentável da BP manifestou-se satis-feito com a concretização, pelo Bloco 18, de mais esta acção. Gaspar Santos enalteceu também o papel que tem sido desempenhado pelas Aldeias de

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Houston surge-nos no horizonte como um cenário impressio-nante, uma gigantesca massa

urbana, repleta de arranha-céus, orgu-lhosa de ser a quarta maior cidade dos Estados Unidos. Parece ter-se erguido no meio de terras desertas, como se tivesse emergido do nada, por magia. Esse passe de mágica data de 1836 e os seus prestidigitadores foram dois irmãos, Augustus Chapman Allen e John Kirby Allen. Simplesmente deci-diram construir uma cidade, um gran-dioso centro de comércio e de governo, num terreno que compraram no Texas, nas margens de Buffalo Bayou. Deram--lhe o nome de Houston, em home-nagem a Sam Houston, o general que comandou a Batalha de San Jacinto contra as tropas mexicanas e que deu a independência ao Texas, nascendo, assim, a República do Texas, com a sua curta existência de apenas dez anos, até ser anexada aos Estados Uni-dos. Como marca desses tempos e do local de tal batalha, mantém-se hirto o San Jacinto Monument, um obelisco, aliás, o maior do mundo, que inclui na sua base um museu de história e con-vida a agradáveis passeios pelo par-que que o envolve ou a uma subida ao topo do monumento para se deliciar com a vista privilegiada.

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Se quiser iniciar a sua visita pela Hous-ton histórica, parta do centro, mais precisamente do Downtown Historic District, com os seus prédios antigos, alguns que datam mesmo da origem da cidade. Deixe-se transportar para o que era Houston quando foi fundada e que os seus olhos gradualmente cons-truam a linha de desenvolvimento da cidade, desde o século XIX até ao cul-minar no que é hoje um centro urbano imponente e internacional.

A ALMA CuLtuRALDE hOustON

Com um coração de negócios, autêntico e inegável, esta cidade não renegou a sua alma cultural, muito bem servida por atracções de música, teatro, opera e ballet, principalmente na zona a que se chamou Theater District. A esta área cultural junta-se uma outra, o Museum District, condecorando Houston com museus e galerias de arte para todos os gostos: desde o The Health Museum (Museu da Saúde), com passeios pelo interior do corpo humano, o Houston Museum of Natural Science (Museu da Ciência), com magníficas exposi-ções de pedras preciosas, de relíquias do Antigo Egipto e de dinossauros, ou o invulgar National Museum of

gRANDE VIAgEM A hOustON

Maria João Fonseca (texto)

COM uM CORAçãO DE NEgÓCIOs INEgÁVEL,

EstA CIDADE NãO RENEgOu A suA ALMA CuLtuRAL,

sERVIDA pOR AtRACçõEs DE tODOs Os tIpOs.

Se tem planeado passar por Houston nos próximos tempos, saiba que preparámos um guia para melhor conhecer esta cidade norte-americana. Quer vá em trabalho ou lazer, mostramos como desfrutar o melhor que Houston possui.

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Onde Ficar

FOuR sEAsONs hOtEL 1300 Lamar street. tel.: (713) 650-1300.um hotel de luxo, considerado um dos 100 melhores hotéis do mundo, situado no cora-ção da cidade. A sua elegância cosmopolita e o seu charme irresistível fazem deste hotel uma escolha acertada.

hOtEL zAzA 5701 Main street. tel.: (713) 526-1991.Em pleno Museum District, este hotel é uma exótica mistura de glamour e conforto, de história, negócios e moda. Apelida-se como «o luxo dos hotéis de luxo». Vale a pena passar por lá para descobrir se é verdade.

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Funeral History (Museu Nacional de História Funerária), único no mundo, compilando toda a história dos cos-tumes fúnebres.Mas se museus e galerias de arte não fazem bem o seu estilo, o Theater Dis-trict traz-lhe o principal ponto de entre-tenimento da cidade, o Bayou Place, um complexo que alberga inúmeros cinemas, bares e restaurantes. Pro-mete boa comida e muita animação.

COwBOYs, pEtRÓLEOE AstRONAutAs

Já que está no Texas, não pode igno-rar o facto de se encontrar em terra de cowboys. Entre no espírito e assista a uma das principais atracções locais, o Houston Livestock Show and Rodeo,

no Reliant Stadium. Fora de Houston, não deixe de visitar a pacata Galves-ton. Irá permitir-lhe fugir um pouco à confusão da grande cidade, numa pequena ilha, junto à costa do Golfo do México. Faça uma escapadinha à deli-ciosa praia, de extenso areal branco, delicie-se com um petisco num dos restaurantes que se alinham de bru-ços para o mar, entre numa viagem de navio, no Colonel, à laia das embar-cações do século XIX... Ou distraia--se num passeio por Moody Gradens, repleto de atracções, entre florestas tropicais numa pirâmide de vidro, na Rainforest Pyramid, conquistas espa-ciais, na Discovery Pyramid, entreteni-mentos aquáticos, na Palm Beach, ou o privilégio de saber tudo sobre como se faz a extracção do petróleo nas pla-taformas submarinas, no Ocean Star

Offshore Museum... É só escolher.Sendo Houston a sede da NASA, pode ainda realizar um sonho de criança e ser uma astronauta e passear pelo espaço. Mas tudo, claro, sem sair da Terra, no Johnson Space Center, uma espécie de Disneyland de viagens espaciais.

