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12.08.2009
1
Jochen Schö[email protected]
Jochen Schö[email protected]
Instituto Max Planck de QuímicaInstituto Max Planck de Química Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia
Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia
O pulso de inundação nas áreas alagáveis da Amazônia Central
- Biogeoquímica -
Mainz, Alemanha
- Biogeoquímica -
Mainz, Alemanha
XVIII Curso de Campo Ecologia da Floresta Amazônica – EFA 2009
Pesquisas da Amazônia
Manaus, Brasil
Pesquisas da Amazônia
Manaus, Brasil
0° 0°
Rio Solimões
Rio Japurá
Rio Negro
Rio Branco
Rio Xingú
Rio TrombetasRio Napo
Rio Içá
Rio Jarí
Rio Tefé
Rio Amazonas
Rio Jutaí
Mapa geológico com principais afluentes do Rio Amazonas e classificação dos rios
Mapa geológico com principais afluentes do Rio Amazonas e classificação dos riosRios de água-branca
Rios de água-claraRios de água-preta
123
456
1 – pré-cambriano (Guianas, Brasil Central), 2 –sedimentos marinos (paleozóicos), 3 –sedimentos terciários, 4 – Cretáceo, 5 – Plioceno (Cordilheira andina), 6 – aluviõesrecentes de origem andina e pré-andina (sedimentos holocênicos) Sioli (1983, modificado)
10° S
70° W 60° W
10° S
Rio TapajósRio Madeira
Rio PurusRio JuruáRio Marañón
Rio Ucayali
Rio Beni Rio Guaporé
Classificação dos rios da bacia amazônica
Classificação dos rios da bacia amazônica
Rio NegroRio Negro
Rio SolimõesRio Solimões
Á t
Água-branca (barrenta)
Rio BrancoRio Branco
Água-clara
Rio Negro
Rio Solimões
Manaus
Água-preta
Rio BrancoRio Branco
Rio NegroRio Negro
Características físicas e químicas dos três principais tipos de rios da bacia amazônica
Características físicas e químicas dos três principais tipos de rios da bacia amazônica
Parâmetros Água-branca Água-preta Água-clara
Origem geomorfológico
Encosta de montanhas Andino e
Pré-andino
Relevo plano da superfície da terra
Relevo plano dos Escudos Brasileiro e
das Guianas
Cor ocre marrom-café verde(-oliva)
Transparência (disco de Secchi) 0,1 – 0,5 m 1,3 – 2,9 m 1,1 – 4,4 m(disco de Secchi) , , , , , ,
Sedimentos 0,08 – 0,40 g/litro – 0,02 – 0,10 g/litro
Conteúdo húmico 14,1 mg/litro 26,6 mg/litro 2,3 mg/litro
pH da água 6,2 – 7,2 3,8 – 4,9 4,5 – 7,8
Nutrientes inorgânicos rico pobre variável
Vegetação várzea igapó igapóSioli (1954, 1984), Schmidt (1972), Prance (1978), Furch (1984), Irion (1984), Junk (1984), Sombroek (1984)
Nível do mar atual
m acim
a do n
Johnsson (1983)
Flutuação do nível do mar reconstruído do δ 18O conteúdo de foraminífera do Pacífico (Barbados, Nova Guiné, EUA)
Flutuação do nível do mar reconstruído do δ 18O conteúdo de foraminífera do Pacífico (Barbados, Nova Guiné, EUA)
nível do mar (anm
)
Profundidade dos sedimentos (cm)
Idade (x 1000 anos)
Shackleton & Opdyke (1973)
Irion et al. (1997)
12.08.2009
2
várzea Formado no Holoceno (idade máxima de 5000-6000 anos)
Alagada por água-branca
Rico em nutrientes
~ 200.000 km²
igapó
Áreas alagáveisÁreas alagáveis
igapóTerras baixas do Terciário
Alagada por água-preta ou água-clara
Pobre em nutrientes
~ 100.000 km²
Sioli (1954), Prance (1979), Junk (1993)
Estoques de nutrientes na fitomassa e nos solos de
várzea e igapó
Estoques de nutrientes na fitomassa e nos solos de
várzea e igapó
fitomassa várzea
solos
Furch (1997)solos (até 30 cm prof.)
fitomassa Igapó
Mg ha-1
Padrões de precipitação mensal na bacia amazônicaPadrões de precipitação mensal na bacia amazônica
Sioli (1983)
Desde 1903 o nível d′água é diariamente registrado no porto de Manaus
Desde 1903 o nível d′água é diariamente registrado no porto de Manaus
O nível do Rio Negro/Solimões medido em Manaus representa as condições pluviométricas nas cabeceiras com cerca 3 milhões km² O nível do Rio Negro/Solimões medido em Manaus representa as
condições pluviométricas nas cabeceiras com cerca 3 milhões km² Richey et al. (1989)
Dados obtidos pela Capitania dos Portos: http://www.snph.am.gov.br
Seca 1995 (Setembro/Novembro)Cheia 1996 (Maio/Junho)
Japanese Earth Resources Satellite JERS-1
12.08.2009
3
15
20
25
30
níve
l do
Rio
Sol
imõe
s(m
anm
)
1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000
• Regular• Anual• ± Previsível
O conceito do pulso da inundaçãoO conceito do pulso da inundaçãoJunk et al. (1989)
amplitude média de cerca 10 m
Anos
Fase aquáticaFase aquáticaFase terrestreFase terrestre
Março de 1999Setembro de 1999
Pulso polimodal de inundação
Pulso polimodal de inundação
• Ciclos biogeoquímicos• Ciclos de vida do bioma• Ritmo de crescimento da biota • Adaptações específicas (endemismo)• Dinâmica no desenvolvimento das comunidades de plantas e animais• Alta diversidade de habitats• Atividades econômicas da população humana
O pulso da inundação é a força motriz que determina os
processos nas áreas alagáveis
(Junk 1997, Junk et al. 2000)
Alta diversidade de adaptações às inundações periódicas
Produção de frutos, distribuição de diásporos (água, vento, peixes e outros animais)
Fenologia foliarRedução do metabolismo e crescimento
Produção alta de folhas
Parolin et al. (2004)
Depósito de águaTransporte interno de oxigênio
Raizes adventíciasLenticelas
Incorporação de suberinaDifusão de oxigênioMetabolismo anaeróbico
Adaptações anatômicas e morfológicas de espécies arbóreas nas florestas alagáveis
Adaptações anatômicas e morfológicas de espécies arbóreas nas florestas alagáveisAerênquima
na raizAerênquima na raiz Crawford (1978), Kozlowski (1984), Worbes (1985),
Schlüter & Furch (1992), Waldhoff et al. (1998), DeSimone et al. (2002), Ferreira (2002), Parolin et al.(2004)
LenticelasLenticelasIncorporação de suberina na hipodermes da
Incorporação de suberina na hipodermes da
Raízes adventíciasRaízes adventícias50 µm
Tabernaemontana juruana
hipodermes da raizhipodermes da raiz
fluorescência
Ritmo de crescimento do Macrolobiumacaciifolium em florestas alagáveis da Amazônia Central
0 1
0.2
0.3Pulso da inundação
Incremento do d
(cm)Dormência cambial
-0.1
0.0
0.1
j a o d f a j a o d f a j a
1998 1999 2000
Folhas novasQueda de folhas
diâmetro
Schöngart et al. (2002)
12.08.2009
4
Zoneamento de espécies arbóreas na várzea Zoneamento de espécies arbóreas na várzea
chavascal6.0 - 8.0 m
(300 - 200 dias ano-1)
8 espécies
Wittmann (2001)
0
10
20
30
40
50
60
01.-15.01
01.-15.02
01.-15.03
01.-15.04
01.-15.05
01.-15.06
01.-15.07
01.-15.08
01.-15.09
01.-15.10
1.-15.11
1.-15.12
Freqüência relativa da ocorrência de cheias e secas do Rio Negro (Manaus) (1903-2005)
rela
tiva
(%)
Data (calendário)
05
10
1520
2530
35
40
13-14 14-15 15-16 16-17 17-18 18-19 19-20 20-21 21-22 22-23 23-24 24-25 25-26 26-27 27-28 28-29 29-30
Freq
üênc
ia r
Nível do rio (m anm)
Data (calendário)
Importância das áreas alagáveis na AmazôniaImportância das áreas alagáveis na Amazônia
• Regulação do sistema fluvial
• Preservação dos corpos de água
• As florestas favorecem a deposição de sedimentos suspensos na água e
preservam as margens dos principais rios amazônicos contra a erosão lateral
• As florestas alagáveis são um reservatório alimentar para muitas espécies de
• Regulação do sistema fluvial
• Preservação dos corpos de água
• As florestas favorecem a deposição de sedimentos suspensos na água e
preservam as margens dos principais rios amazônicos contra a erosão lateral
• As florestas alagáveis são um reservatório alimentar para muitas espécies de• As florestas alagáveis são um reservatório alimentar para muitas espécies de
peixes, base protéica para as populações locais
• Habitats para muitas espécies de plantas e animais parcialmente endêmicos e
extremamente adaptados às oscilações periódicas do nível de água
• Regiões rurais mais densamente povoadas na Amazônia historicamente e
atualmente
• Rico em recursos naturais
• As florestas alagáveis são um reservatório alimentar para muitas espécies de
peixes, base protéica para as populações locais
• Habitats para muitas espécies de plantas e animais parcialmente endêmicos e
extremamente adaptados às oscilações periódicas do nível de água
• Regiões rurais mais densamente povoadas na Amazônia historicamente e
atualmente
• Rico em recursos naturaisJunk (1997), Junk et al. (2000)
Porque Estudar os Ecossistemas Inundáveis?