Às COMpRAsEM hOustON

Para quem gosta de ir às compras, Houston é o paraíso, um dos destinos mais certeiros, aclamado internacio-nalmente como tal, ou não fosse esta uma cidade de centros comerciais luxu-osos, com centenas de lojas, variadíssi-mas áreas de comércio mais ecléctico e outlets a abarrotar de preços apete-cíveis. Definitivamente, com inúmeras

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Onde cOmer

MARK's AMERICAN CuIsINE1658 westheimer Road. tel.: (713) 523-3800. É, sem sombra de dúvida, um dos restau-rantes mais românticos de houston. O edifício em que se insere foi, em tempos, uma igreja, que, depois de remodelado, confere a este espaço uma atmosfera única.

*17Alden, 1117 prairie street. tel.: 832 200 8800.O conceito de abertura deste restaurante baseou-se em servir aos seus clientes pratos de sabores arrojados num ambiente requinta-do e de um design fabuloso. Foi considerado, em 2005, como o melhor restaurante do texas.

opções para todos os gostos e todos os bolsos.Começamos pelo shopping mais ele-gante da cidade, onde os mais ricos vão às compras, e o quarto maior dos Estados Unidos, o Galleria. Com mais de 375 lojas, este complexo traz-lhe as marcas mais conceituadas, como Cartier, Gucci, Tiffany & Co., Saks Fifth Avenue, Ralph Lauren e Louis Vuitton, entre tantas outras. Afinal, são mais de 375 lojas! Outra opção é o Uptown Park, um sho-pping que se auto-caracteriza como «ao estilo europeu». É um local encan-tador, de uma arquitectura romântica,

onde um passeio para ver as montras se torna muito mais do que uma sim-ples ida às compras.Se dos shoppings lhe apetecer passar para as lojas de rua, mais tradicionais, também não se irá desiludir. Por toda a cidade existem áreas de comércio que valem uma visita. Sugerimos-lhe a Harwin Drive. Encontrará peças em qualidade comparáveis às que se com-pram nos shoppings, mas a um preço bastante mais baixo. Dizem pela cidade, inclusivamente, que muitas lojas des-ses shoppings se vêm aqui abaste-cer para depois venderem os artigos ao dobro ou triplo do preço. E mesmo que não queira comprar nada, é um sítio agradável para passear, percor-rer as montras ao ar livre, onde pode encontrar os mais variados produtos, desde roupa a acessórios, de mobili-ário a peças de arte ou antiguidades.E se das lojas de rua ainda tiver fôlego para passar pelos outlets, o Houston Premium Outlets é um dos mais recen-tes. Tem mais de 120 lojas, com des-contos diários entre os 25 e os 65% em marcas como Ann Taylor, BCBG, Calvin Klein, Crocs, Kate Spade, Michael Kors, Nike, Adidas, entre outras.

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Kianda Lima (texto)Arquivo (Fotos)

fico, fruto da recolha que empreendeu nas províncias do Cunene, Namibe e Huíla, no sul de Angola, onde habitam os vários sub-grupos étnicos dos Hereros. Este livro, é um documento de elevado inte-resse científico que retrata o quotidiano desta comunidade que ainda guarda mui-tos dos seus mistérios para o público em geral. Retratos, sem sombra de dúvida, a descobrir.

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"Hereros" é o nome de um livro do fotógrafo brasileiro, Sérgio Guerra. Uma forma de conhecer melhor este povo de grande força e coragem.

CONhECENDO Os hEREROs

O fotógrafo, publicitário e pro-dutor cultural brasileiro, Sérgio Guerra conhece profundamente

Angola. Nascido no Recife, adoptou mais tarde a Bahia como sua casa e vive há quase 15 anos numa ponte-aérea intermitente entre Salvador e Luanda. Da sua presença no país, nasceu uma relação de amor e encantamento pro-fundos com Angola, que foi materia-lizada em cinco livros com imagens lindíssimas do país. Nas constantes viagens, o fotógrafo testemunhou momentos decisivos da luta pela paz e reconstrução, construindo um dos mais completos registos fotográficos das 18 províncias. O seu mais recente trabalho, ‘Hereros’, é aquele no qual Sérgio Guerra apro-funda o seu olhar sobre a cultura ango-lana e a matéria prima para a grande e inédita exposição ‘Hereros Angola’, com cerca de 100 fotos seleccionadas. Esta exposição, já passou por vários lugares, sempre com assinalável sucesso do público. Depois de ser apre-sentada, em Agosto passado, na Perve Galeria de Alfama, em Lisboa, e no Museu de História Natural em Luanda, encontra-se agora patente no Museu Afro Brasil, em São Paulo. Nestes locais centenas de pessoas entram em contacto com o povo Herero através das fotografias de Sérgio Guerra. A magia do quotidiano desse povo mítico é exaltada pelo fotógrafo atra-vés de um fascinante trabalho fotográ-

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