• Comunidades vegetais com múltiplas funções e serviços • Importantes na manutenção da biodiversidade• Fundamentais para as populações humanas • O conhecimento disponível ainda é insuficiente• Vêm sendo severamente ameaçados pelo uso inadequado
Atividades econômicas da população ribeirinha durante o ciclo do ano
Fase aquática
Exploração madeireira
Agricultura
Pesca
Albernaz & Ayres (1999)
Denevan (1976)
Áreas alagáveis 14,6 pessoas km-2
Terra firme 0,1 pessoas km-2
Densidade populacional na Amazônia –epoca pré-columbina e hoje
Manaus
Fonte: IBGE
12.08.2009
5
Renda (1994/95) de um doméstico médio (n = 56 famílias) na RDSM
Produto
Peixe frescoPeixe seco
Produto
Peixe frescoPeixe seco
produção anual de um domésticounidade preço por unid. valor
(R$) (R$) % 235 kg 1,37 321 35,340 kg 2,00 281 31,0
produção anual de um domésticounidade preço por unid. valor
(R$) (R$) % 235 kg 1,37 321 35,340 kg 2,00 281 31,0
Peixe salgadoOutros produtos de peixeMandiocaMadeira e lenhaCaça
Soma
Peixe salgadoOutros produtos de peixeMandiocaMadeira e lenhaCaça
Soma
22 kg 1,63 36 4,08 kg 2,34 19 2,1
178 kg 1,00 178 19,615 m³ 3,35 51 5,524 kg 0,92 24 2,5
907 100,0
22 kg 1,63 36 4,08 kg 2,34 19 2,1
178 kg 1,00 178 19,615 m³ 3,35 51 5,524 kg 0,92 24 2,5
907 100,0
Sociedade Civil Mamirauá (1996)
300
350
400
12
14
16
18
Renda mensal de um doméstico médio na Reserva Mamirauáem relação com o nível da água
PescaAgriculturaExploração florestal
Flutuaçãl (R
$)
0
50
100
150
200
250
D J F M A M J J A S O N0
2
4
6
8
10
12
Dados: Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá
Mêses (1998/99)
ão Rio Japurá (m
)
Ren
da m
ensa
l
n = 20 famílias
2200
2400
2600
2800
30001909 1922 1953 1971 1975/76 1999 2009
Neg
ro (m
)
Amplitude média: 10,19 ± 0,89 m
Flutuações do nível do Rio Negro (Manaus) (1903-2009)
nível máximo anual
nível mínimo anual
1200
1400
1600
1800
2000
1900 1920 1940 1960 1980 2000
1906 1916 1926 1936 1958 1963 1997 2005
níve
l do
Rio
N
Dados: Capitania dos Portos
2200
2500
2800
gua
Rio
Neg
ro (m
)
Variabilidade do regime hidrológico do Rio Negro (Manaus 1903-2009)
Max
sd Média
enchente cheia vazante seca
1300
1600
1900
01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12
6
8
10
12
Diferença
(m)
Nív
el d
‘ág sd
Min
Pulso monomodalPulso monomodalResulta da variação intraanual deprecipitação das cabaceiras dosafluentes
Nível máximo dosafluentes da baciaa ue tes da bac aocidental entre março emaio, na AmazôniaCentral em junho-julho
12.08.2009
6
Variabilidade sazonal dos níveis dos rios na bacia amazônica
Filizola et al. (2002)
0
200
400
600
800
1000
1200
1400
1600
1800
jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez
0
200
400
600
800
1000
1200
1400
1600
1800
jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez
0
200
400
600
800
1000
1200
1400
1600
1800
Sto. Antônio do Iça (1973-2007)
Amplitude média: 806 cm
Rio Solimões/AmazonasItapeuá (1971-2006)
Manaus (1903-2008)
Amplitude média: 871 cm
Amplitude média: 943 cmjan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez
0
200
400
600
800
1000
1200
1400
1600
1800
jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez
0
200
400
600
800
1000
1200
1400
1600
1800
jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez
Nív
el d
’águ
a (m
)
Parintíns (1967-2006)
Óbidos (1927-2007)
Amplitude média: 668 cm
Amplitude média: 539 cm
ManausManausRio SolimõesRio Solimões
0
200
400
600
800
1000
1200
1400
1600
1800
jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez
400
600
800
1000
1200
1400
1600
1800
Serrinha (1977-2006)
Barcelos (1968-2007)
Rio Negro/Branco
0
200
400
600
800
1000
1200
1400
1600
1800
jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez
Caracarí (1977-2006)
Nív
el d
’águ
a (m
)
Amplitude média: 402 cm
Amplitude média: 521 cm
Amplitude média: 513 cm
0
200
400
jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez
0
200
400
600
800
1000
1200
1400
1600
1800
jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez
Moura (1979-2007)
Rio NegroRio Negro
ManausManaus
N
Amplitude média: 817 cm
0
100
200
300
400
500
600
j a o d f a j a o d f a j a0
5
10
15
20
25
30
Prec
ipita
ção
men
sal (
mm
)
Temperatura m
édia (°C)
seca chuvosa seca chuvosa época
Comparação entre época chuvosa/seca (variação intraanual da precipitação) e fase aquática/terrestre (flutuação do
nível d água)
Comparação entre época chuvosa/seca (variação intraanual da precipitação) e fase aquática/terrestre (flutuação do
nível d água)
15
18
21
24
27
30
j a o d f a j a o d f a j a
Elevação do estudo 23.3 m (anm)
Nív
el d
o R
io N
egro
(m a
nm)
terrestre aquática terrestre aquática fase
1998 1999 2000
Na Amazônia Central a periodicidade davariação de precipitação tem umadiantamento de 2-3 meses em relaçãocom a periodicidade do pulso da inundação
Ronchail et al. (2002)
Rainfall variability (1977-99) related to SSTs in equatorial Pacific and northern and southern tropical Atlantic
( ) Seca, outubro de 2005,
Cheia, junho/julho de 2009
12.08.2009
7
Relações entre níveis mensais d’água na Amazônia central e anomalias de temperaturas superficiais do
Pacífico e Atlântico tropical
Relações entre níveis mensais d’água na Amazônia central e anomalias de temperaturas superficiais do
Pacífico e Atlântico tropical
• Sistemas de grandes rios comoNilo, Congo, Mississippi e Amazonas integram asanomalias de precipitação de grandes escalas(Amarasekera et al. 1997, Dettinger et al. 2000, Potter et al. 2004);
• Sistemas de grandes rios comoNilo, Congo, Mississippi e Amazonas integram asanomalias de precipitação de grandes escalas(Amarasekera et al. 1997, Dettinger et al. 2000, Potter et al. 2004);
Hipóteses
• A relação entre nível d’ água do Rio Amazonas(Negro, Solimões) é relacionado com temperaturassuperficiais dos oceanos Atlântico e Pacífico(Richey et al. 1989, Adis & Latif 1996, Marengo 1992, Uvo et al. 2000, Coe et al.2002, Foley et al. 2002, Aalto et al. 2003, Schöngart et al. 2004, Schöngart & Junk2007).
• A relação entre nível d’ água do Rio Amazonas(Negro, Solimões) é relacionado com temperaturassuperficiais dos oceanos Atlântico e Pacífico(Richey et al. 1989, Adis & Latif 1996, Marengo 1992, Uvo et al. 2000, Coe et al.2002, Foley et al. 2002, Aalto et al. 2003, Schöngart et al. 2004, Schöngart & Junk2007).
O evento mais forte registrado do El NiñoO evento mais forte registrado do El Niñodecembro de 1997
http://www.elnino.noaa.gov/SST anomalias (°C)
90°N
60°N
30°N
Anomalias de precipitação (dezembro-março) durante o El Niño em 1997/98 calculada da precipitação média (1961-1990)
Anomalias de precipitação (dezembro-março) durante o El Niño em 1997/98 calculada da precipitação média (1961-1990)
mm
180°W 120°W 60°W 0° 60°E 120°E 180°E
0°
30°S
60°S
-150 -100 -75 -50 -25 +25 +50 +75 +100 +150
(Deutscher Wetterdienst/Global Precipitation Climatology Centre, http://www.dwd.de/research/gpcc).
12.08.2009
8
0
100
200
300
400
J A S O N D J F M A M JPrec
ipita
ção
men
sal (
mm
)
Época chuvosaÉpoca de seca
Impacto do El Niño na precipitação de Manaus (1911-2003)Impacto do El Niño na precipitação de Manaus (1911-2003)
Dados: INMET
-80
-60
-40
-20
0
20J A S O N D J F M A M J
Anom
alia
da
prec
ipita
ção
(mm
)
El Niño
mesesAnomalias significativas
(p < 0.05)
Schöngart (2003)
Anomalias negativas durante El Niños
n = 32
2122
232425
262728
2930
mõe
s (m
anm
)
El Niño
n = 33
Diferenças entre nível máximo do Rio Solimões entre anos de El Niño e La Niña
1900 1910 1920 1930 1940 1950 1960 1970 1980 1990 2000
21222324252627282930
1900 1910 1920 1930 1940 1950 1960 1970 1980 1990 2000
anos
Nív
el m
áxim
o R
io S
olim
La Niña
n = 29
Diferenças entre cheias/secas
durante anos de El Niño/La Niña em comparaçãocom outros anos
Testes de duas amostras
El Niño
Outros anos T-Valor (p) La
NiñaOutros anos T-Valor (p)
Pulso da inundação n = 33 n = 64 n = 29 n = 68
Nível máximo 27.05 28.09 -3.97(p<0.001) 28.19 27.54 3.02
(p<0.01)
Nível mínimo 17.46 17.71 -0.66 (ns) 18.09 17.42 1.69(p<0.05)
(Schöngart et al. 2004)
0
0.1
0.2
0.3
0.4
0.5
-0.5
-0.4
-0.3
-0.2
-0.1
0
-0.2
-0.1
0
SST El Niño 4
SST El Niño 3.4
SOI
Correlações entre nível máximo do Rio Solimões na Amazônia central e índices de ENSO
corre
laçã
o (r)
-0.5
-0.4
-0.3
-0.5
-0.4
-0.3
-0.2
-0.1
0
-0.5
-0.4
-0.3
-0.2
-0.1
0
95.0 %99.0 %99.9 %
SST El Niño 1+2
SST El Niño 3
J A S O N D J F M A M JAno passado Ano corrente
Coe
ficie
nte
de c
Schöngart & Junk (2007)
26
28
30
32
vel R
io S
olim
oes
FL (m
asl
)
FL= a + b * WLF + c * SOIF
n = 101 r = 0.71 T-valor = 11.51 R² = 0.51 P < 0.0001
Regressão múltipla
20
22
24
19,020,0
21,022,0
23,024,0
25,0
-30
-20-10
010
Floo
d le
v
Water level February WLF (m asl)SOI February SOIF (mbar * 10)
a = 15.8332 ± 1.46 (T-valor = 10.87, P < 0.001)b = 0.5268 ± 0.0644 (T-valor = 8.18, P < 0.001)c = 0.0426 ± 0.0081 (T-valor = 5.25, P < 0.001)
a,b = ƒ(WLF/FL)
c = ƒ(SOIF/WLF)
12.08.2009
9
26
28
30
o S
olim
ões
(m a
nm)
Comparação entre picos de cheias registrados (curva branca) e valores previstos (curva azul)
20
22
24
1900 1920 1940 1960 1980 2000
Nív
el m
áxim
o R
io
n = 47 resíduos < ± 50 cm (46.5 %)
n = 82 resíduos < ± 100 cm (81.2 %)
n = 98 resíduos < ± 150 cm (97.0 %)
Resíduos negativos: -68.7 ± 61.4 cm (n = 46)
Resíduos positivos: +57.4 ± 38.7 cm (n = 55)
Schöngart & Junk (2007)
29
30
forecastedof N
egro
Riv
er (m
)
Comparison between forecasted and observed floods (2005-2009)Comparison between forecasted and observed floods (2005-2009)
93 days93 days 101 days101 days 106 days106 days 112 days112 days 117 days117 days
26
27
28
2005 2006 2007 2008 2009
observed
Max
imum
wat
er le
vel o
–3 cm–3 cm 1 cm1 cm67 cm67 cm differencedifference–55 cm–55 cm –9 cm–9 cm
ENSO-IndicesENSO-Indices
NTA
Pacífico
Atlântico
Anomalias (SST) Dados Latitude Longitude
El Niño região 3.4 Desde 1950 5°N-5°S 170°-120°W
Atlântico tropical (NTA) Desde 1950 5°-20° N 60°-30° W
Dados oceanográficos (anomalias de temperaturas superficais - SSTs)
Dados de anomalias mensais de SST são obtidas do Climate Prediction Center do NationalWeather Service (NOAA) disponível na página http://www.cpc.ncep.gov/data/indices.
-0 1
0,1
0,3
0,5
0 1
0,1
0,3
0,5
e de
cor
rela
ção janeiro P <0.01
P<0.05
Correlações entre níveis d’água mensais e anomalias de SSTdo Atlântico (NTA) e Pacífico (El Niño 3.4)
-0,7
-0,5
-0,3
-0,1
F-1 M-1 A-1 M-1 J-1 J-1 A-1 S-1 O-1 N-1 D-1 J-0,7
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-0,3
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J-1 F-1 M-1 A-1 M-1 J-1 J-1 A-1 S-1 O-1 N-1 D-1
Coe
ficie
nt
P <0.05
P <0.01
0 1
0,1
0,3
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e de
cor
rela
ção fevereiro P <0.01
P<0.05
Correlações entre níveis d’água mensais e anomalias de SSTdo Atlântico (NTA) e Pacífico (El Niño 3.4)
-0,7
-0,5
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F-1 M-1 A-1 M-1 J-1 J-1 A-1 S-1 O-1 N-1 D-1 J
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P <0.05
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cor
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ção março
0 1
0,1
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Correlações entre níveis d’água mensais e anomalias de SSTdo Atlântico (NTA) e Pacífico (El Niño 3.4)
Coe
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nt
-0,7
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M-1 A-1 M-1 J-1 J-1 A-1 S-1 O-1 N-1 D-1 J F
P <0.05
P <0.01
12.08.2009
10
e de
cor
rela
ção abril
0 1
0,1
0,3
0,5P <0.01
P<0.05
Correlações entre níveis d’água mensais e anomalias de SSTdo Atlântico (NTA) e Pacífico (El Niño 3.4)
Coe
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nt
-0,7
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A-1 M-1 J-1 J-1 A-1 S-1 O-1 N-1 D-1 J F M
P <0.05
P <0.01
e de
cor
rela
ção maio
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Correlações entre níveis d’água mensais e anomalias de SSTdo Atlântico (NTA) e Pacífico (El Niño 3.4)
Coe
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M-1 J-1 J-1 A-1 S-1 O-1 N-1 D-1 J F M A
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ção junho
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Correlações entre níveis d’água mensais e anomalias de SSTdo Atlântico (NTA) e Pacífico (El Niño 3.4)
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J-1 J-1 A-1 S-1 O-1 N-1 D-1 J F M A M
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cor
rela
ção julho
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Correlações entre níveis d’água mensais e anomalias de SSTdo Atlântico (NTA) e Pacífico (El Niño 3.4)
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J-1 A-1 S-1 O-1 N-1 D-1 J F M A M J
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cor
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ção agosto P <0.01
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Correlações entre níveis d’água mensais e anomalias de SSTdo Atlântico (NTA) e Pacífico (El Niño 3.4)
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A-1 S-1 O-1 N-1 D-1 J F M A M J J
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cor
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ção setembro P <0.01
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Correlações entre níveis d’água mensais e anomalias de SSTdo Atlântico (NTA) e Pacífico (El Niño 3.4)
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S-1 O-1 N-1 D-1 J F M A M J J A
12.08.2009
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cor
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ção outubro P <0.01
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Correlações entre níveis d’água mensais e anomalias de SSTdo Atlântico (NTA) e Pacífico (El Niño 3.4)
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O-1 N-1 D-1 J F M A M J J A S
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ção novembro P <0.01
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Correlações entre níveis d’água mensais e anomalias de SSTdo Atlântico (NTA) e Pacífico (El Niño 3.4)
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N-1 D-1 J F M A M J J A S O
0 1
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e de
cor
rela
ção dezembro P <0.01
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Correlações entre níveis d’água mensais e anomalias de SSTdo Atlântico (NTA) e Pacífico (El Niño 3.4)
-0,7
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D-1 J F M A M J J A S O N
Coe
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nt
P <0.05
P <0.01
La Niña
Diferenças entre níveis d’água durante um período de 18 meses comparando anos de ENSO (La Niña, El Niño) e outros anos
16
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Jan eb Mar Apr ay Ju
n Jul
Aug ep Oct NovDec +1) +1
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P <0,05
aus
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El Niño
Ja Feb Ma ApMay Ju Ju Aug Sep Oc No Dec
Jan(+
1
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1
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Jan
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Jan(+
1)
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May(+1
)
Jun(+
1)
P <0,05 P <0,05
Nív
el d
‘águ
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ana
O índice de energia acumulada de ciclones (ACE) reflete a intensidade coletiva e a duração
de ciclones e furacões durante um ano
O índice de energia acumulada de ciclones (ACE) reflete a intensidade coletiva e a duração
de ciclones e furacões durante um ano
NormalNormal
Acima do normal
Acima do normal
Abaixodo normal
Abaixodo normal
Trenberth (2005)
12.08.2009
12
A ocorrência de furacões e secas na Amazônia indicam uma
Teste T ACE > 117% Outros anos T-valor
1950-2005 n = 24 n = 32
Nível mínimo d‘água (m anm)
16.09 18.06 T = 3.19 (P < 0.01)
associação significativa 24
26
28
30
Diferenças entre níveis d’água durante um período de 18 meses comparando anos de ACE (acima do normal) e outros anos
aus
(m a
.n.m
.)
16
18
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Jan
Feb Mar AprMay Ju
n Jul
Aug Sep Oct NovDec
Jan(+
1)
Feb(+1
)
Mar(+1
)
Apr(+1
)
May(+1
)
Jun(+
1)
P <0,05
Nív
el d
‘águ
a M
ana
12.08.2009
13
Previsão de secas na Amazônia
Central
Previsão de secas na Amazônia
Central
Furacões (ciclones) de formam no atlântico tropical
norte quando SSTs passa acima de 26,5 °C durante
agosto-outubroEl Niño 1997/98
IPCC (2007)
12.08.2009
14
Nos últimos 100 anos as SST do Atlântico aumentaram na média 0,7°C e o número de ciclones duplicou
ones
trop
icai
s
Anom
alias de SS
Ciclones tropicais
Corrente média de 9 anos (ciclones)
SST Atlânticohttp://www.essl.ucar.edu/LAR/2006/strategic-goals/sp15/sp15.htm
N°
de c
iclo
STs do A
tlântico
• O pulso de inundação que resulta da sazonalidade de precipitaçãonas cabeceiras dos grandes rios amazônicos é o fator predominantenas áreas alagáveis controlando ciclos biogeoquímicos, ritmos decrescimento e ciclos de vida da biota e atividades das populaçõeshumanas
• O pulso de inundação que resulta da sazonalidade de precipitaçãonas cabeceiras dos grandes rios amazônicos é o fator predominantenas áreas alagáveis controlando ciclos biogeoquímicos, ritmos decrescimento e ciclos de vida da biota e atividades das populaçõeshumanas
Sumário e conclusões
• Flutuações de níveis d’água ma Amazônia Central são relacionadascom anomalias de temperaturas superficiais do mar - TSMs (PacíficoEquatorial e Atlântico Tropical)
• Futuras mudanças climáticas através do aumento de anomalias deTSMs provavelmente afetam a dinâmica das áreas alagáveis e ossetores sócio-econômicos, porém, o futuro impacto pode variar entreas sub-bacias na Amazônia
• Flutuações de níveis d’água ma Amazônia Central são relacionadascom anomalias de temperaturas superficiais do mar - TSMs (PacíficoEquatorial e Atlântico Tropical)
• Futuras mudanças climáticas através do aumento de anomalias deTSMs provavelmente afetam a dinâmica das áreas alagáveis e ossetores sócio-econômicos, porém, o futuro impacto pode variar entreas sub-bacias na Amazônia